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FARMACOLOGIA DO TGI Trata basicamente os sintomas. Fármacos que interferem na função do TGI Demulcentes e protetores de mucosa (pra qnd tem gastrite, úlcera) Adsorventes (usado nos envenenamentos) Antifermentativo (pra timpanismo) Pró-cinéticos (estimulam motilidade do TGI, usado como antiemético) FÁRMACOS ESTIMULADORES DO APETITE - OREXIGENOS Usados para evitar inapetência (antes de usar ver se alimento palatável vai funcionar) Núcleos hipotálamo ventromedial -> centro da saciedade Núcleos hipotálamo central -> centro da fome 1. Medicamentos que estimulam apetite: ● Vitaminas do complexo B (Equistar®, Equivit®) -> importantes para o metabolismo de carboidratos, proteínas e lipídeos ● Esteróides anabolizantes (boldenona; Equifort®) -> estimulam a síntese proteica ● Benzodiazepínicos (clonazepam, diazepam) -> supressão do centro da saciedade, aumentando consumo alimentar ● Buclizina: anti histamínico H1 que, ao contrário dos demais, é orexígeno (bloqueia receptores de serotonina, que estimula apetite) 2. Demulcentes e protetores de mucosa Medicamentos empregados para lubrificar, recobrir, proteger ou aliviar irritações da mucosa do TGI Demulcentes: protegem a boca e esôfago. Ex. goma arábica, metilcelulose, mel e gelatina Protetores de mucosa: protegem as demais porções do TGI. Estômago e intestino Usado geralmente em associação 3. Adsorventes Substâncias que atraem outras como toxinas. Ex. carvão ativado, caulim, bismuto Utilizados e intoxicações alimentares. Ex: Carvão ativado (deve ser adm numa intoxicação recente) 4. Antiflatulentos e Antiespumantes Facilitam a eliminação de gases no TGI ou a formação de espumas nos líquidos digestivos. Mecanismo de ação: redução da tensão superficial dos líquidos, impedindo a formação de bolhas (faz as bolhas grandes ficarem pequenas) Uso: timpanismo espumoso em ruminantes e cólica timpânica em equinos. Ex. simeticona (Luftal®), silicone (Panzinol® e Ruminol®) e éster tributílico do ácido2-acetoxi-1,2,3- propanotricarboxílico (Blo-Trol®) 5. Antifermentativos Previnem ou diminuem fermentação excessiva no rúmen ou cólon Ex. terebintina e formalina (Mata a flora p/ parar de fermentar) 6. Pró-Cinéticos Medicamentos que estimulam a motilidade gástrica e do intestino. Ex. Metoclopramida (Plasil®, Drasil®, Plavet®) Ø Antagoniza D2 (D2 inibe motilidade) Ø Estimula liberação de Ach no TGI (aumenta parassimpático, aumenta secretora e motilidade) Ø Sensibiliza receptores M (pra ach ser mais eficiente) Ø Inibição da Achase (potencializa ach) EFEITOS: Favorece esvaziamento gástrico Previne refluxo gastroesofágico Acelera trânsito intestinal 7. Antiácidos Substâncias que aumentam o pH estomacal -> tratamento de acidose ruminal por sobrecarga de concentrado Sistêmicos (podem ser absorvidos). Ex. bicarbonato de sódio: Não sistêmicos (ação local, fica retido no TGI). Ex. hidróxido de magnésio (não forma gás, neutraliza com maior eficiência pq neutraliza 2 mol. de ácido clorídrico) Hidroxo de aluminio é o mais potente OUTROS EFEITOS: Sais de magnésio (sal amargo) à efeito laxante Sais de alumínio -> eficiente anti ácido, mas é constipante Efeitos colaterais: Magnésio reduz absorção de cálcio, fósforo e ácidos graxos Alumínio reduz absorção de P; acúmulo de Al no fígado (hepatotóxico) 8. Associados aos antiácidos tem os Bloqueadores da secreção de HCl Inibem síntese de HCl (mais potente, porém efeito não é imediato igual antiácido) OBS: Não funciona na acidose ruminal, pq rúmen não produz HCl Ex: anti histamínico H2 Antagonistas muscarínicos (pirenzepina, telenzepina): Reduzem 40 a 50% secreção de HCl Sempre associar com antiácido, mas diminui esvaziamento gástrico gerando efeitos colaterais: boca seca, constipação Antagonista H2 (cimetidina, ranitidina, famotidina) Adm Prostaglandinas: PGE2 à inibe secreção de HCl e estimula a de muco. Ex. Misoprostol (Cytotec®) -> estimula contração intestinal e uterina Bloqueadores da bomba de gástrica de HCl Bloqueiam bomba H+K+ -Atpase Ex. omeprazol (Equiprazol®, Petprazol®) e lansoprazol (Diprox®, Lanzol®, Prazol®) Bloqueadores da Secreção de HCl Sucralfato (Sucrafilm): Sacarose + hidróxidapomoro de alumínio -> complexa com tecido lesado (úlcera) formando uma barreira protetora (tampa buraco) Estimula liberação de prostaglandina: diminui HCl e aumenta muco Utilizada no tratamento de úlceras provocadas pelos AINES 9. Eméticos Utilizados em casos de intoxicação (cães e gatos) à redução da absorção do agente tóxico Eméticos irritantes: solução sulfato de cobre ou de zinco 1% cloreto de sódio saturado aquecido extrato de ipeca (Cephaelis ipecacuanha) Peróxido de hidrogênio a 3% (1-2 ml / kg - dose máxima é 50 ml para os canídeos e 10 ml para os felídeos). Emético de ação central: Apomorfina (via oral, parenteral ou conjuntival) -> êmese em 2 a 3 minutos com duração de 15 minutos Xilazina -> provoca êmese seguida de depressão 10. Antieméticos Fármacos utilizados para evitar exaustão, desidratação,perda de eletrólitos e alcalose induzidas pelo vômito. Substâncias utilizadas: Lidocaína (diminui sensibilidade do TGI) Anticolinérgicos (escopolamina) (Bloqueiam Ach, diminui secreção e motilidade do TGI (cães; em gatos à excitação) Vitamina B6 (piridoxina) diminui noradrenalina e serotonina e á GABA no centro do vômito (???) Anti-histamínicos H1 (ação/depressão central) Bloqueadores dopaminérgicos atuam diretamente no centro do vômito: metoclopramida, bromoprida e domperidona à potentes antieméticos, porém com leve efeito sedativo Antagonistas serotoninérgicos (Ondansetrona) mt potente tb 11. Antidiarreicos ou Constipantes Diarréia à desidratação e perda de eletrólitos Antidiarréicos: Inibidores de motilidade: Ø Anticolinérgicos: atropina, escopolamina Ø Opiáceos: tintura de ópio (elixir