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Capítulo 2 - Esquemas de Manobras de Extra e Alta Tensão II-1 Capítulo 2 ESQUEMAS DE MANOBRAS DE EXTRA E ALTA TENSÃO SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................ 2 2. ARRANJOS DE BARRAMENTOS ......................................................................................................... 2 2.1) Barramento Simples (Barra singela) .............................................................................................. 2 2.2) Barramento Simples com By-pass ................................................................................................. 4 2.3) Barramento Simples com By-pass e com Seccionamento da Barra por Chave.......................... 4 2.4) Barramento Simples com By-pass e com Seccionamento por Disjuntor ..................................... 5 2.5) Duplo Barramento Simples ............................................................................................................. 6 2.6) Esquema H ...................................................................................................................................... 8 Esquema de Barra Simples mais confiável. Apresenta um disjuntor reserva que pode substituir qualquer disjuntor que estiver em manutenção ou sob defeito. ........................................................... 8 2.7) Barra Principal (Operação) e Transferência .................................................................................. 8 2.8) Barra Dupla ................................................................................................................................... 10 2.8.1) Barra Dupla com Seccionador de “By-pass” ou Barra Dupla a 5 Chaves .............................. 11 2.8.2) Barra Dupla com 4 Chaves........................................................................................................ 13 2.10) Barramento Duplo com Disjuntor e Meio ................................................................................... 16 2.12) Barra Dupla com Barra de Transferência .................................................................................. 20 2.13) Tabela 1– Facilidades de manutenção das configurações de AT mais comuns ..................... 22 2.13) Tabela 2 – Estimativa da utilização dos arranjos para os diversos níveis de tensão.............. 23 2.14.1) Barramento Duplo com Disjuntor e Um Terço ........................................................................ 24 2.14.2) Malha ........................................................................................................................................ 24 2.14.3) Pirâmide ................................................................................................................................... 25 2.14.4) Transferência Dupla ................................................................................................................. 25 2.14.5) Barramento Triplo .................................................................................................................... 25 2.15) Tabela resumo dos principais arranjos de subestações. .......................................................... 25 3.1) Informação Necessária ................................................................................................................. 26 3.1.1) Principais Características na Seleção dos Arranjos dos Barramentos ................................... 26 4) IMPACTO DO PROCEDIMENTO DE REDE NAS CONFIGURAÇÕES DE BARRAS DAS SUBESTAÇÕES DA REDE BÁSICA ....................................................................................................... 28 4.1) Fundamentos................................................................................................................................. 28 4.2) Aspectos Conceituais.................................................................................................................... 29 4.3) Sistemática adotada...................................................................................................................... 30 4.3.1) Primeira etapa do Modulo 2 ...................................................................................................... 30 4.3.2) Segunda etapa do Modulo 2 ..................................................................................................... 30 4.4) Considerações finais ..................................................................................................................... 31 5) CONCLUSÃO ....................................................................................................................................... 