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Educação financeira

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A EDUCAÇÃO FINANCEIRA 
E SUA IMPORTÂNCIA
NA GESTÃO FINANCEIRA PESSOAL
 
Resumo: A educação financeira sempre foi muito importante para auxiliar os consumidores a gerir sua renda da melhor forma, sendo assim, o estudo presente busca através de pesquisas bibliográficas e documental, esclarecer a importância e a situação da educação financeira, além de apresentar sugestões para a gerência financeira segundo o relatório ENEF, formando assim cidadãos com consciência sobre os aspectos financeiros pessoais, aumentando assim sua qualidade de vida e de suas famílias. A pesquisa caracteriza- se como qualitativa. Quanto ao modelo adotado para obter respaldo teórico foram utilizados o levantamento bibliográfico e o relatório ENEF. Os dados foram obtidos por meio de leitura de artigos, revistas e pesquisas, e os resultados conclusivos foram que, a cada ano as ações ENEF voltadas a educação financeira vem conseguindo atingir um público cada vez maior, pois devido a pandemia suas ações passaram a ser on-line, sendo assim, os objetivos propostos estão cada vez mais engajados em construir uma sociedade com consciência e discernimento no que diz respeito à administração de seus recursos, e tomando assim as melhores decisões. O Brasil está longe de se classificar como um país com uma educação financeira considerado ideal, porém, as ações nas escolas são de suma importância para mudarmos esse cenário.
Palavras-chave: educação financeira, qualidade de vida, economia, ENEF.
1. INTRODUÇÃO
A educação financeira é um dos fatores que vem sendo discutido há um bom tempo na academia como uma forma de transformar o cenário econômico das famílias brasileiras. Segundo a OCDE (2005), educação financeira é “o processo mediante o qual os indivíduos e as sociedades melhoram a sua compreensão em relação aos conceitos e produtos financeiros, de maneira que, com informação, formação e orientação, possam desenvolver os valores e as competências necessários para se tornarem mais conscientes das oportunidades e riscos neles envolvidos e, então, poderem fazer escolhas bem informadas, saber onde procurar ajuda e adotar outras ações que melhorem o seu bem-estar.
Assim, podem contribuir de modo mais consistente para a formação de indivíduos e sociedades responsáveis, comprometidos com o futuro”.
Educação financeira sempre foi importante aos consumidores, para auxiliá-los a orçar e gerir a sua renda, a poupar e investir, e a evitar que se tornem vítimas de fraudes. No entanto, sua crescente relevância nos últimos anos vem ocorrendo em decorrência do desenvolvimento dos mercados financeiros, e das mudanças demográficas, econômicas e políticas. (OCDE, 2004)
O crescimento do endividamento é um dos fatores que desestabiliza as finanças pessoais das famílias, principalmente as que possuem baixa alfabetização, baixa renda e desejos por bens tangíveis que são sonhos de consumo das pessoas, achando que isto trará um conforto para o bem-estar eterno (LOPES, 2012).
Percebe-se que a crise econômica advinda é causada pela covid-19, fez com que o mundo todo sofresse um impacto econômico financeiro com significativas proporções. Segundo pesquisa da S&P Finlit Survey (2016), dois a cada três adultos são analfabetos na educação financeira. O país encontra-se próximo da média mundial, tendo um índice de 35%, enquanto o índice mundial é em média de 33% nos países desenvolvidos chega a 55%, além de que o país está em 67º posição entre os 143 países analisados.
Os índices são altos e significativos e lentamente vêm diminuindo no Brasil. Ações que auxiliam na melhoria destes indicadores é o programa Estratégia Nacional de Educação Financeira - ENEF, desenvolvido desde 2013 articulando instituições de governo e da sociedade civil e, por este diferencial, valoriza ações integradas em prol da sociedade. Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) da CNC e da Fecomércio PR apresenta nova redução de endividados.
