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AULA 2 MERCADOS FINANCEIROS

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DEFINIÇÃO
Apresentação do sistema financeiro como parte fundamental de toda a sociedade
econômica moderna e sua responsabilidade pela conexão entre agentes e
recursos, além de suas particularidades com relação ao sistema de cada país e o
estudo sobre as instituições do sistema financeiro brasileiro.
PROPÓSITO
Apresentar o conhecimento da estrutura do Sistema Financeiro Nacional como
parte de inúmeras profissões e tarefas, tanto no sistema financeiro quanto em
empresas usuárias de financiamentos ou outras operações financeiras.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Definir a estrutura do Sistema Financeiro Nacional (SFN) e das instituições
monetárias e não monetárias
MÓDULO 2
Identificar as instituições normativas do SFN
MÓDULO 3
Identificar as instituições supervisoras do SFN
INTRODUÇÃO
O Sistema Financeiro Nacional (SFN) é um conjunto de instituições e regras
essencial para o funcionamento da economia brasileira. Veremos, neste tema, um
pouco da história dessas instituições e estudaremos sua estrutura e seus atores
principais.
Analisaremos o papel dos bancos comerciais na economia do Brasil e como eles
“criam moeda”, além de verificarmos como ocorre a atuação das diversas
instituições normativas e supervisoras do SFN, como a Comissão de Valores
Mobiliários (CVM), o Banco Central do Brasil (BCB), o Conselho Monetário
Nacional (CMN) e outros agentes ligados ao setor público.
MÓDULO 1
 Definir a estrutura do Sistema Financeiro Nacional (SFN) e das
instituições monetárias e não monetárias
Este módulo traz definições do Sistema Financeiro Nacional (SFN), apresentando
alguns dos temas e conceitos mais importantes, bem como sua estrutura e sua
história. Além disso, veremos a distinção entre instituições monetárias e não
monetárias, como também a apresentação do conceito de multiplicador monetário.
A ESTRUTURA DO SFN
Os agentes econômicos (famílias, empresas e governo) tomam, frequentemente,
decisões com relação a consumo, poupança e investimento. Isso tem especial
importância para a compreensão do sistema financeiro, visto que, para que essas
operações aconteçam na economia, é necessário viabilizar fluxos de recursos de
poupadores (agentes que recebem mais do que consomem) para tomadores de
recursos (agentes que consomem mais do que recebem).
A partir da necessidade do intermédio de um agente para essas operações,
surgem as instituições financeiras. Dessa forma, define-se o sistema financeiro
como o conjunto de instituições e instrumentos (serviços) que permitem o
fluxo financeiro entre poupadores e tomadores de recursos.
O sistema financeiro é composto por quatro grandes mercados:
MONETÁRIO
utilizado pelo Banco Central do Brasil (BCB) para controlar a liquidez da
economia, isto é, a quantidade de moeda em circulação;
DE CRÉDITO
aqui, os intermediários financeiros, normalmente, os bancos comerciais, captam
recursos de alguns agentes (por exemplo, através de depósitos em conta
corrente) e emprestam a outros. O Banco Central é o principal responsável pelo
controle, normatização e fiscalização desse mercado;
BANCOS COMERCIAIS
Instituições que financiam indivíduos e empresas, e, para isso, obtêm
recursos a partir da captação de depósitos à vista, livremente movimentáveis.
Ou seja, você deposita seu dinheiro na conta corrente e o banco pode
emprestar a alguém.
DE CÂMBIO
também é supervisionado pelo Banco Central e caracterizado pelas trocas de
moedas estrangeiras (por exemplo, dólares ou euros) por moeda nacional (reais);
DE CAPITAIS
também chamado de mercado de valores mobiliários, surgiu a partir das
necessidades das firmas por recursos, muitas vezes em volume superior ao que
as instituições poderiam ou estariam dispostas a emprestar.
O mercado de capitais, assim como o de crédito, liga tomadores e poupadores,
mas não há um intermediário financeiro propriamente dito: é uma relação direta.
Os intermediários prestam diversos serviços de apoio, mas não ficam com o risco.
O principal exemplo é o mercado de ações. Os participantes devem seguir as
normativas da Comissão de Valores Mobiliária (CVM) e são regulados pelo BCB.
javascript:void(0)
O SFN PODE SER DIVIDIDO EM TRÊS NÍVEIS:
ÓRGÃOS NORMATIVOS, ENTIDADES
SUPERVISORAS E OPERADORES. OS ÓRGÃOS
NORMATIVOS E AS ENTIDADES
SUPERVISORAS SERÃO ABORDADOS COM
MAIS DETALHES NOS MÓDULOS 2 E 3,
RESPECTIVAMENTE.
Os operadores são instituições que exercem atividades de captação,
intermediação e aplicação no SFN, sendo as entidades mais conhecidas. Alguns
exemplos são: o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal e todos os bancos
comerciais.
Órgãos
Normativos
Entidades
Supervisoras
Operadores
Conselho
Monetário
Nacional
(CNM) Banco Central do
Brasil (BACEN)
Instituições
financeiras
captadoras de
depósito à
vista 
Demais
instituições
financeiras
Outros
intermediários
financeiros e
administradores
de recursos de
terceiros
Órgãos
Normativos
Entidades
Supervisoras
Operadores
Comissão de
Valores
Mobiliários
(CVM)
Bolsa de
mercadorias e
futuros 
Bolsa de
valores
Conselho
Nacional de
Seguros
Privados
(CNSP)
Superintendência
de Seguros
Privados
Resseguradores 
Sociedades seguradoras 
Sociedade de capitalização 
Entidades abertas de previdência
complementar
Conselho
Nacional de
Previdência
Complementar
(CNPC)
Superintendência
Nacional de
Previdência
Complementar
(PREVIC)
Entidades
fechadas de
previdência
complementar
(fundos de
pensão)
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
BREVE HISTÓRICO DO SFN
O Brasil levou muitas décadas para estabelecer um sistema financeiro moderno e
robusto como o atual.
1500
Com a descoberta oficial do País, em 1500, a Europa já possuía um sistema
bancário, bem como países com moeda própria. Porém, até que esta tecnologia
chegasse ao Brasil, especialmente com relação à criação de uma rede bancária,
demorou muito tempo.
1808
Antes da chegada da família real portuguesa ao Brasil, em 1808, não era
permitido o funcionamento de bancos na, então, colônia de Portugal. Depois
disso, a inauguração do Banco do Brasil foi um marco para a história do SFN.
Entretanto, a atuação desta instituição em relação à concessão de crédito se
revelou bastante tímida, uma vez que um dos papéis do banco era o de custear os
gastos da coroa portuguesa, por meio da impressão de dinheiro. Tal fato, contudo,
acabava gerando inflação.
1822
Após a independência e com o fim do tráfico de escravos, a necessidade de
prover recursos a empreendimentos agrícolas, industriais etc. foi se mostrando
cada vez mais elevada.
Instituições financeiras começaram a surgir e, com isso, passaram a financiar
lavouras, expansão de fábricas, exportação e importação de bens, bem como
mitigar problemas que hoje são cobertos por qualquer seguradora. O Estado foi
ganhando um protagonismo cada vez maior no SFN, seja como ator principal, a
partir da criação de bancos federais e estaduais, seja como regulador, criando leis
para fazer com que todo sistema se tornasse cada vez mais seguro.
1945
Após a Segunda Guerra Mundial, os sistemas financeiros mundiais apresentaram
grandes progressos. O Brasil acompanhou essa tendência. A criação da
Superintendência da Moeda e do Crédito (SUMOC), em 1945, assim como da
Carteira de Redesconto e, por fim, do Banco Central do Brasil, em 1964, mostram
o esforço do Estado em tornar o sistema financeiro mais seguro e menos instável.
1988
Na esfera internacional, em 1988, foi firmado o Primeiro Acordo de Capital de
Comitê de Basileia, na Suíça, grande marco na regulação mundial das instituições
financeiras, que visava oferecer mais segurança ao sistema financeiro. Os países
signatários tinham como objetivo estabelecer normas para o bom funcionamento
do sistema financeiro dos participantes, firmando requisitos que devem ser
observados para a atuação no setor. Com o passar dos anos, as autoridades
monetárias de inúmeros países, inclusive o Brasil, se encontraram para atualizar
asnormas estabelecidas.
1994
Com o fim da hiperinflação no Brasil, em 1994, o sistema financeiro passou por
grave crise: o sistema estava “viciado” em alta inflação e perdeu parte de sua
