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INTRODUCÃO AOS PROCESSOS DE PREPARACÃO DE MATERIAS-PRIMAS PARA O REFINO DO AÇO ERNANDES MARCOS DA SILVEIRA RIZZO ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE METALURGIA ABME MATERIAIS 1 Introdução aos Processos de Preparação de Matérias-Primas para o Renno d E.M.S. Rizzo SUMÁRIO 3 APRESENTAÇÃO 5 1-INTRODUÇÃO 7 2-CARGA METÁLICA 33 3 GASES (oxigênio, nitrogênio e argônio) 35 4-FUNDENTES, DESOXIDANTES E REFRIGERANTES 41 5-FERROS-LIGA 47 6- ADIÇOES COMPLEMENTARES 49 7- DESSILICIAÇÃO DO FERRO-GUSA 51 8- DESFOSFORAÇ DO FERRO-GUSA 55 9- DESSULFURAÇ DO FERRO-GUSA 69 BIBLIOGRAFIA E.NM.S. Ri/o nirooiçar jOs P'tocesns de Preparaç åo de Matérias-'imas para o Relio do g 1-INTRODUÇÃO As principais materias-primas e insumos utilizados para a produção do aço nos or elet létricos a arco ou nos convertedores a oxigênio ou nas unidades de refino secundario, poder dem ser subdivididas de acordo com a função no processo, nas seguintes categorias. Carga metálica Gases industriais Fundentes e/ou refrigerantes Ferros-ligas e ligas nobres - Desoxidantes Adições complementares (recarburante, aquecimento do aço, isolamento térmico eou Quimico, absorção de inclusões, dessulfurantes, eliminação de gases, etc.). Para compreender como as matérias-primas que constituem a carga metálica (ferro-gusa, ferro-esponja e aço) sao obtidas, recomenda-se que o leitor consulte a publicação denominada Introdução aos Processos Siderürgicos. Nesta publicação também são feitos comentarios sobre as caracteristicas e o processamento de alguns materiais minerais que eventualmente também podem ser utilizados nas aciarias e sobre a produção e utilização dos gases industriais e de Outras utilidades/insumos. Uma importante matéria-prima da aciaria é a cal. Para um 2profundamento do processo de obtenção da cal a partir do calcário sugere-se a leitura da Dublicação de Introdução aos Processos de Calcinação. As operações de pré-tratamento do ferro-gusa, ainda no estado líquido, podem ser realizadas no canal de corrida do alto-forno, no carro-torpedo em unidades instaladas entre o alto- forno e a aciaria ou, tendencia verificada nos últimos tempos, no próprio galp�o da aciaria, apos a transferência do ferro-gusa para as panelas utilizadas para armazenamento, transporte e carregamento do ferro-gusa liquido nos fornos de refino primário dos aços. Os principais tipos de operações de pré-tratamento do ferro-gusa são: dessulfuração; desfosforação; - dessiliciação. Os principais objetivos e/ou justificativas para aplicações destes tratamentos previamente à adição do ferro-gusa nos fornos de refino primário para elaboração do aço são: - a redução da quantidade dos elementos químicos enxofre, fósforo e silício na composição química final do aço; a redução do custo das operações, principalmente no caso de dessulfuração e desfosforação, nos fornos de refino primário ou secundário; a redução do tempo de tratamento do aço nas estações de refino secundário e, em alguns casos, a redução da perda de temperatura do aço liquido, facilitando o Cumprimento do sincronismo entre as etapas de refino e lingotamento na aciaria a baixa eficiência do processo de dessulfuração no ambiente oxidante dos fornos de refino primário (convertedores ou fornos elétricos); Observa-se que a realização das etapas de desfosforação e/ou dessliciação do ferro-gusa iquido, reduzem a capacidade de geração de calor na etapa de refino do aço no convertedor LD, Ocasionando uma redução na taxa de sucata que pode ser utilizada no processo a fim de não esuitar em um balanço térmico negativo para o processo. E importante salientar que as operações de desfosforação e dessulfuração também podem Ser realizadas na panela de aço líquido nas estações de refino secundário, antes do lingotamento. Orem, apresentam normalmente um custo mais elevado e so sao aplicados em casos de Aço E.M.S.Rizzo Introdução aos Processos de Preparaçao de Materias-Primas para o Refino do Ac 6 exigência de teores mínimos de alguns dos elementos citados, justificando assim em função do maior valor agregado do aço produzido. Em outras situacões, me emprego o custo não iaria limitam a sendo um item preponderante, as condições de sincronismo da produção na aciari: possibilidade de aplicação dos citados tratamentos antes do lingotamento do aco. E.M.S. Rizzo Introdução aos Processos de Preparação de Matérias-Primas para 0 re Aço - 2-CARGA METÁLICA A carga metalica para elaboração do aço nos fornos elétricos a arco ou nos COnveru lores de ser constituída dos seguintes materiais: - sUcata de aço - SUcata de ferro-gus - Sucata de ferro fundido - produtos pré-reduzidos (ferro esponja, briquete HBI ou RDI) - ferro-gusa liquido briquete de residuos siderúrgicos. A proporgao entre os diversos tipos de carga metálica depende da combinação de uma série de fatores, dentre os quais os mais importantes são: - tipo de processo-forno elétrico ou convertedor; - disponibilidade e preço das matérias-primas; - tipo de aço a ser produzido; - Composiçao quimica das matérias-primas, inclusive a sua variação ao longo dos lotes, - teor de impurezas na sucata; - limitaçoes dos equipamentos/processos da aciaria para operar com determinados uposS de carga metálica; pratica adotada pela empresa para a preservação do revestimento refratario dos equipamentos. No caso das aciarias elétricas, é digno de nota que se avaliarmos os dados relativos ao uso das matérias-primas metálicas nas últimas décadas e as previsões para os próximos anos, nota-se que a geraçao de sucata não será suficiente para atender a demanda por este material pelas aciarias, incentivando o uso de ferro-gusa e de materiais pré-reduzidos. Este fato tambémé preocupante para aS aciarias a oxigënio (convertedores). Para o caso das aciarias elétricas, o uso de ferro-gusa sólido já é bastante difundido no Brasil (cerca de 32% contra menos de 5% na média mundial). O uso de materiais pré-reduzidos (ferro esponja), apesar de em números absolutos corresponder a menos de 5% da demanda mundial de matérias-primas metálicas na indústria siderúrgica (cerca de 45 Mt), cresce a uma taxa em torno de 10%, superior a demanda pelas outras matérias-primas metálicas. A utilização de ferro-gusa liquido pelas aciarias elétricas ocore no caso da empresa contar com um alto forno na própria usina ou adquirir o ferro-gusa de empresas do tipo guseiras instaladas relativamente próximas da unidade industrial onde o forno elétrico está montado (normalmente a uma distância de no máximo 30 km). Neste caso, o ferro-gusa líquido é transportado por ferrovias ou por rodovias em panelas projetadas para reduzir a perda de calor e oferecer uma maior segurança no caso de solavancos. Com a utilização do ferro-gusa líquido tem- se a transferência do calor sensível e do calor latente para a carga metálica sólida. Destaca-se que as principais vantagens desta opção são a redução do tempo de elaboração do aço e a economia de energia elétrica. No caso das aciarias equipadas com convertedores a oxigênio, a proporção de ferro-gusa liquido na carga metálica do convertedor depende de Sua composição e temperatura (conteúdo termico), da qualidade do aço a ser produzido, da qualidade de carga sólida e da disponibilidade de sucata. Normalmente, a carga liquida varia entre 80% para convertedores produzindo aços Com baixo teor de carbono e 85 a 90% para aços alto carbono; podendo chegar até a 100% da carga. Outro fator que determina o uso de ferro-gusa liquido está relacionado com a sua disponibilidade na usina siderúrgica integrada. Em algumas situações, a sua taxa é definida pelo tipo de aço que será fabricado e das dimensões do convertedor. E.M.S. Rizz lntroducao aos Pocessos dle 1'Tearaçao de Materus-Prinas para o Relino do Aco 8 Cde maiores quantidades de ferro-gusa líquido nos convertedores apresenta arandes vantagens do ponto de Vista de balançO térmico do processo, pois assim geradaé, na maiorla das situaçoes, mais do que suficiente para o balane corrida. Este fato possibilita gerar ganhos de rendimento metálico, acelerar a formargetico uso da ão da escória pela maior adição de malerial efrigerante e uma maior economia de oxigênio om menor tempo de sopro, etc. Porém, Islo pOde provocar translornos operacionais durante o Sopro, provocados Ocasionar fortes projeçoes na primeira arte do sopro, mento na geração de gas no convertedor pela maior disponibilidade de oxigênio (adicão de minério/sínter para refrigeração do banho), gerando descontrale pela rápida formação da escria, podendo esso descontrole no sistema de captação de fumos. Ou de ferro o ferro-qusa sólido é fornecido comumente na forma de pães de ferro qusa oiu. ferro-gusa é recuperado a partir da solidificação deste gusa granulado, quando o formato irregular devido ao basculamento do carro-torpedo nos pátios. Tamhóerial em ecuDerado a partir da borra oriunda do processo de fabricação do ferro-gusa, que apreson er composição próxima ao do ferro-gusa, mas com granulometria reduzida. Mesmo no estada sólido, a utilização de ferro-gusa apresenta a vantagem de uma menor temperatura de fusão. a fusão da carga. A sua maior densidade aparente, reduz o volume ocupado no forno. Derndo em alguns casos, uma maior carga no forno ou, pelo menos, um menor tempo de careando, (menos número de cestos no caso da aciaria eletrica). Assim como no caso do ferro-qusa fl o teor de carbono é maior do que no caso da sucata de aço, podendo assim, gerar uma en adicional devido às reações de formação de CO e/ou CO2. acele Observa-se que o ferro-gusa é uma liga Fe-C produzida nos alto-fornos. ou nos fornos fusão redutora', sendo em alguns casos denominado de ferro de primeira fus�o. Esta indicac importante para ser feita