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Odontologia Restauradora EstÃtica e Funcional - TORRES, Carlos Rocha Gomes et al OCR-1

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Capítulo 
Preparas para Restau rações 
de Amá lgama 
Aspectos Gerais 
O an1álgan1a de prata é u1n 1naterial dentário 
utilizado há 1nuito te1npo para restaurar os dentes 
afetados pela doença cárie. E1nbora seja n1uito con1-
batido na atualidade pelo uso do n1ercúrio e pela es-
tética desfavorável, ainda é bastante utilizado para 
restaurar dentes posteriores, principahnente por 
sua versatilidade, seu baixo custo e por suas exce-
lentes propriedades físicas, resultando en1 restaura-
ções de alta qualidade e grande durabilidade. Con10 
grande desvantagem, esse 1naterial não apresenta 
adesão à estrutura dental, tornando necessário que 
detenninadas características específicas sejan1 ob-
servadas na fonna do preparo, para que dente e res-
tauração possan1 resistir ao estresse 1nastigatório. 
Neste capítulo, abordarn1os os passos necessários 
para a realização do preparo dental para a confec-
ção de restaurações de a1nálga1na, de n1odo a habi-
litar o leitor a realizar esse procedin1ento. Durante 
o treinan1ento inicial dos estudantes de Odontolo-
gia, todas as etapas deven1 ser realizadas e1n n1ane-
quins con1 sin1ulação das lesões cariosas. O uso de 
n1anequins se1n as lesões sünuladas, co1n os dentes 
íntegros, tende1n a induzir o aluno a aprender for-
n1as esteriotipadas de preparo dental, pois ele não 
possui nenhum tipo de referência do que deve ser 
ren1ovido. Na perspectiva atual, apenas a porção do 
dente afetado pela lesão deve ser tratado de fonna 
Carlos Rocha Gomes Torres 
invasiva, sendo o preparo o 1nenor possível. Sendo 
assin1, para cada tan1anho de lesão, un1a forn1a di-
ferente de cavidade resultará, e1nbora os princípios 
gerais devan1 ser sen1pre seguidos. A extensão pre-
ventiva deve ser substituída pela in1plen1entação de 
n1edidas preventivas, co1no a orientação do pacien-
te sobre a doença, re1noção n1ecânica da placa, uso 
racional do flúor e, quando o controle de placa for 
n1ais difícil, o uso de selantes de fóssulas e fissu-
ras. Para fins didáticos, as diferentes situações en-
volvendo os preparos dentais para amálga1na serão 
apresentadas separada1nente, segundo as classifica-
ções de Black e de Mount & Hu1ne. 
Materiais e Instrumental 
Necessários 
Para a realização do preparo dental para res-
tauração de a1nálga1na, os seguintes 1nateriais e 
instru1nentais são necessários: 
• pano de ca1npo estéril ou no caso de treina1nen-
to e1n n1anequhn un1 plástico para bancada; 
• avental de 1nanga longa e equipa1nentos de pro-
teção individual básicos, con10 luvas de proce-
din1ento, n1áscara, gorro e óculos de proteção; 
• 1nanequhn con1 shnulação das lesões cariosas 
para treinan1ento en1 laboratório; 
343 
Odontologia Restauradora Estética e Funcional: Princípios para a Prática Clínica 
• micromotor e contra-ângulo. Embora a maioria 
dos procedimentos odontológicos sejam reali-
zados na clínica com a turbina de alta rotação, o 
treinamento inicial em manequim deve ser rea-
lizado de preferência com a turbina em baixa 
rotação, até que o aluno desenvolva habilidade 
manual e tenha pleno domínio da técnica. 
• pinça clínica; 
• espelho clínico plano n• 5 com superfície refle-
tora de 19 plano; 
• sonda exploradora dupla nº 5; 
• instrumentos rotatórios para contra-ângulo 
(CA) ou para alta rotação (FG) com adaptador 
para contra-ângulo. Pode-se optar pelo uso das 
brocas carbide ou das pontas diamantadas (Fig. 
10.1). Esses instrumentos são identificados pela 
sua forma básica. 
>- Esférica - Ponta diamantada 1011 ou brocas 
2, 4 e 6. 
>- Troncocônica invertida longa com topo pla-
no e bordas arredondadas - Pontas diaman-
tadas 1148 e 1150 ou broca 245. 
>- Troncocônica invertida curta de topo plano 
e bordas nítidas - Ponta diamantada 1031 
ou broca 33 ~. 
>- Cilíndrica de topo plano e bordas arredonda-
das - Pontas diamantadas 1090A e 1092A. 
>- Troncocônica de topo plano - Pontas dia-
mantadas 1061 e 1063 ou broca 169. 
• machado para esmalte 14/ 15 (10-6-14); 
• recortadores de margem gengival 28 (10-95-7-
14) e 29 (10-80-7-14); 
Fig. 10.1 - Instrumentos rotatórios utilizados para o prepa-
ro dental para restaurações de amálgama. 
344 
• pinça de Müller para carbono; 
• carbono para articulação de pequena espessura 
(< 10 µm) de duas cores (preto e vermelho). 
• porta-matriz tipo Tofflemire; 
• tiras de aço para matriz de 5 e 7 mm; 
• cunhas de madeira. 
O instrumental e material necessários devem 
ser dispostos sobre o campo de trabalho numa se-
quência lógica de uso, como se pode observar na 
figura 10.2. 
Manobras Prévias 
Como já comentado no capítulo 6, antes de 
iniciar o preparo dental, devem ser feitas algumas 
checagens para garantir o sucesso do tratamento. 
Em primeiro lugar, deve-se verificar as condições 
de saúde periodontal e pulpar, realizando uma to-
mada radiográfica quando necessário, para avaliar 
a profundidade do preparo e sua proximidade com 
a câmara pulpar (Fig. 6.22A e B). Faz-se a anestesia 
da região e antissepsia da cavidade bucal, através 
de um bochecho com uma solução de digluconato 
de clorexidina a 0,12% por 1 minuto.1 No caso de 
restaurações que envolvam as superfícies oclusais 
e/ou proximais, deve-se checar também se ocorreu 
algum tipo de migração dental ou extrusão, que 
impossibilite a restauração correta da anatomia 
dental original (Fig. 6.21A e B). A seguir, faz-se a 
checagem da oclusão empregando um papel-car-
bono e um pinça de Müller.2 Deve-se voltar o lado 
·-
11 ........... 0 
• • 
h • •• •• 
,. a a ----
Fig. 10.2 - 1 nstrumentos e materiais dispostos para o pre-
paro dental. 
vermelho do carbono para o dente em questão, pe-
dindo-se para o paciente realizar, então, movimen-
tos de protrusão, lateralidades direita e esquerda. 