A Fecomercio-PR (2021) aponta que em setembro de 2021, no Brasil, 74% das pessoas estão endividadas, enquanto 89,3% dos Paranaenses estão endividados. Corroboram com estes dados INVESTCURITIBA (2021) que entre 2019 e 2021, observou- se um aumento nos prazos, as taxas de juros atrativas, houve um significativo aumento do nível de endividamento das famílias ao ponto de não conseguirem honrar os compromissos assumidos.
Diante desta problemática, este trabalho tem por objetivo relatar a situação e ressaltar a importância da educação financeira, de acordo com informações do relatório ENEF, para a formação de cidadãos com mais consciência das ações relacionadas às suas finanças.
2 EDUCAÇÃO E PLANEJAMENTO FINANCEIRO
Para Guindani, Martins e Cruz (2008) "educação financeira é equalizar os ganhos e os gastos de tal forma que o saldo seja positivo". Os autores relatam que a grande maioria das pessoas gastam mais do que recebem, recorrendo a empréstimos e financiamentos e ao mau uso do cartão de crédito. Ou seja, o segredo é organizar os custos e gastos, para promover a saúde financeira ideal, dentro do possível, pois sabemos que itens básicos para o dia a dia, como por exemplo alimentação, combustível está cada dia mais caro, etc.
Alguns exemplos de definição de educação financeira, segundo alguns autores:
Segundo Teixeira et al., (2010, p. 27) “Educação financeira é a arte de aplicar os princípios e conceitos de finanças em auxílio à tomada de decisões financeiras pessoais”. Ou seja, ter o discernimento e equilíbrio para a tomada de decisões, para a saúde financeira é fundamental, não é errado ter dívidas, porém para contraí-las deve- se primeiro ter a certeza que conseguirá pagá-las no futuro.
Peter e Palmeira (2013, p. 03) “Educação financeira é a capacidade de entender finanças e assuntos relacionados. Mais especificamente, refere-se à capacidade de um indivíduo de fazer julgamentos bem informados e decisões efetivas sobre o uso e gerenciamento de seu dinheiro”. Já para Domingos (2014) a educação financeira, nada mais é do que algo que auxilia a administração dos recursos financeiros, por meio de um processo de mudança de hábitos e costumes adquiridos há várias gerações. Portanto, não basta aprender a mexer com números, se não sabe as vantagens que esse conhecimento pode proporcionar.
As finanças pessoais conforme descritas pelos autores acima, são essenciais para que se possa gerir as receitas e despesas pessoais e/ ou familiares. Quando não há esse ajuste e as despesas começam a ser maiores que as receitas, o impacto na relação e qualidade de vida das pessoas gera situações desconfortáveis, tais como: stress, intrigas, irritação, mal- humor e preocupações, que no dia a dia acaba desestruturando os indivíduos.
Guindani, Martins, Cruz (2008), corroboram com esta afirmativa, e justificam que uma das formas de se resolver tais problemas financeiros causados é porque não se sabe utilizar corretamente o dinheiro:
Podemos responder que é um bom negócio quando aplicamos o dinheiro em algo que nos dará um retorno maior do que o valor dos juros. Quase todas as empresas utilizam um dinheiro mais barato para obter ótimos retornos no futuro. Portanto, fazer empréstimo pode ser uma boa opção, no entanto depende de onde será aplicado o dinheiro (vantagens e desvantagens).
Nesta mesma linha de raciocínio, deve-se inicialmente tomar algumas iniciativas sugeridas pelos autores em relação a solução deste problema que é utilizar a ferramenta do planejamento financeiro:
Quadro 1- Importância do Planejamento Financeiro 
	Controle no impulso de compras 
	Avaliar se realmente é necessário e possível comprar aquilo que se quer naquele momento. 
	Custos financeiros 
	Analisar rigorosamente as taxas de juros e os custos financeiros operacionais 
	Vantagens e desvantagens 
	Avaliar as vantagens e desvantagens de empréstimos/financiamentos 
	Planejamento Financeiro 
	Elaborar através de ferramentas controles financeiros pessoais/familiares 
Fonte: Adaptado de Guindani, Martins, Cruz (2008). 
Ribeiro (2021) apresenta uma técnica baseada num modelo SWOT para seelabora o planejamento financeiro pessoal: 
Figura 1 – Técnica para o Planejamento FINANCEIRO PESSOAL 
Fonte: Ribeiro (2021). 
Como o autor utiliza a ferramenta de análise SWOT como base para elaborar sua técnica de elaboração do planejamento financeiro pessoal, se faz necessário explicar cada item e o que isto significa:
