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UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI – URCA CENTRO DE ESTUDOS SOCIAIS APLICADOS – CESA DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS – CURSO DE ECONOMIA FERNANDA FABIANA DE OLIVEIRA GOMES UM ESTUDO SOCIOECONÔMICO ACERCA DA IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA JOVEM APRENDIZ NO MUNICIPIO DE IGUATU ESTADO CEARÁ IGUATU – CEARÁ 2022 FERNANDA FABIANA DE OLIVEIRA GOMES UM ESTUDO SOCIOECONÔMICO ACERCA DA IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA JOVEM APRENDIZ NO MUNICIPIO DE IGUATU ESTADO CEARÁ Projeto de Pesquisa apresentado ao curso de Ciências Econômicas da Universidade Regional do Cariri – URCA, como requisito para aprovação da disciplina de Técnicas de Pesquisa Econômica, elaborado sob a orientação da Profª. Me. Altamira Vicente dos Santos. IGUATU – CEARÁ 2022 RESUMO A Lei n° 10.097/2000 e regulamentada em 1° de dezembro de 2005 pelo Decreto nº. 5.598/2005 mais conhecida como Lei da Aprendizagem, que introduziu a figura do jovem aprendiz, surgiu com o objetivo de incentivar as empresas a gerarem novas formas de renda, facilitando o processo de adesão dos jovens no mercado de trabalho, assim como favoreceu o aquecimento da economia local com a diminuição do número de desempregados. Esta pesquisa teve como objetivo identificar a influência socioeconômica acerca da implantação do Programa Jovem Aprendiz no município de Iguatu no estado do Ceará. A participação de jovens e adolescentes nas práticas produtivas dos grupos sociais, para isso foi criada a lei do jovem aprendiz que concilia o trabalho com educação. Sendo as empresas que os contratam exercem papel essencial que é o da responsabilidade social. A Lei da Aprendizagem, como política pública, foi concebida para regular a formação técnico-profissional metódica de adolescentes e jovens, desenvolvida por meio de atividades teóricas e práticas. Os resultados da pesquisa permitiram concluir que o programa da aprendizagem pode suprir as dificuldades iniciais de inserção. Como política pública, é quesito que deveria passar por mudanças para melhorar sua abrangência. Uma vez instituída, poderá garantir a formação do aluno e contribuir com a sua inserção no mercado de trabalho. PALAVRAS-CHAVES: Jovens; Politica Publica; Trabalho; Programa Jovem Aprendiz. ABSTRACT Law No. 10.097/2000 is regulated on December 1, 2005 by Decree No. 5,598/2005, better known as the Apprenticeship Law, which introduced the figure of the young apprentice, emerged with the objective of encouraging companies to generate new forms of income, facilitating the process of young people joining the labor market, as well as favoring the of the local economy with the decrease in the number of unemployed. This research aimed to identify the socioeconomic influence on the implementation of the Young Apprentice Program in the municipality of Iguatu in the state of Ceará. The participation of young people and adolescents in the productive practices of social groups, for which the Young Apprentice Law was created, which reconciles work with education. The companies that hire them play an essential role, which is social responsibility. The Apprenticeship Law, as a public policy, was conceived to regulate the methodical technical-professional training of adolescents and young people, developed through theoretical and practical activities. The research results allowed us to conclude that the learning program can overcome the initial difficulties of insertion. As a public policy, it is a question that should undergo changes to improve its scope. Once instituted, it will be able to guarantee the student's training and contribute to their insertion in the job market. KEYWORDS: Young people; Public policy; Job; Young Apprentice Program. SUMÁRIO INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 6 2 OBJETIVOS ................................................................................................................ 8 2.1 Objetivo Geral .......................................................................................................... 8 2.2 Objetivos Específicos ............................................................................................. 8 3 JUSTIFICATIVA.......................................................................................................... 9 4 REFERENCIAL TEÓRICO .................................................................................. 10 4.1 Políticas Públicas .............................................................................................. 10 4.2 Programa Jovem Aprendiz .............................................................................. 15 4.3 A importância social da empregabilidade do menor aprendiz nas empresas de Iguatu - CE .............................................................................................................. 18 4.4 Perfil dos Jovens Aprendizes no município de Iguatu-CE ............................. 21 4.5 Empresas do município de Iguatu-CE que aderiram ao programa Jovem Aprendiz ........................................................................................................................ 23 5 METODOLOGIA ................................................................................................... 25 5.1 Classificação da pesquisa ................................................................................... 25 5.2 Área e sujeitos do estudo .................................................................................... 25 5.3 Tipo de coleta e análise dos dados.................................................................... 27 5.4 Aspectos éticos da pesquisa............................................................................... 28 6 CRONOGRAMA DE ATIVIDADES........................................................................ 30 7 CONSIDERÇÕES FINAIS ...................................................................................... 31 REFERÊNCIAS............................................................................................................ 