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Proteção em Sistemas com Geração Distribuída Por João Luis, Jônatas Macêdo, Pedro Iago e Tcharllys Viana Sumário da Apresentação 1. Introdução 2. Problemas da Proteção com GD 1. Nível de corrente de falta; 2. Alcance reduzido do relé 21; 3. Fluxo de potência reversa e perfil de tensão; 4. Ilhamento e religamento automático; 3. Detecção de Ilhamento 4. Métodos Passivos 5. Métodos Ativos 6. Estado da Arte 7. Recomendações Internacionais, Guias e Padrões 8. Novas Abordagens 1. Proteção Adaptativa 2. Sistema Supervisório 2 Introdução ● Geração distribuída, descentralizada, embarcada ou dispersa são palavras chaves para denominar o paradigma da mudança nos métodos de geração de energia elétrica. ● A geração distribuída (GD) pode ser definida como a geração de energia elétrica dentro das redes de distribuição. 3 Introdução ● Características comuns entre as mais diversas redes de geração distribuída: • Em geral são de iniciativa privada; • São conectadas a redes de distribuição de baixa ou média tensão; • Não contribuem para o controle de tensão ou frequência*; • Geralmente não foram consideradas durante o planejamento da rede de distribuição local. 4 Introdução ● A geração distribuída tem seu uso incentivado principalmente pela tendência global de conservação ambiental, que leva a energias renováveis, que são de pequena escala, normalmente. ● No entanto, GD encontra alguns problemas, como por exemplo: • Regulação de Mercado; • Custos; • Proteção. 5 Problemas da Proteção com GD • Normalmente, sistemas de distribuição são planejados como redes passivas; • Geração distribuída torna a rede ativa; • Principal consequência: proteção convencional não é adequada; • Problemas: •Curto-circuito e nível de corrente de falta; •Alcance reduzido do relé 21; •Fluxo de potência reversa e perfil de tensão; •Ilhamento e religamento automático; Nível da Corrente de Falta ● i é a corrente de falta em pu, múltiplos da corrente nominal. ● Zth é a impedância Thevenin em pu da rede, ~ 0.7 p.u. ● Problema: é necessário uma alta corrente de falta para sensibilizar o relé 50/51. Nível da Corrente de Falta O sistema abaixo foi simulado com e sem GD considerando uma falta fase-terra no barramento 8. No próximo slide: medições do relé B3 8 9 Alcance reduzido do relé 21 • Diminuição de Zth devido a presença da GD na rede; • Corrente de falta total para um curto circuito no ponto a da Figura 1: If= Inw + Idg (2) Figura 1 – Sistema de distribuição com gerador distribuído Alcance reduzido do relé 21 • Dessa forma, o relé R só medirá a corrente da rede alimentada Inw; • Risco para altas impedâncias de faltas que podem não acionar os relés em tempo suficiente; Figura 1 – Sistema de distribuição com gerador distribuído Alcance reduzido do relé 21 •O alcance do relé 21 é a máxima distância de falta que o aciona, para uma certa zona de impedância. •A tensão medida pelo relé R é: Figura 1 – Sistema de distribuição com gerador distribuído Alcance reduzido do relé 21 Fluxo de potência reversa e perfil de tensão • A presença do gerador no sistema de distribuição pode ocasionar na mudança de direção do fluxo de potência; Fluxo de potência reversa ocasiona gradiente de tensão reversa; • Variação de tensão devido a entrada e saída de potência: Un: Tensão nominal do sistema Rth + jXth: Impedância equivalente da linha Pdg + jQdg: Potência aparente da GD Fluxo de potência reversa e perfil de tensão Figura 2 – Perfil de tensão e gradiente no alimentador de distribuição com e sem contribuição do gerador G Questão 1) ★★ Explique o impacto da adição de geração distribuída na configuração dos relés 50/51 e 21, propondo um possível ajuste dos seus parâmetros. 