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RESUMO - HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO (ESTÁCIO)

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Educação na Antiguidade Clássica
SÓCRATES (469 a.C. – 399 a.C.)
“Conhece a ti mesmo.”
→ Entendia a filosofia como a procura da verdade, trilhando o caminho da sabedoria. 
→ Desejava que as pessoas se livrassem das falsas certezas para alcançar a verdade própria do ser humano 
→ Impulsionou a busca das verdades universais. 
→ Criou a maiêutica 
MAIÊUTICA
→ Método de ensino investigativo que se baseava nas interrogações para dar à luz ao conhecimento.
→ O método era composto por duas etapas que destruíam as falsas verdades para criar a universal. São elas: 
● Primeiro implantava-se a dúvida, de modo que o saber adquirido fosse interrogado para revelar as fraquezas na forma de pensar.
● Segundo, estimulava-se a busca de novos conceitos, de novas opiniões, o pensamento por si mesmo, a fim de desvelar a verdade, livrando-se do falso conhecimento. 
PLATÃO (429 a.C. – 348/347 a.C.)
→ A teoria do conhecimento tem como base a convicção de que o mundo sensível em que vivemos é apenas um mundo aparente, incapaz de nos oferecer conhecimento verdadeiro.
→ Para chegarmos a esse tipo de conhecimento, necessitamos buscar o mundo inteligível, onde está a verdadeira essência das coisas. Assim, o conhecimento se dá a partir da ideia até a realidade.
→ Criou o Mito da Caverna que é uma história alegórica sobre o conhecimento da verdade e a necessidade de que o governante da cidade tenha acesso a esse conhecimento. 
ARISTÓTELES (384 a.C. – 322 a.C.)
Somente na pólis o homem se realizava plenamente em busca do bem supremo. Mas essa realização não era definitivamente alcançada, pois não estava presa a um tempo específico, mas se refazia – inclusive como sensação –, à medida em que o homem decidia por novas determinações em seu ato constitutivo e reconstitutivo.
O Conhecimento segundo Aristóteles
Sua teoria do conhecimento era inversa à teoria de Platão (que foi o seu mestre). Defendia que a relação de nossos sentidos com o mundo visível nos possibilita a chegada ao conhecimento. 
As etapas do processo são: 
O aprendizado era visto como uma prática política. Somente pelo entendimento do conceito de pólis seria possível compreender seu projeto de educação como canal capaz de desenvolver as condições necessárias para a segurança do regime e para a saúde do Estado. A Educação, para Aristóteles, deveria ocupar toda a vida do cidadão desde sua concepção.
EDUCAÇÃO GREGA
→ A educação grega era um modo de formação que buscava educar o corpo e a mente, a partir das atividades relacionadas com a cultura grega e sua filosofia.
→ Os gregos tratavam a educação como um processo de preparação para a vida social. O homem era visto não só como um ser racional, mas como o centro do universo.
→ A busca pelo conhecimento e o estudo da natureza, do ser humano e das artes, da observação e da investigação do mundo levaram ao desenvolvimento da Filosofia, entendida como a formação do homem, de seu espírito e de sua alma. Assim como o aspecto intelectual, a educação pelas artes era fundamental para gerar esse homem.
EDUCAÇÃO ATENIENSE
→ O principal objetivo da educação em Atenas era preparar integralmente o cidadão.
→ Na pólis ateniense, a Ágora era o principal lugar de manifestação da opinião pública, adequado à cidadania cotidiana, onde o povo se reunia em assembleia para debater e deliberar sobre as questões de interesse da comunidade.
→ Tinha como finalidade preparar os futuros cidadãos para a política, ou seja, para a retórica, de modo que fossem capazes de se expressar oralmente, prontos para o diálogo e o convencimento.
EDUCAÇÃO ELEMENTAR
→ Até os sete anos de idade, a educação era responsabilidade das famílias e ocorria no espaço doméstico.
→ As crianças atenienses eram preparadas para o debate e a deliberação. Tinham um dia de estudos e de instrução para a cidadania.
EDUCAÇÃO POR GÊNERO
→ As meninas continuavam a ser educadas no ambiente familiar, especificamente no gineceu
→ A educação masculina organizava-se em três níveis:
· Elementar (até os 13 anos);
· Secundário;
· Superior.
A partir da Educação Elementar, as crianças eram encaminhadas para aprender algum ofício ou continuavam estudando e frequentando os ginásios.
Inicialmente, esses lugares eram destinados apenas aos exercícios físicos, mas, com o tempo e as exigências da pólis, incluíram as práticas musicais e literárias.
ENSINO SUPERIOR
→ A partir dos 16 ou 18 anos, o jovem se dedicava ao Ensino Superior. Esse foi o momento em que Sócrates, Platão e Aristóteles desenvolveram suas reflexões e teorias.
→ O ensino profissional desenvolvia-se no cotidiano, durante a própria execução do trabalho.
Assim, a educação ateniense propiciou o surgimento e o desenvolvimento da Filosofia, que pode ser dividida em três fases:
● Período pré-socrático
Buscava-se explicar as questões da natureza e a origem do mundo.
● Período socrático
A reflexão residia sobre o homem. Este foi o momento em os filósofos clássicos estudados se destacaram.