1. Ter consciência de suas forças e fraquezas: análise do ambiente interno, aspectos internos da vida, exemplo de força seria o controle de gastos, e fraqueza poderia ser como exemplo, não conseguir pagar todos os gastos no prazo pré-determinado.
2. Análise de oportunidade e ameaças - é a análise do ambiente externo, ou seja, aquilo que não se tem controle. Ex.: Inflação, crise da pandemia, alta do dólar, políticas públicas.
3. Estabelecer a visão de longo prazo (onde se quer chegar) - Primeiramente precisa estabelecer um objetivo específico e claro, para poder planejar e saber quais as ações a serem tomadas para conquistar tal objetivo.
4. Metas de 10 anos, 5 anos e 1 ano- o Planejamento deve conter metas a longo prazo (10 anos), médio prazo (5 anos) e curto prazo
5. que geralmente são aqueles que duram menos de 1 ano. Devem conter objetivos claros, por exemplo, um curso para melhorar os proventos, ou poupar para conseguir reservar uma reserva de emergência, ou pequenas reformas na casa ou mudança na mobília.
6. Planejamento anual, com revisão semestral ou trimestral- Para isso, precisa ser realizado um fluxo de caixa, ou seja, um detalhamento dos proventos e gastos mensais da família. O ideal é ter um controle mensal, para que possa planejar de forma anual. Deve- se agrupar todas as receitas como salário, pró-labore, vendas de ativos, e as despesas como moradia, alimentação, etc. O segredo aqui é quanto mais detalhado e não esquecer de nada, melhor.
Estes argumentos demonstram que o planejamento financeiro passa a ser comprovadamente um dos primeiros itens a serem tratados para a melhoria da gestão dos recursos financeiros. Os itens e fatores que precisam ser atendidos no planejamento financeiros devem responder a estes questionamentos: observe o que quer do futuro, imagina onde quer estar daqui a 10 anos, faça planos, compre somente o que necessitar, tenha sempre um dinheiro guardado, estabeleça cenários de análise, controle suas receitas e despesas, e seja feliz! Observa-se que este planejamento resultará em uma melhoria na qualidade de vida.
2.1 COMITÊ NACIONAL DE EDUCAÇÃO FINANCEIRA (CONEF)
Para desenvolver ações que auxiliam na educação financeira no Brasil foi criado o CONEF (comitê nacional de educação financeira). É uma instância voltada para a direção, fiscalização e fomentação do ENEF, formada por sete órgãos e entidades do governo e quatro organizações da sociedade civil.
Com o crescimento econômico e financeiro aquecido a partir de 2010, o governo federal sentiu a necessidade de instituir através do CONEF um programa de Estratégia Nacional de Educação Financeira que por meio do Decreto 7397 de 22 de dezembro de 2010, com a finalidade de promover a educação financeira e contribuir para o fortalecimento da cidadania, para a eficiência e a solidez do Sistema Financeiro Nacional (SFN) e para a tomada de decisões conscientes por parte dos consumidores. MEC (2020)
O CONEF buscou focar suas ações de educação financeira para as escolas de nível fundamental e médio, mulheres que são beneficiadas com bolsa família, além dos aposentados.
Segundo o relatório do CONEF, o mesmo é formado pelo Banco Central do
Brasil (BCB), Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), Superintendência de Seguros Privados (Susep), Ministério da Fazenda, Ministério da Educação, Ministério da Previdência Social, Ministério da Justiça, Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima), Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros (BM&FBovespa), Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNSeg) e pela Federação Brasileira dos Bancos (Febraban). MEC (2021).
Segundo o relatório, a Estratégia Nacional de Educação Financeira – ENEF é um conjunto de ações voltadas para a promoção de ações voltadas a educação financeira securitária, previdenciária e fiscal no país, de acordo com o decreto Federal 7.397/2010, e renovada pelo Decreto Federal nº 10.393, de 9 de junho de 2020, formando assim uma sociedade com mais conhecimento financeiro ajuda significativamente em um país com uma economia sólida e próspera, além de promover mais qualidade de vida, pois sabemos dos malefícios que a preocupação causa na saúde mental e consequentemente, física.
