Buscar

TCC FCE 2021

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 39 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 39 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 39 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

VOLTAIRE EDUCACIONAL
CURSO DE GEOGRAFIA
DYUNA WILDOLLE DEL GIUDICE DE SOUZA
DAYNE MESSÁ DEL FERREIRA DE SOUZA 
GLOBALIZAÇÃO E SEUS CONCEITOS ATUAIS QUE PROMOVEM MUDANÇAS MUNDIAIS.
MOGI GUAÇU, sp.
2021
VOLTAIRE EDUCACIONAL
CURSO DE GEOGRAFIA
DYUNA WILDOLLE DEL GIUDICE DE SOUZA
DAYNE MESSÁ DEL FERREIRA DE SOUZA 
GLOBALIZAÇÃO E SEUS CONCEITOS ATUAIS QUE PROMOVEM MUDANÇAS MUNDIAIS.
Trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito parcial para a obtenção do título de geógrafo na Voltaire Educacional, São Paulo. 
MOGI GUAÇU, sp.
2021
DYUNA WILDOLLE DEL GIUDICE DE SOUZA
DAYNE MESSÁ DEL FERREIRA DE SOUZA
“O mundo é do tamanho do conhecimento que temos dele.” Terezinha Azerêdo Rios
Resumo
Este artigo possui como objetivo apresentar requisitos em relação a “Globalização e seus conceitos atuais que promovem mudanças mundiais” de modo a apresentar os avanços e dificuldades e as mudanças dentro do processo de globalização. Ao trazermos sobre o contexto por volta dos ensinamentos da globalização, ou seja, especialmente dos princípios que adentram ao desenvolvimento através do contexto de estudar se o contexto com base na globalização. O trabalho em si possui o objetivo de apresentar os conceitos dentro do processo que promovem de alguma forma as mudanças mundiais através da globalização. O trabalho apresentará teorias e artefatos que comprovam e que fundamentarão toda a base da pesquisa. 
Palavras Chave: Globalização; Mudanças; Contexto Mundial.
ABSTRACT
This article aims to present requirements regarding "Globalization and its current concepts that promote worldwide changes" in order to present the advances and difficulties and changes within the globalization process. By bringing about the context around the teachings of globalization, that is, especially the principles that go into development through the context of studying whether the context based on globalization. The paper itself aims to present the concepts within the process that somehow promote world change through globalization. The paper will present theories and artifacts that prove and substantiate the entire basis of the research.
Key Words: Globalization; Changes; World Context.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .......................................................................................... 08
2. DESENVOLVIMENTO ............................................................................... 10
2.1 Globalização e seus conceitos....................................................................10
2.2 Globalização no Brasil.................................................................................15
2.3 Mudanças Mundiais através da globalização...............................................21
2.4 Conceitos atuais da Globalização................................................................30
2.5 Análise e Discussão.....................................................................................35
3. CONCLUSÃO................................................................................................36
4. REFERÊNCIAS.............................................................................................38
1. INTRODUÇÃO
O presente artigo a ser apresentado nos próximos capítulos trabalhará em cima dos conceitos, avanços, desafios, mudanças em relação com o processo de globalização dentro da concepção mundial. O artigo a ser desenvolvido nas próximas páginas foi construído a partir de uma pesquisa bibliográfica com base em grandes autores que envolvam o campo das grandes concepções. Em toda a sua estrutura há artigos que foram disponibilizados para complementação das pesquisas em cima do assunto. Neste artigo traremos conceitos escritos dentro das perspectivas com base no assunto e outros detalhes. 
Ao início do texto, iniciamos com a definição de cada termo utilizado no desenvolvimento e com isso traremos a em relação a globalização em si, sua definição com destaque para os avanços e desafios que são encontrados no desenvolvimento que envolvam e promovam as mudanças.
Os autores pesquisados são obras conceituadas que são bastante conhecidas em grandes estudos sobre a temática a ser tratada, também há documentos que são assinadas pelo Governo como Política nacional que estão relacionados aos conceitos que abrangem as concepções Ao final de tudo haverá uma análise sobre todo o contexto que foi trabalhado ao longo desta tese.
A tese possui como objetivo apresentar os conceitos que envolvam os preceitos com base nas concepções atuais da globalização de modo que levam a promoção de mudanças mundiais, que acarretam em diversas alterações tanto de modo seguro quanto de modo que venha a preocupar.
Therborn (2001) refere-se à globalização como precursor da diversidade de fenômenos sucedidos em caráter mundial, difundindo impactos na sociedade, como o comportamento dos grupos sociais. A desigualdade entre grupos é característica aparente, pois divide oportunidade e capacidade, agindo apenas pela produção de valores, explorando e impondo o poder, excluindo os demais ou os dividindo em capacitados ou não para o processo de trabalho. 
O conceito de globalização pode sempre ser definido de variadas formas, de modo sempre a ser associado ao conhecimento atribuído como a essência para o novo, ou seja, isso remete aos valores econômicos que são integrados nos modelos de comércio, investimento, produção e empreendimento ao modo que vem para diversificar um ponto de vista que foi empregado na globalização. Dentro da particularidade gerada pelo seu poder sócio-político emprega-se a sua própria organização social, deixando de lado os papéis do estado, ou seja, uma responsabilidade social que está vinculada às preocupações com ecologia e meio ambiente.
	Santos (2001) através de sua tese associa a globalização a um contexto de exclusão, de modo que acaba definindo o desenvolvimento do capitalismo do âmbito mundial como equivalência dos fatores excludentes. Com isso há uma ideologia formulada do qual serviria como o modelo para ser seguido pelos países periféricos, que vem através de uma proposta moderna de tecnologia avançada pela sociedade ocidental industrializada. 
	Devido a esse fator para se inserir dentro do processo de uma economia globalizada, o padrão a ser seguido propõe “[...] incorporação de atitudes, valores e novos padrões de comportamentos que sejam mais adequados ao usufruto das oportunidades em que as sociedades capitalistas se oferecem a todos os seus cidadãos”. E com isso manteria o processo de educação em desenvolvimento na era de fato o valor mais importante, e que definiria uma inclusão ou até mesmo uma exclusão no padrão globalizado. (SANTOS, 2001, p.170-171). 
De acordo com o seu posicionamento Lino e Dias (2001) o processo de globalização acaba favorecendo uma minoria e excluindo a maioria. Dentre essa teoria, aos países da Ásia a repercussão é sempre positiva dentro deste processo, ao contrário dos países da África e com isso a América Latina, em que se apresenta com um choque negativo, e dentro desse aspecto negativo é empregado uma busca pela produção, que impede uma substituição da força de trabalho por máquinas, pois as mesmas produzem e suportam uma produção necessária pela competitividade empregada.
O processo em relação aos conceitos ligados a globalização tende a ampliar ao longo da tese a ser aplicada. Através da introdução conseguimos compreender alguns desdobramentos que serão utilizados dentro do contexto geral do trabalho. O intuito desta tese é construir um documento que possa ser visualizado e possa servir como estudo para as próximas gerações e dessa forma podemos construir documentos que possam ser explorados dentro da concepção que esteja envolvendo os conceitos que correspondem à globalização.
A Globalização no sentido geral é umcontexto que ainda gera muitos debates sobre as suas concepções, pois muitas pessoas ainda possuem dúvida sobre as definições que envolvam o assunto e com isso surgem se muitas dúvidas e através desse trabalho e suas páginas tudo será trabalhado e conceituado corretamente. 
2.1 Globalização e seus conceitos
	Neste capítulo estudaremos sobre a globalização e os conceitos que relacionam com o seu contexto. Através disso a globalização pode ser estudada através de diversas visões da qual será apresentada através do posicionamento de Ramos (2005) que identifica cinco visões para globalização, sendo elas: 
· Globalização como internacionalização: O autor descreve globalização como relações internacionais e a crescente interdependência dos países nas trocas internacionais. 
· Globalização como liberalização: A globalização aqui é vista como liberalização comercial, um mundo sem barreiras regulatórias ao comércio entre os países. 
· Globalização como universalização: A globalização como universalização trata da difusão pessoal e cultural pelo planeta ou então homogeneização cultural. 
· Globalização como ocidentalização: Trata-se da disseminação das estruturas sociais da modernidade, destruindo as culturas preexistentes. 
· Globalização como desterritorialização: A globalização, aqui, diz respeito a uma alteração no espaço social, sendo agora um espaço social divido por forças tecnológicas e econômicas, fazendo com que exista a perda de parte da autonomia de cada nação na tomada de decisões econômicas e políticas já que estas podem ter profundos impactos nos demais. 
