Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI BENEDITO MARCOS BIGOTO RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO PROJETO PRÁTICO: PRÁTICAS INTERVENCIONISTAS NAS AULAS DE GEOGRAFIA LIMEIRA 2021 CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI BENEDITO MARCOS BIGOTO PROJETO PRÁTICO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO PRÁTICAS INTERVENCIONISTAS NAS AULAS DE GEOGRAFIA LIMEIRA 2021 Relatório de estágio apresentado à disciplina Estágio Supervisionado, do Centro Universitário FAVENI, no Curso de Geografia, como pré- requisito para aprovação. PRÁTICAS INTERVENCIONISTAS NAS AULAS DE GEOGRAFIA RESUMO - As intervenções pedagógicas são de suma importância para o desenvolvimento de qualquer disciplina, seja ela em sala de aula, de forma presencial, ou remota, on-line. Seguindo essa linha de raciocínio, esse trabalho tem o objetivo de apresentar e propor formas variadas de intervenções pedagógicas em três áreas pertinentes da Licenciatura de Geografia, cujos temas ressaltados são: a Regionalização Brasileira, Paisagens da América do Sul e Sistemas Hídricos. As intervenções foram pensadas no intuito de que o estudante possa aprender de forma divertida e ao mesmo tempo, desenvolva seu protagonismo através das atividades lúdicas, artísticas e expositivas, pois é observável que atividades lúdicas despertam nos alunos o interesse e a vontade de fazer e aprender, além de ser muito importante para o desenvolvimento psíquico-motor da criança. O desenvolvimento do trabalho se deu na elaboração de atividades lúdicas, artísticas e expositivas, com materiais simples e recicláveis, como papel, cola, lápis de cor, isopor, mapas entre outros. Foram desenvolvidos jogos, quebra- cabeças, cards, álbum de figurinhas, maquete e criação de cédulas e moedas fantasias. O resultado foi a confirmação de que é possível desenvolver intervenções pedagógicas em diversas áreas da Geografia através de atividade lúdicas e artísticas, orientadas pelo professor. PALAVRAS-CHAVE: Intervenções. Lúdico. Pedagógico. INTERVENTIONIST PRACTICES IN GEOGRAPHY CLASSES ABSTRACT - Pedagogical interventions are of paramount importance for the development of any discipline, whether in the classroom, in person, or remotely, online. Following this line of reasoning, this work aims to present and propose various forms of pedagogical interventions in three relevant areas of the Geography Degree, whose themes highlighted are: Brazilian Regionalization, South American Landscapes and Water Systems. The interventions were designed in order for the student to learn in a fun way and at the same time develop his role through playful, artistic and exhibition activities, because it is observable that playful activities arouse in the students the interest and willingness to do and learn, besides being very important for the psychic-motor development of the child. The development of the work took place in the elaboration of playful, artistic and exhibition activities, with simple and recyclable materials, such as paper, glue, crayons, sofoset, maps among others. Games, puzzles, cards, sticker albums, models and creation of fancy banknotes and coins were developed. The result was the confirmation that it is possible to develop pedagogical interventions in various areas of Geography through playful and artistic activities, guided by the teacher. KEYWORDS: Interventions. ludic. Pedagogic. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................................. 5 2. DESENVOLVIMENTO ..................................................................................................................... 6 2.1 Práticas intervencionistas: A Regionalização Brasileira ........................................................... 