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A história da Filosofia

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A história da Filosofia é dividida em quatro grandes períodos, correspondentes aos quatro períodos em que tradicionalmente se divide a História: antiguidade, idade média, idade moderna e idade contemporânea. Vamos agora falar brevemente de algumas características da Filosofia em cada um desses períodos.
 
 
FILOSOFIA ANTIGA
O período da história da Filosofia antiga se estende desde o início do século VI a.C (585 a.C.), quando nasce a Filosofia, até o ano de 529 d.C., quando o Imperador Império Romano do Oriente, Justiniano, manda fechar as escolas filosóficas que ainda existiam na cidade grega de Atenas - entre elas a Academia, fundada por Platão. Abrange, portanto, um longo período de mais de um milênio, dominado por diversas correntes filosóficas, basicamente de origem grega, organizadas, geralmente, na forma de escolas. 
Esse longo período, de 10 séculos, é tradicionalmente dividido em dois: o período pré-socrático e o socrático. O período que vai de 585 a.C. até mais ou menos o final do século V a.C. é conhecido como período pré-socrático. Nesse período, a atividade filosófica se concentrava em torno da questão cosmológica, ou seja, na procura de respostas às perguntas sobre a origem do cosmos (ou do universo), sobre o princípio de todas as coisas, sobre a regularidade da natureza.
Os filósofos desse período, portanto, estavam preocupados basicamente em explicar a natureza (em grego, natureza é physis; por essa razão, Aristóteles se refere a eles como fisiólogos, ou seja, estudiosos da natureza). Não que ignorassem outras questões como as éticas ou políticas, por exemplo, mas sua preocupação principal era construir teorias sobre o mundo e sobre a natureza. Isso muda, justamente, com o exemplo de Sócrates, que você viu antes. Sócrates volta a preocupação dos filósofos para questões humanas tais como: o que são as virtudes? Como posso alcançar uma vida virtuosa? O que é a justiça? Como podemos organizar nossa vida social e política de forma mais justa ? O que é o conhecimento e a ciência?
Depois de Sócrates, a Filosofia entrou em um período de grande fertilidade - era a idade de ouro da Filosofia antiga. No século IV a.C., dois grandes filósofos desenvolveram suas atividades, criando sistemas filosóficos que, até hoje, são referências importantes para o pensamento.
O primeiro deles foi Platão (428 a.C. - 347 a.C.), discípulo de Sócrates e fundador de uma escola que ficou conhecida como a Academia. O segundo filósofo importante foi Aristóteles (384 a.C. - 322 a.C.), discípulo de Platão e fundador da escola conhecida como Liceu. Em 338 a.C., os Macedônios (povo vizinho aos gregos) conquistaram a Grécia, e as cidades-estado gregas perderam sua autonomia. No novo contexto social e político, uma série de novas escolas filosóficas surgiram. Duas delas são particularmente importantes, em função da durabilidade de suas ideias e da influência que exerceram na filosofia: a escola estóica, fundada em Atenas pelo filósofo Zenão de Cicio (336 a.C.- 264 a.C.), e a escola epicurista, fundada também em Atenas por Epicuro de Samos (342 a.C. - 271 a.C.). O pensamento dessas escolas teve uma influência bastante grande no desenvolvimento do pensamento filosófico na Roma antiga, antes e depois do surgimento do cristianismo.
 