	Com isso através dos cinco princípios apresentados por Ramos (2005) podemos ressaltar que as quatro primeiras visões são relacionadas à globalização como internacionalização, liberalização, universalização ou também ocidentalização, ou seja, são estruturadas com base em uma divisão geográfica territorial, do qual acaba dizendo respeito sobre uma localização fixa modo que acaba implicando que o espaço social seja dividido por fronteiras internacionais, países, estados e cidades. Com isso temos uma vertente de globalização que condiz ao princípio de desterritorialização que abandona essa divisão geográfica, ou seja, a distância é eliminada imediatamente através dos meios de comunicação e transportes, com isso não existem barreiras físicas ou divisão geográfica e através disso passam-se agora a aparecer às questões globais, questões que não podem ser colocadas em uma só localização geográfica, como por exemplo, o aquecimento global. 
	Além dos conceitos apresentados acima, uma definição de Globalização pode ser apresentada de diversas outras maneiras, cada qual dependendo do nível a ser escolhido. Há conceitos que se pode falar em relação a globalização mundial, quando se refere ao mundo todo, ou seja, de um determinado país, de uma indústria específica ou de uma linha particular de negócios ou atividade dentro de uma organização. 
Na falta de um consenso em relação à globalização como um fenômeno ideológico e multifacetado, ou seja, que seja definido pela convergência de culturas, economias e dimensões políticas, sempre podemos observar diferenças significativas dentro dos discursos provenientes de diferentes perspectivas teóricas, ideológicas e disciplinares. Com isso, de certo modo, a multidimensionalidade da globalização reflete uma interpretação mais ampla do que significa cultura e conhecimento. 
No contexto atual ao que diz a alta tecnologia, existe a velocidade na transmissão de informações e a amplificação das transações comerciais do qual são aplicadas a um ambiente cada vez mais complexo e interativo, com a participação de vários atores, em vários níveis, como indivíduos, organizações e governos (MIGNOLO, 2000; SPIVAK, 2012; ZADJA, 2005). 
Dentro de todos os conceitos do qual são apresentados à globalização, pode ser vista também por um prisma pós-estruturalista, do qual passa a ser um campo convidativo e aberto a uma série de diferentes interpretações e críticas. Com isso não inclui apenas interpretações ideológicas, mas também discursos relacionados a disciplinas específicas, que trazem noções de homogeneização e hibridismo de culturas, o crescimento de uma rede global que transcende as fronteiras supranacionais das organizações, o declínio das Nações-Estado, e a nova forma como a comunicação e a tecnologia têm mudado as noções de tempo e espaço (BAUMAN, 1998; HARVEY, 1992; ZADJA, 2005), ou seja, através de uma implementação o que entra em relação aos conceitos podem estar relacionados aos quesitos interpretatórios. 
Held, McGrew, Goldblatt et al. (1999, p. 7) afirmam que “[...] os processos de globalização contemporâneos não possuem precedentes, ou seja, uma vez em que governos e sociedades ao redor do globo estão tendo que se ajustar a um mundo onde não existe mais uma clara distinção entre internacional e doméstico e entre negócios internos e externos”. 
Através dessa visão que é passada através dos pensamentos de Giddens (1996) podemos observar que em seu argumento de que, desta forma, a globalização conseguiu “sacudir” as sociedades, suas economias e instituições. “[...] A divisão norte-sul rapidamente dá lugar a uma nova divisão do trabalho, assim como a hierarquia centro-periferia deixa de ser apenas geográfica, e passa a ser muito mais uma divisão econômica e social do mundo.” (HOOGVELT, 1997, p. 12).
 Através de todos os desdobramentos podemos concluir que estamos frente a um cenário mundial do cada dia existe algo mais desafiante e complexo, de modo que é preciso que se considerem novas formas emergentes em relação à diferenciação social. A globalização tem o efeito de redefinir a natureza da inclusão e da exclusão, ambas entre e com os países. Diante disso Held, McGrew, Goldblatt et al. (1999, p. 8) acabam argumentando que “Norte e Sul, Primeiro Mundo e Terceiro Mundo não estão mais ‘lá fora’, mas reunidos e misturados, representados pelas maiores cidades do mundo.”, ou seja, atualmente há países trabalhando juntamente e tem outros misturados, todos juntos interligados aos grandes países ou até mesmo grandes cidades.
 Ao longo de todo tempo o que tornou este desenvolvimento possível foi a crescente desvinculação da atividade econômica das raízes territoriais e a concomitante redistribuição da soberania política e econômica, como a ocorrida na União Europeia, entre o internacional, o local e o regional, ou seja, a globalização foi se construindo através da separação de modo financeiramente de cidades e até mesmo de países. 
Com isso, os Estados não estão mais sozinhos no comando, ou seja, as organizações de todas as naturezas tem a pretensão de se destacar dentro desse cenário. Dentro dessa perspectiva há uma implicação de um alongamento, através de uma nova visão do espaço, da articulação das questões políticas, sociais e econômicas no mundo por múltiplos atores e com isso os eventos que acontecem em um lugar passam a ter significado individual ou grupal em outras partes do mundo. 
Mediante a estes processos de extensão terem se tornado uma rotina, ocorre a existência também de uma intensificação dos padrões através de uma interação e de movimentos de bens de consumo, ideias e relacionamentos. 
Por intermédio de todas essas ações o resultado de todas essas circunstâncias é que passamos a adquirir uma compreensão de tempo e espaço do qual confunde a noção do que é especificamente local e do que é global, do que é nativo e do que é estrangeiro (APPADURAI, 1996; BHABHA, 1994; CZARNIAWSKA e SEVÓN, 2005; SOUDIEN, 2005). Segundo Wallerstein (1974) o mesmo desenvolveu uma teoria do sistema mundial para explicar como o mundo havia se expandido e com isso, seguindo um padrão ordenado de relacionamentos entre sociedades pautadas por um sistema capitalista de trocas econômicas.
 Nesta teoria se opôs a uma ênfase linear de desenvolvimento defendida pela teoria da modernização. Wallerstein (1974) também demonstrou como sociedades ricas e pobres estavam trancadas, ou seja, estavam juntas em um sistema mundial, e através disso, comoisso influenciava suas relativas vantagens e desvantagens econômicas, que, por sua vez, tinham efeito sobre as esferas política e cultural. Através desse estudo é sempre preciso que nos lembremos de que existe certa ordem, imposição e disseminação de padrões entre as partes. 
Como Banerjee e Linstead (2001, p. 222-3) afirmam, "[...] em uma era cada vez mais global, informada e configurada pelo pensamento econômico neoliberal a definição de quem ou o quê constitui o ‘outro internacional’ depende de quem está fazendo as perguntas e, muitas vezes, se perde em grande parte da pesquisa sobre a gestão internacional". 
Desse modo, também devemos sempre considerar que, a fim de manter um purismo do conceito de mercado livre que refere se ao modelo dominante, as relações de poder assimétricas no contexto internacional não são levadas em consideração. As relações que ocorrem entre os governos, organizações internacionais e transnacionais e vários agentes sociais (MIGNOLO, 2000). 
Por intermédio dessas informações torna-se evidente que as características dominantes da globalização são as características da globalização de modo dominante ou hegemônica. 
Uma distinção crucial deve ser sempre realizada entre globalização hegemônica e globalização contra hegemônica. Através dessa distinção, Santos (2006) faz a indicação que dois motivos para tal movimento devem ser salientados. O primeiro é o que poderíamos chamar de falácia do determinismo. Através dos seus pensamentos ele consiste em incluir a ideia de que a globalização é um processo espontâneo, automático, inelutável e irreversível do qual se intensifica e avança para uma lógica e uma dinâmica forte de modo suficiente para impor se para qualquer interferência externa. O termo falácia consiste se em transformar as causas relacionadas à globalização em seus efeitos, de modo em que acaba obscurecendo o fato de que os resultados da globalização são a partir de um conjunto de decisões políticas identificáveis no tempo e no espaço, como mencionado acima. 
Com isso apresentamos também o segundo motivo político que é a falácia do desaparecimento do Sul, ou seja, quer no nível financeiro, quer seja no nível de produção, ou mesmo de consumo, o mundo tornou-se integrado em uma economia global onde, perante a multiplicidade de interdependências, já não faria sentido distinguir entre o Norte e o Sul, ou entre o centro, periferia e semiperiferia do sistema mundial, ou seja, através dos diversos conceitos da globalização acabamos subdividindo em várias vertentes. 
Dentro dos termos referentes a esta falácia, ou até mesmo a ideia do "Terceiro Mundo" está se tornando obsoleta, pois uma vez que, contrariamente a este discurso, as desigualdades entre o Norte e o Sul têm aumentado dramaticamente nas últimas três décadas, esta falácia parece não ter outro objetivo do que o de banalizar as consequências negativas, excludentes da globalização neoliberal, negando-lhes centralidade analítica. 
