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Linguística e ensino de Letras aula 3

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28/08/2022 19:25 Linguística e educação bilíngue
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/03416/index.html# 1/35
Objetivos
Módulo 1
Ensino bilíngue: conceitos e de�nições
Identificar os diversos conceitos e definições ligados ao bilinguismo.
Acessar módulo
Módulo 2
Políticas linguísticas para a educação bilíngue
Reconhecer as políticas linguísticas para a educação bilíngue.
Acessar módulo
Módulo 3
Linguística e a educação bilíngue
Relacionar os estudos linguísticos à educação bilíngue.
Linguística e educação bilíngue
Prof. Nataniel GomesDescrição
Conceito de ensino bilíngue, políticas linguísticas para a educação bilíngue e a contribuição da Linguística para a
educação bilíngue.
Propósito
Compreender as concepções de ensino bilíngue e as contribuições dos estudos linguísticos na educação bilíngue para o
desenvolvimento das competências necessárias à atuação como professor de Língua Portuguesa na educação básica.
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28/08/2022 19:25 Linguística e educação bilíngue
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/03416/index.html# 2/35
Acessar módulo
Introdução
Os limites da sua linguagem são os limites do seu mundo. 
(WITTGENSTEIN, 2001, p. 5)
O domínio de uma segunda língua passou a ser reconhecido como um diferencial no mercado de trabalho, sobretudo em um mundo globalizado.
Responsáveis e pais começaram a buscar formas para facilitar o ingresso de crianças e jovens no contexto de segunda língua, principalmente em
escolas.
Muitos se perguntam se realmente a melhor opção seria matricular as crianças em escolas bilíngues. Ou seja, garantir a vivência delas em
ambientes que privilegiam o domínio da segunda língua, oferecendo um ensino de qualidade e contemplando aspectos sociais, culturais e
linguísticos.
Essas e outras questões sobre o bilinguismo ganham cada vez mais interesse e apontam para o entendimento de que ampliar os limites da
linguagem também significa ampliar as possibilidades e o próprio mundo.
Por isso, vamos estudar esse assunto tão interessante!
1
Ensino bilíngue: conceitos e de�nições
Ao final deste módulo, você será capaz de identificar os diversos conceitos e definições ligados ao bilinguismo.
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28/08/2022 19:25 Linguística e educação bilíngue
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/03416/index.html# 3/35
O bilinguismo
A demanda pelo bilinguismo
Existem mais de seis mil idiomas em uso no mundo. Na verdade, esse número pode até ser muito maior, já que nem sempre é fácil diferenciar língua
de dialeto.
As quatro línguas mais faladas atualmente, na ordem, são:
1. Inglês
2. Mandarim
3. Hindi
4. Espanhol
É evidente que o inglês se tornou uma língua franca, ou seja, de comércio e contato em todo o mundo. Isso não nos leva a ignorar que, em cada país
ou região, pode haver outra língua, além do inglês e da língua materna, que também desperte interesses ou seja relevante em alguma perspectiva.
Em nosso país, há uma demanda cada vez maior pela educação bilíngue. Uma prova disso é o crescimento de escolas desse segmento, que
buscam atender aos interesses de muitos pais e à própria demanda imposta pelo mercado de trabalho. São escolas que procuram superar a
seguinte situação: nem todos os docentes dominam uma segunda língua.
Durante um bom tempo, havia a crença de que o ensino de uma segunda língua poderia confundir os jovens aprendizes, dificultando a aprendizagem
da língua materna e da estrangeira. Esse conceito ainda persiste no entendimento de muita gente.
Já se sabe, porém, que o bilinguismo traz inúmeros benefícios para o falante. Podemos citar pelo menos dois deles:
Saiba mais
A Associação Brasileira do Ensino Bilíngue (Abebi) estima que, entre 2014 e 2019, houve um crescimento de 6 a 10% de escolas bilíngues
privadas no Brasil. A Abebi também aponta que, em 2019, cerca de 1.200 escolas eram bilíngues ou desenvolviam algum programa do
tipo.
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Identi�cação com outra cultura
Possibilidade de se colocar no lugar do outro a partir de seu contexto linguístico e cultural.
Aprimoramento de aspectos cognitivos
Ressignificação de conceitos e expansão da memória.
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Alguns estudiosos chegam a afirmar que o bilíngue tende a se tornar mais analítico em sua tomada de decisões. Uma hipótese é que, ao adquirir
uma língua, o falante percebe determinadas nuanças do idioma, o que implica atenção redobrada.
Concepção de bilinguismo
O que é bilinguismo
Existem diversas definições para o bilinguismo: uma das mais comuns está ligada à coexistência de dois sistemas linguísticos utilizados por um
falante. Mas há outros sentidos para o termo.
Para alguns, o bilíngue é capaz de falar duas línguas sem esforço; para outros, seria aquele indivíduo que se expressa sem cometer erros graves e
mantém uma pronúncia correta. As fartas definições e divergências sobre o termo acontecem por falta de critérios para uma definição mais
consensual entre os estudiosos.
Na verdade, a compreensão do bilinguismo mudou com o avanço dos estudos da Linguística, mas isso não elimina de todo a dificuldade de se
estabelecer uma definição que ajude a delimitar o termo de forma suficientemente exata. No século XX, a definição mais comum para o bilinguismo
estava ligada a indivíduos que dominavam duas ou mais línguas perfeitamente.
Para Grosjean (2017), as situações a seguir seriam casos de bilinguismo:
Crianças cujos pais falam duas línguas e aprenderam esses idiomas simultaneamente antes dos três anos de idade.
 1 de 4 
Grosjean (2017) entende que os falantes bilíngues usam duas línguas que aprenderam ou adquiriram em seu cotidiano, alternando seu uso de
acordo com suas necessidades e objetivos, como apresentamos nos quatro casos acima.
Exemplo
Talvez por isso estudantes bilíngues tendam a obter resultados melhores em testes com matemática ou em atividades multitarefas.
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Esses falantes se valem do conhecimento linguístico que têm e das suas habilidades para comunicação, seja no ato de ler, de ouvir, de falar ou de
escrever nos idiomas que fazem parte das suas experiências do dia a dia.
Se for feita uma rápida pesquisa nos dicionários, é provável que o termo “bilinguismo” apareça associado ao indivíduo que fala duas línguas.