 
ALGUNS FILÓSOFOS DA ÉPOCA
Platão - 427 a.C. - 354 a.C.
Nasceu em Atenas, na Grécia, em 427 a. C., de família aristocrática. Foi o mais famoso discípulo de Sócrates e contribuiu para perpetuar as ideias de seu mestre, registrando, em diversos diálogos, os seus ensinamentos.
Sua obra é vasta, abrangendo temas científicos, religiosos, morais, políticos e estéticos. Sua filosofia se fundamenta na noção de que existem dois mundos: um mundo aparente, que é o mundo que conhecemos por meio de nossos sentidos, que se caracteriza pela mutabilidade; e um mundo real, composto pelo que chamava de ideias ou formas, que, ao contrário, são imutáveis, fixas e perfeitas.
O verdadeiro conhecimento, sustentava ele, é o conhecimento das ideias, pois só no mundo imutável das formas é possível encontrar a verdade. O objetivo de sua filosofia era, então, levar-nos para além do mundo das aparências, em direção ao mundo das ideias, de modo que pudéssemos conquistar o verdadeiro conhecimento. Fundou uma escola de Filosofia, conhecida como a Academia, assim chamada por localizar-se nos jardins de Academos, perto de Atenas. Algumas de suas obras mais conhecidas são: A República; O Banquete, Apologia, Fédon e Criton.
 
Aristóteles - 384 a.C - 322 a.C.
Nasceu em Estagira, na Grécia, em 384 a.C. Ainda jovem, mudou-se para Atenas para estudar na Academia de Platão, de quem se tornou discípulo aos 17 anos. Aristóteles aprendeu muito com o mestre Platão, porém, rejeitava a ideia platônica da existência de dois mundos. Para Aristóteles só existe um mundo sobre o qual se pode filosofar, que é aquele em que vivemos. A sua vontade de conhecer o mundo o levou a estudar diferentes áreas do conhecimento, como Lógica, Física, Ciência Política, Metafísica, Ética.
 
Por volta de 335 a. C., fundou em Atenas sua própria escola, que passou a ser conhecida como Liceu, por localizar-se próxima ao templo dedicado a Apolo Liceano, e apelidada de escola dos peripatéticos, devido ao hábito de Aristóteles ensinar passeando com seus discípulos pelas avenidas arborizadas (peripatoi, em grego) que circundavam o templo. Sua Filosofia baseou a visão do mundo ocidental por muito séculos, até o surgimento da ciência moderna, no século XVII. Algumas de suas obras importantes são: a Ética a Nicômaco, Política, Poética, Retórica, Física e Metafísica.
Zenão de Cício - cerca de 334 a.C. - 262 a.C.
Nasceu na ilha de Chipre, na Grécia Antiga. Por volta de 312 a.C. - 311 a.C, foi morar em Atenas, onde teve contato com as ideias socráticas e platônicas. Fundou uma escola chamada Estoicismo, assim conhecida porque Zenão reunia seus discípulos perto de um dos pórticos (stoa, em grego) que marcavam a entrada da cidade de Atenas. Os estoicos desenvolveram uma Lógica e uma Física muito avançadas, mas foi sobretudo por seus ideais éticos que se tornaram conhecidos. Defendiam ideias bastante rigorosas, estabelecendo como ideal do sábio a autarquia (ou seja, a independência) e a ataraxia (a indiferença ou o autocontrole absoluto sobre suas paixões, emoções, sentimentos). 
Os estoicos se recusavam a ser governados por seus sentimentos, porque as emoções se tornariam obstáculo a um bom julgamento. Nenhuma obra completa dos estoicos gregos chegou até nós, mas suas ideias tiveram grande sucesso entre os romanos. Muitos grandes filósofos latinos, como Sêneca, inspiraram-se nas ideiasestoicas, que tiveram, também, grande impacto político, sendo adotadas por vários políticos importantes da história romana - inclusive imperadores, como o grande imperador Marco Aurélio, que reuniu suas reflexões e ideias no livro Meditações.
 