paregórico). difenoxilato, loperamida 12. Catárticos (promovem diarreia) Medicamentos que favorecem eliminação das fezes: Ø Laxantes à fezes com consistência normal Ø Purgantes à eliminação de fezes aquosas Uso: constipações, remoção de venenos, evacuação antes da cirurgia ou exames radiográficos Divididos em 4 grupos: Emolientes ou lubrificantes: Ex. óleos minerais (parafina líquida, óleo de parafina ou vaselina líquida) e vegetais (amêndoas, oliva); Desvantagens: â absorção de vitaminas lipossolúveis Formadores de massa: Fibras naturais (efeito essencialmente laxante) -> aumentam o volume das fezes e o reflexo de defecação. Ex. polissacarídeos naturais (casca de sementes e algas) ou sintéticos (policarbofil) Osmóticos/salinos: Exercem atividade osmótica no intestino à atração de água (efeito laxante e purgante). Ex. sais de magnésio (sal amargo), glicerina (supositórios) e sorbitol Estimulantes ou irritantes Promovem irritação na mucosa intestinal, inibindo a absorção de nutrientes (efeito osmótico) ou estimulam diretamente os plexos nervosos intestinais. Ex. Óleo de rícino (óleo de mamona) à efeito purgante 13. Digestivos ou Eupépticos Mimetizam ação das enzimas digestivas ou estimulam a secreção Substâncias que favorecem processos digestivos: Enzimas digestivas -> papaína (mamão), bromelina (abacaxi), pancreatina (amilase, tripsina e lipase suína) Coleréticos (estimulam liberação de bile) -> boldina (boldo), cinarina (alcachofra), ácidos e sais biliares Colagogos ou colicinéticos (contração da vesícula biliar) -> sulfato de magnésio e sorbitol 14. Hepatoprotetores / antitóxico Utilizados no tratamento de insuficiência hepática. Atuam a nível hepático e auxiliam fígado a fazer degradação das toxinas. (mas sem ação direta sobre toxina, dá sup pro figado fazer isso) Colina, lecitina, betaína, inositol, cobalamina (B12) -> favorecem a remoção de lipídios do fígado Metionina -> doadores de CH3 que facilitam biotransformação de medicamentos Vitamina E e selênio -> antioxidantes naturais SISTEMA RESPIRATÓRIO Tratamento baseado na etiologia da infecção. Terapia respiratória é AUXILIAR -> alívio do desconforto respiratório e melhorar as trocas gasosas (relacionado tb com equilíbrio ácido básico). Fármacos utilizados:expectorantes, antitussígenos, broncodilatadores, descongestionantes e antiinflamatórios 1. Expectorantes Reduz viscosidade das secreções (catarro/muco). (mas não ajudam na eliminação, o que faz a eliminação é a própria mucosa do trato respiratório). Classes: 1.1. Reflexos Substâncias nauseantes -> aumentam secreção de muco, mas também aumenta salivar (ansia de vomito), nasal, lacrimal, traqueobrônquica. O aumento de secreção ocorre por estimulação das terminações nervosas, que estimulam quimiorreceptores que detectam essas subs irritantes e por reflexo aumenta produção de muco aquoso, na tentativa de diluir subst irritante. Iodeto de potássio: Aumenta em até 150% as secreções Tempo de latência: 15 a 30 minutos Duração do efeito: 6 horas Efeitos colaterais: irritação gástrica (náusea e vômitos) e hipotireoidismo -> não recomendado para animais prenhez Guaifenesina (Vick xarope®): Relaxante muscular usado como expectorante (bastante utilizada em eq) Efeitos colaterais: irritação gástrica e diminuição da agregação plaquetária (não indicado para gatos) Ipeca Extrato da planta Cephaelis ipecacuanha que contém a emetina -> princípio ativo com propriedade emética Baixas doses -> atua como expectorante reflexo (altas vira hemético) Efeitos colaterais: êmese, diarreia, hipotensão, taquicardia e arritmia (contra-indicado para cardíacos e idosos) 1.2. Mucolíticos (mais utilizados) Reduzem a viscosidade das secreções à maior facilidade de eliminação. Atuam diretamente no muco/glicopolissacarídeos (composição do catarro), quebra ligações presentes no muco, tornando mais fluido. Bromexina (Bissolvon®): Poucos estudos em veterinária Mecanismo de ação desconhecido: Mas sabe que aumenta enzimas que degradam os mucopolissacarídeos (ativando enzima, não é ação direta) e tem efeito broncodilatadores Pode ser encontrada em associação com antibióticos Efeitos colaterais: náuseas N-acetilcisteína (Fluimucil®, Mucomucil®): (xarope) Interação química direta com muco -> rompimento das pontes dissulfídicas no muco, fluidificando. ação direta Uso oral (pó ou xarope), inalado ou instilado à efeito imediato Efeito colateral: broncoespasmo à associar à isoprenalina (agonista β-adrenérgico) Cuidado com hepatopatas -> biotransformada gera compostos sulfurados Inativação de penicilinas e tetraciclinas (aerossóis) 1.3. Inalantes Uso limitado em veterinária -> requer o uso de vaporizadores, máscaras ou ambiente fechado Ex: benzoína, óleo de eucalipto e NaCl 0,9% -> fluidificação do catarro Terapias com CO2 : (nunca sozinho) Excesso remove secreções na parte inferior do TR -> induz movimentos respiratórios mais profundos e facilita excreção do catarro (vai lá no centro pneumotáxico) 2. Antitussígenos TOSSE = função de defesa e limpeza à reflexo fisiológico que elimina secreções em excesso ou substâncias irritantes. Deve ser eliminada somente se for crônica, contínua e não produtiva Reflexo da tosse: receptores que respondem à estímulos químicos e físicos. Quando quimio ou mecanorreceptores são ativados eles mandam resposta aferente para o centro da tosse na medula oblonga (bulbo), que é ativado e por vias eferentes manda resposta motora -> Ativação de músculos da laringe, abdominais e intercostais (contração, aumentando pressão intrapulmonar, gerando a tosse) Antitussígenos atuam diretamente no centro da tosse, reduzem a gravidade e a frequência da tosse (melhora a condição do paciente) Normalmente associados a expectorantes mucolíticos (xaropes) - ??? Mecanismo de ação: inibição do centro da tosse (efeito central, diretamente na medula oblonga) Ex: agentes NARCÓTICOS (codeína e butorfanol) e NÃO NARCÓTICOS (dextrometorfano e noscapina) 2.1. AGENTES NARCÓTICOS Codeína (Tylex®) e butorfanol (Torbugesic®) -> opióides com menor risco de dependência Efeitos analgésicos estão associados Efeitos colaterais: Vômitos, Constipação, Sonolência (cães), Excitação (equinos e felinos), Risco de dependência 2.2. AGENTES NÃO-NARCÓTICOS Dextrometorfano (Silencium®) -> opióide sintético que não induz dependência à mais seguro em humanos Veterinária à poucas informações Efeitos colaterais: Depressão respiratória, Tontura, Irritação do TGI 3. BRONCODILATADORES Divididos em 3 grupos: agonistas b-adrenérgicos, metilxantinas (teofilina) e anticolinérgicos (atropina, glicopirrolato) 3.1. AGONISTAS b-ADRENÉRGICOS Ação direta nos receptores b-adrenérgicos do músculo liso do brônquio Reduz a liberação de histamina pelos mastócitos (histamina leva a broncoconstrição) Estimula movimentos ciliares (facilita remoção do muco) Reduzem viscosidade do muco (indireto) 3.2. AGONISTAS b-ADRENÉRGICOS Ex.: salbutamol (Aerolin®, Broncomix®), terbutalina, (Bricanyl ®) e clembuterol (Pulmonil ®) -> seletivos b2 Relaxamento da musculatura uterina -> evitar uso em fêmeas em fase de parição 3.3. METILXANTINAS (teofilina, teobromina e cafeína) Mecanismo de ação: relaxamento musculatura lisa Inibem enzima fosfodiesterase que degrada AMp cíclico celular, gerando aumento de ampc na mm lisa que leva ao relaxamento da mm lisa, gerando broncodilatação. Aminofilina à teofilina associada com etilenodiamina (anti- H1) Efeitos colaterais: Vômito,Taquicardia (relacionado ao aumento de ampc na mm cardiaca, q faz contração), Insônia, Diurese 3.4. ANTICOLINÉRGICOS Inibe ach que faz broncoconstrição: SNA parassimpático -> broncoconstrição Atropina (aerossol) e glicopirrolato 3.5. ANTIINFLAMATÓRIOS Esteroidais e não-esteroidais Inibição de mediadores da inflamação que produzem broncoconstrição 4. DESCONGESTIONANTES Associado a seios nasais, parte superior Atuam no sistema vascular inibindo permeabilidade vascular, impedindo a água de sair, impedindo coriza e congestão nasal. Principais fármacos: anti-H1 e agonistas α1-adrenérgicos -> tratamento sintomático das rinites ou sinusites alérgicas (A1 adrenérgico está nos vasos, qnd se liga no receptor gera vasoconstrição) 4.1. ANTI-H1 (alérgica) inibe os efeitos da histamina (inibindo broncoconstrição e tosse e permeabilidade vascular: descongestionando) Principais fármacos: dimenidrinato, hidroxizina 4.2. AGONISTAS a1-ADRENÉRGICOS - Efedrina (Efedrin®) Causam vasoconstrição -> redução do fluido das vias aéreas, gerando efeito descongestionando Spray nasal -> poucos efeitos colaterais e ação mais rápida FARMACOLOGIA RENAL Função Renal: Regula grande parte da homeostasia. regulação do volume (líquido presente), composição e características do LEC • Excreção/reabsorção de água -> controla volume e pressão arterial • Excreção/reabsorção de íons -> Faz equilíbrio eletrolítico • Excreção/reabsorção de H+ e HCO3 -> equilíbrio ácido básico • Excreção de resíduos metabólicos desintoxicação • Conservação nutrientes (absorver o que é importante) • Secreção hormonal •Hematopoiese e Metabolismo Cálcio e fósforo Túbulo contorcido distal e ducto coletor é que vai fazer a regulação da urina. Controle da diurese (formação de urina): 1. Sistema Renina Angiotensina Aldosterona Ativado na cél da mácula densa, que identificação redução do fluxo sanguíneo renal por causa da redução de sódio e cloreto no TCP. Ai libera renina que converte angiotensinogênio em angiotensina 01, nos pulmões ela é convertida em angiotensina II pela ECA e a angiotensina 2 produz o efeito final. Se o problema é redução da filtração glomerular Angiotensina II faz vasoconstrição da arteríola eferente (pra permitir que o sangue fique por mais tempo no glomérulo, permitindo maior vol. de filtração. Atuará na gl. adrenal que vai produzir a aldosterona, que aumenta a reabsorção de sódio e cloreto no TCD e excretando potássio. Obs: qnd absorve sal vem água de carona, aumentando volemia 2. Hormônio Antidiurético Animal desidratado tem aumento de osmolaridade, aumenta secreção de ADH que age no ducto coletor aumentando a expressão de aquaporinas, reabsorvendo mais água, diminuindo vol. de urina. Tanto antidiurético como Aldosterona tb inibem diurese. São secretados quando tem que inibir liberação de água. 3 classes: 1. Diuréticos (promove diurese)↑ eliminação de Na+ e água ↓ a reabsorção de Na+ e (geralmente) de Cl- (tirar do nefron e trazer pro sangue) Perda de água secundário ao aumento da eliminação de NaCl (natriurese) Ação direta sobre as células do néfron (alterando transporte ionico) Ação indireta → modificação do conteúdo do filtrado Equilíbrio osmótico 1.1. Inibidores da Anidrase Carbônica (TCP) Reabsorção de sódio no TCP: Ativa Bomba ATPase na membrana basolateral, gera gradiente de reabsorção pro Na. Reabsorvido por trocador de Na e H. Na sai da urina pra corrente sanguinea, e H sai da corrente pra urina. (Assistir explicação 18:00) Os inibidores inibem a formação de hidrogênio que seria utilizado na troca de Na e H. Ai o Na acumula na urina juntamente com a água, promovendo diurese. Mecanismo de ação: Inibe reversível e não competitivamente a Anidrase carbônica (do fluido e da célula tubular) -> ↓ a formação dos íons hidrogênio e bicarbonato -> Inibir o trocador Na+/H+ por alteração do metabolismo tubular -> Acúmulo Na+ no fluido tubular = A água permanece nos néfrons Efeito farmacológico: ↑ da excreção tubular de sódio, potássio e bicarbonato • Inibe reabsorção de agua – aumenta a diurese • Diurese associada a alcalinização da urina Ex: Acetazolamida • Bem absorvida VO → efeito dura entre 4 e 6 hrs • Baixa metabolização → chega ativa na urina Indicações • Tratamento glaucoma → ↓ prod. humor aquoso • Como aumenta a excreção de bicarbonato, é um diurético suave e usado para o combate da alcalose metabólica Contra Indicações / Efeitos colaterais • Animais com distúrbios eletrolíticos • Intoxicação → sinais de deficiência eletrolítica • Alterações SNC • Alteração função renal → distúrbios hematopoiéticos 2.2. Diuréticos de Alça Atuam ramo ascendente da alça de henle (impermeável a água e permeável a solutos) ↓ a reabsorção de Na+ e Cl- → ↑ secreção de K+ no túbulo distal (se bloqueia a reabsorção de Na e Cl acumula água na urina, provocando diurese) -> ↑ excreção renal de água. Bloqueiam transporte do ramo ascendente fazendo acúmulo de sódio, potássio, cloro, cálcio, magnésio, amônia e bicarbonato na urina tb Ex: Furosemida • Boa absorção VO → pico em 2 horas • IV → efeito em 5 minutos Indicações • Tratamento de cardiomiopatias congestivas, edema pulmonar, uremia, hipercalemia, edemas pós-parto → Potente diurético Observações • Uso com cautela em animais com distúrbios hidroeletrolíticos • Não usar em animais com anúria • Intoxicação → alterações hidroeletrolíticas, gastrointestinais e hematológicos, ototoxicidade e fraqueza 3.3. Tiazídicos (TCP) Mecanismo de ação: • Bloqueia co-transporte Na+/Cl- no TCD,( não reabsorve sódio, cloreto e água, promovendo diurese) • aumento da excreção de Na+ e Cl- • Excesso Na+ no fluido tubular ↑ excreção de K+ e Ca+ Ex: Hidroclorotiazida (não é droga de eleição pra tratamento de edema) • VO (70% chega intacta no sangue) → efeito em 2 horas • Não metabolizado → forma ativa na urina Indicações: • Hipertensão, prevenção da formação de urólitos (pq aumenta excreção de cálcio) • Não é a droga de eleição para tratamento de edemas • Diabetes insipidus -(doença onde o néfron nao responde ADH, tendo alta diurese) ai esse fármaco efeito paradoxal: diminuem o volume da urina neste caso, aumenta sensibilidade do néfron a ação do ADH, aí o néfron consegue responder ao ADH Contraindicações e Efeitos colaterais • Animais alterações eletrolíticas • A hipocalemia é o efeito indesejável mais comum das tiazidas. Se necessário fazer suplementação de potássio • Reações gastrointestinais (vômitos e diarreias), hipersensibilidade cutânea, poliúria e hiperglicemia. 4.4. Diuréticos poupadores de potássio (TCP e Ducto Coletor) Não promovem diurese pronunciada. não costumam ser usados sozinhos (geralmente associados aos tiazidicos pra evitar hipocalemia. Ou associado aos diuréticos de alça, pra ter efeito pronunciado) Inibição competitiva da aldosterona (ela atua no TCD fazendo reabsorção de Na e Cl e excretando K) • ↑ da excreção de sódio, cloro e água • ↓ na excreção de potássio, amônia e fosfato. • Geralmente é associada com um tiazídico ou diurético de alça, para se obter efeitos diuréticos máximos. • Fármacos: Espironolactona e Amilorida • Metabolismo rápido e atravessa placenta (evitar em gestantes) Indicações: • Pouco utilizados→ restringindo-se àqueles animais que desenvolvem hipocalemia quando recebem outros diuréticos e a suplementação exógena de potássio é inefetiva. Contraindicações e Efeitos colaterais • Contra indicado em casos de hipercalemia e anúria • Animais hepatopatas → uso com cautela • Os efeitos adversos observados são pouco importantes e desaparecem quando tira medicamento 5.5. Diuréticos osmóticos (Não atua diretamente na cél. mas sim no conteúdo do fluido, altera conteúdo filtrado) Não atua nas células tubulares Substâncias livremente filtradas e não reabsorvidas → MANITOL (mt utilizado pra traumatismo craniano) • Aumenta pressão osmótica • Perda de água, eletrólitos e ureia • Reduz pressão intracraniana e ocular Ureia e glicerol Indicações: • Promover diurese na insuficiência renal oligúrica aguda • ↓ a pressão intraocular e intracraniana (por edema) • ↑ a excreção urinária de certos tóxicos • Em associação com outros diuréticos, reduzir rapidamente edemas ou ascites. Contraindicações / Efeitos adversos: • A droga é contraindicada a pacientes com anúria, desidratação severa, hemorragias intracranianas e congestão severa ou edema pulmonar • Os efeitos adversos podem incluir desequilíbrios hidroeletrolíticos, náuseas, vômitos, edema pulmonar (pressão osmótica vascular) e taquicardia. COMPLICAÇÕES GERAIS Desidratação Alterações hemodinâmicas, eletrolíticas e/ou ácido básicas Acarretar uma piora no estado clínico do animal Diurese acentuada em pacientes com ICC ↓ pré-carga → ↓ pós-carga → ↓ DC Hiperglicemia (Perda de potássio ↓ metabolismo glicose) 2. Modificadores do pH (qnd quer acidificar ou alcalinizar urina) 2.1. ALCALINIZANTE: Bicarbonato de sódio: • Utilizado via oral, em doses que não causem desequilíbrios acidobásicos. • Melhora a excreção de drogas ácidas 2.2. ACIDIFICANTES: (reduzir urólitos e evitar cistite. E excretar dorgas básicas) Cloreto de amônio: • Prevenir e dissolver determinados tipos de urólitos • Acelerar a excreção de algumas toxinas ou drogas • ↑ ação antimicrobianos quando usados para tratar de infecções urinárias (p.ex. tetraciclinas, nitrofurantoína e penicilina G). • É contraindicado em pacientes hepatopatas (por causa da amonia) Metionina: • Prevenção de cálculos de estruvita e para reduzir o odor amoniacal da urina • Aditivo alimentar de aves e suínos para evitar cistite 3. Fármacos contra Hiperuricosúria (inibe formação de cálculos renais) Alopurinol / Oxupurinol tb • Inibe a enzima xantina-desidrogenase, que é responsável pela conversão de oxipurinas em ácido úrico = inibindo formação de uratos • Prevenção da formação de urólitos de ácido úrico e oxalato de cálcio em pequenos animais. • Também indicado para o tratamento da gota úrica em aves ornamentais • Tratamentos prolongados com doses altas podem determinar a formação de urólitos de xantina - cuidado CARDIOVASCULAR 03 componentes: coração, sangue e vasos Vascular (relacionado com