fonte de lucro. Em 1995, com a falência de uma série de instituições financeiras, o
Governo interveio no sistema bancário por meio do Programa de Estímulo à
Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional (PROER).
Com ele, uma grande soma de recursos públicos foi injetada no sistema financeiro
para conter a falência de algumas instituições financeiras que se encontravam em
apuros.
2008
Durante a crise de 2008, o SFN conseguiu dar uma reposta e não foi fortemente
afetado pelo evento, como em outros países.
Após esse breve histórico do SFN, podemos introduzir a noção de instituições
financeiras monetárias e não monetárias.
MULTIPLICADOR MONETÁRIO E
INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS
MONETÁRIAS E NÃO MONETÁRIAS
Instituições financeiras monetárias (ou bancárias) são aquelas que podem obter
recursos a partir de depósitos em poupança ou conta corrente. Os bancos
comerciais são as instituições de maior relevância nesse grupo, dado que têm
forte atuação no sistema financeiro de qualquer nação capitalista.
Além dos bancos comerciais, cooperativas de crédito (associação de produtores
agrícolas que presta serviços financeiros apenas aos seus associados) e bancos
múltiplos (que prestam outros serviços, além daqueles ofertados pelos bancos
comerciais, como concessão de crédito imobiliário) são exemplos de instituições
financeiras monetárias.
AS INSTITUIÇÕES MONETÁRIAS TÊM OUTRA
FUNÇÃO FUNDAMENTAL: “CRIAM DINHEIRO”,
OU SEJA, AFETAM A QUANTIDADE DE MOEDA
EM CIRCULAÇÃO NA ECONOMIA. SENDO
ASSIM, VAMOS OBSERVAR OS AGREGADOS
MONETÁRIOS, QUE AJUDAM NA
CLASSIFICAÇÃO DOS ATIVOS QUE PODEM
SER USADOS COMO MOEDA (OU SEJA, BENS
OU DIREITOS QUE PODEM SER USADOS PARA
FAZER TROCAS). 
A MOEDA É UM ATIVO IMPORTANTE,
GERANDO OFERTA E DEMANDA PARA ESTA.
PODEMOS MOSTRAR QUE EXISTE UMA
RELAÇÃO ENTRE A OFERTA MONETÁRIA
(VOLUME TOTAL DE MOEDA NA ECONOMIA) E
A BASE MONETÁRIA (VOLUME FÍSICO DE
MOEDA CRIADA PELO BANCO CENTRAL).
Em outras palavras, isso significa que, se o Banco Central emite R$1.000,00 em
papel-moeda e o multiplicador é igual a 3, temos, de fato, R$3.000,00 de moeda
em circulação na economia. O multiplicador monetário/bancário revela em quanto
a oferta monetária crescerá (cairá) se aumentarmos (reduzirmos) em R$1,00 a
base monetária da economia.
Podemos derivar esse multiplicador e ainda compreender como o sistema
bancário brasileiro e do exterior são capazes de criar dinheiro.
Considere que os indivíduos desejam manter uma quantia C de moeda, para fazer
transações (R$20,00 por exemplo). Os bancos, por sua vez, terão uma quantia de
depósitos D dos seus correntistas e um excesso de reservas ER, que são nada
mais do que uma quantia de recursos que os bancos não utilizam para realizar
suas operações. Vamos definir as seguintes proporções:
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Ou seja, “c” é a razão entre o dinheiro que as pessoas mantêm e o que depositam
no banco: se tenho R$20,00 na carteira e R$100,00 no banco, c = 20%. Por sua
vez, “e” é a proporção de recursos que os bancos mantêm em caixa: se o meu
banco empresta R$40,00 dos R$100,00 que depositei e, portanto, mantém
R$60,00 em caixa, temos e = 60%.
Definimos, também, a reserva compulsória RR: é um mecanismo utilizado pelo
Banco Central para manter a estabilidade do sistema financeiro e combater a
inflação. Assim, a autoridade monetária exige que os bancos mantenham uma
certa porcentagem dos depósitos dos correntistas no próprio BCB.
Já as reservas voluntárias ER são as que só dependem das estratégias adotadas
pelos próprios bancos. O total de reservas dos bancos comerciais será dado pela
seguinte relação:
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
c = C
D
e = ER
D
R = RR + ER
Se um banco mantém ER = R$300,00 em caixa, sendo obrigado a manter RR =
R$200,00 no Banco Central, temos, então, R= 200 + 300 = R$500,00. A
autoridade monetária estabelece ainda a porcentagem rr do total de depósitos
recebidos pelo banco, que deverá ser mantido em uma conta no BCB.
Portanto, temos que RR também pode ser escrito da seguinte maneira:
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Podemos substituir essa relação na expressão das reservas R, de maneira que
obtemos essa nova relação:
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
É importante notar que, como rr é definido pela autoridade monetária e varia entre
0 e 1, os bancos não precisam manter a totalidade dos depósitos dos
correntistas e, com isso, podem emprestar mais recursos do que dispõem.
Os bancos utilizam essa estratégia, pois acreditam que os correntistas não
sacarão a totalidade dos seus recursos de uma só vez. Se um cliente deposita
R$1.000,00, o banco pode emprestar uma parte desse montante a outros
correntistas.
De maneira mais prática, vamos assumir que o Banco Central exija que rr=50%.
Portanto, para cada R$1,00 depositado, R$0,50 são mantidos no BCB. Os R$0,50
restantes podem ser utilizados pelo banco para conceder empréstimos,
financiamentos, entre outros serviços.
RR = rr ⋅ D
R =(rr. D)+ER 
A base monetária MB deve ser igual à quantidade de moeda em poder do público
C e o total de reserva dos bancos R. Logo:
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Vimos que c e e nos dão a proporção de moeda em poder do público C e excesso
de reservas ER sobre os depósitos D, respectivamente. Podemos incorporar
essas relações à equação que vimos anteriormente
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Se dividirmos todos os termos da equação acima por (rr+e+c), temos a seguinte
relação entre depósitos e base monetária:
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
MB = R + C
MB = R + C = (rr. D) + ER + C   
MB = R + C = (rr. D) + ER + C
MB = (rr. D) + (e. D) + (c. D) = (rr + e + c). D
D = ⋅ MB1
( rr+e+c )
Podemos definir M como a soma de depósitos à vista com o papel moeda em
poder do público (ou seja, o que as pessoas carregam na carteira ou guardam em
casa). Esta relação pode ser escrita como M = C + D = cD + D = (1+c)D.
Finalmente, podemos reescrever a equação da oferta de moeda da seguinte
forma:
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Agora você sabe como o sistema bancário é capaz de criar moeda e sobre a
atuação do Banco Central para que os bancos não criem moeda em excesso. A
criação excessiva de moeda pode gerar inflação ou instabilidade no sistema.
Nesse contexto, os correntistas correm perigo de não encontrar a quantia que
desejam disponível para saque.
Caso os correntistas percam confiança na capacidade do banco para a devolução
de seus recursos, eles vão correr até a instituição para sacar o máximo de
recursos que puderem. Tais episódios, muito comuns no passado, conhecidos
como corridas bancárias, são pouco comuns hoje em dia, especialmente no Brasil.
Entretanto, em 2019, um rumor de que o Metro Bank da Inglaterra encerraria as
suas atividades acabou por gerar longas filas nas agências da instituição, com
correntistas desesperados para sacar suas economias.
Posteriormente, o rumor se mostrou infundado, visto que a instituição continuava
em pleno funcionamento. Contudo, mesmo com o Metro Bank sendo capaz de
M = ⋅ MB1+c
( rr+e+c )
m = 1+c
( rr+e+c )
acalmar os rumores, suas ações caíram 9% e muitos correntistas encerraram
suas contas.
INSTITUIÇÕES MONETÁRIAS E NÃO-
MONETÁRIAS
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA A RESPEITO DO
SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL (SFN):
A) O Brasil possuía um sistema bancário desenvolvido enquanto era colônia de
Portugal.
B) O sistema financeiro brasileiro não acompanhou as mudançasinternacionais
após a Segunda Guerra Mundial.
C) O SFN atravessou uma crise na década de 1990, após o fim da hiperinflação.
D) O Banco Central do Brasil foi criado quando a família real portuguesa chegou
ao Brasil.
2. QUAL É O FATOR QUE DETERMINA A DISTINÇÃO ENTRE AS
INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS MONETÁRIAS E NÃO
MONETÁRIAS?
A) Criação de moeda.
B) Governança.
C) Atuação no mercado de títulos públicos.
D) Prazo de empréstimos.
GABARITO
1. Assinale a alternativa CORRETA a respeito do Sistema Financeiro
Nacional (SFN):
A alternativa "C " está correta.
 