16 Ilhamento e Religamento Automático Ilhamento e Religamento Automático • Ocorrem situações críticas quando parte da rede de utilidade é ilhado e conecta-se uma GD, o que é referido como Perda de alimentação ou Perda de Rede; • Ilhamento intencional x Ilhamento não intencional; • Consequências do ilhamento: •Perda da QEE (Qualidade de Energia Elétrica); •Ameaça da segurança da equipe técnica; •Perda de coordenação dos dispositivos de proteção; •Falhas no suprimento de energia aos consumidores; Ilhamento e Religamento Automático • O que causa o ilhamento? •Falta na rede; •Manutenção sem conhecimento da GD; • Problemas existentes quando a rede de utilidade for automaticamente reconectado após uma curta interrupção: • Insucesso do religamento instantâneo; • Casamento de dois sistemas assíncronos; Ilhamento e Religamento Automático Figura 3 – Circuito com o procedimento de religação automático Ilhamento e Religamento Automático 21 Tabela 1 - Impacto das GDs na proteção dos sistemas # Impacto Observação 1 Mudança do fluxo da corrente de falta Fluxo de corrente não é radial com GD, há contribuições de corrente oriundas da GD que estão acima e/ou abaixo do ponto com falta 2 Aumento ou Diminuição da corrente de falta Depende da topologia do sistema de operação 3 Operação incorreta do fusível É possível que se torne ineficaz ou escape sem uma falha real 4 Perda de Coordenação Perda de sensibilidade e seletividade como um resultado da magnitude da corrente de falta, direção e mudança de fluxo. 5 Faltas indetectáveis Quando o novo nível de corrente de falta é pequeno 6 Danos dos dispositivos de interrupção Como um resultado do aumento da corrente de falta e é maior do que a capacidade de interrupção dos equipamentos implementados 7 Falta IΦ maior que a falta 3Φ Devido à GD ter maior corrente de falta IΦ 8 Relés bidirecionais necessários Devido ao impacto de número (#) 1 Questão 2) ★★ Explique o que é Ilhamento e cite, no mínimo, duas consequências negativas do mesmo. 22 Detecção de ilhamento • Métodos passivos • Sub/sobretensão • Sub/sobrefrequência • Salto vetorial • Taxa de variação de tensão • Taxa de variação de frequência Detecção de ilhamento • Métodos ativos • Reactive Error Export • Monitoramento da impedância do sistema • Deslocamento de frequência Métodos passivos • Sub/sobretensão e sub/sobrefrequência • Uma indicação clara de perda de fornecimento de energia é a presença de uma tensão muito baixa. Uma tensão muito alta também pode ser gerada em caso de erros no controle da geração. • Frequências fora do limite também podem indicar ilhamento. • Mudanças de tensão e de frequência não ocorrem instantaneamente, tornando esse tipo de proteção um tanto devagar. Métodos passivos Métodos passivos • Salto vetorial Métodos passivos • Salto vetorial Métodos passivos • Taxa de variação de tensão e frequência (ROCOF): • Observa os valores da derivada da tensão e frequência. • Desvantagem: sensível a outros distúrbios na rede. Métodos passivos Questão 3) ★★ Qual a principal desvantagem das proteções de sub/sobretensão e sub/sobrefrequência e quais proteções podem ser usadas para compensar essa desvantagem? 31 Métodos ativos • Reactive Error Export • Controla a corrente de excitação do gerador da GD de forma a gerar um valor de corrente reativa conhecido que não pode ser suportado a não ser que o gerador esteja conectado a rede. Métodos ativos • Monitoramento da impedância do sistema Métodos ativos • Deslocamento de frequência •Inversor ao aplicar corrente com uma frequência um pouco diferente da nominal. •A rede regula a frequência. •Frequência é alterada com remoção da rede. Grid vs gerador • Proteção de interligação: • Protege a rede. • Proteção do gerador: • Protege a GD. Exemplosde relés Estado de Arte • Proteção integrada do gerador • Relé de perda de alimentação • Easygen-100 • Dispositivo de interconexão universal da General Electric Proteção integrada do gerador • DGP54BABA (General Eletrics Industrial Systems) • Funções: • Sub/sobretensão; • Sobrefrequência; • Perda de excitação; • Desbalanço de corrente; • Proteção diferencial; 38 Relé de perda de alimentação • 246-ROCL/256-ROCL (Tyco Electronics); • Parametrização: • Salto vetorial: 2º a 24º em passos de 2º; • Taxa de variação de frequência: 0.1 a 1Hz/s em passos de 0.05Hz/s. 39 Easygen-1000 40 Dispositivo de interconexão universal da General Electric • Intelligent Electronic Device (IED): • Proteção e controle remoto. • Duas chaves para habilitar a GD em paralelo com o sistema. • Dois disjuntores para proteção de emergência. 