As guias de desoclusão marcados devem ser anali-
sados. A seguir, vira-se o carbono de forma que o 
lado preto fique voltado para o dente que visamos 
restaurar e instrui-se o paciente para ocluir sobre 
ele, registrando assim os contatos em oclusão cen-
tral (OC) (Fig. 10.3A e B). Nenhum contato com 
o dente antagonista deve se localizar na interface 
entre o remanescente dental e a futura restauração 
(Fig. 6. 26A e B). 
O preparo pode ser realizado com ou sem iso-
lamento absoluto do campo operatório. Porém, se 
ao passar o fio dental entre os dentes ele estiver es-
garçando, pode ser melhor isolar depois, evitando-
-se que o lençol de borracha se rasgue.2 No caso de 
cavidades amplas e profundas, o isolamento prévio 
evita maior contaminação da polpa caso ela seja 
exposta inadvertidamente, aumentando as chances 
de sucesso do tratamento conservador por meio de 
um capeamento direto.2 Caso o preparo tenha sido 
iniciado sem isolamento e a cavidade se tornar pro-
funda com maior risco de exposição, ele deve ser 
interrompido e o isolamento aplicado. 
Preparo de Classe I ou Local 1 
São cavidades localizadas em regiões de cicatrí-
culas e fissuras e podem envolver apenas uma face 
dental, consideradas cavidades simples, ou mais do 
que uma face, denominadas cavidades compostas. 
A 
1 O Prepares para Restaurações de Amálgama 
Cavidade simples 
Para fins meramente ilustrativos, exemplifica-
remos a sequência completa de preparo nos dentes 
34 e 47, embora os princípios apresentados pos-
sam ser aplicados para todos os dentes posteriores 
(Figs. 10.4A-I e 10.SA-F). 
Abertura e forma de contorno 
Caso se esteja diante de uma lesão de cárie 
oculta, observada radiograficamente, mas com a 
superfície do esmalte íntegra, devemos realizar a 
abertura das cavidades com instrumentos rotató-
rios, utilizando uma ponta diamantada ou broca 
esférica, posicionada perpendicular ao plano oclu-
sal, ou uma broca ou ponta diamantada cilíndrica 
ou cônica invertida longa, inclinada no sentido me-
siodistal, num ângulo de 45º com a superfície que 
pretendemos intervir (Fig. 10.4B e C).3 Com essa 
inclinação, a aresta entre o topo da broca e sua la-
teral entrará em contato com a superfície, aumen-
tando a eficiência de corte ou desgaste.4 A cavidade 
égradualmente alargada para criar acesso à denti-
na. Em algumas situações, a cavidade pode já estar 
aberta pelo colapso do esmalte socavado pela lesão, 
tornando essa etapa desnecessária. Deve-se iniciar 
a abertura pela fosseta mais profunda ou a mais 
afetada pela cárie5 ou, sempre que possível, pela 
fosseta afetada mais distal, pois isso proporciona 
melhor visibilidade para a extensão mesial. Deve-
mos nos lembrar que a broca deve penetrar na es-
trutura rodando e não parar até ser removida do 
. .. 
'St~ • ' . ' ... ~ -it 
' . 
• ~. 
• 
Fig. 103 - Checagem dos contatos oclusais. (A} Utilização da pinça de Müller para posicionar o carbono entre as arcadas; 
(B} contatos demarcados (preto - oclusão central; vermelho - contatos em lateralidade. 
345 
Odontologia Restauradora Estética e Funcional: Princípios para a Prática Clínica 
, _ 
• 
• 
Fig. 10.4 - Preparo dental de Classe I ou local 1 em molar inferior. (A} Demarcação dos contatos com papel-carbono; (B} 
abertura com ponta diamantada esférica perpendicular à superfície oclusal; (C} abertura com a ponta troncocõnica inver-
tida inclinada em relação à superfície oclusal; (D- F} penetração de metade da ponta ativa do instrumento rotatório 1148 
e delimitação da forma de contorno; (G} análise das paredes do preparo para a checagem da presença de tecido cariado 
remanescente (setas); (H) modificação do contorno cavitário para remover as áreas afetadas; (1) aspecto final. 
346 
1 O Prepares para Restaurações de Amálgama 
' 
Fig. 10.5- Preparo de Classe I ou local 1 no primeiro pré-molar inferior. (A) Demarcação dos pontos de contato; (B) abertu-
ra com uma ponta diamantada esférica; (C) posicionamento da ponta diamantada perpendicular ao plano que tangencia 
as pontas das cúspides; (D) delimitação do contorno da cavidades; (E) aspecto das paredes circundantes convergentes 
para oclusal em virtude do uso da ponta troncocônica invertida; (F) aspecto final do preparo dental. 
contato com o dente.2 Contudo, não se deve entrar 
ou sair com a broca rodando de dentro da cavidade 
bucal do paciente. 
Deve-se, então, definir a área do dente a ser in-
cluída no preparo. O princípio básico a ser conside-
rado é o da máxima preservação da estrutura dental 
remanescente. No passado, definia-se a abertura 
da cavidade como 1/3 da distância entre o vértice 
das cúspides, o que levava a um considerável en-
fraquecimento do dente, com redução de aproxi-
madamente 33% de sua resistência à fratura. Nos 
prepares considerados modernos, essa distância foi 
347 
Odontologia Restauradora Estética e Funcional: Princípios para a Prática Clínica 
reduzida para~. o que não reduzia de forma tão ex-
pressiva a resistência do dente. 6 Contudo, atualmen-
te, nenhwna extensão preventiva deve ser realizada, 
assim como dimensões estereotipadas não devem 
ser seguidas. Dessa maneira, apenas a área afetada 
pela lesão de cárie deve ser englobada no preparo.7·8 
As margens devem ser estendidas até encontrar 
um esmalte hígido, independentemente se ele esti-
ver socavado ou não. O esmalte socavado pode ser 
posteriormente protegido com dentina artificial, 
empregando-se cimentos ionoméricos. 