34 Capítulo 2 - Esquemas de Manobras de Extra e Alta Tensão II-2 1. INTRODUÇÃO As novas subestações apresentam substanciais mudanças nos critérios de projeto. Esses critérios foram modificados devido ao crescimento do nível de tensão e, logicamente, das elevadas potências de carga e de curto circuito. Os esquemas de manobras evoluíram de modo a garantirem maior confiabilidade e segurança aos sistemas de potência. Ao estudar o esquema de manobra, o que se busca é: a) Analisar a operação da subestação; b) Analisar o desempenho operacional da subestação; c) Analisar os aspectos construtivos do esquema de manobra representando as barras e os equipamentos de manobra. 2. ARRANJOS DE BARRAMENTOS Denomina-se arranjo, a configuração dos equipamentos eletromecânicos que constituem um pátio pertencente a um mesmo nível de tensão de uma subestação, de tal forma que sua operação permita dar à subestação diferentes graus de confiabilidade, segurança ou flexibilidade de manobra, transformação e distribuição de energia. Basicamente existem duas tendências gerais com respeito aos tipos de arranjos nas subestações de alta tensão (AT) e extra alta tensão (EAT). Estas tendências são a européia, a de conexão de barras, e a americana, a de conexão de disjuntores. Cada uma das tendências tem diversos tipos de configuração, sendo as principais descritas a seguir. Estas configurações são aplicadas tanto para subestações convencionais quantos para subestações encapsuladas em SF6. Por arranjo de conexão de barras se entende aqueles nas quais cada circuito tem um disjuntor, com a possibilidade de se conectar a uma ou mais barras por meio de chaves seccionadoras. O Arranjo de Barramento e dos equipamentos constituintes das subestações é determinado em função de: • Flexibilidade requerida em termos de facilidade de manobras; • Continuidade e confiabilidade operacionais; • Manutenções; • Custos de implantação. Os arranjos mais usados são: 2.1) Barramento Simples (Barra singela) Como seu próprio nome diz, é uma configuração que conta com apenas um barramento ao qual se conecta os circuitos por meio de um disjuntor. É econômica, simples e fácil de proteger, ocupa pouco espaço e não apresenta muitas possibilidades de operação incorreta. Como principal desvantagem, podemos citar a falta de confiabilidade, segurança e flexibilidade, tendo que abinadi.rufino Highlight abinadi.rufino Highlight abinadi.rufino Highlight Capítulo 2 - Esquemas de Manobras de Extra e Alta Tensão II-3 interromper o fornecimento total quando há necessidade de uma manutenção ou reparo na barra, ou o circuito quando há necessidade de manutenção ou reparo no disjuntor. É utilizado em instalações de pequena potência e nos casos em que se admitem cortes de fornecimento com alguma freqüência. Todos os circuitos se conectam à mesma barra e são todos desligados quando ocorre um defeito nesta barra. A configuração barra simples pode ser utilizada em subestações de AT e EAT com poucos bays de conexão e exige retirar de operação todo o bay e os elementos a ele conectados (linha ou transformador) quando se vai realizar qualquer trabalho sobre o disjuntor ou emoutro equipamento conectado ao barramento. Principais Vantagens: • Instalações extremamente simples; • Manobras simples, normalmente ligar e desligar circuitos alimentadores; • Custo reduzido (em média 80% de uma instalação idêntica com barramento duplo no nível de 13.8kV); • Representa o tipo básico e é suficiente para um grande número de subestações de distribuição e indústrias; • Apresenta uma boa visibilidade da instalação, sendo reduzido o perigo de manobras incorretas por parte do operador; • É o arranjo mais simples e direto. Para cada linha ou transformador corresponde um único disjuntor, sendo todos os circuitos ligados na mesma barra; Principais Desvantagens: • Apresenta reduzida flexibilidade operacional. Em caso de distúrbios ou trabalhos de revisão no barramento é necessário desligar toda a subestação; • A ampliação do barramento não pode ser realizada sem a completa desenergização da subestação ; • Pode ser usado apenas quando cargas possam ser interrompidas ou tenham-se outras fontes durante uma interrupção; Capítulo 2 - Esquemas de Manobras de Extra e Alta Tensão II-4 • A manutenção de disjuntor de alimentadores interrompe totalmente o fornecimento de energia para os consumidores correspondentes daquele bay. A limitação mais importante é exatamente a maior probabilidade de ter um circuito fora de serviço, ou a subestação inteira (no caso de defeito no disjuntor ou na barra, respectivamente). Melhora com o uso de disjuntor, by-pass e seccionamento da barra com disjuntor. Obs.: O disjuntor permite abrir ou fechar o circuito com carga. As seccionadoras não podem operar com carga, assim, elas são abertas depois de aberto o disjuntor e são instaladas para isolar o disjuntor para sua manutenção. A faca de terra é operada quando a linha está desenergizada e serve para proteção contra ligação indesejada da linha pelo outro extremo. 