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Design de Mobiliário, Objetos e Embalagem

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Prévia do material em texto

Indaial – 2021
ObjetOs e 
embalagem
Prof.a Bruna Soares
1a Edição
Design De 
mObiliáriO,
Elaboração:
Prof.a Bruna Soares
Copyright © UNIASSELVI 2021
 Revisão, Diagramação e Produção: 
Equipe Desenvolvimento de Conteúdos EdTech 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada pela equipe Conteúdos EdTech UNIASSELVI
Impresso por:
S676d
Soares, Bruna
Design de mobiliário, objetos e embalagem. / Bruna Soares. – 
Indaial: UNIASSELVI, 2021.
166 p.; il.
ISBN 978-65-5663-376-3 
ISBN Digital 978-65-5663-372-5
1. Design do mobiliário. – Brasil. II. Centro Universitário Leonardo 
da Vinci.
CDD 747
Prezado acadêmico, seja bem-vindo ao Livro Didático da disciplina de Design 
de Mobiliário, Objetos e Embalagem. Este livro abarca conceitos fundamentais para o 
desenvolvimento dos projetos de mobiliário, objetos e embalagens. 
Para o desenvolvimento de um projeto de mobiliário, objetos e embalagens de 
excelência, é fundamental a elaboração de diversos processos industriais, com ênfase 
na conceituação dos estudos e aplicações dos materiais estruturais. A produção desse 
processo parte do desenvolvimento da linguagem gráfica, interpretação e análise do 
mobiliário, objetos e embalagem e dos elementos necessários para definir produtos 
e projetos. O estudo deve ser desenvolvido por meio da padronização, normatização 
técnica e parâmetros técnicos e de projeto. 
Na Unidade 1 você encontrará temas que abordam os conceitos básicos, 
os princípios de linguagem e estética do design do mobiliário, a história e teoria do 
mobiliário, além da indústria moveleira sustentável. O estudo também é caracterizado 
pelo desenvolvimento da produção do mobiliário, com enfoque nos seguintes temas: 
mercadologia e tendência, gerenciamento de projeto e gestão da produção mobiliária. A 
unidade finaliza com abordagem da criação projetual do mobiliário, a partir dos materiais 
do processo de fabricação, ergonomia, percepção e conforto de mobiliário.
Na Unidade 2, o estudo se caracteriza na produção de objetos. O estudo parte 
dos fundamentos de linguagem e estética do objeto, a história e a teoria do objeto, além 
dos recursos e matérias-primas para o desenvolvimento de objeto sustentável. O estudo 
também é caracterizado pelo desenvolvimento da produção do objeto, com enfoque 
nos seguintes temas: mercadologia e tendência, gerenciamento de projeto e gestão da 
produção de objetos. A unidade finaliza abordando a criação projetual do objeto a partir 
dos materiais do processo de fabricação, ergonomia, percepção e conforto de objeto.
Na Unidade 3, conforme as unidades anteriores, seguindo a mesma metodologia, 
os estudos partem dos fundamentos de linguagem e estética de embalagem, história e 
a teoria da embalagem, além dos recursos e matérias-primas para o desenvolvimento 
da embalagem sustentável. O estudo também é caracterizado pelo desenvolvimento 
da produção da embalagem, com enfoque nos seguintes temas: mercadologia e 
tendência, gerenciamento de projeto e gestão da produção de embalagem. A unidade 
finaliza abordando a criação projetual da embalagem, a partir dos materiais do processo 
de fabricação, ergonomia e percepção.
Espera-se que esses estudos contribuam para a sua formação profissional, e 
que os conteúdos apresentados neste caderno de ensino possibilitem a aprendizagem 
e o desenvolvimento dos mobiliários, objetos e embalagens.
Prof.a Bruna Soares
APRESENTAÇÃO
Olá, acadêmico! Para melhorar a qualidade dos materiais ofertados a você – e 
dinamizar, ainda mais, os seus estudos –, nós disponibilizamos uma diversidade de QR Codes 
completamente gratuitos e que nunca expiram. O QR Code é um código que permite que você 
acesse um conteúdo interativo relacionado ao tema que você está estudando. Para utilizar 
essa ferramenta, acesse as lojas de aplicativos e baixe um leitor de QR Code. Depois, é só 
aproveitar essa facilidade para aprimorar os seus estudos.
GIO
Olá, eu sou a Gio!
No livro didático, você encontrará blocos com informações 
adicionais – muitas vezes essenciais para o seu entendimento 
acadêmico como um todo. Eu ajudarei você a entender 
melhor o que são essas informações adicionais e por que você 
poderá se beneficiar ao fazer a leitura dessas informações 
durante o estudo do livro. Ela trará informações adicionais 
e outras fontes de conhecimento que complementam o 
assunto estudado em questão.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos 
os acadêmicos desde 2005, é o material-base da disciplina. 
A partir de 2021, além de nossos livros estarem com um 
novo visual – com um formato mais prático, que cabe na 
bolsa e facilita a leitura –, prepare-se para uma jornada 
também digital, em que você pode acompanhar os recursos 
adicionais disponibilizados através dos QR Codes ao longo 
deste livro. O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura 
interna foi aperfeiçoada com uma nova diagramação no 
texto, aproveitando ao máximo o espaço da página – o que 
também contribui para diminuir a extração de árvores para 
produção de folhas de papel, por exemplo.
Preocupados com o impacto de ações sobre o meio ambiente, 
apresentamos também este livro no formato digital. Portanto, 
acadêmico, agora você tem a possibilidade de estudar com 
versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador.
Preparamos também um novo layout. Diante disso, você 
verá frequentemente o novo visual adquirido. Todos esses 
ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos 
nas pesquisas institucionais sobre os materiais impressos, 
para que você, nossa maior prioridade, possa continuar os 
seus estudos com um material atualizado e de qualidade.
QR CODE
ENADE
LEMBRETE
Olá, acadêmico! Iniciamos agora mais uma dis-
ciplina e com ela um novo conhecimento. 
Com o objetivo de enriquecer seu conheci-
mento, construímos, além do livro que está em 
suas mãos, uma rica trilha de aprendizagem, 
por meio dela você terá contato com o vídeo 
da disciplina, o objeto de aprendizagem, materiais complementa-
res, entre outros, todos pensados e construídos na intenção de 
auxiliar seu crescimento.
Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e veja as novidades que 
preparamos para seu estudo.
Conte conosco, estaremos juntos nesta caminhada!
Acadêmico, você sabe o que é o ENADE? O Enade é um 
dos meios avaliativos dos cursos superiores no sistema federal de 
educação superior. Todos os estudantes estão habilitados a participar 
do ENADE (ingressantes e concluintes das áreas e cursos a serem 
avaliados). Diante disso, preparamos um conteúdo simples e objetivo 
para complementar a sua compreensão acerca do ENADE. Confira, 
acessando o QR Code a seguir. Boa leitura!
SUMÁRIO
UNIDADE 1 — PRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE MOBILIÁRIO ..................................... 1
TÓPICO 1 — HISTÓRIA DO DESIGN COM ÊNFASE EM MOBILIÁRIO .....................................3
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................................3
2 FUNDAMENTOS DE LINGUAGEM E ESTÉTICA DO DESIGN DE MOBILIÁRIO ...................3
2.1 FUNDAMENTOS DE LINGUAGEM DO MOBILIÁRIO .........................................................................4
2.2 ESTÉTICA DO DESIGN DE MOBILIÁRIO ............................................................................................ 5
3 HISTÓRIA E TEORIA DO DESIGN DE MOBILIÁRIO ...........................................................10
3.1 HISTÓRIA DO MOBILIÁRIO ................................................................................................................. 10
3.2. DESIGN DE MOBILIÁRIO .................................................................................................................... 11
3.2.1 Mobiliário Egípcio ........................................................................................................................12
3.2.2 Mobiliário da Mesopotâmia .....................................................................................................123.2.3 Mobiliário Grego ........................................................................................................................ 13
3.2.4 Mobiliário Romano .................................................................................................................... 14
3.2.5 Mobiliário Bizantino .................................................................................................................. 14
3.2.6 Mobiliário Gótico ....................................................................................................................... 15
4 DESIGN E SUSTENTABILIDADE DE MOBILIÁRIO ............................................................ 17
4.1 SUSTENTABILIDADE ............................................................................................................................17
4.2. INDÚSTRIA MOVELEIRA SUSTENTÁVEL .......................................................................................17
RESUMO DO TÓPICO 1 ......................................................................................................... 19
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................. 20
TÓPICO 2 — DESENVOLVIMENTO DA PRODUÇÃO DO MOBILIÁRIO ................................. 23
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 23
2 MERCADOLOGIA E TENDÊNCIA ...................................................................................... 23
2.1 MERCADO MOVELEIRO ......................................................................................................................24
2.2 TENDÊNCIAS MOBILIÁRIAS ............................................................................................................. 27
3 DESENVOLVIMENTO E GERENCIAMENTO DE PROJETO ............................................... 28
3.1 PROCESSOS NO DESENVOLVIMENTO MOBILIÁRIO ....................................................................28
3.1.1 Gerenciamentos de projeto mobiliário ..................................................................................29
4 GESTÃO DA PRODUÇÃO DE MOBILIÁRIO ....................................................................... 30
4.1 PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO DO MOBILIÁRIO ............................................30
4.2 GESTÕES NA PRODUÇÃO DOS MOBILIÁRIOS..............................................................................32
RESUMO DO TÓPICO 2 ........................................................................................................ 33
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................. 34
TÓPICO 3 — CRIAÇÃO PROJETUAL DO MOBILIÁRIO ........................................................ 35
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 35
2 MATERIAL E PROCESSOS DE FABRICAÇÃO DE MOBILIÁRIO ....................................... 35
2.1 MATERIAIS UTILIZADOS NA INDÚSTRIA MOVELEIRA .................................................................36
2.2 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO DO MOBILIÁRIO .......................................................................... 37
3 ERGONOMIA, PERCEPÇÃO E CONFORTO DE MOBILIÁRIO ............................................ 38
3.1 MOBILIÁRIO ERGONÔMICO ................................................................................................................38
3.2 CONFORTO E FUNCIONALIDADE DOS MÓVEIS ........................................................................... 41
4 PROJETO DO MOBILIÁRO................................................................................................ 42
4.1 PROCESSOS NA CRIAÇÃO DO PROJETO MOBILIÁRIO ..............................................................43
4.2 PROJETO COM ÊNFASE NO MOBILIÁRIO ......................................................................................44