a distinçao em relaçao a utilizaçao de sucata de peças de ferro-findl (blocos de motores, canais de fundiçao, grelhas, lingoteiras, tubos, cilindros de laminacão. e .), pois, neste caso, pode ter sido realizada a adiçã0 de uma série de elementos de liga para proporcionar propriedades adequadas å tilizaça0 da peça fundida, devendo ser feita a priada separação das peças no pátio de sucata. Alem das peças de ferro fundido, também podem utilizados ser cavacos oriundos do processo de usinagem de peças de ferro fundido. O ferro-gusa deve apresentar características fisico-químicas adequadas e com menor variação possível a fim de permitir uma operaçao regular e nas condições mais produtivas possível. Uma grande variação na composiçao quimica ou temperatura do ferro-gusa pode ocasionar uma operação mais errática, uma vez que os modelos de cálculo de carga são válidos geralmente para intervalos mais ou menos restritos das variáveis envolvidas. Uma variação brusca tem efeitos ainda mais desastrosos, uma vez que o controlador do forno, que normalmente toma a corrida anterior como referência, tenderá a adotar uma composição de carga em desacordo com as necessidades. A especificação da composição do ferro-gusa liquido varia conforme as peculiaridades regionais e a operação dos alto-fornos, podendo gerar flutuações de composição em função do tipo de carvão utilizado, do tipo de minério, da quantidade de oxigênio soprado nas ventaneiras, na vazão total de ar insuflado, na injeção de finos de carvão, na temperatura do ferro-gusa na saída do cadinho dentre outros. Os principais componentes químicos do ferro-gusa são: Ferro (Fe), Carbono ( Manganes (Mn), Silício (Si), Fósforo (P), Enxofre (S). Estes elementos em contato com o oxigeno reagirao produzindo parte da energia necessária para o aquecimento do aço durante a operaçau dos fornos de refino primário. O ferro-gusa também pode ser obtido em fornos verticais do tipo cubilo, normalmente uuiLEau fundições de peças. EMS Ri77o Introduça0 aos Processos de Preparaciu de MMatérias-Primas para o KC Jo Aço ferro constitui 0 elemento predominante no ferro-qusa, em torno de 94.0 d o de refino do aço objetiva se manter em sua forma metálica, ou seja, evitar ao oxidação para na0 reduzir o rendimento metálico do processo. Ourant do do mesmo se volatiliza, sendo arrastado pelo sistema de desem 95,0%. No Inte a etapa de refind empoeiramento. endo iettO migra para a escorid em torma de óxidos (FeO, Fe.0.) ou mesmo na forma metálica (Fe) e d paalhido posteriormente na 1orma de pó ou lama que pode ser reaproveit eitada. Uma outra parte do maior parte lormarao aço liquido. CO com mDOsição, o terro-gusa silua-se na vizinhança do ponto eutético da liga Fe-C. ou seja, "i emperatura de fusdo desta liga, conforme apresentado no diagrama de fases em equilibrio rer O carbono e quase todo queimado (oxidado) na operacão de refino, formando os gas e CO2. O teor de carbono do ferro-gusa situa-se na faixa de 3,8 a 4,5%. Nesta ad o carbono mostrada na Figura 2.1. 0 teor de carbono obtido depende das condições de operaça0e da Composiçao da Carga do alto-forno. Uma vez que não haja grandes variações não é motivo a preocupação. Liquido (L) + Ferrita delta (6) 1538 1492- Líquido (1) 1394 0.17 Peritético Ferrita delta (ö) + Austenita (9 Líquido (L) + Austenita () Liquido (L)+ Cementita (Fe:C) Eutético 1147 Austenita () Austenita () + Cementita (Fe,C) 910 Eutetóide Ferrita (C) +Austenita () Fe:C 727 0,021% a (Ferrita) Ferrita (o)+ Cementita (Fe;C)) 0,008 % 0 6,67 Carbono (% em pes0) 0,77% 2.04% 4,27% Aço Ferro Fundido- Figura 2.1 - Diagrama de fases em equilibrio ferro-carbono. O silício é um elemento de grande importáncia na produção de calor na operação dos fornos de refino primário. Sua queima produz parte do calor necessário ao processo. Além deste ator, o teor de silício do ferro-gusa afeta o volume de escória formada. Se o teor de silício for EM.S. RiZa de 0,70%, dependendo da usina siderurgica), o voluma silica considerado alto (normalmente Si escoria seiá maior porque será necos formada. pois se liala do um 6xido acido al (CaO) para neutralizar a uala do um óxido acido quo provoca elevado desgaste do revesti ca) surge a necessidade da adição de e SiC, o que provocam um aumento no cust cessário utilizar mais cal atário cio baixo (normalmento Si normalmente ulilizado nos tornos de relin0 primário. Com o silício lendo da usina siderurgica) Surge a necessidade materiais Um dores de silicio ao processo como Fesi e SIC, O que provocam baino teor de Si também dificulla o consumo de sucata. a dução O manganés não é um elemento importante na geraçao de energia durante a da elapa de relino e na qualidade do aço. ISto se deve ao fato de que se o teor de elevado no lerro-gusa liquido (Mn> 0,807%), a escoria fica mais viscosa, pois Mn for temperatura de fusão da escória. oxidação nos fornos de relino primário. Porém, e um elemento muito importante para a cane a O teor de enxofre no ferro-gusa esta relacionado diretamente com a qualidade d adotada nesta unidade fabril. O do carvão ou coque usado no alto-lorno e da prática operacional a pode ser dessulfurado antes do seu carregamento nos fornos alto-forno como nos fornos de refino a dessulfuração é deficiente. rro-gusa fornos de refino primário, visto que no O teor de fóstoro no ferro-gusa está relacionado diretamente com a qualidade do mi de ferro usado no alto-forno. Com o aumento das exIgencias do mercado, a obtencão de tósforo cada vez mais baixos torna-se um dos grandes desafios na produção do aco nac es de refino primário. de Observa-se que os elementos enxofre e fostoro tambem podem ser incorporadgs liquido nos fornos de refino devido a utilização de sucata de aço, ferro fundido. ferr o fundentes ou outras adições com altos teores destes elementos. a, Tradicionalmente considera-se que aqualidade do aço produzida através do emoreno do fornos de refino primário é restringida pelo teor de elementos residuais tais como Cu, P. Ne presentes na carga metálica carregada no forno e tambem pela presença de gases tais coma N H também presentes nesta carga ou incorporados durante a elaboraçao do aço. Observa-se aua no caso do uso do produto pré-reduzido DRI, o fósforo esta na forma de óxido e é absorvido ela escória no processo nos fornos de refino primario. De forma contrária, o fósforo contido no ferto. gusa é absorvido pelo aço líquido. Mesm0 em pequenos teores estes elementos apresentamo risco de reduzir drasticamente as propriedades mecanicas dos aços. Porém, a melhoria continua dos equipamentos e do controle de processo nas aciarias e o uso de matérias-primas metálicas a base de minério de ferro pré-reduzido, permite diluir estes contaminantes, permitindo um significativo aumento do controle químico do aço. Sn Como a velocidade de fusão do ferro-gusa é inferior a do aço, existem certos cuidados que devem ser tomados quanto ao carregamento da sucata de ferro-gusa, pois, a sua utilização pode aumentar o tempo de refino nos fornos e o uso de fundentes (cal e dolomita). A queima do Si do ferro-gusa sólido no fundo dos fornos também pode provocar desgastes prematuros do refratário. Em relação à utilização da sucata de ferro-gusa, outro cuidado importante é relativo à procedéncia da mesma, que pode apresentar altos teores de S, podendo prejudicar a prática operacional nos fornos de refino primário. Em algumas usinas siderúrgicas, adota-se a prática de continuar com a etapa de dessulfuração do ferro-gusa líquido, mesmo quando a unidade de aciaria está parada por alguns dias para uma manutenção preventiva ou não, uma vez que, normalmente, a unidade de alto-forno pode continuar produzindo regularmente. Na Figura 2.2 apresentam-se imagens de diversos tipos de sucata de ferro-gusa e de ferro fundido. E.M.S. Rizzo ntrodução aos Processos de Preparacão de Matérias-Primas para o Refino do Aço 11 MUsROOPPT GMC Figura 2.2- Exemplos de sucata de ferro-gusa: paes de ferro-gusa, ferro-gusa de formato irregular proveniente do basculamento a carga do carro-torpedo no chao (patio de emergência); Exemplos de sucata de ferro fundido: sucata de peças fundidas e cavaco de usinagem de peças. EMS. Ri/0 Inttonnn ao Poncn de Pirparaq åo de Matéias-Primas para o Refino do Aço A sucata de aço pode ser classificada de acordo com os seguintes critérios: procedência (geração interna e geração exlerna à usina siderúrgica) origem (de processamento e de obsolescéncia) composiçào quimica (näo ligada comum, não ligada especial, não ligada ressalr . baixa liga e alla liga) teor de impurezas (impa e impura); preparação (nào preparada, prensada, briquetada, tesourada, fragmentada cusak cortada e recuperada) caracteristicas fisicas: dimens0es (livre e dimensionada) e densidade aparenta (. média e pesada). urada, rada (leve lorma Estes critérios podem ser combinados para gerar uma série de tipos de sucatas, A N a ABNT NBR 8746 de 1985 (Sucala de Aço -Glassiticaçao) pode ser consultada para verificar a vårios tipos de sucata de aço normalizados no Brasil. No caso dos convertedores a oxigénio, as dimensões da sUcata devem ser tais u etorng permitam a sua completa fusäo durante tempo de sopro e, portanto, a sucata pesada de ratan. arada (lingotes sUcatados, lingotes curtos, sucatas de placas e blocos) deve ser previamente prenaradl e através do corte com maçaricos ou guilhotinas. Sucata muito pesada também pode danificar revestimento refratário dos fornos de refino primario devido ao elevado impacto na operacão c de carregamento. No caso de aciarias eletricas, sucatas finas e largas, como pedaços de barras tiras. podem se soldar uma as outras durante a etapa de aquecimento no interior dos tarnoe Ou demorando mais tempo para deslocarem-se para o banho