diâmetro vascular e viscosidade sanguínea) O principal parâmetro mensurado é o: Débito cardíaco (medida de desempenho cardíaco) indica quantidade de sangue dento dos vasos VS = Vol. sistólico: quantidade de sangue ejetada do coração por batimento (qnd coração contrai) DC (mL/minuto) = FC (batimentos por mnt) x VS (ml/batimento) SNA interfere de maneira direta sobre o cardíaco. O simpático faz taquicardia (aumenta DC) e o parassimpático bradicardia. Força de contração também determina DC. Quanto mais forte a sístole maior a qnt de sangue ejetada. A força de contração é controlada por 02 fatores: Quantidade de cálcio intracelular SNA simpático (o parassimpático altera FC mas não contratilidade) Pressão arterial: (força que o sangue passa pelos vasos e como ele consegue chegar nos tecidos) PAM= DC x RPT PAM = Pressão arterial média RPT = Resistência periférica total (resistência que os vasos impõem sobre a passagem do sangue). Interferida por: viscosidade sanguínea e diâmetro dos vasos. Quanto mais viscoso maior a resistência e maior a pressão (milk shake e água). Quando menor o diâmetro maior a pressão. Ex: PAM elevada por aumento da diâmetro vascular. Para voltar a homeostase pode-se usar betabloqueadores para aumentar vasodilatação. 5 Classes: 1. Hematopoéticos (envolvidos na estimulação da hematopoiese/formação de células sanguíneas) -> Fluidez sanguínea/viscosidade 2. Hemostáticos e anticoagulantes (relacionados a indução ou bloqueio da coagulação) -> Fluidez sanguínea 3. Ionotrópicos (Alteram força de contração cardíaca / ion movimentando mm -> força de contratilidade cardíaca (Interfere diretamente vol. sistólico) 4. Antiarrítmicos (tentar normalizar parâmetros de condução elétrica) -> Frequência cardíaca (interfere diretamente no DC) 5. Vasodilatadores (Envolvidos no diâmetro vascular e controle direto da PA) -> resistência periférica HEMATOPOIÉTICOS (envolvido na alteração de fluidez sanguínea) Hematopoese: Produção de céls tronco indiferenciadas que dão origem às células do sangue e as pl aquetas (fragmentos de megacariócito) Ocorre na medula óssea e é controlada por citocinas Célula mãe pluripotente gera cél. mieloide e linfoide multipotente Fatores que afetam hematopoiese: Leucopoiese: Células endoteliais e leucócitos -> fatores estimuladores de colônias -> Estimulam leucopoiese -> produz glóbulos brancos Trombopoetina: proteína produzida pelo fígado -> regula crescimento e maturação dos megacariócitos -> produzem plaquetas Eritropoetina: Hormônio produzida nos rins em resposta a hipóxia -> produzem glóbulos vermelhos (Falha nos rins pode levar a anemia devido a isto) Mas também depende de nutrientes: Ferro, vitaminas do complexo B (cobalamina B12) Falhas na hematopoiese/alteração na produção de hemácias são classificadas como anemia Primeiro sempre define a causa da anemia. (características das hemácias e quantidade hemoglobina) Terapias hematopoiéticas: Agir na causa da anemia Anemia ferropriva (falha em absorção ou suplementação do ferro): trata fornecendo sais de ferro/ferro dextrana Anemia perniciosa: Ocorre por falta de suplementação de vitaminas do complexo B (monogástricos tem um fator intrínseco produzido pelas céls. gástricas que é importante para promover absorção gástrica e intestinal a nível de íleo das vitaminas do complexo V. Qualquer lesão gástrica/atrofia leva a falha de absorção dessas vitaminas): Ai precisa fazer suplementação vitamina B9 ou B12 (complexo B em geral) (importante determinar se é por suplementação ou atrofia. Se o problema for do ator intrínseco medicação deve ser parenteral. Se for só nutricional pode ser por via oral) Obs: A vitamina B dos ruminantes é produzida pela própria microbiota ruminal. Ai tem que fornecer pra eles Cobalto Se for doença renal (falha de eritropoetina): faz terapia renal e se necessário fazer suplementação de eritropoetina diretamente Transfusão sangue →Tratamento de suporte HEMOSTÁTICOS E ANTICOAGULANTES Hemostasia = bloquear perda de sangue Hemostáticos (induzem coagulação sanguínea) Processo de coagulação envolve 03 fases: Constrição vascular Formação tampão plaquetário (Bloqueio mecânico. Plaquetas se agregam e formam fibrina) Formação de coágulo sanguíneo (Estabilização do tampão plaquetário -> fatores de coagulação (produção dependente de vit K) -> ativador protrombina Agregação plaquetária ativa pró trombina -> trombina -> converte fibrinogênio em fibrina Coágulo = tampão + fibrina. depende dos fatores de coagulação que acontece no fígado (então problemas hepáticos podem afetar) Tratamentos dos distúrbios da hemostasia (hemorragias) Identificar origem do problema 1. Deficiências de plaquetas (Faz transfusão de plasma sanguíneo. Plasma é o soro + plaquetas) 2. Deficiência de fatores de coagulação (suplementa) 3. Deficiência de vitamina K (que participa da formação de quase todos os fatores de coagulação) (suplementa) 4. Doenças hepáticas (local da síntese dos fatores de coagulação) 5. Intoxicações por agentes anticoagulantes (ex AS) (trata imediatamente e espera o efeito do AS passar ou usa reversor se tiver) Reposição das necessidades à plasma, vit K... Monovin K - Vitamina K induz coagulação Tratamento dos distúrbios de coagulação (ex: viscosidade mt alta) Agentes Anticoagulantes Utilizados para impedir a formação e o desenvolvimento de trombos ou coágulos sanguíneos Monitoramento laboratorial → Coletar sangue e fazer avaliação tempo de protrombina (tempo de coagulação) Fármaco Heparina (tratamento hospitalar) Não fracionada (HNF): Liga-se a superfície células endoteliais → ativa antitrombina Baixo peso molecular (HBPM): Inibe fator 10 → ação mais rápida (pq impede a via de coagulação desde o começo, inibe diretamente os fatores) Cuidado Excesso: pode gerar trombocitopenia (redução na produção de plaquetas) associada a trombose