Os bancos brasileiros eram “viciados” em hiperinflação e atravessaram
dificuldades com a estabilização da moeda.
2. Qual é o fator que determina a distinção entre as instituições financeiras
monetárias e não monetárias?
A alternativa "A " está correta.
 
Vimos que instituições financeiras monetárias têm a capacidade de criar moeda e
captar recursos de seus clientes, instituições financeiras não monetárias não têm
o mesmo poder.
MÓDULO 2
 Identificar as instituições normativas do SFN
Instituições normativas são aquelas que estabelecem as normas necessárias para
o funcionamento do Sistema Financeiro Nacional. São elas: Conselho Monetário
Nacional (CMN), Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) e o Conselho
Nacional de Previdência Complementar (CNPC).
Vamos discutir a função e a atuação de cada uma dessas instituições.
CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL
(CMN)
CRIADO EM 1964, DURANTE AS REFORMAS
DE ESTABILIZAÇÃO ECONÔMICA
ORGANIZADAS PELOS MINISTROS ROBERTO
CAMPOS (PLANEJAMENTO) E OTÁVIO
GOUVEIA DE BULHÕES (FAZENDA).
Tais reformas acabaram por controlar a inflação, que vinha crescendo, criando
maneiras mais saudáveis de financiar os gastos públicos, especialmente a partir
da possibilidade de negociar títulos públicos, que é um instrumento utilizado pelos
governos para captar recursos junto ao mercado e que devem ser devolvidos
acrescidos de juros, após um prazo preestabelecido.
Nessa época, o CMN era composto por uma série de membros do Governo,
sindicatos patronais e dos trabalhadores. Esse fato acabava por tornar o conselho
um espaço extremamente propício ao lobby, pois era de lá que saiam decisões
bastante relevantes para inúmeros agentes econômicos.
LOBBY
Atividade de pressão de um grupo organizado (de interesse, de propaganda
etc.) sobre políticos e poderes públicos, que visa exercer sobre estes
qualquer influência ao seu alcance, mas sem buscar o controle formal do
governo.
javascript:void(0)
 
Fonte: Noska Photo/Shutterstock
Somente em 1995, após o fim da hiperinflação, houve uma mudança na
composição do CMN, que passou a ter apenas três integrantes: os ministros do
Planejamento e da Fazenda e o presidente do Banco Central do Brasil. Nesse
arranjo, o presidente da instituição é o ministro da Fazenda.
 