líquido. Em algumas usinas, recomenda-se que o comprimento máxim0 da sucata deve estarem torno de 1 a 1,5 m para permitir a obtenção de uma densidade aparente adequada e se avitar problemas como dificuldades no fechamento da abobada ou furos nos painéis refrigerados no caso do forno elétrico a arco, ou sucata presa na boca do convertedor que pode vir a danificar a coifa ou cair sob o convertedor quando o mesmo for basculado, atrapalhando a movimentacão dos carros de transporte das panelas de aço ou do pote de escória. A densidade aparente de carga de sucata deve ser tal que possibilite o seu completo carregamento com o minimo de aberturas do forno a fim de não prejudicar a produtividade eo rendimento energético da aciaria. Se a densidade aparente da sucata for baixa, podem ser necessários vários carregamentos utilizando os cestões ou tamborões no caso dos fornos elétricos a arco ou de canaletas no caso de convertedores, ocasionado uma série de problemas, como, por exemplo: perda de tempo, queda de temperatura do refratário do forno ou da carga metálica já fundida e redução da produtividade da aciaria como um todo. Uma sucata considerada leve apresenta uma densidade aparente inferior a 600 kg/m. A sucata considerada pesada apresenta uma densidade aparente superior a 1200 kg/m". Entre estes dois limites a sucata é considerada médla. Observa-se ainda que peças de elevada densidade, como lingotes e cortes da area de lingotamento continuo, exigem um maior tempo para dissolverem-se, aumentando tambemo Consumo de energia eo tempo necessário para elaboração do aço. Em relação ao critério grau de contaminação, a sucata deve ser rigorosamene Selecionada para evitar a presença de elementos normalmente considerados contaminantes por prejudicar as propriedades dos aços (S, Cu, Sn, P, etc.), por provocarem problemas n0s equipamentos envolvidos direta ou indiretamente na produção do aço (Zn) ou por representare fISCo de explosoes ou poluição durante o processo (óleos, graxas, gases combustiveis, extintore de incendio, concreto, terra, etc.). Assim, o grau de contaminação envolve 0s c composição quimica e teor de impurezas. E.M.S. Rizzo Introduç�o aos Processos de Preparação de Matérias-Primas para o Keino u y 13 No aspecto de composição química, a sucata em geral pode ser clasSSITIcaa preliminarmente em SUcata de aço, sucata de ferro-qusa e sucata recuperada. A sucata de aço pode sofrer uma nova classificação em função principalmente dos teores dos seguintes elementos quimicos: Sn, P, S, Cu, Ni, Cr, Mo, V, Nb, Co e Mn. A presença de estanho deve ser controlada por causa de possiveis problemas de fragilidade no trabalho a frio do aço produzido na aciaria. O fósforo é controlado por razoes similares e por causa de efeitos adversos na soldagem dos aços inoxidáveis. Em alguns casos pode ser tolerado, podendo estar presente em faixa, como no caso de chapas de aço de alta resistência. O cobre causa fragilidade a quente, formando trincas superficiais, a não ser que o níquel esteja presente em quantidade suficiente para evitar estes efeitos e que a temperaturas e a atmosfera do reaquecimento dos produtos lingotados sejam rigorosamente controladas. No entanto, em certos casos especificos, o cobre é acrescentado como um elemento de liga para promover elevada resisténcia à corrosão. Mais comumente, ele pode ser substituido por elementos Como o manganës no controle do endurecimento. O enxofre é indesejável quando altos níveis de ductilidade transversal são exigidos. O enxofre também afeta a soldagem e e um dos elementos de liga importantissimo na obtenção de aços de corte rápido (aços ressulfurados). Os efeitos negativos no processo de soldagem, podem ser controlados pelo uso de telürio, que e capaz de coalescer o MnS. O cobre é normalmente oriundo de fios e motores elétricos, conexões hidráulicas, sistemas de refrigeração, etc. O estanho é proveniente de chapas revestidas (folhasde flandres utilizadas na fabricação de embalagens para acondicionamento de alimentos e bebidas. O enxofre é encontrado em sucata de usinagem. O fósforo tem origem nos aços produzidos com alto teor deste elemento e no ferro-gusa. Também merece atenção especial a presença de elementos de liga com tendência de aumentarem a resistência mecânica do aço (níquel, cromo, molibdènio, vanádio, nióbio, cobalto, etc.), mas que também reduzem em muito a ductilidade quando em teores acima de determinados limites, afetando a utilização dos aços em aplicação nas situações onde esta propriedade é de fundamental importância como é o caso de aços destinados a sofrer uma estampagem profunda ou n0 caso de aços para trefilação de arames. Neste caso, as Sucatas provenientes do forjamento de ferramentas, elementos de máquinas, cilindros de laminação, etc., devem ser separadas para uma análise química detalhada. Um outro aspecto relativo á contaminação da sucata é a radiação contida na mesma. Devido a0 uso sempre crescente de isótopos radioativos na indústria e na medicina (césio, uränio, protactinio, tório, rádio, radônio, actinio, netünio, polönio, fråncio), é inevitável que se controlem fontes radiativas não for adequado, resultará de sua incorporação dentro de uma carga de sucata ocasional. Isto aconteceu duas vezes nos EUA, resultando em procedimentos muito caros de descontaminação. Para evitar qualquer possibilidade de que isto aconteça, é desejável utilizar detectores de radiação para monitorar todas as cargas que chegam de sucata, tanto a Sucata recebida por caminhão quanto aquela recebida por estrada de ferro. A maioria das fontes de radiação está confinada em containeres de chumbo. Por este motivo, os únicos aparelhos para trabalhar com mais de 95% de probabilidade de detectar uma fonte que chega são aparelhos sofisticados, com alta sensibilidade. Detectores mais simples e baratos são freqüentemente colocados na tampa dos equipamentos de análise química para checar possível radioatividade da amostra de aço que estä sendo analisada. Como elementos radioativos como o césio são vaporizados e recolhidos no equipamento de desempoeiramento, um detector parecido deveria ser colocado nos silos e fitros de manga. No entanto, com esses métodos mais simples, 0 alarme chega muito tarde para evitar a contaminação da usina. Em determinados casos os compradores podem solicitar a realizacão de exames de radioatividade nos produtos siderúrgicos (placas ou tarugos de aço, por exemplo), ou E.M.S. Rizzo Introduçao aos Processos de Preparação de Matérias-Primas para o Refino do Aço 14 exigir a instalação e utilização dos citados equipamentos para negociar com siderurgica. Na Figura 2.3 apresenta-se alguns sistemas para detecção de radioatividade usina uma Os operadores da área de preparação de sucata, operadores de pontes rolanta. sucat es demais operadores da aciaria devem ficar sempre atentos quanto à presenca de materiais radiativos, uma vez que as mesmas são normalmente identificadas através d as de 2.3. OS do símbolo internacionalmente convencionado para tal, contorme apresentado na Fiqura 9 ão EXPLORANIUM FRADIATION DETECTION SYSTEMS Figura 2.3- Exemplo de sucatas de materiais radioativos identificadas pela presença do símbolo internacionalmente convencionado para tal e de sistema para detecção de radiatividade em caminhões e um detector portátil. E.M.S. Rizzo Introduçio aos Processos de Preparacão de Matérias-Primas para o Rclino do 15 Considerando uma analise em conjunto dos principais critérios citados (CO a nsões, densidade aparente e teor de impurezas) ão quimica, dimenso ecificação da sucala de aço considerando ainda o seu processo proo aipamentos utizados na aciaria e no restante da usina, tipos de aços produzidoS, crirerno iados na programaçao da produção da aciaria, percentual de ferro-gusa na ag cada usina siderúrgica adota uma odutivo, tipos de clas. dicDonibilidade e Coniabilidade dos fornecedores, dentre outros parâmetros. Apresenta-se cequir um exemplo oe uma classificação que pode ser adotada por uma usina siderurgica pard d Sucata de aço quanto a sua qualidade: Sucata de aço primeira categoria Sucata de aço pesada Sucata de aço de segunda categoria Sucata recuperada A sucata de aço de primeira categoria é uma sucata de geração interna dd Isina siderúrgica sendo Constituida por aparas de perfis, barras, chapas grossas, chapas inas laminadas a quente e a frio e outros retornos das linhas de laminação a quente e a frio, prensadas ol não (Figura 2.4). E uma sucata de excelente qualidade, não havendo limites para a sud utilização. A sua unica desvantagem é a baixa densidade que pode tomar impossivel o seu carregamento total em apenas uma operação. A sucata de aço pesada também é de geração interna da usina siderúrgica, mas e constituida por lingotes, grandes blocos e placas sucatadas, material proveniente do corte na tesoura de placas Ou blocos (pontas) ou ainda o cascão do distribuidor de lingotamento continuo (Figura 2.5). Sua elevada densidade torna esse tipo de sucata altamente desejável, em termos de carregamento, porem, a uilização de pedaços com dimensões excessivas pode provocar problemas de desgaste de refratários (choque mecânico) e de material não fundido no final da etapa de refino do aço. De maneira geral, a melhor carga de sucata é constituída pela mistura adequada de sucata de primeira qualidade e sucata pesada. Os dois tipos anteriores de sucata são denominados em alguns casos de sucata de aço de retorno. Este tipo de sucata é constituído principalmente do elemento ferro, não apresentando de maneira geral, problemas quanto à presença de impurezas. O problema surge apenas no cas0 de usinas com fabricação pelo oxigênio, quando presentes na sucata, podem exigir a sua classificação e a não utilização para aços