2.2) Barramento Simples com By-pass Este tipo de configuração apresenta como melhoria, em relação à configuração anterior, o fato de que quando se faz necessário dar manutenção em um disjuntor, o fornecimento de energia do bay associado ao disjuntor não é interrompido. Nas demais características, esse arranjo possui as mesmas limitações do arranjo barra simples. 2.3) Barramento Simples com By-pass e com Seccionamento da Barra por Chave abinadi.rufino Highlight abinadi.rufino Highlight abinadi.rufino Highlight abinadi.rufino Highlight abinadi.rufino Highlight abinadi.rufino Highlight abinadi.rufino Highlight abinadi.rufino Highlight abinadi.rufino Highlight Capítulo 2 - Esquemas de Manobras de Extra e Alta Tensão II-5 Este tipo de configuração proporciona maior continuidade no fornecimento de energia e maior flexibilidade de execução de manobras em relação ao anterior, devido ao acréscimo da chave seccionadora de barra, porém, este elemento extra é mais um elemento que pode vir a falhar. 2.4) Barramento Simples com By-pass e com Seccionamento por Disjuntor Com o objetivo de se obter confiabilidade e flexibilidade, é feito um seccionamento longitudinal na barra, pois se faz possível separá-la em duas partes facilitando a manutenção, trabalhos de ampliação e, em determinadas circunstâncias, a operação da subestação. Se o seccionamento da barra é feito com a finalidade de trazer flexibilidade para a subestação, se requer um planejamento muito cuidadoso, já que durante a operação normal não se pode transferir o circuito de uma barra para a outra. Um seccionamento mal planejado pode inclusive comprometer a segurança do sistema. Este arranjo inclui um disjuntor de barra (ou disjuntor de paralelo) e com este arranjo perde- se apenas parte dos circuitos quando ocorre um defeito numa seção de barra. O seccionamento da barra melhora a continuidade do fornecimento, pois, em caso de falha, somente o setor afetado é desligado. O seccionamento do barramento permite uma maior flexibilidade das manobras para manutenção e uma maior continuidade operacional, aumentando a confiabilidade da SE. Permite, também, operar como duas instalações independentes. abinadi.rufino Highlight abinadi.rufino Highlight abinadi.rufino Highlight abinadi.rufino Highlight abinadi.rufino Highlight abinadi.rufino Highlight Capítulo 2 - Esquemas de Manobras de Extra e Alta Tensão II-6 Principais Vantagens: • Maior continuidade no fornecimento; • Maior facilidade de execução dos serviços de manutenção; • Este arranjo pode (é indicado) funcionar com duas (ou mais) fontes de energia; • Em caso de falha da barra, somente são desligados os consumidores ligados à seção afetada. Principais Desvantagens: • Não se pode transferir uma linha de uma barra para outra; • A manutenção de um disjuntor deixa fora de serviço a linha correspondente; • Esquema de proteção é mais complexo. Observação: Nos arranjos descritos acima, quando está sendo feita a manutenção num disjuntor, o circuito fica desligado. Por isso estes arranjos são usados em subestações de pequena importância, subestações de média potência e subestações industriais, onde cada carga é alimentada por dois circuitos vindos de locais independentes. 2.5) Duplo Barramento Simples É um arranjo indicado para instalações consumidoras que requerem alta confiabilidade para as cargas essenciais e aceitam desligamentos rotineiros para as cargas não essenciais. Normalmente são encontrados nas subestações de consumidores do tipo hospital, hotel e muitos tipos de indústria. abinadi.rufino Highlight abinadi.rufino Highlight abinadi.rufino Highlight abinadi.rufino Highlight abinadi.rufino Highlight abinadi.rufino Highlight Capítulo 2 - Esquemas de Manobras de Extra e Alta Tensão II-7 A primeira barra recebe energia do sistema e faz a alimentação normal de toda a instalação. A segunda barra é alimentada pela primeira, em condições normais, ou por uma fonte de emergência em caso de falha na alimentação principal. A fonte de emergência, na maioria das vezes, constitui-se de um grupo gerador diesel, mas dependendo da carga, encontram-se outros tipos de fontes de emergência; tais como nobreaks e/ou conjuntos de baterias/inversores, principalmente para os alimentadores de sistemas que devem funcionar ininterruptamente, tais como alimentadores para computadores. Principais Vantagens: • Cada circuito tem dois disjuntores dedicados; • Flexibilidade de conexão de circuitos para a outra barra; • Qualquer disjuntor pode ser retirado de serviço para manutenção; • Fácil recomposição. Principais Desvantagens: • Custo mais elevado; • Perderá metade dos circuitos para falha num disjuntor se os circuitos não estiverem conectados em ambas as barras. abinadi.rufino Highlight Capítulo 2 - Esquemas de Manobras de Extra e Alta Tensão II-8 2.6) Esquema H Esquema de Barra Simples mais confiável. Apresenta um disjuntor reserva que pode substituir qualquer disjuntor que estiver em manutenção ou sob defeito. 