Segundo o relatório ENEF (2018) os "programas da nova ENEF são guiados pelo Plano Diretor, sua Deliberação e seus Anexos, documentos que consolidam a atuação da Estratégia Nacional de Educação Financeira. As ações da nova ENEF são compostas pelos programas transversais e setoriais, coordenados de forma centralizada, mas executados de modo descentralizado.”
3 METODOLOGIA
Esta pesquisa é caracterizada como qualitativa, nesse tipo de pesquisa, o responsável por fazer a análise das informações coletadas é o próprio pesquisador.
Ela se caracteriza por coletar e interpretar as respostas subjetivas dos entrevistados.
Através das pesquisas bibliográficas realizadas e com base no relatório do ENEF (2020) apresenta algumas soluções financeiras para melhorar a qualidade de vida das pessoas.
A pesquisa descritiva é focada em descrever um estudo ou conhecimento que já existe através da pesquisa bibliográfica. Uma pesquisa é descritiva quando o objetivo é esclarecer ao máximo um assunto que já é conhecido, descrevendo tudo sobre ele. Nesse caso, o pesquisador deve fazer uma forte revisão teórica envolvendo o seu objeto de estudo, e deve analisar e comparar as informações.
A pesquisa bibliográfica consiste na coleta de informações a partir de textos, livros, artigos e demais materiais de caráter científico. Esses dados são usados no estudo sob forma de citações e referências, e servem de embasamento para o desenvolvimento do assunto pesquisado. Partindo do ponto de vista dos procedimentos técnicos, a pesquisa bibliográfica é uma das mais comuns, sendo considerada obrigatória em quase todos os moldes de trabalhos científicos.
As técnicas e os métodos estatísticos são dispensados nesse modelo, visto que o investigador se foca em características mais complexas e não-quantificáveis, como o comportamento, as expressões e os sentimentos.
A coleta dos dados primários e secundários foram obtidos com base em artigos, dissertações e teses sobre o tema Finanças Pessoais. Para o acesso aos materiais referentes ao tema, foram utilizados o relatório ENEF, Google Acadêmico, SciELO e outras plataformas de dados científicos publicados.
Trata-se de um método teórico focado em analisar os ângulos distintos que um mesmo problema pode ter, e onde são consultados autores com diferentes pontos de vista sobre um mesmo assunto.
4 ANÁLISE DOS DADOS
Este trabalho tem por objetivo relatar com base nos dados do relatório ENEF a respeito da educação financeira da população brasileira no atual cenário econômico no Brasil. Diversos estudos apresentam que a educação financeira é uma barreira crítica para a inclusão da população no sistema financeiro e para o acesso a serviços bancários diversos como conta corrente, poupança ou crédito.
Essa questão crítica passa a ser significativo para o bem-estar da população e para a economia do país de maneira geral, à medida que pessoas não são capazes de tomar as melhores decisões financeiras no seu dia a dia.
Evidencia- se nisto quando famílias de poder aquisitivo mais baixo não conseguem melhorar a sua qualidade de vida, em razão de diversos fatores, mas neste caso enfatizado quando não conseguem entender os princípios financeiros e a gestão financeira pessoal. Bons investimentos, tais como: poupança, aquisição de imóveis, compra de automóveis e/ou motocicletas para auxiliar na locomoção em detrimento da faltada aplicabilidade do orçamento familiar doméstico.
Serão apresentados dados dos resultados encontrados no programa ENEF ao qual desenvolvem- se anualmente ações a respeito das finanças pessoais, nas diversas regiões no Brasil.
4.1 MAPA DA EDUCAÇÃO FINANCEIRA NO MUNDO
Antes de tratarmos especificamente do mapa da educação financeira no Brasil cabe apresentar dados da temática no mundo.
O estudo da S&P Ratings Services Global Financial Literacy Survey (2016) desenvolvida no mundo, através de 144 países, evidenciou que para se ter um controle no gerenciamento e educação financeira pessoal são necessários conhecimentos em quatro conceitos básicos: aritmética, diversificação de risco, inflação e juros compostos.
Os resultados da pesquisa podem ser visualizados abaixo em relação à população em relação à educação financeira no mundo.
Tabela 1 - Educação Financeira no Mundo 
	País 
	Posição 
	 
