Buscar

tcc jovem aprendiz

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 35 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 35 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 35 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI – URCA 
CENTRO DE ESTUDOS SOCIAIS APLICADOS – CESA 
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS – CURSO DE ECONOMIA 
 
 
 
 
 
FERNANDA FABIANA DE OLIVEIRA GOMES 
 
 
 
 
 
UM ESTUDO SOCIOECONÔMICO ACERCA DA IMPLANTAÇÃO DO 
PROGRAMA JOVEM APRENDIZ NO MUNICIPIO DE IGUATU ESTADO 
CEARÁ 
 
 
 
 
 
 
IGUATU – CEARÁ 
2022 
FERNANDA FABIANA DE OLIVEIRA GOMES 
 
 
 
 
 
 
 
UM ESTUDO SOCIOECONÔMICO ACERCA DA IMPLANTAÇÃO DO 
PROGRAMA JOVEM APRENDIZ NO MUNICIPIO DE IGUATU ESTADO 
CEARÁ 
 
 
 
 
 
 
 
Projeto de Pesquisa apresentado ao 
curso de Ciências Econômicas da 
Universidade Regional do Cariri – 
URCA, como requisito para aprovação 
da disciplina de Técnicas de Pesquisa 
Econômica, elaborado sob a orientação 
da Profª. Me. Altamira Vicente dos 
Santos. 
 
IGUATU – CEARÁ 
2022 
RESUMO 
 
 A Lei n° 10.097/2000 e regulamentada em 1° de dezembro de 2005 pelo Decreto 
nº. 5.598/2005 mais conhecida como Lei da Aprendizagem, que introduziu a 
figura do jovem aprendiz, surgiu com o objetivo de incentivar as empresas a 
gerarem novas formas de renda, facilitando o processo de adesão dos jovens no 
mercado de trabalho, assim como favoreceu o aquecimento da economia local 
com a diminuição do número de desempregados. Esta pesquisa teve como 
objetivo identificar a influência socioeconômica acerca da implantação do 
Programa Jovem Aprendiz no município de Iguatu no estado do Ceará. A 
participação de jovens e adolescentes nas práticas produtivas dos grupos 
sociais, para isso foi criada a lei do jovem aprendiz que concilia o trabalho com 
educação. Sendo as empresas que os contratam exercem papel essencial que 
é o da responsabilidade social. A Lei da Aprendizagem, como política pública, 
foi concebida para regular a formação técnico-profissional metódica de 
adolescentes e jovens, desenvolvida por meio de atividades teóricas e práticas. 
Os resultados da pesquisa permitiram concluir que o programa da aprendizagem 
pode suprir as dificuldades iniciais de inserção. Como política pública, é quesito 
que deveria passar por mudanças para melhorar sua abrangência. Uma vez 
instituída, poderá garantir a formação do aluno e contribuir com a sua inserção 
no mercado de trabalho. 
 
PALAVRAS-CHAVES: Jovens; Politica Publica; Trabalho; Programa Jovem 
Aprendiz. 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
Law No. 10.097/2000 is regulated on December 1, 2005 by Decree No. 
5,598/2005, better known as the Apprenticeship Law, which introduced the figure 
of the young apprentice, emerged with the objective of encouraging companies 
to generate new forms of income, facilitating the process of young people joining 
the labor market, as well as favoring the of the local economy with the decrease 
in the number of unemployed. This research aimed to identify the socioeconomic 
influence on the implementation of the Young Apprentice Program in the 
municipality of Iguatu in the state of Ceará. The participation of young people and 
adolescents in the productive practices of social groups, for which the Young 
Apprentice Law was created, which reconciles work with education. The 
companies that hire them play an essential role, which is social responsibility. 
The Apprenticeship Law, as a public policy, was conceived to regulate the 
methodical technical-professional training of adolescents and young people, 
developed through theoretical and practical activities. The research results 
allowed us to conclude that the learning program can overcome the initial 
difficulties of insertion. As a public policy, it is a question that should undergo 
changes to improve its scope. Once instituted, it will be able to guarantee the 
student's training and contribute to their insertion in the job market. 
 
KEYWORDS: Young people; Public policy; Job; Young Apprentice Program. 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 6 
2 OBJETIVOS ................................................................................................................ 8 
2.1 Objetivo Geral .......................................................................................................... 8 
2.2 Objetivos Específicos ............................................................................................. 8 
3 JUSTIFICATIVA.......................................................................................................... 9 
4 REFERENCIAL TEÓRICO .................................................................................. 10 
4.1 Políticas Públicas .............................................................................................. 10 
4.2 Programa Jovem Aprendiz .............................................................................. 15 
4.3 A importância social da empregabilidade do menor aprendiz nas empresas 
de Iguatu - CE .............................................................................................................. 18 
4.4 Perfil dos Jovens Aprendizes no município de Iguatu-CE ............................. 21 
4.5 Empresas do município de Iguatu-CE que aderiram ao programa Jovem 
Aprendiz ........................................................................................................................ 23 
5 METODOLOGIA ................................................................................................... 25 
5.1 Classificação da pesquisa ................................................................................... 25 
5.2 Área e sujeitos do estudo .................................................................................... 25 
5.3 Tipo de coleta e análise dos dados.................................................................... 27 
5.4 Aspectos éticos da pesquisa............................................................................... 28 
6 CRONOGRAMA DE ATIVIDADES........................................................................ 30 
7 CONSIDERÇÕES FINAIS ...................................................................................... 31 
REFERÊNCIAS............................................................................................................ 33 
 
 
INTRODUÇÃO 
A presente pesquisa aborda a importância de se realizar um estudo 
socioeconômico acerca da implantação do programa jovem aprendiz no 
município de Iguatu no estado do Ceará, relatando em sua construção os reais 
e diversos avanços pelo qual vem passando a sociedade, tendo como reflexos 
as diferentes características e influências geradas pelo mercado de trabalho. 
Com os atuais avanços científicos e tecnológicos, constata-se que muitas 
das mudanças geradas por estes acabam refletindo nos modos de produção de 
bens materiais e na organização da sociedade. 
Em um mundo bastante instável e complexo, com o avanço cada vez mais 
intenso da tecnologia e a diminuição das fronteiras globais, as organizações 
necessitam de profissionais altamente qualificados, que estejam prontos e 
abertos para a inovação e mudança e que sejam mais que colaboradores, um 
diferencial competitivo que a organização detém. 
O referido trabalho aqui abordado tem como tema um estudo 
socioeconômico acerca da implantação do programa jovem aprendiz no 
município de Iguatu no estado Ceará, onde busca-se com esse trabalho observar 
a importância do programa para economia do estado. A metodologia utilizada 
para realização deste trabalho foi a pesquisa bibliográfica. Para que fosse 
possível desenvolver esse trabalho, utilizou-se contribuições de autores e a 
leitura de artigos relacionados ao tema em questão. 
Para atender essas necessidades de qualificação da mão de obra, o 
programa de aprendizagem é responsável pela inserção de jovens no mercado 
de trabalho, capacitando-os através de formação técnico-profissional e dando a 
oportunidadedesses jovens aplicarem o conhecimento teórico na prática de 
suas vivências na empresa, oferecendo assim uma força de trabalho capacitada. 
Com o cumprimento da Lei Nº 10097/2000 (lei da aprendizagem), as empresas 
estão além da obediência a uma exigência legal, assumindo uma 
responsabilidade social na promoção da cidadania. 
A Lei do Jovem Aprendiz é uma resposta positiva para os jovens, pois 
concilia a prática dentro das organizações, com a formação teórica e profissional. 
É uma solução completa e rica em experiências, assim, contribui no combate da 
violência, mantém o jovem na formação escolar. E além disso auxilia na renda 
familiar, melhora a distribuição de renda, fortalece a política pública de inclusão 
juvenil, forma profissionais de acordo com seu curso desenvolvido e promove a 
responsabilidade social nas empresas (ANDRADE et al., 2016). 
A política pública dedica-se ao método de construir e atuar decisões 
políticas. No entendimento de Secchi (2013, p. 2), “é uma diretriz elaborada para 
enfrentar um problema público. ” Dentro desse contexto, vale ressaltar que, para 
resolver um problema público, precisa-se examinar a realidade para assim atingir 
uma perspectiva ideal. A política pública tem um papel significativo em todos os 
setores de uma economia, visto que, através dela, o Estado implanta o projeto 
governamental com ações voltadas para determinados setores da sociedade, 
visando trazer melhoras e resultados positivos. 
 Para que o projeto possa ser realizado, é envolvida uma diversidade de 
órgãos públicos, sistemas organizacionais e agentes relacionados. As políticas 
públicas são aqui compreendidas como as de responsabilidade do Estado, já 
sua implementação e manutenção necessitam de um processo de tomada de 
decisões que envolvem órgãos públicos e diferentes organismos e agentes da 
sociedade relacionados à política implementada (HOFLING, 2001). 
O Estado tem um papel indispensável na economia, especialmente como 
defensor da ordem social, mediante o sistema institucional e jurídico, 
concedendo a liberdade para efetivar contratos, a propriedade privada dos meios 
de produção, dentre outras garantias para tornar o sistema capitalista existente 
e sustentado (SILVA, 2015). 
 