33 INTRODUÇÃO A presente pesquisa aborda a importância de se realizar um estudo socioeconômico acerca da implantação do programa jovem aprendiz no município de Iguatu no estado do Ceará, relatando em sua construção os reais e diversos avanços pelo qual vem passando a sociedade, tendo como reflexos as diferentes características e influências geradas pelo mercado de trabalho. Com os atuais avanços científicos e tecnológicos, constata-se que muitas das mudanças geradas por estes acabam refletindo nos modos de produção de bens materiais e na organização da sociedade. Em um mundo bastante instável e complexo, com o avanço cada vez mais intenso da tecnologia e a diminuição das fronteiras globais, as organizações necessitam de profissionais altamente qualificados, que estejam prontos e abertos para a inovação e mudança e que sejam mais que colaboradores, um diferencial competitivo que a organização detém. O referido trabalho aqui abordado tem como tema um estudo socioeconômico acerca da implantação do programa jovem aprendiz no município de Iguatu no estado Ceará, onde busca-se com esse trabalho observar a importância do programa para economia do estado. A metodologia utilizada para realização deste trabalho foi a pesquisa bibliográfica. Para que fosse possível desenvolver esse trabalho, utilizou-se contribuições de autores e a leitura de artigos relacionados ao tema em questão. Para atender essas necessidades de qualificação da mão de obra, o programa de aprendizagem é responsável pela inserção de jovens no mercado de trabalho, capacitando-os através de formação técnico-profissional e dando a oportunidadedesses jovens aplicarem o conhecimento teórico na prática de suas vivências na empresa, oferecendo assim uma força de trabalho capacitada. Com o cumprimento da Lei Nº 10097/2000 (lei da aprendizagem), as empresas estão além da obediência a uma exigência legal, assumindo uma responsabilidade social na promoção da cidadania. A Lei do Jovem Aprendiz é uma resposta positiva para os jovens, pois concilia a prática dentro das organizações, com a formação teórica e profissional. É uma solução completa e rica em experiências, assim, contribui no combate da violência, mantém o jovem na formação escolar. E além disso auxilia na renda familiar, melhora a distribuição de renda, fortalece a política pública de inclusão juvenil, forma profissionais de acordo com seu curso desenvolvido e promove a responsabilidade social nas empresas (ANDRADE et al., 2016). A política pública dedica-se ao método de construir e atuar decisões políticas. No entendimento de Secchi (2013, p. 2), “é uma diretriz elaborada para enfrentar um problema público. ” Dentro desse contexto, vale ressaltar que, para resolver um problema público, precisa-se examinar a realidade para assim atingir uma perspectiva ideal. A política pública tem um papel significativo em todos os setores de uma economia, visto que, através dela, o Estado implanta o projeto governamental com ações voltadas para determinados setores da sociedade, visando trazer melhoras e resultados positivos. Para que o projeto possa ser realizado, é envolvida uma diversidade de órgãos públicos, sistemas organizacionais e agentes relacionados. As políticas públicas são aqui compreendidas como as de responsabilidade do Estado, já sua implementação e manutenção necessitam de um processo de tomada de decisões que envolvem órgãos públicos e diferentes organismos e agentes da sociedade relacionados à política implementada (HOFLING, 2001). O Estado tem um papel indispensável na economia, especialmente como defensor da ordem social, mediante o sistema institucional e jurídico, concedendo a liberdade para efetivar contratos, a propriedade privada dos meios de produção, dentre outras garantias para tornar o sistema capitalista existente e sustentado (SILVA, 2015). 2 OBJETIVOS 2.1 Objetivo Geral Identificar a influência socioeconômica acerca da implantação do Programa Jovem Aprendiz no município de Iguatu no estado do Ceará. 2.2 Objetivos Específicos Contextualizar conceitos e histórico acerca do tema políticas públicas com ênfase no Programa Jovem Aprendiz no Brasil; Caracterizar a atuação do Programa Jovem Aprendiz no município de Iguatu - CE; Verificar limites e possibilidades do desenvolvimento socioeconômico na atuação do Programa Jovem Aprendiz no município de Iguatu - CE 3 JUSTIFICATIVA Diante de todos os fatores mencionados e buscando identificar a influência socioeconômica acerca da implantação do Programa Jovem Aprendiz no estado do Ceará, esse estudo é importante na vertente acadêmica mediante ser pouco explorado, enriquecendo as pesquisas relacionadas ao tema. Na vertente social, esse estudo se justifica por mostrar, também, a importância da responsabilidade social das empresas com relação ao jovem aprendiz e inclusão dos jovens no mercado de trabalho. Diante das grandes políticas públicas existente de proteção ao jovem e somando a necessidade de analisar a eficácia das mesmas, focamos em avaliar mais precisamente o programa Jovem através de informações que nos direcionassem para a realidade no ambiente de trabalho, sua satisfação com o programa e seu reconhecimento diante das atividades prestadas à empresa. Em relação as questões econômicas, sabe-se que o Programa além de inclusão, gera uma renda para os jovens, além dos mesmos contribuírem na lucratividade empresarial, além de ser reconhecida como uma empresa que cria oportunidades para jovens aprendizes é algo que vai impactar positivamente a imagem da sua marca no mercado e trazer inúmeros benefícios. 4 REFERENCIAL TEÓRICO 4.1 Políticas Públicas No início do mandato do Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, foi concretizada a Lei 11.129, que estabeleceu a criação do Conselho Nacional da Juventude (CONJUVE), com intuito de consolidar os programas voltados para os jovens e estudos destinados acerca da realidade socioeconômica juvenil. Em 2003, surgiram as primeiras políticas voltadas para o ingresso do jovem ao primeiro emprego, como o Programa Nacional de Estímulo ao Primeiro Emprego (PNPE), que, de acordo com o Guia de Políticas Públicas da Juventude, foi criado para reforçar a qualificação profissional e a inserção do jovem no mercado de trabalho (BRASIL, 2006). O PNPE teve origem em outubro de 2003, através da Lei 10.748. A Lei destacou a necessidade da participação da sociedade para a efetivação de políticas de geração de trabalho e renda. Foi uma política fundamental por ter uma série de ações desenvolvidas para gerar empregos e dar suporte ao jovem em sua inserção no mercado de trabalho. “Observou-se maior percepção a respeito do exercício da cidadania de parte da população beneficiada, considerando-se o comprometimento da estratégia de inclusão social com emancipação social, política e econômica da população-alvo” (POCHMANN, 2004, p. 396).11Entrou em vigor em 2005 para formulação de diretrizes voltadas para políticas para juventude. Para introduzir a juventude no mercado de trabalho, ou seja, no mundo dos adultos, deve-se saber que nenhuma criança ou adolescente vai