Em 2019, porém, com uma profunda reforma administrativa, tanto o Ministério da
Fazenda como o do Planejamento foram incorporados ao Ministério da Economia.
Isso fez com que o CMN sofresse outra mudança, de forma que os integrantes
atuais são o ministro da Economia, o presidente do Banco Central do Brasil e o
secretário especial da Fazenda.
As reuniões dos membros citados ocorrem uma vez por mês e as decisões são
tomadas a partir de seus votos. O principal objetivo do Conselho é formular a
política da moeda e do crédito do País.
Compete ao CMN regular os valores interno e externo da moeda. Assim sendo,
adaptará a quantidade de moeda em circulação às necessidades da economia. É
comum que moedas estrangeiras (dólar, euro, libra etc.) circulem na economia
brasileira de formas variadas, o que tem impacto no balanço de pagamentos do
País.
BALANÇO DE PAGAMENTOS
É um instrumento de contabilidade nacional que mostra as transações do país
com o exterior.
 ATENÇÃO
Como foi dito, outras moedas circulam no Brasil, mas não podem ser utilizadas,
pois o Real é oficial. Com isso, caso um exportador, que recebe sua renda em
dólares, queira comprar produtos aqui, terá de converter seus dólares em reais.
O mesmo ocorre com um importador que deseja adquirir, por exemplo, insumos
no exterior. Ele terá que trocar seus reais por dólares e pagar os fornecedores fora
do País. A entrada e a saída de divisas estrangeiras serão registradas no balanço
de pagamentos e seu equilíbrio é vital para o bom funcionamento de qualquer
economia capitalista.
Se o Brasil sofrer uma fuga de capitais (forte saída de dólares), o equilíbrio do
balanço de pagamentos fica comprometido, o que pode impactar negativamente a
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atividade econômica.
 EXEMPLO
O “Efeito Tequila”, em 1995, impactou fortemente os balanços de pagamentos e
as economias latino-americanas. Com a crise econômica que se alastrava no
México, investidores — receosos que os demais países da região também
entrassem numa grave crise — começaram a tirar suas aplicações dos países da
região.
ATRIBUIÇÕES DO CONSELHO
MONETÁRIO NACIONAL
A IMPORTÂNCIA DO CMN PARA A
ESTABILIDADE ECONÔMICA NACIONAL É
TAMANHA QUE ELE RECEBE O TÍTULO DE
ÓRGÃO DELIBERATIVO MÁXIMO DO SISTEMA
FINANCEIRO NACIONAL.
CONSELHO NACIONAL DE SEGUROS
PRIVADOS (CNSP)
Em um mundo onde há riscos, já que é impossível fazermos previsões perfeitas, é
natural que os indivíduos queiram se proteger de adversidades. Dessa forma, os
seguros foram se popularizando ao longo dos séculos e atuam mitigando
problemas relacionados à saúde, manutenção e proteção de bens físicos e vida.
O Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) é o órgão responsável por
estabelecer normas e diretrizes para o setor em questão.
O CNSP É RESPONSÁVEL POR FIXAR
NORMAS A SEREM OBSERVADAS PELAS
SEGURADORAS PRIVADAS, COMO AFIXAÇÃO
DE CARACTERÍSTICAS DE CONTRATOS,
CRIAÇÃO DE ÍNDICES E NORMAS TÉCNICAS
COM RELAÇÃO A TARIFAS E INVESTIMENTOS.
ALÉM DE SUA ATRIBUIÇÃO NORMATIVA, É
RESPONSÁVEL POR FISCALIZAR AS
INSTITUIÇÕES DO SEGMENTO.
O órgão em questão deve zelar, também, pela racionalidade e sustentabilidade
financeira dos contratos firmados em seguradoras e segurados, como forma de
não comprometer a saúde financeira das primeiras. A profissão de corretor de
seguros é, inclusive, regulada pelo CNSP.
Visando obter mais lucros, corretoras de seguro podem entrar em projetos
arriscados (é o mesmo problema que afeta os bancos). Caso o contratante
necessite de um montante de recursos muito elevado, a seguradora pode acabar
quebrando e/ou não podendo arcar com os custos da adversidade.
 EXEMPLO
Um aeroporto de grande porte pode ser atingido por um furacão ou incêndio.
Dessa forma, é comum que mais de uma empresa de seguro divida o risco da
operação em caso de projetos do porte em questão.
Cabe ainda ao CNSP punir e até excluir operadores do mercado, caso não sigam
as normas estabelecidas. Dessa forma, o conselho acaba por regular sociedades
seguradoras e corretores de seguro.
Ele regula também entidades abertas de previdência complementar (mas não as
fechadas, que são reguladas pelo Conselho Nacional de Previdência
Complementar — CNPC). Tanto as entidades abertas quanto as fechadas têm o
mesmo objetivo: poupar para a aposentadoria. A seguir, são apresentadas as
diferenças entre elas:
PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR FECHADA
É restrita a um grupo de trabalhadores e, normalmente, é contratada por uma
firma para um grupo grande de funcionários. A taxa de administração, com esse
efeito escala, acaba por se revelar mais atrativa;
PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR ABERTA
Permite que trabalhadores com diferentes vínculos contratem o serviço, sem a
necessidade de estarem ligados a uma empresa específica.
Planos como o Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) e o Vida Gerador de
Benefício Livre (VGBL) são os mais populares no mercado.
CONSELHO NACIONAL DE
PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR
(CNPC)
A atribuição do CNPC é regular o regime de previdência complementar operado
pelas entidades fechadas.
Além do ministro da Previdência Social, que preside o Conselho, participam o
ministro da Economia, representantesda Superintendência Nacional de
Previdência Complementar (Previc), Secretaria de Políticas de Previdência
Complementar (SPPC), Casa Civil da Presidência da República, entidades
fechadas de previdência complementar, patrocinadores e instituidores de planos
de benefícios das entidades fechadas de previdência complementar e dos
participantes e assistidos de planos de benefícios.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. (INAZ DO PARÁ/BANPARÁ/TÉCNICO BANCÁRIO 2014)
ASSINALE A OPÇÃO QUE APRESENTA UM ÓRGÃO
DELIBERATIVO MÁXIMO DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL:
A) Banco Central do Brasil.
B) Conselho Monetário Nacional.
C) Comissão de Valores Mobiliários.
D) Conselho Nacional de Seguros Privados.
2. SE VOCÊ TEM UMA EMPRESA COM VINTE FUNCIONÁRIOS E
QUER FAZER UM PLANO DE PREVIDÊNCIA PARA ELES, QUAL
ÓRGÃO VAI ESTABELECER AS NORMAS COM A CORRETORA
DE SEGUROS?
A) Banco Central.
B) CNPC.
C) CMN.
D) CNSP.
GABARITO
1. (INAZ DO PARÁ/BANPARÁ/TÉCNICO BANCÁRIO 2014) Assinale a opção
que apresenta um órgão deliberativo máximo do Sistema Financeiro
Nacional:
A alternativa "B " está correta.
 
O CMN regula os tipos de operação que as instituições financeiras podem realizar
ou apoiar. Além disso, é um órgão que auxilia a saúde financeira das instituições
da área. Sua importância para a estabilidade econômica nacional é tamanha que
ele recebe o título de órgão deliberativo máximo do Sistema Financeiro Nacional.
2. Se você tem uma empresa com vinte funcionários e quer fazer um plano
de previdência para eles, qual órgão vai estabelecer as normas com a
corretora de seguros?
A alternativa "B " está correta.
 
O Banco Central e o CMN não regulam ou criam normas para corretora de
seguros. Vimos programas que têm o mesmo objetivo: poupar para a
aposentadoria. Entretanto, dado que existe uma restrição para um deles, isso faz
com que a previdência complementar fechada esteja sob a alçada do Conselho
Nacional de Previdência Complementar (CNPC).
MÓDULO 3
 Identificar as instituições supervisoras do SFN
INSTITUIÇÕES SUPERVISORAS NO
SFN
As instituições supervisoras realizam atividades complementares às
desempenhadas pelas instituições normativas, sendo responsáveis pela
supervisão das instituições sob sua responsabilidade e possuem função de
fiscalização.
Além disso, elas têm o objetivo de regulamentar as diretrizes definidas ou as
normas elaboradas por instituições normativas. As instituições supervisoras
pertencentes ao SFN são: Banco Central do Brasil (BCB ou BACEN); Comissão
de Valores Mobiliários (CVM); Superintendência de Seguros Privados (SUSEP); e
Superintendência Nacional de Previdência Complementar (PREVIC).
ANTES DE COMEÇARMOS A TRATAR DE
QUESTÕES RELATIVAS AO BANCO CENTRAL
DO BRASIL, ALGUMAS PERGUNTAM PODEM
SURGIR, COMO POR EXEMPLO: COMO E
ONDE SURGIU O PRIMEIRO BANCO COM
CARACTERÍSTICAS DE BANCO CENTRAL?
POR QUE ELE EXISTE? QUAIS SÃO AS
FUNÇÕES CLÁSSICAS DE UM BANCO
CENTRAL?
Com relação à primeira pergunta, o Banco da Inglaterra, fundado em 1694, foi o
primeiro a adotar algumas das atuais funções de um banco central. Na época, o
governo inglês concedeu a ele o monopólio de emissão de moeda na região de
Londres. Além disso, a instituição atuava como o banqueiro do governo.