Fármaco Varfarina (pode ser domiciliar) Efeito depressor sobre fatores de coagulação → competição pela vitamina K (indiretamente, via antagonismo competitivo) Agentes Antiagregantes plaquetários Impedem a adesão e agregação das plaquetas ao endotélio dos vasos Indicações → tromboembolismo e prevenção de acidentes isquêmicos e infarto do miocárdio Usa mais de maneira preventiva Fármacos: Bloqueadores adrenérgicos → evitar vasoconstrição, minimiza (indireto) Antiinflamatórios não esteroidais → inibição da via dos tromboxanos (fármaco de eleição AAS) (mecanismo 50mnts) Anti Histamínicos → também envolvidos na inibição da via dos tromboxanos e na permeabilidade vascular Bloqueadores de canais de cálcio → cofator cascata coagulação (indireto) Anticoagulante com antiagregante plaquetário tem que ser em dose reduzida pra não causar hemorragia (51) Agentes trombolíticos ou fibrinolíticos (degradam coágulo já formado) ativam direta ou indiretamente a conversão do plasminogênio em plasmina (plasmina faz dissolução do coágulo, digere ele) pra acelerar a degradação de coágulos Indicações → embolismo pulmonar, trombose venosa profunda e infarto agudo do miocárdio causado por coágulo Fármacos: Estreptoquinase e uroquinase Ativa indiretamente e diretamente o plasminogênio facilitando formação da plasmina Cuidado com reações de hipersensibilidade ANTIARRÍTMICOS Sinusal: normal Arritmias geralmente tem origem na alteração na geração de sinais ou na condução elétrica Medicamentos capazes de controlar e/ou suprimir arritmias → altera hemodinâmica Alteração na geração de sinais ou na condução elétrica Problemas controle SNA (simpático taquicardia, para retarda) Alterações iônicas (despolarização depende de Na e Cálcio e K) Alterações musculatura e células cardíacas (nesse caso não usa antiarrítmico, usa ionotrópicos) Arritmias são divididas em Ventriculares (problema na despolarização do Nó SA ou na condução elétrica pelos feixes de his ou fibras de purkinje. Alargamento de QRS)ou supraventriculares (acima dos ventrículos, associada a falha de despolarização do nó SA. Alargamento de fibra P) Taquiarritmias ou bradiarritmias Classificação fármacos antiarrítmicos Classe I: tratamento das taquiarritmias ventriculares Mecanismo de ação: Bloqueio dos canais de Na → ↓ taxa despolarização e ↑ limiar excitabilidade Indicações: Arritmias por aumento de automaticidade Ex: lidocaína, quinidina, procainamida Classe II: apresentam atividade anti adrenérgica → terapia das taquiarritmias supraventriculares e ventriculares Bloqueio β1, bloqueia despolarização das cels marca passo → ↓contratilidade, força e da FC Propranolol: beta bloqueador adrenérgico não seletivo atuando tanto em receptores β1 como em β2 (não seletivo) Metoprolol e atenolol: bloqueador β1 adrenérgico seletivo (2o ação mais duradoura) Carvedilol: é um bloqueador β não seletivo, com atividade bloqueadora também em α1, apresentando propriedades vasodilatadoras → uso em ICC (bom pra pessoas hipertensas devidoa vasodilatação) Classe III: bloqueia canal de potássio (bloqueia repolarização e aumenta tempo refratário (tempo de um potencial de ação até o outro))→ tratamento de taquiarritmias supraventriculares ↑ potencial de ação, o período refratário e o tempo condução Sotalol: é um betabloqueador adrenérgico não seletivo com efeitos de antiarrítmicos da classe III Amiodarona: VO ou IV, ↑ lipofílico (acúmulo tec. Adiposo). Cuidado com animais obesos. Pode causar distúrbios hepáticos e gastrintestinais (anorexia, vômito e diarreia) Classe IV: antagonistas do Ca2+ ou bloqueadores dos canais de Ca2+ → tratamento de taquiarritmias (ventriculares) Não gera platô repolarização (ai cel repolariza mt rápido, hiperpolarizante a cel, levando mais tempo pra gerar outro PA)→ repolarização intensa → hiperpolarização → atraso na condução ↓ Cálcio intracelular → reduz força contração e a FC Não associar com beta bloqueadores Exs.: Diltiazem e Verapami → podem gerar vasodilatação Outros fármacos antiarrítmicos Glicosídeos digitálicos (aumentam parassimpático) Aumenta período refratário: ↓ FC ↑ atividade do parassimpático Ideais no controle da fibrilação atrial Atropina Parassimpatolítico → utilizado no combate às bradiarritmias Inibição generalizada do parassimpático (midríase, constipação intestinal...) Cuidados e Efeitos colaterais Determinar com precisão o tipo de arritmia Auscultação e eletrocardiograma Selecionar o medicamento considerando a origem da arritmia. Supraventriculares: digitálicos ou bloqueadores dos canais de Ca2+ → ↓frequência cardíaca Ventriculares: são tratadas betabloqueadores ou classe III → atuam nos focos ectópicos ventriculares Excesso automaticidade – Classe I Geralmente o uso prolongado está associado a problemas do TGI (vômito, náuseas), bradicardias e hipotensão Monitoramento animal INOTRÓPICOS POSITIVOS E VASODILATADORES Utilizadas em hipertensão e Insuficiência cardíaca (congestiva tb) Contração cardíaca depende de dois fatores: Pré carga: Força exercida no final da diástole atrial. (com qnt mais força o sangue chega, com mais força o átrio contrai) Pós carga: Força que o ventrículo faz pra ejetar. Inotropismo: Força de contração cardíaca Se for superior a prevista: Inotropismo + Se for menor: Inotropismo - (contraindo com menor vigor que o esperado) (Diminui VS (vol; sist), diminui DC) Tudo isso interfere no DC: FC depende da condutividade elétrica, formação de potenciais de ação no nódulo marca passo. VS: Depende da força de contração Arritmia: Falha de condução Insuficiência cardíaca: Alterações na capacidade de contração do coração (quando perde/falha inotropismo cardíaco, que leva a diminuição do VS que leva diminuição do DC. Ai tem que tentar aumentar FC) Baixo DC leva a ativação neuro-humoral/ endócrina, ativa renina-angiotensina, vasopressina (ADH), endotelina