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Impactos da Revolução Digital na Saúde Mental dos Trabalhadores

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ATIVIDADE CONTEXTUALIZADA
Meio ambiente e qualidade de vida
A revolução digital iniciada na década de 50, passou por um período de transição acompanhado de perto pelo setor industrial e de serviços, um processo rápido e irreversível para o ambiente de trabalho se intensificou na década de 70, com o advento da utilização dos computadores, desde seus modelos mecânicos e analógicos, até os modelos atuais. Todo esse processo de transformação digital, passou a predominar em ambientes empresariais onde o processamento de informações e registros de dados passaram a ser normatizados, gradativamente os setores empresariais migraram seus modelos operacionais potencializando a utilização de tecnologias, deste modo, novas profissões surgiram e estima-se que anualmente dezenas de novas profissões irão surgir, sendo elas em sua maioria relacionadas à tecnologia, este é um fenômeno dos novos tempos e reflete como a sociedade agrega valor e determina os impactos das mudanças.
Ao pesquisar sobre a origem da palavra proletariado encontramos um definição simples e precisa sobre está classe de profissionais no dicionário Oxford que diz se tratar de: “classe social dos proletários; classe trabalhadora; povo; povão.”, ou seja, aquele trabalhador comum que atua nas mais diversas profissões e que com o advento da era digital, ganhou uma nova nomenclatura passando a ser classificado como infoproletário[footnoteRef:1] caso a sua atividade esteja ligada a algum meio digital, para o sociólogo e pesquisador Ricardo Antunes em entrevista ao sindicato dos bancários, infoproletário é “...aquele trabalhador que em qualquer atividade que ele desempenha ele depende da máquina digital, informacional, do smartphone ou de alguma modalidade de trabalho digital.”, esta relação de dependência traz consigo uma infinidade de consequências para as pessoas que hoje em dia atuam através do meio digital, e está presente nos mais diversos tipos de trabalhos, sendo um dos fatores de doença ocupacional que mais preocupam pesquisadores pelo mundo, pois condicionam os profissionais a situações que envolvem alta intensidade no trabalho, pouca criatividade, pouca capacidade de controle e nenhuma estabilidade para o futuro, como foi exposto na reportagem que evidenciou estes problemas, exibida pelo fantástico em meados de 2019, onde foi citado pelos pesquisadores evidencias de que os trabalhadores estão sofrendo com doenças relacionadas a ansiedade, depressão e perda de sentido do trabalho, o que é de fato preocupante, pois ficou nítido que os avanços tecnológicos e as pressões empenhadas pelas empresas que atuam com o auxílio das tecnologias, tais como: motoristas de aplicativos, operadores de telemarketing, técnicos em informática, desenvolvedores de software, estão sendo acometidos de transtornos mentais em detrimento de entrega de resultados de forma exaustivas, seja no ambiente profissional formal, seja no desempenho de atividades autônomas. Segundo pesquisa publicada no G1 em junho de 2019 desenvolvida pelo FIEP[footnoteRef:2], com colaboração da pesquisadora Juliana Cipriani Presiazniuk, coordenadora de Segurança e Saúde do SESI no Paraná, destaca que: [1: Pessoas que trabalham utilizando equipamentos digitais.] [2: Entidade de representação da indústria paranaense e o braço político-institucional de todos os segmentos industriais.] 
“Os afastamentos por lesões repetitivas e de ergonomia não aumentaram devido ao tempo maior em frente a computadores. Por outro lado, vemos um crescimento nos casos de transtornos mentais em dados da OMS: em 2012, respondiam por 11% do total; em 2018, o índice subiu para 17%.
Neste mesmo período o sindicato dos bancários de são Paulo divulgou que entre 2009 e 2017, houve um aumento de 61,5% de casos relacionados a transtornos mentais. Uma luz de alerta está acesa, pois no período industrial os índices de acidentes eram relacionados a situações operacionais envolvendo manuseio de maquinas, e para contornar esse tipo de problemas, houve uma evolução significante nos modelos de segurança do trabalho, onde em alguns setores da indústria que inda atuam no ramo se consegue índice 0% de acidente do trabalho. 
A tabela 01 apresenta algumas das doenças mais comuns causadas pelo uso da tecnologia.
	DOENÇA
	DESCRIÇÃO
	Nomofobia
	A nomofobia trata-se de um medo irracional de se distanciar e ficar sem celular ou outros aparelhos eletrônicos, ou seja, está relacionada a um vício digital com diversas tecnologias.
	Síndrome do Toque Fantasma
	O conceito de toque fantasma apareceu pela primeira vez no livro “iDisorder”, do Dr. Larry Rosen, em que o especialista aponta esta como uma das doenças mais comuns da era online. A síndrome do toque fantasma se refere ao momento em que o cérebro faz com que uma pessoa sinta que o celular está vibrando no bolso, sendo que o aparelho não está ali.
Adaptado de Salonline, 2021.
É possível citar ainda doenças da coluna, auditivas, de visão, dentre outras. De fato estratégias de segurança do trabalho em colaboração com profissionais especializados em doenças relacionadas ao uso excessivo de tecnologias precisam ser traçadas e formalizadas para que empresas e colaboradores possam atuar com garantia de direitos e conscientização do uso, buscando reduzir o tempo em ambiente online e inserindo pausas para alongamento do corpo, buscando assim evitar doenças ocupacionais e melhorar a qualidade de vida fazendo com que a necessidade por qualquer tipo de trabalho, não seja o fator de escolha que irá desacelerar a mudança que cada indivíduo espera, seja no ambiente profissional, acadêmico ou pessoal.
REFERÊNCIAS
CLINICA, psicanalise. Infoproletários: significado, características e tipos. 2020. Disponível em: https://www.psicanaliseclinica.com/infoproletarios/. Acesso em: 26 jul. 2022.
DOS BANCÁRIOS, SINDICATO. Os infoproletários, a tecnologia e a uberização do trabalho. 2019. Disponível em: https://spbancarios.com.br/05/2019/os-infoproletarios-tecnologia-e-uberizacao-do-trabalho. Acesso em: 26 jul. 2022.
EDUCAÇÃO, escola. Revolução Digital – O que é, Histórico e Impactos. 2018. Disponível em: https://escolaeducacao.com.br/revolucao-digital/. Acesso em: 26 jul. 2022.
ESCOLA DE INOVAÇÃO, Harver. Novas Profissões: 40 carreiras digitais que estão à sua disposição para começar agora!. Disponível em: https://harve.com.br/blog/novas-profissoes-40-carreiras-digitais-que-estao-a-sua-disposicao-para-comecar-agora/. Acesso em: 26 jul. 2022.
LINE, salon. 7 doenças causadas pelo uso excessivo da tecnologia. 2021. Disponível em: https://www.salonline.com.br/doencas-causadas-pelo-uso-excessivo-da-tecnologia. Acesso em: 26 jul. 2022.
SISTEMA FIEP, G1. Revolução digital: impactos na saúde dos trabalhadores. 2019. Disponível em: https://g1.globo.com/pr/parana/especial-publicitario/fiep/sistema-fiep/noticia/2019/06/04/revolucao-digital-impactos-na-saude-dos-trabalhadores.ghtml. Acesso em: 26 jul. 2022.

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