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Recursos hídricos Prof.ª Vanessa Riccioppo de Moraes Descrição Importância dos corpos aquáticos como recursos hídricos no contexto da proteção e recuperação dos ecossistemas aquáticos, assim como dos ecossistemas terrestres do entorno. Propósito Reconhecer a importância dos corpos aquáticos como recursos hídricos, a partir do entendimento de suas tipologias e estado, é necessário para fazer bom uso desse recurso natural e agir tanto de forma preventiva quanto corretiva na proteção e recuperação dos ecossistemas aquáticos. Objetivos Módulo 1 A importância dos corpos aquáticos como recursos hídricos Reconhecer a importância dos corpos aquáticos como recursos hídricos. 18/08/2022 00:47 Página 1 de 50 Módulo 2 A situação das águas no Brasil Descrever a eutrofização artificial e a situação das águas no Brasil. Módulo 3 Recuperação de ecossistemas aquáticos Reconhecer as técnicas de recuperação de ecossistemas aquáticos. 18/08/2022 00:47 Página 2 de 50 Introdução As relações que os seres vivos estabelecem entre si e com o ambiente garantem não apenas a sua sobrevivência, mas também a preservação dos recursos naturais e a manutenção das espécies. O equilíbrio ecológico é um requisito para a manutenção da qualidade e das características essenciais dos ecossistemas, o que inclui os ciclos biogeoquímicos, como o ciclo da água e do carbono, que são interligados e muito importantes para a manutenção da vida no planeta. Entenderemos a importância dos ecossistemas aquáticos como recursos hídricos, e como o mau uso e a má gestão desses recursos pode ocasionar problemas, como a eutrofização artificial e trazer consequências sérias que afetam a situação das águas no Brasil. Conheceremos técnicas de recuperação de ecossistemas aquáticos, identificando possíveis causas e os meios que permitam uma atuação mais preventiva de proteção e de controle e manejo desses ecossistemas. Somente conhecendo e compreendendo a importância, a situação atual e as maneiras adequadas de recuperação saberemos fazer bom uso dos recursos hídricos para manter o equilíbrio ecológico e a manutenção da vida como um todo. ! 18/08/2022 00:47 Página 3 de 50 1 - A importância dos corpos aquáticos como recursos hídricos Ao final deste módulo, você será capaz de reconhecer a importância dos corpos aquáticos como recursos hídricos. Água e ecossistemas aquáticos Água De onde vem a água? É essencial entender a água presente na natureza como um todo, ou seja, o ciclo hidrológico. Esse é um dos ciclos fundamentais para o equilíbrio ecológico e a manutenção da vida no 18/08/2022 00:47 Página 4 de 50 hidrológico. Esse é um dos ciclos fundamentais para o equilíbrio ecológico e a manutenção da vida no planeta. A formação das chuvas é um evento de extrema importância para a disponibilidade das águas, sendo a principal responsável pela entrada de água no ciclo hidrológico. Quando precipita, parte da água escoa pelos rios, parte infiltra o solo e o restante evapora ou é retido pela vegetação. Assim, a água é disponibilizada e utilizada de várias formas durante o seu ciclo contínuo, reiniciando. Veja: E qual a importância dos ecossistemas aquáticos? A importância da água não só na vida humana, mas também para o planeta é indiscutível. Esse recurso natural é consumível por meio dos usos que fazemos dos ecossistemas aquáticos, como lagos, lagoas, mangues, estuários, rios, córregos, mares, geleiras, lençóis freáticos, entre outros. Atenção! É importante entender que a palavra água se refere ao elemento natural, desvinculado de qualquer uso. O termo recurso hídrico é a consideração da água como bem econômico, passível de utilização. Ou seja, a água da Terra não é, necessariamente, um recurso hídrico, na medida em que seu uso nem sempre tem viabilidade econômica. Os ecossistemas aquáticos correspondem à maior extensão da Terra, ocupando 70% do globo terrestre e ainda abrigam uma variedade enorme de espécies, de hábitats e de fontes de alimento, além da água. Saiba mais De acordo com dados quantitativos da ONG World Wide Fund for Nature (WWF), dos 70% de água do planeta 18/08/2022 00:47 Página 5 de 50 De acordo com dados quantitativos da ONG World Wide Fund for Nature (WWF), dos 70% de água do planeta 3% representam a água doce, sendo 2% congelados e 1% consumível (rios, lagos e águas subterrâneas), a depender de seu estado/situação atual, que difere do original. A maior parte, 97% da água do planeta, é salgada (mares e oceanos). O Brasil, com seus 8.516.000,00km², possui 240.899 massas d’água, representando uma área superficial total de 173.749,56km² do país. Do número total de massas d’água, 66.372 ou 27,6% são classificadas como de origem natural, e ocupam uma área de 128.165,80 km² (ANA, 2020). Segundo os dados da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA, 2020), as massas d’água classificadas como artificiais somam 174.527, ou 72,4% do total, e ocupam uma área de 45.583,76km². Elas incluem os reservatórios artificiais e barragens, sendo definidos como intervenções hídricas com a finalidade de acumulação de volume de água para diversos usos, como: geração de energia elétrica, aquicultura, abastecimento público, irrigação, acumulação de rejeitos oriundos da mineração, acumulação de resíduos industriais, entre outras.Observe os usos mais frequentes: O que vimos mostra, de forma quantitativa e qualitativa, o quanto os ecossistemas aquáticos são fundamentais para a vida na Terra para preservação da biodiversidade aquática e para a sobrevivência 18/08/2022 00:47 Página 6 de 50 fundamentais para a vida na Terra para preservação da biodiversidade aquática e para a sobrevivência humana e demais espécies terrestres. A oferta de água é determinada pela dinâmica hídrica e socioeconômica das bacias hidrográficas, além das condições de qualidade da água. O conhecimento dessa oferta depende do monitoramento (ferramenta de controle e planejamento) tanto da quantidade quanto da qualidade da água. Bacias hidrográficas Unidade territorial de planejamento ambiental. Uma bacia hidrográfica é uma porção geográfica delimitada por divisores de água (geológicos, topográficos ou freáticos) englobando toda a área de drenagem de um curso d’água, por isso, também é chamada de bacia de drenagem. É uma unidade geográfica natural e seus limites foram estabelecidos pelo escoamento das águas sobre a superfície, ao longo do tempo. É, portanto, o resultado da interação da água com outros recursos naturais. Bacia hidrográfica. Por isso, é fundamental alcançar um equilíbrio entre o meio ambiente — aspectos físicos, biológicos e socioeconômicos —, a participação e influência da sociedade e a economia. Essa participação envolve proteção e bom uso, manejo adequado e recuperação, quando necessário. Somente assim, será possível satisfazer as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras (desenvolvimento sustentável). Uso dos recursos hídricos Quais são os usos dos recursos hídricos? A partir de um panorama dos aspectos quantitativos e qualitativos da disponibilidade de água em diferentes escalas (global, regional e local), temos uma melhor percepção da relevância desse recurso na natureza. 