Vejamos como o linguista canadense William Francis Mackey (apud MEGALE, 2005, p. 3) resume as quatro questões que devem ser levadas em
conta no estudo do bilinguismo:
Não precisa ser equivalente em todos os níveis linguísticos, pois “o indivíduo pode, por exemplo, apresentar vasto vocabulário em uma das
línguas, mas nela apresentar pronúncia deficiente”.
Harmers e Blanc (2000 apud MEGALE, 2005, p. 3-5) avançam nessa questão do estudo e definição do bilinguismo e propõem seis dimensões que
devem ser consideradas. Veja cada uma delas a seguir:
Grau de proficiência Função e o uso das línguas Alternância de código Interferência
Competência relativa 
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Harmers e Blanc compreendem o bilinguismo a partir de concepções multidimensionais que levam em conta a linguística e outras ciências, como a
Psicologia e a Sociologia. Essa é a tendência atual - e assim é que se deveria estudar o bilinguismo, levando em conta a análise individual,
interpessoal, intergrupal e mesmo social (MEGALE, 2005).
Bilinguismo e aquisição da linguagem
Abordagem gerativista
Ainda é bastante comum questionar o bilinguismo, afirmando que ele não existe em nosso país. Quando se faz uma declaração assim, acaba-se
excluindo os falantes de outras línguas, inclusive aquelescom competência em uma das quatro habilidades, conforme veremos mais adiante.
Para o linguista norte-americano Thomas Roeper (1999), todo falante nativo tem um conjunto de pequenas gramáticas para diferentes domínios.
Nesse sentido, todo falante é bilíngue, ou seja, todos são bilíngues no próprio idioma.
A partir de uma perspectiva gerativista de Chomsky, a língua seria o estado estacionário de desenvolvimento de uma “gramática materna” ou
internalizada. Desse modo, o usuário, ao ser exposto a diferentes gramáticas, produz variações dessa gramática materna ou internalizada.
O mesmo processo acontece quando se alguém se expõe a diferentes línguas simultaneamente. Por isso, Roeper (1999) usa o conceito das
“gramáticas múltiplas” ou “bilinguismo universal”.
Organização cognitiva 
Idade de aquisição 
Presença ou não de indivíduos falantes da segunda língua 
Status da segunda língua 
Identidade cultural 
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Conforme a teoria de Chomsky sobre a aquisição da linguagem, a criança inserida em duas línguas desenvolve duas gramáticas, as quais
chamaremos de língua A e de língua B. Assim, as duas línguas terão algo bem próximo do mesmo nível de desempenho linguístico por parte do
falante.
A partir de um olhar do bilinguismo consecutivo apresentado anteriormente, assim como ocorre na aquisição da língua materna, as crianças
encontram uma atividade semelhante ao processo de desenvolvimento da língua: a necessidade de dominar um sistema gramatical a partir dos
dados linguísticos apresentados a ela.
A aquisição é um problema que Chomsky (2002) tem tentado responder também é conhecida como “Problema de Platão” (baseado no diálogo
Mênon, de Platão). No famoso diálogo, Sócrates demonstra para Ménon que possuímos certos conceitos matemáticos, mesmo sem passar pela
escola, que nos permitem que fazer cálculos geométricos de forma intuitiva.
Podemos saber bastante, mesmo com poucas evidências.
Tal questão na área da Linguística tem servido para nortear o processo de aquisição da linguagem. É uma forma de tentar explicar como é possível
adquirir a língua materna de forma inata se os dados apresentados são caóticos - e isso ocorre em uma idade na qual a criança ainda não realiza
raciocínios lógicos e analíticos.
Uma pressuposição importante no processo de aquisição é que o falante não é exposto a dados ordenados e a todas as estruturas que a língua
possui, mas, mesmo assim, ele adquire a língua. Ou seja, o surgimento de propriedades abstratas, para as quais o aprendiz não recebeu instrução
formal, indica a existência de princípios da gramática universal guiando ou restringindo as possíveis gramáticas da segunda língua.
Conceitos de bilinguismo
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No vídeo a seguir, confira as explicações sobre o contexto, os conceitos e as abordagens teóricas do bilinguismo.
Vem que eu te explico!
Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar.
Módulo 1 - Vem que eu te explico!
Benefícios do bilinguismo para o estudante
Módulo 1 - Vem que eu te explico!
Os conceitos de bilinguismo
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Vamos praticar alguns conceitos?
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Questão 1
Pesquisas recentes indicam que falar duas línguas pode ter um profundo impacto no modo como pensamos e agimos, sendo uma exigência
cada vez mais presente no mundo contemporâneo caracterizado por um globalismo que aprofunda as conexões entre pessoas de diferentes
origens linguísticas. Nesse sentido, assinale a alternativa que apresenta corretamente as vantagens do bilinguismo.
A Combate ao envelhecimento, menor flexibilidade mental e maior apreensão da realidade multicultural.
B Maior desenvolvimento cognitivo, capacidade de apreensão do diferente e expansão da memória.
C Menor capacidade de análise e maior percepção das nuances do idioma e capacidade de múltiplas tarefas.
D Maior possibilidade de visão do ponto de vista alheio, redução da ampliação da memória e menor flexibilidade mental.
E
Maior capacidade de concentração, menor capacidade imagética e de controle da atenção e maior percepção da
multiculturalidade.
Responder
Questão 2
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2
Políticas linguísticas para a educação bilíngue
Ao final deste módulo, você será capaz de reconhecer as políticas linguísticas para a educação bilíngue.
A partir de investigações desenvolvidas por pesquisadores da área do bilinguismo, há uma discussão sobre aspectos e definições desse
conceito. Atualmente, a tendência nos estudos linguísticos, em termos de concepção de bilinguismo, aponta para a opção por:
A conceitos estritamente linguísticos.
B conceitos fundamentalmente multidimensionais.
C definições focadas na dimensão política.
D compreensão do bilinguismo em termos de cultura.
E compreensão do bilinguismo focada na geopolítica.
Responder

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Estudos sobre políticas linguísticas
Políticas linguísticas
De acordo com Calvet (2008), as políticas linguísticas correspondem a decisões em diferentes âmbitos e níveis de governo sobre as relações que
ocorrem entre a sociedade ou as pessoas e as línguas.