Outro fator que determinará a largura do pre-
paro é a necessidade de torná-la possível de ser 
restaurada. Sendo assim, por menor que seja a le-
são, a abertura deve ser tal que permita a entrada 
do menor instrumento condensador de amálgama, 
o que é considerado uma forma de conveniência.5 
No caso de lesões pequenas, a abertura deve ser 
restrita ao diâmetro do menor instrumento rota-
tório com formato adequado para o preparo.2 O 
preparo mais conservador, com remoção de me-
nos estrutura, minimiza a resposta pulpar e man-
tém a resistência do remanescente, pela menor 
deflexão de cúspide, praticamente eliminando as 
chances de fratura de cúspide. 5•7·9 Além disso, as 
restaurações mais estreitas, em geral menor que 1 
mm, apresentam menos fraturas marginais e for-
mação de valamento do que as largas, diminuindo 
a necessidade de substituição.7•1º Isso ocorre em 
virtude do istmo oclusal estreito usualmente co-
locar as margens do preparo longe das áreas ini-
ciais de contato e permite a oclusão ocorrer sobre 
a estrutura dental remanescente. 10- 12 Além disso, 
as restaurações menores são condensadas melhor 
por serem usados condensadores menores, resul-
tando em maior pressão de condensação, remo-
vendo mais mercúrio e melhorando a adaptação 
do material restaurador.7 Segundo Almquist et 
ai., 11 se o paciente for ensinado a limpar comple-
tamente seus dentes, não é necessário estender 
as margens da cavidade mais do que o necessário 
para adequar o preparo e fazer seu acabamento. 
Qualquer restauração que for adequadamente po-
lida pelo cirurgião-dentista pode ser limpa pelo 
paciente. Se o paciente não limpar os seus dentes, 
não importa a quantidade de extensão preventiva 
realizada, pois ela não será capaz de prevenir uma 
destruição cariosa adicional 
348 
Nos dentes posteriores, as cúspides são sepa-
radas por sulcos, e o esmalte nas bases dos sulcos 
pode ser confluente ou separado por uma fissu-
ra, que se estende da superfície do esmalte para a 
junção amelodentinária. Embora a lesão de cárie 
geralmente comece numa fissura oclusal, ela é fre-
quentemente isolada a uma única área, ou a poucas 
áreas ao longo da extensão do sulco. Raramente, 
todo o sulco está cariado. Em lesões de fissura iso-
ladas, cavidades separadas devem ser preparadas, 
sem a necessidade de conectá-Ias, a não ser que 
exista menos de 0,5 mm entre elas (Fig. 6.24A-C).2 
A penetração da broca é feita na área da lesão de 
cárie e a cavidade é alargada e aprofundada para 
remover o tecido cariado, até atingir o esmalte sa-
dio. Após as cavidades terem sido completadas, se 
necessário, os sulcos não cariados podem ser pro-
tegidos com um selante oclusal7 Com exceção dos 
casos em que o amálgama é usado para cobertura 
de cúspide, Osborne & Summitt7 comentaram que 
"Quanto mais larga a restauração, mais curta será 
sua vida útil". 
Se o preparo for conservador, tamanho 1 ou 
2 segundo Mount & Hume, 13 devemos utilizar a 
ponta diamantada 1148 ou 1150 ou a broca 245, 
que têm forma de tronco de cone invertido longo 
(Fig. 10.1). Com esses instrumentos, as paredes 
circundantes serão convergentes para oclusal. Se 
o preparo for extenso, tamanho 3 ou 4, devemos 
utilizar a ponta diamantada cilíndrica com bordas 
arredondadas 1090A ou 1092A (Fig. 10.1). Com 
esses instrumentos, as paredes serão paralelas en-
tre si.5•8 No momento da realização do contorno do 
preparo, a penetração deve ser restrita a cerca de 
0,2 a 0,5 mm5•14 além do limite amelodentinário, o 
que já proporciona um preparo com cerca de 1,5 
mm de profundidade no sulco central, ou 2 mm 
em relação ao ângulo cavossuperficial vestibular 
ou lingual 2 Considera-se como ponto de referên-
cia para essa profundidade o ponto mais profundo 
da fóssula central. Consequentemente, fora desse 
ponto, as paredes circundantes terão altura maior, 
proporcionando maior espessura do material res-
taurador. Podemos usar a extensão da ponta ativa 
do instrumento rotatório como referência de pro-
fundidade. 2 A ponta diamantada 1148 e a broca 
245 têm 3 mm de comprimento, logo a penetra-
ção de metade de sua extensão já proporcionará a 
profundidade necessária (Fig. 10.4D-F). Ao se uti-
lizarem as pontas diamantadas 1150 e 1090A ou 
1092A que apresenta uma ponta ativa de 4 mm, o 
uso de metade dessa extensão também é um valor 
referencial satisfatório. Após penetrar a profundi-
dade necessária, deve-se movimentar o instrumen-
to no sentido mesiodistal, com o longo eixo parale-
lo ao longo eixo do dente, mantendo uma profun-
didade uniforme. Nessa etapa, essa profundidade 
de preparo deve ser mantida, mesmo se material 
restaurador antigo ou pontos de cárie na parede 
pulpar permaneçam, pois eles serão removidos du-
rante a fase final do preparo. Por outro lado, os ân-
gulos cavossuperficiais das paredes circundantes 
devem alcançaro esmalte íntegro (Fig. 10.4G e H). 
Deve-se observar no contorno da cavidade que o 
contato oclusal com o dente antagonista não deve 
se localizar na interface. Caso isso ocorra, ele deve 
ser alterado para que o contato ocorra sobre o ma-
terial restaurador. 
Forma de resistência 
Para proporcionar resistência a esse prepa-
ro, as paredes devem ser planas, regulares e lisas, 
melhorando a adaptação do material restaurador. 
A planificação e a lisura das paredes são obtidas 
com a movimentação do instrumento rotatório 
num movimento de "pintura" ou "escovação".15 A 
profundidade da cavidade deve proporcionar uma 
espessura mínima de 1,5 mm para o amálgama 
nas áreas de contato ou no centro da restauração, 
na região do sulco central.5 A parede pulpar deve 
ser plana, o que é conseguido pela superfície pla-
na das pontas ativas dos instrumentos rotatórios.5 
A parede plana permite uma melhor distribuição 
das tensões e evita a rotação da restauração (Fig. 
6.28A-C). Na maioria dos dentes posteriores, a pa-
rede pulpar deve ser paralela ao plano oclusal da 
arcada, fazendo com que ela fique perpendicular à 
direção das forças oclusais. Para tal, o instrumen-
to deve ser posicionado paralelo ao longo eixo do 
dente (Fig. 10.6A). Uma exceção a essa regra é no 
primeiro pré-molar inferior, onde existe uma dife-
rença muito grande no volume das cúspides vesti-
bular e lingual, o que determina a necessidade de 
que a parede pulpar seja paralela ao plano que tan-
gencia a ponta das duas cúspides, evitando dessa 
1 O Prepares para Restaurações de Amálgama 
forma a exposição do corno pulpar vestibular, além 
de preservar a dentina sob as cúspides linguais (Fig. 