18/08/2022 00:47 Página 7 de 50 escalas (global, regional e local), temos uma melhor percepção da relevância desse recurso na natureza. Quando partimos para a classificação dos usos possíveis dessa água, amplia-se mais o entendimento dessa relevância quanto à racionalização do bom uso e necessidade de proteção e recuperação do que existe em seu estado atual (o que veremos adiante, ao tratarmos a situação das águas no Brasil). As atividades humanas e seus diversos setores econômicos demandam recursos naturais, como a água, e a utilizam de forma heterogênea. Após o uso, retornam os efluentes ao ambiente em diferentes situações de quantidade e qualidade. As parcelas de água utilizadas podem ser classificadas em retirada, consumo e retorno. Veja: É a água total captadapara um uso, como para abastecimento urbano, por exemplo. É a água retirada que não retorna diretamente aos corpos hídricos. É a diferença entre a retirada e o retorno; por exemplo: consumo é a água retirada para abastecimento urbano menos a água que retorna como esgoto. É a parte da água retirada para determinado uso, que retorna aos corpos hídricos, como esgotos decorrentes do uso da água para abastecimento urbano. Confira a imagem: Retirada " Consumo " Retorno " 18/08/2022 00:47 Página 8 de 50 Podemos classificar os usos em: Uso consuntivo Quando a água é captada do manancial superficial ou subterrâneo e somente parte dela retorna ao reservatório natural. Os usos consuntivos devem ser considerados para a elaboração do balanço entre a disponibilidade e demanda de recursos hídricos, como: abastecimento populacional, abastecimento industrial, irrigação. Uso não consuntivo Quando toda a água captada retorna ao manancial de origem. Os usos não consuntivos, em geral, possuem estruturas hidráulicas de acumulação ou regularização de vazão, como: pesca, navegação, recreação, aquicultura. O aproveitamento da energia elétrica é a principal forma de uso não consuntivo da água; entretanto, apesar de a geração de energia não consumir água, a construção de barragens ocasiona alterações no regime de variação de vazões do curso d’água, perdas por evaporação da água dos reservatórios, perdas por infiltração, alterações no fluxo de sedimentos e na qualidade das águas em função da inundação da vegetação, entre outras consequências. Mesmo não implicando consumo efetivo de água, o uso para geração de energia elétrica interfere no volume que pode ser destinado a outros fins e, como os usos consuntivos, criam externalidades (efeitos colaterais produzidos por determinado empreendimento). Compare as externalidades: Externalidades positivas # 18/08/2022 00:47 Página 9 de 50 Externalidades positivas Navegação, regularização de vazão e geração de energia elétrica. Externalidades negativas Diminuição da vegetação nas faixas marginais ao curso d’água, alteração no fluxo de sedimentos, perdas por evaporação. O uso intenso da água tanto para abastecimento humano quanto para as atividades econômicas decorrentes do aumento crescente populacional e desenvolvimento econômico maiores a cada ano contribui para o aumento do chamado estresse hídrico. Assim, a gestão dos recursos hídricos é fundamental no âmbito das políticas públicas com foco em segurança hídrica, sustentabilidade econômica e ambiental. Podemos destacar os desafios atuais como a questão das barragens, do desperdício e das mudanças climáticas, entre outros. Estresse hídrico Proporção entre a retirada de água doce e o total dos recursos de água doce disponíveis do país (ANA, 2020). Gestão dos recursos hídricos e seus desafios Gestão dos recursos hídricos A gestão dos recursos hídricos visa estruturar e organizar as atividades humanas de forma participativa a fim de melhor controlar, por meio, inclusive de regulamentação, o uso sustentável dos recursos hídricos. # 18/08/2022 00:47 Página 10 de 50 A Política Nacional de Recursos Hídricos (PNRH), norma balizadora da gestão dos recursos hídricos no Brasil, instituída pela Lei n° 9.433/1997, prevê que a gestão da água não deve dissociar aspectos de quantidade e qualidade e deve considerar a diversidade geográfica e socioeconômica das diferentes regiões do país, o planejamento dos setores usuários e os planejamentos regionais, estaduais, nacional, além da integração com a gestão ambiental, do uso do solo, sistemas estuarinos e zonas costeiras (ANA, 2020) Ainda de acordo com o relatório da ANA (2020), a gestão integrada dos recursos hídricos depende da implementação do conjunto de instrumentos citados na PNRH. À medida que a capacidade institucional dos entes do Sistema Nacional de Gerenciamento dos Recursos Hídricos (SINGREH) avança, os instrumentos vão sendo gradativamente implementados, conforme seus níveis de complexidade. A Lei n° 9.433/1997, seu decreto regulamentador, assim como políticas, planos de gestão de recursos hídricos regionais e locais são os instrumentos de gestão da Política Nacional de Recursos Hídricos. Esses instrumentos são extremamente necessários para a conservação dos recursos naturais, que são finitos, dos quais nós e a geração futura sempre dependeremos. Desafios A gestão de recursos hídricos e todos os seus instrumentos têm sido bem trabalhados ao longo dos anos, mas alterações no ciclo da água, que podem ser efeitos de diversos fatores, tanto naturais quanto 18/08/2022 00:47 Página 11 de 50 mas alterações no ciclo da água, que podem ser efeitos de diversos fatores, tanto naturais quanto antropogênicos (desmatamento, altas demandas de consumo etc.), causam muitos desafios à essa gestão, ainda mais em períodos de escassez. Quem não se lembra dos apagões, por exemplo? Vamos falar brevemente de alguns desafios relacionados a gestão de recursos hídricos! Segurança hídrica A segurança hídrica engloba não apenas aquilo que pensamos de forma imediata: sempre teremos água limpa para beber? De forma resumida e clara, a segurança hídrica existe quando há disponibilidade de água em quantidade e qualidade para atender não só às necessidades humanas, mas também: À prática das atividades econômicas. À conservação dos ecossistemas aquáticos. Ao nível aceitável de risco relacionado a secas e cheias. A segurança hídrica envolve: Usos múltiplos dos recursos hídricos. São usos gerenciados e fiscalizados pela ANA na esfera federal e pelos órgãos estaduais de recursos hídricos, por exemplo, irrigação, abastecimento etc. Usos exercidos por meio de estruturas hidráulicas. Estruturas hidráulicas Qualquer estrutura construída em um corpo d’água, dotada de mecanismos de controle com a finalidade de obter a elevação do seu nível de água ou de criar um reservatório de acumulação de água ou de regularização de vazões. São usos de geração de energia (Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL), de resíduos industriais (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA e órgãos ambientais estaduais) e de rejeitos de mineração (Agência Nacional de Mineração - ANM). 18/08/2022 00:47 Página 12 de 50 Usina hidrelétrica. A Secretaria Nacional de Segurança Hídrica (SNSH), em consonância com os objetivos da Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PDR), apoia a construção, operação e manutenção de obras de infraestrutura hídrica, voltadas ao abastecimento de água, como barragens, adutoras e canais. Visando fortalecer o planejamento e a gestão dos investimentos em infraestrutura hídrica, compete à SNSH conduzir o processo de formulação, revisão, implementação, monitoramento e avaliação da Política Nacional de Segurança Hídrica (PNSB), da Política Nacional de Recursos Hídricos (PNRH) e seus instrumentos, entre eles o Plano Nacional de Recursos Hídricos. Voltando à questão se sempre teremos água para beber, o objetivo das ações de segurança hídrica é garantir a oferta de água, propiciando mais saúde e conforto para a população, a geração de empregos e o aumento da renda das pessoas, colaborando para a redução das desigualdades regionais. No entanto, em virtude de muitos acontecimentos recentes, não podemos nos esquecer da segurança em relação aos acidentes com barragens de mineração, que resultaram