à escola com o intuito de adquirir apenas conhecimentos técnicos e científicos (ALVES, 2011). Castro, Aquino e Andrade (2009) faz uma análise quanto ao ingresso dos jovens no mercado de trabalho e afirma que o investimento em educação foi uma resposta do Estado para fornecer conhecimento e capacitação às novas gerações. Predomina o entendimento de que os jovens não precisam entrar precocemente no mundo do trabalho, devendo se concentrar em estudar. Para muitos, no entanto, a educação não é tão necessária e uma parcela dos menores se concentra no desempenho de tarefas com retribuição pecuniária. Pode-se concluir, portanto, que existem duas juventudes: aquela que se prepara para a vida adulta por meio da educação e outra que, como parte do proletariado, sequer é vista como jovem. Com o PNPE surgiu a Lei Aprendiz Legal (10.097/2000) que apresentou diversas exigências definidas em contrato. O empregador precisava se comprometer a dar todo suporte e oportunidade para jovens inscritos no programa de aprendizagem. A aprendizagem foi definida como o contrato de trabalho especial, ajustado por escrito e por prazo determinado, em que o empregador se compromete a assegurar ao maior de quatorze anos e menor de dezoito anos, inscrito em programa de aprendizagem, formação técnico-profissional metódica, compatível com o seu desenvolvimento físico, moral e psicológico, e o aprendiz, a executar, com zelo e diligência, as tarefas necessárias a essa formação.(COELHO, 2001, p. 212) A Carta Magna de 1988 e a Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948 são outros dispositivos da legislação nacional e internacional. Apresentam a educação como um elemento basilar dos direitos humanos mais essenciais. Ainda que todos os direitos fundamentais sejam igualmente importantes e inalienáveis, o direito à educação é reconhecidamente primordial, pois permite que cada pessoa conheça, acesse e usufrua de seus direitos (BARROSO, 2005, p. 746). A segurança do direito à educação, portanto, é condição imprescindível à garantia de outros direitos. Embora não seja suficiente ter acesso à escola, é necessário permanecer nela durante tempo suficiente e capaz de cumprir a formação adequada à cidadania e, ainda, garantir uma oportunidade de ingressarno mercado de trabalho de forma protegida. A Constituição Federal de 1988 em seu artigo 227 consigna que é dever do Estado, família e sociedade tratarem o jovem e o adolescente com absoluta prioridade e expressamente estabelece que: Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá- los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão (BRASIL, 1988). Nesse sentido, a aprendizagem, concomitantemente com a oportunidade de trabalho para os jovens, pode representar um grande avanço na proteção dos adolescentes, conforme a Constituição Federal de 1988 e a respectiva legislação protetiva, ECA e o Estatuto da Juventude, que tratam do tema, especificamente no que se refere à exploração do trabalho. Entre 1970 e 2000, muitas iniciativas em prol da formação profissional se desenvolveram em um cenário de intensificação da globalização e pelo desenvolvimento da Constituição de 88, que passa a considerar a qualificação como um direito do cidadão, isso devido às pressões sindicais e de diferentes movimentos populares. No entanto, novos retrocessos surgem em meados da década de 1990, pois a política neoliberal brasileira inicia um devastador corte nos investimentos em saúde, infraestrutura e educação, refletindo diretamente nos projetos de qualificação profissional (MOURA, 2018, p. 27) Para a definição de políticas públicas existem inúmeros conceitos que podem servir para definir o termo. O que é mais frequentemente aceito, pode ser traduzido na efetivação da representação legal das ações de um governo perante a sociedade, ou seja, referem-se a um conjunto de medidas legais oferecidas à sociedade, nas quais são desenvolvidos programas, são executados planos e projetos com fins de melhoria em diversos setores. O Dicionário Político afirma que: Políticas públicas são decisões que envolvem questões de ordem pública com abrangência ampla e que visam à satisfação do interesse de uma coletividade. Podem também ser compreendidas como estratégias de atuação pública, estruturadas por meio de um processo decisório composto de variáveis complexas que impactam na realidade. São de responsabilidade da autoridade formal legalmente constituída para promovê-las, mas tal encargo vem sendo cada vez mais compartilhado com a sociedade civil por meio do desenvolvimento de variados mecanismos de participação no processo decisório. (AMABILE, 2012, p 390) As políticas públicas de acordo com Amabile, “influenciam e são influenciadas por valores e ideais que orientam a relação entre Estado e a sociedade”. Com essa perspectiva, grupos organizados se revezam como condicionantes dessas variáveis, buscando sempre uma participação direta e indiretamente dos processos decisórios que sustentam as mesmas. Por esta razão, não se costuma definir antecipadamente quais seriam as finalidades principais das políticas públicas, senão de uma forma mais genérica, com opor exemplo, o atendimento do interesse da coletividade. Em (AMABILE, 2012, p 391) afirma que, “O estudo das políticas públicas considera quatro etapas principais: formulação, execução, monitoramento e avaliação”. Para o autor, este esquema tem efeito didático, por permitir a visualização desde a inclusão da política pública na agenda governamental até a avaliação de sua real efetividade, porém, não reflete a improvisação caótica que normalmente marca as políticas públicas latino-americanas, passíveis de evolução que integram os esforços científicos à prática. As políticas públicas para juventude se apresentam como ações que visam desenvolver programas que atendam a demanda desta camada social, visto que o “Brasil tem cerca de 50 milhões de jovens com idade entre 15 e 29 anos. Muitos deles demonstraram determinação em assegurar seus direitos”. (BRASIL, 2014). A política pública tem um papel significativo em todos os setores de uma economia, visto que, através dela, o Estado implanta o projeto governamental com ações voltadas para determinados setores da sociedade, visando trazer melhoras e resultados positivos. Para que o projeto possa ser realizado, é envolvida uma diversidade de órgãos públicos, sistemas organizacionais e agentes relacionados. As políticas públicas são aqui compreendidas como as de responsabilidade do Estado, já sua implementação e manutenção necessitam de um processo de tomada de decisões que envolvem órgãos públicos e diferentes