6.14A e B). Para tal, o instrumento rotatório deve 
se posicionado perpendicular ao plano intercuspí-
deo (Fig. 10.5C e D). 
A resistência é obtida ainda com o uso de ins-
trumentos com bordas arredondadas, o que pro-
porciona ângulos diedros do segundo grupo arre-
dondados, e possibilitando uma melhor distribui-
ção das tensões, diminuindo a possibilidade de 
fratura do remanescente dental (Fig. 6.39). 5•10•11 Isso 
é particularmente importante no caso de cavida-
des extensas, onde a estrutura dental encontra-se 
enfraquecida.8•14 Além disso, os ângulos arredon-
dados proporcionam uma melhor adaptação do 
material restaurador. 10•11 O uso das brocas cilíndri-
cas 56 ou 57 ou das pontas diamantadas 1090, 1092 
tradicionais, embora proporcione paredes parale-
las, resulta em ângulos diedros nítidos e concen-
tração de tensões, exatatamente na situação onde 
esse detalhe mostra-se mais relevante, que são as 
grandes lesões. 
A resistência das margens da restauração é con-
seguida, primeiramente, evitando que o contato do 
antagonista ocorra sobre ela, protegendo-a das for-
ças oclusais.5 Em segundo, pela convergência das 
paredes vestibular e lingual, o que proporciona um 
maior ângulo de margem do material restaurador, 
com cerca de 70°.5•15 Essa maior espessura de mate-
rial restaurador nas margens diminui a degradação 
marginal da restauração. Contudo, em cavidades 
extensas, a configuração com paredes paralelas en-
tre si é mais favorável, pois o uso de paredes con-
vergentes pode enfraquecer ainda mais a estrutura 
já fragilizada (Fig. 6.36A e B). 
É extremamente importante certificar-se de 
que o longo eixo do instrumento rotatório esteja 
adequadamente posicionado, perpendicular ao 
plano oclusal do dente. Caso contrário, em um dos 
lados do preparo existirá esmalte socavado e susce-
tível à fratura, com ângulo cavossuperficial menor 
que 90º, enquanto no outro existirá uma margem 
de material restaurador fina e mais chances de ex-
posição pulpar (Fig. 10.6A e B).16 
Para preservar a resistência do remanescente 
em cavidade extensas, as paredes mesial e distal 
em contato com a crista marginal devem ser ligei-
ramente expulsivas para oclusal.4•5•14•15 Isso evita 
349 
Odontologia Restauradora Estética e Funcional: Princípios para a Prática Clínica 
Fig. 10.6 - Inclinação das paredes em relação à inclinação da broca. (A) Correta; (B) incorreta. 
que todo o remanescente de dentina sob a crista 
seja removida, o que ocorre caso paredes perpen-
diculares à pulpar ou retentivas para oclusal, dei-
xando o esmalte sem suporte e suscetível à fratura 
(Fig. 6.41A-F).4 Essa característica é conseguida 
inclinando-se o instrumento rotatório no senti-
do da superfície proximal em 10º ou menos (Fig. 
10.7B).2 Embora a resistência do remanescente seja 
preservada, isso proporciona bordas finas para a 
restauração, e uma chance maior de fratura. 14 Por 
outro lado, em cavidades conservadoras, onde a 
crista marginal apresenta-se com mais de 1,6 mm 
de espessura para pré-molares ou 2 mm para mo-
lares, essas paredes podem ser convergentes para 
oclusal. 2.17 Pode-se ter uma ideia desse remanes-
cente tendo como referência a ponta ativa do ins-
trumento rotatório que tem dimensões conhecidas 
(Fig. 10.7 A).2 
No caso dos dentes com pontes de esmalte, co-
mo pré-molares inferiores e molares superiores, é 
extremamente importante que a ela seja preser-
vada para garantir a resistência do remanescen-
te dental. Segundo Howard, 15 uma tendência co-
mum é do CD preparar cavidades muito largas na 
área oclusal. Deve-se lembrar de que a estrutu-
ra dental precisa suportar e reter a restauração, 
e que uma restauração larga e muito estendida é 
mais suscetível à fratura e deterioração frente ao 
estresse oclusal do que uma cavidade pequena, 
suportada adequadamente pela estrutura sadia e 
com desenho cavitário conservador. A resistência 
da estrutura dental sadia é muito maior do que a 
do amálgama. 
350 
Forma de retenção 
A retenção da restauração é obtida pela conver-
gência das paredes vestibular e lingual quando se 
utiliza um instrumento cônico invertido longo, ou 
pela obtenção de uma cavidade mais profunda do 
que larga, quando se utiliza um instrumento cilín-
drico. Quando as paredes forem paralelas e após o 
término da conformação a cavidade resultante for 
mais larga do que profunda, uma retenção mecâni-
ca adicional deve ser obtida, através da confecção 
de pequenas reentrâncias sob as cúspides, que são 
os locais com maior volume de dentina (Fig. 10.SA 
e B).5 Pode-se utilizar para tal um instrumento 
troncocônico invertido, como a ponta diamantada 
1031 ou a broca 33 Vi. Também pode-se usar uma 
broca esférica com diâmetro pequeno como a Y2 ou 
ponta diamantada 1011 (Fig. 10.1).17 Segundo Stur-
devant,2 as retenções realizadas com instrumentos 
esféricos são melhores que as preparadas com ins-
trumento troncocônico invertido, pois o amálgama 
pode ser condensado melhor em áreas arredonda-
das do que em áreas agudas, resultando em melhor 
adaptação do material restaurador. Os desgastes 
devem ser realizados exclusivamente à custa das 
paredes vestibular e lingual (Fig. 6.44A e B). Pode-
se testar a retenção tracionando-se a ponta de uma 
sonda exploradora no sentido oclusal (Fig. 10.SB).14 
Nos casos em que uma base cavitária for utilizada, 
as retenções adicionais devem ser realizadas ape-
nas após as paredes estarem planificadas com o 
material de preenchimento.17 
1 O Prepares para Restaurações de Amálgama 
Fig. 10.7 - (A) Avaliação do remanescente de crista tendo como referência a ponta diamantada 1048; (B) preparo das 
paredes proximais ligeiramente expulsivas para oclusal. 