	País 
	Posição 
	Noruega 
	1º 
	 
	Estados Unidos 
	14º 
	Dinamarca 
	2º 
	 
	Suíça 
	15º 
	Suécia 
	3º 
	 
	Uruguai 
	34º 
	Israel 
	4º 
	 
	Japão 
	38º 
	Canadá 
	5º 
	 
	China 
	39º 
	Reino Unido 
	6º 
	 
	Chile 
	44º 
	Holanda 
	7º 
	 
	Italia 
	63º 
	Alemanha 
	8º 
	 
	Brasil 
	74º 
	Austrália 
	9º 
	 
	Argentina 
	97º 
	Finlândia 
	10º 
	 
	Iêmen 
	144º 
Fonte: S&P Ratings Services (2016). 
 
A OCDE (2005) define a Educação Financeira como: “o conhecimento e o entendimento de conceitos financeiros e riscos, e as habilidades, motivação e confiança para aplicar esse conhecimento”.
Pode-se verificar que a Noruega é o país com população mais educada financeiramente, através do estudo desenvolvido, os Estados Unidos, que são um dos países mais ricos do mundo, foi considerado o 14º país e, o Brasil em 74º lugar no ranking mundial, enquanto que o Iêmen é o país que mais necessita de atenção a esse assunto.
4.2 MAPA DA EDUCAÇÃO FINANCEIRA NO BRASIL
No Brasil, o ENEF através de suas iniciativas, desenvolveram em tempos de pandemia através do uso de recursos digitais, que proporcionam atingir um número maior e diversificado de pessoas, com a estratégia de atingir os estudantes das diversas escolas.
O ENEF pode incentivar parcerias de conteúdo e formação entre iniciativas digitais/nacionais e presenciais/locais 63 Maior parte das iniciativas não têm enfoque em um público específico, atingindo homens e mulheres, jovens, idosos e grupos de perfil sócio demográfico indiferentemente. (ENEF 2020)
Cabe aqui destacar a importância das iniciativas direcionadas a públicos mais vulneráveis, como analfabetos, com pouco ou nenhum uso do sistema financeiro e de menor renda. Um dos motivos encontrados foi que apenas 31% dos professores passaram por cursos de capacitação e 15% de iniciativas dedicadas à formação de professores em Educação Financeira.
Fica evidente que parcerias com Secretarias de Educação são fundamentais para aumentar a capacitação e iniciativas que melhoram o aprendizado e compreensão do controle, uso e monitoramento dos recursos financeiros.
4.3 ANÁLISE DO RELATÓRIO ENEF
Com base nas ações desenvolvidas, foi publicado o relatório ENEF (2020), que apresenta algumas soluções financeiras para melhorar a qualidade de vida das pessoas.
 	No quadro 2, destacam- se algumas destas soluções apresentadas: 
 