6 2.2 Práticas intervencionistas: As Paisagens da América do Sul ..................................................13 2.3 Práticas intervencionistas: Os Sistemas Hídricos ...................................................................17 3. CONCLUSÃO .................................................................................................................................20 4. REFERÊNCIAS ..............................................................................................................................21 5 1. INTRODUÇÃO O Estágio Supervisionado, dentro dos cursos de licenciatura, é elemento indispensável na formação de professores, é ele que proporciona o primeiro contato de muitos licenciandos/futuros professores com o “chão da escola”. O projeto de estágio tem como finalidade acrescentar no conhecimento curricular do acadêmico fundamentado em pesquisas e práticas. A coleta de dados e o querer fazer e realizar um trabalho de excelência é algo fundamental na carreira de um Docente. Porém a situação causada pela pandemia do Novo Coronavírus (Covid-19) obrigou a adaptações do estágios conforme as novas modalidades de ensino remoto. Durante o período da pandemia o Centro Universitário UNIFAVENI adotou esse modelo de projeto de estágio, para que os alunos não sejam prejudicados com relação ao término de seu curso. O projeto desenvolvido abordou três áreas pertinentes ao curso de Geografia, descrevendo sobre práticas de intervenções que possam ser utilizadas dentro da sala de aula, em momentos presenciais, remotos ou de ensino híbrido. As áreas trabalhadas nesse projeto foram: A Regionalização Brasileira, Paisagens da América do Sul e os Sistema Hídricos. Ambos os temas possuem grandes variedades de métodos e trabalho, como a exposição de mapas, vídeos, jogos etc. As desigualdades no Brasil não ocorrem somente dentro das cidades, mas também entre as regiões do país (FREITAS, 2021). A regionalização do território brasileiro ocorreu para reunir os Estados que possuem características culturais, sociais, econômicas e físicas em comum, dessa forma, em tempos de ensino remoto, é possível trabalhar com vídeos documentários que abordam essas especificidades comuns entre esses Estados, como a culinária, a cultura, as tradições, os sotaques etc., sendo possível também trabalhar com exposição de mapas, confecção de mapas e quebra-cabeças. Já as Paisagens da América do Sul podemos, além de vídeos, propõem-se atividades com métodos que podem ser utilizados tanto de forma remota, através dos aplicativos EaD, quanto de forma presencial. Por fim os Sistemas Hídricos, com destaque as principais bacias fluviais do mundo, pode ser trabalhado a partir de elaboração do grupo de pesquisas, de forma remota. Cada aluno ou grupo de 2 ou 3 pesquisam uma determinada bacia e descreve sobre a importância socioeconômica desses rios para seus respectivos países. 6 2. DESENVOLVIMENTO 2.1 – Práticas intervencionistas: A Regionalização Brasileira A regionalização do território brasileiro tem a função de reunir regiões que possuem algumas características em comum. Essa regionalização ocorreu para reunir os estados que possuem características culturais, sociais, econômicas e físicas em comum. Para Freitas (2021), no Brasil, existem vários tipos de desigualdades sociais, no entanto, as desigualdades não se limitam apenas a fatores como cor, posição social e raça, ainda convivemos com as desigualdades regionais, que se referem às desigualdades entre as regiões, entre estados e entre cidades. A primeira divisão do território do Brasil em grandes regiões foi proposta em 1913, os "cinco brasis", para ser usada no ensino de Geografia. Os critérios utilizados para fazê-la foram físicos, já que anatureza era considerada duradoura e as atividades humanas, mutáveis. A divisão regional deveria ser baseada em critérios que resistissem por bastante tempo. Tal divisão demonstra uma preocupação muito grande em fortalecer a imagem do Brasil como uma nação, uma vez que a República havia sido proclamada há poucos anos, em 15 de novembro de 1889. A divisão