na falta de água potável para a população, por causa da contaminação das águas, e na morte de muitas pessoas que trabalham nas minas e moram em seu entorno, culminando no impacto ambiental nos ecossistemas afetados, tanto aquáticos como terrestres. Exemplo O que aconteceu em Brumadinho (MG) no ano de 2019, com o rompimento da Barragem I da mina Córrego do Feijão, que resultou em quase 300 mortes e 40 mil pessoas afetadas. A segurança de barragens é normatizada no país pela Lei nº 12.334/2010 que dispõe sobre a acumulação de água, de resíduos industriais e a disposição final ou temporáriade rejeitos e estabelece a 18/08/2022 00:47 Página 13 de 50 de água, de resíduos industriais e a disposição final ou temporária de rejeitos e estabelece a responsabilidade da ANA para coordenar o Sistema Nacional de Informações sobre Segurança de Barragens (SNISB), entre outras ações, como a elaboração periódica do Relatório de Segurança de Barragens – RSB (ANA, 2020). Atenção! O Plano Nacional de Segurança Hídrica e todos os instrumentos de gestão abordados neste conteúdo incluem importantes normas regulamentadoras e documentos, como políticas e planos voltados à questão dos recursos hídricos e seus usos. Escassez e desperdício A escassez de água é causada por uma combinação de fatores, como: Aumento efetivo do consumo, decorrente do crescimento populacional e industrial ou de áreas irrigadas. Distribuição espacial e temporal inadequadas das reservas hídricas. Baixos índices pluviométricos e distribuição irregular. Uso inadequado do solo nas bacias hidrográficas. Degradação da qualidade da água e degradação socioeconômica da população. A escassez pode decorrer de aspectos qualitativos, quando a poluição afeta de tal forma a qualidade da água, que os padrões excedem aos admissíveis para determinados usos. O Brasil, mesmo sendo um país rico em água, apresenta uma situação de escassez qualitativa grave, que resulta em doenças como febre tifoide, cólera, dengue, diarreia, hepatite, leptospirose, esquistossomose e outras. Impactos das mudanças climáticas sobre os recursos hídricos 18/08/2022 00:47 Página 14 de 50 Impactos das mudanças climáticas sobre os recursos hídricos Sabemos de toda a vulnerabilidade de nossa sociedade e do planeta frente às mudanças do clima. É hora de agir para redução e adaptação desses extremos causados pelas mudanças climáticas. Em relação aos recursos hídricos, onde há diminuição de chuvas, sabemos que há diminuição da vazão nos rios, e assim, a qualidade das águas será afetada, em função da limitação da diluição dos esgotos, por exemplo. Nesse sentido, devemos dar especial atenção às bacias hidrográficas menos reguladas por estruturas hidráulicas, às que já sofrem com eventos extremos, como cheias e secas, e ainda, às que são exploradas de maneira não satisfatória, com problemas recorrentes de poluição e falta de água, entre outros problemas. No caso dos sistemas não regulados, que não possuem obras hidráulicas suficientes para atenuar os efeitos da variabilidade hidrológica sobre qualidade e quantidade de água, a vulnerabilidade é ainda maior (SOITO, 2019). Por fim, levando-se em conta a importância dos impactos das mudanças climáticas sobre os recursos hídricos, especialmente no agravamento de eventos hidrológicos críticos, assista ao vídeo e saiba mais. Mudanças climáticas e recursos hídricos Entenda os impactos das mudanças climáticas nos recursos hídricos. $ % 18/08/2022 00:47 Página 15 de 50 Vem que eu te explico! Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar. 20 min. Módulo 1 - Vem que eu te explico! Água 35 min. Módulo 1 - Vem que eu te explico! Quais são os usos dos recursos hídricos? Todos Módulo 1 - Video Mudanças climáticas e recursos hídricos Módulo 2 - Video Política de saneamento básico do Brasil Módulo 3 - Video Recuperação de ecossistemas de água doce Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos? % & Todos Módulo 1 Módulo 2 Módulo 3 ' Questão 1 18/08/2022 00:47 Página 16 de 50 Questão 1 O Brasil dispõe de muitos recursos naturais, sendo a água doce um importante deles. A Agência Nacional de Águas (ANA) afirma que, no Brasil, as atividades ligadas à (ao) _____________ são responsáveis pelo consumo do maior volume de água do país. Marque a alternativa que complete corretamente a frase. A saneamento básico B mineração C abastecimento de água potável (urbano e rural) D irrigação de áreas agrícolas E atividades turísticas e lazer Parabéns! A alternativa D está correta. A irrigação agrícola é o uso consuntivo que mais retira e consome água, com grande retorno ao meio ambiente. Em seguida, vem o abastecimento de água potável, que retira e consome menos que a irrigação e tem retorno ao ambiente ainda maior. Turismo e lazer são usos não consuntivos. Questão 2 A falta de água potável no planeta é um problema grave e já vivenciado atualmente, imagine, nos próximos anos, o quanto será drástica a redução de água doce disponível para cada pessoa. Nesse sentido, sabemos como as atividades humanas interferem no ciclo da água, alterando A a quantidade total, mas não a qualidade da água disponível na Terra. 18/08/2022 00:47 Página 17 de 50 A B a qualidade da água e sua quantidade disponível para o consumo das populações. C a qualidade da água disponível, apenas nos aquíferos subterrâneos. D apenas a disponibilidade de água superficial existente nos ecossistemas de água doce. E o regime de chuvas, mas não a quantidade de água disponível no planeta. Parabéns! A alternativa B está correta. As atividades humanas alteram a quantidade da água por meio da grande utilização desse recurso, além de desmatamentos, compactação e impermeabilização do solo, que dificultam a infiltração de água, havendo uma redução de volume nos cursos d’água. A qualidade da água é afetada pelos esgotos que são lançados nos cursos d’água sem o devido tratamento, provocando a poluição hídrica. ((((( 18/08/2022 00:47 Página 18 de 50 2 - A situação das águas no Brasil Ao final deste módulo, você será capaz de descrever a eutrofização artificial e a situação das águas no Brasil. Eutrofização e sua classificação Eutrofização A eutrofização é o aumento da concentração de nutrientes, especialmente fósforo e nitrogênio, nos ecossistemas aquáticos, resultando no aumento de suas produtividades (ESTEVES, 2011). Esse consequente aumento de produtividade se configura por meio do crescimento excessivo de macrófitas e algas planctônicas (que se movem livremente com a água) e aderidas (algas microscópicas bentônicas), a níveis tais que são considerados causadores de interferências dos usos desejáveis e possíveis dos corpos d’água. Embora a eutrofização também possa ocorrer em rios, tal processo acontece principalmente em lagos e represas, pois as características desses mananciais contribuem para o processo de eutrofização, em 18/08/2022 00:47 Página 19 de 50 represas, pois as características desses mananciais contribuem para o processo de eutrofização, em contrapartida às condições ambientais dos rios serem mais desfavoráveis para o crescimento de algas e outras plantas, como turbidez elevada e altas velocidades/vazões. Observe o esquema que mostra a possível sequência da evolução do processo de eutrofização em um corpo d’água, como lago ou represa. Perceba como o nível de eutrofização está usualmente associado ao uso e à ocupação do solo predominante na bacia hidrográfica. Todavia, a eutrofização também pode ocorrer de forma natural, não somente causada pelo homem. Evolução do processo de eutrofização em lago ou represa. Evolução do processo de eutrofização em lago ou represa. Evolução do processo de eutrofização em lago