organismos e agentes da sociedade relacionados à política implementada (HOFLING, 2001). O Governo Federal afirma que está atento às demandas dessa parcela da população e que tem avançado com ações e políticas públicas voltadas para a juventude. No ano de 2013 foi sancionada a lei que instituiu o Estatuto da Juventude, onde, as principais novidades são o direito de estudantes a pagar meia passagem nos ônibus interestaduais e direito a meia entrada em atividades culturais para jovens de baixa renda (com renda familiar de até 2 salários mínimos). Em cada evento, os produtores poderão limitar em 40% o percentual de ingressos vendidos com desconto, para ambos os públicos. Os jovens de baixa renda e estudantes que estiverem além deste percentual não terão o direito. O Estado ou bem-estar social oferece restaurações que garantem uma melhor qualidade de vida para a população que possui maior vulnerabilidade social. De acordo com Vieira e Alves (1995, p. 17) “[...] deve dar atenção maior aos trabalhadores em situação de fragilidade. ” O Estado precisa passar para a população por meio de políticas pública suma proteção social e geração de oportunidades para que a sociedade consiga evoluir. O Estado tem um papel indispensável na economia, especialmente como defensor da ordem social, mediante o sistema institucional e jurídico, concedendo a liberdade para efetivar contratos, a propriedade privada dos meios de produção, dentre outras garantias para tornar o sistema capitalista existente e sustentado (SILVA, 2015). As políticas públicas para juventude se apresentam como ações que visam desenvolver programas que atendam a demanda desta camada social, visto que o “Brasil tem cerca de 50 milhões de jovens com idade entre 15 e 29 anos. Muitos deles demonstraram determinação em assegurar seus direitos”. (BRASIL, 2014) O Governo Federal afirma que está atento às demandas dessa parcela da população e que tem avançado com ações e políticas públicas voltadas para a juventude. No ano de 2013 foi sancionada a lei que instituiu o Estatuto da Juventude, onde, as principais novidades são o direito de estudantes a pagar meia passagem nos ônibus interestaduais e direito a meia entrada em atividades culturais para jovens de baixa renda (com renda familiar de até 2 salários mínimos). No Brasil, foi sancionado em 05 de agosto de 2013, pela Presidente Dilma Rousseff, o Estatuto da Juventude, aprovado em julho pelo Congresso Nacional. Segundo (Brasil, 2013), “O estatuto trata dos direitos da população jovem entre 15 a 29 anos, além de definir os princípios e diretrizes para o fortalecimento e a organização das políticas de juventude, em âmbito federal, estadual e municipal”. Desta forma, para as leis brasileiras a definição de juventude conforme o Capítulo 1 do Estatuto da juventude informa que, § 1o Para os efeitos desta Lei, são consideradas jovens as pessoas com idade entre 15 (quinze) e 29 (vinte e nove) anos de idade. § 2o Aos adolescentes com idade entre 15 (quinze) e 18 (dezoito) anos aplica-se a Lei n o 8.069, de 13 de julho de 1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente, e, excepcionalmente, este Estatuto,quando não conflitar com as normas de proteção integral do adolescente (Lei nº 12.852 de 05/08/2013- Estatuto da Juventude) Nessa perspectiva, os jovens são todos os sujeitos que estão na faixa etária que compreende as idades entre quinze e vinte e nove anos, porém a Lei da aprendizagem descreve como jovem, todos que estão com idade entre quatorze e vinte e quatro anos. Em cada evento, os produtores poderão limitar em 40% o percentual de ingressos vendidos com desconto, para ambos os públicos. Os jovens de baixa renda e estudantes que estiverem além deste percentual não terão o direito. Esta lei também estabelece acesso a direitos básicos, como justiça, educação, saúde, lazer, transporte público, esporte, liberdade de expressão e trabalho. De acordo com a secretária nacional da Juventude da época, Severine Macedo, o Estatuto foi uma conquista importante dos jovens, mas que ainda existem desafios. “Estamos caminhando para que essa política de juventude seja incorporada como política de Estado." (SNJ, 2014). Na área da educação, o Governo Federal desenvolveu políticas públicas que visam o acesso aos ensinos superior e técnico e também ao emprego com a criação de programas como: Criado em 2011, o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) já recebeu investimento de R$ 14 bilhões e, em fevereiro deste ano, ultrapassou 5,8 milhões de matrículas em todo o País. As operações de crédito com o Fundo de Financiamento Estudanti l (Fies), por meio do Banco do Brasil e da Caixa, já promoveram a assinatura de 760 mil contratos, com um investimento total aproximado de R$ 25 bilhões até o final de 2012. Em 2014, 400 mil bolsas do ProUni já foram ofertadas e 2,4 milhões de candidatos se inscreveram para o Sisu. 4.2 Programa Jovem Aprendiz Os jovens buscam a inserção social por motivos de ordem moral e financeira. Compreendem que atingirão sua fase de desenvolvimento adulta, quando forem capazes de sustentar-se financeiramente. Grande parte desses jovens sofre diante do contexto social de desemprego que dificulta a inserção no mundo do trabalho e a assunção de novos papéis sociais (WICKERT, 2006). Nesse sentido, sabe-se que a “juventude” tem sido pauta de diversas discussões recentes, visto a complexidade de situações que envolvem essa categoria. Logo, falar sobre esse tema em um contexto histórico como o atual é trazer para o debate questões como educação, família, gênero, emprego, lazer, políticas públicas, no qual demandam os direitos sociais. Assim, para compreender a juventude é preciso a ciência de que estamos lidando com uma construção social que leva em consideração vários fatores, como: a territorialidade, as condições socioculturais na qual os jovens estão inseridos, as relações de classe, gênero, raça/etnia, e tantos outros. O Programa de Aprendizagem brasileiro possui todos os elementos de programas semelhantes que existem no mundo. Por definição, a expressão aprendizagem está atrelada a qualquer sistema no qual o empregador contrata um jovem trabalhador e se compromete a treiná-lo ou a direcioná-lo para uma instituição que vai oferecer esse treinamento durante um período pré- determinado. Ao longo desse período de capacitação, esse aprendiz se compromete a trabalhar no negócio do empregador (ILO, 2012). O momento de entrada no mercado de trabalho é uma época de difícil transição. Atualmente, diferentes países sofrem com o desemprego e a baixa produtividade da parcela mais jovem de sua