É perceptível o aumento da oferta bilíngue, assim como a crescente preocupação sobre o melhor momento para se começar a aprender uma nova
língua. Além disso, também se debate sobre as variadas políticas linguísticas envolvidas no ensino bilíngue, já que não há, por enquanto, políticas
oficiais e integradas sobre o tema.
Apesar de seu expressivo crescimento, não há números oficiais dessas escolas, legislação específica sobre
seu funcionamento e as pesquisas sobre educação bilíngue de elite no contexto brasileiro ainda são
incipientes, visto que os estudos realizados internacionalmente nem sempre nos trazem dados aplicáveis a
nossa realidade.
(LIBERALI; MEGALE, 2011, p.1)
Os estudos sobre as políticas linguísticas têm se desenvolvido nas últimas seis décadas, em especial nos últimos quarenta anos. Infelizmente,
ainda não existe uma teoria que dê conta da complexidade de situações envolvidas na linguagem a partir de aspectos sociais, culturais, políticos,
econômicos etc.
Por isso, alguns sugerem que a ênfase para tentar responder às demandas surgidas deveria ser a seguinte: campos de investigação versus teorias
de política linguísticas.
Para Ricento (2000), o desenvolvimento das pesquisas sobre as políticas linguísticas tem a ver com os processos de descolonização e formação de
países na África e na Ásia, além do domínio teórico do estruturalismo e da noção de que os problemas linguísticos poderiam ser resolvidos por meio
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do “planejamento linguístico”. Por isso, no início, muitos trabalhos estavam focados na tipologia linguística e no planejamento com o propósito de
modernizar países que tinham conseguido sua independência.
Na década de 1970, como as políticas de modernização e planejamento linguístico dos países que haviam conquistado a independência
fracassaram, alguns pesquisadores destacaram problemas que acarretaram seu insucesso, tais como:
Variáveis envolvidas.
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Políticas linguísticas e colonização
O que se percebe nesse contexto é que a língua do colonizador foi usada com a intenção de modernizar o país, mas enfatizou a dominação social e
cultural de um povo que já havia conquistadoa sua independência. Naquele momento, a política linguística, de modo geral, enfatizava o
monolinguismo como uma ideologia que nada tem de científico, mas, em vez disso, presta seus favores à manutenção dos mesmos grupos que
dominavam aquelas nações colonizadas.
À medida que a língua inglesa se torna dominante, a questão dos direitos linguísticos vira uma pauta de discussão. Daí surge a noção de uma
ecologia das línguas, enfatizando a diversidade linguística com a proposta de ampliar os direitos de falantes de todas as línguas (RICENTO, 2000).
Nesse contexto, as investigações buscam entender as relações entre ideologia e política linguística, o que orienta a escolha
de determinadas línguas e como seus lugares são marcados por meio da linguagem.
Na verdade, podemos identificar a política linguística mesmo nas situações em que ela não é explícita ou oficialmente estabelecida.
Curiosidade
A diversidade era entendida como um obstáculo para o desenvolvimento dessas nações, enquanto a homogeneidade estava ligada aos
avanços e ao desenvolvimento para a modernização.
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Desse modo, nos países, nos grupos sociais ou mesmo nas instituições em que não encontramos o registro formal de políticas linguísticas, a
natureza da política linguística dessas sociedades deve ser buscada ou identificada por meio de estudos das práticas e crenças linguísticas dessas
comunidades ou instituições. Por outro lado, nas sociedades ou comunidades em que tal política se faz presente de maneira formal e registrada por
escrito, não há uma garantia de que o efeito dela nas práticas linguísticas seja consistente e certo (SPOLSKY, 2004).
Políticas linguísticas e ideologia
No caso da educação bilíngue, a política linguística está ligada às ações individuais de grupos socialmente definidos ou de organizações sobre
essas questões de linguagem, como é o caso do ambiente de sala de aula, no qual os alunos entendem que o docente define quem fala e o que fala,
além de julgar se a manifestação linguística está correta ou não.
As políticas linguísticas geralmente são encontradas em documentos oficiais, como cláusulas constitucionais ou regulamentações administrativas.
Mas elas também podem ser vistas em documentos que falam sobre investimentos na área.
Por outro lado, em muitos casos, ocorre uma total ausência de documentos, embora sempre haja o aspecto ideológico sobre o uso da linguagem e
seus padrões de uso.
Segundo Spolsky (2004), existem geralmente três motivações para as políticas linguísticas:
Identidade com o interesse de estabelecer o status de nação por meio de uma língua homogênea.
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Existem diversos grupos sociais, comunidades e espaços que, além da escola, podem ser estudados nesse processo da política linguística bilíngue.
Atenção!
Vale destacar que a linguagem e as políticas linguísticas estão inseridas em ambientes de grande complexidade, em meios interativos e
em constante transformações. Essas mudanças, por menores que sejam, afetam o todo. Por isso, seu estudo precisa levar em conta
fatores não linguísticos, como os aspectos políticos, demográficos, sociais, culturais, religiosos, psicológicos etc. Esses fatores estão
vinculados às tentativas de intervenção nas práticas linguísticas e nas crenças de pessoas ou grupos, além das mudanças subsequentes
que podem ou não ocorrer (SPOLSKY, 2004).
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Para muitos autores, as políticas linguísticas são um subcampo da Linguística Educacional, que é uma área da Linguística Aplicada. Por isso,
destacamos todo o contexto da independência de países após a Segunda Guerra, que teve bastante impacto na educação - em especial, na escolha
das línguas que deveriam ser ensinadas.
Na América do Sul, houve o rebaixamento e uma tentativa de extermínio das línguas indígenas por parte do colonizador, que não admitia seu uso no
sistema educacional. Atualmente, há uma pressão para que o inglês seja utilizado nas escolas. No Brasil, isso ocorreu quando ele foi tornado
obrigatório nos ensinos fundamental e médio.
Conforme já mencionamos, o bilinguismo é uma forma de política linguística que pode ser implementada pelo Estado, por instituições ou mesmo
individualmente, se contrapondo ao conceito de monolinguismo, ainda muito arraigado em nosso país. Entender as políticas linguísticas é
compreender as ideologias envolvidas e como determinados projetos são capazes de naturalizar políticas implementadas para atender aos
interesses de grupos dominantes.
Por isso, certos governos podem se utilizar do senso comum para validar ou justificar suas políticas linguísticas. Desse modo, conforme adverte
Mulon (2017), é possível que certos usos linguísticos produzam determinados resultados sociais ou ideológicos.