● Período helenístico
A Filosofia ficou marcada pela visão cristã e por soluções individuais em detrimento do coletivo.
EDUCAÇÃO ESPARTANA
→ A educação em Esparta era mais voltada para a formação de soldados para as guerras.
→ A estrutura da Educação espartana – chamada de agogê – foi organizada por Licurgo (800 a.C.-730 a.C.). O ensino era obrigatório e estava voltado à formação militar.
→ O poder político-militar norteou a Educação de Esparta, que, patrocinada pelo Estado, tinha como principal objetivo preparar os futuros soldados.
→ A prática educacional consistia em desenvolver as habilidades físicas para a formação do guerreiro, tais como força, bravura e obediência – virtudes necessárias à guerra.
EDUCAÇÃO ELEMENTAR
→ Semelhante ao que ocorria em Atenas, até os sete anos, os meninos permaneciam em casa sob os cuidados das mães, que os treinavam de forma rigorosa.
Após esse período, o Estado assumia a educação: os jovens eram afastados da família e encaminhados para as casernas públicas, onde recebiam ensinamentos militares e treinavam: ginástica, saltos, natação, corrida, lançamentos de dardo e de disco.
→ Aprendiam a suportar a fome, o frio, a dormir com desconforto e a vestir-se de forma despojada. Além disso, estudavam as armas e manobras militares, com o propósito de se tornar hábeis, perspicazes e com autodomínio.
EDUCAÇÃO POR GÊNERO
→ As mulheres também se preparavam fisicamente e eram criadas para viver de maneira saudável, a fim de conceber filhos sadios. Em torno dos 20 anos, a moça recebia autorização do governo para casar-se e procriar e era estimulada a engravidar, pois, quanto mais filhos nasciam, mais soldados havia na cidade.
HORÁCIO (65 a.C. - 27 a.C.)
“Sapere Aude! Ouse Saber!”
→ Tem enorme importância como poeta, pois trouxe muito da filosofia grega para Roma através de sua poesia.
→ Presenciou o nascimento do Império Romano, sendo contemporâneo de Júlio Cesar, Marco Antônio, Cleópatra e Otaviano Augustus.
SÊNECA (4 a.C - 65 d.C.)
→ Vivenciou eventos fundamentais na sociedade romana, foi preceptor de Nero na sua infância e seu conselheiro até se tornar imperador. 
→ Como filósofo, advogado, dramaturgo e homem público, é considerado um dos mais importantes autores do império. Além de vasta obra, deixou como herança sua preocupação ética: coerência entre aquilo que pensava e escrevia com aquilo que vivia. 
→ Defendia o conceito de igualdade natural entre os homens – vivia em constante combate à escravidão, tão comum em seu tempo.
JOSEFO (37d.C. – 100 d.C.)
→ Foi um historiador judeu, tornado cidadão romano. Ele testemunhou eventos fundamentais de seu tempo, todos registrados em suas obras: a expansão definitiva do Império Romano sobre a Palestina, a destruição do Templo de Jerusalém (70 d.C.) e o nascimento do Cristianismo. 
EDUCAÇÃO ROMANA
→ Na fase latina da Educação romana, havia resistência à influência helenística. 
→ No século II a.C., o pater familias (o pai de família) concedeu à mãe os direitos sobre a educação de seus filhos durante a primeira infância, incluindo as meninas, que também aprendiam os elementos iniciais do alfabeto.A criança crescia em casa, com os colegas, entre os brinquedos e as aprendizagens básicas.
→ A mulher adquiriu uma autoridade desconhecida na Antiguidade grega.
→ Por volta dos sete anos de idade, o pai deveria proporcionar ao filho a educação moral e cívica, baseada na tradição, bem como na aprendizagem de noções jurídicas e de conceitos estabelecidos na Lei das XII Tábuas, a fim de desenvolver sua consciência histórica e o patriotismo. Para isso, a Educação romana compreendia, também, os exercícios físicos e militares.
Em torno de 16 anos, finalmente livre da infância, o jovem dava início à aprendizagem da vida pública, militar ou política, acompanhado do pai ou, se necessário, de um parente e, até mesmo, de um escravo instruído, com o objetivo de se inserir na sociedade. Durante cerca de um ano, antes de cumprir o serviço militar, adquiria conhecimentos de Direito, de prática pública e da Eloquência (baseada diretamente nos estudos gregos em Retórica).
INFLUÊNCIA GREGA NA EDUCAÇÃO ROMANA
→ No início da República, o crescimento do comércio e a expansão de Roma propiciaram transformações na organização da sociedade. Inclusive, aos poucos, consolidou-se outro modelo de educação mais coerente com o novo momento vivido pelos romanos.
→ Em Roma, os escravos gregos ensinaram a própria língua e transmitiram sua cultura aos romanos. Além disso, os etruscos (povo da Etrúria, uma terra antiga da Península Itálica) também foram influenciados pelos gregos, com quem aprenderam o alfabeto.
→ De modo gradual, a Educação tornou-se um ofício praticado, inicialmente, por escravos no interior da família e, em seguida, por libertos na escola.