Fig. 10.8 - Retenções adicionais sob as cúspides. (A) Realização, (B) teste da retenção. 
Forma de conveniência 
Em relação ao preparo de Classe 1, a forma de 
conveniência está limitada aos casos em que as le-
sões são pequenas. Nesse caso, deve-se checar se o 
menor instrumento condensador é capaz de pene-
trar na cavidade e proporcionar uma condensação 
adequada do material restaurador. Caso a abertura 
da cavidade seja muito pequena, ela deve ser ligei-
ramente ampliada, apenas o suficiente para possi-
bilitar uma restauração adequada. 
Remoção do tecido cariado 
Nesse momento, no caso de lesões pequenas, 
todo o tecido cariado jádeve ter sido removido. 
Caso sobre remanescentes de tecido altamente in-
fectado em alguma região, ele deve ser removido 
com uma broca esférica, de maior tamanho com-
patível com a lesão em baixa rotação, ou cureta. Es-
sas regiões podem ser posteriormente planificadas 
com uma base e o esmalte socavado preenchido 
com cimento de ionômero de vidro (Fig. 6.6A-D). 
Acabamento das paredes de esmalte 
Segundo Gilmore,5 a lisura das margens da ca-
vidade proporciona a eliminação do esmalte sem 
suporte suscetível à fratura. Porém, nesse tipo de 
cavidade, o preparo com os instrumentos rotató-
rios posicionados adequadamente proporcionarão 
uma superfície lisa, não devendo restar prismas sem 
suporte, proporcionando um apoio adequado em es-
trutura íntegra para a escultura e o polimento da res-
tauração. Deve-se fazer a checagem final da cavidade 
com uma sonda exploradora, quanto à presença de 
resíduos de cárie, adequação das margens e paredes.5 
351 
Odontologia Restauradora Estética e Funcional: Princípios para a Prática Clínica 
Limpeza da cavidade 
Deve-se lavar a cavidade com jatos de ar e 
água e, a seguir, aplicar uma solução detergente 
aniônico com uma bolinha de algodão ou aplica-
dor tipo microbrush, seguido por lavagem com 
água e secagem.2 Pode-se completar a antissep-
sia da cavidade com solução de clorexidina2 ou 
aplicar uma solução neutra de flúor a 2% por 2 a 
4 minutos seguido apenas por secagem. 17 A apli-
cação da solução de flúor reduz em 60% o índi-
ce de cárie recidiva ao redor das restaurações de 
amálgama. 18 
Características finais da cavidade 
• Cavidades pequenas e médias (tamanhos 1 e 2) 
>- Paredes planas, regulares e lisas. 
>- Paredes vestibular e lingual ligeiramente 
convergentes para oclusal. 
>- Paredes mesial e distal em contato com as 
cristas marginais expulsivas para oclusal, 
quando existir pouco remanescente, ou con-
vergentes para oclusal, quando existir um 
remanescente maior de crista marginal. 
>- Ângulos diedros dos 1 n e 2 n grupos arredon-
dados. 
>- Paredes em contato com as pontes de esmal-
te convergentes para oclusal. 
• Cavidades extensas (tamanhos 3 e 4) 
>- Paredes planas, regulares e lisas. 
>- Paredes vestibular e lingual paralelas entre si. 
>- Paredes mesial e distal em contato com as 
cristas marginais expulsivas para oclusal. 
>- Ângulos diedros dos 1 n e 2 n grupos arredon-
dados. 
>- Paredes em contato com as pontes de esmal-
te paralelas entre si. 
Cavidade composta 
Para fins ilustrativos, utilizaremos o dente 26, 
embora os mesmos princípios possam ser aplica-
dos em outras situações semelhantes, como nos 
molares inferiores (Fig. 10.9A-R). 
Fig. 10.9-Preparo de Classe I ou local 1 composta em molar superior. (A) Demarcação dos pontos de contato; (B) abertura 
com ponta diamantada esférica; (C-0 ) preparo da porção oclusal do sulco com ponta diamantada cônica invertida. 
352 
1 O Prepares para Restaurações de Amálgama 
• 
Fig. 10.9- (E) Caixa oclusal preparada; (F, G) preparo do sulco lingual com o longo eixo da ponta diamantada paralela à 
superfície; (H) checagem da cavidade para a verificação de tecido cariado remanescente; (1, J) remoção do tecido cariado; 
(K) preenchimento da reg ião com cimento de ionômero de vidro; (L) definição do ângulo MA com a ponta diamantada 
perpendicular à parede axial. 
353 
Odontologia Restauradora Estética e Funcional: Princípios para a Prática Clínica 
• 
• . '-" 
Fig. 10.9 - (M) Definição do ângulo DA; (N, O) arredondamento do ângulo AP com o extremo da ponta diamantada ou 
com o recortador de margem gengival. (PJ Aplainamento do ângulo CSG com o recortador de margem gengival; (Q, R) 
aspecto final do preparo dental. 
Abertura e forma de contorno 
Pode-se utilizar um instrumento esférico per-
pendicular ao plano oclusal ou cilíndrico ou tron-
cocônico invertido longo inclinado a 45º em re-
lação à superfície, como descrito para a cavidade 
simples (Fig. 10.9B). Nos molares superiores e infe-
riores, nos quais tanto a superfície oclusal quanto 
a vestibular ou lingual foram acometidas pela lesão 
de cárie, o contorno pode ser muito variável, como 
pode ser observado na figura 10.lOA-D. A cavidade 
oclusal pode se unir à cavidade lingual ou podem 
existir duas cavidades simples independentes. 
A extensão deve ser a mais conservadora possí-
vel, mas o suficiente para remover o tecido cariado e 
354 
atingir um esmalte hígido. 2 A profundidade de pene-
tração deve ser restrita a 0,2 a 0,5 mm além do limite 
amelodentinário na região do sulco central. Inicia-
-se o preparo pela delimitação do contorno oclusal, 
com o instrumento rotatório paralelo ao longo eixo 
do dente, mantendo-se uma profundidade constan-
te e se aproximando do sulco da superfície lisa (Fig. 
10.9C-E).2 A seguir, insere-se a broca na região do sul-
co lingual, com seu longo eixo paralelo à superfície, 
determinando uma profundidade de O, 75 mm (Fig. 
10.9F).2 Considerando-se que a ponta diamantada 
1148 e 1090A tem 0,8 mm de diâmetro, temos como 
saber se o desgaste atingiu um nível mínimo desejado 
ao se perceber que o instrumento penetrou quase que 
completamente na estrutura dental (Fig. 10.9G). 