A forma como essas ideologias linguísticas são construídas pode ser objeto dos estudos linguísticos.
Exemplo
Políticos ou movimentos políticos que optam pelo uso de uma língua não oficial por representarem determinado segmento ou grupo que
não usa a língua oficial, como ocorre com o talian, falado por imigrantes italianos em cidades do sul do Brasil.
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Um dos maiores impactos na educação bilíngue tem a ver com a conexão entre língua e identidade como uma tentativa de homogeneização para
impor um padrão a ser utilizado em toda uma nação.
Política linguística no Brasil
Em nosso país, o Instituto de Investigação e Desenvolvimento em Política Linguística (IPOL) se dedica às políticas linguísticas, desenvolvendo
projetos que apoiam comunidades de línguas e variedades minoritárias do Brasil e do Mercosul para a manutenção e a promoção da diversidade
linguística.
Uma das ações do IPOL é a cooficialização de línguas em alguns munícipios, podendo essas línguas cooficializadas serem usadas em documentos
oficiais com patamar idêntico ao da língua portuguesa.
Como vimos anteriormente, a educação bilíngue tem se tornado cada vez mais frequente em nosso país, sendo uma prática que cresce entre as
escolas.
Liberali e Megale (2011) comparam nosso contexto ao da Colômbia, em que:
O avanço de carreira é dependente em alto grau da pro�ciência em língua inglesa, e a educação bilíngue é vista como a
chave para o desenvolvimento da língua estrangeira.
(MEJÍA, 2004, apud LIBERALI; MEGALE, 2011, p. 101)
O multilinguismo de nosso país remonta ao período anterior ao descobrimento. O colonizador português, afinal, encontrou mais de mil línguas
indígenas aqui.
A partir daquele momento, instalou-se uma ideologia que visava à destruição de tais línguas por meio da imposição da língua portuguesa. Essa
ideologia foi responsável pela morte e extinção de 85% dessas línguas ao longo de 500 anos.
Para o senso comum, é corrente afirmar que o brasileiro fala português, desconsiderando as línguas nativas e as dos imigrantes. Por isso, é
importante uma verdadeira reorientação, do ponto de vista linguístico, sobre comunidade e identidade e sobre o conceito de bilinguismo.
Comentário
Para se ter uma ideia do processo de cooficialização de língua no Mercosul e no Brasil, o IPOL apresentava uma situação, em agosto de
2021, na qual 21 línguas em 45 municípios brasileiros eram cooficializadas.
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O conceito da hierarquia entre as línguas ainda é muito forte. Nele, cria-se uma noção de superioridade ou inferioridade entre determinadas línguas,
além do mito de que certos idiomas são mais fáceis ou mais difíceis de se aprender.
Educação bilíngue
Educação bilíngue no Brasil
Considerando o ambiente escolar bilíngue, é possívelencontrar propostas sobre educação bilíngue começando com o próprio processo de
alfabetização.
No site de diversas escolas, aparece o projeto político pedagógico (PPP) com algumas informações sobre o bilinguismo. Trechos do PPP
costumam afirmar que os alunos são alfabetizados no ensino fundamental (inicialmente na língua materna), iniciando-se, em seguida, a preparação
para a alfabetização na língua estrangeira.
Projetos assim entendem que a alfabetização deve ser realizada primeiramente na língua materna e só depois na estrangeira. A intenção seria evitar
que um código linguístico interferisse no outro. Isso denota, de acordo com visões monoglóssicas do bilinguismo, uma noção de purismo
linguístico.
Outras escolas destacam em seu PPP que o ensino da língua estrangeira serve para facilitar a interação dos estudantes com outras culturas.
Segundo essas instituições, com a globalização, o conhecimento de uma segunda língua tem um papel primordial na formação profissional do
estudante.
Certas escolas oferecem muitas opções de aspectos multilíngues, tais como:
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Professores brasileiros e estrangeiros qualificados.
 1 de 4 
É curioso observar que a quantidade de alunos raramente é explicitada, mas se supõe que ela seja menor que o número tradicionalmente
encontrado nas salas de aula, revelando uma visão xenocentrista de mundo, ou seja, produtos, estilos ou ideias de outras culturas são preferenciais
em vez daqueles relativos à própria cultura.
Escolas que têm a alfabetização separada parecem sugerir um purismo linguístico e uma visão monoglóssica do bilinguismo, levando a uma
concepção compartimentada da língua como unidades estanques trabalhadas pedagogicamente de forma separada.
Normalmente, essas escolas têm aulas ministradas em determinada língua estrangeira e outras na língua materna.
Embora haja uma orientação para o bilinguismo, elas se mantêm com línguas e usos separados.
Outro ponto abordado nessas diferentes escolas - e que serve como propaganda - é que parte dos seus professores é nativo da língua que ensinam.
O que está por trás disso é a ideia de que, por ser nativo, esse docente domina o ensino desse idioma e fala por determinada cultura, sendo
supostamente seu melhor representante.
Essa é uma visão ainda muito homogênea do falante e da língua. Seria como se ele não passasse por algum processo de hibridismo linguístico
durante o contato com outras línguas e culturas, sobretudo em um mundo globalizado.
O que podemos perceber é que a educação bilíngue ainda caminha cercada de propaganda e expectativas, prometendo cursos multilíngues,
enquanto a legislação ainda impõe uma política linguística que se baseia no mito do monolinguismo na educação básica.
Legislação educacional e bilinguismo
Essa realidade pode começar a mudar com a aprovação das diretrizes curriculares nacionais para a oferta de educação plurilíngue. Essas diretrizes
foram elaboradas e propostas pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) na forma do Parecer CNE/CEB nº 2/2020 a fim de serem homologadas e
se tornarem finalmente uma resolução.
O documento aborda diversas temáticas relacionadas com plurilinguismo, bilinguismo e cooficialização de línguas. Entre elas, destacam-se:
Diversidade e valorização das línguas das populações indígenas.
Direitos linguísticos e sociais da população surda.
Educação em regiões de fronteira e interculturalidade.
Educação plurilíngue a partir da língua portuguesa e de línguas adicionais na educação básica.
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O Parecer CNE/CEB nº 2/2020 faz menção à Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para reforçar que a língua inglesa se tornou a única língua
adicional na educação básica - mais especificamente, a partir do 6º ano do ensino fundamental.