2 OBJETIVOS 
2.1 Objetivo Geral 
Identificar a influência socioeconômica acerca da implantação do 
Programa Jovem Aprendiz no município de Iguatu no estado do Ceará. 
2.2 Objetivos Específicos 
Contextualizar conceitos e histórico acerca do tema políticas públicas com 
ênfase no Programa Jovem Aprendiz no Brasil; 
Caracterizar a atuação do Programa Jovem Aprendiz no município de 
Iguatu - CE; 
Verificar limites e possibilidades do desenvolvimento socioeconômico na 
atuação do Programa Jovem Aprendiz no município de Iguatu - CE 
 
3 JUSTIFICATIVA 
Diante de todos os fatores mencionados e buscando identificar a 
influência socioeconômica acerca da implantação do Programa Jovem Aprendiz 
no estado do Ceará, esse estudo é importante na vertente acadêmica mediante 
ser pouco explorado, enriquecendo as pesquisas relacionadas ao tema. 
Na vertente social, esse estudo se justifica por mostrar, também, a 
importância da responsabilidade social das empresas com relação ao jovem 
aprendiz e inclusão dos jovens no mercado de trabalho. Diante das grandes 
políticas públicas existente de proteção ao jovem e somando a necessidade de 
analisar a eficácia das mesmas, focamos em avaliar mais precisamente o 
programa Jovem através de informações que nos direcionassem para a 
realidade no ambiente de trabalho, sua satisfação com o programa e seu 
reconhecimento diante das atividades prestadas à empresa. 
Em relação as questões econômicas, sabe-se que o Programa além de 
inclusão, gera uma renda para os jovens, além dos mesmos contribuírem na 
lucratividade empresarial, além de ser reconhecida como uma empresa que 
cria oportunidades para jovens aprendizes é algo que vai impactar 
positivamente a imagem da sua marca no mercado e trazer inúmeros 
benefícios. 
 
4 REFERENCIAL TEÓRICO 
4.1 Políticas Públicas 
No início do mandato do Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, 
foi concretizada a Lei 11.129, que estabeleceu a criação do Conselho Nacional 
da Juventude (CONJUVE), com intuito de consolidar os programas voltados para 
os jovens e estudos destinados acerca da realidade socioeconômica juvenil. Em 
2003, surgiram as primeiras políticas voltadas para o ingresso do jovem ao 
primeiro emprego, como o Programa Nacional de Estímulo ao Primeiro Emprego 
(PNPE), que, de acordo com o Guia de Políticas Públicas da Juventude, foi 
criado para reforçar a qualificação profissional e a inserção do jovem no 
mercado de trabalho (BRASIL, 2006). O PNPE teve origem em outubro de 2003, 
através da Lei 10.748. 
A Lei destacou a necessidade da participação da sociedade para a 
efetivação de políticas de geração de trabalho e renda. Foi uma política 
fundamental por ter uma série de ações desenvolvidas para gerar empregos e 
dar suporte ao jovem em sua inserção no mercado de trabalho. “Observou-se 
maior percepção a respeito do exercício da cidadania de parte da população 
beneficiada, considerando-se o comprometimento da estratégia de inclusão 
social com emancipação social, política e econômica da população-alvo” 
(POCHMANN, 2004, p. 396).11Entrou em vigor em 2005 para formulação de 
diretrizes voltadas para políticas para juventude. 
Para introduzir a juventude no mercado de trabalho, ou seja, no mundo dos 
adultos, deve-se saber que nenhuma criança ou adolescente vai à escola com o 
intuito de adquirir apenas conhecimentos técnicos e científicos (ALVES, 2011). 
Castro, Aquino e Andrade (2009) faz uma análise quanto ao ingresso dos 
jovens no mercado de trabalho e afirma que o investimento em educação foi uma 
resposta do Estado para fornecer conhecimento e capacitação às novas 
gerações. Predomina o entendimento de que os jovens não precisam entrar 
precocemente no mundo do trabalho, devendo se concentrar em estudar. Para 
muitos, no entanto, a educação não é tão necessária e uma parcela dos menores 
se concentra no desempenho de tarefas com retribuição pecuniária. Pode-se 
concluir, portanto, que existem duas juventudes: aquela que se prepara para a 
vida adulta por meio da educação e outra que, como parte do proletariado, 
sequer é vista como jovem. 
Com o PNPE surgiu a Lei Aprendiz Legal (10.097/2000) que apresentou 
diversas exigências definidas em contrato. O empregador precisava se 
comprometer a dar todo suporte e oportunidade para jovens inscritos 
no programa de aprendizagem. 
A aprendizagem foi definida como o contrato de trabalho 
especial, ajustado por escrito e por prazo determinado, em que 
o empregador se compromete a assegurar ao maior de quatorze 
anos e menor de dezoito anos, inscrito em programa de 
aprendizagem, formação técnico-profissional metódica, 
compatível com o seu desenvolvimento físico, moral e 
psicológico, e o aprendiz, a executar, com zelo e diligência, as 
tarefas necessárias a essa formação.(COELHO, 2001, p. 212) 
 