ou represa. Em resumo, o mau uso e a má ocupação do solo prejudicam o uso dos recursos hídricos e assim sucessivamente. Por exemplo, o uso da água para produção de energia hidrelétrica pode afetar sua 18/08/2022 00:47 Página 20 de 50 sucessivamente. Por exemplo, o uso da água para produção de energia hidrelétrica pode afetar sua qualidade e mesmo após o tratamento dessa água, toxinas podem ser persistentes e levar a efeitos crônicos na saúde e no meio ambiente. Dependendo da capacidade de assimilação do corpo d’água, a produtividade poderá atingir altos valores, causando outros efeitos indesejáveis da eutrofização, entre eles: Maus odores. Mortandade de peixes. Alterações na qualidade e/ou quantidade de peixes comercializados. Mudanças na biodiversidade aquática de forma geral. Reduçãoda capacidade de navegação e transporte. Contaminação da água destinada ao abastecimento público. Em um período de elevada insolação (energia luminosa para a fotossíntese) e elevada concentração de nutrientes (como os vindos do esgoto, por exemplo), pode haver excessiva reprodução de algas (floração ou boom de algas), constituindo um biofilme verde superficial, como um caldo verde. Confira: Eutrofização em lago. Essa camada superficial impede a penetração da luz nas camadas inferiores do corpo d’água, e junto com a baixa oxigenação da água, causa a morte de organismos aquáticos. Em uma segunda fase, com a morte das algas que provocaram a floração, os decompositores começam a agir, consumindo a matéria orgânica e o oxigênio dissolvido na água, agravando o processo de desoxigenação da água. Já no fundo do corpo d’água, pela ausência de luz e oxigênio reduzido, irá predominar a atividade anaeróbia das bactérias e produção de compostos, como o gás sulfídrico, por exemplo. A mortandade dos organismos aquáticos e a atividade dos decompositores causa alguns dos efeitos citados, como maus odores e toxicidade. E como dimensionar o impacto para agir nestes casos de eutrofização? Resposta Sabemos que é melhor prevenir do que remediar! Assim, fazer um bom uso dos recursos hídricos e uma boa 18/08/2022 00:47 Página 21 de 50 Sabemos que é melhor prevenir do que remediar! Assim, fazer um bom uso dos recursos hídricos e uma boa ocupação do solo a partir de uma eficiente gestão e do ordenamento do território é fundamental. Classificação da eutrofização De acordo a ANA, há o Índice do Estado Trófico (IET), o qual é calculado a partir dos valores de fósforo (P) e deve ser entendido como uma medida do potencial de eutrofização, já que esse nutriente atua como o principal agente causador do processo. O IET tem por finalidade classificar corpos d’água em diferentes graus de trofia, ou seja, avalia a qualidade da água quanto ao enriquecimento por nutrientes e seus efeitos relacionados ao aumento da produtividade aquática. A partir desses graus de trofia, podemos adotar medidas preventivas e/ou corretivas para não impactar o uso adequado do recurso hídrico ou para interromper o uso e não causar outros impactos ambientais e na saúde das pessoas. São várias as estratégias de controle possíveis, como as medidas preventivas para a gestão do uso e ocupação do solo nas bacias hidrográficas, sendo a principal delas a redução das fontes externas de nutrientes. Além disso, existem as medidas corretivas (atuação direta em lago ou represa), que veremos adiante. Para finalizar, vamos entender os usuais níveis de trofia descritos na literatura: Oligotróficos São os lagos claros e com baixa produtividade. Mesotróficos São os lagos com produtividade intermediária. Eutróficos São os lagos com elevada produtividade, comparada ao nível natural básico. Enquadramento dos corpos hídricos em classes de 18/08/2022 00:47 Página 22 de 50 Enquadramento dos corpos hídricos em classes de qualidade Enquadramento dos corpos hídricos O enquadramento em classes de qualidade segundo seus usos preponderantes, como um instrumento de gestão dos corpos hídricos, objetiva garantir a qualidade das águas compatível com os usos mais exigentes a que forem destinadas, bem como diminuir os custos de combate à poluição com ações preventivas permanentes.De acordo com a ANA, os vários usos da água possuem diferentes requisitos de qualidade. Para se preservar as comunidades aquáticas é necessária uma água com certo nível de oxigênio dissolvido, temperatura, pH, nutrientes, entre outros. No extremo oposto, para a navegação, os requisitos de qualidade da água são bem menores, devendo estar ausentes os materiais flutuantes e os materiais sedimentáveis, os quais podem causar assoreamento do corpo d’água. Assim, as águas com maior qualidade permitem a existência de usos mais exigentes, enquanto águas com pior qualidade permitem apenas os usos menos exigentes. Confira: Classes de enquadramento e respectivos usos e qualidade da água. O enquadramento estabelece as classes de qualidade (ou classes de enquadramento) para as águas doces, salobras e salinas, conforme a Resolução Conama nº 357/2005 alterada pelas resoluções Conama nº 18/08/2022 00:47 Página 23 de 50 salobras e salinas, conforme a Resolução Conama nº 357/2005 alterada pelas resoluções Conama nº 393/2007, nº 397/2008, nº 410/2009 e nº 430/2011, além da Resolução Conama nº 396/2008 (classificação e diretrizes ambientais para o enquadramento das águas subterrâneas). Resolução Conama nº 357/2005 Classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes. Observe as classes de enquadramento e os usos respectivos para as águas doces, salobras e salinas, informação disponibilizada pela ANA, que resumem o que a norma preconiza. Classes de enquadramento e usos das águas doces. Classes de enquadramento e usos das águas salobras. 18/08/2022 00:47 Página 24 de 50 Classes de enquadramento e usos das águas salinas. Destaca-se que a classe 4 só se aplica as águas doces, o processo de enquadramento deve ser revisado periodicamente e é específico para cada corpo hídrico. Isso envolve, inclusive, a participação da sociedade. Sobre este assunto, assim dispõe o Conama: Art. 42 - Enquanto não aprovados os respectivos enquadramentos, as águas doces serão consideradas classe 2, as salinas e salobras classe 1, exceto se as condições de qualidade atuais forem melhores, o que determinará a aplicação da classe mais rigorosa correspondente. (Resolução CONAMA Nº 357/2005) Observe o que determina o Conselho Nacional de Recursos Hídricos: Art. 15: [...] deverão ser considerados, nos corpos de água superficiais ainda não enquadrados, os padrões de qualidade da classe correspondente aos usos preponderantes mais restritivos existentes no respectivo corpo de água. [...] §2º Até que a autoridade outorgante tenha as informações necessárias poderá ser adotada, para as águas doces superficiais, a classe 2. (Resolução CNRH Nº 91/2008) Águas no Brasil Situação das águas no Brasil 18/08/2022 00:47 Página 25 de 50 Situação das águas no Brasil Nos portais do governo e de instituições técnicas como Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ANA e órgãos ambientais estaduais, encontramos muitas publicações que exemplificam a situação das águas no Brasil, a partir de várias perspectivas. Exemplo O Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (ICICT) da Fiocruz, em parceria com a Coordenação Geral de Vigilância em Saúde Ambiental (CGVAM) da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), do Ministério da Saúde, desenvolveu a aplicação do Atlas Água Brasil, um sistema digital de visualização e análise de indicadores sobre qualidade da água, saneamento e saúde. Esse atlas mostra a situação da água usada para consumo humano no país, estimulando o debate sobre