1 O Prepares para Restaurações de Amálgama 
Fig. 10.1 O-Variações no contorno cavitário em virtude da extensão da lesão nos dentes 16 e 47. (A, C) Lesão estendendo-
-se por todo o su lco na face livre; (D) lesões restritas às fossetas nas faces livres, não devendo ser unidas. 
Forma de resistência 
As paredes devem ser planas, regulares e lisas, 
para melhorar a distribuição das tensões e adapta-
ção do material restaurador. A profundidade míni-
ma deve ser de 1,5 mm na região do sulco central 
e 0,75 mm na superfície lisa, para proporcionar 
resistência à restauração. A parede pulpar deve ser 
paralela ao plano oclusal.3 Em cavidades pequenas 
ou médias (tamanhos 1 e 2), as paredes circundan-
tes da caixa oclusal são convergentes para oclusal 
para aumentar a espessura da borda da restaura-
ção, aumentando sua resistência. 2 Caso a crista 
marginal esteja muito fragilizada, a parede que a 
contata deve ser expulsiva para oclusaL Para tal, 
devemos usar a ponta diamantada 1148 ou 1150 ou 
a broca 245. Em cavidades extensas (tamanhos 3 
e 4), as paredes circundantes da caixa oclusal de-
vem se paralelas entre si. Para tal, deve-se utilizar a 
ponta diamantada 1090A ou 1092A. A parede dis-
tal da caixa oclusal, em contato com a crista margi-
nal, deve ser expulsiva para oclusal, para preservar 
o seu suporte dentinário.2 Os ângulos diedros do 
segundo grupo devem, de preferência, ser arredon-
dados, o que é conseguido ao se utilizarem os ins-
trumentos rotatórios descritos. 
A parede axial deve ser expulsiva para oclusal, 
de forma a acompanhar a inclinação da face lingual 
e proporcionar uma espessura homogênea de ma-
terial restaurador, aumentando a resistência final da 
restauração. Isso é obtido posicionando-se o longo 
eixo do instrumento paralelo à face lingual no sen-
tido vestibulolingual, penetrando cerca de 0,2 a 0,5 
mm além do limite amelodentinário ou o suficiente 
para que o tecido cariado seja removido e propor-
cionando a espessura mínima de material restau-
rador (Fig. 10.9F e G).2 A ponta da broca deve ser 
posicionada no extremo cervical da lesão, sendo 
que ela já definirá a parede gengival, com os ângu-
los de 1 ° grupo arredondados. O cirurgião-dentista 
precisa ter um grande controle da broca para não 
permitir que ela role para fora da cavidade e sobre 
a superfície lingual, o que pode danificar a mar-
gem cavossuperficial.2 Caso uma ponta diamanta-
da troncocônica invertida longa 1148 ou 1150 ou 
broca 245 seja utilizada para o preparo da caixa 
lingual, as paredes mesial e distal serão levemente 
convergentes para oclusal e lingual (Fig. 10.9R).2 
355 
Odontologia Restauradora Estética e Funcional: Princípios para a Prática Clínica 
Caso um instrumento cilíndrico seja utilizado, es-
sas paredes serão paralelas entre si. 
Para melhor definir os ângulosrnesioaxial e 
axiodistal, o instrumento troncocônico inverti-
do longo ou cilíndrico deve ser posicionado com 
seu longo eixo perpendicular à face lingual, com a 
extremidade tocando a parede axial, sendo movi-
mentado no sentido oclusocervical,2 sem alterar a 
parede axial (Fig. 10.9L, M). Caso as pontas ou bro-
cas troncocônicas invertidas longas sejam usadas, 
as paredes rnesial e distal serão retentivas para lin-
gual, enquanto se os instrumentos utilizados forem 
cilíndricos, elas serão paralelas entre si.2 
A parede gengival deve ser paralela à pulpar e 
ao plano oclusal, permitindo distribuição dos es-
forços oclusais, por se posicionar perpendicular à 
direção das forças incidentes. 3 Isso é obtido posi-
cionando-se a broca paralela ao longo eixo do den-
te. Os ângulos internos devem ser arredondados, o 
que já é obtido pela borda arredondada das pontas 
e brocas, com exceção do axiopulpar. Esse deve ser 
arredondado com um recortador de margem gen-
gival nº 29, movimentado no sentido rnesiodistal 
ou com a ponta do instrumento rotatório adequa-
damente posicionado para tal (Fig. 10.9N e 0).19 
Forma de retenção 
Na caixa oclusal, a retenção é conseguida pela 
convergência das paredes circundantes para oclu-
sal. Quando as paredes forem realizadas paralelas 
entre si e a cavidade for mais larga do que profun-
da, retenções adicionais podem ser confeccionadas 
sob a cúspide distovestibular (DV), corno descrito 
para a cavidade simples (Fig. 10.llA e B). Na caixa 
lingual, quando se utiliza a broca cônica invertida, 
a cavidade já é autorretentiva nos sentidos oclusal 
e lingual.2 Quando se emprega a broca cilíndrica, o 
paralelismo das paredes rnesial e distal já propor-
ciona retenção no sentido oclusal. Porém, ela pode 
ser insuficiente no sentido lingual, em especial se a 
caixa oclusal for rasa e pouco retentiva nesse sen-
tido. Nesse caso, pode-se lançar mão de retenções 
mecânicas adicionais através de sulcos retentivos 
nos diedros rnesioaxial e distoaxial, à custa das pa-
redes rnesial e distal em dentina, nunca em esrnal-
te.2 Essas retenções podem ser realizadas com um 
instrumento cônico corno a ponta diarnantada 1061 
356 
ou a broca 169, ou um instrumento esférico corno 
a ponta diarnantada 1011 ou a broca Y.i. Quando 
for utilizada urna broca cônica, ela deve ser inclina-
da no sentido rnesiodistal para que a ponta toque 
primeiro a região próxima aos ângulos rnesiogen-
gival ou distogengival, resultando em retenção em 
forma de pirâmide que não deve ultrapassar o ân-
gulo axiopulpar (Fig. 10.llC-E).2 A retenção deve 
ser testada inserindo-se a ponta de um explorador 
e movendo-o no sentido lingual.2 Elas devem im-
pedir o explorador de se mover diretamente para 
lingual (Fig. 10.llF).2 
Forma de conveniência 
Ela se restringe nesse preparo à amplitude ne-
cessária para que o instrumento condensador pos-
sa alcançar as áreas mais profundas do preparo. 