A Carta Magna de 1988 e a Declaração Universal dos Direitos Humanos 
de 1948 são outros dispositivos da legislação nacional e internacional. 
Apresentam a educação como um elemento basilar dos direitos humanos mais 
essenciais. Ainda que todos os direitos fundamentais sejam igualmente 
importantes e inalienáveis, o direito à educação é reconhecidamente primordial, 
pois permite que cada pessoa conheça, acesse e usufrua de seus direitos 
(BARROSO, 2005, p. 746). 
A segurança do direito à educação, portanto, é condição imprescindível à 
garantia de outros direitos. Embora não seja suficiente ter acesso à escola, é 
necessário permanecer nela durante tempo suficiente e capaz de cumprir a 
formação adequada à cidadania e, ainda, garantir uma oportunidade de 
ingressarno mercado de trabalho de forma protegida. A Constituição Federal de 
1988 em seu artigo 227 consigna que é dever do Estado, família e sociedade 
tratarem o jovem e o adolescente com absoluta prioridade e expressamente 
estabelece que: 
Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar 
à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, 
o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à 
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à 
liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-
los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, 
exploração, violência, crueldade e opressão (BRASIL, 1988). 
Nesse sentido, a aprendizagem, concomitantemente com a oportunidade 
de trabalho para os jovens, pode representar um grande avanço na proteção dos 
adolescentes, conforme a Constituição Federal de 1988 e a respectiva legislação 
protetiva, ECA e o Estatuto da Juventude, que tratam do tema, especificamente 
no que se refere à exploração do trabalho. 
Entre 1970 e 2000, muitas iniciativas em prol da formação 
profissional se desenvolveram em um cenário de intensificação 
da globalização e pelo desenvolvimento da Constituição de 88, 
que passa a considerar a qualificação como um direito do 
cidadão, isso devido às pressões sindicais e de diferentes 
movimentos populares. No entanto, novos retrocessos surgem 
em meados da década de 1990, pois a política neoliberal 
brasileira inicia um devastador corte nos investimentos em 
saúde, infraestrutura e educação, refletindo diretamente nos 
projetos de qualificação profissional (MOURA, 2018, p. 27) 
Para a definição de políticas públicas existem inúmeros conceitos que 
podem servir para definir o termo. O que é mais frequentemente aceito, pode ser 
traduzido na efetivação da representação legal das ações de um governo 
perante a sociedade, ou seja, referem-se a um conjunto de medidas legais 
oferecidas à sociedade, nas quais são desenvolvidos programas, são 
executados planos e projetos com fins de melhoria em diversos setores. O 
Dicionário Político afirma que: 
Políticas públicas são decisões que envolvem questões de ordem 
pública com abrangência ampla e que visam à satisfação do 
interesse de uma coletividade. Podem também ser 
compreendidas como estratégias de atuação pública, 
estruturadas por meio de um processo decisório composto de 
variáveis complexas que impactam na realidade. São de 
responsabilidade da autoridade formal legalmente constituída 
para promovê-las, mas tal encargo vem sendo cada vez mais 
compartilhado com a sociedade civil por meio do desenvolvimento 
de variados mecanismos de participação no processo decisório. 
(AMABILE, 2012, p 390) 
As políticas públicas de acordo com Amabile, “influenciam e são 
influenciadas por valores e ideais que orientam a relação entre Estado e a 
sociedade”. Com essa perspectiva, grupos organizados se revezam como 
condicionantes dessas variáveis, buscando sempre uma participação direta e 
indiretamente dos processos decisórios que sustentam as mesmas. 
Por esta razão, não se costuma definir antecipadamente quais seriam as 
finalidades principais das políticas públicas, senão de uma forma mais genérica, 
com opor exemplo, o atendimento do interesse da coletividade. Em (AMABILE, 
2012, p 391) afirma que, “O estudo das políticas públicas considera quatro 
etapas principais: formulação, execução, monitoramento e avaliação”. Para o 
autor, este esquema tem efeito didático, por permitir a visualização desde a 
inclusão da política pública na agenda governamental até a avaliação de sua real 
efetividade, porém, não reflete a improvisação caótica que normalmente marca 
as políticas públicas latino-americanas, passíveis de evolução que integram os 
esforços científicos à prática. 
As políticas públicas para juventude se apresentam como ações que 
visam desenvolver programas que atendam a demanda desta camada social, 
visto que o “Brasil tem cerca de 50 milhões de jovens com idade entre 15 e 29 
anos. Muitos deles demonstraram determinação em assegurar seus direitos”. 
(BRASIL, 2014). 
A política pública tem um papel significativo em todos os setores de uma 
economia, visto que, através dela, o Estado implanta o projeto governamental 
com ações voltadas para determinados setores da sociedade, visando trazer 
melhoras e resultados positivos. Para que o projeto possa ser realizado, é 
envolvida uma diversidade de órgãos públicos, sistemas organizacionais e 
agentes relacionados. As políticas públicas são aqui compreendidas como as de 
responsabilidade do Estado, já sua implementação e manutenção necessitam 
de um processo de tomada de decisões que envolvem órgãos públicos e 
diferentes organismos e agentes da sociedade relacionados à política 
implementada (HOFLING, 2001). 
 O Governo Federal afirma que está atento às demandas dessa parcela 
da população e que tem avançado com ações e políticas públicas voltadas para 
a juventude. No ano de 2013 foi sancionada a lei que instituiu o Estatuto da 
Juventude, onde, as principais novidades são o direito de estudantes a pagar 
meia passagem nos ônibus interestaduais e direito a meia entrada em atividades 
culturais para jovens de baixa renda (com renda familiar de até 2 salários 
mínimos). Em cada evento, os produtores poderão limitar em 40% o percentual 
de ingressos vendidos com desconto, para ambos os públicos. Os jovens de 
baixa renda e estudantes que estiverem além deste percentual não terão o 
direito. 
O Estado ou bem-estar social oferece restaurações que garantem uma 
melhor qualidade de vida para a população que possui maior vulnerabilidade 
social. De acordo com Vieira e Alves (1995, p. 17) “[...] deve dar atenção maior 
aos trabalhadores em situação de fragilidade. ” O Estado precisa passar para 
a população por meio de políticas pública suma proteção social e geração de 
oportunidades para que a sociedade consiga evoluir. O Estado tem um papel 
indispensável na economia, especialmente como defensor da ordem social, 
mediante o sistema institucional e jurídico, concedendo a liberdade para efetivar 
contratos, a propriedade privada dos meios de produção, dentre outras 
garantias para tornar o sistema capitalista existente e sustentado (SILVA, 
2015). 
As políticas públicas para juventude se apresentam como ações que 
visam desenvolver programas que atendam a demanda desta camada social, 
visto que o “Brasil tem cerca de 50 milhões de jovens com idade entre 15 e 29 
anos. Muitos deles demonstraram determinação em assegurar seus direitos”. 
(BRASIL, 2014) O Governo Federal afirma que está atento às demandas dessa 
parcela da população e que tem avançado com ações e políticas públicas 
voltadas para a juventude. No ano de 2013 foi sancionada a lei que instituiu o 
Estatuto da Juventude, onde, as principais novidades são o direito de estudantes 
a pagar meia passagem nos ônibus interestaduais e direito a meia entrada em 
atividades culturais para jovens de baixa renda (com renda familiar de até 2 
salários mínimos). 
No Brasil, foi sancionado em 05 de agosto de 2013, pela Presidente Dilma 
Rousseff, o Estatuto da Juventude, aprovado em julho pelo Congresso Nacional. 
Segundo (Brasil, 2013), “O estatuto trata dos direitos da população jovem entre 
15 a 29 anos, além de definir os princípios e diretrizes para o fortalecimento e a 
organização das políticas de juventude, em âmbito federal, estadual e 