na tentativa de reter água mas por consequência Ativa simpático. Quando o simpático é alterado ocorre vasoconstrição, libera noradrenalina e adrenalina, aumenta FC, mas tb faz vasoconstrição que aumenta resistência periférica, só que se eu aumento isso, eu aumento pós carga e reduzo pré carga e isso é negativo, compromete ainda mais o coração pq o ventrículo vai ter que fazer uma força mt maior pra ejetar o sangue Por isso que usa os fármacos vasodilatadores junto com os inotrópicos positivos. A vasoconstrição pode também gerar edema na região pulmonar (porque o sangue fica mais tempo retido nos vasos, aumenta pressão hidrostática e a água começa a extravasar) O aumento da pós e pré carga gera hipertrofia cardíaca pq coração tenta se adaptar. Quando tudo se estabelece, temos a Insuficiência cardíaca congestiva. Aguda: não têm o estabelecimento. Tratamento da insuficiência cardíaca: Restabelecer o Débito cardíaco (ajustar pré e pós carga) Uma das maneiras: Retomar inotropismo cardíaco usando fármacos inotrópicos positivos com o objetivo de aumentar força de contração miocárdica = restabelece força de contração. Mas pós e pré carga ainda estão alteradas por conta da resistência periférica então é importante associar com vasodilatadores com o objetivo de minimizar os efeitos da vasoconstrição. Se estiver na congestiva (edemas) também associa isso tudo a diuréticos (geralmente de alça: furosemida, potente mas que não gera tanto o desbalanço de potássio com os tiazídicos) 1. INOTRÓPICOS POSITIVOS: DIGITÁLICOS / Glicosídeos cardíacos: São derivados do colesterol (esteroide) Uso: Tratamento de ICC quando há deficiência do inotropismo cardíaco Função antiarrítmica, mas preferencialmente como ionotrópicos + Índice terapêutico reduzido Digoxina e Digitoxina (lipossolubilidade elevada, tornando-os muito potentes, gerando índice terapêutico estreito, grande chance de intoxicação) Lipossolubilidade: determinada pelo número de hidroxilas no núcleo esteróide. Essa diferença de lipossolubilidade vai diferenciar com relação absorção, biotransformação e excreção Digitoxina: Mais lipossolúvel (apolar) . Absorção muito maior. Biodisponibilidade de quase 100%. Excreção hepática. Excretada via bile e via renal com metabólitos inativos (a excreção biliar é mt significativa e gera (recirculação entero hepática, importante para manter níveis terapêuticos). Então atenção: Uso de antibióticos podem reduzir recirculação e o tempo de meia vida é elevado (meia vida de 4 - 6 dias) Cuidado com animais obesos (acúmulo tec. adiposo) e animais que usam indutores/inibidores enzimáticos (hepatopatas) Digoxina: Biodisponibilidade de 67%. Não passa por metabolização hepática. Excretada na forma ativa pelos rins (cuidado com nefropatas). Polaridade maior, tempo de meia vida menor (1 dia). Mais segura Ambos têm alta ligação a PP, o que aumenta tempo de meia vida (mas o da digito é muito maior). Adm após refeições podem diminuir absorção Mecanismo de ação: Bloqueio da bomba de Na+-K+ ATPase -> acumula sódio. Como ele precisa sair, ocorre a ativação do Trocador Na+Ca++ (o Na sai e o Ca entra). Com o alto influxo de Ca, aumenta ligação do Ca com a troponina C e induz a contração mm, tendo efeito inotrópico positivo, aumentando força de contração. Esse fármaco estabelece os reflexos barorreceptores (controlam homeostasia corporal de acordo com pressão arterial). Animais com insuficiência cardíaca tem esse reflexo reprimido, os digitálicos reestabelecem esse reflexo. Um animal com IC está com pressão alta devido a vasoconstrição reflexa. Como os digitálicos reestabelecem o reflexo dos barorreceptores eles identificam o aumento de pressão, ativam parassimpático e inibem o simpático, controlando um pouco da pressão e fazendo o controle da FC - antiarrítmico). Efeitos: Aumento do inotropismo associado a controle da frequência cardíaca Indicações: Disfunção miocárdica sistólica (Cardiomiopatias ou insuficiências valvares) Taquiarritmias supraventriculares (fibrilação atrial) Contra indicações Obstruções ao fluxo ventricular esquerdo (pode gerar algum tipo de rompimento) Pericardite Tamponamento cardíaco Taquicardia ventricular Intoxicação Comum → > 2,5 ng/ml Depressão do sistema nervoso central → letargia; Anorexia, vômito e diarreia → quimiorreceptores e OS Arritmias cardíacas (ventriculares) Alterações renais Considerações: Ajuste de dose processo criterioso (para cada paciente) Adm dose terapêutica → dosagem após 3 a 5 dias (1,5 a 2ng/ml) Avaliar animal → pra ver se ele ta tendo ↓FC, melhora parâmetros ECG. Se não tiver, aumenta um pouquinho. Se tiver alterações/efeitos colaterais reduz a dose (avaliar função renal e hepática tbm por conta da farmacocinética) AMINAS SIMPATOMIMÉTICAS Amina endógena: Noradrenalina, que se liga ao receptor B1 que ↑ FC e força de contratilidade (inotropismo positivo), mas também aumenta vasoconstrição (que pode acarretar na ICC) Fármacos: Dobutamina e dopamina (atuam somente em B1) Tratamento hospitalar Dobutamina é mais segura porque ela é menos arritmogênica que a dopamina Via endovenosa de infusão lenta Tratamento a curto prazo, efeito inotrópico + muito mais potente que os digitálicos. Longoprazo usado somente a longo prazo somente em emergências de ICC avançadas ou em animais refratários a terapia clássica Porque não a adrenalina??? Porque a adrenalina não é seletiva B2 (aumentaria FC, força de contração, aumentaria resistência periférica e agravaria o quadro). E os fármacos usados não geram isso Mecanismo de ação Dobutamina: Ativação direta receptor β1 adrenérgico -> ativa proteína G -> ativa adenilato ciclase -> converte atp em ampc -> ativa proteína quinase A -> abrem canais de Ca que entram e produzem efeito inotrópico positivo Menos arritmogênica ↑ contratilidade cardíaca com pequenas mudanças da frequência