LEITURA COMPLEMENTAR ................................................................................................ 46
RESUMO DO TÓPICO 3 ......................................................................................................... 51
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................. 52
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 54
UNIDADE 2 — PRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE OBJETO ......................................59
TÓPICO 1 — HISTÓRIA DO DESIGN COM ÊNFASE EM OBJETOS........................................ 61
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 61
2 FUNDAMENTOS DE LINGUAGEM E ESTÉTICA DO DESIGN DO OBJETO ........................ 61
2.1 FUNDAMENTOS DE LINGUAGEM DO OBJETO .............................................................................62
2.2 ESTÉTICA DO OBJETO ......................................................................................................................64
3 HISTÓRIA E TEORIA DO OBJETO .................................................................................... 66
3.1 HISTÓRIA DO OBJETO ........................................................................................................................66
3.2 DESIGNERS DE OBJETOS ................................................................................................................ 67
4 DESIGN E SUSTENTABILIDADE DO OBJETO ..................................................................70
4.1 SUSTENTABILIDADE ............................................................................................................................71
4.2 RECURSOS PARA DESENVOLVIMENTO DE OBJETO SUSTENTÁVEL ......................................71
4.3 MATÉRIAS-PRIMAS DE BAIXO IMPACTO AMBIENTAL PARA OBJETOS ................................ 73
RESUMO DO TÓPICO 1 .........................................................................................................75
AUTOATIVIDADE ..................................................................................................................76
TÓPICO 2 — DESENVOLVIMENTO DA PRODUÇÃO DE OBJETOS .......................................79
1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................................79
2 MERCADOLOGIA E TENDÊNCIA DO OBJETO ..................................................................79
2.1 MERCADO DO DESIGN DE OBJETOS ............................................................................................. 80
2.2 TENDÊNCIAS NA PRODUÇÃO DE OBJETOS ................................................................................83
3 DESENVOLVIMENTO E GERENCIAMENTO DE PROJETO DO OBJETO .......................... 85
3.1 PROCESSOS NO DESENVOLVIMENTO DOS OBJETOS ...............................................................86
3.2 GERENCIAMENTOS PROJETUAL DE OBJETOS ..........................................................................87
4 GESTÃO DA PRODUÇÃO DE OBJETO .............................................................................. 89
4.1 PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO DE OBJETOS ................................................90
4.2 GESTÕES NA PRODUÇÃO DOS OBJETOS ....................................................................................90
RESUMO DO TÓPICO 2 ........................................................................................................ 92
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................. 93
TÓPICO 3 — CRIAÇÃO PROJETUAL DE OBJETOS .............................................................95
1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................................952 MATERIAIS E PROCESSOS DE FABRICAÇÃO DE OBJETO .............................................95
2.1 MATERIAIS UTILIZADOS NA INDÚSTRIA OBJETO .......................................................................96
2.2 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO DE OBJETOS ............................................................................... 97
3 ERGONOMIA, PERCEPÇÃO E CONFORTO DE OBJETO ...................................................97
3.1 OBJETOS ERGONÔMICO ....................................................................................................................98
3.2 CONFORTO E FUNCIONALIDADE DOS OBJETOS .......................................................................99
4 PROJETO DO OBJETO ....................................................................................................100
4.1 PROCESSOS NA CRIAÇÃO DE OBJETOS ......................................................................................101
4.2 PROJETO COM ÊNFASE DE OBJETOS ........................................................................................102
LEITURA COMPLEMENTAR ...............................................................................................103
RESUMO DO TÓPICO 3 .......................................................................................................107
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................108
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................109
UNIDADE 3 — PRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE EMBALAGENS ............................. 113
TÓPICO 1 — HISTÓRIA DO DESIGN COM ÊNFASE NAS EMBALAGENS ............................ 115
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 115
2 FUNDAMENTOS DE LINGUAGEM E ESTÉTICA DO DESIGN DA EMBALAGEM .................... 115
2.1 FUNDAMENTOS DE LINGUAGEM DAS EMBALAGENS ............................................................... 117
2.2 ESTÉTICA DO DESIGN DAS EMBALAGENS .................................................................................118
3 HISTÓRIA E TEORIA DA EMBALAGEM ........................................................................... 121
3.1 HISTÓRIA DA EMBALAGEM ..............................................................................................................121
3.2 DESIGNERS DE EMBALAGENS ...................................................................................................... 123
4 DESIGN E SUSTENTABILIDADE DA EMBALAGEM ........................................................124
4.1 RECURSOS PARA DESENVOLVIMENTO DE EMBALAGENS ..................................................... 125
4.2 MATÉRIAS-PRIMAS DE BAIXO IMPACTO AMBIENTAL PARA EMBALAGENS ...................... 127
RESUMO DO TÓPICO 1 .......................................................................................................129
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................130
TÓPICO 2 — DESENVOLVIMENTO DA PRODUÇÃO DA EMBALAGEM ...............................133
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................133
2 MERCADOLOGIA E TENDÊNCIA DA EMBALAGEM ........................................................134
2.1 MERCADO DO DESIGN DE EMBALAGENS ................................................................................... 134
2.2 TENDÊNCIAS NA PRODUÇÃO DE EMBALAGENS ......................................................................138
3 DESENVOLVIMENTO E GERENCIAMENTO DE PROJETO DA EMBALAGEM ................ 140
3.1 PROCESSOS NO DESENVOLVIMENTO DE EMBALAGENS .......................................................140
3.2 GERENCIAMENTOS PROJETUAL DE EMBALAGENS .................................................................141
4 GESTÃO DA PRODUÇÃO DA EMBALAGEM ....................................................................143
4.1 PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO DE EMBALAGENS ...................................... 143
4.2 GESTÕES NA PRODUÇÃO DAS EMBALAGENS ..........................................................................144
RESUMO DO TÓPICO 2 .......................................................................................................146
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................ 147
TÓPICO 3 — CRIAÇÃO PROJETUAL DA EMBALAGEM .....................................................149
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................149
2 MATERIAIS E PROCESSOS DE FABRICAÇÃO DA EMBALAGEM ...................................149
2.1 MATERIAIS UTILIZADOS NA INDÚSTRIA DE EMBALAGENS ....................................................150
2.2 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO DE EMBALAGENS .....................................................................151
3 CRIATIVIDADE, PERCEPÇÃO E FUNCIONALIDADE DE EMBALAGENS ....................... 151
3.1 EMBALAGENS CRIATIVAS ............................................................................................................... 152
3.2 FUNCIONALIDADE DE EMBALAGENS ......................................................................................... 153
4 PROJETO DA EMBALAGEM ............................................................................................154
4.1 PROCESSOS NA CRIAÇÃO DE EMBALAGENS ............................................................................ 155
4.2 PROJETO COM ÊNFASE DE EMBALAGENS................................................................................ 156
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................... 157
RESUMO DO TÓPICO 3 ....................................................................................................... 161
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................162
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................164
1
UNIDADE 1 - 
PRODUÇÃO E 
DESENVOLVIMENTO DE 
MOBILIÁRIO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• aprender os conceitos de linguagem do mobiliário;
• diferenciar a história do mobiliário;
• entender a importância da sustentabilidade na indústria moveleira; 
• conceituar as tendências mobiliárias;
• distinguir os princípios do planejamento e controle da produção;
• identificar materiais e processos de fabricação;
• compreender a importância da ergonomia e conforto de mobiliário;
• conhecer o processo de criação do projeto.
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer dela, você encontrará 
autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
TÓPICO 1 – HISTÓRIA DO DESIGN COM ÊNFASE EM MOBILIÁRIO
TÓPICO 2 – DESENVOLVIMENTO DA PRODUÇÃO DO MOBILIÁRIO
TÓPICO 3 – CRIAÇÃO PROJETUAL DO MOBILIÁRIO
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos em frente! Procure 
um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá melhor as informações.
CHAMADA
2
CONFIRA 
A TRILHA DA 
UNIDADE 1!
Acesse o 
QR Code abaixo:
3
HISTÓRIA DO DESIGN COM ÊNFASE 
EM MOBILIÁRIO
1 INTRODUÇÃO
TÓPICO 1 - UNIDADE 1
O termo móvel é originalmente do latim mobilis, e o mobiliário origina-se de 
uma palavra do Francês mobilier. A palavra surgiu no século XIX, abrangendo uma 
série de conjuntos de objetos, móveis e várias funcionalidades para dar ao ser humano 
condições confortáveis e práticas para o cotidiano, como trabalho, descanso e lazer 
(CAVALCANTI, 2001).
A função do designer inserido no campo projetual tem como prioridade a 
interação das relaçõesdo homem com o seu meio e para isso utiliza algumas ferramentas 
metodológicas para nortear suas ideias (BORGES,2011).
Manzini e Vezzoli (2005), salientam a importância de práticas orientadas à 
sustentabilidade no entretenimento empresarial e questionam determinados modelos 
de desenvolvimento. 
Dentro deste contexto, o designer emerge como um importante agente no 
processo de transição para uma sociedade sustentável ao apresentar os cenários 
factíveis e visões compartilhadas de futuros possíveis e sustentáveis para as 
organizações e aplicando estratégias ambientais conscientes desde as fases iniciais do 
projeto (FERREIRA, 2008).
A partir desses pressupostos, no Tópico 1, estudaremos os seguintes temas: 
(1) a linguagem e a estética do design de mobiliário; (2) estudo e o entendimento dos 
designers; e (3) a importância da sustentabilidade na indústria moveleira.