→ Os mestres eram mais desprezados do que estimados e, muitas vezes, lembrados pelos castigos corporais e pela pobreza. 
→ Foram criadas as cátedras de Retórica nas grandes cidades. Além disso, houve favorecimento e promoção da instituição de escolas municipais de gramática e de retórica nas províncias.
→ Pela primeira vez, os romanos desenvolveram um sistema de ensino: um organismo centralizado que coordenava inúmeras instituições escolares espalhadas por todas as províncias do império, constituídas em caráter oficial pela intervenção do Estado.
Observamos a influência grega e etrusca sobre a origem de uma forma de educação não familiar, mas institucionalizada na escola. Logo, a cultura grega converteu-se em patrimônio comum dos povos do Império Romano e, depois, foi repassada durante muito tempo à Europa medieval e moderna, chegando, assim, à nossa época.
A HERANÇA DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA
● Mundo Inteligível (Platão)
É preciso conhecer as formas, a verdade e a razão de tudo o que existe no mundo sensível. Tudo o que nasce e desaparece não pode ser considerado o ser de maneira plena. Neste mundo, tudo é instável, pois se transforma com o tempo. A verdade é o lugar para onde devemos retornar, pois viemos dela, das formas inteligíveis e das essências.
● Educação: Missão
A instrução deve culminar na formação do cidadão e da cidade dos justos. Por isso, é necessário haver equilíbrio entre as três almas presentes no homem: animal, passional e intelectual. O intelecto (razão) tem de dominar as paixões e os instintos.
● Prática Dialética
Embora nossa legislação educacional, nos últimos anos, tenha passado por muitas alterações, é fácil perceber que alguns dos pontos definidos como essenciais por Platão estão presentes ainda hoje. A dialética ainda permanece nos discursos, mas é fundamental para que haja, verdadeiramente, Educação.
Dialética →Também um ideal platônico. Processo de diálogo, debate entre interlocutores comprometidos com a busca da verdade, por meio do qual a alma se eleva, gradativamente, das aparências sensíveis às realidades inteligíveis ou ideias.
● O mito da caverna
É importante destacar que não há nada mais emancipador para o ser humano que a Educação. Ela que permite ao homem “ter coragem de pensar por si mesmo” (uma conclusão também romana). 
● Formação Cidadã
A Educação é uma prática social, no seio da pólis. Portanto, representa uma prática política.
A educação era, portanto, uma condição da pólis e não podia ser negligenciada. Para Aristóteles, a política era a ciência mais importante, e, apenas por meio da educação, o homem desenvolvia a prática do bem-estar comum. Mas, para que a educação alcançasse seus objetivos, era necessário um conjunto de atividades pedagógicas e coordenadas, que visassem a uma cidade perfeita e a um cidadão feliz.
Deixou de herança o método peripatético, que discutia as questões filosóficas mais profundas, relacionadas à metafísica, à Física e à Lógica.
Método Peripatético → Doutrina cujo nome deriva de perípato: alameda dos jardins do Liceu (escola filosófica fundada por Aristóteles, onde ministrava suas aulas caminhando). Ao longo do tempo, o método se difundiu e passou a designar todo aquele que tem o hábito de ensinar dessa forma.
● Educação Romana
A crítica a esse modelo de educação se fez presente e partiu de dentro da própria sociedade, que, por meio de seus importantes pensadores ou filósofos, não só condenou como também externou proposições a respeito da escola. 
EDUCAÇÃO NA IDADE MÉDIA
A Idade Média é um período marcado pelo surgimento de um novo tipo de intelectual na Europa Ocidental: os padres cristãos. 
O grupo foi o principal responsável por manter uma Educação formal na Europa entre os séculos V e XV. Os primeiros a inaugurarem esse novo pensamento são conhecidos como membros da Patrística.
→ Gregório (papa entre os anos 590 e 604) criou o canto gregoriano – outra forma de disseminar as informações e os conhecimentos religiosos por meio de um instrumento simples e interessante da tradição romana: a música.
Patrística → O termo significa Pais da Igreja e engloba os principais intelectuais que construíram os dogmas, as bases filosóficas e as práticas da Igreja Romana, que seria conhecida posteriormente pelo nome de Igreja Católica.
A Patrística se configurou como uma corrente de pensamento fundada pelos padres da Igreja Católica que procuravam estabelecer uma concepção racional dos fundamentos dos dogmas da fé cristã e uma resposta às suas perspectivas antagônicas, que eles denominavam de heresias.
CORRENTES FILOSÓFICAS MEDIEVAIS
Pode-se dividir, de forma generalista, a Idade Média, no que diz respeito à Educação, em duas linhas principais:
Patrística → Pretende expor racionalmente a doutrina religiosa, com destaque para Agostinho de Hipona.
Escolástica → Predominante nos espaços escolares durante o Renascimento Carolíngio e readaptada a partir do racionalismo cristão e de Tomás de Aquino
EDUCAÇÃO
A base do pensamento educacional na Idade Média é o neoplatonismo cristão. Essa corrente filosófica misturava traços da leitura de Platão e princípios diversos filosóficos do Mediterrâneo, como estoicismo, e os preceitos da religião cristã.
AGOSTINHO DE HIPONA
→ Sua influência no campo educacional foi notória na Idade Média com suas obras: A doutrina cristã e De Magistro.