cardíaca e na pós carga Efeitos colaterais (?): Quando aumenta vel. de infusão: Pode ↑ ligeiramente FC a pressão arterial ação em receptores β2 e α1adrenérgicos, altera FC e função respiratória Aumenta inotropismo cardíaco sem alterar de maneira significativa sem aumentar FC ou pós carga. Fármaco de eleição. Dopamina → resposta dose dependente até 1,5 mg/kg/mnt: Atua em receptores dopaminérgicos D1 e D2 dos leitos vasculares coronárias e renais → gera vasodilatação (minimizando vasoconstrição e fazendo vasodilatação renal) e aumento do fluxo sanguíneo Somente ao aumentar a dose que ele tem efeito inotrópico + → age receptores β1adrenérgicos (5 a 10 mg/kj/min) ↑ contratilidade cardíaca , mas é preferencialmente utilizada quando o paciente possui um quadro renal associado à ICC, pois, em baixas doses, a dopamina aumenta o fluxo sanguíneo renal. Efeitos colaterais (?): Velocidade de infusão alta: Acima de 10 mg/kg/min: atua em receptores alfa adrenérgicos: ↑ resistência vascular periférica, taquicardia e arritmia. Severa alteração FC, e pode causar hipertensão, vômito e náuseas INODILATADORES Inotrópico positivo e vasodilatador sistêmico arterial e venoso. Fármacos de eleição para ICC 1. Pimobendana (predileção no tratamento de ICC) 2. Milrinona, 3. Anrinona. Pimobendana Inotrópico positivo e vasodilatador sistêmico Tratamento de IC e ICC Boa absorção VO – 1 hora antes da refeição Pico de ação entre 8 a 12h Mecanismo de ação: No coração: Atua na interação Cálcio + troponina C (aumenta afinidade)→ ↑contração sem ↑ consumo oxigênio Não gera arritmias Nos vasos Inibe fosfodiesterase C → ↑[AMPc] → ativação PKA → relaxamento musculatura vascular (Fosfodiesterase c degrada ampc) Milrinona e Anrinona Inotrópico positivo e vasodilatador arteriolar Milrinona + potente, anrinona + segura Tratamento de IC e ICC (qnd te redução do inotropismo associado ao aumento da resistência periférica. Se estiver no começo onde a resistência periférica ainda nao aconteceu pode trabalhar só com inotrópico positivo) Adm via infusão IV lenta (hospitalar qnd o animal n responder a terapia com outros fármacos, é alternativa) Mecanismo de ação: Inibição fosfodiesterase 3 cardíaca e vascular -> aumenta AMPc intravascular -> ativa PKA -> no coração gera contração devido a abertura dos canais de Ca e na mm lisa gera relaxamento gerando vasodilatação) VASODILATADORES A resposta compensatória do corpo em decorrência da redução do DC é ativações neuroendócrinas que vão gerar redução de Pré e aumento pós carga, alterando resistência periférica, alterando dinâmica vascular. Então no tratamento os vasodilatadores entram como preventivos do comprometimento progressivo da função miocárdica na IC → vasoconstrição compensatória, minimizando também a congestão e ocorrência de edemas. A vasoconstrição compensatória ocorre via ativação do simpático e receptores alfa adrenérgicos e pela ativação do ↑ da angiotensina II e do tônus simpático Classes: 1. Nitratos, 2. Hidrazina, 3. Anlodipino, 4. Prazosina, 5. Sildenafila, 6. Inibidores da enzima conversora de angiotensina (ECA) (mais utilizada) 1. Nitratos Fornecem óxido nítrico para o endotélio vascular (Óxido nítrico é um dos principais mediadores endógenos que promovem a vasodilatação (17 mnt) Nitratos fornecem óxido nítrico para a célula endotelial -> ativa guanilato ciclase -> aumenta cGMP -> promove relaxamento -> vasodilatação 1.1. Nitroglicerina Fornecida em adesivos para absorção por via transdérmica Em 20h atinge pico de liberação. Efeito a longo prazo e imediato. Alta concentração Utilizada em tratamento edemas agudos - emergencial Venodilatador ( vasodilatação da veia pulmonar, promovendo grand edilatação desse líquido) 1.2.Nitroprussiato de sódio Potente vasodilatador e vasodilatador arteriolar Adm IV → infusão contínua Tratamento emergência para crises hipertensivas 2. Hidralazina Dilatação arteriolar via ↑ prostaciclinas → relaxamento musculatura lisa ↑ contração cardíaca→ estimula síntese histamina (vai gerar noradrenalina) Bem absorvida VO, curto tempo de latência, meia vida 8h, excreção hepática. Em 1h já tem concentração plasmática alta Indicação: ICC refratária ao uso de outros vasodilatadores Mecanismo de ação: Aumento das prostaciclinas na mm lisa, promovendo relaxamento principalmente nos leitos das vias coronárias e renal 3. Anlodipino Bloqueio canais de cálcio da musculatura lisa vascular arteriolar VO (tempo de meia vida longo 24h a 30h) ou IV. Baixa metabolização, 45% passa por biotransformação restante liberado de forma ativa (pode ser nefrotóxico). Efeito: Vasodilatador arteriolar, atuando sobre leitos arterial, anti arrítmico IV. Agente Hipotensor pronunciado. Prazosina Antagonista α1 adrenérgico (bloqueia) Efeito: ↓pressão arterial e ↑ o débito cardíaco Utilizado como antihipertensivo Cuidado com hipotensão Sidenafila (Viagra®) inibidor da fosfodiesterase V do leito vascular -> ↑ [GMPc] → potencializa ação ON Efeito: Vasodilatador sistêmico. Utilizado hipertensão pulmonar Inibidores da ECA (enzima conversora da angiotensina (aumenta tensão vascular, vasoconstrição) Bloqueiam ECA e Impedem formação da angiotensina I em II Enalapril, benazepril, ramipril, captopril, lisinopril. VO → bem absorvidos, tempo de latência curto Efeito: Anti Hipertensivo, Auxilia no tratamento da ICC Considerações gerais Protocolo terapêutico da ICC = Inotrópico positivo + Vasodilatador + diurético Geralmente VO Pele e IV emergências (edema pulmonar agudo) Efeitos colaterais → Hipotensão, depressão, letargia, náuseas Suspensão abrupta → resistência vascular e da PA (tirar devagar) Indica-se a terapia vasodilatadora quando o objetivo for diminuir a pré-carga, e diminuir a pós-carga, melhorando o desempenho cardíaco sem aumentar a contratilidade.
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