Epicuro de Samos - 341 a.C. - 270 a.C.
Nasceu em 341 a.C., na ilha de Samos, na Grécia. Fundou uma escola no jardim da sua casa, em Atenas (306 a.C.) e, ao invés de reunir seus discípulos para as aulas, passava o dia convivendo com eles como uma comunidade. Os epicuristas, como os estoicos, também desenvolveram uma Física avançada. Abraçaram e desenvolveram a ideia de que tudo é composto de pequenas partículas ou átomos, teoria proposta anteriormente pelo filósofo pré-socrático Demócrito, mas se destacaram sobretudo por suas ideias éticas.
O objetivo de Epicuro era libertar as pessoas do medo, não só do medo da morte, mas do medo da vida, ensinando-as a buscar a felicidade e a realização de suas vidas privadas. O modo de alcança-Ia consistia em desligar-se da violência e das incertezas da vida pública e retirar-se em comunidades. As comunidades eram abertas para qualquer um, inclusive mulheres e escravos, e nelas eram valorizadas a saúde física e as boas relações interpessoais. Os epicuristas, como os estoicos, também buscavam um ideal de autocontrole e tranquilidade da alma, mas não aceitavam que os sentimentos, emoções ou paixões fossem intrinsecamentemaus.
 
FILOSOFIA MEDIEVAL
Convenciona-se encerrar o período da Filosofia antiga em 529 d.C. Começou aí a história da Filosofia medieval, que vai se caracterizar sobretudo pelas várias tentativas de aproximar o pensamento filosófico grego das novas ideias introduzidas junto com o cristianismo. A aproximação entre o pensamento filosófico e o cristão já havia começado antes, desde os primeiros tempos do cristianismo. Esse período de transição entre o pensamento grego e o medieval, no qual as ideias cristãs são pouco a pouco associadas aos conceitos filosóficos gregos, é conhecido como patrística, porque os principais filósofos desse período são chamados, pela igreja católica, de País da Igreja.
A Filosofia medieval ficou fortemente associada ao desenvolvimento de uma forma de pensar que ganhou o nome de Escolástica, nome que se dá à mistura de filosofia e teologia cristã típica da Idade Média. A Escolástica começou a definir-se como a forma predominante de fazer Filosofia por volta do século IX e atingiu seu auge no século XIII, com a Filosofia de Santo Tomás de Aquino (1225 - 1274). Entrou em decadência quando se anunciavam os primeiros sinais do Renascimento, amplo movimento cultural que, do século XIV ao século XVII, transformou o panorama intelectual da Europa.
 
Santo Agostinho - 354 - 430.
Agostinho nasceu na cidade de Hipona, no norte da África, onde hoje é a Argélia. Seu pai era pagão, mas sua mãe, pelo contrário, era uma cristã praticante, e foi quem o influenciou para a religião (mais tarde, sua mãe seria canonizada como Santa Mônica). Agostinho estudou para ser professor de retórica, mas foi atraído para a Filosofia e para a religião por sua preocupação com o problema do mal: o que é o mal? Como pode ser que Deus, criador de todas as coisas e infinitamente bom, tenha permitido a existência do mal? Agostinho encontrou inspiração na filosofia de Platão, que associou com a teologia cristã.
Em sua resposta ao problema do mal, procurou mostrar que o mal não é uma realidade, mas é uma falta (assim como a sombra não é uma realidade, mas apenas a falta de luz) e que Deus não é responsável por ele, mas, sim, o próprio homem com seu livre- arbítrio. Em 391, foi ordenado padre e, poucos anos depois, foi consagrado bispo. Governou a igreja de Hipona até a morte, em 28 de agosto do ano 430. Principais obras: As confissões e A cidade de Deus.
 
 
 
Santo Tomás de Aquino - 1225 - 1274.
Nasceu em Nápoles, na Itália. Baseou seus estudos principalmente em Aristóteles. Tomás de Aquino entrou para a Ordem dos Dominicanos em 1243 e em 1248 ordenou-se sacerdote. O seu grande trabalho filosófico foi realizar uma importante síntese sobre tudo o que fora debatido no pensamento ocidental até sua época e mostrar que isso era compatível com a crença cristã. Foi professor de Filosofia e Teologia na Universidade de Paris, consolidando ali um método e um estilo de fazer Filosofia, que passou a caracterizar o que se conhece como escolástica. Principais obras: Suma teológica e Summa contra Gentilles.

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