→ Para Agostinho, o lugar de aprendizagem era a Bíblia. Além disso, para ele, Deus era o único mestre. Os professores, na realidade, nada ensinavam, apenas despertavam em seus alunos a busca pelo conhecimento.
→ Acreditava que a aprendizagem se dava por intermédio de Deus, uma vez que Ele permitia que se captassem as coisas da verdade essencial.
→ Agostinho dedica-se a explicar a postura do mestre em sua obra De Magistro, que tem como um dos elementos centrais da obra a forma como a Educação pode ser atingida e para que ela serve. A proposta é mostrar que o conhecimento pelo conhecimento, como muito era pensado e visto na tradição romana, não levaria a lugar algum.
AS SETE ARTES LIBERAIS
→ Quando se fala em Educação, se nota a prevalência do modelo chamado de Sete Artes Liberais
→ Criado por Marciano Capela. 
→ A divisão é marcada por três artes da alma (Trivium), inspiradas por Deus, e quatro artes humanas (Quadrivium).
TRIVIUM
A capacidade de bem falar, bem escrever e bem argumentar é atribuída à Santíssima Trindade – Pai, Filho e Espírito Santo.
DIALÉTICA→ Exercício filosófico do convencimento, o ponto preciso para se atingir a verdade. É uma das grandes bases de relação entre o exercício da cultura greco-romano e a religião.
RETÓRICA → Exercício do bem falar, da praça pública, e lida com estilo, com o envolvimento.
GRAMÁTICA → Exercício de escrever, dominar os aspectos do que já havia sido escrito, reproduzir e construir a escrita com perfeição. O latim era uma língua entendida como sagrada.
QUADRIVIUM
As artes humanas tinham relação direta com a mão humana, trabalhos artesanais e com a interpretação do mundo.
ARITMÉTICA → Representa a interpretação do mundo, a base matemática de explicação das coisas. Ela fez com que muitos clérigos virassem contadores, ou controladores dos reinos. Os números são seu principal objeto.
GEOMETRIA → Era usada nos exercícios de medida, normalmente voltados à prática e à interpretação da prática, como construção de moinhos, rodas de transportes e construções como igrejas e muralhas. Envolve também a medida de distâncias, rios e trajetos diversos.
MÚSICA → Existiam escalas e teoria musical na Idade Média. Mas, para a Igreja, só era música aquilo que tinha as escalas corretas, tocadas nos ambientes corretos e com o objetivo de aproximar o homem de Deus. Músicas de festa e cantos de guerra eram duramente recriminados.
ASTRONOMIA → A mais contestada das artes. Muitos defendiam que era perigosa por ser confundida com relações pagãs, pois era responsável pelas colheitas, marcação de datas e calendários e ainda efeitos.
É importante informar que a cultura intelectual estava monopolizada pela Igreja. Isso fazia da Educação um campo feito de sacerdotes para sacerdotes, com os conteúdos orientados às necessidades do culto.
HISTÓRIAS ARTURIANAS
Durante a Alta Idade Média, os reinos viviam um quadro de constante disputas, quedas e substituição das estruturas políticas.
ESTUDO DA TEOLOGIA
→ Considerada na Idade Média o saber capital, ao qual os eclesiásticos se voltariam por toda a vida. 
→ Em razão do ambiente cultural e do próprio objetivo que se conferia ao conhecimento, o pleno desenvolvimento das “ciências investigativas” ficava restrito. Prevalecia o princípio de que o fim último do homem era chegar ao Reino de Deus e que a Revelação se encontrava nas Sagradas Escrituras. Dessa maneira, não se procurava contemplar a natureza com o intuito de formular deduções explicativas ou mesmo elaborar hipóteses, mas unicamente para procurar os símbolos dos desígnios divinos.
Bispo Isidoro de Sevilha: Primado do reino visigodo – uma espécie de arcebispo – educou reis e organizou uma escola importante em Sevilha. Sua obra mais importante são as Etimologias – que buscavam reunir todo o conhecimento do mundo até aquele momento.
Cassiodoro: Monge, fundador do mosteiro de Vivarium. Foi conselheiro de Teodorico e, com a queda deste, se refugiou em Constantinopla, onde foi acusado de traição.
REFORMA CAROLÍNGIA
→ Termo histórico inventado para mostrar como importantes mudanças da Educação na corte de Carlos Magno foram iniciadas e abriram caminho para a Escolástica.
IMPÉRIO COROLÍNGIO X ISLÂMICO
Essas duas culturas desempenharam importante papel na História da Educação e a junção dessas influências possibilitam a compreensão do surgimento da Escolástica.
No plano educacional, o Renascimento Carolíngio foi muito além do que uma simples revisão dos textos sagrados. Eles desenvolveram uma nova maneira de escrever, com letras menores e uma escrita mais elegante, bem como desenvolveram um novo sistema de pontuação.
ESCOLÁSTICA
→ Anselmo de Cantuária é o fundador da Escolástica. 
→ A Escolástica deriva do desenvolvimento da
→ Movimento relacionado ao crescimento do comércio e dos centros urbanos na Europa e, consequentemente, marcado pela disputa de intelectuais.