Por fim, vem se o "fim do Sul" e o "desaparecimento do Terceiro Mundo", ou seja, acima de tudo, há um produto das mudanças ideológicas que devem, elas próprias, ser um objeto de descrença (SANTOS 2003; SEN, ANAND e PETER, 2004). À luz desses confrontos, podemos sempre considerar que o conceito de globalização pode ser, na verdade, um conjunto de diferentes processos de globalização e, em última instância, de diferentes globalizações por vezes contraditórias (SANTOS 2006). O que geralmente chamamos “globalização” consiste, de fato, em diferentes conjuntos de relações sociais que dão origem a diferentes fenômenos da globalização, ou seja, o termo globalização pode haver vários conceitos dentro de sua concepção. No próximo capítulo abordaremos sobre as concepções dentro do país em que estamos inseridos, ou seja, o Brasil.
2.2 Globalização no Brasil
Tendo por objetivo uma superação da crise de longa duração dos anos de 1980, torna se comum a uma série de países em desenvolvimento, os organismos do sistema financeiro internacional do qual propuseram ao Brasil a uma adoção de uma política econômica que era inspirada nos modelos da ortodoxia monetarista. 
Diante das diversas propostas que foram implementadas, havia uma em que se estabelecia o aprofundamento de uma abertura econômica, ou seja, uma elevação do chamado coeficiente de abertura, ou seja, é a soma de exportações e importações, em relação ao PIB. A medida seria obtida graças a uma redução drástica dos tributos sobre o comércio exterior, e com o contexto de cortes nos subsídios e uma eliminação de medidas protecionistas não tarifárias, além do fim de restrições existentes à livre circulação de capitais. 
Este artigo irá discutir alguns aspectos do processo de mundialização e dentro esse capítulo em especial, iremos apresentar sobre o Brasil, que tem vivenciado ao longo dos últimos quinze anos diversas mudanças. As medidas adotadas pelos diferentes desde o fim dos anos 1980 promoveram um aumento no grau de abertura econômica do país. 
Portando, a exemplo do ocorrido na grande maioria das economias em desenvolvimento submetidas ao mesmo tratamento de choque, ocorreu se a mundialização financeira do modo em que cresceu mais rapidamente do que a globalização comercial. E ao mesmo tempo, uma estrutura produtiva do Brasil passou se por profundas transformações, de maneira em que o país se tornou cada vez mais um exportador de produtos industrializados. 
Como nem tudo são flores, tais exportações eram constituídas de produtos de tecnologia baixa e média, porém ao contrário do que se pode observar em várias economias asiáticas, o valor agregado a derivado de tais exportações é relativamente fraco e os efeitos em cadeia produzida no conjunto do complexo econômico estão abaixo do que seriam, ou seja, caso os setores exportadores fossem portadores de alta tecnologia, não haveria lucro estimado e todas as produções seriam alteradas. 
Apesar do Brasil ter seguido as recomendações das instituições financeiras internacionais, existe uma realidade socioeconômica do qual não apresentou quadro de melhoria. E com isso uma crise crônica não conseguiu ser superada e assumiu novas formas, além do nível de desigualdades ter permanecido num patamar bastante elevado teve se o ritmo de crescimento econômico per capita que é muito fraco, em especial se comparado aos países asiáticos, e o nível de transferências efetuadas junto aos setores rentistas e financeiros atinge patamares demasiado elevados. Dentre as consequências econômicas estão também as sociais e culturais de tal evolução que são graves de modo que uma vez que a modernização industrial permanece obstruída pelos aspectos negativos das finanças. 
Com isso adentrou e a política monetária extremamente ortodoxa seguida durante os últimos anos que tem se caracterizado por taxas de juros reais situadas em níveis dos mais elevados do mundo do qual ela favoreceu, por diversos modos e com isso ocorreu se a permanência da economia brasileira em uma tendência de estagnação. 
Nesse método aumentou se a diferença entre o nível de investimentos realizados e aquele que seria necessário para atingir o desenvolvimento durável e sustentado. Com isso de modo oparadoxalmente ocorreu essa fraqueza do investimento e do crescimento do qual permitiu evitar que se aprofundasse a distância entre a demanda e a oferta de mão-de-obra qualificada, de desnível esse que poderia ter contribuído ainda a um agravamento das desigualdades salariais. 
Desse modo o Brasil acabou não sofrendo muito os efeitos do nível do Qual são relativamente insuficiente de suas despesas com educação, pois seu crescimento econômico era bastante modesto. Com isso basta que este último aumente para que se façam sentir os efeitos negativos da insuficiência dessas despesas públicas. 
Além disso, os comportamentos puramente rentistas dos investidores fossem alterados, o crescimento econômico esbarraria se rapidamente nos obstáculos devidos à insuficiência de gastos públicos em termos dos investimentos em infraestrutura contando com energia, transportes e outros.Na verdade, não é a globalização que está na origem do conjunto dos problemas encontrados, mas sim uma política econômica adotada. 
Em função de tal política e da estruturação da sociedade brasileira como um organismo profundamente desigual, a globalização apenas faz multiplicar e agravar os aspectos negativos, mas ela não os criou. 
Ao contrário, por meio de outra política, a globalização permitiria que os aspectos negativos surgidos com abertura econômica se transformassem em seu oposto.
É bem notável que no mundo atual todas as pessoas se relacionam, ou seja, é quase impossível ou tecnicamente impossível que uma pessoa ou até mesmo um país consiga se desenvolver sozinho, sem a ajuda ou parceria de outros países. 
Diante disso o processo de globalização vem justamente para manter o mundo interligado, o que acontece em um determinado lugar do mundo acaba afetando a vida de várias pessoas no mundo inteiro. Porém, as pessoas às vezes não se dão conta de que várias situações que elas passam são resquícios de problemas enfrentados por outro país que, pode até não ser tão perto do que ela mora. Vale lembrar a crise mundial que afetou toda a humanidade no ano de 2008, ou seja, um evento que começou nos EUA e muito rapidamente se espalhou pelo resto do planeta, ocasionando demissões em massa e fazendo com que economias de muitos países fossem abaladas. 
Tudo isso se dá porque as economias dos países estão interligadas, e, com o Brasil não é diferente, pois, o mesmo mantém relações com vários países, e, para isso cria blocos econômicos que faz com que essas relações se tornem mais fáceis e flexíveis. Nesse sentido os blocos econômicos fazem com que as barreiras alfandegárias sejam quebradas, garantindo, assim, com que os produtos que sejam fabricados aqui no Brasil sejam comercializados mais facilmente no MERCOSUL e vice-versa. Dessa forma não só a economia brasileira irá crescer como a de todos os outros países que fazem parte dos blocos econômicos juntamente com o Brasil. Porém, com a entrada de produtos de outros países cada vez mais crescente no Brasil os produtos nacionais tiveram que baixar os seus preços por causa da concorrência que começou a vim de fora. 
A partir daí surgiu no Brasil um grande problema chamado desemprego. Pois, com as empresas tendo cada vez mais que baixar o preço dos produtos nacionais, vários trabalhadores tiveram que ser demitidos, pois, caso contrário não teria como as empresas brasileiras competirem em pé de igualdade com os produtos vindos de fora. Além de produtos internacionais cada vez mais adentrando ao mercado brasileiro, com os blocos econômicos, puderam ser instaladas, aqui no Brasil, várias multinacionais importantes, fazendo com que o Brasil sofresse um processo de industrialização nunca visto na história do país.
 Apesar da industrialização no Brasil ter se iniciado na primeira metade do século XIX, foi a partir de 1930 e após a Segunda Guerra Mundial que a expansão do PIB do País se apoia no setor industrial, pois até então, o setor agrícola desempenhava essa função. Vale lembrar que a principal fonte de capitais que financiou a indústria nascente foi o café, sobretudo através de suas exportações e por dinamizar o mercado interno desde o início do século XX. Durante os anos 30 até início dos anos 60, a agricultura foi a principal fonte de crescimento econômico no Brasil. A partir de então, a indústria passou a ditar o ritmo da economia.
O Brasil é um país gigantesco e de muitas e variadas formas de manifestações culturais e artísticas, tudo isso graças a um longo processo de formação de sua identidade sociocultural. Sendo a cultura do país o resultado da mistura de vários povos, tem-se como principais influências a cultura dos índios que ficou um pouco esquecida, principalmente com a chegada das caravelas portuguesas aqui no Brasil. 
Aliás, os portugueses foram de suma importância para a formação cultural do Brasil, pois, com a chegada deles foi trazida para cá a cultura que eles tinham em Portugal. Outra grande corrente que também ajudou o Brasil na sua formação sociocultural foi a corrente africana. Com a chegada dos portugueses ao Brasil, esses tinham a necessidade de encontrar pessoas para trabalharem para eles com um baixo custo, assim escravizavam os africanos, que eram trazidos para o Brasil em grandes navios. 