Remoção do tecido cariado 
Geralmente, nessa etapa do preparo, não deve 
restar mais tecido cariado. Porém, se ele existir, de-
ve ser removido corno já descrito para a cavidade 
simples, e a área socavada preenchida por cimento 
de ionôrnero de vidro (Fig. 10.9H-K). 
Acabamento das paredes de esmalte 
O esmalte sem suporte na região do ângulo ca-
vossuperficial gengival deve ser aplainado com o 
recortador de margem gengival n• 29, movimenta-
da no sentido rnesiodistal (Fig. 10.9P). 
Limpeza da cavidade 
Deve ser realizada corno já descrito para a ca-
vidade simples. 
Características finais da cavidade 
• Cavidades pequenas e médias (tamanhos 1 
e2) 
>- Paredes planas, regulares e lisas. 
>- Paredes vestibular e lingual ligeiramente 
convergente para oclusal. 
>- Parede rnesial em contato com a ponte de 
esmalte convergente para oclusal. 
>- Parede distal em contato com a crista margi-
nal convergente para oclusal. 
1 O Prepares para Restaurações de Amálgama 
Fig. 10.11 - Preparo de retenções adicionais. (A, B) Confecção das retenções na ca ixa oclusal; (C-E) confecção das restau-
rações na caixa lingual nos diedros mesioaxial e distoaxial; (F) teste da retenção. 
>- Ângulos diedros arredondados dos 1 ° e 2° e 
3g grupos. 
>- Paredes mesial e distal da caixa lingual con-
vergentes para oclusal e lingual. 
• Cavidades extensas (tamanhos 3 e 4) 
>- Paredes planas, regulares e lisas. 
>- Paredes vestibular e lingual paralelas entre 
si. 
>- Parede mesial em contato com a ponte de 
esmalte perpendicular à pulpar. 
>- Parede distal em contato com a crista margi-
nal expulsivas para oclusal. 
>- Ângulos diedros arredondados dos 1 º e 2º e 
32 grupos. 
>- Paredes mesial e distal da caixa lingual para-
lelas entre si. 
357 
Odontologia Restauradora Estética e Funcional: Princípios para a Prática Clínica 
>- Retenção adicional nos diedros mesioaxial e 
distoaxial. 
Preparo de Classe 11 
ou Local 2 
Esse tipo de cavidade envolve as superfícies 
proximais dos dentes posteriores, onde as lesões de 
cárie estão localizadas abaixo do ponto de contato. 
Quando não existem lesões de cárie na superfície 
oclusal, ou quando as lesões oclusais estão distantes 
das cristas marginais, os preparos devem ser inde-
pendentes. O acesso à lesão proximal deve ser feito 
pela crista marginal, sendo denominado slot verti-
cal (Fig. 10.12A-D'). Caso a superfície oclusal tam-
bém tenha sido acometida pela lesão e seja extensa 
o suficiente pode se aproximar da lesão proximal, 
o preparo da superfície oclusal deve unir-se ao da 
superfície proximal, resultando em cavidades MO, 
OD ou MOD (Fig. 10.13A-G'). Quando a lesão de 
cárie se localiza muito distante da superfície oclu-
sal, como nos casos de dentes com coroas clínicas 
longas ou em dentes com recessão gengival e lesões 
de cárie no limite esmalte-cemento, o acesso pode 
ser feito pela superfície vestibular ou lingual, sen-
do esse preparo denominado slot horizontal (Fig. 
10.16A-L). 
Fig. 10.1 2 - Preparo tipo s/ot vertical. (A) Demarcação dos pontos de contato; (B) aspecto da lesão proximal; (C) preparo 
independente das lesões oclusais; (D) acesso à lesão pela crista marginal com ponta diamantada esférica; (E) sensação de 
cair no vazio ao se atingir a lesão; (F) acesso obtido. 
358 
1 O Prepares para Restaurações de Amálgama 
----------------------------
Preparo de Classe V ou Local 
3 em Superfície Livre 
São cavidades localizadas no terço cervical da 
coroa dental. Segundo Black é considerada Oasse V 
apenas as lesões localizadas nas faces vestibular e lin-
gual, enquanto segundo Mount e Hume é considerado 
local 3 as lesões cervicais também nas faces mesial e 
distal. No texto a seguir será abordado apenas o prepa-
ro das lesões local 3 nas faces vestibular e lingual. Na 
atualidade, o uso do amálgama nesse tipo de cavida-
de está restrito aos dentes posteriores, onde não existe 
nenhum envolvimento estético, principalmente nos 
molares. São lesões rasas do ponto de vista mecânico, 
mas profundas do ponto de vista biológico, devido à 
proximidade com a câmara pulpar, devendo-se tomar 
o cuidado de evitar uma eventual exposição. Na figura 
10.17 A-0, é demonstrada a realização de uma cavida-
de extensa na face vestibular do dente 37. 
Fig. 10.17 - Preparo de Classe V ou local 3 na face vestibular. (A) Aspecto inicial da lesão de cárie; (B, C) início do preparo 
da parede oclusal com a ponta diamantada troncocónica; (D-F) preparo das paredes mesial e gengival. 
375 
Odontologia Restauradora Estética e Funcional: Princípios para a Prática Clínica 
Lc-_--,1 
Fig. 10.1 7 - (G) Preparo da parede distal; (H) remoção do tecido cariado remanescente com broca esférica; (1, J) tratamen-
to da dentina e regularização da parede axial com cimento de ionômero de vidro. (K, L) preparo das retenções no ângulo 
axiogengival. 
Abertura e forma de contorno 
Em geral, esse tipo de cavidade já se encontra 
aberta pelo colapso do esmalte. Caso ela esteja fe-
chada, apenas como wna lesão de mancha branca 
ou castanha com a superfície íntegra, essa lesãosub-superficial presente deve ser tratada apenas por 
métodos preventivos. O contorno é realizado com 
376 
wn instrwnento troncocônico como uma ponta dia-
mantada 1061, 1063 ou broca 169 posicionado per-
pendicular à superfície, onde suas laterais executam 
as paredes circundantes do preparo e a sua base faz 
a parede axial, 15 restringindo-se a profundidade de 
penetração do instrumento a 0,5 mm além do limite 
amelodentinário, independentemente se ainda exis-
ta tecido cariado além dessa região (Fig. 10.17B e 
1 O Prepares para Restaurações de Amálgama 
Fig. 10.17- (M, N) Preparo das retenções no ângulo axio-oclusal; (O) aspecto do preparo terminado. 
