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PAPER INTERDICIPLINAR DEFICIENCIA INTELECTUAL TEMPLEID

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DEFICIÊCIA INTELECTUAL
 
	
RESUMO
O presente trabalho faz uma breve descrição, distinção de Deficiência Intelectual, e deficiência mental, haja vista a grande confusão entre estes, conceitua-se ambos, especificando as causas e fatores de risco, demonstrando as dificuldades dos professores na transferência de conhecimentos ao deficiente intelectual, bem como, Os principais fatores etiológicos, ou seja, pré-natal, perinatal e pós-natal, destacando, conceituando e os diferenciando, desse modo, especificando que a deficiência intelectual aparece antes da fase adulta do indivíduo. 
Deficiência. Itelectual. Causas.
Palavras-chave: 
1. INTRODUÇÃO
 A deficiência intelectual, entre todas os tipo de deficiências, é a que mais ocorre nos dias atuais e ainda é a mais grave de todas, pois afetar o indivíduo no que ele tem mais precioso, a sua inteligência. Utilizando como fora de pesquisa bibliográfica e realizada com o intuito de compreender as principais causas que provocam a deficiência intelectual, e a importância da inclusão do aluno com Deficiência Intelectual no ensino regular e também a visão dos docentes no que diz respeito a essa inclusão.
 A deficiência intelectual, segundo a American Associantion on Intelllectual and Developmental Disabilities (AAIDD, 2018, s.p.), “é uma incapacidade caracterizada por limitações significativas tanto no funcionamento intelectual e no comportamento adaptativo, que abrange habilidades conceituais, sociais e práticas”.
 Segundo Smith(2008), as habilidades conceituais envolvem os aspectos acadêmicos, cognitivos e de comunicação;as habilidades sociais respondem às exigências sociais exemplificadas pela responsabilidade, autoestima, habilidade interpessoais, observância de regras, normas e leis; e as habilidades práticas remetem ao exercício da autoestima, como:alimentar-se, arrumar a casa, deslocar-se de maneira independente e utilizar meios de transporte.
2. DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
Para melhor compreensão do trabalho se faz necessário fazermos a distinção entre deficiência mental de deficiência intelectual, pois, é quase unanimidade quando se fala em deficiência intelectual e mental, as pessoas não saberem distinguir, compreender as reais condições que afetam o desenvolvimento destes problemas.
 Cabe destacar que, os dois problemas possuem suas peculiaridades, diferenças, a ser esclarecidas, desse modo, a doença mental é um transtorno psiquiátrico, como transtorno bipolar, depressão entre outros, portanto, muda o comportamento, o humor da pessoa, podendo prejudicar seu desenvolvimento.
Verifica-se que, a deficiência intelectual, é um retrocesso no desenvolvimento da pessoa que gera dificuldades no aprendizado e na realização de tarefas simples do dia a dia, como o autismo, síndrome de Down e demais.
Assim fica claro que, a deficiência mental consiste em alterações que acontecem na mente da pessoa e provoca alterações no modo como ela percebe a realidade, podendo ser tratado através de um profissional – um médico psiquiatra. Agora, a deficiência intelectual é um problema cognitivo que aparece antes da fase adulta.
É de extrema necessidade destacar que, a deficiência intelectual, esta se manifesta nas pessoas antes dos 18 (dezoito) anos de idade, sendo uma menor capacidade de compreender e aprender, sendo que, estas pessoas tem um funcionamento mental abaixo da média. Portanto, as principais características da deficiência intelectual são a falta de concentração, a dificuldade de interagir e se comunicar e a baixa capacidade de compreensão linguística.
Podemos elencar que as causas da deficiência são variadas e complexas, sendo genética a mais comum, assim como as complicações perinatais, a má-formação fetal ou problemas durante a gravidez. A desnutrição severa e o envenenamento por metais pesados durante a infância também podem acarretar problemas graves para o desenvolvimento intelectual. 
Destaca-se ainda, que para incluir, inserir um aluno com característica diferenciada – deficiência intelectual, em uma turma dita comum, há a necessidade de se criar mecanismos que permita com sucesso que ele se integre educacional, social e emocionalmente com seus colegas e professores com os objetos do conhecimento e da cultura.