Mas o cumprimento desse requisito não precisa limitar a experiência linguística na educação básica, pois outras línguas adicionais podem ser
ofertadas aos alunos.
A expectativa é que não somente as chamadas línguas de prestígio social estejam presentes, mas que também se faculte
o aprendizado de línguas indígenas, africanas e outras. De qualquer modo, as competências e habilidades dispostas na
BNCC devem constituir o arcabouço para a elaboração das diversas possibilidades de programas de educação plurilíngue
do país.
(BRASIL, 2020, p. 19)
O documento (BRASIL, 2020, p. 20) traz várias recomendações, tais como:
O estabelecimento, por parte do MEC e das redes públicas de ensino, de parcerias com instituições de ensino superior de reconhecida
notoriedade na área de bilinguismo a fim de promover políticas de educação plurilíngue.
Criação de espaço e condições para o desenvolvimento de plataforma digital com materiais e recursos didáticos para educação plurilíngue.
Fomento à política de educação plurilíngue, envolvendo formação inicial e continuada de professores nas instituições de educação superior (IES).
Fomento a bolsas de estudo e a pesquisas acadêmicas interdisciplinares em programas de pós-graduação nas modalidades de educação
plurilíngue.
Criação ou adoção de padrões de avaliação e de certificação de proficiência para docentes em nível nacional.
Criação ou adoção de padrões de avaliação e de certificação de proficiência linguística e em conteúdos para estudantes em nível nacional.
Criação de política nacional de avaliação para educação plurilíngue.
Revisão e modernização dos cursos de Pedagogia, Letras e demais licenciaturas, visando a formar docentes conforme as demandas decorrentes
das diretrizes curriculares nacionais para a oferta de educação plurilíngue.
Formulado a partir do Parecer CNE/CEB nº 2/2020 (BRASIL, 2020, p. 24), o projeto de resolução estabelece as seguintes definições:
Outros pontos estabelecidos pelo documento são:
Escola bilíngue 
Escola com carga horária estendida em língua adicional 
Escola brasileira com currículo internacional 
Carga horária de língua adicional nas escolas bilíngues 
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Além dessas diretrizes, não devemos nos esquecer de outro importante documento, a Lei nº 14.191, de 3 de agosto de 2021, que altera a Lei nº
9.394 (LDB) para dispor sobre a modalidade de educação bilíngue de surdos. No próximo módulo, trataremos de alguns aspectos relacionados à
educação bilíngue e ao aluno surdo.
Políticas linguísticas e educação bilíngue
Veja no vídeo a apresentação das principais questões sobre políticas linguísticas para educação bilíngue no Brasil.
Vem que eu te explico!
Carga horária de língua adicional na escola com currículo bilíngue optativo 
Carga horária de língua adicional na escola brasileira com currículo internacional 
Projeto pedagógico 
Formação de professores bilíngues 
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Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar.
Módulo 2 - Vem que eu te explico!
Bilinguismo: aspectos políticos e ideológicos
Módulo 2 - Vem que eu te explico!
Legislação e educação bilíngue no Brasil
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Vamos praticar alguns conceitos?
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Questão 1
Os estudos sobre políticas linguísticas nos mostram que tais políticas se dão em diversos níveis ou dimensões. Elas ocorrem no âmbito
internacional, nacional, estadual e municipal, trazendo implicações para a educação bilíngue. Esses estudos inicialmente estão relacionados
com:
A processos de descolonização.
B domínio das teorias gerativistas.
C aversão ao planejamento linguístico.
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Linguística e a educação bilíngue
D formação de países europeus.
E modernização a partir de formação de poliglotas.
Responder
Questão 2
Na relação entre políticas linguísticas e educação bilíngue no Brasil, podemos reconhecer:
A apagamento das línguas dos imigrantes.
B longa tradição de legislação educacional voltada para a educação bilíngue.
C presença de processos de cooficialização.
D proibição do uso de línguas estrangeiras no contexto escolar.
E adoção de várias línguas oficiais no Brasil.
Responder

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Ao final deste módulo, você será capaz de relacionar os estudos linguísticos à educação bilíngue.
Estudos linguísticos e bilinguismo
O mito do monolinguismo
O mito do monolinguismo em nosso país é capaz de promover o apagamento de povos indígenas, imigrantes, surdos e falantes que usam modelos
da língua portuguesa não culta, tornando seus falantes estigmatizados, uma vez que as línguas utilizadas são de tradição oral, quase sempre sem
escrita.
Usamos o termo “mito” pelo fato de que os estudos da Linguística Aplicada acerca do bilinguismo - ainda relativamente recentes na comparação
com outras subáreas da Linguística - mostram a não pertinência da crença ou ideologia em uma língua única e absoluta.
O linguista e professor Marcos Bagno (1999, p. 27) lembra que os estudos linguísticos têm comprovado que não existe uma “língua no mundo que
seja ‘una’, uniforme e homogênea”. Desse modo, o monolinguismo não passa de uma ficção.
Toda e qualquer língua humana viva é, intrinsecamente e inevitavelmente heterogênea, ou seja, apresenta variação em
todos os seus níveis estruturais (fonologia, morfologia, sintaxe, léxico etc.) e em todos os seus níveis de uso social,
variação regional, social, etária, estilística etc.
(BAGNO, 1999, p. 228)
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Além disso, o bilinguismo geralmente é entendido a partir das línguas prestigiadas no chamado bilinguismo de elite, ou seja, o bilinguismo ligado a
línguas de prestígio no âmbito nacional ou internacional.
O que se pode perceber é que o bilinguismo/multilinguismo é muito mais complexo do que se imagina, passando inclusive
pelas variedades da língua portuguesa.
Com base em tudo que foi visto até agora, podemos depreender que nosso país não estimula o ensino bilíngue, principalmente entre as minorias, ou
seja, tal política linguística do monolinguismo é tratada de forma natural. Isso gera um sentimento de inferioridade das línguas faladas, porque elas
não são reconhecidas.
Mesmo em comunidades urbanas, percebe-se que a língua utilizada no ambiente escolar é diferente da falada no ambiente doméstico ou mesmo na
comunidade. O contexto sociolinguístico no qual o professor está inserido em nosso país, afinal, é extremamente complexo.