Os negros africanos em geral contribuíram para o Brasil, principalmente, com as danças, músicas, religiões, culinária e idioma. Até o final de 1950 chegava ao Brasil outros povos que, também, tiveram papel importante na formação cultural do país, foram os imigrantes. Principalmente os europeus que vinham e se instalavam, a sua maioria, em grandes fazendas, e, reproduziam nessas terras vários aspectos da cultura de seu povo. 
Portanto, vários povos ajudaram a formar a identidade cultural do Brasil. Porém com o advento da globalização, vários aspectos da cultura, não só do Brasil, mas de todo o planeta começou a mudar, pois, passou se a ter a cultura de cada povo inserida em tudo quanto é lugar do mundo. 
No Brasil é cada vez mais frequente o uso de expressões inglesas no cotidiano dos brasileiros. Aliás, saber a língua inglesa, hoje em dia, é essencial para uma pessoa manter um padrão de vida elevado, pois, a mesma, é considerada a linguagem global. Não só a linguagem está invadindo a cultura dos brasileiros, mas, também as formas de se divertir, de brincar sofreram mudanças bruscas. Antes as crianças brincavam nas ruas jogando bola, pulando corda etc. Porém com a inserção, no mercado brasileiro, de produtos cada vez mais sofisticados essa cultura mudou. Hoje em dia a brincadeira das crianças são via twitter, E-mail, facebook, ou seja, tais criações vindas de outros países estão mudando a forma dos brasileiros se comunicarem, se divertirem e se relacionarem com outras pessoas.
Com o advento da globalização novos produtos foram sendo introduzidos na vida de todos os brasileiros. Com isso, o país se desenvolve tecnologicamente com a chegada de máquinas cada vez mais superpotentes, e, que realizam trabalhos de forma mais rápida aumentando a produtividade das empresas. 
Outro avanço tecnológico foi na área das telecomunicações. Houve um avanço significativo em relação às companhias de telefonia, de televisão e de rádio, fazendo com que mais brasileiros tivessem acesso a esses meios de forma mais prática e rápida, como no caso da internet. Com esses novos produtos no mercado, é muito comum presenciar cenas com pessoas desesperadas nas portas das lojas para comprarem o produto novo, o último lançamento, tudo isso para se incorporarem ao mundo global. Como salienta Priscila Silva em seu artigo A Globalização e o Consumo: 
A cada novo modelo, multidões correm para trocar de aparelho, mesmo este em perfeito estado. Um celular no Brasil tem um tempo médio de troca de dois anos. Com inovações, câmeras, cores brilhantes, filmadora, vídeos, fotos transforma um mero consumidor em um consumidor alienado. (SILVA, [s. d.], [n. d.]).
 Portanto essas cenas com as mesmas pessoas tornam a se repetir várias vezes, pois, com o avanço da tecnologia, um produto que é comprado hoje daqui a alguns dias pode não ser mais útil, já se torna um produto ultrapassado, e, isso vai fazendo com que a maioria dos brasileiros passe a consumir cada vez mais produtos.
É notório que o fenômeno da globalização mudou a vida e os hábitos diários de pessoas do mundo inteiro. Atualmente é impossível que um país de enorme tamanho como o Brasil viva isoladamente sem manter relações com os outros países.
 O aumento de novas tecnologias, principalmente na área de informática, e no setor industrial permite ao país que se desenvolva mais rapidamente, porém, por outro lado essa enxurrada de produtos cria na mente das pessoas uma ideia de consumismo exacerbado, desenfreado, gerando uma instabilidade financeira para as mesmas. Portanto é de suma importância à participação cada vez maior do Brasil nos grandes grupos ou blocos econômicos, a fim de aumentar significativamente a sua economia, como, também,ganhar cada vez mais notoriedade mundo a fora. Porém é importante que o Brasil continue valorizando o que é seu, valorizando as suas próprias manifestações culturais e não deixando que a cultura de outros povos seja mais relevante que as do próprio país.
Ao longo de todas as modificações que serão pontuadas ao longo dos próximos capítulos desse artigo, podemos ressaltar que o processo de globalização no Brasil passou por diversas dificuldades, pois nem toda construção, ou transformação é fácil, exige muito trabalho e uma gestão que faça com que o País consiga desenvolver tudo que esteja incluído a todos, pois o que é desenvolvido em um país, antes de tentar dentro dos conceitos de outros países precisam se de uma mudança drástica, pois a realidade de cada lugar é diferente, não tratando apenas da esfera econômica, mas também das esferas culturais e sociais, pois o que pode se desenvolver de uma maneira positiva em um país, ao tentar se em outro podemos desenvolver de maneira negativa do qual venha a prejudicar tudo que já foi construído um dia, pois todo planejamento deve sempre se estabelecer dentre as vertentes de um desenvolvimento. 
Ao próximo capítulo contaremos e apresentaremos além do contexto do nosso país, mas também de modo que envolveremos o contexto mundial com base nas mudanças que ocorreram devido ao processo de inicialização da globalização e até mesmo a suas adaptações ao longo dos tempos. 
2.3 Mudanças Mundiais através da globalização
Neste capítulo trabalharemos os conceitos em relação às concepções nas esferas das mudanças mundiais que ocorreram dentro da globalização.
Segundo Castells (1999, p.265) destacou em sua tese que “o processo de trabalho situa-se através do cerne de uma estrutura social”. Com isso as últimas décadas do século XX foram caracterizadas, por mudanças dos padrões de trabalho e emprego, e com isso no processo de reestruturação produtiva. Ao decorrer de todo o processo nas transformações tecnológicas e administrativas de trabalho os processos de globalização foram considerados fatores decorrentes que afetam a sociedade em geral. 
Com isso, as transformações ocorridas dentro da estrutura ocupacional ao decorrer de toda a história usam como explicação para as mudanças profissionais e de emprego do qual as teorias do pós industrialismo e informacionalismo, são caracterizadas através do surgimento de uma nova estrutura social de modo que sempre vem a ir evidenciando o surgimento de profissões administrativas e especializadas. Com base nisso o informacionalismo torna se um difusor de tendências profissionais, do qual vem seguido de profissões de âmbito administrativo ao modo que vem a contar com profissionais especializados, técnicos, e profissões voltadas aos serviços de escritório e vendas. 
A atuação na atividade econômica estaria voltada para a prestação de serviços e não mais para a produção de bens, pois o emprego seria ofertado para o setor de serviço, de modo que acaba levando ao fim do emprego rural e o fim do industrial, modo a desenvolver o crescimento se o avanço da economia, a produção e o mercado de trabalho estivessem concentrados nos serviços. A nova estrutura social seria formada de profissões, ou seja, todo o desenvolvimento vem a ser desenvolvido para o processo de formação de profissionais. 
Dentre as últimas quatro décadas registrou se profundas transformações ao contexto da natureza de articulações internacionais em vários níveis, contendo no ritmo do crescimento do comércio de bens e serviços, na aceleração no movimento dos fluxos dos ativos financeira. Através da rapidez com que novas tecnologias são criadas e transferidas internacionalmente, ou seja, no desenvolvimento de novos e mais velozes sistemas de comunicações (transportes, telecomunicações, Internet etc.), na transferência e absorção do conhecimento e da informação, tudo vem se tornando mais desenvolvido através dessas metodologias. 
 As transformações de certo modo trouxeram implicações extremamente importantes, ou seja, elas moveram os países em direção a uma economia mundial que cada vez mais sem fronteiras de modo que acaba tornando as economias nacionais altamente interdependentes e fazendo as que os movimentos internacionais de bens, de serviços, de tecnologia, de informações e de conhecimentos muito mais importantes nos dias atuais do que em qualquer outra época da humanidade. 
De modo a se considerar apenas o comércio de bens tangíveis, ou seja, através de dados da Organização Mundial do Comércio, OMC, mostram que o comércio internacional de mercadorias registrou impressionante ritmo de crescimento desde o final da Segunda Guerra Mundial, com isso os fluxos de mercadorias expandiram-se dentre os anos 1950 a 2000, a uma taxa média de mais de 06%, em termos reais, de forma que acaba se multiplicando o volume de transações internacionais cerca de 15 vezes e com isso fazendo com que a fração de uma produção mundial exportada de mercadorias passasse de 7%, em 1950, para cerca de 25%, em 2000. 
Embora a maior parcela de fluxos contenha contextos que sejam realizados entre os próprios países do qual são industrializados, o comércio das nações que são menos desenvolvidas tem crescido a taxas muito mais elevadas do qual vem cerca de 10% ao ano, entre 1980 e 2000, especialmente entre os países do qual são considerados recém-industrializados e dentre eles estão os Newly Industrialized Countries do qual estão aqueles que se destacam os quatro “tigres asiáticos” assim como países: Brasil, o México, a Argentina e a Índia e as nações chamadas de recém-exportadoras mais importante para os fluxos internacionais de serviços e de capitais. 