	Dia do Orçamento 
	Reserve 1 dia no mês para organizar sua situação financeira, ou seja, seus proventos e despesas, até mesmo as variáveis, para verificar a situação financeira. 
	Defina Prioridades: 
	Caso sua situação esteja comprometida, com muita dívida, deverá fazer um 
“pente fino”, buscando priorizar o que é mais importante, o que for menos importante deverá ser cortado temporariamente até que haja melhora no orçamento, mas atenção, essa etapa precisa de disciplina. 
	Aprender a usar o dinheiro: 
	Não adianta se preocupar em como ganhar dinheiro se você não sabe onde gastá-lo corretamente. É só ver a situação de diversas pessoas que ganharam na loteria e algum tempo depois se encontram numa situação preocupante, cheio de dívidas, ou de empresários que acabam cheio de dívidas. O ideal é buscar conhecimento no assunto com livros, artigos e cursos sobre o assunto, conhecimento é a única coisa que ninguém nos tira. 
	Estabeleça Objetivos financeiros: 
	É bom ter no planejamento financeiro algum objetivo financeiro, como por exemplo, comprar um automóvel de R$15.000,00 em 3 anos, terá de fazer o planejamento de como chegará a esse objetivo nesse tempo préestabelecido. 
	Poupar sempre- 
Nunca é demais 
	poupar, sempre que houver a chance de poupar, não desperdice. 
	Aprender a investir- 
	Nesse nível, o ideal é que sobre de 10 a 20% de sua renda, você consegue honrar com seus compromissos e chegou a hora de fazer o dinheiro trabalhar a favor do seu patrimônio. No mercado existem diversas formas de investir, 
	
	mas ainda acredita- se que por falta de conhecimento de investimentos, a população ainda elege a poupança como ferramenta preferida de investimento no geral. O ideal é buscar conhecer as diversas opções de investimentos que existem no mercado, e ver qual se adequa melhor ao seu orçamento. O gerente do banco geralmente pode ajudar nessa questão. 
	Limite ao máximo o seu endividamento: 
	Sabemos que no decorrer do dia a dia surge urgências e muitas vezes não é possível ter o dinheiro à vista para aquisição de algo que precisamos. Porém, o ideal é sempre pagar à vista, assim terá mais poder de barganha na hora da compra, além de não contrair dívidas. 
	Disciplina, antes de tudo: 
	Não adianta nada seguir todos esses passos se não houver comprometimento e disciplina. É essencial para o sucesso das ações tomadas o foco na saúde financeira. 
	Fuja do crédito fácil: 
	Esse é um dos motivos que a maioria das famílias brasileiras se encontram endividadas. O crédito fácil parece resolver os problemas que surgem na rotina, porém, os juros estão ali e bem presentes. Quanto mais fácil o crédito, maior será o juro sobre aquele crédito. 
Fonte: Relatório ENEF (2020). 
 
Segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), os governos nacionais, a partir de 2008, começaram a se engajar em ações que mudassem o cenário do analfabetismo financeiro, visto que é muito prejudicial a longo prazo, prejudicando a economia e a qualidade de vida dos indivíduos.
A participação de iniciativas voltada para as mudanças desse cenário, seja do Estado, da iniciativa privada ou sociedade civil é importante para tornar essas iniciativas concretas e precisas, tornando- se referência para leis, políticas públicas, ou programas multi setoriais. Em 2017, 60 países possuíam alguma iniciativa voltada à educação financeira. Fóruns globais como o G20 e a Cooperação Econômica Asia - Pacífico (APEC) reconhecem a importância dessas ações para o desenvolvimento e sustentabilidade econômica e social em especial no G20, onde observa- se uma proliferação no âmbito nacional da educação Financeira.
Segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC, 2017) houve um aumento de 0,6% de famílias endividadas. A pesquisa destaca ainda que a maioria das famílias endividadas são, na maioria com renda de até 10 salários mínimos, que possuem renda consideravelmente boa, porém não conseguem se organizar financeiramente devido à falta de educação financeira, e também devido à facilidade de acesso ao crédito, que muitas vezes é ser é um fator principal que pode comprometer a saúde financeira de pessoas sem planejamento financeiro prévio.
Os programas de educação financeira desenvolvidos no Brasil através do
ENEF contribuem na melhoria do planejamento e entendimento das finanças da população brasileira e, consequentemente, o desenvolvimento do mercado e da economia do país como um todo. (ENEF, 2020).
As figuras abaixo demonstram a evolução e resultados positivos ao longo das contínuas edições da Semana ENEF a partir de 2014:
Figura 1 - Público Participante 
 
Fonte
:
 ENEF 
(2020).
 