que não contenham aquele elemento. aços ligados, pois, certos elementos de liga de pequena afinidade A sucata de aço de segunda categoria é obtida a partir do sucateamento de bens de consumo ou dos processos de fabricação (estampagem, usinagem, forjamento, soldagem, laminaçã0, etc.) de peças, máquinas u estruturas de aço nas indústrias mecànicas, construção civil, naval, ferroviária, etc. Pode conter uma miscelânea de componentes metálicos, não- metálicos e não-ferrosos, podendo ser fonte importante de contaminantes. Este tipo de sucata normalmente é adquirido pela indústria siderúrgica no mercado interno (Brasil) ou externo (importação). A sucata de aço de segunda categoria pode ser subdividida em várias subcategorias em função do tipo de material que a constitui ou tipo de beneficiamento ou preparação previamente aplicado. No caso de usinas que utilizam frequentemente cargas com uma alta percentagem de ferro-gusa, pode ser possivel o uso de sucatas mais contaminadas para diluir o efeito prejudicial dos mesmos. E.M.S. Rizzo 16 Introdução aos Processos de Preparaçâo de Matérias Prinas para o Relino do Aço Figura 2.4 Exemplos de sucata de aço de primeira categoria. Figura 2.5 Exemplos de sucata de aço pesada. hrodnçiao aos Processos de Preparacão de Matérias-Primas para o Relino do 17 E.M.S. Rizzo O mercado de sucata distingue a denominada sucata de obsolescência quando a n & obtida com ou sem a industrialização da sucata de aco pesada e leve, tais como: pedd arames grossos, Canos, retalhos de chapa, tubos, tambores, partes de fogões e aços av (Figura 2.5). Se nao Tor preparada, pode ser classificada em araúda, média, miuda e misla onforme as suas almensoes. A sucata de obsolescência mista pode ser composta o metálicos., VIgas, cantoneiras, pontas de vergalhões de construção, retalhos de chapas, tuoo acO, material ierroviario (trilhos usados, rodas de aco, pregos de linhas, talas de junção, engaes de vagão, dormentes metalicoS e eixos em geral), desmonte de fábricas, automóveis, caminnoes ratores, maquinas agricolas e rodoviárias, desmontes de navios emáquinas industriais em gera trat A SUcata de obsolescencia é geralmente considerada limpa, com exceção da presença dE revestimentos em alguns casos. No caso anterior, a sucata é fornecida na forma solta. Porém, a sucata nao oriunida d indústria siderurgica lambem pode ser fornecida na forma de pacotes utilizando processOSd industrializaçao da SUcata, envolvendo operações de prensagem. Estes pacotes podem se oroduzidos com sucatas originadas tanto de processos de fabricação como de oDsoles Neste caso, podem ser distinguidos vários tipos de pacotes, desde os formados por Sucalds isentas de impurezas (chaparia de estamparia com ou sem cavacos, latinhas ou cad desestanhadas) ate sucata com um certo grau de contaminação (chapas pintadas ou esmalidods, latinhas estanhadas, etc.). A sUcata de obsolescência pode ser fornecida na forma trituradd (shredded). A sUcata composta de retalhos de chapas diversas, provenientes da industria automobiliística e similar, fornecida solta é denominada de chaparia. Pode ser separada em sUcata de estamparia revestida ou não. Assim como a sucata de obsolescência, a sucata de aço obtida a partir dos processosS de fabricação ou processamento (estampagem, usinagem, forjamento, soldagem, laminaçao0, etc.) também pode ser fornecida na forma solta ou preparada por prensagem e corte (Figura 2./). E.M.S. Riz0 18 Intoduçio aos Processns ede Pieparação de Matérias-Primas para o Relino do Aço Figura 2.6-Exemplos de sucata de aço de segunda categoria com origem de obsolescência, solta Ou prensada na forma de pacotes Figura 2.7 Exemplos de sucatas de aço de segunda categoria com origem de processos d fabricação, solta ou prensada. 19 E.M.S. Rizzo OL O aON Processos de Preparação de Matórias-Primas para o Refino do Agco As etapas de coleta, fragmentação e compactação de sucata são normalmente por fornecedores extenos a usina siderúrgica, embora na maioria dos casos estas etapas possam ser complementadas nas instalações da própria siderúrgica, por pessoal propri0 EOu terceirizados. A titulo de exemplo, pode ser citado que o processo de fragmentaçao ae uid carroceria de automovel realizado pelos fornecedores normalmente gera em torno de 69% de Sucata de aço limpa, 30% de resíduos e 1% de metais não-ferrosos. Se os resíiduos forem reprocessados, um teor adicional de 3 a 4% de metais não-ferrosos é produzido. Na Figura 2.8 apresenta-se um exemplo do processamento de sucata de obsolescência por um fornecedor de uma usina siderurgica. Como exemplos de equipamentos utilizados nesta etapa podem ser citados (Figura 2.9): -Tubulao utilizado para realizar a separação magnética da sucata de aço de materiais não ferrosos Ou organicos; o material entra por um lado de uma estrutura na forma de um grande tambor cilindrico de aço inclinado e dotado de um movimento giratório e sal pelo outro lado por uma correia transportadora. - Peneiras - Utilizados para fazer a separação de impurezas presentes na sucata adquiriaa do mercado. - Prensas-tesouras A sucata solta é alimentada por um lado, sendo prensada e a seguir cortada por guilhotinas; Utliza-se normalmente acionamento hidráulico para efetuar as duas operações. Enfardadeiras ou empacotadeira- Utilizadas para produzir pacotes de sucata por prensagem, também utilizando sistemas hidráulicos. Maçaricos de oxicorte - utilizados para cortar a sucata em dimensões adequadas para o carregamento no forno. Máquinas trituradoras utilizadas para a fragmentação por corte de sucata mista, chaparias e carros; também é conhecida como shredder. Os fornecedores de sucata para as usinas siderúrgicas podem realizar a industrialização da sucata com o objetivo de facilitar o transporte e/ou para aumento do rendimento/uso. No caso da industrialização para o transporte, procura-se aumentar a densidade das SUcatas, de modo a se reduzir o custo dos fretes. As empresas que operam com aciarias elétricas, podem inclusive manter entrepostos em várias localidades do país, de modo a facilitar a comercialização da sucata bem como otimizar o transporte das mesmas. Na maioria dos casos a industrialização para transporte, já é feita com a adequação ao uso final. No caso da industrialização para rendimento e uso, o fornecedor, em estreita colaboração com o usuário (aciaria elétrica) realiza uma separação e classificação da sucata de forma a se obter o maior rendimento na etapa de refino, com liquido. A classificação apresentada anteriormente para os tipos de sucata pode ser utilizada também pelos fornecedores. Esta classificação deve ser complementada, normalmente pela aciaria, com dados relativos aos rendimentos de cada tipo de sucata. Na determinação destes rendimentos, pode-se realizar experiências na aciaria utilizando-se uma carga de sucata de rendimento previamente estabelecido (normalmente ferro-gusa com composição conhecida e Constante) e uma grande proporção da sucata cujo rendimento deseja-se conhecer. Após a realização de uma série de experiências, o rendimento da sucata pode ser determinado e posteriormente utilizado na programação da produção na aciaria. mínimo de contaminação do aço E.MS. R 20 Intronçào ns P'rocessns de Prepanção de Matérias-Primas para o Relino do Aço Figura 2.8 Exemplos do processamento de uma sucata de obsolescência por fornecedores de USinas siderúrgicas, envolvendo operações de recebimento, inspeção, seleção (manual e magnética), corte, compactação0 e transporte. Apresenta-se também uma vista de uma unidade d processamento de sucata com diversos tipos de equipamentos 21 Introuuçio aos Processos de Preparac�o de Matérias-Primas para o Relino do E.M.S. Rizzo Figura 2.9- Imagens de equipamentos e processos típicos ara preparação ou beneficiamento de Sucata de aço (catálogo Hitachi-Scrap Metal Recycling). E.M.S.Rizz0 22 Introdução aos Processos de Preparação de Matérias-Primas para o Relino do Aço Um aspecto importante relativo à utilização de sucata adquirida no mercado é co à dificuldade na utilização de sucata revestida com zinco devido aos prejuizos elemento provoca ao refratário do alto-forno. Como o zinco e um elemento de baixn este fusão (907°C) o mesmo é volatilizado e arrastado pelo SIstema de desempoeiramnto de convertedores a oxigênio ou dos fornos elétricos a arco, sendo então depositado na lam dos pelo pó de ferro-gusa ou de aço, a qual é enviada para a sinterização para ser rea como carga metálica no alto-forno. Neste equipamento 0 zinco sera separado do sinter ada depositar nas paredes do refratário do alto-forno comprometendo o desempenho do mesm aSe mada eaprove mo. ser deve necessitando um tratamento de seleção, limpeza, corte e prensagem. A sucata dente Normalmente a sucata de segunda categoria não pode ser utilizada diretar rigorosamente selecionada no que diz respeito a sua Composiçao quimica, pois Dode resfduos metálicos que podem causar contaminação. Elementos estranhos como: Sn, Cner Ni, não influenciam decisivamente nas propriedades mecánicas do aço. Como estes elementos praticamente oxidados nas condições termodinâmicas reinantes nos fornos de refino primárido é possível a sua remoção do aço líquido. Por ser uma sucata leve, deve-se também observa a refino volume na carga, pois pode causar transtornos operacionais em seu enfornam Metalurgicamente é uma sucata que contribui para a formação da escória nos fornos de primário devido sua facilidade de fusão. A contaminação da sucata no que diz respeito ao teor de óleo, umidade, tintas, borrachs graxas merecem atenção especial, haja vista que sua presença pode ser desastrosa Dar carregamento do ferro-gusa. Em determinadas situações, torna-se necessária a suspensãn do uso de determinada carga sólida