No ano de 2003, os estoques das capitais estrangeiras possuem investimentos diretos e de portfolio do qual são investidos em todo o mundo do qual se equivalia a quase US$ 40 trilhões norte-americanos e com isso a grande maioria realizados pelos Estados Unidos, pelos europeus e japoneses, ou seja, trata se de uma cifra que mal ultrapassava os dois trilhões em 1980.
 No continente Asiático, na América Latina e em várias outras áreas do mundo, existe a presença de empresa estrangeira, ou seja, europeia, norte-americana ou japonesa tem se uma enorme e crescente. Dentro da esfera da globalização industrial, tem se o papel da empresa transnacional do qual tem chamado a atenção dos analistas e das organizações internacionais. 
Com a expansão dos antigos mecanismos referentes à transferência internacional de riquezas e também o surgimento de uma série de outros novos, que acabaram se introduzindo em décadas recentes, e com isso estimam-se na casa das dezenas de trilhões de dólares os movimentos realizados em função dos recursos que operam no mercado de derivativos operações a termo, a futuro e swaps, além de operações cambiais não comerciais, em grande parte decorrentes da aplicação dos saldos das contas correntes de países exportadores, das poupanças de grandes investidores institucionais, ou seja, fundos de pensão, fundos mútuos e de seguradoras e das carteiras que gerenciam as grandes fortunas pessoais. 
Com base em toda essa imensa massa de riqueza mobiliária líquida, e também estima se que o equivalente a mais de uma dezena de trilhões de dólares está em permanente disponibilidade para ser movimentado instantaneamente nos mercados financeiros de todo o mundo, através dos instrumentos modernos existentes nos dias atuais, disponibilizados pela era da comunicação eletrônica. 
No que diz respeito à globalização financeira, esta é definida pelo FMI como iniciada, no momento de era contemporânea, com isso na primeira década dos anos de 1970, com a desintegração do regime de Bretton Woods cuja característica principal foi uma substituição dos sistemas de taxas de câmbio fixas pelo de taxas flutuantes e a crescente liberalização dos mercados financeiros, tanto domésticos quanto externos. 
A aceleração nessa esfera da globalização, que se intensificou no início da década de 1990, teria decorrido principalmente da dramática redução dos custos de transação eda disseminação de informações de custos de informação, sobretudo telefônicos, e da operação de satélites e da diminuição de barreiras regulatórias com relação às transações financeiras internacionais.
 Ocorreu, por outro lado, e principalmente a partir do início da década de 1990, um crescimento notável das oportunidades de diversificação geográfica dos investimentos internacionais. 
As presenças da China e do Brasil chamam especial atenção. No caso da China, este país, de uma participação quase inexistente, em 1980, como destino internacional de investimentos externos, expande espetacularmente o seu envolvimento como nação receptora de capitais externos, com cifras evoluindo de tão-somente US$ 18 e US$ 27 bilhões de ativos e passivos, respectivamente, em 1985, para valores de US$ 273 bilhões e US$ 659, em 2003 de modo que acabaram tornando-se, de longe, o país com o maior volume de ativos e passivos que foram oficialmente registrados de capitais externos dentre todos os países em desenvolvimento. 
No Brasil, por sua vez, embora revelando um crescimento do modo que não foi tão espetacular quanto à China como tomador de recursos externos, alcança, porém em 2003, o terceiro lugar dentre as nações não industrializadas, perdendo apenas para a própria China e a Coréia, no que se refere a ativos registrados. Esses ativos passaram de US$ 10 bilhões, em 1980, saltando para US$ 51 bilhões, em 1995, alcançando a cifra de US$ 96 bilhões, em 200 do qual os valores inferiores foram para apenas aos US$ 273 bilhões da China e aos US$ 127 bilhões da Coréia.
O Brasil assume o segundo lugar de modo que acabou ficando atrás apenas da China, e bem mais próximo a esse país asiático, com cifras respectivas de US$ 659 bilhões para a China, como visto, e de US$ 420 bilhões para o Brasil. Examinando-se, agora, os impactos da globalização, tanto na sua dimensão real quanto na financeira, as análises mais recentes mostram a ocorrência, principalmente nas últimas três décadas, de grandes mudanças nas magnitudes, na composição e na direção dos fluxos do comércio e dos investimentos.
Com relação às mudanças nas magnitudes e na composição do comércio, constata-se, nos dias atuais, o fortalecimento de uma tendência já observada há várias décadas: a de que a maior parte dos fluxos mundiais de bens industrializados é constituída por uma grande variedade de produtos similares, refletindo tanto uma maior preferência dos consumidores por produtos diferenciados como as estratégias empresariais adotadas por uma grande quantidade de firmas de diferentes países em várias partes do planeta, na esfera industrial. 
Essa mudança na natureza do comércio tem trazido como implicação uma notável tanto as nações industrializadas quanto as em desenvolvimento grandes exportadoras e importadoras de bens manufaturados. 
Outra implicação importante da globalização é a disseminação das práticas do out-sourcing, ou também o global-sourcing), que é aquele que consiste na busca de fornecedores externos de insumos, partes e componentes, muitos dos quais eram antes produzidos dentro da própria empresa. Essas mudanças, baseadas em um novo conceito de especialização flexível, surgiram do hoje quase desaparecido regime fordista de produção em massa e verticalizado, que foi progressivamente substituído por outro, mais centrado em processos de produção flexível, no sentido de que tanto o capital quanto a mão-de-obra devem se prestar a propósitos cada vez mais gerais e universais, e ser capazes de operar dentro de contextos que exigem rápidas alterações voltadas para a criação de novos produtos, novos processos e novos métodos de organização. 
Essas mudanças foram, portanto, resultado da intensificação da competição internacional, das frequentes alterações nos padrões da demanda na direção de produtos mais diferenciados e de um crescente desejo dos consumidores por produtos mais variados e de melhor qualidade. 
Esses fatores, por sua vez, levaram a profundas reestruturações nos sistemas produtivos e de gestão da mão-de-obra, para torná-los mais capazes de atender ao encurtamento do ciclo de vida dos produtos e de responder aos novos desafios do mercado, através de aceleradas taxas de inovação e de avanços no progresso técnico (Galvão, 1997). 
Essa nova ordem industrial, que afetou inicialmente as grandes corporações transnacionais e depois outras empresas de tamanhos menores, caracterizou-se, assim, por uma grande flexibilidade organizacional, tanto em nível de processos internos de produção — mediante o uso de tecnologias que possibilitam rápidas mudanças no perfil da oferta de bens produzidos — quanto em nível locacional, consubstanciada na tendência da localização de diversas operações da firma transnacional em diferentes partes do mundo. 
Com relação a este último aspecto, parece ter ficado definitivamente consagrado que a noção de que nem todos os produtos devem ser produzidos em um único país, ou seja, o princípio das vantagens comparativas devem sempre vir acompanhada por outra, assim a de que nem todos os produtos de uma indústria devem ser fabricados em uma única planta. 
O que significa dizer, em síntese, que nenhum país ou região pode ser competitivo em todos os produtos, nem nenhuma firma pode ser competitiva em todos os locais (Porter, 1993: 15). O resultado desse novo “paradigma tecnológico” foi a crescente fragmentação na produção de bens manufaturados e a distribuição da produção em múltiplas localizações (FMI, 2005: 130), fazendo com que a firma moderna possa se beneficiar da redução de seus custos globais, através tanto da localização de segmentos diferentes de suas operações no local mais apropriado, quanto da compra de componentes, peças e insumos de outras firmas em todo o mundo, buscando aumentar a sua competitividade. 
Todas essas alterações nos cenários globais provocaram outro impacto de grande relevância: a globalização, real e financeira, vêm se mudando, de modo profundo, do qual os padrões geográficos da localização industrial, dos investimentos e do comércio, propiciando a emergência de uma nova configuração espacial da economia mundial. Nessa nova configuração, ainda em processo de consolidação, observa-se uma melhor distribuição da produção industrial, dos investimentos e dos fluxos do comércio entre os continentes e as grandes regiões. 
Ao longo do ano de 1980 os primeiros anos do novo milênio, constata-se, por exemplo, uma redução da importância relativa da economia dos Estados Unidos, a ascensão da Europa e do Japão e o aumento da participação de uma série relativamente numerosa de países de economias emergentes, principalmente da Ásia, mas também de algumas nações de outras regiões. 
A partir da década de 1960, muitos países do mundo não industrializado adotaram estratégias de desenvolvimento industrial por vezes centradas na substituição de importações, por vezes na expansão de exportações. Em ambos os casos, tais iniciativas desenvolvimentistas contaram com o firme apoio dos governos, e, embora o grau de sucesso dessas estratégias de industrialização tenha diferido largamente, elas permitiram que um número significativo de novas nações, em vários continentes, ingressasse no novo milênio abrigando uma base industrial de expressiva e crescente magnitude. 