em grandes regiões proposta em 1913 influenciou estudos e pesquisas até a década de 1930. Nesse período, surgiram muitas divisões do território do Brasil, cada uma usando um critério diferente. Porém, em 1938, foi preciso escolher uma delas para fazer o Anuário Estatístico do Brasil, um documento que contém informações sobre a população, o território e o desenvolvimento da economia que é atualizado todos os anos. Mas, para organizar as informações, era necessário adotar uma divisão regional para o país. Então, a divisão usada pelo Ministério da Agricultura foi a escolhida. Fonte: http://www.geografia.seed.pr.gov.br (2021) Antes de 1970, o Brasil fora dividido e outras formas. A primeira regionalização oficial do Brasil ocorreu no início da década de 1940, no governo Getúlio Vargas, e dividia o Brasil nas seguintes regiões: NORTE, NORDESTE, ESTE, CENTRO e SUL. Essa regionalização delimitava as regiões de acordo com suas características naturais. Mantendo os critérios, em 1945 essa regionalização foi modificada. http://www.geografia.seed.pr.gov.br/ 7 Em 1990, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) dividiu o território brasileiro em cinco grandes regiões, considerando características humanas, naturais e principalmente, econômicas. Essas regiões também são chamadas de macrorregiões. São elas: Região Norte: Acre (AC), Amapá (AP), Amazonas (AM), Pará (PA), Rondônia (RO), Roraima (RR) e Tocantins (TO); Região Nordeste: Alagoas (AL), Bahia (BA), Ceará (CE), Maranhão (MA), Paraíba (PB), Piauí (PI), Pernambuco (PE), Rio Grande do Norte (RN) e Sergipe (SE); Região Centro-Oeste: Distrito Federal (DF), Goiás (GO), Mato Grosso (MT) e Mato Grosso do Sul (MS); Região Sudeste: Espírito Santo (ES), Minas Gerais (MG), Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP); Região Sul: Paraná (PR), Rio grande do Sul (RS) e Santa Catarina (SC). Essa regionalização atual do país é de 1970 com adaptações realizadas em 1990, em razão das modificações da Constituição de 1988. Mapa 1 – Divisões regionais do Brasil desde 1941 Fonte: IBGE (1999) 2.1.1 - Exposição de mapas Exposição de mapas nas salas durante as aulas presenciais e compartilhamento nas aulas remotas através dos aplicativos de EaD. Para Conterno ( 2014), os mapas como recurso didático, são de extrema valia tanto 8 para o professor quanto para o aluno na busca de analisar e compreender o espaço geográfico. É importante que o aluno saiba interpretar os diferentes tipos de mapas, porque as pessoas os usam durante toda a vida seja para se orientar ou localizar-se espacialmente. Dessa forma, a importância dos mapas e dos Atlas na sala de aula justifica- se justamente pelo papel que a cartografia tem no mundo contemporâneo. Ensinar o aluno a ler e a obter informações em diferentes tipos de mapa é uma forma de promover a construção de procedimentos que lhes permitam localizar objetos e endereços para se deslocarem . Nas aulas de Geografia a exposição de mapas é de suma importância para combater o analfabetismo cartográfico, muito presente hoje em dia entre a sociedade, que não consegue se localizar dentro da própria cidade em que vive. Usar mapas (espacialização) é um dos recursos que não podem faltar em qualquer aula de Geografia (seja ela expositiva ou não, seja presencial ou EaD. Podem ser utilizados os mapas existentes no próprio livro didático, em capítulos sobre a economia, urbanização, população, relevo e outros temas, ou até mesmo outros mapas disponibilizados na internet. Para a regionalização do Brasil fica muito mais atraente para o aluno, a exposição de mapas grandes, na parede. Mapas chamam atenção de alunos de qualquer idade. Figura 1 – Exposição de mapas Fonte: Professor Benedito Marcos Bigoto (2021) 9 2.1.2 - Confecção de mapas A cartografia pode ser definida como a ciência e a arte dedicadas à confecção e ao estudo de mapas e outros produtos cartográficos, como plantas, croquis e cartas. Os primeiros