2.7) Barra Principal (Operação) e Transferência Em instalações de maior importância, quando existe o requisito de não perder o circuito durante a manutenção do disjuntor, pode-se utilizar o arranjo de barra principal (operação) e transferência. Neste arranjo, as linhas são ligadas normalmente à barra de operação e, em caso de manutenção do disjuntor, à barra de transferência. A efetividade do arranjo requer a instalação de um disjuntor especial, o disjuntor de transferência, que é utilizado como reserva para qualquer disjuntor das linhas, para tanto, deve ser previsto um sistema de adaptação da proteção de cada linha para a proteção deste disjuntor. Com esta configuração, cada bay pode ser comutado por meio do disjuntor de transferência à barra de igual nome conservando desta forma o serviço do respectivo bay durante a manutenção do disjuntor. Neste tipo de esquema, a barra principal deve permanecersempre energizada, enquanto a barra de transferência será energizada apenas durante a substituição de um disjuntor “de linha” ou de “transformador” pelo disjuntor de bay-pass. Apesar de utilizar um disjuntor a mais, o de transferência, esta configuração tem um custo inicial e final reduzido. É possível também, em casos especiais, usar a barra de transferência como ponte para uma linha que entra na subestação e volta a sair dela. Por outro lado, uma falha na barra principal ou em um disjuntor, tira de operação toda a subestação até que a falha seja isolada, o que implica na falta de segurança da configuração. abinadi.rufino Highlight abinadi.rufino Highlight abinadi.rufino Highlight abinadi.rufino Highlight abinadi.rufino Highlight abinadi.rufino Highlight abinadi.rufino Highlight abinadi.rufino Highlight abinadi.rufino Highlight abinadi.rufino Highlight Capítulo 2 - Esquemas de Manobras de Extra e Alta Tensão II-9 Principais Vantagens: • Custo inicial e final baixo; • Qualquer disjuntor pode ser retirado de serviço para manutenção; • Equipamentos podem ser adicionados e/ou retirados à barra principal sem maiores dificuldades. • Há uma maior confiabilidade neste arranjo do que no de barra simples correspondente, em troca do acréscimo do custo, uma vez que agora, para m circuitos temos m+1 disjuntores e 3m+2 seccionadores, além de uma barra extra. Principais desvantagens: • Requer um disjuntor extra para conexão com a outra barra; • As manobras são relativamente complicadas quando se deseja por um disjuntor em manutenção; • Falha no barramento ou num disjuntor resulta no desligamento da subestação. Seqüência de manobras(Operação de transferência): A manobra do disjuntor de transferência exige: primeiro, a manobra de fechamento das chaves de transferência, seguida da chave bay-pass, e finalmente, do disjuntor de transferência, depois, abre o disjuntor principal, e finalmente, os seccionadores deste disjuntor. Tipos de Arranjo de Barra Principal e Transferência: abinadi.rufino Highlight abinadi.rufino Highlight abinadi.rufino Highlight abinadi.rufino Highlight abinadi.rufino Highlight abinadi.rufino Highlight Capítulo 2 - Esquemas de Manobras de Extra e Alta Tensão II-10 2.8) Barra Dupla Para aumentar a flexibilidade da barra simples, pode-se adicionar uma segunda barra principal e um disjuntor para o acoplamento das barras, formando assim uma configuração conhecida por barra dupla. Esta configuração é flexível, pois permite separar circuitos em cada uma das barras podendo desta forma dividir sistemas. Além disso, possui maior segurança quanto a falhas nas barras e em disjuntores, também é possível fazer manutenção nas barras sem necessitar suspender o fornecimento de energia e pode ser usada em áreas de grande contaminação ambiental. Adapta-se muito bem em sistemas muito malhados, onde é necessário dispor de uma certa flexibilidade, devido a esta flexibilidade pode-se usar o disjuntor acoplador de barras como um disjuntor seccionador de barras, permitindo assim conectar a uma outra barra circuitos provenientes de uma mesma fonte sem a necessidade de fazer cruzamentos entre linhas na entrada da subestação. Tem uma vantagem adicional sobre o seccionamento longitudinal nas configurações anteriores, de que a conexão de um circuito a uma barra ou a outra pode ser feita em qualquer momento dependendo das circunstâncias operativas do sistema. O arranjo barra dupla é um esquema de manobra no qual qualquer evento pode estar conectado a quaisquer das barras. Neste tipo de instalação, entre cada disjuntor de um evento e o barramento devem existir, pelo menos, duas chaves (as chaves seletoras de barra). Normalmente, o sistema opera com metade dos circuitos conectados a uma das barras e metade conectada a outra barra, com o disjuntor ou chave de interligação de barras fechado, permitindo a passagem de um fluxo de energia