2 FUNDAMENTOS DE LINGUAGEM E ESTÉTICA DO 
DESIGN DE MOBILIÁRIO
A estruturação do conteúdo inicia com a história e surgimento do Design de 
mobiliário e a industrialização. A evolução do mobiliário tem seu marco histórico na Era 
Industrial, logo após o fim da Segunda Guerra Mundial (1945). Com os desdobramentos 
sociais e industriais, fez-se a produção da padronagem. Com a dinâmica da vida 
continuada, a mercadologia e tendências propiciam novas áreas de atuações ao 
profissional Design de Mobiliário. 
4
A História do Mobiliário remete ao momento inicial em que o homem 
procura uma habitação para se proteger e conviver e se estende 
aos dias atuais. A evolução do mobiliário perpassa pela história 
sociopolítica, artística e cultural, por meio dos diversos períodos e 
regiões. O móvel acompanha as necessidades dos habitantes e 
das moradias, dos mais variados territórios; acompanha os estilos 
e maneiras regionais, evolui e aperfeiçoa-se segundo o avanço 
das técnicas; e se transforma, adaptando-se à modernidade e ao 
conforto (MARTINI, 2016, p. 12).
Com os avanços econômicos e sociais, o desenvolvimento do design se destaca 
nas atividades produtivas e também no ensino, qualificando ainda mais profissionais.
2.1 FUNDAMENTOS DE LINGUAGEM DO MOBILIÁRIO
Caro acadêmico, você sabia que tão antiga quanto a arte da arquitetura, a 
história do mobiliário surgiu ainda na antiguidade? O mobiliário tem uma linguagem 
peculiar, ocasionando uma conjuntura do design de mobiliário e da arquitetura de 
interiores modernos brasileiros (MORAES, 2006).
Há 5.000 anos os egípcios já utilizavam técnicas e ferramentas na produção 
dos móveis. O crédito para o surgimento do móvel é frequentemente atribuído aos 
antigos egípcios. Esses povos já decoravam suas pequenas cabanas com mobiliários 
(cadeiras e mesas), pinturas, murais, esculturas e vasos (MARTINI, 2016). O mobiliário 
egípcio é testemunho inicial das artes, mas a decoração de interiores, os móveis e os 
acessórios fizeram-se notáveis nas civilizações em todo o mundo ao longo da História 
(MORAES, 2006).
O design do mobiliário em frente aos acontecimentos históricos no período de 
1947 a 1968, buscou a harmonização e uma identificação direta de objetos, ambientes 
e edificações, valorizando os locais e as tradições da cultura brasileira (SANTOS, 2014).
5
FIGURA 1 – MOBILIÁRIOS BRASILEIROS
FONTE: <encurtador.com.br/lER18>; <encurtador.com.br/etTZ1>; <encurtador.com.br/juwA1>; 
<encurtador.com.br/fjry2>. Acesso em: 6 jan. 2021.
No século XX, os arquitetos modernos desenvolveram um mecanismo no 
processo de produção e criação do design de móveis, principalmente nos assentos, 
priorizando o conforto e visualização (TEIXEIRA, 2010).
2.2 ESTÉTICA DO DESIGN DE MOBILIÁRIO
Nas décadas de 1950 e 1960, romperam-se muitas barreiras, iniciando como 
ponto de partida um estudo de design histórico e teórico de um conceito de design 
nacional, voltado às atividades profissionais. 
Segundo Dantas (2005), é preciso investigar cuidadosamente um conjunto 
histórico antes deste período, tendo uma acertabilidade típica do mobiliário nacional 
Os móveis no Brasil, como mobílias e objetos decorativos, eram todos importados 
até a década de 1940, sendo assim, nada era de produção nacional. Inspirados nos 
modelos da Europa, algumas fábricas iniciaram sua própria produção, principiando o 
mobiliário brasileiro (SANTOS, 2014). 
Inicialmente, no século XX, eram utilizadas as madeiras escuras e curvadas 
para revestimentos e acabamentos palhinhas (TEIXEIRA, 1996). Atualmente, é comum a 
presença de palhas nos móveis, decorações e objetos.
6
FIGURA 2 – MÓVEL DE PALHINHA
FONTE: <http://ngrevista.com.br/wp-content/uploads/2019/11/P%C3%A1gina-20-768x427.jpg>. 
Acesso em: 6 jan. 2021.
O mercado nacional se destaca e cresce no pós-guerra, a produção dispara 
e há um crescimento exuberante no mercado nacional, suprindo as necessidades do 
crescimento e urbanização da sociedade (TEIXEIRA, 1996). 
O clima e os materiais disponíveis no país, como madeiras e tecidos, é um 
fato preocupante para a época na produção de móveis nacionais, adequando-se às 
limitações aqui encontradas (SANTOS, 2014).
FIGURA 3 – MÓVEL DE MADEIRA E TECIDO
FONTE: <https://www.casasbahia-imagens.com.br/Control/ArquivoExibir.
aspx?IdArquivo=853199272>; <https://www.casasbahia-imagens.com.br/Control/ArquivoExibir.
aspx?IdArquivo=865587949>. Acesso em: 6 jan. 2021.
7
George Wachavchik criou um fato histórico na arquitetura e no mobiliário na 
década de 1930, introduzindo casas altamente modernas no estado de São Paulo 
(SANTOS, 2014). 
Warchavchik, revolucionário da época, defende as ideias de móveis racionalistas 
em suas obras, implantando materiais em metal, muito utilizados nas peças europeias 
(SANTOS, 2014). A estética dos móveis nacionais abrange uma estrutura misturando 
madeiras, metais e couros (TEIXEIRA, 1996).
FIGURA 4 - MÓVEL DE METAL
FONTE: <http://italianleather.com.br/wp-content/uploads/2019/04/bauhaus-brno-chair-sq-1-
1024x1024.jpg>. Acesso em: 6 jan. 2021.
Conhecidos por desenvolver um estilo distinto e moderno construído com base no 
princípio da simplicidade, professores e alunos da escola Bauhaus projetaram alguns dos 
móveis mais emblemáticos do século XX.
Os móveis da Bauhaus foram projetados para serem funcionais acima 
de todas as outras qualidades. Despojados de seus elementos básicos, 
componentes fundamentais como mesas ou pernas foram tipicamente 
reduzidos a formas geométricas simples.
Os designers da Bauhaus queriam criar objetos esteticamente agradáveis, 
mas também queriam que seus produtos estivessem disponíveis para um 
grande público – o design simples de cada peça tornava mais fácil produzi-
los com eficiência.
FONTE: <http://italianleather.com.br/10-designs-imperdiveis-da-bauhaus/>. 
Acesso em: 6 jan. 2021.
INTERESSANTE
8
Ainda falando das décadas de 1940 e 1950, ocorreu uma grande utilização de 
madeiras maciças e placas de compensado, em alguns casos, o couro é substituído pelo 
tecido, utilizado em encostos e assentos, amenizando o custo (TEIXEIRA, 1996).
FIGURA 5 - MADEIRA MACIÇA DE 1940
FONTE: <https://i.pinimg.com/564x/34/b6/fb/34b6fb87f6a8205c23a756ede9183e0b.jpg>. 
Acesso em: 6 jan. 2021.
O pioneiro do design moderno nacional é o ícone português Joaquim Tenreiro, 
que defendia a qualidade moveleira e utilizava madeira de Jacarandá e palhinha como 
revestimento, diferente da estética de mobiliário do brasileiro José Zanine Caldas, 
que idealizava uma cultura específica e inovadora e utilizava chapas e recortes de 
compensado (TEIXEIRA, 1996). 
Zanine, além de dedicado as suas obras de arte, fazia um bom aproveitamento 
de toda chapa, aderindo beleza, desperdício e racionalização (SANTOS, 2014).
9
FIGURA 6 - DESIGN JOAQUIM TENREIRO
FONTE: <http://www.iarq.com.br/wp-content/uploads/2017/02/1-2.jpg>. Acesso em: 6 jan. 2021.
Obteve-se uma produção que conjugou o espírito moderno do 
despojamento e da simplicidade ao uso de nossos materiais, 
assegurando ao móvel então produzido, uma qualidade universal e 
artisticamente elaborada, o que alterou de maneira significativao 
aspecto do mobiliário brasileiro. [...] houve uma concepção de conforto, 
permitindo melhor ajustamento ao corpo, trazendo uma multiplicidade 
de formas, recurvas e adelgaçadas (SANTOS, 2014, p. 117).
Após a Segunda Guerra Mundial (1945), com a inserção da Revolução Industrial, 
foi inserido mais indústrias capacitadas e qualificadas nas produções de mobílias em 
série, com o objetivo de preços mais acessíveis no mercado, atendendo como público-
alvo a classe média, e ainda mantendo a qualidade do produto.
Em 1951, notou-se uma carência de profissionais qualificados no mercado. 
Lina Bo Bardi, coordenadora do Instituto de Arte Contemporânea (IAC) em São Paulo, 
insere o ensino de design. Por falta de verbas do governo, resistiu apenas três anos 
(SANTOS, 2014).
João Batista Vilanova Artigas, professor, arquiteto, engenheiro e urbanista, 
defende as necessidades em inserir o ensino de design na universidade. Em 1962, foi então 
inserido o curso de design na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, da Universidade 
de São Paulo (FAU-USP), visto que desenho industrial é o estudo do objeto e do seu uso. 
O resultado dessa intervenção deverá ser um designer caracteristicamente brasileiro, 
ligado nitidamente ao nosso patrimônio artístico, popular e erudito (NIEMEYER, 1998).
10
FIGURA 7 – UNIVERSIDADE FAU-USP
FONTE: <https://imagens.usp.br/wp-content/uploads/FAU_Aula-Habit%C3%A1culos_Foto-
Cec%C3%ADlia-Bastos-121-506x337.jpg>; <https://www.causp.gov.br/wp-content/
uploads/2020/04/FAU_USP_Ana_Carolina_Coelho_229.jpg>. Acesso em: 6 jan. 2021.