no convertedor pelo risco de explosões que isto principalmente em períodos chuvosos. Alguns tipos de sucata, principalmente de unda categoria, são extremamente higroscópicas e seu uso deve ser sempre acompanhado de maior atenção. Além domais, alguns tipos de sucatas podem reter água devido a reentränciasa vazios, gerando também riscos ao processo. gera, uma e Para reduzir o risco de explosões na etapa de carregamento ou na etapa de elaboracão th aço ou alterações indesejadas da composição química do aço, a sucata de segunda categoria nã pode conter os seguintes materiais: extintores de incêndio, botijas de gás de qualquer tino compressores/motores de geladeira, de ar condicionado e de máquina de lavar; botijas de gás freon; motores com enrolamento de cobre; tanques fechados; amortecedores de qualquer tipo o tamanho; filtros de óleo, latas cheia de tinta/combustivel; aços ligados; qualquer recipiente fechado contendo produtos químicos, gases sob pressäão ou ocultando materiais radioativos explosivos e combustíveis (Figura 2.10). A sucata de aço recuperada é obtida através do britamento e do peneiramento de despejos das usinas siderúrgicas, principalmente escória de aciaria. Se a sucata for obtida a partr do beneficiamento da escória do convertedor a oxigênio, possui cerca de 25% de escória e seu uso é limitado principalnmente em furnção disto, pois em quantidades maiores essa sucata pode provocar fortes reações tanto no carregamento quanto no sopro (Figura 2.11). Entretanto, a utilização da sucata recuperada em quantidades adequadas, favorece em muito a formação de escória e auxilia na desfosforação. Se a sucata for gerada a partir do beneficiamento do fero-gusa remanescente do carro torpedo e da escória de ferro-gusa do SKimmer, possui aproximadamente 15% de escória e seu uso requer cuidados no carregamento, poIs pode causar explosões e também pode provocar aumento do S fim de sopro devido ao seu alto grau de contaminação. Outro tipo de sucata recuperada é aquela proveniente da limpeza das bocas dos carros torpedo, canal e bica de alto-forno. Possui 30% de escóia e seu uso requer muito cuidado devido sua alta contaminação por S. No que tange a utilização de sucata de aço para o controle de temperatura, há que se distinguirem duas formas de realização deste controle. Uma forma seria através da utilização dos Introduç�o aos Processos de Preparação de Matérias-Primas para o Relno uy E.M.S. Rizzo 23 Aço tipos de sucata no calculo do balanço térmico durante a etapa de sopro de Oxigeno diversos processo cso de elaboraçao de aço nos fornos de refino primário. Uma outra forma ao de sucata de aço cortada em pequenas partes para ser adiciona líquido, tanto na etapa de vazamento do aço nos fornos de refino primário quanto no .co de refino secundario. Para esta finalidade pode ser utilizada 1a seria através da onada na panela contendo a sucata denominada sucata canivete. A SUcata canivete deve ser adicionada em pequenos pedaços para ser rapioa aquecid eida e fundida, absorvendo calor nesta atividade resfriando, portanto, o aço liquido. Eola ota não deve interterir na composição química do aço, razão pela qual, ger classif acsificação da mesma em funçao da composição química, principalmente levando-se em conta geralmente, faz-se uma teor de carbon0. Este tipO de sucata pode ser adquirido no mercado externo ou as placas de a não aprovadas pelo Controle de qualidade da usina siderúrgica podem ser aproveitadas pard gera ceracão de sucata canivete por serem um material de composição química confiável (Figura 2.12). Outro recurso utilizado para resfriar uma corrida é sustentar um produto semi-acabado ltarugo, bloco, placa) sucatadoe mergulhá-lo parcialmente na panela de aço líquido para que, no nrOcesso de sua dissoluçao, promova o desejado decréscimo de temperatura do aço liquido. A preparaçao da sucata para ser carregada nos fornos de refino primário envolve etapas como inspeçao, separaçao da sucata por tipo, corte e compactação da sucata (Figura 2.13) e carregamento da sucata de açO na canaleta de adição no convertedor a oxigênio (Figura 2.14) Ou nos cestões (tamborões) para adição no forno elétrico a arco (Figura 2.15). No caso da utilizaçao de briquete, este material pode ser carregado no convertedor através de silos, não necessitando estar presente na canaleta de sucata. A prática considerada ideal é a de se trabalhar com sucata completamente seca, para evitar o risco de explosões durante o enfornamento do ferro-gusa líquido que sempre sucede ao carregamento da carga sólida. Para a preparaç�o da carga sólida, uns dos itens de maior importância é a disponibilidade de sucata no pátio. O ideal é mesclar uma carga que atenda aos aspectos operacionais, metalúrgicos, de segurança e custo. No caso dos fornos elétricos a arco a sucata pode ser adicionada nas esteiras que fazem o carregamento da sucata nestes fornos por abeturas laterais (carregamento quase-continuo Figura 2.16) ou em cubas instalados na parte superior do forno para a realização do preaquecimento da sucata. E.M .S. R izzo 24 In tro d u ção a o s P r o c e s s o s d e P reparação d e M a t e r i a s - P r i m a s p a ra o R e fin o d o A c o Figura 2.10 Exem plos d e m ateriais c o n sid e ra d o s c o m o c o n ta m in a n te s d a S u cata: recipientes p ara a rm a z e n a m e n to d e g a se s, m otores, ex tin to res d e incëndio, c o m p re sso re s, p e ç a s d e aço c o m e le v a d o s te o re s d e e le m e n to s d e liga, p e ç a s p a ra a c o n d ic io n a m e n to d e m a te ria is rad io ativ o s, terra, p n eu s, p e ç a s d e cobre, etc.obrigando por v e z e s a u sin a siderúrgica a ab rir o s fard o s d e sucata com m açaricos para realização de um a inspeção. Introduçã0 a0s Processos de Preparação de Matérias-Primas parao Relino do AGo 25 EM.S. Rizzo Figura 2.11 Exemplos de sucata de aço recuperada a partir de cascão de fornos, distribuidores, panelas de transporte de aço líquido sucata recuperada a partir de escória de refino, basculada no pátio, resfriada, beneficiada (britamento e peneiramento e separação da parte metálica através de meios magnéticos) e depois estocada para ser carregada nos fornos de refino primário (fotos cedidas pelas empresas Belgo Siderurgia S.A. e Companhia Siderúrgica de Tubaráão - CST). E.M.S. Ri In to u ç h o o s l'ro c e s s o s d e l'reparaçio de M a t é r i a s - P 'r i m a s p a ra o R elino do A ço Figura 2 .1 2 P lacas, tarugos e blocos d e a ç o n �o ap ro v ad as pelo controle de qualidade da. siderurgica podem s e r ap ro v eitad as p ara g eração d e s u c a ta c a n iv e te p o r s e r e m u m m ataria c o m p o siç ã o q u im ic a d e fin id a . de Figura 2 .1 3 S u c a ta d e aço co n sid erad a leve sen d o prensada e co rtad a p ara aum ento da d e n sid a d e ap aren te a tra v é s d o c o rte o u d a form ação d e pacotes o u fard o s d e aço c a rb o n o e de a ç o in o x id áv el. Inirodinç ào A o s P 'ro esso s de Preparação de M atéria P rim as para o R ef1no d a Ag' 21 E M S . R i z 7 7 0 F ig u ra 2 .1 4 E x e m p lo s d o s e q u ip a ln e n to s q u e p o d e n s e r u tili2 a d o s n o p a tio d e s u c a ta d a s e la p a s d e c a rre g a m e n to d a s u c a ta d e a ç o n a s c a n a le ta s nO p a tio o u g a lp a o d e p re p a ra ç ã o d e S U cata e d o carreg arm en to d e su c a ta n o co n v erted o r (to to s c e d id a s p e la C o n p a n h ia S id e rü rg ic a de Tubarao - CST). E.MS. Rn 28 Introdução aos Procesos de Preparaçäo de Matérias-Primas para o Refino do Aca (b) (a ( (h) ( ( alpão Figura 2.15 - Exemplos da etapa de carregamento da sucata de aço no cestão no paio ues de preparação de sucata e etapa adição da sucata no fornoelétrico a arco. Exemplo idas ou tamborões utilizados no carregamento de sucata no forno elétrico a arco. (totos D a pela SMS-DEMAG Ltda). Introduçao aos Processos de Preparaç�o de Matérias-Primas para o Rcfino do AÇo_ 29 E.M.S. Riz20 Como já foi entatizado anteriormente, as dimensões da sucata devem ser tais que a sua completa tusao durante o processo e não causem estragos ao revestimento do liquid edor ou do forno eletrico quando do seu carregamento. Além disto, deve esta coetamente seca, para evitar o risco de explosões durante o enfornamento do ferro-gusa CO aue sempre precede ao carregamento da carga sólida. Para a preparação da carga solldd, uns e atenda aos aspectos operacionais, metalúrgicos, segurança e custo. de maior importäncia é a disponibilidade de sucata no pátio. O ideal é mesclar uma No caso dos convertedores, algumas usinas adotam a prática de se trabalhar com umaa constante de sucata, variando-se o ferro-gusa líquido é vantajosa porque permite malo lidade na área de preparaçao, visto que possibilita preparar previamente as canaletas além de evitar enganos na nora do carregamento. o briquete é uma matéria-prima gerada a partir do briquetamento de uma misturaa eontendo além dos aglomerantes, lama de aciaria, carepa de escarfagem manual de placas e cciduOs ferrosos adquiridos no mercado. Normalmente possui em torno de 50% de escória e seu en é limitado principalmente pelo seu teor de S. Pode também gerar reações durante seu carregamento nos tornos de refin primário, mas é um tipo de material que é muito desejado devido seu baixo Custo. Favorece a formação de escória nos convertedores a oxigênio e pode também ser utilizado como material refrigerante neste processo. Na Figura 2.17 apresenta-se uma imagem de um briquete. Os produtos pré-reduzidos, denominados genericamente aqui de ferro esponja, são fabricados através dos processos de redução direta de minérios de ferro utilizando como combustíveis/redutores gas natural, carvão ou finos de coque, como os mais conhecidos