 
Em razão dos efeitos da pandemia da covid 19, o uso de iniciativas onlinepassou a ser a forma utilizada para promover as ações propostas pelo ENEF (2020). 
 
Figura 2 - Tipo de Iniciativa desenvolvida pelo ENEF 
 
Fonte
:
 ENEF 
(2020).
 
 
Os principais resultados obtidos através das iniciativas por área de atuação. Destacam- se as cooperativas de crédito com 2.290 ações de um total de 2667, que representa 85,9% das ações. Os participantes representam 713.109 de um total de 1.103.014 o que significa 64,7% de pessoas envolvidas nestas iniciativas.
Ainda tratando- se das iniciativas, quando se trata de áreas de atuação x campanha x alcance, pode- se destacar que as 545 campanhas das cooperativas de crédito alcançaram 55.895.330; os bancos e outras instituições financeiras impactaram 10.842.000 e as associações de classe com 6 campanhas atingiram 38.942.201. Essas três áreas de atuação tiveram um impacto e alcance em 99,8% dos partícipes.
Com base no relatório da 7ª semana nacional de educação financeira, que aconteceu em 2020, (iniciada em 2014) "a Semana ENEF cumpriu seu papel de divulgar temas de educação financeira, previdenciária, securitária e fiscal, contando sempre com o apoio de todos os órgãos parceiros e pessoas envolvidas."(ENEF, 2020).
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este trabalho teve por objetivo relatar a situação da educação financeira, de acordo com informações do relatório ENEF. As finanças pessoais têm 2 fatores fundamentais que devemos levar em consideração: fatores internos e externos. Internos seria basicamente a disciplina, organização e inteligência para escolha.
Externos seria a pandemia, inflação, política, etc.
Devemos sempre estar atentos aos fatores externos, pois são esses que determinam o futuro de uma nação, e o que dá segurança alimentar, e profissional (assegurando o direito ao trabalho), para que consigamos ter uma vida digna e qualidade de vida.
Fatores internos estão ligados a inteligência de gerenciamento de recursos sob o aspecto de influências externas pois é inevitável não dar importância a mesma. A inteligência emocional, ou seja, não se deixar levar por promoções atentados, ou não comprar coisas supérfluas ajudam a manter o controle das finanças pessoais, visto que a inflação de preço de coisas básicas na rotina como alimentação, transporte (combustível), aluguel está cada vez mais pesando no orçamento do brasileiro, visto que a inflação é mundial, ou seja, a alta nos preços é consequência das medidas de lockdown para conter o vírus da Covid 19.
As ações que o ENEF proporciona à comunidade é de suma importância para o desenvolvimento de cidadãos com consciência nas tomadas de decisões referente as finanças e assim melhorarem a qualidade de vida, e consequentemente aumentar a economia regional e nacional.
Podemos perceber que a educação financeira está diretamente relacionada ao PIB nacional, pois é a economia per capita que faz a economia girar e assim tornar o
local mais próspero e com um nível de qualidade muito alto na questão de estilo de vida (pessoas menos endividadas, mais felizes).
O instituto Federal participou da semana ENEF (2021), através de quatro alunos voluntários nos cursos de gestão pública e processos gerenciais, sob orientação de dois professores dos respectivos cursos. Os temas tratados foram: planejamento financeiros, créditos financeiros disponíveis, moedas digitais e investimentos. Por fim, foi também ministrado um curso sobre matemática financeira na comunidade.
Sugere-se que mais ações desta natureza sejam desenvolvidas junto à população para que a mesma aprenda como gerir seus recursos próprios, e tenha uma qualidade de vida melhorada, e consequentemente gerando e melhorando sua qualidade de vida e relacionamento familiar e social.
Sendo assim, sugere- se um estudo mais aprofundado a respeito de como podemos atingir mais a comunidade no sentido de fazer mais iniciativas voltadas à educação financeira, para que possamos ser eficazes no sentido de divulgar e dar acesso à todas as inciativas do ENEF para a população.
 
Fontes: A EDUCAÇÃO FINANCEIRA E SUA IMPORTÂNCIA
NA GESTÃO FINANCEIRA PESSOAL

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