a qualidade e cobertura dos serviços de saneamento básico e saúde. Já o Atlas Água, mais voltado à segurança hídrica, traz o diagnóstico e o planejamento do abastecimento de água dos 5.570 municípios do país, como resultado de um trabalho em parceria, desenvolvido sob a coordenação da ANA, que envolveu os prestadores de serviço de saneamento, o Ministério do Desenvolvimento Regional e diversas instituições federais, estaduais, municipais e privadas de todo o Brasil. Para entendermos a situação ou o estado das águas no Brasil, precisamos fazer um trabalho de diagnóstico, que é a metodologia de base dos documentos citados. São vários os tipos de diagnósticos, como para identificação dos usos preponderantes, da qualidade da água, das fontes de poluição etc. Este conteúdo não poderá se alongar em cada tipo de diagnóstico e configuração de cada perspectiva para demonstrar na integralidade a situação das águas no Brasil, mas dentro do diagnóstico de classese usos para abastecimento de consumo humano, em cada cidade de determinada bacia hidrográfica, devem ser identificados: Tipo de captação " 18/08/2022 00:47 Página 26 de 50 Superficial, que inclui os rios, lagos e canais. Subterrânea, que inclui os lençóis subterrâneos. Simplificado, que consiste na adição de cloro e flúor na água. É conhecido como fluoretação. Convencional, que é composto pelas etapas de coagulação e floculação, decantação, filtração, desinfecção (cloração), e fluoretação. Avançado, que engloba técnicas como clarificador de contato, pré-oxidação, flotação, centrifugação e membranas filtrantes, para remoção e/ou inativação de constituintes outros na água, que não podem ser tratados com técnicas convencionais. Essas informações podem ser obtidas, por exemplo, na Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (PNSB) elaborada pelo IBGE. E nesse caso, as áreas de mananciais devem ter uma atenção especial! De forma resumida, em um panorama, as cidades podem ser abastecidas por sistemas isolados (que atendem apenas a um município) ou por sistemas integrados (que atendem mais de um) - ou por ambos (isolado + integrado). Os integrados são preponderantes em regiões de maior concentração populacional (como as regiões metropolitanas) e no Semiárido, servindo 17% das sedes e 48% da população urbana (ANA, 2021). Veja a seguir. Tipos de sistemas. Tipo de captação " Tipo de tratamento da água " 18/08/2022 00:47 Página 27 de 50 Sistema Isolado. Sistema integrado. Mesmo o abastecimento urbano sendo o segundo maior uso da água no país (o primeiro é a irrigação), vamos trabalhar aqui na situação brasileira desse uso de recursos hídricos. O abastecimento urbano respondeu por 24,3% da água retirada dos ecossistemas aquáticos em 2019, e ocorreu de forma concentrada no território, acarretando crescente pressão sobre os sistemas produtores de água. Atenção! As redes de abastecimento urbanas suprem 92,9% da população das cidades, sendo que o índice de perdas, junto da parcela de água não contabilizada, aproxima-se de 40%. A maior parte das sedes urbanas recebe água de mananciais superficiais (cerca de 57%), e isso se reflete de forma mais acentuada em termos de população atendida, sendo 84% da população urbana brasileira abastecida por esse tipo de manancial. Isso se deve ao fato de que os grandes centros populacionais são atendidos por mananciais superficiais, como é o caso dos municípios de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Fortaleza e Porto Alegre (ANA, 2020). Ainda de acordo com a ANA (2020), a região Norte tem cidades abastecidas por mananciais subterrâneos (cerca de 61%), quadro que se inverte quando se considera que cerca de 31% da população urbana é suprida 18/08/2022 00:47 Página 28 de 50 (cerca de 61%), quadro que se inverte quando se considera que cerca de 31% da população urbana é suprida por mananciais subterrâneos. O mesmo acontece com a região Sul do Brasil: 55% das sedes são atendidas por manancial subterrâneo, mas isto equivale a 14% da população. Já as regiões Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste seguem o mesmo padrão apontado para o país e apresentam, respectivamente, 65%, 62% e 59% das sedes urbanas abastecidas com manancial preponderantemente superficial, o que em termos de população urbana resultam em 79%, 89% e 84%, respectivamente. Observe no mapa o diagnóstico mais recente da qualidade da água no Brasil e seus índices de qualidade da água (IQA). Nas cidades, boa parte da contaminação das águas revelada pelo IQA tem origem em fontes contínuas de poluição. Valores de IQA dentro da faixa de qualidade “boa” predominam pelos pontos de monitoramento no interior do país, onde as fontes de poluição tendem a ser mais difusas e eventuais. Geralmente, as principais fontes de poluição dos ecossistemas aquáticos são esgotos domésticos, atividades industriais, agricultura e mineração. Os processos de licenciamento ambiental e o cadastro de outorgas são as principais fontes de informação sobre as fontes poluidoras, devendo ser identificadas as tipologias industriais que causam maior impacto sobre os corpos d’água. O lançamento de efluentes nos corpos d’água, predominantemente de esgotos domésticos sem tratamento, é outro impacto a ser considerado por indisponibilizar o uso da água, devido à poluição hídrica, agravando o quadro de criticidade em termos de balanço hídrico. Saiba mais Segundo dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) para 2019, 61,9% da população urbana do país tinha acesso à rede coletora de esgotos, sendo que 54,1% do volume total coletado recebia tratamento. Em 2020, foi publicada a revisão do levantamento das estações de tratamento de esgotos (ETEs) municipais e a atualização dos índices de esgotamento sanitário municipais. Trata-se de um esforço 18/08/2022 00:47 Página 29 de 50 municipais e a atualização dos índices de esgotamento sanitário municipais. Trata-se de um esforço contínuo para manter atualizadas e sistematizadas as informações sobre os processos de tratamento existentes, necessárias ao planejamento das políticas públicas do setor e, principalmente, para orientar as ações de melhoria e preservação da qualidade da água dos corpos hídricos receptores dos efluentes sanitários urbanos. Os registros atuais correspondem a 3.668 ETEs, localizadas em 2.007 municípios do país (ANA, 2020). Veja um exemplo! Uma região do Brasil em que podemos observar de tudo um pouco já discutido até aqui é o Semiárido nordestino. Essa região é caracterizada por longos períodos de secas e rios intermitentes, que passam a maior parte do ano sem água. Os açudes são utilizados para armazenar a água para os períodos de seca, constituindo, portanto, os principais mananciais para a região. Em função da escassez de alternativas para o abastecimento de água, esses açudes muitas vezes concentram intensa atividade em seu entorno, incluindo a agropecuária. E um modelo de ocupação bastante comum no interior do Nordeste é ilustrada pelo açude Pacajus, no Ceará. Tal ocupação intensa ao redor dos açudes exige uma gestão da água integrada com a gestão ambiental e o manejo adequado do solo, com boas práticas agrícolas, bem como uma atenção especial em relação ao lançamento de cargas poluentes na água (ANA, 2020). Saiba mais Em julho de 2020 foi sancionado o Novo Marco de Saneamento Básico no Brasil, Lei Ordinária nº 14.026/2020, passando a ANA a se chamar “Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico”, conferindo uma nova atribuição regulatória: editar normas de referência contendo diretrizes para a regulação dos serviços públicos de saneamento básico no Brasil. Então, vamos conhecer um pouco mais sobre a política de saneamento básico do Brasil? Confira no vídeo! $ 18/08/2022 00:47 Página 30 de 50 Política de saneamento básico do Brasil Veja as leis que disciplinam as questões ambientais mais drásticas do meio ambiente urbano, como saneamento básico, seus princípios e aspectos. Vem que eu te explico! Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar. 20 min. Módulo 2 - Vem que eu te explico! Eutrofização 20 min. Módulo 2 - Vem que eu te explico! Enquadramento dos corpos hídricos $ % 18/08/2022 00:47 Página 31 de 50 Todos Módulo 1 - Video Mudanças climáticas e recursos hídricos Módulo 2 - Video Política de saneamento básico do Brasil Módulo 3 - Video Recuperação de ecossistemas de água doce Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos? & Todos Módulo 1 Módulo 2 Módulo 3 ' Questão 1 A eutrofização é um processo desencadeado pelo excesso de nutrientes nas águas. Esse excesso de nutrientes causa as chamadas florações, que podem ser definidas como um aumento exagerado de A bactérias. 18/08/2022 00:47 Página 32 de 50 A B fungos. C algas. D zooplâncton. E animais. Parabéns! A alternativa C está correta. O termo florações designa o aumento exagerado de algas em determinada área. Por mais que algumasbactérias possam se aproveitar do ambiente eutrofizado, as florações, aquele aspecto de caldo verde na água, é específico e característico do boom de algas, que causa desequilíbrio no funcionamento do ecossistema aquático. Questão 2 (2011 - FUNIVERSA - SEPLAG-DF - Auditor Fiscal de Atividades Urbanas - Controle Ambiental) A boa gestão dos recursos hídricos é fundamental para a sustentabilidade do Distrito Federal. Nesse aspecto, o enquadramento dos corpos de água deve estar baseado não necessariamente no seu estado atual, mas nos níveis de qualidade que deveriam possuir para atender às necessidades da comunidade. A Resolução Conama nº 357/2005 estabelece a classificação e as diretrizes ambientais para o enquadramento dos corpos de água superficiais. Com fundamento nisso, assinale a alternativa correta com relação ao enquadramento das águas doces. A Classe especial: águas destinadas ao abastecimento para consumo humano, com 18/08/2022 00:47 Página 33 de 50 A desinfecção. B Classe 1: águas que podem ser destinadas ao abastecimento para consumo humano, após tratamento convencional. C Classe 2: águas que podem ser destinadas ao abastecimento para consumo humano, após tratamento simplificado. D Classe 3: águas que podem ser destinadas à navegação. E Classe 4: águas que podem ser destinadas à pesca amadora. Parabéns! A alternativa A está correta. Nas alternativas b e c estão invertidas as classes, a navegação é permitida em todas as classes e a pesca não entra na classe 4, já na classe 1 sim, é permitido o abastecimento humano após desinfecção. ((((( 18/08/2022 00:47 Página 34 de 50 3 - Recuperação de ecossistemas aquáticos Ao final deste módulo, você será capaz de reconhecer as técnicas de recuperação de ecossistemas aquáticos. Impactos nos ecossistemas aquáticos Atividades humanas e os impactos nos ecossistemas aquáticos Ações para a conservação, a recuperação e a mitigação de impactos decorrentes dos maus usos dos recursos hídricos tornam-se primordiais para a sustentabilidade da Terra. Para agir de forma assertiva na recuperação dos ecossistemas aquáticos, devemos conhecer ou definir os principais impactos ambientais atrelados a esses ambientes influenciados pelas atividades humanas de forma direta (ambiente aquático) e indireta (uso e ocupação do solo em torno do ecossistema aquático). Vamos definir alguns dos principais impactos! Desmatamento " 18/08/2022 00:47 Página 35 de 50 Perda da área de proteção (zona de amortecimento) entre o ambiente aquático e o continente. O desmatamento ocasiona a perda da biodiversidade, de hábitats e o aumento da entrada de sedimentos em rios, lagos e lagoas, por exemplo. Além disso, possibilita maior entrada de resíduos e contaminantes. Nas zonas marinhas, as faixas de mangue e restinga têm função similar de proteção da costa. Sem a devida gestão pode causar sérios danos de contaminação, produzindo alterações físicas e químicas na área e em seu entorno. Como um exemplo, vale citar a extração de ouro, que pode ocasionar acúmulo de mercúrio no ambiente aquático. Sem planejamento e compensação, podem levar à perda de áreas alagadas, redução de vegetação nativa e a alterações nos ambientes aquáticos. Esse tipo de ação afeta diretamente o ecossistema aquático ao se despejar resíduos orgânicos e inorgânicos, poluentes não tratados e materiais provenientes de atividades humanas nos ecossistemas aquáticos. Espécies exóticas não possuem predadores naturais no ecossistema em que foram introduzidas, reproduzindo-se de forma acentuada, alterando toda uma cadeia alimentar e podendo levar à extinção de espécies nativas. Mineração " Construções e obras civis de forma geral " Despejo de material residual " Introdução de espécies exóticas " 18/08/2022 00:47 Página 36 de 50 Existem muitas outras alterações nos ecossistemas aquáticos vindos de diversos tipos de atividades antrópicas e usos de recursos hídricos que poderíamos descrever, como a eutrofização da qual já falamos. Contudo, o foco é conhecer técnicas de recuperação de ecossistemas aquáticos, vamos a elas! Recuperação e monitoramento de ecossistemas aquáticos Recuperação de ecossistemas aquáticos A recuperação de lagos, represas, rios e áreas alagadas depende de um conjunto de ações integradas nas áreas de entorno da bacia hidrográfica, o que envolve os componentes físicos, químicos e biológicos. Para a recuperação de ecossistemas, aquático ou terrestre, temos duas etapas iniciais definidas: Diagnóstico inicial Envolve a análise do estágio de contaminação ou degradação existente. Diagnóstico dos custos e perdas envolvidas Envolve a avaliação das alternativas para a recuperação e custos de mitigação. A modelagem ecológica, por exemplo, é uma das ferramentas mais importantes para o acompanhamento das condições atuais, para prognóstico e definição de alternativas de medidas preventivas e corretivas. Mas é o monitoramento o primeiro passo para avaliação e identificação da qualidade de um local. Somente a partir dos dados de monitoramento é possível determinar o grau de controle e os recursos necessários para mitigar os impactos no meio ambiente e na saúde humana. São muitos os materiais e métodos de monitoramento da qualidade da água, 18/08/2022 00:47 Página 37 de 50 dependendo do tipo de ecossistema e dos usos relacionados a eles. Para corpos hídricos superficiais, subterrâneos e mar, existem diferentes normas federais e estaduais, que estabelecem os parâmetros a serem monitorados, a malha amostral, a periodicidade de coleta, a metodologia de análise, a coleta e o tratamento dos dados para os parâmetros escolhidos. Além do monitoramento dos ecossistemas aquáticos, há também o monitoramento direto nas fontes de contaminação, como saídas de tubulações de esgoto, estações de tratamento de efluentes (tanto domésticos quanto industriais), operações de sistemas de drenagem pluviais, separadores de água e óleo etc. Assim, consegue-se, algumas vezes, definir o nexo causal (causa e efeito) e estabelecer quem foi o responsável pelo impacto ambiental no corpo hídrico. Veja, de forma resumida, algumas peculiaridades de cada tipo de monitoramento. Monitoramento da qualidade de água superficial Os parâmetros de qualidade de água superficial monitorados são os previstos na Resolução Conama nº 357/2005, alterada pela Resolução Conama nº 430/2011. Especificamente, para cada tipo de monitoramento, devem ser consideradas as características das