→ A segunda grande reforma da Educação na Idade Média foi a Escolástica. A Escolástica é um movimento que vem de diversas influências. 
→ Ela muda o lugar de Deus. Sim! Se Deus era algo a ser alcançado, agora Ele está dentro de cada um de nós e alcançá-lo é uma operação racional.
→ O papel da Educação nisso é preparar o sujeito para que ele possa ativar sua centelha divina, seu lugar de razão e mergulhar em si para poder alcançar a Deus e explicar o mundo.
→ Dois grandes nomes se destacam na corrente Escolástica são: Aristóteles e Tomás de Aquino.
ARISTÓTELES
→ Principal teórico das universidades do século XIII e, especialmente, da Universidade de Paris. 
→ Apesar de seus textos já terem sido traduzidos para o latim há muitos séculos, foi a partir do século XIII que se destacaram nessas traduções oriundas do árabe para línguas vernáculas a sua metafísica, sua ética e sua política. 
→ Houve um aristotelismo medieval por volta de 1260-1270, pois suas ideias estavam presentes em quase todo o ensino universitário.
TOMÁS DE AQUINO
→ Um dos grandes introdutores do pensamento aristotélico nas universidades. 
→ No século XIII, o filósofo que promoveu a transição real do platonismo para uma forma mais sofisticada de Filosofia foi Tomás de Aquino: o grande nome da Escolástica. 
→ Sua obra-prima, Summa Theologica, é o maior exemplo do seu método de aprendizagem.
→ A Escolástica ampliou-se quando Tomás de Aquino introduziu ao método elementos da Filosofia de Aristóteles. Historicamente, na Idade Média latina, a partir da segunda metade do século XIII e no século XIV, a Filosofia apresentava-se de duas formas distintas:
FILOSOFIA ARTICULADA À TEOLOGIA
Sob a regência normativa da Teologia – ou, como diria Tomás de Aquino, subalternada a essa ciência –, tal Filosofia era oficialmente praticada nas Faculdades de Artes das universidades. Esse era o degrau necessário para atingir a Faculdade de Teologia.
FILOSOFIA VOLTADA À TRADIÇÃO ANTIGA
Esta Filosofia retomava, pela mediação do ideal de vida filosófica – renascido em terras do Islã –, a tradição antiga do exercício de filosofar como fonte do mais alto prazer e da felicidade.
NEOPLATONISMO 
(Utiliza elementos de Platão)
Herdeiro da Patrística, partindo especialmente de Agostinho – Deus deve ser sentido, ele não precisa de uma explicação racional. Precisamos de mestres para conduzir os sujeitos pela prática, pela repetição de nomes da Igreja para alcançar Deus. Como Deus é tudo, inclusive todo o conhecimento, a busca por Ele é um exercício constante de alcançar a verdade em algum lugar.
DIALÉTICA
Anselmo de Cantuária considera que a Dialética é o procedimento principal da sustentação da reflexão ideológica. O objetivo da Dialética é a inteligência da fé, cuja fórmula ficou famosa desde o período medieval: fé em busca de entendimento.
NEOARISTOTELISMO
Herdeiro da Escolástica, em especial de Tomás de Aquino – Deus deve ser explicado. Todo homem tem uma essência, um caminho racional que explica tudo. Essa essência, no caso dos homens, é divina. Logo, Deus não está em um lugar que deva ser alcançado, mas deve ser buscado dentro de cada um. Se minha capacidade de pensar e entender o mundo é centelha divina e a razão é divina, é divino fomentar o conhecimento e o racionalismo. Deus deve ser conhecido.
As universidades foram fundadas a partir das disciplinas disponíveis nas faculdades. Existiam quatro faculdades que faziam parte de todas as universidades:
· Direito
· Teologia
· Medicina 
· Artes
No que tange ao status e ao reconhecimento social, impunha-se a faculdade suprema: a de Teologia
EDUCAÇÃO E RENASCIMENTO
POSITIVISMO
→ Adotado por Augusto Comte para a sua filosofia e, passou a designar uma grande corrente filosófica. 
↳↓↑↪→→●
→ Na segunda metade do séc. XIX, teve numerosíssimas e variadas manifestações em todos os países do mundo ocidental. 
→ A Característica do positivismo é a romantização da Ciência, sua devoção como único guia da vida individual e social do ser humano, único conhecimento, única moral, única religião possível. 
→ Acompanha e estimula o nascimento e a afirmação da organização técnico-industrial da sociedade moderna e expressa a exaltação otimista que acompanhou a origem do industrialismo.
→ Os positivistas faziam uso dalinha do tempo como método de estudo.
PERÍODO MODERNO
→ A Idade Moderna foi um período de intensos questionamentos e rupturas.
→ Surgiam novas formas de ver o mundo, novas maneiras de explicar aquilo que se vive.
→ Dois elementos foram fundamentais para que a Idade Moderna se consolidasse: A família e a escola. 
RENASCIMENTO
→ O Renascimento é um movimento intelectual ocorrido no final da Idade Média e durante a Idade Moderna, é um tema que tem sido estudado não só pela sua importância na concepção da história intelectual do Ocidente, mas também pelas
→ Provocou rupturas na organização do conhecimento até então estabelecido.