Bagno (2009, p. 9) ressalta que o Brasil foi um campo muito fértil para a aplicação dos postulados teóricos e da metodologia de trabalho empírico
da sociolinguística variacionista. Para ele, desde os anos 1970, “tem se acumulado um respeitável volume de investigações aqui empreendidas
dentro desse paradigma”.
A linguística tem apresentado dados a favor de uma educação inclusiva, reconhecendo e valorizando a diversidade linguística.
Para Hornberger (1991, apud CAVALCANTI, 1999), há três modelos sobre a educação bilíngue:
Modelo no qual a língua do estudante serve como meio para se chegar à língua dominante.
Mas quando a diversidade linguística não é considerada e o monolinguismo é naturalizado, os questionamentos sobre variedade linguística são
silenciados. Nem mesmo as variedades que o aluno encontra na família são mencionadas.
Diversidade linguística e bilinguismo
Para a Linguística, não há variantes superiores ou inferiores de determinado sistema linguístico. O que existem são variantes que podem ser
consideradas de prestígio, estigmatizadas ou neutras. Por isso, é tão importante que o profissional da educação tenha acesso à Linguística.
Modelo de transição Modelo de manutenção Modelo de enriquecimento
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Temos em qualquer língua as chamadas variantes padrão e variantes não padrão. Os princípios que regulam as
propriedades das variantes padrão e não padrão geralmente extrapolam critérios puramente linguísticos. Na maioria das
vezes, o que se determina como sendo uma variante padrão relaciona-se à classe social de prestígio e a um grau
relativamente alto de educação formal dos falantes. Variantes não padrão geralmente desviam-se desses parâmetros.
(SILVA, 1996, p. 12)
A maioria dos cursos de formação de professores, inclusive o curso de Letras, não forma profissionais para trabalhar com falantes heterogêneos
com uma lista de conflitos e problemas dos mais variados, estando inseridos em comunidades que passam a cada dia mais por transformações
intensas.
Questões como diversidade linguística e cultural precisam estar inseridas no espaço da sala de aula. Se não for assim, haverá um distanciamento
do ensino em relação ao contexto de diversidade no qual o aluno está inserido.
É fundamental que o professor tenha acesso a disciplinas, como, por exemplo, Linguística, Linguística Aplicada, Sociolinguística e outras, de modo
que ele seja sensibilizado para o contexto sociolinguístico que existe em nosso país. Com isso, o profissional terá suporte para combater as
ideologias que se apoiam nas diferenças linguísticas para manter políticas de discriminação, preconceito e exclusão social.
Normalmente, os cursos de Letras, quando se trata do ensino de língua materna, ainda são voltados para um tipo de falante ideal em uma
comunidade homogênea, o que é bem diferente da realidade brasileira, sobretudo das minorias.
Na formação de professores, principalmente nos cursos de Pedagogia e de Letras, deve-se valer dos estudos linguísticos, em particular das
pesquisas provenientes da Sociolinguística, para oferecer ao futuro profissional da educação uma visão e a fundamentação teórica que o ajudem a
lidar com a diversidade linguística do nosso país.
A escola brasileira está presente nos mais diversos contextos, mas os currículos ainda estão longe de alcançar essa meta da diversidade.
Bilinguismo e minorias
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Educação bilíngue de minorias
Em algumas instituições privadas, pais, responsáveis e professores esperam que os alunos venham a dominar uma língua adicional durante a sua
vida estudantil.
Mas como ficam outros grupos minoritários na questão do bilinguismo, como os indígenas e os surdos?
Cavalcanti (1999) chama a atenção para o fato de o Brasil não reconhecer nem encorajar o ensino bilíngue em relação às minorias linguísticas.
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A legislação tem mudado um pouco esse cenário em função das leis que procuram assegurar a educação bilíngue para comunidades
indígenas e de surdos.

O esforço e a dedicação das organizações não governamentais (ONG) e da comunidade acadêmica também objetivam mudar esse
quadro.
Vamos destacar alguns pontos sobre o bilinguismo no contexto dos surdos e das populações indígenas no Brasil.
Educação bilíngue e povos indígenas
O cenário de alguns povos indígenas é marcado por uma língua falada, mas não necessariamente escrita, ou seja, marcada pela oralidade. Trata-se,
portanto, de um contexto bem diferente do abordado até aqui, normalmente chamado de bilinguismo de elite.
Assim, levando em conta o contato das comunidades indígenas com a sociedade dominante, a necessidade do bilinguismo se tornou ainda mais
urgente. Ele é utilizado por professores indígenas ou não indígenas em processos muito rápidos de escolarização dessascomunidades sem ser
devidamente acompanhado da implementação e discussão das necessidades reais que o grupo entende como prioritário.
Nesse caso, notamos uma ausência de políticas linguísticas que sustentem os professores indígenas, além da dificuldade com alunos em
diferentes níveis de conhecimento linguístico da língua materna e da língua portuguesa.
D’Angelis (1996 apud NOBRE, 2012) aponta algumas estratégias para o sucesso do ensino da língua materna em comunidades indígenas:
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Ocupação de espaços não ocupados pela língua portuguesa.
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Infelizmente, podemos notar uma ausência de uma política linguística para os indígenas. O que existe é uma tentativa homogeneização linguística,
ainda que de forma sutil.
Basta consultar documentos, como a Constituição Federal de 1988, por exemplo, que considera a língua portuguesa como oficial, salvo entre os
povos indígenas que podem usar suas línguas maternas no ensino. Atualmente, existe a compreensão de que as línguas indígenas são
consideradas línguas nacionais, além da língua portuguesa.
E qual é o papel da Linguística na educação bilíngue de língua em indígenas?
De acordo com o Censo 2010 (IBGE, 2012), a população indígena em nosso país é de 896,9 mil. Desse contingente, 572 mil indígenas vivem em área
rural, dos quais 517 mil moravam em terras indígenas reconhecidas oficialmente, ou seja, 57,5% do número total da população indígena. Outro dado
importante do censo é que houve um crescimento de indígenas morando em áreas urbanas.
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Sobre as línguas ministradas nas escolas indígenas, dados estatísticos da educação escolar indígena (BRASIL, 2007) apontam que, em 78,3% das
escolas indígenas, as aulas são ministradas na língua indígena; as outras 21,7%, em língua portuguesa.
A partir desses dados, a Linguística tem o papel de:
Influenciar no comportamento sobre a aquisição da linguagem, a estrutura ou o uso de códigos linguísticos, abrangendo todas as esferas
de poder.