mapas produzidos pela humanidade possuem milhares de anos, tendo suas técnicas de produção se aperfeiçoado com o tempo. No período atual, as imagens de satélites, os softwares e equipamentos de geoprocessamento e os instrumentos como o GPS são importantes aliados da cartografia. Dessa forma, o trabalho manual elaborado pelos próprios alunos, tanto na sala de aula, quanto no ensino remoto. Desenhar mapas ajuda a coordenação motora do aluno. Para desenhar mapas, sugere-se pesquisa na internet, no Google Maps, em livros didáticos de Geografia, ou em Atlas Geográfico. Materiais utilizados: papel de seda, lápis, caneta, lápis de cor. Filizola (2009) ressalta que pode ocorrer de o professor ensinar a confeccionar mapas como atividades complementares sem ensinar a sua interpretação. Dessa forma, o mapa deixará de ter sentido se os alunos não souberem o significado da sua linguagem, dos seus símbolos. Para isso é necessário que o professor ensine a interpretar o mapa num todo e não apenas passar para o papel o mapa já pronto, pois assim, haverá entendimento da atividade por parte dos alunos. A confecção de mapas utilizando folhas de papel de seda ou papel vegetal, é um método na antigo, mas que no presente desenvolve a coordenação motora do aluno. Nesse momento entra a interdisciplinaridade com a Educação Artística, onde o professor de Artes pode estar dando orientações nesse processo, como por exemplo: o melhor tipo de papel, o melhor lápis etc. Existem diversos vídeos na internet ensinando essa técnica. Figura 2 – busca de mapas na internet Fonte: www.bing.com (2021) http://www.bing.com/ 10 Figura 3 – busca de mapas na internet Fonte: www.bing.com (2021) Figura 4 – busca de mapas em livros e atlas. Fonte: Professor Benedito Marcos Bigoto (2021) Figura 5 – Mapa do Brasil confeccionado na folha de seda/vegetal Fonte: Professor Benedito Marcos Bigoto (2021) http://www.bing.com/ 11 2.1.3 - Quebra-cabeças A introdução do lúdico, brincadeiras, nas aulas de Geografia proporciona ao aluno a assimilação de conteúdos de forma divertida, e essas atividades despertam o interesse dos alunos pelas aulas. Para Dohone (2003, apud FIRMINO, 2010, p.57) a ludoeducação “é a forma eficiente de entrelaçar uma atividade agradável e motivadora com o conteúdo educacional que desejamos e necessitamos transmitir”. Elaboração de quebra-cabeças com os estados Brasileiros e suas regiões. O objetivo dessa atividade é propor aos alunos que localizem os estados brasileiros e suas respectivas regiões. Além disso, o quebra-cabeças colabora na coordenação motora do estudante. Material utilizado: 4 folhas de papel “sulfite” brancas, EVA com 5 cores diferentes, marcador permanente azul ou preto e cola. Objeto de conhecimento dos 7°s anos EF. Figura 6 - Passo a passo da confecção do Quebra-cabeças Fonte: Professor Benedito Marcos Bigoto (2021) Na figura abaixo é possível observar uma criança de 5 anos jogando o Jogo dos Estados. Nesse caso ela compara as siglas do Estados com o Quebra-Cabeças ao lado. 12 2.1.4 - Atividade lúdica com tampinha pet Combinados entre si, os jogos podem garantir situações significativas de aprendizagem, favorecendo o desenvolvimento cognitivo e social da criança. Em grupo, os jogos também podem contribuir para desenvolver a solidariedade e a cooperação. Os jogos e as brincadeiras ajudam as crianças a vivenciarem regras preestabelecidas.Os jogos e as brincadeiras são situações de aprendizagem que propiciam a interação entre alunos e entre alunos e professor, estimulam a cooperação, contribuem também para o processo contínuo de descontração, auxiliando na superação do egocentrismo infantil, ao mesmo tempo em que ajudam na formação de conceitos. Isso significa que eles atuam no campo cognitivo, afetivo, psicomotor e atitudinal. (CASTELLAR; VILHENA, 2010, p.44) Desenvolver tampinhas pet com as siglas dos Estados Brasileiros e durante as atividades propor aos alunos que