A segunda pergunta tem basicamente duas justificativas. Uma de ordem
macroeconômica: o banco central é responsável pelas políticas monetária e
cambial de um país. A outra, de ordem microeconômica: o banco central atua para
promover a estabilidade do sistema financeiro.
Um banco central possui algumas funções consideradas clássicas, mas como
cada país tem seu próprio BC, uma nação pode decidir que outros órgãos
desempenhem essas funções. Dito isso, as funções clássicas são:
Monopólio de emissão de moeda;
Banqueiro do governo;
Banco dos bancos;
Supervisor do sistema financeiro;
Responsável pela política monetária;
Responsável pela política cambial;
Depositário das reservas internacionais;
Assessor econômico do Governo.
Na maioria dos países, a principal missão do banco central é garantir a
estabilidade de preços, evitando a desvalorização da moeda. A autoridade
monetária visa proteger a sociedade, impedindo a transferência de riqueza da
população para o Governo por meio da inflação.
AS CARACTERÍSTICAS DO BANCO
CENTRAL DO BRASIL
O Banco Central do Brasil foi criado em dezembro de 1964, pela Lei nº 4.595, a lei
de Reforma Bancária. Antes da criação do BCB, suas atividades eram exercidas
pela Superintendência da Moeda e do Crédito (Sumoc), pelo Conselho Superior
da Sumoc, pelo Banco do Brasil e pelo Tesouro Nacional.
Essa mesma lei também criou o Conselho Monetário Nacional (CMN), que
extinguiu o Conselho Superior da Sumoc.
FUNÇÕES DO BANCO CENTRAL
O BACEN (outra sigla para o Banco Central) apresenta cinco funções principais
no país: a primeira e, talvez, a mais conhecida é a de emissor de moeda, papel-
moeda (cédulas) e moeda metálica, e executor dos serviços do meio
circulante. O CMN define os limites e as diretrizes para a emissão, mas quem de
fato emite é o BCB.
É comum que surja dúvida com relação ao papel da Casa da Moeda do Brasil
(CMB) nessa história. Portanto, vale o registro de que o BCB emite e a CMB
fabrica a moeda.
 
Fonte: RHJPhtotoandilustration/Shutterstock
O objetivo do Banco Central é que o meio circulante (total de cédulas e moedas
em circulação no país) satisfaça a demanda de dinheiro indispensável à atividade
econômico-financeira da nação sem causar desequilíbrios nos preços.

Em outras palavras, uma quantidade de moeda superior à necessidade da nação,
geralmente, provoca inflação, e uma quantidade inferior pode provocar deflação. É
importante destacar que nenhuma dessas situações — inflação excessiva ou
deflação — é desejável, pois ambas geram e evidenciam situações de
desequilíbrio na economia.
Para atender à demanda por moeda, também, é necessário que o BCB execute os
serviços de meio circulante, isto é, que ele substitua as cédulas rasgadas com
defeito e as moedas que desapareceram.
ALÉM DA EMISSÃO DE MOEDA E DA
EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS DE MEIO
CIRCULANTE, O BANCO CENTRAL PODE
CONTROLAR A QUANTIDADE DE MOEDA EM
CIRCULAÇÃO NA ECONOMIA DE OUTRAS
FORMAS, EXECUTANDO, ASSIM, A POLÍTICA
MONETÁRIA, A SEGUNDA FUNÇÃO DO BCB. 
BASICAMENTE, A POLÍTICA MONETÁRIA É
CONSTITUÍDA POR AÇÕES TOMADAS PELO
BANCO CENTRAL COM O OBJETIVO DE
AFETAR A TAXA DE JUROS (O CUSTO DO
DINHEIRO) E A QUANTIDADE DE DINHEIRO NA
ECONOMIA. PARA ISSO, O BACEN UTILIZA
DIVERSOS INSTRUMENTOS. A EMISSÃO DE
MOEDA É UM MEIO DE POLÍTICA MONETÁRIA,
MAS É POUCO UTILIZADO NO BRASIL.
A terceira função do Bacen é controlar o crédito em circulação na economia. As
regulamentações sobre o mercado de crédito são um importante instrumento para
política monetária. O Bacen pode restringir ou expandir os meios de pagamento
com alterações nas alíquotas dos depósitos compulsórios dos bancos, como visto
no módulo 1.
 VOCÊ SABIA
Em março de 2020, o Banco Central do Brasil reduziu a alíquota de compulsório
sobre depósitos a prazo de 25% para 17%. O BCB comunicou que medida visava
aumentar a liquidez, isto é, a quantidade de moeda circulando na economia
brasileira, reduzindo, dessa forma, os impactos econômicos da Covid-19.
No entanto, a autoridade monetária informou que assim que a economia se
recuperasse da pandemia, a alíquota voltaria ao patamar de 25%. Em 2018, a
alíquota de depósitos à vista foi reduzida para 21% e a de depósitos de poupança
para 20%.
HISTORICAMENTE, NO BRASIL, O
COMPULSÓRIO SEMPRE TEVE ALÍQUOTAS
ELEVADAS, RETRATANDO UMA
PARTICULARIDADE NOSSA. EM OUTRAS
PALAVRAS, OS NÍVEIS DO COMPULSÓRIO NO
PAÍS ESTÃO BEM ACIMA DOS PRATICADOS
INTERNACIONALMENTE.
Além disso, os países dão tratamentos diferentes à remuneração dos recursos
depositados na conta do Banco Central.
 EXEMPLO
Na Colômbia, não há remuneração dos recursos. No Brasil, os recursos
provenientes dos depósitos à vista depositados pelos bancos no BCB não
possuem rendimento; já os depósitos a prazosão remunerados à taxa Selic (a
taxa básica de juros definida pelo próprio Banco Central) e os depósitos de
poupança, à mesma taxa do que a caderneta de poupança.
Outro instrumento utilizado pelo Bacen para executar a política monetária é a
chamada operação de mercado aberto (open market). O Governo pode
financiar um déficit por meio de emissões de títulos públicos. Assim, o Governo
Federal, por meio da Secretaria do Tesouro Nacional (STN), vende esses papéis
ao setor privado, que compra os títulos com a expectativa de obter rendimentos.
TÍTULOS PÚBLICOS
Quando o governo toma dinheiro emprestado, dizemos que ele emite um
título público, ou seja, um compromisso de pagamento no futuro.
O Bacen compra os títulos que já estão no setor privado, a fim de realizar política
monetária, não podendo, de acordo com a Constituição Federal, comprar os
títulos diretamente do Governo Federal.
ISTO É, O BCB NÃO PODE OFERECER
EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS
DIRETAMENTE AO GOVERNO. A POLÍTICA
MONETÁRIA É DITA EXPANSIONISTA
(AUMENTANDO A QUANTIDADE DE MOEDA NA
ECONOMIA) QUANDO O BCB COMPRA
TÍTULOS DO MERCADO, POIS ELE ELEVA A
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QUANTIDADE DE MOEDA NA ECONOMIA AO
RETIRAR TÍTULOS PÚBLICOS DE
CIRCULAÇÃO, SUBSTITUINDO-OS POR
MOEDA — DIZEMOS QUE É UMA INJEÇÃO DE
LIQUIDEZ.
Por outro lado, a política monetária é contracionista quando o BCB vende títulos
ao setor privado, comprando moeda, o que reduz a quantidade de dinheiro na
economia.
O Banco Central exerce a função de banco dos bancos por duas razões:
O BCB funciona como um banco para os bancos comerciais, que podem
fazer depósitos voluntários em sua conta;
O Bacen realiza operações de redesconto e empréstimos às instituições
financeiras bancárias.
O redesconto é concedido pelo BCB às instituições financeiras bancárias que
sofrem de iliquidez no curto prazo, ou seja, que apresentam débitos maiores que
créditos. Mais especificamente, o redesconto acontece quando os depósitos
bancários atingirem um mínimo em relação aos depósitos à vista e em outros
casos determinados por lei.
 