Delimitar soluções para questões de linguagem, as quais, geridas por aquele povo, ajudam na manutenção de sua língua frente a outra,
que é majoritária.
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Desse modo, a linguística pode ter um papel de planejamento, seja no corpus coletado e suas intervenções, no status social da língua e em sua
relação com outra língua ou na aquisição para ampliar aquela língua.
Ao se pensar no papel da Linguística em escolas indígenas bilíngues, nota-se que, em muitas delas, os professores são indicados pelas
comunidades, sendo muitas vezes oriundos do próprio local, o que pode auxiliar no ensino da língua.
Além disso, a escola, por intermédio da Linguística, é capaz de implementar e criar sistemas de escrita quando o povo é ágrafo, além de poder
produzir material didático de qualidade. Consequentemente, isso tudo pode fazer com que uma língua passe por um verdadeiro “avivamento”
linguístico, garantindo a transmissão dela além do ambiente escolar.
Confira o relato de uma situação concreta na qual podemos verificar a importância da Linguística na escola bilíngue:
No estado do Acre [...] apresentou-se uma situação peculiar em que algumas línguas indígenas – também
faladas no Peru e na Bolívia, países vizinhos – já possuíam sistemas ortográficos nos seus países. Essa
situação exigiu uma tomada de posição bastante desafiadora, pois, em vez de incorporarem os sistemas já
adotados, os professores indígenas e seus consultores buscaram desenvolver sistemas de escrita que fossem
o resultado de suas demandas e descobertas com a escola e com a escrita, por consequência. Por conta dessa
situação, algumas línguas indígenas possuem convenções ortográficas diferentes em cada lado da fronteira
política, o que, até o momento, não se configurou em uma dificuldade no intercâmbio escrito entre os vários
falantes, especialmente os que habitam as regiões fronteiriças e se utilizam da língua escrita na comunicação.
(PAULA, 2015, p. 120-121)
A produção escrita na língua materna dos indígenas satisfaz à necessidade de:
Publicação de material didático.
Circulação das histórias daquele povo.
Provisão de todo tipo de texto demandado pela comunidade.
Elaboração de placas sinalizando pontos importantes da terra.
Tudo isso pode ser feito a partir de uma educação linguística nesse contexto da cultura e comunidade indígenas.
O profissional com uma boa bagagem linguística pode contribuir para a análise da língua, ajudando em sua descrição, propondo soluções
ortográficas e potencializando o impacto dela no povo, o que vai gerar uma verdadeira emancipação para os falantes, além da autoestima em
relação à língua.
Educação bilíngue e comunidade surda
Assim como os indígenas, a comunidade de surdos também não é contemplada da forma devida quando o tema é o bilinguismo. A abordagem
bilíngue busca formar o surdo nas duas línguas: a língua de sinais e a da comunidade ouvinte - no nosso caso, a língua portuguesa.
As propostas para o ensino passaram a tomar forma a partir do Decreto nº 5.626/2005, que regulamentou a Lei da Língua Brasileira de Sinais
(Libras). Assim, os surdos tiveram direito ao conhecimento da língua de sinais e a língua portuguesa passou a ser utilizada na escrita, assumindo o
papel da segunda língua. Com isso, a educação dos surdos passou a ser bilíngue.
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Ainda que a legislação garanta o direito de a Libras ser a primeira língua do surdo e o português escrito, sua segunda
língua, a educação bilíngue do surdo precisa ser garantida concretamente no dia a dia das famílias e do ambiente escolar.
Estudos linguísticos apontam que o bilinguismo que propõe o acesso de duas ou mais línguas no contexto escolar é o mais adequado para a
comunidade surda, sendo que a língua de sinais é a primeira língua.
A Libras deve ser a L1, ou seja, a primeira língua da criança surda brasileira e a língua portuguesa deve ser sua L2,
segunda língua. A razão dessa a�rmação é que [ambas] estão relacionadas com o processo de aquisição dessas línguas,
considerando a condição física das pessoas surdas: são surdas. Então, qualquer língua oral exigirá certos procedimentos
para ser adquirida por uma pessoa surda.
(QUADROS, 1997, p. 67)
Vale destacar que o surdo adquire a língua de sinais por meio da experiência visual com outros usuários da língua numa experiência que, além de
cultural, é linguística. Pesquisas mostram que a aquisição da língua de sinais ocorre de maneira igual à de outras línguas e no mesmo período que o
de uma criança ouvinte, ou seja, do balbucio, passando pelo período pré-linguístico, estágio de um sinal, das primeiras e múltiplas combinações,
desde que inseridas em um ambiente linguístico favorável.
A voz dos surdos são as mãos e os corpos que pensam, sonham e expressam. As línguas de sinais envolvem movimentos
que podem parecer sem sentido para muitos, mas que signi�cam a possibilidade de organizar as ideias, estruturar o
pensamento e manifestar o signi�cado da vida para os surdos.
(QUADROS, 1997, p. 119)
Quando os pais da criança surda são ouvintes, nem sempre esse ambiente linguístico favorável é garantido para a aquisição e o desenvolvimento da
língua de sinais.
As barreiras linguísticas que existem em decorrência de uma língua de contato que possa ser compartilhada na família ficam ainda maiores quando
a criança entra na escola, já que raramente os professores dominam a língua de sinais. Além disso, muitos intérpretes que trabalham em escolas
têm uma formação com lacunas, podendo haver um contexto no qual o preconceito aindaé existente.
O bilinguismo do surdo inclui o desenvolvimento do aluno dentro e fora do ambiente escolar.
O surdo deve ser exposto à língua de sinais entre zero e três anos como primeira língua e como língua de instrução, além do ensino do
português como língua oficial do país, para garantir o acesso aos cidadãos surdos brasileiros do conhecimento formal.
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A aquisição da língua de sinais ajuda no desenvolvimento linguístico e cognitivo, facilitando o processo de aprendizagem e servindo para a
leitura e a compreensão, além de dar acesso a conhecimentos culturais e sociais.
A educação bilíngue para surdos está inserida em um contexto de grandes disputas e de tensão entre a língua de sinais e a língua portuguesa, já
que ambas são manifestações linguísticas assimétricas.
Linguística e educação bilíngue
Assista aos comentários sobre as contribuições dos estudos linguísticos (em especial, da Linguística Aplicada e da Sociolinguística) para a
educação bilíngue.