localizem seus respectivos territórios que os assinale com as tampinhas. A atividade consiste em separar 27 tampinhas de garrafas pet e em cada uma delas colocar as siglas dos Estados Brasileiros. Preferível que sejam de 5 cores diferentes para representar as 5 regiões. Por exemplo: Tampinhas Azul (4 estados do Sudeste), Tampinhas pretas (3 estados do Sul), Tampinhas Vermelhas (9 estados do Nordeste), Tampinhas Verdes (7 estados do Norte) e Tampinhas amarelas (3 estado mais o Distrito Federal do Centro-Oeste). Em um papel relativamente grande desenhar uma mapa do Brasil dividido em Estados, porém sem qualquer descrição. O Desafio será identificar os estados no mapa e colocar as tampinhas cm as siglas correspondentes. Materiais utilizados: Uma folha de EVA, 27 tampinhas pet, marcador permanente Pilot branco e azul e papel sulfite. Objeto de conhecimento dos 7°s anos EF. Figura 7 - Passo a passo da confecção do Jogo dos Estados Fonte: Professor Benedito Marcos Bigoto (2021) 13 Figura 8 - Filha do Professor Benedito Marcos Bigoto em atividade lúdica Fonte Professor Benedito Marcos Bigoto (2021) 2.2 - Práticas intervencionistas: As Paisagens da América do Sul O continente, especificamente a América do Sul, está localizado na região meridional da América, sendo banhado a Leste pelo Oceano Atlântico e a Oeste pelo Oceano Pacífico. Ao Norte, a América do Sul, faz fronteira América Central e ao sul está a Antártida, onde a Passagem de Drake, também chamada de Mar de Drake, separa a Antártida da parte sul da América do Sul. A América do Sul é composta por 12 países independentes: Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai, Bolívia, Peru, Chile, Colômbia, Equador, Venezuela, Guiana, e Suriname, e um território (pertencente a França), a Guiana Francesa. O clima é bem variado, sendo que a maior parte do continente fica entre os trópicos de Câncer e Capricórnio, tem grande densidade pluviométrica, entretanto é pequena em certas regiões, como por exemplo no Nordeste do Brasileiro. A temperatura média é de 30 graus centígrados durante todo o ano. Ao sul do continente, abaixo do Trópico de Capricórnio o clima torna-se mais fresco e seco, e na Patagônia, no extremo-sul, faz muito frio. Porém, importante deserto se destaca nesta região, o deserto do Atacama, no Chile. Já a vegetação na parte tropical possui florestas fechadas e selvas parcialmente exploradas (por exemplo: a Amazônia), nas quais há diversas espécies de plantas e uma grande variedade de vida selvagem. O relevo e hidrografia se destaca. Possui uma enorme cordilheira denominada de Andes, que vai da Venezuela, percorrendo toda a zona ocidental da América do Sul, 14 até o Chile. É a segunda maior cadeia montanhosa do mundo, com uma grande quantidade de vulcões, cujos mais famosos são: Chimborazo e o Cotopaxi, ambos localizados no Equador. O ponto mais alto da América do Sul é o Monte Aconcágua, na Argentina, com 6.962 metros. Existe um enorme altiplano central, que compreende o platô brasileiro, e o Planalto das Guianas, além da Planície Amazônica, o maior sistema fluvial do mundo, e a Planície Platina. Os maiores rios sul-americanos: Amazonas (6.868 km), Madeira (3.199 km) e São Francisco (3.160 km). A população é de cerca de 435 milhões, sendo o Brasil, mais populoso com cerca de 210 milhões de pessoas. As cidades de São Paulo, Lima, Bogotá e Rio de Janeiro possuem mais de 5 milhões de habitantes. O idiomas oficiais falados na América do Sul: espanhol, português, inglês, holandês e francês. As línguas nativas mais faladas na América do Sul: Quechua (Andes), Guarani (Paraguai e arredores), Aimara (Peru e Bolívia), Mapuche (Chile) – 500 mil falantes. A Economia da América do Sul começou a entrar em evidência a partir de 1930, um notável crescimento e diversificação na maioria dos setores, intensificando-se após a Segunda Guerra Mundial. Grande parte dos produtos agrícolas e pecuaristas é destinada ao consumo