que equilibre as duas metades do sistema. Apenas uma das chaves seletoras de barra estará fechada. Para manobrar uma linha é suficiente a operação de um disjuntor. No projeto é necessário considerar que as barras devem ter a mesma capacidade e, por sua vez, a capacidade total da subestação. O disjuntor de acoplamento faz parte dos barramentos e, portanto, deve ter a mesma capacidade que estes. Deve-se ter também um cuidado especial com o abinadi.rufino Highlight abinadi.rufino Highlight abinadi.rufino Highlight abinadi.rufino Highlight abinadi.rufino Highlight abinadi.rufino Highlight abinadi.rufino Highlight abinadi.rufino Highlight abinadi.rufino Highlight abinadi.rufino Highlight abinadi.rufino Highlight abinadi.rufino Highlight Capítulo 2 - Esquemas de Manobras de Extra e Alta Tensão II-11 tipo de proteção diferencial de barras que se requer utilizar. O transformador de corrente pode estar localizado ao lado dos disjuntores. O bay de acoplamento requer transformadores de corrente para a proteção diferencial das barras. O barramento duplo deve ser empregado quando: As instalações forem muito grandes e trabalhem com tensões e freqüências diferentes; Existirem vários consumidores em uma instalação cujos valores nominais de consumo são reunidos em uma única alimentação; Para reduzir o nível de curto-circuito; Caso haja defeitos em uma das barras, todos os disjuntores a ela ligados abrirão, mas metade do sistema continuará operando, ligado a outra barra; Os outros circuitos poderão ser transferidos da barra defeituosa para a sã; A perda total do suprimento só ocorrerá em caso de contingência de dupla manobra do disjuntor e defeito no barramento dos demais circuitos; Há maior confiabilidade e menor custo em relação ao arranjo de barra principal e de transferência. Pode-se ter arranjos de barras duplas: a disjuntor simples e cinco chaves; a disjuntor simples e quatro chaves a disjuntor simples e três chaves; a disjuntor duplo. Existem outros arranjos menos importantes, tais como: disjuntor e um terço barra tripla, e outros. A escolha do arranjo a ser adotado em determinada subestação depende da confiabilidade, do custo, da facilidade de operação e manutenção, da estética e de outros fatores. Principais Vantagens: • Permite alguma flexibilidade com ambas as barras em operação; • Qualquer uma das barras poderá ser isolada para manutenção; • Facilidade de transferência dos circuitos de uma barra para outra com o uso de um único disjuntor de transferência e manobras com chaves. Principais desvantagens: Requer um disjuntor extra (de transferência) para conexão com a outra barra; A proteção do barramento pode causar a perda da subestação quando esta operar com todos os circuitos num único barramento; Alta exposição a falhas no barramento; Falha no disjuntor de transferência pode colocar a subestação fora de serviço. 2.8.1) Barra Dupla com Seccionador de “By-pass” ou Barra Dupla a 5 Chaves Reúne, mas não simultaneamente, as características da barra principal e de transferência e da barra dupla. Isto é conseguido a partir da barra dupla conectando uma chave de “by-pass” ao disjuntor de cada saída e adicionando uma outra chave ao lado do disjuntor para poder isolá-lo. Com estas chaves adicionais pode-se operar a subestação, complementando a operação normal de barra abinadi.rufino Highlight abinadi.rufino Highlight Capítulo 2 - Esquemas de Manobras de Extra e Alta Tensão II-12 dupla, como uma barra sendo a principal e a outra a de transferência, utilizando o disjuntor de acoplamento como de transferência para qualquer um dos disjuntores de linha que se encontre em manutenção. Quando se têm circuitos conectados a uma e outra barra não é possível fazer manutenção nos disjuntores sem suspender o fornecimento de energia, pois para isto seria necessário que uma das barras estivesse completamente livre para ser usada como barra de transferência,não apresentando assim, ao mesmo tempo, as propriedades de flexibilidade e confiabilidade. Esta configuração é a que requer um maior número de equipamentos por bay, apresentando assim mesmo uma das mais elevadas possibilidades de operação incorreta durante as manobras. Em geral, nesta configuração não se explora sua flexibilidade, pois se usa uma das barras como barra simples de reserva e/ou transferência, não se compensando assim o alto investimento que ele implica. O material adicional necessário para a barra dupla com seccionador de by-pass, ou barra dupla a 5 chaves, equivale aproximadamente ao que se requer para agregar à barra dupla uma barra de transferência, configuração que do ponto de vista de operação tem melhor utilidade. A configuração de barra dupla com seccionadora de by-pass permite ainda algumas variações entre as quais se podem mencionar a partição de uma das barras mediante um disjuntor seccionador, a utilização de disjuntores de