população. Portanto, nesse cenário, as iniciativas que oferecem emprego e treinamento para os jovens trabalhadores se tornaram o foco das políticas de diferentes países. O funcionamento do mercado de trabalho é desfavorável ao jovem. E isso é visível, principalmente, se tratando de um jovem sem experiência. Diante da constante presença de um excedente de mão-de-obra no mercado, o jovem encontra as piores condições de competição em relação aos adultos, tendo de assumir, na maioria das vezes, funções de qualidade inferior na estrutura das empresas. Todo esse cenário parte da necessidade em obter uma renda para sustentar as despesas familiares ou a própria sobrevivência, o que costuma comprometer a possibilidade de formação escolar e de se qualificar profissionalmente. Por Programa de Aprendizagem entende-se que: é um programa técnico profissional que prevê a execução de atividades teórica e práticas, sob a orientação de entidade qualificada em formação técnico-profissional-metódica, com especificação do público-alvo, dos conteúdos programáticos a serem ministrados. Precisam ter o período de duração, carga horária teórica e prática, mecanismos de acompanhamento, avaliação e certificação do aprendizado. Programa deve observar os parâmetros estabelecidos na Portaria MTE nº 615, de 13 de dezembro de 2007 (BRASIL, 2014). Em 1º de dezembro de 2005, surge a Lei de Aprendizagem, materializada pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) em 1943, e instituída através da Lei nº 10.097, de 19 de dezembro de 2000 e do Decreto nº 5.598, com o objetivo de atuar na promoção de mais e melhores oportunidades de trabalho, emprego e geração de renda para os jovens. A Lei se aplica para as empresas que se encontram nos moldes determinados pelo Ministério do trabalho e Emprego – MTE, onde é estabelecida a cota de jovens aprendizes de acordo com as funções que demandem a aprendizagem. A partir desse momento, as empresas procuram as Entidades Qualificadoras, que podem ser: 1-Serviços Nacionais de Aprendizagem (SNAs): Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI); Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC); Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR); Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (SENAT); Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (SESCOOP). 2- As escolas técnicas de educação, inclusive as agro técnicas. 3- As entidades sem fins lucrativos, que tenham por objetivos a assistência ao adolescente e à educação profissional, registradas no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) (Artigos 429 e 430 da CLT). Com a intenção de orientar as entidades qualificadoras na elaboração de programas de aprendizagem, foi criado o CONAP, que tem o objetivo de: O Ministério do Trabalho e Emprego, por meio da Portaria nº 723 de 2012, criou o Cadastro Nacional de Aprendizagem Profissional (CONAP) destinado ao cadastramento das entidades qualificadas em formação técnico-profissional metódica, definidas pelo Decreto nº 5.598 de 2005, que regulamenta a contratação e a formação profissional de aprendizes. (MTE, 2016). Além de estipular que todas as empresas são obrigadas a contratar e a matricular os jovens aprendizes em cursos dos Serviços Nacionais de Aprendizagem, esta Lei ainda proporciona aos maiores de 14 (quatorze) anos e menores de 24 (vinte e quatro) anos, e às pessoas com deficiência sem limite de idade, a conexão entre a Formação Profissional e a formalização de Contrato de Trabalho de natureza especial, ajustado por escrito e por prazo determinado não superior a dois anos. Entende-se que a referida lei não estabelece apenas a contratação de trabalho especial do jovem aprendiz, mas destaca também a sua preocupação com o jovem sujeito de direitos, como exposto no Art. 428: “Contrato de aprendizagem é o contrato de trabalho especial, ajustado por escrito e por prazo determinado (...) inscrito em programa de aprendizagem, formação técnico- profissional metódica, compatível com o seu desenvolvimento físico, moral e psicológico, e o aprendiz, a executar, com zelo e diligência, as tarefas necessárias a essa formação” (BRASIL, 2000). O contrato de aprendizagem possui duração máxima de 2 anos, sem possiblidade de renovação. Ao firma-lo, a empresa se torna responsável em orientar o aprendiz nas atividades práticas desua ocupação, além de garantir a participação desse jovem em um curso ministrado em uma instituição formadora. 4.3 A importância social da empregabilidade do menor aprendiz nas empresas de Iguatu - CE O presente tópico tem o condão de avaliar a importância do Contrato de Aprendizagem para o combate do trabalho infanti l no mercado de trabalho, trazendo o direito à proteção da criança e adolescente como um dever da família, da sociedade e do Estado. Neste sentido, importante destacar a proibição do trabalho noturno, perigoso, insalubre, penoso, como também os que prejudiquem o desenvolvimento físico, mental e moral dos jovens. Ao refletir sobre o tema, Fonseca (2015) observa que: A legitimidade popular, a combinação de esforços entre a família, o Estado e a sociedade e a absoluta prioridade que se confere aos direitos em questão traçam, de forma indelével, a proeminência do direito à profissionalização com relação aos adolescentes de 14 a 18 anos, os quais podem ativar-se profissionalmente em condições restritas de trabalho. Em qualquer hipótese, não se admite trabalho noturno, insalubre, perigoso ou penoso, tampouco qualquer trabalho que atente contra o salutar desenvolvimento físico, mental e moral desses cidadãos. Finalmente, os adolescentes de 14 a 16 anos somente podem trabalhar na condição de aprendizes (FONSECA, 2015, p. 78). Quando se fala em emprego, a experiência profissional é um diferencial na vida dos jovens, daí a importância do Contrato de Trabalho, pois se constitui no principal documento que comprova a relação de trabalho existente entre a empresa e o funcionário. Diante disso, não se tem mais dúvidas da importância da aprendizagem, uma vez que: A aprendizagem tem dois objetivos essenciais: promover a inserção do adolescente no mercado de trabalho e qualificar a mão-de-obra, a qual poderá, posteriormente, ser aproveitada pela Empresa. Um está imbricado no outro, vez que só se há dentro no mercado de trabalho profissional qualificado ou, com outras palavras: no atual mercado competitivo, a empresa só contrata o empregado qualificado (NETO, 2009, p. 67). Cabe ao Estado a função de fiscalizar as empresas para que reservem as cotas e contratem aprendizes, além de garantir os direitos trabalhistas, como Carteira de Trabalho