municipal”. Desta forma, para as leis brasileiras a definição de juventude 
conforme o Capítulo 1 do Estatuto da juventude informa que, § 1o Para os efeitos 
desta Lei, são consideradas jovens as pessoas com idade entre 15 (quinze) e 29 
(vinte e nove) anos de idade. § 2o Aos adolescentes com idade entre 15 (quinze) 
e 18 (dezoito) anos aplica-se a Lei n o 8.069, de 13 de julho de 1990 - Estatuto 
da Criança e do Adolescente, e, excepcionalmente, este Estatuto,quando não 
conflitar com as normas de proteção integral do adolescente (Lei nº 12.852 de 
05/08/2013- Estatuto da Juventude) Nessa perspectiva, os jovens são todos os 
sujeitos que estão na faixa etária que compreende as idades entre quinze e vinte 
e nove anos, porém a Lei da aprendizagem descreve como jovem, todos que 
estão com idade entre quatorze e vinte e quatro anos. 
 Em cada evento, os produtores poderão limitar em 40% o percentual de 
ingressos vendidos com desconto, para ambos os públicos. Os jovens de baixa 
renda e estudantes que estiverem além deste percentual não terão o direito. Esta 
lei também estabelece acesso a direitos básicos, como justiça, educação, saúde, 
lazer, transporte público, esporte, liberdade de expressão e trabalho. De acordo 
com a secretária nacional da Juventude da época, Severine Macedo, o Estatuto 
foi uma conquista importante dos jovens, mas que ainda existem desafios. 
“Estamos caminhando para que essa política de juventude seja incorporada 
como política de Estado." (SNJ, 2014). 
Na área da educação, o Governo Federal desenvolveu políticas públicas 
que visam o acesso aos ensinos superior e técnico e também ao emprego com 
a criação de programas como: 
 Criado em 2011, o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e 
Emprego (Pronatec) já recebeu investimento de R$ 14 bilhões e, em fevereiro 
deste ano, ultrapassou 5,8 milhões de matrículas em todo o País. 
 As operações de crédito com o Fundo de Financiamento Estudanti l 
(Fies), por meio do Banco do Brasil e da Caixa, já promoveram a assinatura de 
760 mil contratos, com um investimento total aproximado de R$ 25 bilhões até o 
final de 2012. 
Em 2014, 400 mil bolsas do ProUni já foram ofertadas e 2,4 milhões de 
candidatos se inscreveram para o Sisu. 
4.2 Programa Jovem Aprendiz 
Os jovens buscam a inserção social por motivos de ordem moral e 
financeira. Compreendem que atingirão sua fase de desenvolvimento adulta, 
quando forem capazes de sustentar-se financeiramente. Grande parte desses 
jovens sofre diante do contexto social de desemprego que dificulta a inserção no 
mundo do trabalho e a assunção de novos papéis sociais (WICKERT, 2006). 
Nesse sentido, sabe-se que a “juventude” tem sido pauta de diversas 
discussões recentes, visto a complexidade de situações que envolvem essa 
categoria. Logo, falar sobre esse tema em um contexto histórico como o atual é 
trazer para o debate questões como educação, família, gênero, emprego, lazer, 
políticas públicas, no qual demandam os direitos sociais. 
Assim, para compreender a juventude é preciso a ciência de que estamos 
lidando com uma construção social que leva em consideração vários fatores, 
como: a territorialidade, as condições socioculturais na qual os jovens estão 
inseridos, as relações de classe, gênero, raça/etnia, e tantos outros. 
O Programa de Aprendizagem brasileiro possui todos os elementos de 
programas semelhantes que existem no mundo. Por definição, a expressão 
aprendizagem está atrelada a qualquer sistema no qual o empregador contrata 
um jovem trabalhador e se compromete a treiná-lo ou a direcioná-lo para uma 
instituição que vai oferecer esse treinamento durante um período pré-
determinado. Ao longo desse período de capacitação, esse aprendiz se 
compromete a trabalhar no negócio do empregador (ILO, 2012). 
O momento de entrada no mercado de trabalho é uma época de difícil 
transição. Atualmente, diferentes países sofrem com o desemprego e a baixa 
produtividade da parcela mais jovem de sua população. Portanto, nesse cenário, 
as iniciativas que oferecem emprego e treinamento para os jovens trabalhadores 
se tornaram o foco das políticas de diferentes países. 
O funcionamento do mercado de trabalho é desfavorável ao jovem. E isso 
é visível, principalmente, se tratando de um jovem sem experiência. Diante da 
constante presença de um excedente de mão-de-obra no mercado, o jovem 
encontra as piores condições de competição em relação aos adultos, tendo de 
assumir, na maioria das vezes, funções de qualidade inferior na estrutura das 
empresas. Todo esse cenário parte da necessidade em obter uma renda para 
sustentar as despesas familiares ou a própria sobrevivência, o que costuma 
comprometer a possibilidade de formação escolar e de se qualificar 
profissionalmente. 
Por Programa de Aprendizagem entende-se que: é um programa técnico 
profissional que prevê a execução de atividades teórica e práticas, sob a 
orientação de entidade qualificada em formação técnico-profissional-metódica, 
com especificação do público-alvo, dos conteúdos programáticos a serem 
ministrados. Precisam ter o período de duração, carga horária teórica e prática, 
mecanismos de acompanhamento, avaliação e certificação do aprendizado. 
Programa deve observar os parâmetros estabelecidos na Portaria MTE nº 615, 
de 13 de dezembro de 2007 (BRASIL, 2014). 
Em 1º de dezembro de 2005, surge a Lei de Aprendizagem, materializada 
pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) em 1943, e instituída através da 
Lei nº 10.097, de 19 de dezembro de 2000 e do Decreto nº 5.598, com o objetivo 
de atuar na promoção de mais e melhores oportunidades de trabalho, emprego 
e geração de renda para os jovens. 
A Lei se aplica para as empresas que se encontram nos moldes 
determinados pelo Ministério do trabalho e Emprego – MTE, onde é estabelecida 
a cota de jovens aprendizes de acordo com as funções que demandem a 
aprendizagem. 
 A partir desse momento, as empresas procuram as Entidades 
Qualificadoras, que podem ser: 
1-Serviços Nacionais de Aprendizagem (SNAs): 
 Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI); 
 Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC); 
 Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR); 
 Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (SENAT); 
 Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (SESCOOP). 
 2- As escolas técnicas de educação, inclusive as agro técnicas. 
3- As entidades sem fins lucrativos, que tenham por objetivos a assistência 
ao adolescente e à educação profissional, registradas no Conselho Municipal 
dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) (Artigos 429 e 430 da CLT). 
Com a intenção de orientar as entidades qualificadoras na elaboração de 
programas de aprendizagem, foi criado o CONAP, que tem o objetivo de: 
O Ministério do Trabalho e Emprego, por meio da Portaria nº 723 
de 2012, criou o Cadastro Nacional de Aprendizagem 
Profissional (CONAP) destinado ao cadastramento das 
entidades qualificadas em formação técnico-profissional 
metódica, definidas pelo Decreto nº 5.598 de 2005, que 
regulamenta a contratação e a formação profissional de 
aprendizes. (MTE, 2016). 
Além de estipular que todas as empresas são obrigadas a contratar e a 
matricular os jovens aprendizes em cursos dos Serviços Nacionais de 
Aprendizagem, esta Lei ainda proporciona aos maiores de 14 (quatorze) anos e 
menores de 24 (vinte e quatro) anos, e às pessoas com deficiência sem limite de 
idade, a conexão entre a Formação Profissional e a formalização de Contrato de 
Trabalho de natureza especial, ajustado por escrito e por prazo determinado não 
superior a dois anos. Entende-se que a referida lei não estabelece apenas a 
contratação de trabalho especial do jovem aprendiz, mas destaca também a sua 
preocupação com o jovem sujeito de direitos, como exposto no Art. 428: 
“Contrato de aprendizagem é o contrato de trabalho 
especial, ajustado por escrito e por prazo determinado (...) 
inscrito em programa de aprendizagem, formação técnico-
profissional metódica, compatível com o seu 
desenvolvimento físico, moral e psicológico, e o aprendiz, 
a executar, com zelo e diligência, as tarefas necessárias a 
essa formação” (BRASIL, 2000). 
 