Fonte: William Potter/Shuttersotck
A instituição financeira oferece à autoridade monetária um ativo em garantia e o
BCB paga um valor inferior ao do ativo dado em garantia. No momento em que o
banco salda o empréstimo, ele compra o ativo pelo seu valor pleno. A diferença
entre os dois valores representa a taxa de redesconto, um importante
instrumento de política monetária.
A figura 1 mostra todos os instrumentos apresentados neste módulo. O BCB atua
como emprestador de última instância tanto nas operações de redesconto como
nos empréstimos que ele oferece a instituições financeiras que não conseguem
tomar no mercado interbancário.
 
Fonte: YDUQS
 Figura 1: Instrumentos de Política Monetária.
A quarta principal função do Banco Central é a de formulação, execução e
acompanhamento da política cambial e relações financeiras com o exterior.
As transações que o Brasil efetua com outros países pode apresentar saldos
positivos ou negativos.
Isto é, o país pode acumular reservas internacionais ou gastá-las. Elas são
compostas por: reservas de ouro, reservas de moeda estrangeira e direitos
especiais de saque (DES). Este último é uma moeda criada pelo Fundo Monetário
Internacional (FMI): ela é utilizada como moeda de troca entre os bancos centrais.
A manutenção de reservas estrangeiras pelo BCB permite sua atuação no
mercado de câmbio de modo a evitar a excessiva volatilidade da moeda e garantir
seu funcionamento regular.
PARA ESSE FIM, O BCB PODE: COMPRAR E
VENDER MOEDA ESTRANGEIRA E OURO;
PROMOVER, COMO AGENTE DO GOVERNO
FEDERAL, A CONTRATAÇÃO DE
EMPRÉSTIMOS; ACOMPANHAR E CONTROLAR
OS MOVIMENTOS DE CAPITAIS; E NEGOCIAR
COM AS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS E COM
OS ORGANISMOS FINANCEIROS
INTERNACIONAIS.
Adicionalmente, o BCB é chamado de banco do governo, pois detém a chamada
conta única do Tesouro Nacional, na qual são averiguadas as disponibilidades de
caixa da União.
Por fim, a quinta função do Banco Central do Brasil (BCB) é a supervisão e
ordenamento do Sistema Financeiro Nacional (SFN) e do Sistema de
Pagamento Brasileiro (SPB).
O BCB atua de forma a zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras.
Assim, ele é responsável por:
Desenhar as normas aplicáveis ao SFN;
Autorizar o funcionamento das instituições financeiras e de outras entidades;
Fiscalizar e regular as atividades das instituições financeiras e demais
entidades.
Com relação ao sistema de pagamentos, o BCB é responsável por promover sua
solidez e o seu normal funcionamento. A figura a seguir mostra as cinco principais
funções do Banco Central do Brasil.
 
Fonte: YDUQS
 Figura 2: Funções do Bacen.
O COMITÊ DE POLÍTICA MONETÁRIA
E A TAXA DE JUROS
AS COMPETÊNCIAS E
CARACTERÍSTICAS DA CVM
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) foi instituída em 1976, pela Lei no
6.385, com o objetivo de fiscalizar, normatizar, disciplinar e desenvolver o mercado
de valores mobiliários no Brasil.
O QUE ESTÁ INCLUÍDO NO MERCADO DE
VALORES MOBILIÁRIOS SÃO TÍTULOS E
CONTRATOS DE INVESTIMENTO COLETIVO,
OFERTADOS DE MANEIRA PÚBLICA, QUE
GERAM DIREITO DE PARTICIPAÇÃO, DE
PARCERIA E DE REMUNERAÇÃO.
A CVM é uma autarquia especial (possui mais autonomia do que uma autarquia
comum) vinculada ao ministério da Economia, dotada de personalidade jurídica
(CNPJ próprio), patrimônio próprio, e autoridade administrativa independente.
Além disso, ela não possui subordinação hierárquica e tem autonomia financeira e
orçamentária.
O MANDATO LEGAL DA COMISSÃO DE
VALORES IMOBILIÁRIOS
DESENVOLVIMENTO DO MERCADO
Estimular a formação de poupança e a sua aplicação em valores mobiliários;
promover a expansão e o funcionamento eficiente e regular do mercado de ações;
e incentivar as aplicações permanentes em ações do capital social de companhias
abertas sob o controle de capitais privados nacionais (Lei no 6.385/76, art. 4º,
incisos I e II).
EFICIÊNCIA E FUNCIONAMENTO DO MERCADO
Assegurar o funcionamento eficiente e regular dos mercados da bolsa e de
balcão, em que são feitas as operações realizadas fora da bolsa de valores;
assegurar a observância de práticas comerciais equitativas no mercado de valores
mobiliários; e assegurar a presença, no mercado, das condições de utilização de
crédito fixadas pelo CMN (Lei no 6.385/76, art. 4º, incisos III, VII e VIII).
PROTEÇÃO DOS INVESTIDORES
Proteger os titulares de valores mobiliários e os investidores do mercado contra
emissões irregulares de valores mobiliários; atos ilegais de administradores e
acionistas controladores das empresas abertas, ou de administradores de valores
mobiliários; uso de informação relevante não divulgada no mercado de valores
mobiliários.
Evitar ou coibir modalidades de fraude ou manipulação destinadas a criar
condições artificiais de demanda, oferta ou preço dos valores mobiliários
negociados no mercado (Lei no 6.385/76, art. 4º, incisos IV e V).
ACESSO À INFORMAÇÃO ADEQUADA
Assegurar o acesso do público a informações sobre os valores mobiliários
negociados e as companhias que os tenham emitido, regulamentando a lei e
administrando o sistema de registro de emissores, de distribuição e de agentes
regulados (Lei no 6.385/76, art. 4º, inciso VI, e art. 8º, incisos I e II).
FISCALIZAÇÃO E PUNIÇÃO
Fiscalizar, permanentemente, as atividades e os serviços do mercado de valores
mobiliários, bem como a veiculação de informações relativas ao mercado, às
pessoas que dele participam e aos valores nele negociados, e impor penalidades
aos infratores das Leis no 6.404/76 e no 6.385/76, das normas da própria CVM ou
de leis especiais cujo cumprimento lhe incumba fiscalizar (Lei no 6.385/76, art. 8º,
incisos III e V, e art. 11).
A CVM é administrada por um presidente e quatro diretores, formando, assim, a
diretoria colegiada. O colegiado tem um mandato de cinco anos e é proibida a
permanência no cargo por mais tempo. Há uma espécie de rodízio — a cada ano,
é encerrado o mandato deum diretor.
A autonomia operacional da CVM também é uma característica relevante, visto
que os diretores só perderão o mandato no caso de renúncia, condenação judicial
ou de processo administrativo disciplinar, inobservância dos deveres ou
observâncias de proibições do cargo. Ou seja, não é possível, simplesmente,
demitir um diretor da CVM.
 SAIBA MAIS
As competências da CVM
São gerais e não discricionárias:
• Regulamentar, a partir da política definida pelo CMN, as matérias previstas na
Lei no 6.385/76 (que disciplina o mercado de capitais e cria a CVM) e na Lei no
6.404/76 (a Lei das Sociedades Anônimas);
• Fiscalizar as atividades e os serviços do mercado de valores mobiliários, assim
como a circulação de informações relativas ao mercado, participantes e valores
negociados. Basicamente, esta é a função fiscalizatória da CVM;
• Administrar os registros estabelecidos na Lei no 6.404/76. A CVM tem três tipos
de registro: (i) dos emissores, como as companhias abertas e os fundos de
investimento; (ii) da emissão dos valores mobiliários, quando distribuídos
publicamente; e (iii) de pessoas e instituições para operarem no mercado de
valores mobiliários;
• Propor ao CMN uma fixação de limites máximos nas vantagens cobradas pelos
intermediários financeiros (por exemplo: um limite nos preços ou nas comissões);
• Fiscalizar e inspecionar as empresas abertas, isto é, aquelas que detêm ações
na bolsa, dando prioridade às que não apresentem lucro em balanço ou deixem
de pagar o dividendo mínimo obrigatório.
O fato de existirem competências gerais e discricionárias da CVM não significa
que ela pode deixar de agir, mas que atua apenas em determinadas situações.
Sendo assim, são elas:
Publicar projeto de ato normativo para receber sugestões;
Convocar, a seu juízo, qualquer indivíduo capaz de contribuir com
informações ou opiniões para o aperfeiçoamento das normas;
Examinar e extrair cópias de registros contábeis, livros, documentos, tal como
documentos de auditores independentes, que devem ser mantidos pela CVM
por, no mínimo, cinco anos;
Intimar pessoas físicas e jurídicas que integram o sistema de distribuição de
valores mobiliários (fundos e sociedades de investimentos, auditores
independentes, consultores de valores mobiliários, entre outros) a prestar
informações;
Requisitar informações de qualquer órgão público, autarquia ou empresa
pública;
Exigir que empresas abertas republiquem, com correções, informações
divulgadas;
Apurar, mediante processo administrativo, atos ilegais e práticas não
equitativas de participantes do mercado;
Aplicar aos participantes do mercado penalidades administrativas, bem como
civis ou penais;
Realizar convênios com comissões de valores mobiliários de outros países,
ou com entidades internacionais, para assistência e cooperação no comando
de investigações;
Oficializar convênios com instituições que tenham por finalidade o estudo e a
divulgação de princípios, normas e padrões de contabilidade e de auditoria.
O SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO DE VALORES
MOBILIÁRIOS É RESPONSÁVEL POR COLOCÁ-
LOS NO MERCADO E, EFETIVAMENTE,
NEGOCIÁ-LOS (PENSE EM UMA
REVENDEDORA DE AUTOMÓVEIS — É
SEMELHANTE!). É FORMADO PELAS
INSTITUIÇÕES AUXILIARES DO MERCADO DE
CAPITAIS.
São algumas delas: instituições financeiras e demais sociedades que distribuem
valores mobiliários emitidos; bolsas de valores; sociedades que revendem valores
mobiliários; entidades de balcão organizado, isto é, aquelas em que suas
operações são realizadas diretamente entre as partes.
Assim, a CVM é responsável por definir quais instituições financeiras podem
realizar as atividades e serviços no mercado de valores mobiliários, bem como
autorizá-las a empreender suas atividades.
A CVM aplica normas relevantes às empresas de capital aberto que operam no
mercado de valores mobiliários. Por exemplo, ela determina as informações que
as empresas devem divulgar, padrões contábeis, divulgação de deliberações dos
órgãos administrativos etc.
Também é sua responsabilidade o estabelecimento de condições para o registro e
o procedimento dos auditores independentes. Esses agentes são de extrema
importância no mercado de valores mobiliários, pois auditam as demonstrações
financeiras de empresas abertas e das instituições, sociedades ou empresas que
compõem o sistema de distribuição e intermediação de valores mobiliários.
Outra atividade importante da Comissão aplica penalidades aos participantes que
infringiam as normas do mercado de valores mobiliário. Estas são aplicadas
administrativamente pela CVM, não podendo ser cíveis ou penais.
Isso significa que a CVM não pode aplicar pena de reparação por danos morais ou
materiais (esfera cível) e nem solicitar a prisão do infrator (esfera penal). Estas
penas devem ser aplicadas pelo poder judiciário. No âmbito da Comissão, estão:
advertência, multa e inabilitação de exercer determinados cargos (a penalidade é
temporária, podendo durar, no máximo, 20 anos).
Além disso, a CVM pode suspender o registro ou a autorização de entidades ou
pessoas que realizavam operações no mercado de valores mobiliários.
A pena de proibição é temporária e aplicada em três casos:
 