Tarefa árdua e complexa ao educador, haja vista que, cada aluno com ou sem deficiência possui suas peculiaridades, mas necessária e possível, desse modo, um currículo inclusivo deve contar com adaptações atendendo a diversidade das salas e dos alunos.
Os fatores de risco, os quais envolvem a deficiência, tornam-se uma constante no desenvolvimento do ser humano, pois este pode ocorrer já na concepção. Apesar da medicina ter sofisticados recursos tecnológicos, desconhece-se muitas vezes a etiologia, pois 50% dos casos de deficiência intelectual, ocorrem antes , durantes e após o nascimento. Os principais fatores etiológicos que podem incidir na condição da deficiência intelectual, são eles: pré-natal, perinatal e pós-natal. 
Dentre as alterações cromossômicas configuram-se nas causas mais frequentes de deficiência intelectual, a Fenilcetonúria, o Hipotireoidismo Congênito, a Síndrome do X-frágil, a Síndrome de Down, e a Síndrome de Rett.
A fenilcetonúria é uma doença rara, congênita e genética causada por mutações do cromossomo, na qual a pessoa nasce sem a capacidade de quebrar adequadamente moléculas de um aminoácido chamado fenilalanina. Uma pessoa com Fenilcetonúria nasce com a atividade prejudicada da enzima que processa fenilalanina em tirosina, ao não ser metabolizado pelo organismo, esse aminoácido em excesso no sangue, torna-se tóxico, causando deficiência intelectual. A fenilcetonúri causa microcefalia, convulsões, distúrbios do comportamento, retardo da fala, irritabilidade, hipopigmentação cutânea, eczemas e problemas no trato urinário. O diagnóstico é feito atrases da triagem neonatal de rotina (“teste do pezinho”). Sendo diagnosticado o médico começa o tratamento dietético imediatamente para evitar problemas mais tarde.
O hipotireoidismo congênito (HC) é uma doença causada pela ausência de uma enzima, pela qual impossibilita que o organismo produza o T4(hormônio da glândula tireóide). Nas crianças, principalmente durante os primeiros anos de vida, esses hormônios são fundamentais para o crescimento físico, o desenvolvimento do cérebro, além das várias funções do organismo. Em qualquer dessas situações, o crescimento e o desenvolvimento intelectual podem ficar comprometidos se o diagnóstico da doença e o tratamento forem feitos tardiamente. O tratamento, baseado na reposição hormonal, deve ser iniciado o mais rápido possível, assim que a doença é detectada, para se evitar sequelas graves, como o retardo mental.
Síndrome do X Frágil é uma condição genética que causa deficiência intelectuais, problemas de aprendizado e de comportamento, além de diversas características físicas peculiares. A Expressão “X-Frágio” deve-se a uma anomalia causada por um gene defeituoso localizado no cromossomo X. Entre as características observáveis estão: a deficiência intelectual, o estreitamento e o alongamento da face, alterações comportamentais, problemas ortopédicos, pés planos, escoliose, peito escavado, autismo, convulsões, fissura palatina, ausência congênita de dentes entre muitos outros.Crianças com a síndrome do X Frágil podem apresentar ansiedade e comportamento hiperativo, como inquietação e impulsividade. Podendo sofrer também de Desordem do Déficit de Atenção (DDA), o que inclui não conseguir prestar atenção e dificuldade de concentração para tarefas específicas. Pesquisas relevam que cerca de um terço dos indivíduos com a síndrome do X Frágil tem as características do autismo de amplo espectro, desordem que afeta a comunicação e a interação social. As convulsões ocorrem em 3 vezes mais em menino do que em meninas.Segundo Trentin (2018, p. 23), “[...] Quando ouvimos a palavra deficiência em uma cadeira de rodas, usando muletas. Reportamo-nos também aos sujeitos que não ouvem ou não veem.”
Com o paradigma da inclusão houve uma mudança do papel do professor especializado e da função desse tipo de atendimento. Costuma-se dizer que o processo de inclusão é uma “via de mão dupla”, pois o aluno precisa se instrumentalizar para fazer parte da sociedade, mas é imprescindível que a sociedade também faça a sua parte, adaptando-se e se modificando para que esse aluno seja plenamente incluído aos processos pedagógicos. (ALMEIDA, 2012, p.24) 
Assim, cabe destacar que a deficiência intelectual apresenta particularidades, sendo compreendida como uma incapacidade caracterizada por limitações significativas tanto no funcionamento intelectual e no comportamento adaptativo, que abrange habilidades diárias, sociais e práticas.(TRENTIN, 2018, p.23)
	