→ Michelangelo e Leonardo da Vinci são dois grandes nomes do período.
→ A dinâmica do Renascimento é expressa em um movimento de rupturas e continuidades Por um lado, há a retomada de valores clássicos que passaram a ser discutidos e aperfeiçoados, não só do ponto de vista estético – a arte renascentista recupera em grande medida a arte clássica –, mas também do ponto de vista político e filosófico.
HERÁCLITO DE ÉFESO
Conhecido como “o obscuro”, foi um pensador e filósofo pré-socrático considerado o “Pai da Dialética”
A Reforma Religiosa foi causada por um acúmulo de críticas a Igreja que estava mais interessada em assuntos terrenos do que divinos, ou seja, a Igreja deveria estar preocupada em se aproximar de seus fiéis e não de se afastar da missão de levar as palavras de Cristo para o povo. Não havia separação entre a Igreja e o Estado, cabia a mesma prender e julgar aqueles que, segundo o seu entendimento, cometessem crimes de fé.
JAN HUS 
→ Foi um dos primeiros a questionar a doutrina e a conduta da Igreja ainda no século XVI.
→ Para ele, a Igreja devia se aproximar de seus fiéis e defendia que as missas deviam ser celebradas na língua de cada povo. 
→ Influencia os jesuítas. Pedagogia da repetição.
MARTINHO LUTERO
→ Considerado o Pai da Reforma Protestante.
→ Foi excomungado em 1521 pela suas críticas a Igreja à venda de indulgências. 
→ Junto com a Reforma Protestante provocaram enorme mudança na Educação já que na Idade Média cabia a Igreja Católica o papel de ensinar.
→ Estimulava o desenvolvimento da Educação para que não fosse restrita somente à elite e à nobreza (era centrada nas mãos da Igreja Católica) mas que pegasse toda a população para que esta pudesse ler a bíblia livremente e buscar a sua própria salvação.
→ A invenção da imprensa auxiliou o projeto reformista de Lutero que, ao traduzir a bíblia para o Alemão conseguiu meios para popularizá-la. 
CONTRAREFORMA
A Contrarreforma é entendida como uma reação da Igreja Católica ao protestantismo. Se deu por meio de alguns pontos de reação que incluíram a catequização de pessoas pelos jesuítas, a proibição de certos livros, a enfatização da autoridade papal, o reforço do Tribunal de Inquisição. Essas reações foram debatidas durante o Concílio de Trento em 1545. 
Não se pode dizer que a Contrarreforma é vista como uma resposta da Igreja, mas sim, como a consolidação de um processo de retomada de seus preceitos, seus ideais. 
OS JESUÍTAS
→ Santo Inácio de Loyola foi o fundador da Companhia de Jesus
→ Os jesuítas eram considerados uma ordem militar e a sua missão era converter os povos não cristãos.
→ Aproximar-se da Educação era fundamental para os jesuítas. Por isso, desenvolveram a metodologia inaciana, fundamentando sua pedagogia no documento chamado Ratio Studiorum.
→ O Ratio Studiorum determinava não só os conteúdos e as disciplinas que deveriam ser ministrados, mas se detinha de forma detalhada na própria prática docente que seria aplicada pelos membros da ordem.
→ No Brasil, Anchieta foi um dos precursores do processo de educação no Brasil, estando no entorno da fundação de algumas das principais cidades. 
JOHANN HEINRICH PESTALOZZI 
→ Possuia religião sólida e buscava a melhor forma de servir e ajudar o próximo. Dedicou-se à Educação e a encontrar maneiras eficientes de educar as crianças. 
→ O afeto era um dos principais componentes do processo educacional, para ele o afeto era o principal fator do aprendizado e não a disciplina, ou melhor dizendo, a disciplina obtida a partir de castigos e punições. 
→ Tentou ser agricultor, porém, sem sucesso. 
→ Pestalozzi entendia que alunos e mestres deveriam compartilhar todos os aspectos da vida.
→ Suas ideias, extremamente avançadas, encontraram eco e se tornaram o fundamento de práticas educacionais que aboliram, progressivamente, a disciplina de forma repressora e violenta, buscando uma educação mais autônoma e harmônica.
→ A afetividade proposta se afastava do caráter científico proposto pela Idade Moderna.
JOHANN FRIEDRICH HERBART
→ Fundador da Pedagogia como disciplina acadêmica.
→ Compartilha a ideia de Jonh Locke sobre a tábula rasa, entendendo que nascemos desprovidos de conhecimento e o vamos adquirindo ao longo da vida. 
→ Herbart via a Educação como uma ciência. Ele cientificou a Pedagogia, dotando-a de métodos, formas de medir e avaliar o conhecimento obtido, defendia que o objetivo final do processo educativo era a formação moral e não meramente conteudista.
→ Defendia que o objetivo final do processo educativo era a formação moral e não meramente conteudista.
FROBEL
→ Discípulo de Pestalozzi.
→ A doutrina protestante na qual foi criado, influencia o seu pensamento. 
→ Suas teorias pedagógicas reconheciam que as crianças têm necessidades e capacidades únicas, servindo de base para a educação moderna. 