HYL, Midrex. Os produtos destes processos podem ser o HBI (Hot Briquetted Iron), o DRI (Direct Reduction Iron) e o HDRI (Hot Direct Reduction Iron). Entretanto, diversas outras tecnologias utilizando gás natural, carvao ou coque como redutores para obtenção de ferro metálico encontram-se em pesquisa ou desenvolvimento. Os produtos pré-reduzidos apresentam a vantagem de propiciar a formação de uma escória espumante devido à presença de carbono e óxido de ferro. Na Tabela 2.2 são apresentados algumas das principais características das matérias-primas metálicas pré-reduzidas. Na Figura 2.18 apresentam-se exemplos de ferro esponja DRl e ferro esponja HBI. Tabela 2.2Algumas características das matérias-primas metálicas pré-reduzidas. Caracteriísticas DRI HDRI HBI Fe Total (%) Fe Metálico (%) Grau de metalizaç�o (%)_ Carbono (%)_ P (%) S (%) Ganga (%) Mn, Cu, Ni, Cr, Mo, Sn, Pb, e Zn (%) Densidade real (kg/m") Densidade Aparente (g/m) Uemperatura de descarregamento (°C)| 90 94 83-89 92-95 1,0-3,5 0,005-0,09 0,005-0,09 0,001-0,03 0,001-0,03 2,8-6,00 traços 1600 1900 1600 1900 3,4-3,6 3,4-3,6 700 min. 90 94 83 -89 92-95 1,0-3,5 90 94 83 -89 92-95 0,5-5,22 0,005-0,09 0,001-0,03 2,8-6.0 traços 2400 2800 5,0-5,5 2,8-6,0 traços 40 80 No caso dos convertedores a oxigênio, a prática de se trabalhar com uma carga constante Ucata, variando-se o ferro-gusa líquido é vantajosa porque permite maior facilidade na área de hraçao, visto que possibilita preparar previamente as canaletas alem de evitar enganos na hora do carregamento. E.M.S. Riz20 Irnttvng hn no Proxesen de Prep ç de Matérias Primas para o Refino do Aço tedor deve ser feita A adicao da sucata na canaleta para carregamento no convertedor deve normalmenle obedecendo & ordem de entrada no convertedor, ou seja: 1SucAta leve 2SvOata pesada SuOate de ferro gusA Esta ordem tem por finalidade evitar danos ao revestimento refratário. Tamhé. zindo a pesa importane para se evitar que a sucata de ferro gusa fique no fundo do convertedor, reduzin. possibilidade da variação do teor de carbono da corrida relacionada com o fato de sucata de carregamento nao tndida ou fundida apenaS na etapa de fim de sopro. Aém disto, esta ordem de carrerada aiuda a evitat o engaiolamento da sucata leve na boca do convertedor No caso da utilização de cestoes para o carregamento de sucata ou outras adicias fornos elétricos a arco, uma aspecto de extrema importância é a estratificação (disposicãn nos de camadas Superpostas) da carga nos cestðes tamborões. A correta realização desta at inflvencia diretamente na produtividade dos fornos elétricos a arco e normalmente rERsponsabilidade da unidade de Pátio de Sucata. Uma estratificação adequada é aquela que propicia uma distribuição de carga de tal forma ae combine as variáveis: densidades dos tipos de sucata empregados, volume dos cestöes a d forno eletrico a arco. São montadas tabelas que combinem as citadas variáveis com a orateo operacional adotada na aciaria. E importante salientar. que devido ao tipo de construção mecánica eo método de abertura doE diterertes tipos de cestos existentes, estas tabelas podem variar muito de usina para uSina Por exemplo, nos cestos do tipo clamp shell (mandibulas)., toda sucata colocado no fundo, tendea se deslotar para as paredes do forno no momento da abertura. Os cestos do tipo orange peel (caBca de iaranja). apresentam uma distribuição menos distorcida no forno. De maneira geral. considera-se que os principais pontos a serem considerados na estratificação de uma carga são: Corhecer o funcionamento do tipo de cestão utilizado na aciaria As sucatas de elevada densidade e de grandes dimensões devem ser usadas no fundo do cestao: Evitar que sucalas muito densas caiam na região da porta de escória. pois, isto dificultaria e atrasaria a utilização da injeção de oxigênio: Nao colocar pacotes ou sucatas de grande volume na parte superior do forno ou cestão. pois. podem ser deslocadas e provocar a quebra dos eletrodos: Tomar cuidado com a utilização de retorno de laminação em forma de bobinas. pois podem causar eleito 'mola' no ato da abertura dos cestos, e com isso provocar a formação de 'cargas altas. No caso das aciarias que trabalhem com colocação de cal nos cestos, evitar a colocação de cal no fundo do cestão, pois, poderá provocar a indesejável elevação do nível da soleira do forno, tambérn deve se evitar a colocação da cal junto com o cavaco, pois cria uma massa de dificil fusâo, com forte possibilidade de aderência nas paredes e fervura quando fica no tundo. Fechar os cestóes com sucata de fácil penetração dos eletrodos, com intuito de proteger a abobada ou o miolo relratário. Introdução aos ProCessOs de Preparação de Matérias-Primas para o Ke EM.S. Rizzo para o Refino do Aço 31 Fig itra 2.16 Exemplo do Carregamento em esteiras de forma quase-contínuo de sUcata ou mate. teriais pré-reduzidos em tornos eletricos a arco. Processo Consteel da Techint. (b) (a) Figura 2.18 Exemplos de matérias-primas metálicas pré-reduzidas utilizadas nos fornos de refino primario: (a) ferro esponja DRI e (b) ferro esponja HBl. EMS Rizzo Intradução aos Processos de Preparaçào de Matérias-Primas para o Relino do Aço 32 Figura 2.19-Exemplos de atividades de formação de cestöes/amborães para o carregamento de sUcata, envio dos cestões/tamborões para o galpão da aciaria, a etapa de carregamento de sUcata seguida da etapa de carregamento de ferro-gusa líquido no forno elétrico a arco (totos cedidas pela empresa Belgo Siderurgia S.A.). Introduçño AOs Prwess de Preparaçhrn ode Malérias Primas para o Relinea do ny, M.S Riz 33 3-GASES (Oxigènio, Nitrogênio e Argonio) érmicas entre o oxigênio e os elementos As reações exotér trico a arco Ou do convertedor a oxigênio, principalmente o silicio e 0 carbono do ferro- (químicos quecompöem a carga do forno eleliico a arco o Ou O carbo arbono injetado no casO do forno elétrico a arco, aliado a pós combustão de uma pare de carbono gerado nos fornos, fornecem uma parcela considerável da energia monÓxido ara aquecer, Tundir e superaquecer a carga metálica sólida adicionada. Parte do para m é utilizada para oxidar os elementos que farão parte da escória. Uma outra pare necessárn também do Oxigénio ficará dissoBlvida ou absorvida pelo aço liquido e pela escória. Nos processOs de relino primario e secundário, utiliza se oxigénio de elevada pureza, a fim ter os teores de ntrogeno do aço dentro dos limites exigidos para a adequada qualidade de mante do produ de pureza aconselh de nitrogénio. maximizar a produlividade do forno e a capacidade de fundir a sucata. O valor minimo aconsellhável e 99,7 a 99,8%, com o restante constituido de argônio e cerca de 50 ppm Pode ser citado como exemplo que a diminuição da pureza de 99,5% para 98,5%% acarreta umento no teor de nitrogénio do metal de 30 ppm para 70 ppm, acima do limite permitido ra ma série de aplicaçoes. O consumo de oxigênio varia com a prática operacional (tip0 de distáncia lança-banho, qualidade do ferro-gusa e proporção de sucata na carga) lança, distáncia Normalmente o Oxigénio é produzido na própria usina siderúrgica nas estaçoes de tracionamento de ar que são responsáveis pela captação do ar atmosférico e o seu iracionamento (subdivisao) em oxigenio, nitrogênio e argônio. A quantidade de oxigênio injetado no forno elétrico a arco sofreu um grande incremento nassando de cerca de 12 Nnm't na década de 60 para mais de 35 Nm'/ de aço liquido na década de 90. No caso dos convertedores a quantidade de oxigênio é normalmente maior. O argónio e o nitrogênio podem ser empregados para homogeneizar a composiçao quimica e a temperatura do aço nos fornos de refino primário, nas panelas de armazenamento e transporte do aço liquido na etapa de metalurgia de panela, nas estações de refino secundário ou mesmo em diferentes posições nas máquinas de lingotamento continuo. O nitrogènio também pode ser utilizado como gás de purga (limpeza) de tubulações ou reservatórios (silos). E digno de nota que embora tenham aplicações semelhantes, o argônio apresenta um custo muito mais elevado do que o nitrogênio, razão pela qual só é empregado nos casos onde não é toleravel a absorção do nitrogênio pelo aço em função da deterioração das propriedades mecànicas deste material. O consumo de gás oxigënio depende do balanço de materiais e da composição quimica da carga. Quanto maior o teor de sucata de aço, menor o consumo de oxigênio. A presença de Compostos que ao se dissociarem no forno elétrico a arco liberam oxigênio tambem reduz a necessidade de injeção deste gás pela lança (matérias-primas consideradas oxidantes como carepa de laminação, minério de ferro, calcário, etc.). A presença de elementos tacilmente OXIdaveis no ferro-gusa provoca um aumento do consumo de oxigënio. A necessidade de realizar etapas de ressopro para correção de composição quimica ou temperatura do aço liquido também aumenta o consumo de oxigênio. E importante o conhecimento dos riscos potenciais na manipulação e utilização dos gases obtidos e distribuidos pelo setor de utilidades de uma usina siderúrgica. A Tabela 3.1 apresenta um resumo dos riscos representados pelos gases. 