O contrato de aprendizagem possui duração máxima de 2 anos, sem 
possiblidade de renovação. Ao firma-lo, a empresa se torna responsável em 
orientar o aprendiz nas atividades práticas desua ocupação, além de garantir a 
participação desse jovem em um curso ministrado em uma instituição formadora. 
 
4.3 A importância social da empregabilidade do menor aprendiz nas 
empresas de Iguatu - CE 
O presente tópico tem o condão de avaliar a importância do Contrato de 
Aprendizagem para o combate do trabalho infanti l no mercado de trabalho, 
trazendo o direito à proteção da criança e adolescente como um dever da família, 
da sociedade e do Estado. Neste sentido, importante destacar a proibição do 
trabalho noturno, perigoso, insalubre, penoso, como também os que 
prejudiquem o desenvolvimento físico, mental e moral dos jovens. Ao refletir 
sobre o tema, Fonseca (2015) observa que: 
A legitimidade popular, a combinação de esforços entre a 
família, o Estado e a sociedade e a absoluta prioridade que se 
confere aos direitos em questão traçam, de forma indelével, a 
proeminência do direito à profissionalização com relação aos 
adolescentes de 14 a 18 anos, os quais podem ativar-se 
profissionalmente em condições restritas de trabalho. Em 
qualquer hipótese, não se admite trabalho noturno, insalubre, 
perigoso ou penoso, tampouco qualquer trabalho que atente 
contra o salutar desenvolvimento físico, mental e moral desses 
cidadãos. Finalmente, os adolescentes de 14 a 16 anos somente 
podem trabalhar na condição de aprendizes (FONSECA, 2015, 
p. 78). 
 
Quando se fala em emprego, a experiência profissional é um diferencial na 
vida dos jovens, daí a importância do Contrato de Trabalho, pois se constitui no 
principal documento que comprova a relação de trabalho existente entre a 
empresa e o funcionário. Diante disso, não se tem mais dúvidas da importância 
da aprendizagem, uma vez que: 
A aprendizagem tem dois objetivos essenciais: promover a 
inserção do adolescente no mercado de trabalho e qualificar a 
mão-de-obra, a qual poderá, posteriormente, ser aproveitada 
pela Empresa. Um está imbricado no outro, vez que só se há 
dentro no mercado de trabalho profissional qualificado ou, com 
outras palavras: no atual mercado competitivo, a empresa só 
contrata o empregado qualificado (NETO, 2009, p. 67). 
 
Cabe ao Estado a função de fiscalizar as empresas para que reservem as 
cotas e contratem aprendizes, além de garantir os direitos trabalhistas, como 
Carteira de Trabalho assinada, Contrato de Aprendizagem por escrito, entre 
outros, uma vez que, conforme Bignami (2013, p. 126), “Todos esses quesitos 
são verificados pelo auditor fiscal do trabalho tanto no momento inicial de 
exigência do cumprimento da cota quanto no momento da execução do contrato 
de trabalho”, e: 
Neste sentido à empresa é atribuída a responsabilidade social 
como fundamento decisivo para a efetivação de um dos direitos 
essenciais aos jovens e adolescentes: o direito à 
profissionalização, tal como estabelece tanto a Constituição 
Federal de 1988 com o Estatuto da Criança e do Adolescente 
em seu Capítulo V. Esta necessidade ressalta a inserção da 
empresa em um contexto mais humanista, cujas preocupações 
sociais devem reverter em benefício para toda a sociedade 
(MEDEIROS, 2016, p. 137). 
 
Para o doutrinador Bignami (2013), além dos jovens, as empresas também 
são beneficiadas com o ingresso desses no mercado de trabalho por ser uma: 
[...] maneira de esse adolescente se preparar e de a própria 
empresa buscar quadros melhores e investir, desde o início da 
formação, num trabalhador que certamente agregará valor a essa 
empresa. A aprendizagem ajuda a modernizar os meios de 
produção; ajuda, inclusive, a garantir à empresa maior 
flexibilidade, pois ela conta, desde o início, com a formação desse 
adolescente e, de certa forma, melhora a qualidade dos produtos 
e dos próprios serviços prestados a toda a sociedade. Já para o 
adolescente, além de ser naturalmente um direito, que consta da 
legislação toda de proteção, é a grande oportunidade que esse 
adolescente tem de entrar no mercado de trabalho tanto com uma 
formação teórica quanto com uma formação prática no próprio 
ambiente de trabalho. Então, é essencial a aprendizagem tanto 
para a empresa quanto para o adolescente como também para a 
própria sociedade (BIGNAMI, 2013, p. 123). 
 
O município de Iguatu é considerado como principal polo econômico da 
região centro-sul do estado do Ceará, onde nos anos 60,70 e 80 foi um 
importante centro de produção de algodão. Já agora em pleno século XXI, se 
destaca pelo ramo moveleiro, calçados e outros serviços que progridem 
consideravelmente. 
Diante disso, algumas empresas aderiram este programa para possibilitar 
a entrada do jovem no mercado de trabalho e, de modo que este possa ter sua 
primeira experiência profissional. 
Segundo o SENAC (2021), a política pública Jovem Aprendiz foi adotada 
pelas empresas da referida cidade por volta do ano 2002, tendo alcançado um 
número de aproximadamente 2500 jovens. Em que muitos destes jovens ainda 
continuam colaborando nas empresas as quais foram contratados e alguns até 
em cargos como de gerência, supervisão, administração, dentre outros. 
Os Cursos de Aprendizagem serão sempre ministrados por 
entidades qualificadas em formação-profissional, tendo tais 
entidades a função de elaborar o plano de curso e efetuar a 
inscrição por meio do formulário disponível na página eletrônica 
do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Conforme o 
Decreto Federal no 5.598/2005: Art. 8o Consideram-se 
entidades qualificadas em formação técnico-profissional 
metódica: I - Os Serviços Nacionais de Aprendizagem, assim 
identificados: a) Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - 
SENAI; b) Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial - 
SENAC; c) Serviço Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR; 
d) Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte -SENAT; e 
e) Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo 
SESCOOP; (BRASIL, Lei no 5.598/05). 
 
4.4 Perfil dos Jovens Aprendizes no município de Iguatu-CE 
Com relação a idade, segue o gráfico 1 abaixo onde apresenta a faixa 
etária dos jovens ativos ao programa. 
Gráfico 1 - Idade dos aprendizes 
 
 
Como pode ser observado, apesar da variação a faixa etária está entre 17 
e 24 anos, embora na política pública tenha a especificação de idade para 
contratação dos jovens a partir de 14 anos. Algumas empresas justi ficam que 
essa faixa etária é a mais ideal por atuar com um aprendiz mais maduro, mais 
passível de ser moldado a empresa e posteriormente ser contratado. Ainda mais 
por não existir a contratação de pessoas menores de 18 anos acabam excluindo 
essas e contratando as maiores de 18 anos. 
 