assinada, Contrato de Aprendizagem por escrito, entre outros, uma vez que, conforme Bignami (2013, p. 126), “Todos esses quesitos são verificados pelo auditor fiscal do trabalho tanto no momento inicial de exigência do cumprimento da cota quanto no momento da execução do contrato de trabalho”, e: Neste sentido à empresa é atribuída a responsabilidade social como fundamento decisivo para a efetivação de um dos direitos essenciais aos jovens e adolescentes: o direito à profissionalização, tal como estabelece tanto a Constituição Federal de 1988 com o Estatuto da Criança e do Adolescente em seu Capítulo V. Esta necessidade ressalta a inserção da empresa em um contexto mais humanista, cujas preocupações sociais devem reverter em benefício para toda a sociedade (MEDEIROS, 2016, p. 137). Para o doutrinador Bignami (2013), além dos jovens, as empresas também são beneficiadas com o ingresso desses no mercado de trabalho por ser uma: [...] maneira de esse adolescente se preparar e de a própria empresa buscar quadros melhores e investir, desde o início da formação, num trabalhador que certamente agregará valor a essa empresa. A aprendizagem ajuda a modernizar os meios de produção; ajuda, inclusive, a garantir à empresa maior flexibilidade, pois ela conta, desde o início, com a formação desse adolescente e, de certa forma, melhora a qualidade dos produtos e dos próprios serviços prestados a toda a sociedade. Já para o adolescente, além de ser naturalmente um direito, que consta da legislação toda de proteção, é a grande oportunidade que esse adolescente tem de entrar no mercado de trabalho tanto com uma formação teórica quanto com uma formação prática no próprio ambiente de trabalho. Então, é essencial a aprendizagem tanto para a empresa quanto para o adolescente como também para a própria sociedade (BIGNAMI, 2013, p. 123). O município de Iguatu é considerado como principal polo econômico da região centro-sul do estado do Ceará, onde nos anos 60,70 e 80 foi um importante centro de produção de algodão. Já agora em pleno século XXI, se destaca pelo ramo moveleiro, calçados e outros serviços que progridem consideravelmente. Diante disso, algumas empresas aderiram este programa para possibilitar a entrada do jovem no mercado de trabalho e, de modo que este possa ter sua primeira experiência profissional. Segundo o SENAC (2021), a política pública Jovem Aprendiz foi adotada pelas empresas da referida cidade por volta do ano 2002, tendo alcançado um número de aproximadamente 2500 jovens. Em que muitos destes jovens ainda continuam colaborando nas empresas as quais foram contratados e alguns até em cargos como de gerência, supervisão, administração, dentre outros. Os Cursos de Aprendizagem serão sempre ministrados por entidades qualificadas em formação-profissional, tendo tais entidades a função de elaborar o plano de curso e efetuar a inscrição por meio do formulário disponível na página eletrônica do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Conforme o Decreto Federal no 5.598/2005: Art. 8o Consideram-se entidades qualificadas em formação técnico-profissional metódica: I - Os Serviços Nacionais de Aprendizagem, assim identificados: a) Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAI; b) Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial - SENAC; c) Serviço Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR; d) Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte -SENAT; e e) Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo SESCOOP; (BRASIL, Lei no 5.598/05). 4.4 Perfil dos Jovens Aprendizes no município de Iguatu-CE Com relação a idade, segue o gráfico 1 abaixo onde apresenta a faixa etária dos jovens ativos ao programa. Gráfico 1 - Idade dos aprendizes Como pode ser observado, apesar da variação a faixa etária está entre 17 e 24 anos, embora na política pública tenha a especificação de idade para contratação dos jovens a partir de 14 anos. Algumas empresas justi ficam que essa faixa etária é a mais ideal por atuar com um aprendiz mais maduro, mais passível de ser moldado a empresa e posteriormente ser contratado. Ainda mais por não existir a contratação de pessoas menores de 18 anos acabam excluindo essas e contratando as maiores de 18 anos. 50%50% FAIXA ETÁRIA 14 a 17 anos 17 a 20 anos 20 a 24 anos Gráfico 2 - Escolaridade dos aprendizes Como visto no gráfico acima, 50% dos jovens se encontram no ensino medio e aproximadamente 21% no ensino supeior e 29% no tem apenas o ensino funfamental. Gráfico 3 - Satisfação dos jovens com o programa 29% 50% 21% ESCOLARIDADE Fundamental Medio supeior 50%50% SATISFAÇÃO OTIMO BOM RUIM Com relação a satisfação dos jovens em relação ao programa Jovem Aprendiz, pode-se observar que todos se sentem satisfeito, em poder estar participando de um programa que vos prepara para o mercado de trabalho. 4.5 Empresas do município de Iguatu-CE que aderiram ao programa Jovem Aprendiz Nesse tópico será abordado sobre algumas das empresas que fizeram adesão ao programa jovem aprendiz, iremos discorrer sobre a função de cada uma no mercado. A empresa Arroz Caseiro, que tem como razão social Industria de Beneficiamento de Arroz Antunes Ltda., fundada em 15-04-1988, tem como atividade principal o beneficiamento do arroz. Distribuidora Iguatuense de alimentos Ltda., fundada em 29 de outubro de 2008, atua na área de comercio atacadista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios. Icavel Iguatu Cavalcante Veículos Ltda., fundada em 26 de março de 1991, atua na área comercial de automóveis, camionetese utilitários novo na cidade de Iguatu – Ce (matriz), sendo a única concessionária Fiat autorizada. A empresa kanto da Moda que tem como razão social Kdm artigos de vestuário Eireli, atua na área do comercio varejista de artigos de vestuário e a acessórios, possui 23 lojas físicas no estado do Ceara, Piauí e Rio Grande do Norte, foi fundada em 04 de julho de 2008. A quantidade de aprendizes em cada empresa irá variar de acordo com o total de funcionários em cada instituição. Pois, é delimitado um total de porcentagem para se contratar de acordo com a quantidade de funcionários. Assim, empresas grandes tendem a ter muitos aprendizes, já empresas de médio porte com 25 funcionários por exemplo tendem a ter 2 aprendizes. Lei exige um contrato formal. O artigo 428 da CLT estabelece que o contrato de aprendizagem é o acordo de trabalho especial, ajustado por escrito e por prazo determinado não superior a dois anos, durante os quais o empregador se compromete a assegurar ao aprendiz, inscrito em programa de aprendizagem, formação técnico-profissional metódica