→ Foi o responsável por criar o conceito de "jardim de infância” e também desenvolveu os brinquedos educacionais conhecidos como presentes/dons de Frobel.
PROJETO DE EDUCAÇÃO ILUMINISTA
O PENSAMENTO ILUMINISTA
A Idade Contemporânea começa com uma série de eventos que podem ser resumidos nas revoluções no fim do século XVIII, que são: Revolução Industrial Inglesa, Revolução Francesa e Revolução Americana. 
A Era das Revoluções foi um conjunto de movimentos de cunhos diversos, influenciados pelas ideias iluministas, e que se materializaram nas demandas locais com o objetivo comum de "superar o Antigo Regime".
ILUMINISMO
→ Movimento intelectual francês do século XVIII, denominado também de “Esclarecimento”. 
→ Liderado por filósofos e políticos, que pregavam a necessidade de se “trazer luz/ esclarecimento” à sociedade, combatendo, especificamente, o absolutismo e a religião, entendidos como entraves ao livre pensar. 
→ O iluminismo afetou diretamente a educação. 
→ Teve a sua maior representação na Revolução Francesa (1789), mas já havia expandido suas ideias na Europa bem antes disso.
→ O Iluminismo influenciou de forma significativa a sociedade, promovendo mudanças políticas, econômicas e sociais. No entanto, apesar de trazer um discurso de liberdade e de garantia de direitos, muitas das práticas dos iluministas eram contraditórias.
CONTEXTO DO ILUMINISMO
→ O iluminismo atingiu seu apogeu na luta contra a monarquia absolutista durante a Revolução Francesa, que tinha como lema Liberdade, Igualdade e Fraternidade. 
→ O desejo dos iluministas era iluminar as trevas, pois consideravam que o pensamento religioso era equivocado e obscuro. 
→ O século XVIII ficou conhecido como o Século das Luzes. Foi nesse período que ocorreu o apogeu da razão, que combatia o teocentrismo da Idade Média. Nesse sentido, cabia à razão – e somente a ela – responder as indagações humanas. Qualquer outra concepção, inclusive advinda da Teologia, atrapalhava o desenvolvimento da humanidade.
→ O Iluminismo, então, colocou o homem como centro do universo.
→ O desenho “O homem Vitruviano” (Construído no período do Renascimento) de Leonardo da Vinci ilustra bem essa concepção do homem como centro de tudo.
PRINCIPAIS REPRESENTANTES DO ILUMINISMO
O Iluminismo influenciou diversas pessoas, que passaram a agir de acordo com as ideias e motivações dessa forma de pensamento. Dentre elas, destacam-se Voltaire e Jean-Jacques Rousseau.
HUMANISMO
Filosofia que defendia o fim da visão teocêntrica medieval (compreensão do mundo a partir de pressupostos religiosos) ea instauração de uma visão antropocêntrica (compreensão do mundo a partir das experiências e necessidades humanas, ainda que não necessariamente, contrárias à religião).
ANTROPOCENTRISMO
O Antropocentrismo está embasado na ideia de que o homem é o centro de tudo. Essa concepção se desenvolveu com o objetivo de superar o pensamento teocêntrico. Durante o período medieval, a Igreja era o espaço de maior produção intelectual, fosse nos mosteiros ou nas universidades, pois existia um predomínio do pensamento religioso cristão. A ideia central era de que tudo se explicava a partir de Deus. Quando os primeiros pensadores começaram a questionar essa ideia, o objetivo não era apagar o papel de Deus, mas afirmar a capacidade racional do homem, entendida como a principal engrenagem de transformação do mundo. No período do Renascimento, esse pensamento ganha força e a partir desse momento, passa-se a negar o papel de Deus e da religião na sociedade.
A INFLUÊNCIA DO ILUMINISMO NA EDUCAÇÃO
→ O Iluminismo transformou a sociedade de maneira significativa, afetando diretamente a Educação. 
→ O propósito era romper drasticamente com o modelo de educação tradicional anterior (monárquico, religioso), denominado pelos iluministas de obscuro e oposto à verdade.
REFORMA EDUCACIONAL DE MARQUÊS DE POMBAL
Após a expulsão dos jesuítas, marquês de Pombal precisou criar um novo modelo de ensino, tendo como base os ideais iluministas.
→ Seu principal objetivo era formar uma elite econômica portuguesa preparada para o comércio. 
→ Criou a Escola de Comércio e a Escola Náutica, nas quais se aprendia caligrafia, contabilidade, escritura comercial e línguas modernas. 
→ No dia 28 de junho de 1759, Pombal decretou, por meio do alvará régio, a suspensão das escolas jesuíticas de Portugal e de todas as colônias.
→ Criou as aulas régias ou avulsas de Latim, Grego, Filosofia e Retórica, oferecendo um esquema completamente diferente do que era oferecido pela pedagogia jesuítica. 
→ Marquês de Pombal estruturou um modelo de educação vinculado aos Governos Gerais e suas províncias.
OBSERVAÇÃO:
Com a expulsão dos jesuítas, não só em Portugal, mas em todas as suas colônias, inclusive no Brasil, houve mudanças significativas, principalmente no campo da Educação. Isso, em decorrência do fato de que todo o sistema de ensino da época era jesuíta. 