34 Introdução aos Processos de Preparação de Matérias-Primas para o Relino do Aço E.M.S. Rizzo Tabela 3.1 Resumo dos riscos representados pelos gases oxigênio, nitrogênio, argônio, ar Comprimido e vapor d'água. Produto Riscos Acelera a combustão vigorosamente e pode explodir por ignição ou contato. Por isto deve ser mantido longe de óleos, graxas e combustiveis. Roupas expostas ao oxigênio devem ser removidas e expostas ao ar para reduzir al probabilidade de um incêndio por fontes de ignição como, por exemplo, a eletricidade estática gerada nas roupas ao andar. Utilizar apenas equipamentos projetados para serem usados com oxigênio e adequadamente projetados para baixas temperaturas e altas pressões. Oxigênio Gás O liquido criogênico pode causar queimadura grave por congelamento ao contato com a pessoa. Respirar 80% ou mais na pressão atmosférica por mais de uma hora pode causar entupimento nasal, tosse, irritação na garganta, dor no peito e respiração difícil. Respirar oxigênio puro sob pressão pode causar severos danos aos pulmões e ao sistema nervoso central. Oxigênio Liquido Nitrogênio Gás Em concentrações moderadas podem causar, dores de cabeça, sonolência, vertigem, excitação, excesso de salivação, vômito e inconsciência. Em concentrações maiores pode causar a morte por asfixia. O liquido criogênico pode causar queimadura grave por congelamento ao contato Nitrogênio Líquido com a pessoa. O vapor pode causar sufocação rápida devido a falta de oxigênio. Os equipamentos podem romper ou trincar em caso de não serem projetados para suportar baixas temperaturas e elevadas pressões. Em concentrações moderadas podem causar, dores de cabeça, sonolência, vertigem, excitação, excesso de salivaç�o, vômito e inconsciência. |Em concentrações maiores pode causar a morte por asfixia. Argônio Gás O líquido criogênico pode causar queimadura grave por congelamento ao contato Argonio Líquido com a pessoa. O vapor pode causar sufocação rápida devido a falta de oxigênio. Os equipamentos podem romper ou trincar em caso de não serem projetados para Suportar baixas temperaturas e elevadas pressões. Nunca use ar comprimido para limpeza de roupas, ou para limpar pó ou sujeira do cabelo ou qualquer parte do corpo isto pode originar ferimentos dolorosos, infecções e enfisema subcutâneo (ar sob a pele). Ar Comprimido |Nunca use ar comprimido para soprar lascas de madeira, cavacos, limalhas, poeiras, partículas, líquidos. Tome muito cuidado com as pessoas presentes e com aquelas que transitam pelo local. O vapor d'água pode causar queimadura grave ao contato com o corpo da pessoa. Os equipamentos podem romper ou trincar em caso de não serem projetados para suportar altas temperaturas e elevadas pressões. A exposição constate de equipamentos ou peças n�o projetadas ao vapor podem causar degradação da mesma. Vapor d'água Introduçao aos Processos de Preparação de Matérias-Primas para o Retino do fA EM.S. Rizzo 35 4-FU INDENTES, DESCOXIDANTES E REFRIGERANTES A utilização de fundentes na aciaria é necessária principalmente para a remoçao 0e durante o refino dos aços e para o controle da basicidade da escória gerada durante impure fundentes tambem podem atuar no sentido de controlar o pont0 de fusão e a Jrezas refino. ade da escoria. Alem das açoes discutidas, os fundentes devem ainda satisfazer outraS condições como: condig Não produzir vapores prejudiciais no domínio de temperatura dos fornos de refino, Visco Não apresentar toxicidade para Não provocar corrosao significativa no revestimento refratário do forno; Não contaminar o aço com elementos nocivos; Não deteriorar as propriedades dessulfurante e desfosforante da cal. pessoal da aciaria; Os principais fundentes, que em certos casos exercem também a função de elementos sofriaerantes, utilizados em uma aciaria são listados a seguir: Cal calciítica Cal dolomita Calcário Fluorita Dunito Carbeto de silício Minério de ferro Sinter Minério de Manganês O consumo de fundentes em uma aciaria depende da composição química e temperatura da carga metálica utilizada, da composição desejada para o aço líquido, da prática adotada para conservação do refratário dos fornos, panelas de armazenamento e transporte do aço líquido e dos distribuidores, tubos e válvulas utilizados para controlar o fluxo de aço líquido. A título de ilustração, valores típicos de consumo de cal calcítica e de cal dolomítica estão nas faixas de 35 a 50 kg/t e 10 a 15 kg/t de aço liíquido produzido respectivamente no caso de um convertedor LD.Cal Calcítica A cal calcítica é utilizada no processo de elaboração de aços nos fornos de refino primáio principalmente com os seguintes objetivos: - Acelerar a formação da escória reduzindo assim a projeção de aço durante o sopro de oxigênio e para absorção de impurezas oriundas do processo de refino do aço. Proporcionar uma boa dessuifuração e desfosforação devido a presença do CaO na escória. Conversão da escória ácida em uma escória básica, reduzindoo desgaste do refratário básico dos fornos de refino primário. Deseja-se que a dissolução da cal seja a mais rápida possível, de maneira a manter a trajetória de composição da escória em condições de alta basicidade a maior parte do tempo. Essa basicidade é determinada em função da qualidade da cal e das condições operacionais dos fornos de refino primário. As reações quimicas que esclarecem como a cal atua no processo de dessulfuração e desfosforação e sobre o processo de dissolução da são discutidas nas publicaçãos referentes aos processos de refino primário dos aços. Introduo aos Proccsss de Preparaç ho de Matérias-Primas para o Refino do Aço E.M.S. RIZZ0 36 manutencão de uma prática controlada de adição de fundentes. Particularmente, os teores de Uma analise constante da cal destinada aos fornos de refino primário é importante para a contaminação de enxofre. presença de silica diminui o teor de Ga0 disponivel para neutralizar udsaa Olssoluçã0 da cal e a formação da escória, diminuindo a sua fluidez e difiCultando a e de escória e a Silica e enxofre deverão ser os menores possíveis a diminuir o volum de OS Oxidos ácidos do processo. No caso da cal calcítica, a presença de um elevado teor de Mao na cal também torna a ença de Al,O; na cal ta reaçoes quimicas no processo de refino do aço. A pre escoria mais viscosa, dificultando também a saida de gases caracteristicas fisicas de cal como a densidade aparente e a granulometria portanto, sua superficie especifica, governam a velocidade de sua dissoluçao nas escórias d As aciaria. Como referência, no caso dos fornos de refino primário, a cal é considerada considerada adequada rente na faixa de 1,5 a 1,65 g/cm. Observa-se que enquanto a densidade real é uma caracteristica do material em si, a quando apresenta uma estrutura esponjosa e uma densidade aparei Oensidade aparente depende do material, da distribuição granulométrica, da lorid das particulas e da porosidade. processo. Grandes dimensões atra a formação da escória porque a cal demora a A granulometria da cal deve obedecer alguns critérios que sao importantes para a dissolver-se. desempoeiramento Pequenas dimensões provocam primario e pela n�o penetração da cal no banho metálico. Devido a natureza triavel da cal, ou Seja, sua tendência de fragmentar-se facilmente, suas caracteristicas serao pelas condições de manuseio e transporte. perda de cal pela exaustão desta pelo dese A perda por calcinação (CO2 + H20) deve também ser controlada, uma vez que mede a quantidade de calcário não decomposto. Quanto maior o seu valor, maior o consumo de calor na torno elétrico a arco e menor a reatividade da cal. Na Tabela 4.1 apresenta-se uma relação das propriedades tipicas das cales calcítica e dolomítica utilizadas na aciaria. Tabela 4.1-Propriedades típicas das cales calcitica e dolomitica utilizadas nas aciarias. Cal Dolomitica Cal Calcitica Itens de Controle CaO MgO SiO2 AlLOs Ferro total no material, incluindo suas formas combinadas (FeT")_ 92-95% 2,0% 2,5% 0,5% 1,0% 50% 2 28% 2,5 1,5 0,06 0,06% 10 a 40 0,06 0,06 10 a 40 Granulometria de recebimento (mm) Temperatura de calcinação (C) Densidade aparente (g/cm) 1,5 a 1,6 1,5 a 1,6 Cal Dolomitica Apesar de a cal dolomítica cumprir em parte as funções citadas anteriormente para d calcitica, a utilização da cal dolomítica é efetuada primordialmente a fim de neutralizar os o ácidos formados nas reações de oxidação principalmente do silício contido na carga melai d forno elétrico a arco que, de outra maneira, atacariam violentamente o revestimento dadã0 forno. A cal dolomitica é formada em sua maior parte pelo óxido binário CaO MgO. dud tar visa fornecer para a escória uma quantidade de óxido de magnésio suficiente pard a mentar Introduçao aos Processos de Preparação de Matérias-Primas para o Relino do Ag E.M.S. Rizzo 37 escoria.,A utilização da cal dolomítica também tem ação favorável Sobre a solução da cal calcítica. tilização da cal dolomitica foi iniciada em torno de 1962-1963 e o seu consumo varia ae basicidade da ais de 50% do peso de cal carregado. Na maioria das aciarias, a cal dolomítica e utilizaad zero a. mais em substituição obtençao de basicte elemento na escoria, o equilibrio dos óxidos fica comprometido, ando a procura a uma parcela da cal calcítica. A prática mais geral a adição necessaria pard a eor de Mgo na escoria de fim de sopro de 6 a 10%, mantendo-se constane a aumentando-se portanto, O peso de cal carregado e o volume de escória. Em caso de falta do MgO em outra m outras fontes que, neste caso, serå o revestimento refratário. A temperatura necessaria para a calcinação do calcário calcítico (900 a 1200°C) é menor rio dolomítico (750 a 950°C), encarecendo, portanto, do que para o calcáric transporte da. do oreco final da cal depende ainda do preço da matéria-prima (calcário) e do frete para o Poarte da mesma, que em muitoS casos, é maior do que o preço da matéria-prima. o processo de fabricaçã0. Fluorita A fluorita é consttuída basicamente de fluoreto de cálcio, sendo utilizada como fundente da cal para acelerar a sua dissolução e aumentar a filuidez das escórias muito viscosas, aumentando a Capacidade de desfosforação do banho metálico pela escória. O seu consumo varia de acordo m a Qualidade da carga, do tipo de aço que se deseja fabricar e da prática operacional. A adição de fluorita deve ser parcelada, não