41 Questão 4) ★★ Explique a diferença entre métodos passivos e ativos e cite, no mínimo, dois exemplos de cada caso. 42 Recomendações internacionais, guias e padrões • IEEE C37.95-1989 Guide for Protective Relaying of Utility- Consumer Interconnections [ref] • IEEE 929-2000 Recommended Practice for Utility Interface of Photovoltaic (PV) Systems [ref] • IEEE 242-2001 Recommended Practice for Protection and Coordination of Industrial and Commercial Power Systems [ref] • IEEE 1547 Series of Standards for Interconnection [ref] (in progress) PRODIST – Seção 3.7 Acesso de Micro e Minigeração Distribuída PRODIST – Seção 3.7 Acesso de Micro e Minigeração Distribuída PRODIST – Seção 3.7 Acesso de Micro e Minigeração Distribuída Novas Abordagens Proteção Adaptativa É um processamento online que modifica a resposta preferível para uma mudança nas condições do sistema. Um relé adaptativo pode modificar suas configurações, características ou função lógica, em tempo real, através de sinais externos manuais ou automáticos. Proteção Adaptativa ● Modelamento adaptativo da impedância do sistema. ● Coordenação adaptativa dos relés 50 e 51. ● Cobertura adaptativa do relé 21. ● Religamento adaptativo. Proteção Adaptativa - Relé de sobrecorrente A soma dos tempos Tii da zona primária de n relés é minimizada, enquanto o intervalo ∆T de coordenação entre as zonas é respeitado. Proteção Adaptativa - Relé de distância Por exemplo, a zona de pickup primária de um relé 21 pode ser modificada online de acordo com a potência alimentada por um microgerador em conexão T. Sistemas Supervisórios Informação A integração de sistemas de geração distribuída é um risco quando não há sistemas de aquisição de dados. A instalação de sistemas como o SCADA ou o SPMS pode ajudar a resolver o problema da entrada e saída de gerações distribuídas. A internet é de fácil acesso e pode ser utilizada para o propósito de supervisão do sistema. Entretanto, a rede pode não ser confiável. Sistemas Supervisórios Coordenação É um requerimento fundamental para a operação segura dos relés de proteção. Análises do sistema devem ser feitas caso por caso, para se coordenar de maneira apropriada os parâmetros de proteção. Adaptação É um desafio porque necessita de uma maior taxa de dados do que a normalmente disponível em redes de distribuição. SPMS - Medição fasorial sincronizada Por meio do GPS, viabiliza a sincronização das medições de grandezas fasoriais em instalações distantes. ● Em 60 Hz, um atraso de 1 us implica em um erro na medição da fase de 0,021°. ● Centrais de controle podem agregar funções do CAG e de controle supervisório do sistema. Questão 5) ★★ Identifique as principais dificuldades da instalação de proteção adaptativa no sistema de distribuição brasileiro. 55 Obrigado! 57 58 59 60 Tabela 1 - Impacto das GDs na proteção dos sistemas # Impacto Observação 1 Mudança do fluxo da corrente de falta Fluxo de corrente não é radial com GD, há contribuições de corrente oriundas da GD que estão acima e/ou abaixo do ponto com falta 2 Aumento ou Diminuição da corrente de falta Depende da topologia do sistema de operação 3 Operação incorreta do fusível É possível que se torne ineficaz ou escape sem uma falha real 4 Perda de Coordenação Perda de sensibilidade e seletividade como um resultado da magnitude da corrente de falta, direção e mudança de fluxo. 5 Faltas indetectáveis Quando o novo nível de corrente de falta é pequeno 6 Danos dos dispositivos de interrupção Como um resultado do aumento da corrente de falta e é maior do que a capacidade de interrupção dos equipamentos implementados 7 Falta IΦ maior que a falta 3Φ Devido à GD ter maior corrente de falta IΦ 8 Relés bidirecionais necessários Devido ao impacto de número (#) 1
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