local e ao mercado interno, sendo o Brasil o país mais industrializado, e com maior renda per capita. Mapa 2 – América do Sul: mapa político e físico Fonte: Infoescola (2021) 15 2.2.1 - Confecção de cards com as particularidades dos países sul- americanos A elaboração e produção dos cards com os países da América do Sul tem o objetivo de propor aos alunos que localizem e conheçam esses países e suas respectivas particularidades. Além disso, o processo de produção desses cards envolve: pesquisa, desenho, pintura e escrita. Essa atividade colabora na coordenação motora dos estudantes e contribuiu para o aumento do conhecimento. Cada card representa um país da América do Sul, contendo informações como: área territorial, capital, idioma, população, moeda, PIB, principais cidades, principais rios e o ponto mais alto de cada país. Contém também as bandeiras nacionais desses países e um pequeno mapa da América do Sul evidenciado o país em questão. Para essa atividade o material utilizado foi: 4 folhas de papel “sulfite” brancas, canetas e lápis de cor, Atlas Geográfico escolar e pesquisa de dados na internet. Objeto de conhecimento dos 7°s anos EF. Figura 9 – Passo a passo: confecção dos cards Fonte: Professor Benedito Marcos Bigoto (2021) Figura 10 – Cards finalizados Fonte: Professor Benedito Marcos Bigoto (2021) 16 2.2.2 - Produção de um álbum de figurinhas da América do Sul A produção e o trabalho com o álbum de figurinhas, da América do Sul, têm o objetivo de propor aos alunos maior conhecimento sobre as características físicas, políticas, econômicas e humanas do continente. Além disso, o processo de produção do álbum e do recorte das figurinhas envolve a pesquisa, em livros e na internet. Essa atividade colabora na coordenação motora dos estudantes e contribuiu para o aumento do conhecimento. As figurinhas focaram a formação dos continentes, as placas tectônicas, os mapas da América do Sul físico e político, áreas urbanos, população e idiomas, indústria, mineração, agropecuária, agricultura e pecuária, vegetação e chuvas. Para essa atividade o material utilizado foi: 4 folhas de papel “sulfite” brancas, 1 folha de papel cartão vermelha, canetas, tesoura, cola e livros velhos, que foram guardados para esse fim, de recortar. Objeto de conhecimento dos 7°s anos EF. Figura 11 – Passo a passo: produção do álbum de figurinhas Fonte: Professor Benedito Marcos Bigoto (2021) Figura 12 – Páginas do álbum Fonte: Professor Benedito Marcos Bigoto (2021) 17 2.3 - Práticas intervencionistas: Os Sistema Hídricos As bacias hidrográficas são áreas de uma região formada por um rio principal e seus afluentes, que escoam para o mesmo curso d’água, abastecendo-o. Elas são separadas por estruturas do relevo, como morros, serras, picos e chapadas, entre outras. A topografia do terreno é que direciona o curso dos rios, levando os cursos de riachos, córregos e rios pequenos, a desaguarem em rios maiores. O nome da bacia hidrográfica geralmente leva o mesmo nome do rio principal. A estrutura de uma bacia: nascente, rio principal, divisores de águas, afluentes e foz. Esses elementos juntos drenam as águas da bacia para uma bacia maior ou para o oceano. No Brasil, por exemplo, as principais bacias hidrográficas são: asdo Amazonas, Tocantins-Araguaia, Platina (Paraná, Paraguai e Uruguai) e do São Francisco. Juntas elas englobam 80% do território nacional. No mundo existem diversas bacias e as mais importantes, levando em conta a extensão e o fluxo de água são as representadas no mapa abaixo: Mapa 3 – Maiores bacias hidrográficas do mundo Fonte: Atlas of Population and Environment (2001) 18 2.3.1 - Montar maquete para explicar o funcionamento de uma bacia hidrográfica Com o objetivo de mostrar ao aluno, o funcionamento de um sistema hídrico, minha proposta foi criar uma pequena maquete com materiais recicláveis e baixo custo. constituem de uma ferramenta valiosa. A construção de maquetes