compatível com o seu desenvolvimento físico, moral e psicológico. Em contraponto, o aprendiz se compromete a executar com zelo e diligência as tarefas necessárias a essa formação (BRASIL, 1943). Para validar este contrato, por força do §1º, do artigo 428 da CLT, existe a obrigatoriedade da anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) e de o aprendiz estar matriculado e ter frequência comprovada na escola, caso não tenha concluído o Ensino Fundamental. Além disso, é necessária sua inscrição em programa de aprendizagem, desenvolvido sob a orientação de entidade qualificada em formação técnico-profissional metódica (BRASIL, 1943). O programa jovem aprendiz no município de Iguatu-CE segue as mesmas determinações prevista na descrição da Lei do Aprendiz. O órgão competente pela realização deste programa na cidade é o SENAC (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial), que se encontra incluso nas instituições do Sistema S (PROGRAMAS DO GOVERNO, 2018). É importante ressaltar que este oferece o curso gratuitamente ao jovem assim como o material didático e fardamento pois, se enquadra no Programa Senac de Gratuidade (PSG) que é destinado as empresas contribuintes da instituição. O SENAC faz parceria com as empresas que aderem ao programa, onde as empresas fazem o recrutamento do jovem para participar da seleção e, com a aprovação é posteriormente direcionado ao SENAC (LUZ, 2015). O SENAC atua no ramo da aprendizagem há mais de 18 anos, onde desde meados de 2002 tem transformado a vida de milhares de jovens. Em que alguns destes jovens já ocupam cargos importantes dentro da empresa a qual foram contratados. Ou seja, o jovem é contratado como aprendiz e, no final do seu contrato é contratado como funcionário da loja onde essa passa pelo plano de carreira subindo de função dentro da empresa. 5 METODOLOGIA Essa seção busca apresentar os caminhos metodológicos que deverão ser percorridos para execução da pesquisa em questão. A metodologia utilizada para o levantamento dos dados primários pautou- se pelo uso da técnica de inquirição por entrevista, “uma das técnicas de coleta de dados mais utilizada no âmbito das ciências sociais” (Gil, 2008, p. 109). O estudo de campo caracteriza-se pelas investigações efetuadas por meio da coleta de dados junto as pessoas, somando à pesquisa bibliográfica e documental. Gonçalves 2001, explica de forma mais sucinta que é o tipo de pesquisa que procura buscar a informação diretamente com a população pesquisada. Nesse caso, o pesquisador precisa ir ao espaço onde o fenômeno ocorre ou ocorreu e reunir um conjunto de informações a serem documentadas. 5.1 Classificação da pesquisa A abordagem utilizada na pesquisa é qualitativa, visando o aprofundamento da compreensão de um grupo social, procurando entender e interpretar determinados comportamentos, bem como, a opinião e as expectativas dos indivíduos de uma determinada comunidade. Metodologicamente, além de estudo bibliográfico e documental, este estudo se qualifica como um estudo de caso, onde pretende-se por intermédio de uma pesquisa de campo, aplicação de questionário, executar uma pesquisa de cunho básico e abordagem qualitativa e quantitativa. Os procedimentos metodológicos como caminho a ser seguido numa atividade de pesquisa científica podem ser classificados quanto aos objetivos gerais, à abordagem e à estratégia a ser empregada (SEVERINO, 2007 e GIL 2010). 5.2 Área e sujeitos do estudo Área de estudo é o estado do Ceará, é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Está situado no norte da Região Nordeste e tem por limites o Oceano Atlântico a norte e nordeste, Rio Grande do Norte e Paraíba a leste, Pernambuco ao sul e Piauí a oeste. Fonte: Figura 1 adaptada do site Wikipédia Fonte: Figura 2 adaptada do site Wikipédia Microregião do município de Iguatu-Ce Fazendo parte da área de estudo o município de Iguatu-CE localizado na região centro-sul do estado e nordeste do país com 103.255 mil habitantes, área https://pt.wikipedia.org/wiki/Unidades_federativas_do_Brasil https://pt.wikipedia.org/wiki/Unidades_federativas_do_Brasil https://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil https://pt.wikipedia.org/wiki/Regi%C3%A3o_Nordeste_do_Brasil https://pt.wikipedia.org/wiki/Oceano_Atl%C3%A2ntico https://pt.wikipedia.org/wiki/Norte https://pt.wikipedia.org/wiki/Nordeste https://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_Grande_do_Norte https://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_Grande_do_Norte https://pt.wikipedia.org/wiki/Para%C3%ADba https://pt.wikipedia.org/wiki/Leste https://pt.wikipedia.org/wiki/Pernambuco https://pt.wikipedia.org/wiki/Sul https://pt.wikipedia.org/wiki/Piau%C3%AD https://pt.wikipedia.org/wiki/Oeste total de 1.029 km² segundo a pesquisa realizada pelo Banco do Nordeste (BNB) em 2018 e com Índice de Desenvolvimento Humano (IDHM) de 0,677 segundo dados do PNUD/2010. E também as respectivas empresas localizadas na cidade de Iguatu, Arroz Caseiro, Distribuidora Iguatuence, Serveletrica, Kdm, Icavel e Supermercado Alexandre. A escolha da área se justifica pela circunstância da pesquisadora ser beneficiária deste programa neste município onde é o mesmo a qual reside, facilitando a obtenção de dados para pesquisa bem como a exposição de resultados para benefício do município em questão. Este estudo tem como sujeitos de estudo os jovens e empresas que aderiram ao Programa Jovem Aprendiz no município de Iguatu- CE. As empresas são: Arroz Caseiro, Distribuidora Iguatuense, Icavel Iguatu, Kanto. 5.3 Tipo de coleta e análise dos dados A coleta de dados para estruturação do estudo de caso ocorreu através de diversas fontes, iniciou-se com uma pesquisa bibliográfica para desenvolver os primeiros objetivos. Mas para atender os demais objetivos do trabalho foi realizado um levantamento de dados, para podermos abordar melhor o contexto do programa jovem aprendiz no município de Iguatu-CE. Para a coleta dos dados socioeconômicos dos jovens, foi realizado entrevistas com jovens que participam ativamente do programa em questão. Também foi elaborado um questionário com questões fechadas e abertas. O questionário foi aplicado por meio de formulário eletrônico aos que participam atualmente do programa Jovem Aprendiz. O questionário é composto por um cabeçalho onde foi solicitado: nome, idade e escolaridade, e posterirormente os jovens respondem a 6 perguntas relacionadas ao programa Jovem Aprendiz e as empresas nas quais os mesmos fazem parte. O tipo de entrevista utilizada foi a semiestruturada, que torna o diálogo mais flexível para o entrevistado deixando-o livre para discorrer sobre determinadas respostas além de serem introduzidas perguntas viáveis na conversa na medida em que iam surgindo dúvidas e curiosidades (SEVERINO, 2007). Quadro1 - Coleta de dados e análise relacionada a cada objetivo OBJETIVOS COLETA DE DADOS TIPO DE ANÁLISES Identificar a influência socioeconômica acerca da implantação do Programa Jovem Aprendiz no estado do Ceará. Pesquisa Bibliográfica Análise de bibliográfica Contextualizar conceitos e histórico acerca do tema políticas públicas com ênfase no Programa Jovem Aprendiz no Brasil; Pesquisa Bibliográfica Análise de bibliografias Caracterizar a atuação do Programa Jovem Aprendiz no município de Iguatu - CE; Entrevista e questionários Análise descritiva e estatística. 