Países que, até o início da década de 1960, dependiam ainda quase inteiramente da agricultura emergiram como nações exportadoras de produtos industrializados, não somente dos chamados setores tradicionais, mas também com presença expressiva e crescente no comércio de bens com demanda altamente dinâmica e incorporando as tecnologias mais sofisticadas.
Com efeito, segundo dados da OMC, a participação dos países em desenvolvimento nas exportações mundiais do setor alcançou, no ano mencionado, a cifra de 52%. Considerando-se que os anos 2003, 2004 e 2005 registraram picos históricos de exportações pelas nações em desenvolvimento de produtos do setor da informação e telecomunicações (principalmente as do Sul e Leste da Ásia), esses valores devem estar próximos ou talvez já tenhamsuperado os 55% das exportações mundiais, em 2005 (cf. wto News, março de 2005; e wto, 2005). Destaque especial merecem a China e os quatro países recém-industrializados do Sudeste asiático. 
A China, por exemplo, tornou-se, em 2004, o terceiro maior exportador do mundo, superando inclusive o Japão, com exportações e importações totais de US$ 593 bilhões e US$ 561 bilhões, respectivamente, com ampla predominância de produtos manufaturados, liderados por produtos da indústria da informação e de telecomunicações. 
No que diz respeito aos quatro países do Sudeste asiático, ou seja, Coréia, Taiwan, Cingapura e Hong Kong, as suas exportações e importações somaram respectivamente US$ 637 bilhões e US$ 586 bilhões, todos de igual modo com presença marcante nos mercados dinâmicos da nova indústria de equipamentos eletrônicos. Todos esses cinco países, mais o México e a Malásia, se situam entre os 20 maiores exportadores mundiais, com uma participação expressiva e crescente no valor total das exportações globais (OMC/WTO, 2005: 21).
Nas últimas três a quatro décadas eventos importantes ocorridos na esfera mundial repercutiram grandemente nas economias dos países da América Latina e, particularmente, na brasileira. A extraordinária elevação dos preços do petróleo na década de 1970, a escalada das taxas de juros nos mercados financeiros internacionais e a forte recessão que se seguiu a esses dois eventos nas economias industrializadas marcaram profundamente os cenários macroeconômicos mundiais. 
No Brasil, cuja economia se caracterizava por reduzida inserção nos fluxos do comércio internacional, por forte endividamento externo e expressivo grau de atraso tecnológico, tais cenários trouxeram dramáticas implicações desfavoráveis. Manifestadas principalmente pela criação de um estado permanente de fragilização da economia nacional, as consequências dos eventos mencionados contribuíram para a interrupção de uma trajetória de cerca de 50 anos de relativamente rápido crescimento do PIB brasileiro e para a emergência de novos obstáculos à continuidade do desenvolvimento do país, que perduram até os dias atuais. 
Os anos do pós-guerra também presenciaram uma notável intensificação do processo de globalização, nas esferas comercial, financeira e tecnológica, tornando as ligações de cada economia nacional com a economia global muito mais estreitas, e criando novos desafios e oportunidades do qual os desafios que foram enfrentados, e oportunidades que foram aproveitadas, são importante ressaltar, de forma desigual, por diferentes continentes e seus países. 
O mundo observou, nas últimas décadas, marcantes tendências de constituição de novas configurações espaciais, que estão rapidamente mudando o equilíbrio das forças econômicas globais e criando uma nova geografia de poder, baseada na industrialização de vastas e distantes áreas da periferia das economias centrais, no espetacular incremento das exportações de produtos com alto conteúdo tecnológico de países dessa periferia e, sobretudo na incorporação em seus processos produtivos de níveis crescentes de capital humano e de conhecimentos de avançadas tecnologias. 
Alguns países do leste asiático, como Coréia e Taiwan, já romperam com um passado de pobreza e subdesenvolvimento, graças à bem concebidas estratégias de longo prazo de inserção de suas economias nas correntes do comércio mundial e principalmente em decorrência das avançadas políticas de inserção social de sua população, mediante a universalização do ensino fundamental e, nos presentes dias, até do terceiro grau, e também em consequência da adoção de políticas que resultaram em níveis de distribuição da renda que já se comparam aos padrões dos países do chamado Primeiro Mundo. Tais países (que incluem ainda as cidades-estados de Cingapura e Hong Kong) superaram o enorme desafio do crescimento com equidade social e equilíbrio ambiental a ponto de já serem listados, nos relatórios mais recentes de organizações internacionais (como o do FMI de 2005), ao lado das outras nações avançadas do mundo industrializado.
Outros países asiáticos, com destaque para a Índia, a China, a Tailândia e a Malásia, fornecem exemplos de como é possível escapar da armadilha das restrições ao crescimento, embora os resultados desse crescimento também tenham vindo acompanhados de muitas lições a evitar. A esse respeito, o caso da China é exemplar, ao mostrar os custos elevados que a grande maioria de sua população está sendo obrigada a pagar, em termos de degradação ambiental, poluição de seus cursos d’água, destruição de redes de proteção social e aprofundamento das desigualdades regionais e sociais. 
O Brasil, ao manter a sua economia fechada até o final da década de 1980 e ter negligenciado, até os dias atuais, as dimensões sociais de seu desenvolvimento, principalmente no que diz respeito à educação, perdeu, nas últimas décadas, muitas oportunidades que o mundo em transformação oferecia ao país, que passou a testemunhar, progressivamente, a diminuição da sua importância no contexto mundial. 
A eliminação da enorme defasagem tecnológica de sua economia, mesmo quando comparada à de outras nações em desenvolvimento, uma drástica mudança na prioridade conferida à educação e à saúde e a superação da incapacidade de o país se libertar das amarras que vêm impedindo, por várias décadas, o seu crescimento constituem os grandes desafios a enfrentar pela sociedade brasileira nesta próxima geração.
Com isso as mudanças que ocorreram dentro do processo a globalização foi abrindo espaços dentre os conceitos e concepções que acercam sobre o período, mesmo com o início não sendo fácil, muitas mudanças tiveram que ser adquiridas para que todo o processo adentrasse ao contexto da esfera mundial e com isso ocorreram se diversos problemas, mas a medida que o mundo foi se conectando através de seu conceito tudo foi se incluindo e solucionando os principais problemas que vieram a decorrer. 
O contexto que vem a se englobar vem a partir das mudanças que decorreram se ao longo dos anos, não é algo atual, mas atemporal que vem ao decorrer dos tempos e do desenvolvimento em que o mundo veio acompanhando através das construções que deram se através das transformações que decorrem a todo instante. 
2.4 Conceitos atuais da Globalização
Neste capítulo apresentaremos as transformações que ocorreram dentro do contexto do capitalismo mundial no final do século XX do qual reforçaram a produção capitalista mundialmente e com isso acabaram se relacionando com os conceitos atuais em relação à globalização. Diante disso contemos as novas políticas nacionais entre fronteiras do qual tendem a permitir que as economias nacionais passem pelas empresas multinacionais, mesmo que de maneira restrita e com pouca agilidade com o mercado mundial. (GORENDER, 1997). 
Por isso as empresas multinacionais estão em busca de maiores taxas de lucro do qual levaram suas empresas para regiões que ofereciam mão de obra barata e do qual não utilizavam benefícios sociais em relação aos salários. Através dessa mudança ocorreu uma alta competitividade do qual priorizava a racionalização e redução de custos do qual acabou afetando a estabilidade do trabalho formal. Com isso veio à subcontratação que passou a ser utilizada pelas empresas, de modo que veio a desestruturar as forças sindicais. Para os desempregados o trabalho informal era a única maneira de fugir da miséria e pobreza. (SANTANA, 2005). 
Ao longo da década de 1980, os países desenvolvidos passaram a se deparar com o aumento nas taxas de juros e de câmbio, de forma que desestabilizaram as companhias de seguro, os fundos mútuos e de pensão, de modo que acabaram limitando a expansão dos mercados de capitais. Numa Mudança de estratégias para diversificação acaram buscando uma inserção dentro dos mercados das capitais de países em desenvolvimento. As economias capitalistas deste período se encontravam ainda frágeis com o estagflação (estagnação e inflação) dos anos 70. 
Gonçalves (1998) destaca: 
[...] o processo de globalizaçãodos últimos anos tem servido para interromper e, eventualmente, reverter a tendência de queda das taxas de lucros nas economias capitalistas maduras entre o início dos anos 70 e o início dos anos 80 -- período de estagflação. No caso dos Estados Unidos [...] queda dramática da taxa média de lucro de 20% em 1947-69 para 12.4% em 1970-83. O processo de globalização -- por meio da abertura e exploração dos mercados externos -- tem permitido uma recuperação das taxas de lucro [...] o período que precedeu o processo recente de globalização foi marcado por uma redução extraordinária da taxa de crescimento da produtividade. No caso dos Estados Unidos, a taxa média anual de crescimento da produtividade total dos fatores reduziu-se de 1.0% em 1961-73 para 0.01% em 1973-81. (p.8).