PRINCIPAIS PONTOS DA REFORMA DE POMBAL
A reforma educacional empreendida por Pombal, com a expulsão dos jesuítas do Brasil, se baseou nos seguintes aspectos:
→ Criação das aulas régias gratuitas de Gramática latina, Grego e Retórica, junto com o decreto que expulsou os jesuítas.
→ Centralização do ensino com a criação do cargo de diretor-geral dos estudos, que tinha a função de fazer cumprir as disposições do diploma, ficando a ele subordinados todos os professores régios das disciplinas citadas.
→ Estabelecimento de cadeiras de retórica e dos chamados Estudos Menores, que incluíam, também, o estudo de Filosofia com quatro professores: um para Lisboa, um para Coimbra, um para Évora e um para o Porto.
→ Estabelecimento da educação laica, definida como responsabilidade do governo. Assim, a Educação passou a ser controlada pelo Estado, com currículo centralizado.
→ Ensino feito exclusivamente em português, mesmo para os índios, aos quais era oferecido na língua tupy pelos jesuítas.
→ Instituição do subsídio literário, uma espécie de imposto, para gerar recursos para o pagamento dos professores.
A MODERNIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO
A estrutura educacional instituída pelo marquês de Pombal, posteriormente, foi modernizada com a chegada da família real portuguesa ao Brasil.
Napoleão Bonaparte em sua coroação, mudou a tradição de coroação dos imperadores onde antes o imperador deveria se ajoelhar diante do representante da igreja que colocaria a coroa em sua cabeça. Influenciado pelos ideais iluministas ele mesmo se coroaria imperador mostrando que seu poder estava acima da Igreja. 
A primeira medida de D. João VI ao chegar ao Brasil foi a abertura dos portos às nações amigas.
Ao retornar a Portugal em 1821, D. João deixa seu filho D. Pedro no comando do Brasil. 
Em 1822, D. Pedro assume o governo brasileiro, agora como D. Pedro I. 
Sua breve administração se encerra em 1831, quando abdica do trono. 
Como sucessor, ele deixou seu filho, D. Pedro II, que ainda era uma criança. 
Inicia-se, assim, o Período Regencial no Brasil. 
PERÍODO JOANINO
 (1808 - 1821)
→ Criação da Imprensa Régia 
→ Criação do Jardim Botânico
→ Criação de uma biblioteca com quase 60 mil volumes trazidos nos navios
→ Criação das escolas de ensino superior na Bahia e no Rio de Janeiro
→ Missão cultural francesa 
→ Teve como principal destaque o artista Jean Baptiste Debret, que, em suas telas, retratou modos e costumes da vida urbana da cidade do Rio de Janeiro.
→ Criação do Museu Real (1818)
PRIMEIRO REINADO 
(D. PEDRO I)
→ Constituinte de 1823 é dissolvida (1823)
O imperador decidiu dissolver a constituinte de 1823, entre outras razões, por apresentar um projeto de constituição em que as ideias liberais eram predominantes, o que limitava o poder do imperador.
→ Primeira constituição do Brasil (1824)
A outorga da primeira Constituição do Brasil pode ser entendida como um ato autoritário e conservador por parte de D. Pedro I e do grupo de portugueses que o apoiava.
→ Proposta de adoção do método Lancaster em escolas primárias (1827)
Esse foi o primeiro método oficial de ensino implementado no Brasil, que marca o início da descolonização e da instituição do Estado nacional. Nesse ano, também foram criados dois cursos jurídicos, em São Paulo e no Recife. Além disso, ocorreu a transformação de alguns cursos superiores em faculdades isoladas.
PERÍODO REGENCIAL 
(1831 - 1840)
→ Ato adicional (1834)
Em pleno período regencial, ocorreu uma reforma na constituição que deixou marcas na Educação. O Ato Adicional definiu que o Ensino Elementar, o secundário e a formação de professores seriam responsabilidade das províncias. O Ensino Superior ficaria a cargo do poder central. Oficializou-se a descentralização do ensino.
→ Primeira escola normal (1835)
Em Niterói, então província do Rio de Janeiro, é fundada a primeira escola normal do país. Em seguida, surgiram as escolas normais de Minas Gerais.
→ Escola normal da Bahia (1836)
→ Definição do Pedro II como escola modelo(1837)
O colégio Pedro II passou a ser o estabelecimento-modelo do estudo secundário. A suposta descentralização de 1834 foi desrespeitada com a criação da escola pelo regente Araújo Lima para atender aos filhos daqueles que faziam parte da elite intelectual do país.
O Período Regencial continuou realizando mudanças no cenário educacional brasileiro. No entanto, apesar dessas medidas terem representado uma modernização da estrutura educacional implementada por Pombal, as mudanças ocorridas não atenderam às reais necessidades da população brasileira. Mesmo no Segundo Reinado (1840-1889), governado pelo Imperador D. Pedro II, as medidas no campo educacional foram inexpressivas. Isso mostra que, em quase 400 anos de história, não havia sido criada no país uma estrutura escolar sólida que permitisse à população plena formação e, consequentemente, fornecesse condições de um desenvolvimento que atendesse a todos os cidadãos.

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