acoplamento em uma ou em ambas metades da barra seccionada, etc., por isto esta é a subestação mais onerosa e mais complicada de ser operada. No projeto se deve levar em consideração o estipulado anteriormente para a barra principal e de transferência e a barra dupla. Capítulo 2 - Esquemas de Manobras de Extra e Alta Tensão II-13 2.8.2) Barra Dupla com 4 Chaves Esta configuração é uma variante da anterior, porém utilizando um seccionador a menos. Para se obter esta configuração de forma prática faz-se necessária a utilização de seccionadores do tipo vertical reverso, pantográfico ou semipantográfico (de onde a conexão ou desconexão se efetua verticalmente) em pelo menos uma das conexões às barras. abinadi.rufino Highlight abinadi.rufino Highlight abinadi.rufino Highlight abinadi.rufino Highlight abinadi.rufino Highlight Capítulo 2 - Esquemas de Manobras de Extra e Alta Tensão II-14 2.8.3) Barra Dupla com 3 Chaves Capítulo 2 - Esquemas de Manobras de Extra e Alta Tensão II-15 2.9) Barramento Duplo com Disjuntor Duplo É um arranjo mais completo, muito mais flexível e de maior confiabilidade, mas em compensação, muito mais caro. Aplica-se em instalações de grande potência e onde seja predominante o aspecto da continuidade de fornecimento. Neste arranjo não é necessário o disjuntor de acoplamento de barras. É utilizado em subestações de UHV (ultra-alta tensão). É a mais cara de todas as configurações às custas de sua segurança, do ponto de vista de falha, pelo qual sua adoção, em caso particular, requer uma justificativa cuidadosa. Também como na configuração para a conexão dos transformadores (um único disjuntor e um seccionador a modo de transferência ou transformadores conectados diretamente a barras). • É um arranjo em que são empregados 2n+1 disjuntores para cada n circuitos; • Foi muito usado em CT de 230 kV de AT 500/230 kV; • Este arranjo é como se fosse um by-pass com disjuntores; • É um arranjo que permite o uso de um disjuntor para conexão a qualquer das barras; • Pode operar com todos os eventos em uma barra, em duas barras ou metade dos eventos em cada uma das barras. (ideal para 2 fontes e 2 cargas por eventos). Para conseguir a maior segurança cada circuito se conecta a ambas as barras se todos os disjuntores fechados e às duas barras energizadas. Em alguns casos os circuitos podem separar-se em dois grupos conectando-os cada um a uma barra; em tal condição, a falha em uma das barras retira do serviço todo àquele que está conectado a ela, perdendo-se a segurança que caracteriza a operação normal, não se justificando o custo extra com respeito a uma barra dupla. A ocorrência de dupla contingência retirará de serviço, também, no máximo dois circuitos, a exceção do caso de manutenção em uma das barras e falha simultânea do disjuntor ligado a outra barra, quando se perderá toda a subestação. Capítulo 2 - Esquemas de Manobras de Extra e Alta Tensão II-16 2.10) Barramento Duplo com Disjuntor e Meio É um arranjo equivalente ao de barramento duplo com disjuntor duplo e com uma importante simplificação que mantém quase a mesma flexibilidade e confiabilidade operacional. Neste arranjo, cada entrada e saída utiliza-se de um disjuntor e meio, daí sua denominação, ao contrário de dois disjuntores por circuito, como no arranjo anterior. Este arranjo é mais utilizado no Brasil nos sistemas de 500 e 765KV, é mais econômico e tem praticamente a mesma confiabilidade que o arranjo barra dupla com disjuntor duplo. O grupo dos três disjuntores é conectado entre dois barramentos principais. Pode-se haver manutenção a qualquer disjuntor ou barramento sem suspender o serviço e sem alterar o sistema de proteção; além disso, uma falha em um barramento não interrompe o serviço a nenhum circuito, apresentando assim um alto índice de confiabilidade e de segurança tanto por falha em dois disjuntores, como nos circuitos e nas barras. Normalmente se opera com ambas as barras energizadas e todos os disjuntores fechados, e por tal motivo não é flexível; além disso, ter dois barramentos não significa que os circuitos possam ser conectados independentemente a qualquer um deles, como é o caso da barra dupla. Principais Vantagens: Maior flexibilidade de manobra. Rápida recomposição. Falha nos disjuntores adjacentes às barras retiram apenas um circuito de serviço. Chaveamento independente por disjuntor. Manobras simples com relação ao chaveamento. Capítulo 2 - Esquemas de Manobras de Extra e Alta Tensão II-17 Qualquer uma das barras poderá ser retirada de serviço a qualquer tempo para manutenção. Falha em um dos barramentos não retira circuitos de serviço. A saída das duas barras permite o funcionamento do circuito completo, desde que as fontes estejam casadas com as cargas. Principais Desvantagens: Um e meio disjuntor por circuito; Chaveamento e religamento automático envolvem demasiado número de operações além do disjuntor intermediário e circuitos agregados; A instalação deste arranjo é muito dispendiosa e normalmente exige três níveis de barramento; Os disjuntores devem ser dimensionados para o dobro da corrente; O arranjo opera com todos os disjuntores ligados. A contingência simples, correspondente à falha no disjuntor central, retirará dois circuitos de serviço. 