Através dos seus pensamentos, Gonçalves (1998) destacou que, ao início dos anos 1980, as economias capitalistas maduras buscaram acesso aos mercados internacionais de bens, serviços e capitais. Diante disso as promoções destas políticas ficavam por conta de governos e empresas transacionais, de modo que pudessem reagir à insuficiência da demanda agregada interna dos países capitalistas maduros, determinando o fenômeno da globalização do final do século XX. 
De acordo com Ouriques (2011) a globalização contemporânea pode ser aprofundada a partir de 1990. Na década de 90 inicia com o fim do socialismo real, do qual caracterizou principalmente “o fim da União Soviética, e a unificação alemã, com isso ocorreu o desmantelamento das antigas repúblicas socialistas do Leste Europeu”. Com isso os processos foram marcados como o começo da nova era, que creditaram a economia de mercado. A globalização capitalista anunciava aos países pobres, o caminho para o desenvolvimento baseado em regras internacionais e receituários neoliberais, ou seja, o que antes não era possível, através das mudanças no contexto da globalização tudo foi se alinhando.
No período de 1990 até a década de 1996 o processo de globalização obteve uma forte influência em relação ao volume comercial internacional, do qual a taxa anual de exportações mundiais cresceram 6% e os produtos internos globais cresceram em média de 1,5%. (GONÇALVES, 1998). 
Segundo Santana (2005) houve se uma forte competição internacional, devido a abertura de mercados, e com isso as grandes unidades produtivas ficaram com pouco estoque e devido a esse fator houve se um aumento na produtividade. Através deste aumento, era exigido que os trabalhadores possuíssem flexibilidade e habilidade no uso das novas ferramentas. A flexibilização das atividades exigia trabalhadores qualificados, o que conduziu a precarização dos contratos de trabalho, dando origem a baixa dos serviços no setor industrial. Neste momento era preciso profissionais qualificados dentro daquele setor e com isso muito foi se construindo e as medidas impostas foram sendo adaptadas.
Frieden (2008) destaca através de seu pensamento que os benefícios a cerca de uma integração econômica global não alcançaram os padrões esperados, pois apenas os países capitalistas dobraram e triplicaram o produto per capita de sua economia, do qual se considera que foi muito diferente do que se ocorreram nas economias estacionárias da África, Ásia, América Latina, Europa Oriental e União Soviética do qual abrigavam uma grande parte de uma população mundial e viram seu per capita cair em 10% com apenas a base do desenvolvimento para se segurar. (apud OURIQUES 2011). 
As consequências e com isso as contradições em respeito à globalização nas concepções atuais estão caracterizadas através de mudanças com base na forma de produção e na organização. Diante disso veio o aumento da força de trabalho global de modo que seja resultante da expansão capitalista nas áreas consideradas periféricas, e com isso vem se a migração da periferia para o centro, ou seja, ocasionando conflitos, contendo baixos salários e severa disciplina de trabalho.
 Existem diversas concepções que se dão através de características culturais, preservações de meio ambiente, questões de urbanização e com isso entra a mudança nas intervenções do Estado de estrutura. De modo sucinto Harvey afirmou que as condições de capital estão associadas à troca para acumulação de capital, ou seja, assim a globalização contemporânea tornou-se um temor para o capital internacional. (apud OURIQUES, 2005). 
Segundo Schaff (1993) Lojkine (1990 1995) com base em uma revolução informacional, a globalização passou por diversas transformações dentro do campo da produção, ou seja, sendo nas relações de trabalho, no comércio nacional e internacional, nas finanças, na esfera política e em inúmeros aspectos da vida social. (apud GORENDER, 1997). 
Diante de toda apresentação ocorreu se a reformulação no padrão produtivo e cultural do processo de globalização do qual veio para modificar a sociedade. Através disso veio se as diferentes visões sobre o processo motivam as tensões e conflitos, ressurgindo para “fundamentalismos, nacionalismos, regionalismos e racismo”. (SANTOS, 2001, p.185). 
Segundo Camargo (2007) o termo “globalização” sugeria uma inclusão, ou seja, todos poderiam produzir e tirar o proveito disto, mas aconteceu ao contrário, pois o que ocorreu de fato foi à exclusão, ou seja, aqueles que se mantinham distantes se afastaram mais ainda, e os que tinham acesso ao poder tiraram ainda mais proveito. Os direitos do trabalhador estavam sendo desconsiderados, devido as multinacionais terem o livre acesso, podendo se instalarem em diversos lugares, desestruturando as bases do trabalho. 
De acordo com Santos e Andrioli a exclusão decorre quando “A globalização é uma tendência internacional do capitalismo que, juntamente com o projeto neoliberal impõe aos países periféricos a economia de mercado global sem restrições [...]” causando desemprego e miséria. 
Dentre as formas que condizem ao contexto da intersecção cultural, o cruzamento de culturas foi facilitado devido aos acordos globais, Segundo Camargo (2007) o mesmo destaca que a discriminação referente às bases culturais, normalmente imigrantes sofrem com a xenofobia que nada mais é que a discriminação de cidadão pátrio aos imigrantes estrangeiros, estes decorrentes fatos mostram o crescente comportamento individualista global. 
Castells (1999) destaca em seu artigo que mesmo que o mercado globalizado e o capital estejam fluindo com liberdade, o mesmo não acontecia com as forças de trabalho do qual sofriam interferências culturais e de modo política e xenofóbica.
 O problema que ocorre dentro do contexto da globalização, acerca das imigrações para os países ricos é não havia a permissão da existência de um mercado de trabalho globalizado, pois a força de trabalho especializado da economia informacional era considerada pequena para o mercado global e permanecia presa nos países desenvolvidos e em desenvolvimento. (CASTELLS, 1990, p.289-300). 
Com o livre mercado global, e uma busca acirrada pela competição, diminui se uma atuação do estado dentro da área econômica e social, ou seja, as privatizações e a mercantilização diminui ainda mais estas posições. Através disso, como consequência destas questões, tem se uma intensificação da exclusão social, desemprego e miséria. Para os países se padronizarem em equipamentos, comunicação e suprirem a concorrência internacional do trabalho, se viram obrigados a aderir ao neoliberalismo para suprirem as crises e endividamento. A globalização do final do século XX possuía como objetivo um crescimento de modo extraordinário através dos fluxos internacionais, prevendo acirramento da concorrência no sistema internacional e a crescente integração entre os sistemas econômicos nacionais. (GONÇALVES, 1998). 
Castells (1999) destaca: 
[...] há uma tendência histórica para a crescente interdependência da força de trabalho em escala global por intermédio de três mecanismos: emprego global nas empresas multinacionais e suas redes internacionais coligadas; impactos do comercio internacional sobre o emprego e as condições de trabalho tantono Norte como no Sul; e os efeitos da concorrência global e do novo método de gerenciamento flexível sobre a força de trabalho de cada país. Em cada caso a tecnologia da informação é o meio indispensável para as conexões entre os diferentes segmentos da força de trabalho nas fronteiras nacionais. (p.300). 
A globalização causou aos países o processo de interdependência entre economias nacionais, o que veio a apontar a vulnerabilidade destes países, principalmente àqueles em desenvolvimento que sofreram com eventos externos, como as mudanças no cenário internacional. Os fluxos econômicos internacionais afetaram a quantidade e preço do capital externo e de mercadorias. A quantidade foi afetada, tanto em volume como em composição de recursos externos e de comércio com o exterior. (GONÇALVES, 1998). 
Com isso o contexto de globalização fica ainda mais em evidência, toda a sua concepção atual e com base nisso, nesse caso, os países que são subdesenvolvidos e dependentes desses órgãos mundiais para realizarem investimentos públicos, perderão grande parte de seus ativos, e com base nisso acumularão dívidas públicas e através disso aumentarão o desemprego e consequentemente a taxa da inflação, ocasionando, também, uma crise. Podemos entender que a relação existente entre globalização e crises mundiais, passa pelo entendimento que com a globalização houve maior conexão nas relações comerciais, causando um impacto parecido com uma fileira de “dominó”, na qual um movimento pode afetar o resto da “fileira”.
Com base nesses conceitos iniciaremos a seguir o próximo tópico que contará com as análises finais e depois concluíra através do capítulo intitulado conclusão para apresentar os conceitos e fechar todos os quesitos que foram apresentados nos capítulos à cima. 