No ano de 1963 nasceu o primeiro curso superior em design, a Escola Superior 
de Desenho Industrial (ESDI), incentivado pela Escola de Ulm, da Alemanha, pelo corpo 
docente de ex-alunos (MORAES, 2006). Em 1975, a escola foi anexada à Universidade 
Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), aderindo assim um ensino acadêmico.
3 HISTÓRIA E TEORIA DO DESIGN DE MOBILIÁRIO
Com enfoque no conhecimento histórico dos estilos, os assuntos abordados 
estão organizados para melhor familiarização de acordo com a ordem cronológica 
tempo/espaço. Do mundo antigo a era da globalização, conheça um pouco da evolução, 
técnicas e criações humanas relacionadas ao design de mobiliário.
Entender o panorama histórico dos estilos é fundamental para análise crítica 
do contexto atual, uma vez que o reflexo de sua evolução consolida o profissional atual. 
Contudo, saber o que é design e gostar de design é fundamental para a organização 
do ambiente. 
3.1 HISTÓRIA DO MOBILIÁRIO
A história do mobiliário adequa-se aos lares desde o período neolítico (7.000 
a.C.), visados tecnicamente pela dinastia do antigo Egito (2680-2407 a.C.). Na Idade 
Média e Renascença, os poucos móveis que existiam eram apenas utilizados pelos 
nobres, como cama e arcos, encontrados em palácios e mosteiros (BORGES, 2007).
No século XVII, especificamente na França, surge um aperfeiçoamento de 
cortes diferentes e criativos de móveis. Em 1662 a 1667, o rei Henrique Navarra iniciou 
uma centralização mais realista, unificando o artesanato e arte (BORGES, 2007). 
11
FIGURA 8 – MÓVEIS DO SÉCULO XVIII
FONTE: <https://pmiltonarquitetura.files.wordpress.com/2012/08/mobi_interior-3.
jpg?w=529&h=311>. Acesso em: 6 jan. 2021.
A academia de arte e ciências fundada por Jean Baptiste Colbert inseriu o 
estilo barroco na época de Louis XIV, na Europa. Consequentemente a França ampliou, 
levando os estilos de Louis XV e Louis XVI até o Empire e para toda a Europa. No século 
XVIII, os alemães Abraham e David Roentgen, marceneiros e moveleiros, profissionais 
excelentes da época, eram muito requisitados na Europa (ALBRECHT, 1992).
3.2. DESIGN DE MOBILIÁRIO
No início da história do Design de mobiliário, utilizava-se em excesso as 
madeiras, mas com estudos e criatividade em ascensão na era pós-industrial, outros 
materiais são explorados como metal e pedra, proporcionando a entrada do plástico.
Basicamente, o design de mobiliário buscava além do conforto, funcionalidade 
e estética, sempre buscando fortemente uma tendência de projeto dentro da 
arquitetura de interiores relacionado à cada época e local. Henrique Navarra iniciou uma 
centralização mais realista, unificando o artesanato e arte (SANTOS, 2014).
12
3.2.1 Mobiliário Egípcio
No Egito, a inspiração eram os deuses. O mobiliário se resumia em tamboretes, 
mesas e cadeiras. Pesquisadores firmavam que tais peças eram de restos originais 
encontrados na tumba da rainha Heteferes. Os encostos e braços das cadeiras eram 
talhados em alto relevo, simbolizando os deuses e cultos religiosos, os pés em forma de 
patas de animais, revestidas em ouro, marfins e outros materiais luxuosos (FAZIO, 2011). 
FIGURA 9 – CADEIRA REVESTIDA EM OURO
FONTE: <https://furniturecart.files.wordpress.com/2013/04/sitamun-throne.jpg>. 
Acesso em: 6 jan. 2021.
O design egípcio é caracterizado por cores vivas, pinturas, desenhos estilizados, 
utilização de símbolos místicos, pirâmides, entre outros elementos. As pirâmides 
arqueológicas tiveram início à medida que ocorriam os rituais religiosos, preocupados 
com os rituais da morte (FAZIO, 2011). Os móveis resistentes eram “feitos para durar” 
após a morte dos faraós.
Características do mobiliário egípcio:
• Materiais utilizados: couro, pedras preciosas e tecidos.
• Móveis desenvolvidos na época: cama, cadeira, bancos, vasos, arcas entre outros.
• Móveis baixos e formas de desenhos diversos. 
3.2.2 Mobiliário da Mesopotâmia
O mobiliário da Mesopotâmia se resumia apenas em tronos sem encostos, os 
assentos talhados e os pés retos, simples, os murais expostos com gravuras bem 
trabalhadas de deuses e rainhas (FAZIO, 2011). 
13
FIGURA 10 – TRONOS SEM ENCOSTO
FONTE: <http://4.bp.blogspot.com/_cQQHJj9j-d0/TVGxqXeX18I/AAAAAAAAA9M/irG6H5oWpnU/
s1600/mesopotamia.png>. Acesso em: 6 jan. 2021.
 O povo mesopotâmico se desenvolveu ao longo dos séculos em terras férteis 
localizadas nos rios Tigre e Eufrates.
3.2.3 Mobiliário Grego
No mobiliário da Grécia continental, segundo pesquisadores, há poucas peças 
existentes da antiguidade, apenas anéis, pequenas peças em bronze, cerâmicas, 
e algumas decorações que ornamentavam o salão do trono. Era baseada em uma 
tendência ornamental em elementos arquitetônicos, a praticidade e a comodidade, 
como a cama grega, utilizada para dormir e para comer, com uma parte horizontal 
inclinando a altura da mesa, sem apoios para os pés (MOURA, 2015).
FIGURA 11 – MOBILIÁRIO GREGO
FONTE: <https://3.bp.blogspot.com/_4ee9u1Xu2wI/SOgHO6IdyJI/AAAAAAAACFo/uvDdHn4bAxU/
s320/klismos.jpg>. Acesso em: 6 jan. 2021.
14
Enquanto os outros povos investiam em construções relacionadas à arquitetura 
militar, religiosa e residencial, os gregos e romanos foram responsáveis por obras 
arquitetônicas com enfoque aos espaços de manifestações e cidadania (MOURA, 2015).
3.2.4 Mobiliário Romano
O mobiliário romano na Era Cristã revela-se uma influência forte da Grécia, 
o bronze e o mármore se destacam como tendência principal, decorações utilizadas 
em mesas retangulares e redondas, facilitando a praticidade, as bases dobráveis para 
melhor comodidade e versatilidade (GOMEZ, 2012).
FIGURA 12 – CADEIRA DOBRÁVEL
FONTE: <https://www.essenciamoveis.com.br/blog/wp-content/uploads/2012/09/banco-
dobravel.jpg>. Acesso em: 6 jan. 2021.
Os romanos foram os responsáveis por introduzir a “combinação” estética 
e conforto (MOURA, 2015). Na época, as camas ficavam na sala principal e não no 
dormitório.
3.2.5 Mobiliário Bizantino
Apesar de poucos mobiliários do período bizantino, há relatos e estudos, as 
peças eram solicitadas por famílias poderosas, palácios e igrejas imperiais, ornamento 
um espaço luxuoso (MOURA, 2015).
15
FIGURA 13 – MÓVEL BIZANTINO
FONTE: <https://www.wdl.org/pt/item/641/view/1/1/>. Acesso em: 6 jan. 2021.
O estudo aponta que as peças eram confeccionadas com cobre retorcido, 
com formatos de patas de animais, similar ao mobiliário romano, em uma forma mais 
audaciosa, destacando a riqueza e glamour,além do cobre, havia uma junção de marfim 
em relevos com a mistura de madeira nobre, ornamentando o estilo e poder do período 
(GOMEZ, 2012).
Características projetuais do mobiliário bizantino.
• Utilização mosaicos.
• Revestimentos cromático.
• Escultura com marfim.
3.2.6 Mobiliário Gótico
O design gótico inseriu no mundo arquitetônico algo bem diferente dos 
mobiliários citados, idealiza um diferente e arrojado móvel, além de praticidade, introduz 
novas formas (MOURA, 2015).
 Um móvel gótico identificado como aparador, com um espaço para apoiar 
objetos, logo abaixo um espaço fechado com portas e prateleiras, para guardar peças, 
louças e objetos pessoais, parecendo com uma cristaleira.
Pesquisadores afirmam que as decorações são talhadas na madeira (portas) com 
desenhos folheados, arcos e colunas, verdadeiro mix arquitetônico, não esquecendo 
das cadeiras com revestimento nos assentos com tapeçaria (MOURA, 2015).
16
FIGURA 14 – MÓVEL GÓTICO
FONTE: <https://i.pinimg.com/236x/37/48/aa/3748aa0547a57a40428e70d201be1cab.jpg>. 
Acesso em: 6 jan. 2021.
A evolução dos estilos do design de interiores foi ocorrendo ao longo 
dos grandes movimentos artísticos, como: Art Nouveau, Bauhaus, Le 
Corbusier e Minimalismo (VELA et al. 2016). O design de interiores do 
período moderno é mais simples, decorrente das mudanças e tendências. 
Existe uma pluralidade de ideias de cunho individual e coletivo no período, 
tendo diversas origens como a Bauhaus, na Alemanha; Le Corbusier, na 
França e Frank Loyd Right nos Estados Unidos (BENEVOLO, 2004). 
Caro acadêmico, após este estudo do início histórico dos primeiros 
mobiliários, recomenda-se sua continuação para entendimento da 
produção dos móveis contemporâneos. Segue link sugerido para estudos: 
https://www.academia.edu/9102100/HISTORIA_DO_MOBILIARIO.
DICAS
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4 DESIGN E SUSTENTABILIDADE DE MOBILIÁRIO
Fundamentalmente, o mobiliário sustentável, além de um equilíbrio, conforto, 
deve presar à harmonia, acrescentando uma ótima estética e funcionalidades.
4.1 SUSTENTABILIDADE
A sustentabilidade não se limita apenas a utilização de matérias-primas naturais 
e certificados, mas uma grande utilização de restos de produtos fabricados em 
edificações, reaproveitamentos, como materiais alternativos, como bambu, juta, sisa e 
pedras sintéticas (FERREIRA, 2008).