atividades e dos usos dos recursos hídricos envolvidos, e definidos os parâmetros a serem analisados em laboratório e as respectivas metodologias, sempre de acordo com as normas Conama, além de normas estaduais mais restritivas ou condicionantes de licenças e autos dos órgãos ambientais fiscalizadores competentes. Monitoramento de água subterrânea O monitoramento da qualidade da água subterrânea tem seus parâmetros básicos definidos pela Resolução Conama nº 420/2009 e 396/2008. Atenção! A Conama 420/2009 dispõe sobre critérios e valores orientadores de qualidade do solo quanto à presença 18/08/2022 00:47 Página 38 de 50 A Conama 420/2009 dispõe sobre critérios e valores orientadores de qualidade do solo quanto à presença de substâncias químicas e estabelece diretrizes para o gerenciamento ambiental de áreas contaminadas por essas substâncias em decorrência de atividades antrópicas. Neste conteúdo, já percebemos o quanto o uso do solo influencia na qualidade da água e que o equilíbrio ecológico depende muito do bom funcionamento dos ciclos biogeoquímicos, como o ciclo da água e do carbono (solo), que são muito importantes para a manutenção da vida no planeta. Além das normas que definem os parâmetros de monitoramento, temos as normas técnicas, como as para instalação e desenvolvimento de poços de monitoramento, que seguem determinações da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Monitoramento da qualidade da água e sedimento marinho O monitoramento no ambiente marinho é realizadode acordo com o tipo de atividade ou lançamento existente, por exemplo, atividades de dragagem e lançamento de sedimentos em bota-fora marinho, muito realizados em portos e terminais marítimos. Esses monitoramentos são exigidos de forma prévia (medida preventiva) no licenciamento ambiental para definição de circunstâncias e situação original dos ecossistemas aquáticos onde serão exercidas atividades potencialmente poluidoras ou usos específicos dos recursos hídricos. Mas também são exigidos monitoramentos como medida de controle da qualidade desses ambientes marinhos, para acompanhar qualquer alteração que os comprometa e seus usos diversos. Saiba mais Para esse tipo de ecossistema aquático é utilizada como referência, por exemplo, o Valor Máximo Permitido (VPM) para parâmetros laboratoriais pela Resolução Conama nº 357/2005 (Classe 1). Para os sedimentos marinhos associados à água, nos quais interferências podem causar alterações no ecossistema aquático como um todo, temos a Resolução Conama n° 454/2012, cujos limites legislativos 18/08/2022 00:47 Página 39 de 50 ecossistema aquático como um todo, temos a Resolução Conama n° 454/2012, cujos limites legislativos são determinados para os devidos parâmetros sedimentares, como o arsênio, chumbo e outros. Existem também várias normas da ABNT, como a NBR 16435/2015, que definem como as amostras devem coletadas, conservadas e encaminhadas aos laboratórios para a análise das substâncias de interesse. Os laboratórios devem possuir suas credenciais junto aos órgãos ambientais e acreditação no Inmetro dos ensaios referentes às coletas de amostras, como estipulado na norma NBR ISO/IEC 17.025. Técnicas de recuperação As técnicas de recuperação de ecossistemas aquáticos variam de acordo com o tipo de ecossistema e os graus de impactos, entre outras variáveis. De modo a facilitar o entendimento e limitar esse vasto universo de ecossistemas e variáveis internas e externas, vamos destacar aqui os ambientes lacustres. Comentário A melhor opção é sempre não degradar os ecossistemas, e preservá-los e conservá-los em sua forma original ou próximo disso. No entanto, como são muitos os usos dos recursos hídricos, a segunda melhor opção seria, em vez de recuperar qualquer ambiente aquático, eliminar as fontes artificiais exógenas de nutrientes. No entanto, há variações naturais que formam ambientes eutrofizados e as ações já estudadas não seriam suficientes para o retorno do ambiente eutrofizado a seu estado original equilibrado ecologicamente. Nesses casos, entram as técnicas de recuperação. A recuperação de ecossistemas aquáticos pode ser requerida e necessária por diversas razões, como: Obtenção de água potável. Transformação da paisagem degradada em área de lazer ou de contemplação da beleza cênica. Fins comerciais de piscicultura e aquicultura. Exigência administrativa ou legal, por meio de processos de licenciamento, por exemplo. Qualquer tipo de recuperação ambiental é fundamental para a sustentabilidade e manutenção dos organismos e ecossistemas. Abordaremos a recuperação de ambientes lacustres eutrofizados de modo mais detalhado; para isso, separamos os tipos de recuperação em três grandes métodos: 18/08/2022 00:47 Página 40 de 50 separamos os tipos de recuperação em três grandes métodos: ) Métodos físicos * Métodos químicos + Métodos biológicos Devemos nos lembrar de que antes de começarmos é preciso um diagnóstico, o qual ajudará no direcionamento do melhor método a ser escolhido e empregado. Algumas vezes, será necessária a combinação de mais de um método de recuperação para a completa reparação ou mitigação dos impactos ambientais. Métodos físicos Retirada de água Essa técnica se baseia na retirada de água do hipolímnio, sendo utilizadas mangueiras com uma extremidade posicionada em cima do sedimento e a outra externa ao corpo hídrico. A saída da mangueira 18/08/2022 00:47 Página 41 de 50 extremidade posicionada em cima do sedimento e a outra externa ao corpo hídrico. A saída da mangueira tem que estar em uma altura abaixo da superfície da água para que a água do fundo possa sair, havendo renovação da água. Hipolímnio Estrato ou camada inferior profunda da coluna de água, situando-se abaixo do metalímnio/termoclina (zona de transição entre a camada superficial e a camada profunda) e caracterizando-se por concentrar águas estagnadas, por sinal, as que estão a temperaturas constantes mais baixas da coluna de água. Alguns efeitos importantes desse método para recuperação de ecossistemas aquáticos eutrofizados são a diminuição do fósforo e nitrogênio, a elevação das taxas de oxigênio no hipolímnio e novas condições oxidativas na interface água-sedimento. Sucção de sedimentos Essa é uma técnica cara, mas que reduz de forma eficiente a chamada fertilização interna dos ambientes lacustres, visto que o sedimento é o principal reservatório de nutrientes do ecossistema. Aeração A aeração pode ser realizada tanto por injeção de ar comprimido no hipolímnio, como por areação da coluna d’água. Retirada de macrófitas e de plâncton Em decorrência do crescimento exagerado de comunidades de macrófitas e plâncton em ecossistemas aquáticos eutrofizados, observa-se rápida redução do espelho d’água, de profundidade, de área de lazer e 18/08/2022 00:47 Página 42 de 50 aquáticos eutrofizados, observa-se rápida redução do espelho d’água, de profundidade, de área de lazer e navegação. A retirada da biomassa aérea e subterrânea das macrófitas é manual ou mecanizada e parte delas ainda pode ser utilizada para artesanato. Já o plâncton é retirado com peneiras na fase de floração (caldo verde). Esses foram alguns dos métodos físicos, agora vamos conhecer alguns dos métodos químicos de recuperação de ecossistemas aquáticos lacustres eutrofizados. Métodos químicos Oxidação química de sedimentos O sedimento é revolvido por injeção de ar comprimido e por produtos que irão oxidá-lo. Esse método pode apresentar algumas desvantagens, como: produzir efeito contrário aos desejados, dependendo da quantidade dos produtos injetados, e a reação com o sedimento, e mistura da massa d’água, podendo levar os nutrientes para a coluna d’água e zona eufótica. Floculação A floculação de material suspenso na água pode se dar por pulverização da água com compostos de sulfato ou sais, o que causa a precipitação direta dos compostos suspensos, inclusive das algas. Uso de herbicidas Os herbicidas são utilizados não só no controle de plantas terrestres, mas também no controle do crescimento de algas. Certos compostos químicos de herbicidas são mais eficientes no controle de algas. 