C).5 Isso resulta numa profundidade de 1 a 1,25 mm 
até o ângulo cavossuperficial gengival, permitindo 
que retenções possam ser posteriormente aplicadas 
sem deixar esmalte sem suporte.2 No caso de mar-
gens gengivais em cemento, a penetração deve ser 
de 0,75 mm.2 A margem gengival em geral acompa-
nham a curvatura da gengiva marginal, quando esta 
se apresenta normal, por ser um local de acúmulo de 
placa, sendo levadas até a região onde exista esmal-
te hígido. Nas lesões extensas, em geral as margens 
mesial e distal são estendidas até os ângulos axiais 
vestibulomesial e vestibulodistal ou linguomesial e 
linguodistal. Geralmente, estas cavidades tomam a 
forma ovalada ou riniforme. 5 Contudo, devemos ter 
em mente que as dimensões finais e a forma da ca-
vidade devem ser ditadas pela forma e extensão da 
lesão, preservando-se ao máximo a estrutura dental 
sadia (Fig. 10.lBA-C).4 
Forma de resistência 
Nesse tipo de cavidade, a futura restauração 
não será submetida a cargas diretas da mastigação, 
mas apenas às tensões distribuídas por dentro da 
estrutura dental. Porém, características específicas 
podem favorecer a durabilidade da mesma. Du-
rante o preparo, a parede axial deve acompanhar 
o contorno da face vestibular do dente no sentido 
377 
Odontologia Restauradora Estética e Funcional: Princípios para a Prática Clínica 
Fig. 10.18 - (A-C) Variações na forma do contorno das cavidades de Classe V. A extensão deve ser a mais conservadora 
possível, envolvendo apenas a estrutura dental afetada pela lesão. 
mesiodistal, proporcionando wna espessura homo-
gênea do material restaurador e resistência à restau-
ração definitiva (Fig. 10.19A e B).2•4 Caso a cavidade 
seja extensa gengivo-oclusalmente, a parede axial 
também deve acompanhar a curvatura do dente 
nesse sentido.2 Em cavidades estreitas, elas são ge-
ralmente planas no sentido gengivo-oclusaL 15 
Devido à convexidade das faces vestibular e 
lingual, para que elas acompanhem a inclinação 
dos prismas, as paredes circundantes devem ser 
expulsivas para a face externa do dente, de forma 
a se obter um ângulo cavossuperficial de 90º (Fig. 
10.20), o que é obtido com o uso dos instrumentos 
rotatórios com formato troncocônico de topo pla-
no (Fig. 10.17C-G).2•15 
No sentido mesiodistal, em virtude da conve-
xidade da superfície na proximidade dos ângulos 
axiais, as paredes mesial e distal devem ser ligei-
ramente divergentes para a superfície externa, de 
378 
forma a acompanhar a inclinação dos prismas e 
formar um ângulo reto com a superfície externa 
do dente. 15 Para melhorar a adaptação do material 
restaurador e o comportamento mecânico da res-
tauração, as paredes devem ser planas, regulares e 
lisas. 
Forma de retenção 
Em virtude da expulsividade das paredes cir-
cundantes, uma retenção adicional precisa ser 
preparada. Para tal, executa-se wn sulco ao longo 
de toda a extensão dos diedros oclusoaxial e gen-
givoaxial, à custa das paredes oclusal e gengival, 
com a ponta troncocônica invertida curta 1031 ou 
a broca troncocônica invertida nº 33 Y.i, posiciona-
da com o longo eixo perpendicular à parede axial, 
ou com um instrumento rotatório esférico diaman-
tado 1011 ou broca Y.i, com uma profundidade de 
1 O Prepares para Restaurações de Amálgama 
Fig. 10.19 - Inclinação da parede axial em cavidades pequenas e extensas no sentido mesiodistal. 
Fig. 10.20 - Inclinação das paredes gengiva l e oclusal dos 
preparos de Classe V. 
0,25 mm, o que corresponde a Y2 ponta ativa do 
instrumento (Fig. 10.17K-N).2•4•14 O uso do instru-
mento rotatório esférico é especialmente interes-
sante nos molares superiores, uma vez que o acesso 
dificulta o posicionamento correto do instrumento 
conicoinvertido. 14 Para verificar a qualidade da re-
tenção, traciona-se a ponta de uma sonda explo-
radora posicionada na região do sulco, no sentido 
externo.14 
Forma de conveniência 
No caso de cavidades extensas no sentido me-
siodistal, a face vestibular do dente é convexa, sen-
do que a parede axial do preparo também deve ser 
convexa (Fig. 10.19B).15 Dessa forma, também é 
considerada uma forma de conveniência, pois evita 
uma eventual exposição pulpar caso ela fosse rea-
lizada numa linha reta (Fig. 6.50).4•14 No caso de ca-
vidades estreitas mesiodistalmente, a parede axial 
em geral é plana (Fig. 10.19A). 
Remoção do tecido cariado 
Nessa etapa, qualquer remanescente de tecido 
cariado deve ser removido com uma broca esférica 
em baixa rotação, compatível com o tamanho da 
cavidade, ou uma cureta para dentina (Fig. 10.17H). 
As áreas socavadas dos remanescentes devem ser 
preenchidas por cimento de ionômero de vidro e a 
forma geométrica, concluída sobre o material (Fig. 
10.171 e J). Caso essa base seja necessária, as re-
tenções adicionais devem ser realizadas após sua 
colocação, de forma a evitar que elas sejam o obs-
truídas pelo material de preenchimento. 
379 
Odontologia Restauradora Estética e Funcional: Princípios para a Prática Clínica 
Acabamento das paredes 
de esmalte 
Em virtude da expulsividade das paredes cir-
cundantes, não devem restar prismas de esmalte 
sem suporte após o uso do instrumento rotatório. 
Limpeza da cavidade 
Realizada da mesma forma como descrito para 
as outras cavidades. 
Características finais da cavidade 
>- Paredes planas, regulares e lisas. 
>- Ângulos diedros de 1 • grupo arredondados. 
>- Ângulos diedros de 22 grupo nítidos. 
>- Parede axial convexa no sentido mesiodistal, 
acompanhando o contorno da face vestibu-
lar ou lingual do dente nas cavidades gran-
des, ou plana nas cavidades pequenas. 
>- Paredes circundantes expulsivas. 
>- Retenções adicionais nos diedros oclusoa-
xial e gengivoaxial. 
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