Um reaproveitamento bem interessante, arrojado e inovador, está no exemplo 
de móveis de papelão recobertos com compensados de madeiras descartados em 
madeireiras, aproveitando as sobras de couros para revestir em cadeiras e bancos 
decorativos (FERREIRA, 2008).
FIGURA 15 – SUSTENTABILIDADE
FONTE: <http://sustentarqui.com.br/wp-content/uploads/2014/08/
HugoFrancaMontagem-e1408058920635.png>. Acesso em: 6 jan. 2021.
4.2. INDÚSTRIA MOVELEIRA SUSTENTÁVEL
A indústria moveleira precisa se preocupar com o meio ambiente e se adequar 
à sustentabilidade, ou seja, reaproveitar os materiais necessários para cada artigo em 
questão.
Existem madeiras de demolição, aproveitadas de forma direta no processo de 
fabricação de móveis mais sustentáveis, reaproveitando resíduos que seriam enviados 
para o aterro sanitário, mas com a criatividade e inteligência, de modo que os projetos 
se concentram em reaproveitar todos os resíduos e lixos prováveis para decorações de 
objetos estilizados conforme necessidade de cada obra em questão, atendendo assim 
às exigências de cada arquiteto (OLIVEIRA et al., 2009) .
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FIGURA 16 – INDÚSTRIA MOVELEIRA
FONTE: <http://www.sindimol.com.br/wp-content/uploads/2012/03/DSC_0110-640x425.jpg>. 
Acesso em: 6 jan. 2021.
A sustentabilidade dá-se no processo de fabricação de produtos que atendem 
aos requisitos socioambientais, mantendo a qualidade e bom gosto, priorizando sempre 
o bom senso da economia, falando também socialmente e ambientalmente.
19
Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
• A história do design em mobiliários acentua-se na qualidade de cada época, se 
adequando aos lugares e etnias, o estilo de uma linguagem que se adapta a cada 
sistema de espaço e tempo em questão.
• O modernismo e a cultura vêm se estilizando com as expressões de designers de 
épocas, tendo uma narrativa de atividade específica, buscando valorizar as origens, 
linguagens, aspectos e produções, misturando materiais e formando uma arte 
excepcional.
• Os designers se reinventam, diversificando criatividade com materiais, tanto naturais 
como nativos, ou até industrializados, para uma composição incomum, aprimorando 
as artes arquitetônicas e inserindo nas produções objetos e artesanatos idealizando 
um diferencial.
• A sustentabilidade não se limita apenas a utilizações de matérias-primas naturais 
e certificadas, mas uma grande utilização de restos de produtos fabricados em 
edificações, reaproveitamentos.
• A sustentabilidade dá-se no processo de fabricação de produtos, que atende os 
requisitos socioambientais, mantendo a qualidade e bom gosto.
RESUMO DO TÓPICO 1
20
1 A história é a maneira necessária para a abordagem do design de móveis. Basicamente, 
o design de mobiliário busca além do conforto, funcionalidade e estética, sempre 
buscando fortemente uma tendência de projeto dentro da arquitetura de interiores 
relacionada à cada época e local. Henrique Navarra iniciou uma centralização mais 
realista, unificando o artesanato e arte. A partir desses pressupostos, assinale a 
alternativa CORRETA com as características do mobiliário egípcio: 
a) ( ) Cores vivas, pinturas, desenhos estilizados, utilização de símbolos místicos, 
pirâmides entre outros elementos.
b) ( ) Cores frias, pinturas, desenhos estilizados, utilização de símbolos místicos, 
pirâmides entre outros elementos.
c) ( ) Cores vivas, pinturas, desenhos estilizados, utilização de símbolos místicos e 
construção imperial. 
d) ( ) Cores vivas, pinturas, vidros, utilização de símbolos místicos, pirâmides entre 
outros elementos.
2 O mobiliário romano na Era Cristã revela-se uma influência forte da Grécia: o bronze e 
o mármore se destacam como tendência principal, decorações utilizadas em mesas 
retangulares e redondas, facilitando a praticidade, as bases dobráveis para melhor 
comodidade e versatilidade. A partir desses pressupostos, assinale a alternativa 
CORRETA com as características dos móveis na Era Romana:
a) ( ) Utilização de revestimentos cromáticos.
b) ( ) As salas eram integradas com a área de serviço.
c) ( ) As pirâmides eram as obras arquitetônicas relevantes da época.
d) ( ) As camas ficavam na sala principal e não no dormitório.
3 A indústria moveleira precisa se preocupar com o meio ambiente, se adequando à 
sustentabilidade, ou seja, reaproveitamentos os materiais necessários para cada 
artigo em questão. A sustentabilidade dá-se no processo de fabricação de produtos, 
que atende os requisitos socioambientais, mantendo a qualidade e bom gosto, 
priorizando sempre o bom senso da economia, falando também socialmente e 
ambientalmente. A partir desses pressupostos, assinale a alternativa CORRETA com 
as características da indústria moveleira sustentável: 
a) ( ) Fundamentalmente, o mobiliário sustentável, além de equilíbrio e conforto, deve 
presar à harmonia, acrescentando desconforto visual.
b) ( ) Fundamentalmente, o mobiliário sustentável, além de equilíbrio e conforto, deve 
presar à harmonia, acrescentando apenas funcionalidade. 
AUTOATIVIDADE
21
c) ( ) Fundamentalmente, o mobiliário sustentável, além de equilíbrio e conforto, deve 
presar à harmonia, acrescentando uma ótima estética e funcionalidades.
d) ( ) Fundamentalmente, o mobiliário sustentável, além de desequilíbrio e conforto, 
deve presar à harmonia, acrescentando uma ótima estética e funcionalidades.
4 Apesar de poucos mobiliários do período bizantino, há relatos que, as peças eram 
solicitadas por famílias poderosas, palácios e igrejas imperiais, ornamento um 
espaço luxuoso. A partir desses pressupostos, descreva características do mobiliário 
bizantino.
5 A históriado design em mobiliários acentua-se na qualidade de cada época, se 
adequando com os lugares e etnias, o estilo de uma linguagem que se adapta a cada 
sistema de espaço e tempo em questão. A partir desses pressupostos, descreva as 
principais diferenças de cada época.
22
23
DESENVOLVIMENTO DA PRODUÇÃO 
DO MOBILIÁRIO
1 INTRODUÇÃO
UNIDADE 1 TÓPICO 2 - 
Mundialmente, as organizações que atuam em diversos ramos da 
economia priorizam na maioridade investimentos de capacitação de colaboradores 
e gerenciamento, assimilando ótimos resultados e desempenho em cada setor 
designado. O setor moveleiro atualmente possui grande participação na economia 
mundial, fortalecendo a indústria de móveis, despertando um grande interesse nos 
investidores e microempreendedores (SERRA, 2005).
Este setor engloba diversos tipos de matérias-primas, processos de produção, 
equipamentos específicos, materiais em geral, maquinários e mão de obra capacitada 
e qualificada, resultando um controle e planejamento eficiente na execução do produto. 
Antecede uma organização formada por uma estrutura estratégica e operacional, muitas 
vezes com deficiência, que ocasiona perdas e controle dos processos em questão 
(OLIVEIRA et al., 2009).
 Para um bom funcionamento e para e conter os desperdícios, é inserido 
um Planejamento e Controle de Produção, fato que auxilia na geração de empregos, 
aumentando a economia mundial e brasileira. O setor moveleiro vem conquistando seu 
espaço e mostra como é imprescindível a implantação do Planejamento e Controle 
de Produção e um bom gerenciamento para a excelência na produção dos materiais 
(SERRA, 2005).
A partir desses pressupostos, no Tópico 2, estudaremos os seguintes temas: (1) 
compreensão da tendência no mercado moveleiro; (2) a complexidade do processo de 
desenvolvimento e o gerenciamento dos projetos na produção; e (3) a qualificação de 
um planejamento e da gestão na produção do mobiliário.
2 MERCADOLOGIA E TENDÊNCIA
O mercado é muito promissor inovando as tendências. As exigências dos 
consumidores geram dinamismo e criatividade devido ao acesso facilitado às 
informações, fazendo com que as empresas realizem pesquisas de mercado e ofereçam 
produtos diferenciados e modernos.
 
24
O papel da indústria de móveis e mobiliários está se tornando cada vez 
mais necessário, com atribuições que vão desde a criação de projetos 
baseados nos princípios da sustentabilidade, conforto através de 
estudo da ergonomia, funcionalidade, melhoria da qualidade e valor 
estético, passando pela introdução de novos materiais (vime, bambu 
etc.), desenvolvimento de embalagens, até a promoção dos produtos 
com desenvolvimento de materiais gráficos, editoriais e criação de 
web sites (SERRA, 2005, p. 12).
Devido ao aumento da concorrência, as empresas precisam se preparar com as 
mudanças do mercado, trazendo assim a necessidade de analisar as futuras tendências 
de mercado e satisfazer os desejos de cada cliente.
2.1 MERCADO MOVELEIRO
O setor moveleiro pode ser considerado um dos mais antigos a nível mundial, 
pois deriva dos carpinteiros e artesãos produtores de móveis, que com a revolução 
industrial passaram a utilizar máquinas e ferramentas, visando obter economias de 
esforço e tempo. 
Os avanços proporcionados pelo processo industrial permitiram a padronização 
e os ganhos de escala, de maneira que os móveis deixaram de serem produtos artesanais 
para se tornarem produtos industrializados e reproduzidos em séries (FERREIRA et al., 
2008). Segue quadro com o dinamismo concorrencial:
QUADRO 1 – DINAMISMO CONCORRENCIAL
Design: o design é o único fator de inovação próprio da indústria moveleira. O design é um bem 
imaterial que se exterioriza na forma de um objeto, entretanto, não deve estar relacionado apenas 
à aparência e à estética dos produtos. O design está vinculado a todos os aspectos relacionados 
à concepção do produto que permitam a empresa se diferenciar e construir vantagens sobre os 
concorrentes: manufaturabilidade, ergonomia, qualidade, durabilidade, conforto, utilização de 
novos materiais, estratégias de distribuição e marketing, entre outros. Desta maneira, as inovações 
em design propiciam a criação de uma “identidade própria” para os móveis de uma empresa, 
se constituído em um dos elementos chave para as condições de concorrência nesta indústria. 