50%50%
FAIXA ETÁRIA
14 a 17 anos
17 a 20 anos
20 a 24 anos
Gráfico 2 - Escolaridade dos aprendizes 
 
 
Como visto no gráfico acima, 50% dos jovens se encontram no ensino 
medio e aproximadamente 21% no ensino supeior e 29% no tem apenas o 
ensino funfamental. 
Gráfico 3 - Satisfação dos jovens com o programa 
 
29%
50%
21%
ESCOLARIDADE
Fundamental
Medio
supeior
50%50%
SATISFAÇÃO
OTIMO
BOM
RUIM
 Com relação a satisfação dos jovens em relação ao programa Jovem Aprendiz, 
pode-se observar que todos se sentem satisfeito, em poder estar participando de um 
programa que vos prepara para o mercado de trabalho. 
4.5 Empresas do município de Iguatu-CE que aderiram ao programa Jovem 
Aprendiz 
Nesse tópico será abordado sobre algumas das empresas que fizeram 
adesão ao programa jovem aprendiz, iremos discorrer sobre a função de cada 
uma no mercado. 
A empresa Arroz Caseiro, que tem como razão social Industria de 
Beneficiamento de Arroz Antunes Ltda., fundada em 15-04-1988, tem como 
atividade principal o beneficiamento do arroz. 
Distribuidora Iguatuense de alimentos Ltda., fundada em 29 de outubro de 
2008, atua na área de comercio atacadista de mercadorias em geral, com 
predominância de produtos alimentícios. 
Icavel Iguatu Cavalcante Veículos Ltda., fundada em 26 de março de 1991, 
atua na área comercial de automóveis, camionetese utilitários novo na cidade 
de Iguatu – Ce (matriz), sendo a única concessionária Fiat autorizada. 
A empresa kanto da Moda que tem como razão social Kdm artigos de 
vestuário Eireli, atua na área do comercio varejista de artigos de vestuário e a 
acessórios, possui 23 lojas físicas no estado do Ceara, Piauí e Rio Grande do 
Norte, foi fundada em 04 de julho de 2008. 
A quantidade de aprendizes em cada empresa irá variar de acordo com o 
total de funcionários em cada instituição. Pois, é delimitado um total de 
porcentagem para se contratar de acordo com a quantidade de funcionários. 
Assim, empresas grandes tendem a ter muitos aprendizes, já empresas de 
médio porte com 25 funcionários por exemplo tendem a ter 2 aprendizes. 
Lei exige um contrato formal. O artigo 428 da CLT estabelece que o 
contrato de aprendizagem é o acordo de trabalho especial, ajustado por escrito 
e por prazo determinado não superior a dois anos, durante os quais o 
empregador se compromete a assegurar ao aprendiz, inscrito em programa de 
aprendizagem, formação técnico-profissional metódica compatível com o seu 
desenvolvimento físico, moral e psicológico. 
Em contraponto, o aprendiz se compromete a executar com zelo e 
diligência as tarefas necessárias a essa formação (BRASIL, 1943). Para validar 
este contrato, por força do §1º, do artigo 428 da CLT, existe a obrigatoriedade 
da anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) e de o 
aprendiz estar matriculado e ter frequência comprovada na escola, caso não 
tenha concluído o Ensino Fundamental. Além disso, é necessária sua inscrição 
em programa de aprendizagem, desenvolvido sob a orientação de entidade 
qualificada em formação técnico-profissional metódica (BRASIL, 1943). 
O programa jovem aprendiz no município de Iguatu-CE segue as mesmas 
determinações prevista na descrição da Lei do Aprendiz. O órgão competente 
pela realização deste programa na cidade é o SENAC (Serviço Nacional de 
Aprendizagem Comercial), que se encontra incluso nas instituições do Sistema 
S (PROGRAMAS DO GOVERNO, 2018). 
É importante ressaltar que este oferece o curso gratuitamente ao jovem 
assim como o material didático e fardamento pois, se enquadra no Programa 
Senac de Gratuidade (PSG) que é destinado as empresas contribuintes da 
instituição. O SENAC faz parceria com as empresas que aderem ao programa, 
onde as empresas fazem o recrutamento do jovem para participar da seleção e, 
com a aprovação é posteriormente direcionado ao SENAC (LUZ, 2015). 
O SENAC atua no ramo da aprendizagem há mais de 18 anos, onde 
desde meados de 2002 tem transformado a vida de milhares de jovens. Em que 
alguns destes jovens já ocupam cargos importantes dentro da empresa a qual 
foram contratados. Ou seja, o jovem é contratado como aprendiz e, no final do 
seu contrato é contratado como funcionário da loja onde essa passa pelo plano 
de carreira subindo de função dentro da empresa. 
 
 
 
 
5 METODOLOGIA 
 Essa seção busca apresentar os caminhos metodológicos que deverão 
ser percorridos para execução da pesquisa em questão. 
A metodologia utilizada para o levantamento dos dados primários pautou-
se pelo uso da técnica de inquirição por entrevista, “uma das técnicas de coleta 
de dados mais utilizada no âmbito das ciências sociais” (Gil, 2008, p. 109). 
O estudo de campo caracteriza-se pelas investigações efetuadas por 
meio da coleta de dados junto as pessoas, somando à pesquisa bibliográfica e 
documental. Gonçalves 2001, explica de forma mais sucinta que é o tipo de 
pesquisa que procura buscar a informação diretamente com a população 
pesquisada. Nesse caso, o pesquisador precisa ir ao espaço onde o fenômeno 
ocorre ou ocorreu e reunir um conjunto de informações a serem documentadas. 
 
5.1 Classificação da pesquisa 
A abordagem utilizada na pesquisa é qualitativa, visando o 
aprofundamento da compreensão de um grupo social, procurando entender e 
interpretar determinados comportamentos, bem como, a opinião e as 
expectativas dos indivíduos de uma determinada comunidade. 
Metodologicamente, além de estudo bibliográfico e documental, este 
estudo se qualifica como um estudo de caso, onde pretende-se por intermédio 
de uma pesquisa de campo, aplicação de questionário, executar uma pesquisa 
de cunho básico e abordagem qualitativa e quantitativa. 
Os procedimentos metodológicos como caminho a ser seguido numa 
atividade de pesquisa científica podem ser classificados quanto aos objetivos 
gerais, à abordagem e à estratégia a ser empregada (SEVERINO, 2007 e GIL 
2010). 
 
5.2 Área e sujeitos do estudo 
 
Área de estudo é o estado do Ceará, é uma das 27 unidades 
federativas do Brasil. Está situado no norte da Região Nordeste e tem por limites 
o Oceano Atlântico a norte e nordeste, Rio Grande do 
Norte e Paraíba a leste, Pernambuco ao sul e Piauí a oeste. 
Fonte: Figura 1 adaptada do site Wikipédia 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Figura 2 adaptada do site Wikipédia 
 