YUDQS
É proibido, por, no máximo, 20 anos, a realização de determinadas atividades ou
operações, para os integrantes do sistema de distribuição ou de outras entidades
que dependam de autorização ou registro na CVM;
 
YUDQS
Torna-se impossível, por, no máximo, dez anos, atuar, direta ou indiretamente, em
uma ou mais modalidades de operação no mercado de valores mobiliários;
 
YUDQS
A CVM pode proibir o agente penalizado de, por, no máximo, cinco anos, contratar
instituições financeiras oficiais (BNDES, BB, Caixa Econômica etc.).
Sobre as multas, os valores são variáveis, mas no caso de não ser possível
verificar os valores da operação ou da vantagem obtida, o limite da multa é de
R$50 milhões.
Outro instrumento utilizado pela CVM é o termo de compromisso. Ele é utilizado
para cessar processos administrativos, desde que o investigado ou acusado se
comprometa a não mais praticar atividades ou atos considerados ilícitos pela CVM
e resolver as irregularidades apontadas, inclusive indenizando os prejuízos.
Partindo da ideia de não punir, o cumprimento dessas exigências é obrigatório na
aceitação do termo de compromisso. Se a CVM verificar o descumprimento das
exigências, ela dará continuidade ao procedimento administrativo anteriormente
suspenso. A vantagem desse instrumento é que o investigado/acusado não
precisa se reconhecer como culpado do ato praticado.
A CVM PODE REALIZAR UM ACORDO DE
LENIÊNCIA COM AGENTES QUE
CONFESSAREM UMA INFRAÇÃO. AO
CONFESSAR, O AGENTE PODE REDUZIR DE
UM A DOIS TERÇOS A PENALIDADE,
MEDIANTE A COLABORAÇÃO PARA
APURAÇÃO DOS FATOS, OU ATÉ EXTINGUIR
SUA AÇÃO PUNITIVA.
Para o acordo ser feito, os seguintes requisitos devem estar presentes:
A instituição deve ser a primeira a se qualificar com respeito à infração noticiada
ou sob investigação;

O BCB não dispor de provas suficientes para assegurar a condenação;
A confissão de sua participação no ilícito;