Vem que eu te explico!
Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar.
Módulo 3 - Vem que eu te explico!
Contribuição da Linguística para a educação bilíngue
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Módulo 3 - Vem que eu te explico!
Contribuição dos estudo sociolinguísticos para o bilinguismo
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Vamos praticar alguns conceitos?
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Questão 1
Ainda que o Brasil apresente um sem-número de línguas (em especial, as variedades de línguas indígenas), ainda persiste o mito do
monolinguismo, que é visto como natural. Entre os prejuízos causados por esse mito, podemos citar a:
A
criação da ilusão da existência do bilinguismo, ou seja, a existência de mais de uma língua em um país como o Brasil, que
adota o português em todo o território nacional.
B
valorização das línguas faladas pelas minorias, isto é, das comunidades falantes de variedades não dominantes, promovendo
a autoestima desses grupos desprestigiados.
C
criação de modelos estereotipados de sucesso com a valorização das tradições linguísticas preexistentes, anteriores ao
processo de colonização e que impuseram a língua do colonizador.
D
estigmatização dos povos indígenas, imigrantes, surdos e falantes que não se utilizam de modelos da norma culta, uma vez
que as línguas utilizadas por eles são de tradição oral, quase sempre sem escrita.
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E
visibilização das minorias bilíngues, já que ressalta as diferenças entre as línguas, valorizando as tradições e combatendo a
visão estereotipada que desprestigia as línguas de tradição oral.
Responder
Questão 2
De modo geral, os cursos de formação de professores, incluindo o curso de Letras, apresentam sérias deficiências no que se refere à formação
de profissionais preparados para lidar com falantes heterogêneos. Para superar essas deficiências, é fundamental:
A
inserir na formação docente aspectos ligados à diversidade linguística e cultural, além de promover o acesso do professor a
disciplinas que o sensibilizem para o contexto sociolinguístico existente no país.
B
promover a formação do falante ideal em comunidades heterogêneas, de modo a proporcionar uma instrução de excelência
que atenda às necessidades das minorias existentes na realidade brasileira.
C
promover mudanças curriculares que incluam o bilinguismo como instrumento de socialização das minorias em uma
abordagem focada na língua padrão, quebrando paradigmas da superioridade linguística.
D
promover o desenvolvimento de habilidades cognitivas superiores que atendam ao monolinguismo brasileiro e fortaleçam a
unidade nacional a partir do aprofundamento da identidade com a língua materna.
E
promover ideologias que se apoiem nas diferenças linguísticas, dando suporte ao combate a políticas de discriminação,
preconceito e exclusão social tão comuns na sociedade brasileira e que se refletem no cotidiano das escolas.
Responder
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Considerações �nais
Você aprendeu por meio deste conteúdo a importância da relação entre os estudos linguísticos e a educação bilíngue. Viu também que o
bilinguismo é uma necessidade diante da diversidade linguística que caracteriza o nosso país.
A partir de investigações desenvolvidas por pesquisadores da área do bilinguismo, você ainda pôde perceber a importância da Linguística para
servir ao ensino ou à aquisição de segunda língua a partir de conceitos, princípios e resultados de pesquisas que proporcionam resultados melhores
no ensino bilíngue.
Aproveite, portanto, o que você aprendeu para continuar refletindo sobre os desafios da Linguística aplicada no ensino de língua.
Podcast
Vamos, neste podcast, retomar os principais pontos do conteúdo apresentado.
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Referências
BAGNO, M. Não é errado falar assim! Em defesa do português brasileiro. São Paulo: Parábola, 2009.
BAGNO, M. Preconceito linguístico: o que é como se faz. São Paulo: Loyola, 1999.
BRASIL. Estatísticas sobre educação escolar indígena no Brasil. Brasília: INEP, 2007.
BRASIL. Ministério da Educação. Parecer CNE/CEB Nº. 2/2020. Diretrizes curriculares nacionais para a oferta de educação plurilíngue. Brasília:
CNE/CEB, 2020.
CALVET, L.J. As políticas linguísticas. São Paulo: Parábola Editorial, 2008.
CAVALCANTI, M. C. Estudos sobre educação bilíngue e escolarização em contextos de minorias linguísticas no Brasil. ID.E.L.T.A. v. 15. n. especial.
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GROSJEAN, F. Bilinguismo individual. Revista UFG. v. 10. n. 5. 2017.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Censo 2010: população indígena é de 896,9 mil, tem 305 etnias e fala 274 idiomas. ago.
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LIBERALI, F. C.; MEGALE, A. H. Uma língua de vantagem. Carta fundamental. 2011. p. 58-60.
MEGALE, A. H. Bilinguismo e educação bilíngue: discutindo conceitos. Revista virtual de Estudos da Linguagem – ReVEL. v. 3. n. 5. ago. 2005.
MULON, K. B. G. Políticas linguísticas na educação bilíngue: entre promessas, lacunas e expectativas. Dissertação de mestrado. Universidade
Federal do Paraná: Curitiba, 2017.
NOBRE, D. De que bilingüismo falamos na formação de professores?. Anais do SIELP. v. 2. n. 1. EDUFU, 2012.
PAULA A S Educação escolar indígena e política linguística Revista do GELNE v 17 n 1 2 2015
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PAULA, A. S. Educação escolar indígena e política linguística. Revista do GELNE. v. 17. n. 1-2. 2015.
QUADROS, R. M. de. Educação de surdos: a aquisição da linguagem. Porto Alegre: Artmed, 1997.
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SPOLSKY, B. Language policy. Cambridge: Cambridge University Press, 2004.
WITTGENSTEIN, L. Tractatus logico-philosophicus. 3. ed. São Paulo: EDUSP, 2001.
Explore +
Para saber mais sobre a Linguística aplicada ao ensino de Língua Portuguesa, assista aos seguintes vídeos no YouTube:
I ciclo de palestras: bilinguismo e ensino bilíngue – Antonieta Megale, disponível no canal do grupo de pesquisa FELICE – CNPq.
Neurociência, psicolinguística e educação bilíngue, disponível no canal do projetode extensão Psicolinguística e Neurociência da Linguagem da
Universidade Federal do Acre (UFAC).
I ciclo de palestras: bilinguismo e ensino bilíngue - Janaina Weissheimer, disponível no canal do grupo de pesquisa FELICE – CNPq.
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