Microregião do município de Iguatu-Ce 
Fazendo parte da área de estudo o município de Iguatu-CE localizado na 
região centro-sul do estado e nordeste do país com 103.255 mil habitantes, área 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Unidades_federativas_do_Brasil
https://pt.wikipedia.org/wiki/Unidades_federativas_do_Brasil
https://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil
https://pt.wikipedia.org/wiki/Regi%C3%A3o_Nordeste_do_Brasil
https://pt.wikipedia.org/wiki/Oceano_Atl%C3%A2ntico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Norte
https://pt.wikipedia.org/wiki/Nordeste
https://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_Grande_do_Norte
https://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_Grande_do_Norte
https://pt.wikipedia.org/wiki/Para%C3%ADba
https://pt.wikipedia.org/wiki/Leste
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pernambuco
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sul
https://pt.wikipedia.org/wiki/Piau%C3%AD
https://pt.wikipedia.org/wiki/Oeste
total de 1.029 km² segundo a pesquisa realizada pelo Banco do Nordeste (BNB) 
em 2018 e com Índice de Desenvolvimento Humano (IDHM) de 0,677 segundo 
dados do PNUD/2010. E também as respectivas empresas localizadas na cidade 
de Iguatu, Arroz Caseiro, Distribuidora Iguatuence, Serveletrica, Kdm, Icavel e 
Supermercado Alexandre. 
A escolha da área se justifica pela circunstância da pesquisadora ser 
beneficiária deste programa neste município onde é o mesmo a qual reside, 
facilitando a obtenção de dados para pesquisa bem como a exposição de 
resultados para benefício do município em questão. 
Este estudo tem como sujeitos de estudo os jovens e empresas que 
aderiram ao Programa Jovem Aprendiz no município de Iguatu- CE. As 
empresas são: Arroz Caseiro, Distribuidora Iguatuense, Icavel Iguatu, Kanto. 
5.3 Tipo de coleta e análise dos dados 
A coleta de dados para estruturação do estudo de caso ocorreu através 
de diversas fontes, iniciou-se com uma pesquisa bibliográfica para desenvolver 
os primeiros objetivos. Mas para atender os demais objetivos do trabalho foi 
realizado um levantamento de dados, para podermos abordar melhor o contexto 
do programa jovem aprendiz no município de Iguatu-CE. 
Para a coleta dos dados socioeconômicos dos jovens, foi realizado 
entrevistas com jovens que participam ativamente do programa em questão. 
Também foi elaborado um questionário com questões fechadas e abertas. O 
questionário foi aplicado por meio de formulário eletrônico aos que participam 
atualmente do programa Jovem Aprendiz. O questionário é composto por um 
cabeçalho onde foi solicitado: nome, idade e escolaridade, e posterirormente os 
jovens respondem a 6 perguntas relacionadas ao programa Jovem Aprendiz e 
as empresas nas quais os mesmos fazem parte. 
O tipo de entrevista utilizada foi a semiestruturada, que torna o diálogo 
mais flexível para o entrevistado deixando-o livre para discorrer sobre 
determinadas respostas além de serem introduzidas perguntas viáveis na 
conversa na medida em que iam surgindo dúvidas e curiosidades (SEVERINO, 
2007). 
Quadro1 - Coleta de dados e análise relacionada a cada objetivo 
OBJETIVOS COLETA DE DADOS TIPO DE ANÁLISES 
Identificar a 
influência 
socioeconômica acerca 
da implantação do 
Programa Jovem 
Aprendiz no estado do 
Ceará. 
 
 
 
Pesquisa Bibliográfica 
 
 
 Análise de 
bibliográfica 
Contextualizar 
conceitos e histórico 
acerca do tema políticas 
públicas com ênfase no 
Programa Jovem 
Aprendiz no Brasil; 
 
 
 
Pesquisa Bibliográfica 
 
 
Análise de bibliografias 
Caracterizar a 
atuação do Programa 
Jovem Aprendiz no 
município de Iguatu - 
CE; 
 
 
 
Entrevista e 
questionários 
 
Análise descritiva e 
estatística. 
 
5.4 Aspectos éticos da pesquisa 
Este trabalho segue as regras contidas na resolução nº 510, de 7 de abril 
de 2016, do Conselho Nacional de Saúde, que apresenta as normas e 
regulamentos acerca de pesquisas realizadas com seres humanos (BRASIL, 
2016). 
Os sujeitos da pesquisa foram submetidos, antes de responderem ao 
questionário, a um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE, 
seguido de um convite para participarem do questionário, aqueles que 
consentiram sua participação e responderam às perguntas que foram tratadas 
com total confidencialidade. 
A maioria dos jovens pensam sobre o programa, que ele abre portas para 
o mercado de trabalho e ainda para quem planeja ingressar na faculdade. O que 
gera uma reflexão de Santos et al, 2006 sobre a relação pura nas sociabilidades, 
na qual há um grau de compromisso, de reciprocidade e de confiança, sendo 
essa relação um processo de escolha, e não de obrigação ou imposição. 
Proporcionando assim ao jovem aprendiz novas vivências sociais e experiências 
no ambiente de trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 CRONOGRAMA DE ATIVIDADES 
ETAPAS Maio Junho Julho Agosto Setembro 
Definição tema de 
pesquisa 
 x 
Revisão literatura x 
Definição da 
problemática, objetivos 
e justificativa 
 X 
Estrutura referencial 
teórico 
 X 
Consolidação objetivo I X 
Metodologia da 
pesquisa 
 X 
Redação do relatório 
parcial 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 CONSIDERÇÕES FINAIS 
A Lei da Aprendizagem é um benefício na vida dos jovens, pois auxilia a 
inserção dos jovens no mercado de trabalho. Além de ganharem salário, sentem-
se dignos, de acordo com Medeiros (2016): 
Os adolescentes beneficiados pela Lei do Aprendiz têm direito a 
praticar uma atividade que permita ganharem sua própria 
subsistência e com isso alcançarem dignidade, autor realização 
e reconhecimento social como seres produtivos 
(MEDEIROS, 2016, p. 21). 
 Baron (2009), por fim, traz a importância do primeiro emprego e os 
reflexos na vida dos jovens, dado que: 
 A ética do trabalho e experiência do primeiro emprego darão 
aos adolescentes fundamentos de autoafirmação pessoal e 
social. A esfera do cotidiano do trabalho contribui para despertar 
nele o conceito de responsabilidade, disciplina, compromisso, 
respeito à individualidade do outro e as regras de 
comportamento (BARON, 2009, p. 163). 
 Com a ajuda necessária e uma orientação de qualidade, os jovens se 
sentirão seguros a ingressarem no mercado de trabalho. Encontra-se elencado 
no artigo 4º do Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA: 
Art. 4° - É dever da família, da comunidade, da sociedade em 
geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a 
efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, 
à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, 
à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e 
comunitária (BRASIL, 1990, texto digital). 
A inclusão no âmbito profissional, na condição de aprendiz, proporciona 
amadurecimento, prática e, principalmente, responsabilidade profissional e 
pessoal. O Contrato de Aprendizagem sofreu alterações para maior proteção dos 
aprendizes, ressaltando que o uso do Contrato de Aprendizagem deve ser uma 
exceção, uma vez que se precisa sempre proteger a infância, ressaltando que o 
trabalho infantil é extremamente proibido, a não ser em situações excepcionais 
como para a aprendizagem. 
Os jovens se sentem dignos quando conseguem prover o seu próprio 
sustento. Para que o jovem se sinta seguro e confiante, é essencial a 
participação da família, da sociedade e do poder público ao ingressar no primeiro 
emprego. Ao contratarem jovens aprendizes, as empresas demonstram a sua 
responsabilidade social, possibilitando a capacitação e ocupação de jovens, uma 
vez que esse programa ajuda a combater o trabalho infantil e a evasão escolar. 
Com o intuito de compreender os efeitos obtidos desta política, com um 
olhar mais específico e criterioso, o presente estudo buscou identificar os 
resultados desta política pública a partir de um estudo realizado no município de 
Iguatu-Ce. Compreendendo também o contexto no qual este estudo se encontra 
inserido. 
Com os resultados que foram obtidos e apresentados, pode-se concluir 
que a política pública se mostra eficiente tanto na adesão dos jovens no mercado 
de trabalho, quanto na diminuição na taxa de desemprego entre o mesmo. Como 
descrito na lei, a empresa tem acatado e aberto oportunidades aos jovens para 
terem sua primeira experiência com o mercado de trabalho. Além de ser 
perceptível que este programa se mostra favorável a geração de empregos e 
consequentemente na geração de renda entre os jovens, fazendo com que este 
cada dia consigam atingir seus objetivos profissionais e pessoais beneficiando 
assim tantos os jovens como as empresas que fazem adesão ao Programa 
Jovem Aprendiz. 
 Não podemos deixar de abordar o impacto positivo na economia local, 
visto que gera novas fontes de renda, além de garantirem subsistência e 
inserção no mercado de trabalho dos sujeitos, promovem o movimento do 
comércio local, desenvolvimento das empresas e de profissionais cada vez mais 
capacitados para atuarem no mercado. 
Por fim espera-se que o estudo possa contribuir de forma positiva para o 
desenvolvimento de novas pesquisas sobre o estudo, bem como a divulgação 
desse programa para aqueles que ainda não tem nenhum conhecimento sobre 
o mesmo. 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 14724: Informação e 
documentação. Trabalhos Acadêmicos - Apresentação. Rio de Janeiro: ABNT, 
2002. 
ANDRADE, J.M.; SANTOS, K.K; JESUS, G.S. O Programa Jovem Aprendiz e sua 
importância para os jovens trabalhadores. Interfaces Científicas-Direito, v. 4, n. 
2, p. 45-54, 2016. 
AMAZARRAY, Mayte Raya et al. Aprendiz versus trabalhador: adolescentes em 
processo de aprendizagem. Psicologia: teoria e pesquisa. Brasília. Vol. 25, n. 
3 (jul./set. 2009), p. 329-338., 2009. 
AMABILE, Antônio, Dicionário de políticas públicas / Organizadores: Carmem 
Lúcia Freitas de Castro, Cynthia Rúbia Braga Gontijo, Barbacena: Ed UEMG, 
2012. BOURDIEU, Pierre. 1983. Questões de sociologia. Rio de Janeiro: Marco 
Zero. P. 112-121 BRASIL, 2013 
BORGES, Regina Célia Paulineli. JOVEM-APRENDIZ: OS SENTIDOS DO 
TRABALHO EXPRESSOS NA PRIMEIRA EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL . 
Floriaópolis: Universidade Federal de Santa Catarina, 2010. 152 p. 
BRESSER-PEREIRA, Luiz Carlos. O CONCEITO HISTÓRICO DE 
DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO. São Paulo: Fundação Getúlio Vargas, 
2006. 24 p 
COMPARATO, Fábio Konder. Ensaio sobre o juízo de constitucionalidade de 
políticas públicas. Revista de informação legislativa, v. 35, n. 138, p. 89-99, 
1998. 
CARVALHO, Joari Aparecido Soares de. Alguns aspectos da inserção de 
jovens no mercado de trabalho no Brasil. São Paulo: Escola de Governo de 
São Paulo, 2004. 26 p 
Estatuto da criança e do adolescente. Lei nº 8.069/90 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8069.htm 
SEVERINO, Antonio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 22. ed. rev. 
e ampl. São Paulo: Cortez, 2002. 
Heidemann, Francisco G. Do sonho do progresso às políticas de 
desenvolvimento– Capítulo 1 do livro Políticas Públicas e Desenvolvimento – 
Bases Epistemológicas e modelos de análise, Brasília: Editora Universidade de 
Brasília, 2009 
MAIRINQUE, Igor das Mercês. O “CONHECIMENTO OBJETIVO” E O 
“PROBLEMA” COMO PRESSUPOSTOS DA CONSTRUÇÃO DO 
CONHECIMENTO PARA KARL R. POPPER. Minas Gerais: Universidade 
Federal de São João Del-Rei - Ufsj, 2004. 10 p. 
PEDREIRA, L.C. Políticas Públicas Destinadas a Juventude: A Experiência Da 
Lei Da Aprendizagem Na Bahia, VI Seminário Da Pós-Graduação Em Ciências 
Sociais, 2016. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8069.htm
 