2.5 Análise e Discussão.
Conforme visto anteriormente, há diversos conceitos e abordagens acerca dos processos dentro das concepções da globalização e das relações sociais, abordagens estas que diferem entre si no tocante à definição, escalam cronologia, impacto e conceitos.
Podemos notar que com certa frequência, que existe uma ênfase em um dos aspectos, ou seja, sendo ele o aspecto cultural, econômico, histórico, legal, entre outros. 
O contexto da globalização trata se de um processo inexorável, ou seja, não aconteceu do dia para a noite, com isso ela foi sendo construída através das redes do capitalismo e foi sendo impulsionada através das concepções que envolvam a tecnologia, do qual foi sofrendo problemas temporais, espaciais, de modo econômico e por vezes culturais e através dessas barreiras foi tomando proporções inimagináveis. 
	Considero ser fundamental através dessa análise e discussão que dentro desse contexto, através da entrada da globalização se funda uma era nova que é a era do consumo e a cultura do efêmero em todos os seus aspectos do qual contêm produtos, por outras vezes serviços e ideias se tratando de valores e suas culturas. 
	É nítido, ao se contar com os números, que a nossa situação econômica ao comparando aos outros países está longe de terminar. O Brasil vive uma crise econômica, e com isso existem fatores que contribuem para o atual momento, ou seja, através de políticas fiscais irresponsáveis, corrupção, crise política, além de influência externa dos outros países que resultou na queda da bolsa de valores de diversos produtos.
	Todos esses fatores contribuem para o aumento do desemprego no maior país da América do Sul. Com isso, no contexto de atualmente temos aproximadamente 14 milhões de desempregados, e os números a cada dia são cada vez mais preocupantes, e realizar esse estudo, contribui em prol de demonstrar o poder de influência da Globalização para todos os países do planeta.
	Com isso no próximo capítulo concluiremos todo o contexto que foi apresentado, a análise realizada antes é para complementação antes dos contextos de uma introdução. 
3. CONCLUSÃO
Os problemas que foram colocados pela forma contemporânea da globalização de certo modo apontam para o fato de que a necessidade de tal construção não é algo meramente acadêmico, mas também político, ou seja, todas as concepções tratam de um contexto político que engloba todos os conceitos.
Nota-se que, se por um lado grande parte da população mundial não partilha de vários pontos acima elencados como sendo característicos da globalização – consciência global e comunicação global, dentre outros –, por outro a esmagadora maioria da população mundial sofre as consequências deletérias da forma atual (neoliberal) da globalização. Além disso, vê-se também que a globalização não promove nem o aumento nem a queda da segurança humana e da justiça social automaticamente. 
Tais resultados são positivos ou negativos dependendo das políticas que são adotadas com relação a essa nova configuração da geografia social, ou seja, as desigualdades têm sua origem nas políticas aplicadas à globalização, e não na globalização em si. Tratar relações sociais historicamente específicas como se fossem algo natural ou necessário é abstraí-las dos processos sociais e históricos que as produziram e, assim, reificar tal abstração tratando-a como uma realidade objetiva, como um constrangimento dado sobre toda a vida social. 
Neste sentido, a ideia de que “não há alternativas” à globalização do qual ignora a capacidade para a organização humana e para a escolha política e social. Assim, partindo de uma perspectiva materialista histórica que identifica a novidade da globalização na supraterritorialidade e na desterritorialização, ou seja, na reconfiguração da natureza do espaço social, o presente capítulo buscou, mesmo que de maneira breve, apresentar tal definição crítica. Cumpre agora partir para uma definição também crítica do conceito de sociedade civil. Antes, porém, faz-se necessário abordar, mesmo que sucintamente, como o conceito de sociedade civil tem sido abordado na disciplina das relações internacionais, o que reflete em ampla medida a influência dos processos de globalização das relações sociais na conceituação da sociedade civil.
Ao final de toda tese foi apresentado sobre o contexto da globalização dentro de seus conceitos de modo em que promovem mudanças mundiais, ou seja, através da toda a construção da globalização tanto no contexto que relaciona com o Brasil quanto ao contexto em que se relaciona com a esfera mundial, não podemos deixar de ressaltar que é um erro entender que a globalização aprofunda as desigualdades sociais, pois a elite, sem dúvida, se beneficiou dos meios tecnológicos para intensificar a articulação de seus interesses, mas podemos observer que o incremento tecnológico dos meios de comunicação e transporte evidenciou as desigualdades que já existiam no seio das mais diversas sociedades. A desigualdade não é uma novidade da contemporaneidade, ou seja, dentro desse conceito precisa se entender que a globalização ela é mais um adentro que veio para auxiliar na abertura das novas tecnologias e com isso ela tende a modificar algumas coisas que estavam pendentes no processo de construção do país, porém não são todos os recursos que ela irá para vir modificar e sim alguns que tendem a modificar ainda mais, porém devemos sempre lembrar que o processo que ocorre em um país pode não ocorrer de maneira positive em outro, pois cada um possuí seus setores que contemplam a ideia de expansão. 
Por fim através dos capítulos apresentamos todos os conceitos que envolvam o processo de globalização e de seus conceitos do qual promovem mudanças nas esferas munidiais. 
4. REFERÊNCIAS
APPADURAI, A. Modernity at large: Cultural dimensions of globalization. Minneapolis: University of Minesota Press, 1996.
BANERJEE, S.; CHIO, V.; MIR, R. Organizations, markets and imperial formation: towards an anthropology of globalization. Cheltenham: Edgar Elagar, 2009.
BAUMAN, Z. O mal-estar da pós-modernidade. Rio de janeiro: Zahar, 1998.
CAMARGO, Caroline Leite de. Globalização e os problemas mundiais. Revista Jus Vigilantibus, Quinta-feira, 13 de setembro de 2007.Disponível em: < http://jusvi.com/pecas/28298>. Acesso em: 10 set 2021.
CASTELLS, Manuel A sociedade em rede. Tradução: Roneide Venâncio Majer. 8ª edição – (A era da informação: economia, sociedade e cultura; v.1). São Paulo: Paz e Terra, 1999.
FRIEDEN. Jeffry A. Capitalismo global: história econômica e política do século XX. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2008.
GALVÃO, O. J. A., org. (1997): Ensaios de Economia. Edição Comemorativa dos 30 anos do PIMES da UFPE. Recife: Recife Gráfica e Editora
GIDDENS, A. Globalization: A keynote address. UNRISD News, v. 15, 1996.
GONÇALVES, José Ernesto Lima. A necessidade de reinventar as empresas. RAE - Revista de Administração de Empresas, v. 38, n. 2, abr./jun. 1998.
Gorender, Jacob. (1997). Globalização, tecnologia e relações de trabalho. Estudos Avançados. 11. 10.1590/S0103-40141997000100017.
HELD, D. et al. Global transformations: politics, economics and culture. Cambridge: Polity Press, 1999.
HOOGVELT, A. Globalization and the post-colonial world: the new political economy of development. London: Macmillan, 1997.
LINO, Domingos; DIAS, Elizabeth Costa. Texto: A Globalização da economia e os impactos sobre a saúde e segurança dos trabalhadores, 2001. Disponível em: <www.saudeetrabalho.com.br/download/global-lino.doc.>. Acesso em: 10 set 2021.
MIGNOLO, W. Local histories/global designs. Coloniality, subaltern knowledges, and border thinking. Princeton: University Press, 2000.
OURIQUES, Helton Ricardo. Evolução econômica do capitalismo contemporâneo. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina, 2011.
PORTER, M. E. (1993): A Vantagem Competitiva das Nações. Rio de Janeiro: Campus
SANTOS, Tania Steren dos. Globalização e exclusão: a dialética da mundialização do capital. Sociologias, Porto Alegre, ano 3, nº 6, jul/dez 2001, p. 170-198. Disponível em: <http://seer.ufrgs.br/sociologias/article/view/5769>. Acesso em: 10 set 2021.
SANTOS, B. S. Globalizations. Theory Culture Society, v. 23, n. 2-3, p. 393-399, 2006.
SANTOS, T. Globalization, emerging powers, and the future of capitalism. Latin American Perspectives, v. 38, n. 2, p. 45-57, 2011.
SILVA, Priscila: A globalização e o consumo. Disponível em: http://ventoseversos.blogspot.com.br/2007/01/globalizao-e-o-consumo.html. Acesso em: 10 set 2021.
THERBORN, Göran. Globalização e desigualdade: questões de conceituação e esclarecimento. Sociologias, Porto Alegre, ano 3, nº 6, jul/dez 2001, p. 122-169. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/soc/n6/a07n6.pdf>. Acesso em: 10 set 2021.
WALLERSTEIN, I. The modern world system. New York: Academic Press, 1974.
WTO News (2003) Putting the Doha Development Agenda Back on Track: why it matters to China. Beijing, November.

Continue navegando