2.11) Barramento em Anel Nesta configuração a barra coletora é um anel formado por disjuntores, com os circuitos conectados entre cada dois deles. Para isolar um circuito é necessária a abertura de dois disjuntores correspondentes, abrindo-se assim o anel. Quando se deseja isolar um circuito por um período longo, deve-se abrir o seccionador da linha para poder fechar os disjuntores associados a cada circuito e assim dar continuidade ao anel. É uma configuração econômica e segura, confiável, porém sem flexibilidade. É segura e confiável por permitir continuidade de serviço por falha ou durante manutenção de um disjuntor, já que cada linha ou circuito está associado a dois disjuntores. O principal inconveniente consiste que em caso de falha em um circuito quando se faz manutenção em outro, o anel pode ser dividido e apresentar falta de serviço para algumas das partes, ou se perde a segurança no sistema. Para cumprir a função de segurança e confiabilidade para os quais esta subestação foi idealizada, é necessário operá-la com todos os disjuntores fechados (tal como é sua operação normal); portanto baixo do ponto de vista da flexibilidade, a subestação é similar a uma barra simples. Obs.: Para efeito de distribuição de correntes, os circuitos conectados ao anel devem-se repartir de tal maneira que as fontes de energia se alterem com as cargas. Por considerações práticas convém limitar o uso desta configuração a um máximo de seis saídas. No caso de ser necessário agregar mais, é preferível evoluir para configuração disjuntor e meio.O projeto inicial da subestação deve prever esta circunstância. A aplicação da disposição em anel exige especial cuidado no que se refere a certos aspectos como a operação de dois disjuntores com falha em uma saída, o religamento automático, ou mesmo que a proteção e a medição. O dano de um disjuntor durante a falha em um dos circuitos de saída origina a perda de outro circuito devido a operação da proteção contra a falha de disjuntores. Além disso, requer dispositivos de potencial em todos os circuitos já que não há um ponto de referência definido (como uma barra principal). abinadi.rufino Highlight abinadi.rufino Highlight abinadi.rufino Highlight Capítulo 2 - Esquemas de Manobras de Extra e Alta Tensão II-18 Barramento em anel com três saídas: Barramento em anel com quatro saídas: Capítulo 2 - Esquemas de Manobras de Extra e Alta Tensão II-19 Barramento em anel com cinco saídas: Barramento em anel com seis saídas: A dificuldade inerente ao sistema é a sua realização prática, em termos de localização física das saídas, principalmente com o crescimento do número de circuitos, o que eventualmente pode levar a uma solução do tipo anel invertido. Todos os equipamentos localizados no anel devem ser dimensionados para a maior corrente do anel (aproximadamente o dobro da corrente dos circuitos de maior potência). Capítulo 2 - Esquemas de Manobras de Extra e Alta Tensão II-20 É importante que haja alteração apenas entre fonte e carga, para melhorar a eficiência da instalação. Há possibilidades de se empregar o arranjo de anel de modo a conseguir menos custo para as entradas de linha, entretanto, fisicamente, há ainda dificuldades de implantação. Principais Vantagens: Custo inicial e final baixo; Flexibilidade de manutenção nos disjuntores; Qualquer disjuntor pode ser removido para manutenção sem interrupção da carga; Necessita apenas um disjuntor por circuito; Não utiliza barra principal; Cada circuito é alimentado através de disjuntores; Todas as chaves abrem os disjuntores; Principais Desvantagens: Se uma falta ocorre durante a manutenção de um disjuntor o anel pode ser separado em duas seções; Religamento automático e circuitos de proteção relativamente complexos; Para efetuar a manutenção num dado equipamento a proteção deixará de atuar durante esse período; Necessidade de equipamentos em todos os circuitos por não haver referência de potencial neste arranjo. Esses equipamentos são necessários em todos os casos para sincronização, linha viva ou indicação de tensão. Falha no disjuntor durante uma falta em um dos circuitos causa a perda de um circuito adicional, pois um disjuntor já está fora de operação. 