 
DA SILVA, Roselani Sodré; DA SILVA, Vini Rabassa. Política Nacional de 
Juventude: trajetória e desafios. Caderno CRH, v. 24, n. 63, p. 663-678, 2011. 
SANTOS, M.C et al. O Projeto Jovem Aprendiz da IDES/PROMENOR frente 
às percepções das empresas: um olhar pela responsabilidade social. 2006. 
DE SOUSA, Heloiza; FROZZI, Denise; BARDAGI, Marucia Patta. Percepção de 
adolescentes aprendizes sobre a experiência do primeiro emprego. Psicologia 
Ciência e Profissão, v. 33, n. 4, p. 918-933, 2013. 
GUIMARÃES, Alexandre Queiroz; ALMEIDA, Mariana Eugenio. JOVENS E O 
MERCADO DE TRABALHO. Minas Gerais: Fundação João Pinheiro (Fjp)., 
2003. 25 p. 
MACÊDO, Orlando Júnior Viana; ALBERTO, Maria de Fátima Pereira; DA SILVA 
ARAUJO, Anísio José. Formação profissional e futuro: expectativas dos 
adolescentes aprendizes. Estudos de Psicologia, v. 29, p. 779-787, 2012. 
OLIVEIRA, Ednéia Alves de. A política de emprego no Brasil: O caminho da 
flexinsegurança. São Paulo: Universidade do Rio de Janeiro, 2012. 16 p. 
OLIVEIRA, Maria Sônia Souza de. Trabalho e educação: um olhar sobre a 
educação de jovens e adultos e a relação com o mundo do trabalho . 
Manaus: Universidade Federal do Amazonas - Ufam, 2007. 171 p 
MÁXIMO, Thaís Augusta Cunha de Oliveira. Significado da formação e 
inserção profissional para gerentes e aprendizes egressos do programa 
jovem aprendiz. João Pessoa - Paraíba: Universidade Federal da Paraíba - 
Ufpb, 2012. 359 p. 
SOUZA, Celina. Políticas Públicas: uma revisão da literatura1. Porto Alegre: 
Sociologias, 2006. 45 p. 
HÖFLING, ELOISA DE et al. Estado e políticas (públicas) sociais. Cadernos 
Cedes, 2001. 
SPOSITO, Marília Pontes; CARRANO, Paulo Cézar Rodrigues. Juventude e 
políticas públicas no Brasil. Rev. Bras. Educ.[online], n. 24, p. 16-39, 2003. 
TEIXEIRA, Elenaldo Celso. O papel das políticas públicas no desenvolvimento 
local e na transformação da realidade. Salvador: AATR, v. 200, 2002. 
HEIDEMANN, Francisco G. Do sonho do progresso às políticas de 
desenvolvimento. Políticas públicas e desenvolvimento: bases 
epistemológicas e modelos de análise. Brasília: UNB, p. 23-39, 2009. 
GOHN, Maria da Glória. Empoderamento e participação da comunidade em 
políticas sociais. Saúde e sociedade, v. 13, p. 20-31, 2004. 
GONÇALVES, E.P. Iniciação à pesquisa científica. Campinas, SP: Editora 
Alínea, 2001. 
ROCHA, Sonia. A inserção dos jovens no mercado de trabalho. Caderno CRH, 
v. 21, n. 54, p. 533-550, 2008. 
MARÍLIA PONTES SPOSITO, PAULO CÉSAR RODRIGUES CARRANO. 
Juventude e políticas públicas no Brasil. REVISTA EDUCAÇÃO BRASILEIRA, 
2003. 
HUPPES, Cristiane Mallmann; LOPES, António Carlos Vaz; HUPPES, Ricardo 
Mallmann. Políticas Públicas na perspectiva do Desenvolvimento Local 
Endógeno: o exemplo do case Pacto Fonte Nova. Campo Grande: 48 
Congresso Sober, 2010. 21 p. 
DA SILVA, Andreza Bispo; COSTA, Antonia Valdelucia. Políticas e Programas 
Públicos que Oportunizam a Inserção do Jovem no Mercado de Trabalho. Id on 
Line REVISTA MULTIDISCIPLINAR E DE PSICOLOGIA, v. 13, n. 43, p. 967-
981, 2019. 
HÖFLING, ELOISA DE et al. Estado e políticas (públicas) sociais. Cadernos 
Cedes, 2001. 
DE OLIVEIRA, Maxwell Ferreira. Metodologia científica: um manual para a 
realização de pesquisas em Administração. Universidade Federal de Goiás. 
Catalão–GO, 2011.

Continue navegando