Cabe destacar, que o design original é um bem passível de ser apropriado sendo protegido pelas 
leis de propriedade industrial (TIGRE, 2006).
Máquinas e equipamentos: com relação ao padrão tecnológico das máquinas e equipamentos 
utilizados por esta indústria, a grande mudança ocorrida nas últimas décadas foi a substituição 
da base eletromecânica pela microeletrônica, o que permitiu maior aproveitamento dos materiais, 
maior flexibilidade na produção e melhor qualidade nos produtos. Apesar de esta indústria ser 
intensiva em mão de obra, as inovações tecnológicas estão permitindo uma redução em seu uso, 
principalmente em segmentos que possam ser transformados em processos contínuos, como é 
o caso da produção de móveis retilíneos seriados.
25
Materiais: com relação aos materiais, verificam-se grandes mudanças decorrentes das 
inovações ocorridas nas indústrias química e petroquímica: materiais compostos, plásticos mais 
resistentes, novas tintas etc. Entretanto, a principal tendência observada na indústria moveleira 
mundial é a substituição das madeiras nativas, dado o aumento das restrições ecológicas. Estas 
madeiras nativas estão sendo substituídas tanto pelas madeiras reflorestáveis, como o pinus e 
o eucalipto, como pelas chapas e painéis de madeira reconstituída. Dentre as inovações trazidas 
pela indústria de painéis, destaca-se o MDF – Medium Density Fiberboard –, que revolucionou 
a indústria moveleira desde que foi introduzido no mercado europeu nos anos 1980. Este novo 
tipo de chapa apresenta resistência mecânica e estabilidade dimensional, que a transformam 
no substituto mais próximo da madeira maciça. Além do MDF, a indústria de painéis tem lançado 
uma variedade de novos tipos de chapas de madeira reconstituída, para diferentes aplicações. 
Cabe destacar que, na maioria dos móveis, é utilizada uma combinação de chapas e de madeiras 
maciças, visando melhoria da qualidade e redução dos custos. Por fim, observa-se a crescente 
utilização de outros materiais combinados com a madeira, como o vidro, os metais, as pedras, 
os couros e os plásticos.
FONTE: FERREIRA et al. (2008, p. 2-3)
O setor moveleiro se destaca no uso da fabricação de matérias-primas, seguindo 
uma classificação, como em residências, escritórios e instituições.
Na indústria moveleira, segue uma sequência de madeiras torneadas e ou em 
linha reta, priorizando as matérias-primas como aglomerados, painéis e compensados. 
No mundo moveleiro, as indústrias se adequam às ampliações de variedade de matérias-
primas, utilizando frequentemente madeiras maciças, madeiras como aglomerados, 
MDF, MDP, OSB e compensado (SERRA, 2005).
O processo de execução de um móvel na produção necessita de maquinários 
e equipamentos adequados para a finalização do produto, ornando uma parceria de 
fornecedores de (SOUZA, 2017), como:
• Metais.
• Ferramentas adequadas como dobradiças, corrediças, articuladores, puxadores.
• Acessórios, incluindo ainda fornecedores de couro, indústria têxtil, compondo móveis 
de excelência, de estilo, qualidade e conforto.
26
FIGURA 17 – INDÚSTRIA MOVELEIRA
FONTE: <https://esbrasil.com.br/industria-moveleira/>. Acesso em: 6 jan. 2021.
FIGURA 18 – MDF E MDP
FONTE: <encurtador.com.br/fgyHV>; <encurtador.com.br/htGM4>; <encurtador.com.br/hDHKT>. 
Acesso em: 6 jan. 2021.
Caro acadêmico, os principais produtores mundiais de móveis são China, 
União Europeia e Estados Unidos, sendo estes também os maiores 
consumidores mundiais. Na União Europeia, a Itália e a Alemanha se 
distinguem como maiores produtoras e como centros de excelência em 
design e tecnologia. No Brasil, as regiões Sul e Sudeste se destacam comoprincipais produtoras de móveis e observam-se também, nessas regiões, 
as maiores áreas com plantios florestais, uma vez que na fabricação 
de seus móveis, há predominância de madeira. Os móveis de madeira 
INTERESSANTE
27
são também segmentados em retilíneos e torneados. As principais matérias-primas dos 
primeiros são os aglomerados, painéis e compensados. Os torneados têm como matéria-
prima principal a madeira maciça, podendo também incluir painéis. As indústrias de 
processamento madeireiro têm ampliado o leque de seus produtos, de maneira que existe 
uma grande variedade de matérias-primas derivadas da madeira (madeira maciça, chapas 
de madeira reconstituída como aglomerado, MDF, MDP, OSB e compensado). 
FONTE: <https://www.bnb.gov.br/documents/80223/3585904/moveis_34-2018.pdf/
f0e0657f-a6c2-db33-f139-04d95692453e>. Acesso em: 6 jan. 2021.
2.2 TENDÊNCIAS MOBILIÁRIAS 
Tendência significa “seguir algo”, no sentido de se tratar de uma espécie de 
mecanismo social. No mercado atual, a tendência é fundamental para a indústria 
mobiliária, o design e o arquiteto inserem um processo criativo e inovador, seguindo um 
protocolo de determinados mercados, priorizando os lançamentos de cada região em 
ascensão (OLIVEIRA, 2006).
FIGURA 19 – TENDÊNCIA
FONTE: <https://digital.formobile.com.br/sites/formobile.com/files/styles/article_featured_retina/
public/jogo%20de%20cadeiras_0.jpg?itok=hXp6Pau7>. Acesso em: 6 jan. 2021.
Na Alemanha surgiu um conceito chamado de Quarta Revolução, transformando 
grandes processos produtivos, instigando a criatividade, customizando o produto 
até a venda final. No mercado brasileiro, os designers se especializam em tendências 
específicas, atendendo às demandas com produto acabado, escritórios, móveis 
modulados, assim aproveitando melhor o espaço (DANTAS, 2005).
28
3 DESENVOLVIMENTO E GERENCIAMENTO DE PROJETO
O gerenciamento de projetos é uma boa gestão projetual, com pessoas 
capacitadas em conhecimento na área desejada, desempenhando assim uma boa 
produtividade e finalização do produto.
O gerenciamento de projetos é a aplicação de conhecimentos, 
habilidades, ferramentas e técnicas às atividades do projeto a fim de 
cumprir os seus requisitos. O gerenciamento de projetos é realizado 
através da aplicação e integração apropriadas dos processos de 
gerenciamento de projetos identificados para o projeto (PMI, 2017, 
p. 10).
Todos sabemos que o mercado de trabalho tem se tornando mais 
disputado e que o nível de exigência dos clientes tem aumentado 
consideravelmente. Assim, aplicar as metodologias de gerenciamento de 
projetos se torna imprescindível. Obviamente, cada empreendimento tem 
suas próprias particularidades, necessitando de estratégias específicas. É 
válido afirmar que gerir um projeto incorre na aplicação de conhecimentos, 
ferramentas e técnicas para que os objetivos definidos sejam alcançados. 
FONTE: <https://www.projectbuilder.com.br/blog/metodologias-de-
gestao-de-projetos/>. Acesso em: 6 jan. 2021.
3.1 PROCESSOS NO DESENVOLVIMENTO MOBILIÁRIO
O processo de desenvolvimento adere algumas áreas funcionais da empresa, 
especificamente a produção eficiente, indo desde o início até a finalização do produto. 
Cheng (2000) descreve o processo e as áreas funcionais envolvidas em cada etapa:
• Planejamento do produto, segmento e estabelecimento do conceito, Marketing.
• Projeto do produto, projeto do processo e preparação para a produção.
• Lançamento: Marketing, P & D, Manufatura, Venda e Logística.
Para uma produção eficaz, necessita-se a redução de tempo no processo 
de desenvolvimento, tendo uma relevante importância, pessoas qualificadas 
desempenhando uma enorme agilidade e eficiência na finalização do produto, obtendo 
melhores resultados. O gerenciamento é feito através da identificação e desdobramento 
das variáveis que compõem o desenvolvimento do produto, através de tabelas, matrizes 
e procedimentos de extração, relação e conversão (CHENG et al., 1995).
INTERESSANTE
29
A padronização é uma das estratégias no processo do desenvolvimento 
mobiliário. Está inserida em qualquer indústria produtiva. É necessária a inclusão de 
normalização, redução e sistema instigando a economia. A padronização intensifica as 
atividades do processo do valor agregado, possibilitando melhorias no sistema produtivo 
(CHENG et al., 1995).
FIGURA 20 – DIAGRAMA DE ISHIKAWA
Material Meio 
Ambiente
Método Mão de 
obra Máquina
Objetivo
CAUSAS EFEITO
 FONTE: <https://d1lc5plzz0mq74.cloudfront.net/wp-content/uploads/2015/08/21203011/
Ishikawa.png>. Acesso em: 6 jan. 2021.
Goese (1999, p. 18), afirma que “antes de definir padrões, faz-se necessário 
identificar os processos para melhorias e compreensão do funcionamento da 
organização”. Campos (1992) compreende a identificação dos processos, resultando em 
um relacionamento causa-efeito, tendo como facilitador a diferença de causa e seus 
efeitos, como mostra o diagrama Ishikawa.
3.1.1Gerenciamentos de projeto mobiliário
O gerenciamento de projetos proporciona o desenvolvimento de competência 
como liderança, estratégia, capacidade de planejamento e tomada de decisão, 
habilidades fundamentais para uma boa gestão (PMI, 2017). Kerzner (2007, p. 30) pondera 
“que são diversos os fatores externos, que podem forçar as empresas a adotarem o 
gerenciamento de projetos como forma de realizarem os seus projetos”. 