estimula o aluno a transformar o bidimensional (mapa) para o tridimensional (maquete); auxilia no aprendizado da morfometria, sobretudo da declividade, orientação de vertentes e perfil topográfico; contribui com o desenvolvimento da percepção e diferenciação. Materiais utilizados para a construção da mini maquete: um pedaço de isopor com face irregular, canetas hidrocor, uma folha de sulfite, tesoura, palitos de dente, durex e miçangas para sinalizar as nascentes. Figura 13 – Produção de uma mini maquete de sistema hídrico Fonte: Professor Benedito Marcos Bigoto (2021) 2.3.2 - Elaboração cédulas e moedas fantasias com as principais bacias hidrográficas brasileiras e do mundo As cédulas e moedas, desde muito tempo, em todos os países do mundo, são utilizadas para exibir, além de personalidades, as paisagens naturais (fauna e flora). Abaixo alguns exemplo: uma cédula brasileira, estampando as cataratas do Iguaçu e moedas norte-americanos exibindo parque nacionais. 19 Figura 14 – Cédula de Cem Mil Cruzeiros (1993-94) Fonte: Professor Benedito Marcos Bigoto – coleção particular (2021) Figura 15 – Moedas Quarto de Dólar: Série Parque Nacionais Fonte: Ucoin (2021) Analisando a importância das cédulas e moedas, na contribuição da divulgação da cultura, do conhecimento e da aprendizagem, essa intervenção pedagógica pretende reunir os estudantes em uma atividades que, além de conhecer o padrão monetário de vários países, ele o associe as principais bacias hidrográficas do Brasil e do Mundo. A intervenção pedagógica consiste em criar modelos de cédulas e moedas estampando as principais bacias hidrográficas. Para tal atividade, foram utilizados aplicativos de designers gráficos, como por exemplo o Paint, o Pronto e o Foto Colagem. Figura 16 – Cédulas fantasia representando bacias hidrográficas Fonte: Professor Benedito Marcos Bigoto (2021) 20 Figura 17 – Cédulas fantasia representando bacias hidrográficas Fonte: Professor Benedito Marcos Bigoto (2021) Figura 18 – Moeda fantasia representando bacias hidrográficas Fonte: Professor Benedito Marcos Bigoto (2021) 3 . CONCLUSÃO A partir da observação dos aspectos analisados, com as práticas intervencionistas propostas nesse trabalho, conclui-se que a disciplina de Geografia possui um imenso território a ser explorado com métodos e atividades diferenciadas, como lúdicas, artísticas e expositivas. Dessa maneira a Geografia contribui para o desenvolvimento do ensino aprendizado do aluno, além de desenvolver sua coordenação psicomotora. As atividades propostas nesse trabalho além de desenvolver o cognitivo dos estudantes, através das habilidades essenciais, vem inseri-los no contexto das competências socioemocionais, tornando-os protagonistas de seu aprendizado. 21 4. REFERÊNCIAS CASTELLAR, Sônia; VILHENA, Jerusa. Ensino de Geografia. São Paulo: Cengage Learning, 2010. (Coleção Ideias em Ação). CONTERNO, Lucy. A importância dos mapas enquanto instrumento pedagógico nas aulas Geografia. 2014. 42 p. Monografia (Especialização em Educação: Métodos e Técnicas de Ensino). Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Medianeira, 2014. FILIZOLA, Roberto. Didática da Geografia: proposições metodológicas e conteúdos entrelaçados com a avaliação. Curitiba: Base Editorial, 2009. FIRMINO, Anaisa Moreira. Trilhando a estrada de tijolos amarelos da educação ambiental com os jogos educativos. Dissertação Mestrado. Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, MG, 2010. FREITAS, Eduardo de. "Desigualdades Regionais"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/brasil/desigualdades-regionais.htm. Acesso em 07 de abril de 2021. HARRISSON, Paul. AAS Atlas of Population and Environment. Los Angeles: University of California Press; 1904ª edição, 2001. http://www.geografia.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=1557&evento =5. Acessado em 05 abr. 21 https://pt.ucoin.net/. Acessado em 14 abr. 2021
Compartilhar