A cooperação com as investigações e com o processo administrativo, além do
comparecimento, sempre que solicitado, a todos os atos processuais, até o seu
encerramento.
Por fim, a CVM exerce a função de amicus curiae (amigo da corte). Ela possui a
prerrogativa (mas não a obrigação) de oferecer parecer ou prestar
esclarecimentos nos processos judiciários que abordem temas do mercado de
capitais.
A autarquia especial torna acessível ao conhecimento do juiz aquele tema que,
normalmente, não é de seu conhecimento e que ele só conseguiria entender após
um estudo considerável
CARACTERÍSTICAS DA SUSEP
A Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) foi instituída em 1966. A
autarquia vinculada ao ministério da Economia é responsável pelo controle e
fiscalização dos mercados de seguro, previdência privada, capitalização (o título
de capitalização é um produtoem que uma parcela dos pagamentos realizados é
utilizada para formar um capital) e resseguro (seguro realizado por uma
seguradora).
A SUSEP, NA QUALIDADE DE EXECUTORA DA
POLÍTICA TRAÇADA PELO CNSP, FISCALIZA A
CONSTITUIÇÃO, ORGANIZAÇÃO,
FUNCIONAMENTO E OPERAÇÕES DAS
SOCIEDADES SEGURADORAS.
Além disso, a autarquia zela pelos interesses dos consumidores do mercado
supervisionado, pelo aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos
operacionais, visando uma maior eficiência do sistema, pela liquidez e solvência
das sociedades que integram o mercado, entre outras atribuições.
CARACTERÍSTICAS DA PREVIC
A Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) foi criada em
2009. É, também, uma autarquia especial, dotada de autonomia administrativa e
financeira, e patrimônio próprio.
Ela é vinculada ao ministério da Economia e estão entre as suas principais
competências: fiscalização e supervisão das atividades das entidades fechadas de
previdência complementar e execução das políticas para o regime de previdência
complementar.
Em outras palavras, a Previc funciona como uma espécie de agência reguladora
encarregada de fiscalizar e supervisionar as centenas de fundos de pensão
existentes no Brasil.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. EM MARÇO DE 2020, A AUTORIDADE MONETÁRIA
BRASILEIRA ANUNCIOU QUE AS ALÍQUOTAS DOS DEPÓSITOS
COMPULSÓRIOS INCIDENTES SOBRE DEPÓSITOS A PRAZO
SERIAM REDUZIDAS DE 25% PARA 17%. LEVANDO EM
CONSIDERAÇÃO A DINÂMICA DO MERCADO FINANCEIRO,
ESSA MEDIDA OBJETIVA, PRINCIPALMENTE:
A) Diminuir o nível de inadimplência observado no sistema bancário brasileiro.
B) Aumentar a regulação do sistema bancário brasileiro.
C) Estimular os depósitos voluntários do sistema bancário brasileiro.
D) Aumentar a oferta de crédito para empresas e consumidores no Brasil.
2. O BANCO CENTRAL DO BRASIL ATUA NA POLÍTICA
MONETÁRIA POR MEIO DE INSTRUMENTOS. NESSE
CONTEXTO, ASSINALE A AFIRMATIVA CORRETA.
A) Na execução da política monetária, o Banco Central vende títulos públicos
quando há excesso de liquidez e os compra quando há escassez de liquidez.
B) O contingenciamento do crédito é compatível com uma política monetária
expansionista.
C) Na execução de uma política monetária contracionista, o Banco Central reduz o
percentual do recolhimento compulsório.
D) O Banco Central não utiliza as operações de mercado aberto como instrumento
de política monetária.
GABARITO
1. Em março de 2020, a autoridade monetária brasileira anunciou que as
alíquotas dos depósitos compulsórios incidentes sobre depósitos a prazo
seriam reduzidas de 25% para 17%. Levando em consideração a dinâmica do
mercado financeiro, essa medida objetiva, principalmente:
A alternativa "D " está correta.
 
Os depósitos compulsórios são recursos que as instituições financeiras, como
bancos comerciais, têm que depositar em uma conta no BCB. Se as alíquotas dos
depósitos compulsórios diminuem, os bancos têm mais recursos para realizar
suas operações, podendo, assim, aumentar a oferta de crédito para empresas e
consumidores.
2. O Banco Central do Brasil atua na política monetária por meio de
instrumentos. Nesse contexto, assinale a afirmativa CORRETA.
A alternativa "A " está correta.
 
Quando um vendedor de frutas, por exemplo, vende uma laranja, ele ganha
dinheiro. Esse dinheiro é retirado do mercado e vai para o bolso do vendedor,
diminuindo a quantidade de moeda na economia. Quando o Banco Central vende
títulos públicos, algo similar acontece. Contudo, nesse caso, o Banco Central não
precisa retornar com tal dinheiro ao mercado para comprar carne ou leite (como
acontece com o vendedor de frutas).
O BCB pode, quando há excesso de liquidez, vender títulos públicos e “ficar” com
os recursos, diminuindo a liquidez do mercado. Já quando o Banco Central
compra títulos públicos, ele despeja recursos na economia, aumentando a liquidez
quando há pouca na economia.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conforme vimos ao longo do tema, o Sistema Financeiro Nacional se consolidou a
partir das reformas estruturais iniciadas em 1964. O SFN é formado por diversas
instituições interconectadas, sendo responsáveis por auxiliar no desenvolvimento
sustentável do País.
Dessa forma, o Sistema, que é composto por órgãos normativos, supervisores e
operadores, tem como tarefas, basicamente, normatizar, controlar, fiscalizar e
operacionalizar as trocas de recursos que ocorrem em nossa sociedade.
Você certamente lida com o Sistema Financeiro Nacional com frequência. Quando
seu banco presta um bom serviço, ou quando você consegue um emprego em
uma empresa que acaba de emitir ações no mercado, você observa o bom
funcionamento desse sistema.
Quando o sistema funciona mal, podemos ter grandes crises, afetando a
economia como um todo. Fique atento ao funcionamento do SFN, seja em sua
prática profissional ou acompanhando as notícias dos jornais!
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
ABREU, E.; SILVA, L. Sistema Financeiro Nacional. Rio de Janeiro: Método,
2016.
BANCO CENTRAL DO BRASIL. Recolhimento compulsório – quadro-resumo.
Consultado em meio eletrônico em: 17 mai. 2020.
BANCO CENTRAL DO BRASIL. Programa de Educação Financeira do Banco
Central (PEF-BC). Banco Central do Brasil: fique por dentro. 4. ed. Brasília:
Banco Central do Brasil, 2008. Consultado em meio eletrônico em: 5 mai. 2020.
COMITÊ CONSULTIVO DE EDUCAÇÃO (CVM). TOP: mercado de valores
mobiliários brasileiro. 4. ed. Rio de Janeiro: Comissão de Valores Mobiliários,
2019. Consultado em meio eletrônico em: 5 mai. 2020.
FOLHA DE SÃO PAULO. BC libera R$ 16 bi retidos nos bancos para tentar
incentivar empréstimos. São Paulo, 2019. Consultado em meio eletrônico em:
17 mai. 2020.
GIAMBIAGI, F.; SCHMIDT, C. Macroeconomia para executivos: teoria e prática
no Brasil. Rio de Janeiro: Campus, 2014.
MEMORIAL DA DEMOCRACIA. Crise do México traz impactos ao Brasil.
Consultado em meio eletrônico em: 17 mai. 2020.
MISHKIN, F. The economics of money, banking, and financial markets. 11. ed.
São Paulo: Pearson, 2015.
MISHKIN, F. Moedas, bancos e mercados financeiros. 5. ed. Rio de Janeiro:
LTC, 2000.
REUTERS. BC ajusta regras de compulsório e exigências de liquidez e libera
R$ 135 bi para economia. São Paulo/Brasília, 2020. Consultado em meio
eletrônico em: 17 mai. 2020.
VALOR INVESTE. Banco Central reduz alíquota de compulsório sobre
depósitos a prazo de 25% para 17%. São Paulo, 2020 Consultado em meio
eletrônico em: 17 mai. 2020.
EXPLORE+
Pesquise no site do Banco Central o painel interativo (Composição e segmentos
do Sistema Financeiro Nacional), no qual é possível ver, de maneira
esquematizada e resumida, as instituições que integram o Sistema Financeiro
Nacional, assim como suas respectivas funções.
Para aprofundar seu conhecimento sobre a história do Banco Central do Brasil e
do Tesouro Nacional, leia as seções 2 e 3 do artigo do professor Fernando de
Holanda Barbosa, O Sistema Financeiro Brasileiro.
CONTEUDISTA
Fernanda Almeida Ribeiro de Jesus
 CURRÍCULO LATTES
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