A execução de um projeto eficaz necessita de um gerenciamento e liderança 
capacitada na área, determinando uma equipe preparada com critério de organização 
e seleção de pessoas qualificadas, atingindo os objetivos e garantindo o sucesso. Os 
critérios importantes a serem aplicados são (PMI, 2017).
30
• Realismo.
• Capacidade.
• Flexibilidade.
• Facilidade de uso.
• Custo.
• Facilidade de informatização. 
O gerenciamento requer alguns fatores relevantes para a execução do projeto 
solicitado, considerando precisamente possível a implementação de proposta de 
trabalho como (CHENG et al., 1995).
• Responsável pela área de Marketing.
• Equipe qualificada e competente.
• Determinar metas e objetivos.
• Priorizar projetos de acordo com as metas e objetivos estabelecidos.
Os projetos coordenados pela gerência de pesquisa e desenvolvimento, durante 
a execução do projeto, realizam reuniões com gerentes de outras áreas funcionais, 
objetivando o alinhamento e um melhor desempenho e resultados, atingindo as metas 
exigidas (CHENG, 1995).
4 GESTÃO DA PRODUÇÃO DE MOBILIÁRIO
A gestão da produção define as atividades fundamentais que as organizações 
usam para realizar tarefas e atingir suas metas (RITZMAN; KRAJESWSKI, 2004).
As atividades desenvolvidas por uma empresa visam atender seus objetivos 
de curto, médio e longo prazo, se relacionando, na maioria das vezes, de forma 
complexa e transformando insumos e matérias-primas em produtos acabados.
4.1 PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO DO 
MOBILIÁRIO
O PCP é responsável pela organização e aplicação de recursos produtivos de 
modo que atenda aos planos estabelecidos em três níveis organizacionais: estratégico, 
tático e operacional. Biazin e Godoy (2000) caracterizam esses níveis da seguinte forma:
• Nível estratégico: onde são definidas as políticas estratégicas de longo prazo da 
organização e planejamento estratégico da produção, resultando em um Plano de 
Produção (PP) suprindo todas as necessidades produtivas dentro de um período de 
longo prazo.
31
• Nível tático: onde são definidos os planos de médio prazo para a produção, resultando 
no Plano Mestre de Produção (PMP). O planejamento no nível estratégico é dividido 
detalhes para facilitar do controle e operação.
• Nível operacional: onde são definidos programas de produção de curto prazo. O PCP 
prepara a programação da produção com a administração de estoques, colocando em 
ordem, emitindo e liberando ordens de compra, fabricação e montagem, executando 
o acompanhamento e controle da produção.
O sistema de Planejamento e Controle da Produção (PCP) é aquele que planejae programa todas as operações e atividades da organização, controlando-as de modo 
que consiga ser alcançado um aumento na eficiência de todo o sistema produtivo. 
Em outras palavras, o sistema PCP é quem planeja as atividades necessárias 
para a execução da produção, desde a aquisição de matérias-primas, mão de obra, 
controle de processos produtivos e setores, movimentação de produtos e serviços até 
o consumidor final. Utilizando informações sobre a capacidade produtiva e os estoques 
de produtos existentes, pode ser determinado o tipo de produto a ser produzido e a 
quantidade estimada de produção (ZOCCHE, 2011).
FIGURA 21 – PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO
FONTE: <https://gmad.com.br/casa-do-mdf/wp-content/uploads/2019/07/lucro-2.jpg>. 
Acesso em: 6 jan. 2021.
O planejamento é uma função administrativa de otimização de recursos de 
entrada, que determina o que deve ser realizado para atingir os objetivos traçados 
(CHIAVENATO, 2004).
32
4.2 GESTÕES NA PRODUÇÃO DOS MOBILIÁRIOS
Pozo (2010 apud REBOUÇAS; CAMPOS NETO; FERREIRA, 2015, p. 3) afirma que: 
[...] as atividades de compras não são um fim em si próprio, mas sim 
uma atividade de apoio fundamental no processo produtivo, suprindo 
as demandas de materiais. Ainda segundo o autor, as atividades 
de compras têm por sua finalidade manter a organização numa 
posição competitiva no mercado através de ações de negociações 
de preços, buscas de materiais alternativos e no incessante trabalho 
de relacionamento com fornecedor.
FIGURA 22 – GESTÃO NA PRODUÇÃO
FONTE: <https://www.moveisdevalor.com.br/portal/cache/image/10769-sebrae-estrategias-setor-
moveleiro-770x499.jpg>. Acesso em: 6 jan. 2021.
O mercado moveleiro exige uma gestão capacitada, diferenciando uma redução 
de custos de pedidos urgentes e a seleção de fornecedores adequados, garantindo 
a qualidade no processo produtivo, incluindo compras com melhor preço, a entrega 
rápida, qualidade e confiança (MOREIRA, 2008).
33
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
• Mundialmente, as organizações que atuam em diversos ramos da economia priorizam 
na maioridade investimentos de capacitação de colaboradores e gerenciamento, 
assimilando ótimos resultados e desempenho em cada setor designado.
• É necessária uma mudança e avaliação do desempenho dos profissionais, do 
processo de desenvolvimento, da organização da equipe de trabalho e dos métodos 
utilizados.
• O objetivo inicial de propor um novo procedimento do existente, que permite colmatar 
as falhas atuais no processo de gestão dos projetos de moveleiros.
• A padronização é uma das estratégias no processo do desenvolvimento mobiliário. 
Está inserida em qualquer indústria produtiva. É necessária a inclusão de normalização, 
redução e sistema instigando a economia.
• O PCP é responsável pela organização e aplicação de recursos produtivos de modo 
que atenda aos planos estabelecidos em três níveis organizacionais: estratégico, 
tático e operacional.
34
1 O designer e o arquiteto inserem um processo criativo e inovador no desenvolvimento 
dos seus projetos e objetos, seguindo um protocolo de determinados mercados, 
priorizando os lançamentos de cada região em ascensão. A partir desses pressupostos, 
descreva o significado de Tendência Mobiliária. 
2 O PCP é responsável pela organização e aplicação de recursos produtivos de modo 
que atenda aos planos estabelecidos em três níveis organizacionais: estratégico, 
tático e operacional. A partir desses pressupostos, descreva as características dos 
três níveis. 
3 Na gestão de Produção de Mobiliário, existe um setor indispensável e eficiente para 
o fluxo e organização dentro da empresa ou indústria. A partir desses pressupostos, 
assinale a alternativa CORRETA. 
a) ( ) PCP – Planejamento de Controle de Produção.
b) ( ) PDP – Planejamento de Desenvolvimento de Produção.
c) ( ) PMP – Plano Mestre de Produção.
d) ( ) PCB – Plano de Controle Básico.
4 A execução de um projeto eficaz necessita de um gerenciamento e liderança 
capacitada na área, determinando uma equipe preparada com critério de organização 
e seleção de pessoas qualificadas, atingindo os objetivos e garantindo o sucesso. 
A partir desses pressupostos, assinale a alternativa CORRETA com os critérios 
importantes a serem aplicados:
a) ( ) Realismo, Desenvolvimento, Flexibilidade, Facilidade de Uso. 
b) ( ) Planejamento, Qualificação, Flexibilidade, Facilidade de Uso. 
c) ( ) Planejamento, Desenvolvimento, Flexibilidade, Facilidade de Uso. 
d) ( ) Realismo, Capacidade, Flexibilidade, Facilidade de Uso entre outros. 
5 O processo de desenvolvimento adere algumas áreas funcionais da empresa, 
especificamente a produção eficiente, indo desde o início até a finalização do produto. 
A partir desses pressupostos assinale a alternativa CORRETA com os critérios de 
processo segundo Cheng (2000):
FONTE: CHENG, L. C. Caracterização da gestão de desenvolvimento do produto: delineando o 
seu contorno e dimensões básicas. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE INOVAÇÃO E GESTÃO DE 
DESENVOLVIMENTO DO PRODUTO, 2., 2000, São Carlos. Anais [...]. São Carlos: IGDP, 2000. 
a) ( ) Planejamento do produto, Projeto do produto e Lançamento. 
b) ( ) Planejamento do produto, Lançamento do produto, Flexibilidade.
c) ( ) Planejamento do produto, Facilidade do produto, Flexibilidade. 
d) ( ) Planejamento do produto, Desenvolvimento do produto, Flexibilidade.
AUTOATIVIDADE
35
TÓPICO 3 - 
CRIAÇÃO PROJETUAL DO MOBILIÁRIO
1 INTRODUÇÃO
UNIDADE 1
Este Tópico trabalha o desenvolvimento e a criação do projeto do mobiliário e 
compreende o papel do designer, partindo das primeiras ideias e desenhos iniciais até o 
último item a ser finalizado (BONFIM 1995).
As fases do processo de produção são critérios estabelecidos pelo designer 
e estão na maioria das vezes acompanhados de outros profissionais de grande 
importância, como o marceneiro (CAVALCANTI, 2001).
O designer tem como prioridade a interação das relações do ser humano com 
o seu meio, e para isso utiliza ferramentas metodológicas para formar as suas ideias 
(DIJON,1999).
O estudo tem como objetivo demonstrar o processo projetual de um mobiliário 
desenvolvido através do referido a um conjunto de informações. 
“Na análise ergonômica, encontra-se a base de todo o desenvolvimento da 
forma e das soluções desenvolvidas, e assim foram observados padrões e adequações 
de medidas ergonomicamente adequadas para melhor adaptação ao conceito do móvel 
multifuncional” (SOUZA et al., 2017, p. 14).
A partir desses pressupostos, no Tópico 3 estudaremos os seguintes temas: 
(1) O estudo e compreensão de materiais e processos de fabricação de mobiliário; (2) 
a ergonomia, percepção e conforto de mobiliário; e (3) o entendimento do projeto do 
mobiliário.