Segundo Raiça (2006), a educação inclusiva não focaliza o déficit funcional da criança, assim, ela busca identificar as limitações do ambiente que estão dificultando a execução de uma educação de qualidade a todos, com o intuito de possibilitar a ocorrência de um movimento bilateral, onde cabe à escola procurar proporcionar condições educacionais necessárias para que as crianças se desenvolvam de forma benéfica.
RAIÇA, D; PRIOSTE, C; MACHADO, M. L. G. Dez questões sobre a educação inclusiva da pessoa com deficiência mental. São Paulo: Avercamp, 2006
 
Conforme Kirk e Gallagher, (2000, p.138) [...] os indivíduos DI sentem mais o fracasso do que as crianças normais e conseqüentemente, desenvolvem maiores expectativas generalizadas ao fracasso. [...] crianças DI entram em situações novas com desempenho geralmente debilitado, até mesmo abaixo de sua habilidade mental. As crianças DI tendem menos do que as “normais” a aumentar seu rendimento após um pequeno fracasso.
KIRK, Samuel A, GALLAGHER, James J, Educação da criança excepcional. Tradução de Mariliza Z. Sanvicente. São Paulo: Martins Fontes 2000.
Segundo Piaget, o ser humano, ao nascer, possui apenas as condições biológicas necessárias para construir a sua inteligência. Em outras palavras, as estruturas sensoriais e neurológicas do organismo humano constituem uma herança específica da espécie, que impõem limitações estruturais à inteligência, facilitam ou impedem o seu funcionamento, em si. Mas a relação entre biologia e inteligência não acaba aí. Para Piaget, herdamos igualmente o funcionamento intelectual, ou seja, o modo pelo qual o sujeito, ao estabelecer trocas com o meio em que vive, constrói o conhecimento. Esse funcionamento intelectual, a que Piaget chamou de hereditariedade geral, está presente durante toda a vida e é através dele que as estruturas cognitivas vão sendo geradas e modificadas. (MANTOAN, 1989, p.129)
Segundo Trentin (2018, p. 42), Assim, a criança com Deficiência Intelectual deve ser compreendida, como sujeito com capacidades para desenvolver-se, sendo que, o desenvolvimento dessa criança, torna-se essencial a compreensão das singularidades.
De acordo com Trentin (2018, p.72), Compreendemos que a proposta inclusiva, ao referir-se aos processos de construção de conhecimentos, tem como objetivo a formação de indivíduos críticos e autônomos. 
3. MATERIAIS E MÉTODOS
 Acreditamos que os resultados das pesquisas realizadas neste trabalho sobre a inclusão do deficiente intelectual no ensino regular possam contribuir de alguma forma para a formação de professores que trabalham com esses alunos. Uma deficiência é a expressão das limitações no funcionamento individual dentro de um contexto social e representa uma desvantagem substancial para o indivíduo.
 O trabalho foi desenvolvido através de pesquisas bibliográficas e de experiências vivenciadas e uma escola do ensino regular, onde foi possível observar que á interação entre o aluno, professores e os demais colegas da sala, como ele consegue adquirir conhecimento nas atividades propostas, é um aluno que está em processo de alfabetização, suas atividades são lúdicas e variadas sendo trocadas em vários momentos, pois o aluno tem pouco tempo de concentração, muito agitado procura fazer tudo rápido, está sempre preocupado que não vai dar tempo para realizar suas atividades, sem visão de que pode dar continuidade em outro momento. Adora fazer desenhos, mas sempre pensando que ele pode escolher e definir o que quer desenhar (super-heróis).
 Nos livros foram buscadas as fundamentações teóricas, citações de autores para abranger mais o conhecimento sobre a Deficiência Intelectual que é considerada um prejuízo na funcionalidade, caracterizada por importantes limitações, tanto no funcionamento intelectual quanto no comportamento adaptativo (conceitual, social e prático). 
	 
 
 Acima são duas atividades lúdicas de matemática desenvolvidas, números e quantidades e também trabalhando a coordenação do aluno.
 A seguir algumas imagens de atividades com alfabeto móvel, tabuleiro em EVA com figuras para colocar o nome das imagens ao lado, outra atividade é um quebra cabeça de imagens e letras.
 
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
5. CONCLUSÃO Muitos são os avanços no processo de inclusão, mas muito ainda se falta alcançar, muitas conquistas e direitos foram adquiridos para essas crianças. A luta continua, não podemos desistir. A cada dia que passa mais se alcança nesse processo, mais pessoas entram nessa luta, mais crianças se beneficiam do que lhes é de direito. As leis passam a funcionar cada vez mais, para o deficiente intelectual ter sucesso em seu processo ensino-aprendizagem ele deve ser estimulado, amado, aceito, tratado com igualdade, tendo o professor como mediador de suas aprendizagens. Conclui-se que, incluir é um ato de amor, independentemente de qual seja o tipo de inclusão. Aceitar as diferenças, valorizar as diferenças, aprender as diferenças é o que faz o individuo crescer. 
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, MARIA AMÉLIA. Deficiencia Intelectual: realidade e ação, Núcleo de Apoio Pedagógico Especializado – CAPE; São Paulo, 2012
TRENTIN, Valéria Becher. Deficiencia Intelectual: fundamentos e metodologias: 2ª ed. Indaial, UNIASSELVI, 2018.
ALMEIDA, M.S.R. O que é deficiência intelectual ou atraso cognitivo? Instituto Inclusão brasil.2007. Disponível em: http://www.inclusaobrasil. blogspot.com.br/2007/10/o-que-deficiência-intelectual-ou-atraso. Acesso em 24/06/2019.
1 Nome dos acadêmicos
2 Nome do Professor tutor externo
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Curso (Código da Turma) – Prática do Módulo I – dd/mm/aa
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