devendo ser feita ao final do refino, pois neste caso ela perderia parte da sua eficiencia, visto que a escória até este momento está grossa, dificultando as reações de dessulfuração e desfosforação. O principal composto é o CaF2, que é uma substância neutra com baixo ponto de fusão. As impurezas mais comuns são a SiO2 e o CaCO, sendo o SiO2 a mais prejudicial. O uso excessivo de fluorita acelera o desgaste do refratário dos fornos de refino primário e das panelas para transporte e armazenamento do aço líquido e, em alguns casos, dos tubos, válvulas e distribuidores. Uma composição típica do mineral fluorita é apresentada a seguir: CaF2 2 80,0% SiO2 14,0% CaCO 0,85% P0,40% S0,40% Outross 1,5% (soma dos óxidos tipo AlOg+Fe2O3, etc.) Calcário O calcário é utilizado como fornecedor de CaO ou MgO em substituição ao emprego de cal calcitica ou dolomítica devido seu menor custo. Seu uso aumenta o tempo de sopro devido a sua presença atrasar as reações e sua dissolução pode acarretar fortes reações pela reação: <CaCOg> + calor A <Ca0> + (CO2)g Ou (a1) <MgCOg>+ calor <MgO> + (CO2)g (a2) 38 Introdução aos Processos de Preparação de Matérias-Primas para o Refino do Aço E.M.S. Rizzo A liberação de bolhas do gåis CO2 promove uma agitação do banho metálicou proporciona uma maior homogeneização do banho metálico, um aumento da interação do metal liquido com a escória facilitando as reações químicas entre os componentes destes dois sistema e e restriando o banho metálico devido à absorção de calor para reaçãoe devido de calcinacän devido à agitação mecânica. O calcário resfria o banho metálico cerca de 10% a mais do que. a sucata de aço. Dunito O dunito é um mineral utilizado nos fornos de refino primário para ajuste da basicidade da como fornecedor de MgO. Sua quantidade varia em função do balançotérmico no sopro escória pois promove o resfriamento do banho. Uma composição tipica do mineral dunito é apresentada a seguir: MgO 2 30.0% SiO2 42.0% Nis 0,50% Umidade s 6.0% Carbeto de Silicio Material utilizado para ajustar (reduzindo) a basicidade da escória e também quando o balanço térmico desfavorece a adição de dunito. Também pode ser empregado para o ajuste do balanço térmico no sopro de oxigénio, fornecendo silício e, consequentemente, calor ao processo. Uma composição tipica do carbeto de silício é apresentada a seguir: SiC 2 85,0% C s6.0% SiO2 3,5% Fe203 2,0% Al2O 1,0% Minério de Ferro Sua utilização nos fornos de refino primário pode ter duas funções: acelerador da dissolução da cal, quando adicionada no inicio do sopro ou agente refrigerante, sendo então adicionada em qualquer etapa, mas principalmente no final de sopro para controle de temperatura. Sendo o seu poder refrigerante bastante elevado o seu consumo deve ser o menor possivel para se obter um maior rendimento térmico do forno e um maior consumo de sucata (quando assim for desejável). Uma atenção especial deve ser tomada na escolha do minério de ferro, pois ele deve ter teores baixos de impureza, principalmente P eS. A granulometria (40 a 70 mm) e a porosidade são também fatores importantes que influem sobre a absorção de calor e a velocidade de reaçao. Deve-se notar que a utilização de grande quantidade de minério aumenta o volue ae escória e agrava o risco de projeções. O minério de ferro pode ser um grande gerador d emissões se adicionado em taxas não controladas. Uma toneladas de minério de ferro pode gera cerca de 206 Nm de O2. Introduçao aos Proxo 'rocessos de Preparação de Matérias-Primas t MS. RZ2 39 s para o Refino do Aço Sinter poder refrigerante do minério de ferro oS niveis de oxidaçao da escória, favorecendo a desfosforaç Possui o mesmo cessidade a0arramento de material no au de material nos silos, balanças e tremonhas além de evitar fortes reações durante as adiçoes com material úmido mentar muito os nívei mals de redução de vazao de O, no período de sua para adição, o que poder ro, tendo a vantagem de não ação. Devido ao teor de ocorre menor geraçao de gás durante a adição, o que permite eliminar a do tempo medio de sopro. Dvido às caracteristicas higroscópicas, nao to oderia acarretar deve causar Minério de Manganés minério de manganes restria o banho metálico cerca de 2,5 vezes mais do que a SUcata O minério de Mn é utilizado durante o sopro para fornecer, no final deste. um teor de in 00 Consu. de aado no aço. Isto implica evidentemente em uma menor necessidade de adição de terro-maii CUsto é elevado. Implica ainda, em uma menor oxidação do banho metálico. A redução ga. mo de fluorita pode ser obtida, adicionando-se minério de mangan�s no inicio do sopro. Os materiais desoxidantes são normalmente adicionados durante a etapa de vazamento nos rend iornos de refino primario objetivando corrigir o grau desoxidação do aço visando aumentar 0 imento das ligas adicionadas para correção de composiç�o química, evitar projeções devido an Xcesso de oxigenio no aço, aumentaro rendimento em massa de aço na panela e adequar o grau l desoxidação para as operaçoes de refino secundário e lingotamento contínuo. O grau de idacão da escória tambem pode ser afetado pela adição destes materiais. Os desoxidantes OXIC ambém são adicionados nas estações de refino secundário com o objetivo de reduzir a oxidação do aço liquidoe aumentar a temperatura do aço líquido, parámetros fundamentais para o correto vazamento do aço nas maquinas de lingotamento contínuo ou mesmo convencional. Os principais fundentes utilizados em uma aciaria são: Aluminio - Silício na forma de Ferro-Liga Alumínio Eo desoxidante mais poderoso da siderurgia devido a sua alta reatividade quimica com o oxigênio. A sua utilização também resulta em um aquecimento da corrida devido à elevada geração de calor resultante da sua oxidação. Também atua como refinador de grãos durante a solidificação ou tratamento térmico do aço. É utilizado em todos os tipos de aço acalmado como OESOXIdante e/ou fornecedor de Al. Se o alumínio entrar em contato com a escória durante a sua adição ele transformará o PO5 em Al2Os revertendo o fósforo para o aço liquido, o que é um lenomeno extremamente prejudicial para a qualidade do aço produzido. alumínio é fornecido na forma de metal puro com uma pequena quantidade de purezas para não afetar a composição química do aço. O grau de pureza deve ser tal que não aele em aumento desnecessário no custo de produçã0/aquisiçã0 desta matêria-prima. Pode ornecido na forma de pequenas barras, ou granulado em pequenas ou grandes esferas ser Ia Ou gota) conforme a necessidade de precisão de dosagem. E.M.S. Rizzo 40 Introdução aos Processos de Preparação de Matérias-Primas para o Refino do Aço Ferro-Silício (Fe-Si) O silicio é três vezes menos desoxidante que o Al. A sua utilização se dá anen de Si. O silicio aumenta a dureza e a tenacidade do aço, evita porosidades e concorecedor remoção de gases e óxidos do aço. Ë considerado um elemento purificador. corridas AS (desoxidada com Si) e AC (desoxidada com Si e Al) como desoxidante concorre e fornem para a Introdução aos Processos de Preparação de Matérias-Primas para 41 EM.S. Riz70 5-FERROS-LIGA Os ferros-liga sao materiais usados primordialmente para acerto da compoSIçao qu" aco sendo adiclonados no forno elétrico a arco ou na panela durante o Vazamerno. ecessário que seu rendimento seja o mais estável possível e que possuam menor porceay ne impurezas. Na labela s.1 apresenta-se os principais ferros-liga utilizados nos fornoS eieriosa de arcO Com composiçoes quimicas típicas. A primeira vista poderia parecer mais interessante se os elementos de liga rosse no seu estado puro (grau comercial de pureza) adicionados ássica adicionada, Simpliticando assim os métodos ou instalações de adição, reduzinao espaço necessario para armazenamento de materiais e facilitando a dissoluça0e homogeneizaçao das ligas n0 aço liquido. Porém, alquns dos elementos de liga devem ser adicionados na torma de jero-liga devido a uma série de fatores. Por exemplo, alguns elementos de liga apresentam um elevado ponto de fusão no estado puro, como é o caso do Nb (2468°C), V(1900°C). T (16/5), Cr (1890'C), B (2300°C), os quais não seriam fundidos ou demandariam um longo tempo para tundir na temperatura reinante no banho metálico no momento do vazamento d0 ago do convertedor para a panela, dependendo é claro do tamanho das particulas de modo a reduzir a quantidade adicionadas. Além disso, outros elementos apresentam um baixo ponto de ebulição, como e o caso do P (280C) e oS (444.6*0), sendo portanto evaporados no momento da adição no banho, podendo causar inclusive problemas ambientais e toxicológicos. Em ambos os casos a mistura dos elementos de liga como ferro para formar os ferros-ligas reduz o ponto de fusão ou aumenta o ponto de ebulição, bastando para isto adequar-se a porcentagem relativa entre ferro e um ou mais elementos de liga. A titulo de ilustração apresenta-se na Figura 5.1 o diagrama de fases binário em equilibrio Fe-V para demonstrar como a utilização deste ferro-liga permite a incorporação do elemento de liga V a0 aço. O processo de obtenção do ferro-liga também pode ser muito mais vantajoso economicamente do que a obtenção do elemento puro, justificando o emprego do ferro-liga. Este é o caso, por exemplo, do manganës que apresenta um ponto de fusão igual a1244°C, o que a princípio permitiria uma adição sem problemas na panela de aço líquido. Porém, para obtenção do manganês com alta pureza, é necessária a utilização do processo de eletrólise, que vem a ser muito mais caro do que a obtenção do ferro-liga Fe-Mn através da utilização de alto-fornos ou fornos elétricos trabalhando-se com uma carga constituída de minérios de ferro e de manganës.
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