18/08/2022 00:47 Página 43 de 50 crescimento de algas. Certos compostos químicos de herbicidas são mais eficientes no controle de algas. Alguns acabam sendo tóxicos para invertebrados e vertebrados aquáticos, assim, a escolha do melhor herbicida deve considerar a ecologia do ecossistema como um todo, visando não ocasionar mais problemas. Os métodos químicos apresentam essa questão: ou são um bom remédio ou um veneno, portanto, o estudo da dosagem é fundamental. Conhecemos alguns dos métodos químicos. Agora vamos abordar os métodos biológicos de recuperação de ecossistemas aquáticos. Métodos biológicos Para o controle de algas e macrófitas pode ser empregada a introdução de herbívoros e patógenos. Alguns zooplânctons, moluscos e peixes, como as carpas ou tilápias, são utilizados como agentes do método biológico. Certos herbívoros podem atuar como predadores das algas e macrófitas ou revolvendo o sedimento, o que aumenta a turbidez da água e reduz a penetração de luz, dificultando o crescimento daquelas que estão submersas. Carpa. Devemos ter em mente, assim como nos métodos anteriores, que os efeitos indesejados podem ocorrer, como a liberação de nutrientes pelo revolvimento do sedimento, além de algumas espécies de herbívoros 18/08/2022 00:47 Página 44 de 50 como a liberação de nutrientes pelo revolvimento do sedimento,além de algumas espécies de herbívoros introduzidas poderem atuar como competidores da fauna nativa. São inúmeras as técnicas de recuperação em que se pode utilizar um tipo de método ou a combinação de dois ou todos eles, dependendo do tipo de impacto e ecossistema aquático. A seguir, vamos assistir a um vídeo que ilustra um caso emblemático de recuperação de ecossistema de água doce e entender na prática um pouco do que foi estudado. Recuperação de ecossistemas de água doce Veja a recuperação de ecossistemas de água doce e um exemplo prático de um lago do Brasil. $ % 18/08/2022 00:47 Página 45 de 50 Vem que eu te explico! Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar. 20 min. Módulo 3 - Vem que eu te explico! Atividades humanas e os impactos nos ecossistemas aquáticos 20 min. Módulo 3 - Vem que eu te explico! Recuperação de ecossistemas aquáticos Todos Módulo 1 - Video Mudanças climáticas e recursos hídricos Módulo 2 - Video Política de saneamento básico do Brasil Módulo 3 - Video Recuperação de ecossistemas de água doce Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos? % & Todos Módulo 1 Módulo 2 Módulo 3 ' Questão 1 18/08/2022 00:47 Página 46 de 50 Questão 1 O monitoramento dos ecossistemas aquáticos é o primeiro passo para avaliação e identificação do estado de um local acerca da sua qualidade. Assim, somente a partir dos dados de monitoramento é possível determinar o grau de controle e os recursos necessários para mitigar os impactos no meio ambiente e na saúde humana. Com base nos tipos de monitoramento das águas, qual seria o monitoramento que tem seus parâmetros básicos definidos pelas Resoluções Conama nº 420/2009 e 396/2008? A Monitoramento da qualidade da água superficial. B Monitoramento da qualidade da água e sedimentos marinhos. C Monitoramento da qualidade da água subterrânea. D Monitoramento ecológico. E Monitoramento da ETE. Parabéns! A alternativa C está correta. O monitoramento da qualidade da água subterrânea tem seus parâmetros básicos definidos pela Resolução Conama nº 420/2009 e 396/2008. A qualidade da água superficial é regida pelas resoluções Conama nº 357/2005 e nº 430/2011. Já a qualidade de sedimentos marinhos pela resoluções Conama nº 454/2012 e nº 357/2005. Questão 2 Quando pensamos em recuperação de ambientes lacustres eutrofizados de forma individualizada, temos em mente três métodos básicos. Mas sabemos que primeiro é preciso um diagnóstico para escolher o método mais adequado, em função dos resultados obtidos. Em muitos casos, torna-se necessária a combinação de mais de um método de recuperação para que o lago seja deseutrofizado. Nesse sentido, qual das opções a seguir seria a classificação do método de retirada de macrófitas aquáticas? 18/08/2022 00:47 Página 47 de 50 Considerações finais A Métodos químicos. B Métodos físicos. C Métodos biológicos. D Métodos analíticos. E Métodos quantitativos. Parabéns! A alternativa A está correta. A retirada de macrófitas aquáticas é manual ou com uso de equipamentos, portanto, um método físico. Seria químico com a introdução de produtos químicos para reações no ambiente, e biológico com o uso de seres vivos na recuperação. ((((( 18/08/2022 00:47 Página 48 de 50 Considerações finais O que acabamos de estudar sobre recursos hídricos nos dá uma visão ampla e holística da importância, situação, das formas de uso e da recuperação dos ecossistemas aquáticos. A cada módulo, pudemos reconhecer a importância dos corpos aquáticos como recursos hídricos. Também foi possível entender o que é a eutrofização e qual a situação das águas no Brasil. Por fim, conhecemos algumas técnicas de recuperação de ecossistemas aquáticos. O assunto abordado neste conteúdo é muito abrangente em vários aspectos e, por isso, é importante que você se aprofunde nele. Explorar as normativas relacionadas ao tema, por exemplo, desde a Política Nacional de Recursos Hídricos e a de Saneamento Básico, até as Resoluções Conama citadas é recomendável para futuros profissionais de meio ambiente. Podcast Para encerrar, ouça um resumo com os principais tópicos deste conteúdo. , Referências ANA, 2020. Conjuntura dos recursos hídricos no Brasil 2020: informe anual. Brasília, DF: Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico, 2020. ANA. Atlas águas: segurança hídrica do abastecimento urbano. Brasília, DF: Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico, 2021. CONAMA. Resolução nº 357 de 17 de março de 2005. Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de 18/08/2022 00:47 Página 49 de 50 diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras providências. Brasília, DF: Ministério do Meio Ambiente, 2005. CNRH. Resolução nº 91 de 05 de novembro de 2008. Dispõe sobre procedimentos gerais para o enquadramento dos corpos de água superficiais e subterrâneos. Brasília, DF: Ministério do Desenvolvimento Regional, 2008. ESTEVES, F. A. Fundamentos de Limnologia. 3. ed. Rio de Janeiro: Interciência, 2011. 826p. SOITO, J. Usos múltiplos da água. In: Boletim de Conjuntura do Setor Energético. Rio de Janeiro: FGV Energia, Caderno Opinião, maio 2019. VON SPERLING, M. Introdução à qualidade das águas e ao tratamento de esgotos. Belo Horizonte: UFMG, 1996. Explore + Confira o que separamos especialmente para você! Acesse o site da Agência Nacional das Águas (ANA) e busque o documento Conjuntura dos Recursos Hídricos no Brasil (versão mais atual). Nele, você encontrará também links para assistir a animações sobre o tema, além de infográficos animados. Acesse a Lei nº 9433/97, o Plano Nacional de Segurança Hídrica e as resoluções Conama nº 393/2007; nº 396/2008; nº 397/2008; nº 410/2009; nº 420/2009; nº 430/2011 e nº 454/2012 para aumentar seus conhecimentos legais sobre o assunto. - Baixar conteúdo 18/08/2022 00:47 Página 50 de 50
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