5.4 Aspectos éticos da pesquisa Este trabalho segue as regras contidas na resolução nº 510, de 7 de abril de 2016, do Conselho Nacional de Saúde, que apresenta as normas e regulamentos acerca de pesquisas realizadas com seres humanos (BRASIL, 2016). Os sujeitos da pesquisa foram submetidos, antes de responderem ao questionário, a um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE, seguido de um convite para participarem do questionário, aqueles que consentiram sua participação e responderam às perguntas que foram tratadas com total confidencialidade. A maioria dos jovens pensam sobre o programa, que ele abre portas para o mercado de trabalho e ainda para quem planeja ingressar na faculdade. O que gera uma reflexão de Santos et al, 2006 sobre a relação pura nas sociabilidades, na qual há um grau de compromisso, de reciprocidade e de confiança, sendo essa relação um processo de escolha, e não de obrigação ou imposição. Proporcionando assim ao jovem aprendiz novas vivências sociais e experiências no ambiente de trabalho. 6 CRONOGRAMA DE ATIVIDADES ETAPAS Maio Junho Julho Agosto Setembro Definição tema de pesquisa x Revisão literatura x Definição da problemática, objetivos e justificativa X Estrutura referencial teórico X Consolidação objetivo I X Metodologia da pesquisa X Redação do relatório parcial 7 CONSIDERÇÕES FINAIS A Lei da Aprendizagem é um benefício na vida dos jovens, pois auxilia a inserção dos jovens no mercado de trabalho. Além de ganharem salário, sentem- se dignos, de acordo com Medeiros (2016): Os adolescentes beneficiados pela Lei do Aprendiz têm direito a praticar uma atividade que permita ganharem sua própria subsistência e com isso alcançarem dignidade, autor realização e reconhecimento social como seres produtivos (MEDEIROS, 2016, p. 21). Baron (2009), por fim, traz a importância do primeiro emprego e os reflexos na vida dos jovens, dado que: A ética do trabalho e experiência do primeiro emprego darão aos adolescentes fundamentos de autoafirmação pessoal e social. A esfera do cotidiano do trabalho contribui para despertar nele o conceito de responsabilidade, disciplina, compromisso, respeito à individualidade do outro e as regras de comportamento (BARON, 2009, p. 163). Com a ajuda necessária e uma orientação de qualidade, os jovens se sentirão seguros a ingressarem no mercado de trabalho. Encontra-se elencado no artigo 4º do Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA: Art. 4° - É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária (BRASIL, 1990, texto digital). A inclusão no âmbito profissional, na condição de aprendiz, proporciona amadurecimento, prática e, principalmente, responsabilidade profissional e pessoal. O Contrato de Aprendizagem sofreu alterações para maior proteção dos aprendizes, ressaltando que o uso do Contrato de Aprendizagem deve ser uma exceção, uma vez que se precisa sempre proteger a infância, ressaltando que o trabalho infantil é extremamente proibido, a não ser em situações excepcionais como para a aprendizagem. Os jovens se sentem dignos quando conseguem prover o seu próprio sustento. Para que o jovem se sinta seguro e confiante, é essencial a participação da família, da sociedade e do poder público ao ingressar no primeiro emprego. Ao contratarem jovens aprendizes, as empresas demonstram a sua responsabilidade social, possibilitando a capacitação e ocupação de jovens, uma vez que esse programa ajuda a combater o trabalho infantil e a evasão escolar. Com o intuito de compreender os efeitos obtidos desta política, com um olhar mais específico e criterioso, o presente estudo buscou identificar os resultados desta política pública a partir de um estudo realizado no município de Iguatu-Ce. Compreendendo também o contexto no qual este estudo se encontra inserido. Com os resultados que foram obtidos e apresentados, pode-se concluir que a política pública se mostra eficiente tanto na adesão dos jovens no mercado de trabalho, quanto na diminuição na taxa de desemprego entre o mesmo. Como descrito na lei, a empresa tem acatado e aberto oportunidades aos jovens para terem sua primeira experiência com o mercado de trabalho. Além de ser perceptível que este programa se mostra favorável a geração de empregos e consequentemente na geração de renda entre os jovens, fazendo com que este cada dia consigam atingir seus objetivos profissionais e pessoais beneficiando assim tantos os jovens como as empresas que fazem adesão ao Programa Jovem Aprendiz. Não podemos deixar de abordar o impacto positivo na economia local, visto que gera novas fontes de renda, além de garantirem subsistência e inserção no mercado de trabalho dos sujeitos, promovem o movimento do comércio local, desenvolvimento das empresas e de profissionais cada vez mais capacitados para atuarem no mercado. Por fim espera-se que o estudo possa contribuir de forma positiva para o desenvolvimento de novas pesquisas sobre o estudo, bem como a divulgação desse programa para aqueles que ainda não tem nenhum conhecimento sobre o mesmo. REFERÊNCIAS ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 14724: Informação e documentação. Trabalhos Acadêmicos - Apresentação. Rio de Janeiro: ABNT, 2002. ANDRADE, J.M.; SANTOS, K.K; JESUS, G.S. O Programa Jovem Aprendiz e sua importância para os jovens trabalhadores. Interfaces Científicas-Direito, v. 4, n. 2, p. 45-54, 2016. AMAZARRAY, Mayte Raya et al. Aprendiz versus trabalhador: adolescentes em processo de aprendizagem. Psicologia: teoria e pesquisa. Brasília. Vol. 25, n. 3 (jul./set. 2009), p. 329-338., 2009. AMABILE, Antônio, Dicionário de políticas públicas / Organizadores: Carmem Lúcia Freitas de Castro, Cynthia Rúbia Braga Gontijo, Barbacena: Ed UEMG, 2012. BOURDIEU, Pierre. 1983. Questões de sociologia. Rio de Janeiro: Marco Zero. 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