2 MATERIAL E PROCESSOS DE FABRICAÇÃO DE MOBILIÁRIO
Os designers, nas criações de projetos, direcionam a importância em saber 
qual matéria-prima que o profissional irá trabalhar, pois cada material envolve um 
maquinário específico.
36
2.1 MATERIAIS UTILIZADOS NA INDÚSTRIA MOVELEIRA
A produtividade no setor moveleiro representa uma ampla atividade e demanda 
de muitos recursos de matérias-primas das florestas. Até a finalização dos móveis e 
das madeiras processadas, amplia para outras atividades de produtos, associando o 
fornecimento de insumos. (MARTINI, 2016).
A matéria-prima deriva de insumos de madeiras de reflorestamento, introduzindo 
o aproveitamento econômico das florestas nativas e mudas de insumos para gerar as 
madeiras, considerada o principal item para a extração florestal, alimentando grande 
parte da indústria moveleira (MARTINI, 2016).
Os agentes de reflorestamento são empresas produtoras de celulose, siderurgia 
e produtos sólidos de madeiras, como madeira serrada e chapas de madeiras, além de 
governos estaduais, pequenos produtores e outras empresas do ramo de reflorestamento 
(MARTINI, 2016).
O reflorestamento fornece madeira para as indústrias de móveise para outras 
atividades de produtos, separados e ou classificados como cadeia, uma delas o pinus 
e eucalipto, destinado para indústrias de celulose e papel, siderurgia (carvão e vegetal) 
(MARTINI, 2016).
A outra cadeia são os laminados, as esquadrias e os painéis, classificados 
como principais insumos básicos na indústria moveleira, já os blocos de madeira sólida 
(compensados e lâminas) e os reconstituídos (aglomerados, MDF, chapas, OSB e HDF) 
são considerados os produtos mais importantes (MARTINI, 2016).
FIGURA 23 – MATÉRIAS-PRIMAS
FONTE: <https://www.moveisdevalor.com.br/portal/cache/image/7860-Industria_em_Rondonia-
770x499.jpg> Acesso em: 6 jan. 2021.
37
Concluindo a cadeia principal de insumos necessários para a presença de tubos, 
fibras, pregos, colas, vidros, vernizes e tintas, elementos necessários para a fabricação 
de móveis, dependendo de cada estilo de móveis produzidos (MARTINI, 2016).
2.2 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO DO MOBILIÁRIO
O processo de fabricação é uma transformação inicial da matéria-prima 
até a finalização do produto acabado, engloba um conjunto de ideias, projetos, 
matérias-primas, seguido de um sistema(plano) de organização para a montagem ou 
industrialização (MOREIRA, 2004).
O processo de fabricação ordena uma sequência, aderindo os maquinários 
adequados para o objetivo, contando com reforço do processo de conformação 
mecânica, forjamento e estampagem, incluindo tecnologia e equipamentos modernos 
e permitindo um controle eficaz no processo produtivo, que garante a qualidade do 
produto (MOREIRA, 2004).
De acordo com Pinheiro (1999 apud TEIXEIRA, 2010, p. 17), “o setor moveleiro 
nacional é recente e encontra-se em fase de crescimento, adaptação ao mercado e o 
aperfeiçoamento de seu parque fabril”.
FIGURA 24 – LAYOUT
FONTE: <https://www.gabster.com.br/marcenaria/producao/3-passos-para-definir-um-layout-
ideal-na-marcenaria/>. Acesso em: 6 jan. 2021.
No processo de fabricação, inicialmente é necessária uma coordenação 
competente, contratando pessoas qualificadas e adequadas para as operações. Além 
disso, é necessário planejar sequências operacionais e definir o fluxo baseado nos 
recursos disponíveis. É importante implantar um layout, conforme Figura 24.
Parametri-
zação do 
sistema 
contrutivo
Progra-
mação da 
produção
CORTE
Duplagens
Laminação Furação
Pintura Pré- montagem
Expedição Carrega-mento
P
ro
d
u
ç
ã
o
38
3 ERGONOMIA, PERCEPÇÃO E CONFORTO DE MOBILIÁRIO
Caro acadêmico, lembre-se: sem ergonomia não existe projeto de mobiliário 
para o ser humano. O projetista design deve pensar nas características físicas e nas 
atividades das pessoas que utilizaram o mobiliário.
3.1 MOBILIÁRIO ERGONÔMICO
A ergonomia é uma prioridade na concepção dos espaços e no design de 
mobiliário, garantindo conforto, segurança e o bem-estar necessário. A Associação 
Internacional de Ergonomia (2000 apud GUÉRIN et al., 2001) define que é necessário 
que a ergonomia esteja no foco do desenvolvimento de todo e qualquer projeto, 
definindo uma disciplina científica relacionada a uma aplicação de teorias, princípios, 
dados e métodos a projetos a fim de otimizar o bem-estar humano e o desempenho 
global do sistema. 
Compreender as características dos corpos humanos é uma 
das principais tarefas de quem busca na ergonomia da forma 
humana uma ferramenta útil para alcançar a perfeição no 
projeto de mobiliário. Interessante notar que as etnias das 
pessoas representam um fator determinante para compreender 
a ergonomia humana previamente. Por exemplo, os orientais 
possuem tendência a serem baixos e magros, ao ponto que norte-
americanos são marcantes em virtude da altura e largura. 
FONTE: <https://www.vivendodecoracao.com.br/por-que-sem-
ergonomia-nao-existe-projeto-de-mobiliario/>. Acesso em: 6 jan. 2021.
IMPORTANTE
39
FIGURA 25 – PARÂMETRO DA ERGONOMIA
FONTE: <https://vivendodecoracao.com.br/old/wp-content/uploads/2016/05/ergonomia-
humana-2-1030x793.jpg>. Acesso em: 6 jan. 2021.
Um bom começo para atender os requisitos de ergonomia em prol dos colaboradores 
dentro dos ambientes de trabalho são as cadeiras de escritório. Elas devem dispor de 
características como:
1- Apoio para os braços: eles auxiliam na função de sustentação com objetivo de aliviar 
a tensão dos ombros e coluna cervical, principalmente em postos de trabalho onde o 
tampo da mesa não permita o apoio dos braços do usuário;
2- Regulagem de altura: é importante para que os pés estejam apoiados 
no chão e o assento não esteja numa altura que comprima as coxas e 
prejudique a circulação sanguínea. Caso isso não seja possível, deve-
se utilizar o apoio para os pés;
3- O encosto com apoio da curvatura da coluna vertebral, com possibilidade 
de regulagem de altura do apoio lombar, proporcionando liberdade 
de movimentos e adequando-se a postura de cada usuário.
4- Profundidade máxima do assento e borda frontal arredondada que 
não pressione a área posterior dos joelhos. Uma cadeira de porte 
maior que será compartilhada por usuários de estaturas diferentes 
deve ter dispositivo de regulagem dessa profundidade de assento.
5- Para uso contínuo no computador: regulagens independentes de 
inclinação do encosto e do assento. 
INTERESSANTE
40
6- Assento que faça a devida distribuição do peso do corpo, sem ser excessivamente 
profundo e macio e nem mesmo duro e plano.
7- As espumas do estofamento devem ter alta resiliência, ou seja, com pouca ou nenhuma 
deformação no seu uso. 
FONTE: <https://funcional.com.br/ergonomia-qual-a-sua-importancia-no-mobiliario-
corporativo/>. Acesso em: 6 jan. 2021.
FIGURA 26 – CADEIRA ERGONÔMICA
FONTE: <https://funcional.com.br/wp-content/uploads/2019/03/ergonomia-funcional-235x300.jpg>. 
Acesso em: 6 jan. 2021.
 Definições de ergonomia tem o objetivo de ressaltar o caráter interdisciplinar 
e seu objeto de estudo, a interação entre o homem e o trabalho, focando em 
uma das áreas da ergonomia, que trata das características da anatomia humana, 
antropometria, fisiologia e biomecânica, no âmbito da ergonomia física, objetivando 
melhorar o uso do produto, máquina ou sistema através de alterações de características 
físicas do produto, como dimensões, pesos, formas, resistências (GUÉRIN et al., 2001).
41
FIGURA 27 – ERGONOMIA NO PROJETO DE MOBILIÁRIO E MOBILIZAÇÕES
FONTE: <https://vivendodecoracao.com.br/old/wp-content/uploads/2016/05/ergonomia-
humana.jpg>. Acesso em: 6 jan. 2021.
A definição de ergonomia estabelece requisitos e parâmetros do mobiliário, 
além dos estudos e adequações, e faz necessária a análise de tarefas para o 
cumprimento de medidas e dimensões exigidas. Utilizada por Lima e Torres (2014), por 
se tratar de mobiliário multifuncional, faz-se analisar as diversas formas do uso de um 
determinado objeto.
3.2 CONFORTO E FUNCIONALIDADE DOS MÓVEIS
O design de um móvel exige uma perfeita junção, unindo o conforto e a 
funcionalidade, atualizando no passar dos anos, evoluindo assim estes quesitos (GUÉRIN 
et al., 2001).
42
Cavalcanti (2001) complementa que somente após os anos 1970 o móvel se 
ajustou completamente às novas exigências de moradia contemporânea. Período 
marcado principalmente por móveis característicos e que se adequaram às novas 
dimensões dos ambientes, pelo acúmulo de múltiplas funções e pela utilização de uma 
mesma peça para diversas funções. “Conforto significa muito mais que algo físico; 
conforto de verdade é tão cultural quanto físico, e tem significado diferentes coisas para 
diferentes pessoas em diferentes tempos” (CONFORTO [...], 2018, s. p.).
FIGURA 28 – CONFORTO E FUNCIONALIDADE
FONTE: <encurtador.com.br/EMYZ5>. Acesso em: 6 jan. 2021.
O móvel funcional consiste na praticidade, beleza, qualidade e principalmente o 
conforto. Um móvel funcional é considerado como aspecto de organização e otimização 
do ambiente projetado.
Um móvel ergonômico significa conforto e adere bem-estar ao espaço, além de 
idealizar um ambiente personalizado.
4 PROJETO DO MOBILIÁRO

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