2.12) Barra Dupla com Barra de Transferência É uma combinação da barra principal e de transferência e a barra dupla, aqui se têm duas barras principais mais uma de transferência, dando como resultado um arranjo que brinda simultaneamente confiabilidade e flexibilidade. Normalmente se usam dois disjuntores para as funções de acoplamento e transferência, respectivamente, podendo-se assim efetuar de forma simultânea ambas operações. Em alguns casos se utiliza um único disjuntor (com o devido arranjo de seccionadores) para as duas operações, perdendo-se assim a função fundamental das três barras, com o qual se assemelha esta configuração às das anteriores; desta forma, quando se prefere deixar um único barramento como reserva (por exemplo em zonas de alta contaminação que exigem limpeza periódica) se pode dispor de um único disjuntor que cumpra ambas as funções com a qual a solução passa a ser mais econômica. (A alternativa se mostra na mesma figura). Capítulo 2 - Esquemas de Manobras de Extra e Alta Tensão II-21 No projeto deve-se levar em consideração o estipulado anteriormente para a barra principal e de transferência e a barra dupla. Na Europa, esta disposição encontra um campo de aplicação muito amplo em nível de 220 kV. Como desvantagem pode-se notar que se faz necessária uma maior área em comparação com as configurações anteriores e mais algumas. Capítulo 2 - Esquemas de Manobras de Extra e Alta Tensão II-22 2.13) Tabela 1– Facilidades de manutenção das configurações de AT mais comuns FACILIDADES DE MANUTENÇÃO DAS CONFIGURAÇÕES DE AT MAIS COMUNS CONFIGURAÇÃO EFEITO DE MANUTENÇÃO NO DISJUNTOR EFEITO DE MANUTENÇÃO NAS BARRAS NORMAL FALHA NO CIRCUITO FALHA NA BARRA NORMAL FALHA NO CIRCUITO FALHA NA BARRA BARRA SIMPLES PERDA DO CIRCUITO ______ PERDA DE TODOS OS CIRCUITOS PERDA DE TODOS OS CIRCUITOS ______ ______ BARRA SIMPLES SECCIONADA PERDA DO CIRCUITO PERDA DA METADE DOS CIRCUITOS PERDA DA METADE DOS CIRCUITOS PERDA DO CIRCUITO PERDA DE TODOS OS CIRCUITOS BARRA PRINCIPAL E TRANSFERÊNCIA NADA, DESDE QUE O DISJUNTOR DE TRANSFERÊNCIA ESTEJA DISPONÍVEL. PERDA DO CIRCUITO A BARRA DE TRANSFERÊNCIA SE A FALHA É NO CIRCUITO DE TRANSFERÊNCIA NA TRANSFERÊNCIA: PERDA DO CIRCUITO. NA PRINCIPAL: SE NÃO ESTÁ SECCIONADA PERDE TODOS OS CIRCUITOS PERDEM-SE TODOS OS CIRCUITOS SE A BARRA NÃO ESTÁ SECCIONADA PERDA DO CIRCUITO E BARRA DE TRANSFERÊNCIA SE A BARRA PRINCIPAL ESTÁ SECCIONADA PERDA DE TODOS OS CIRCUITOS BARRA DUPLA PERDA DO CIRCUITO ______ PERDEM-SE TODOS OS CIRCUITOS CONECTADOS À BARRA COM FALHA MENOS OS QUE SE COMUTAM A BARRA SÃ NADA, SEMPRE E QUANDO NÃO SE ULTRAPASSA O NÍVEL MÁXIMO DE CURTO-CIRCUITO. PERDA DO CIRCUITO PERDA DE TODOS OS CIRCUITOS BARRA DUPLA E BARRA DE TRANSFERÊNCIA NADA, DESDE QUE O DISJUNTOR DE TRANSFERÊNCIA ESTEJA DISPONÍVEL. PERDA DO CIRCUITO E DA BARRA DE TRANSFERÊNCIA NA TRANSFERÊNCIA: PERDA DO CIRCUITO. EM UMA PRINCIPAL: SE PERDEM TODOS OS CIRCUITOS MENOS OS QUE SE COMUTAM A BARRA SÃ NADA, SEMPRE E QUANDO NÃO SE ULTRAPASSA O NÍVEL MÁXIMO DE CURTO-CIRCUITO. PERDA DO CIRCUITO PERDA DE TODOS OS CIRCUITOS BARRA DUPLA COM BY-PASS NADA, DESDE QUE O DISJUNTOR DE ACOPLAMENTO ESTEJA DISPONÍVEL. PERDA DO CIRCUITO. SE A FALHA É NO CIRCUITO COM O DISJUNTOR EM MANUTENÇÃO PERDE-SE ESSE CIRUCITO COM O ACOPLAMENTO E UMA DAS BARRAS SE NÃO É A BARRA QUE ESTÁ SENDO UTILIZADA COMO TRANSFERÊNCIA, PERDEM-SE TODOS OS CIRCUITOS MENOS OS QUE SE COMUTAM À BARRA SÃ, A QUAL NÃO PODE SER UTILIZADA MAIS COMO BARRA DE TRANSFERÊNCIA. NADA, SEMPRE E QUANDO NÃO SE ULTRAPASSA O NÍVEL MÁXIMO DE CURTO-CIRCUITO. PERDA DO CIRCUITO PERDA DE TODOS OS CIRCUITOS ANEL NENHUM CIRUCITO SE PERDE PELA INTERRUPÇÃO DO ANEL PERDA DO CIRCUITO. SEGUNDO CIRUCITO PODE FICAR ISOLADO DEPENDENDO DO LUGAR DA FALHA ______ ______ ______ ______ DISJUNTOR E MEIO NADA PERDA DO CIRCUITO ISOLA-SE UM CIRCUITO SE O DISJUNTOR CENTRAL ESTÁ EM MANUTENÇÃO. SE A FALHA É NA BARRA OPOSTA AO DISJUNTOR EM MANUTENÇÃO, SÃO ISOLADOS DOS CIRCUITOS. NADA PERDA DE UM DOS CIRCUITOS A SUBESTAÇÃO FICA DIVIDIDA EM GRUPOS DE DOIS CIRCUITOS DISJUNTOR DUPLO NADA PERDA DO CIRCUITO PERDA DE UM CIRCUITO. SE O DISJUNTOR EM MANUTENÇÃO ESTÁ JUNTO À BARRA COM FALHA NADA PERDA DO CIRCUITO PERDA DE TODOS OS CIRCUITOS Capítulo 2 - Esquemas de Manobras de Extra e Alta Tensão II-23 2.13) Tabela 2 – Estimativa da utilização dos arranjos para os diversos níveis de tensão TENSÃO DE BARRA (kV) TIPO DE ARRANJO ARRANJO ADOTADO (%) 750 DM 100 500 DM 100 345 BD 100 230 BD 50 PT 50 138 PT 70 BD 20 BS 10 69 PT 50 BS 50 34,5 BS 100 13,8 BS 100 Onde, DM – Disjuntor e Meio BD – Barra Dupla PT – Principal e Transferência BS – Barra Simples Para melhor entendimento das informações da tabela 2, consideremos, por exemplo, as subestações de 138kV: a tabela mostra que 70% do total de subestações dessa classe de tensão adotarão o arranjo tipo Principal e Transferência (PT), 20%serão de Barra Dupla (BD) e 10% do tipo Barra Simples (BS). Capítulo 2 - Esquemas de Manobras de Extra e Alta Tensão II-24 2.14) Outras Configurações Outras configurações não tão convencionais como as descritas anteriormente que se encontram em algumas das literaturas sobre subestações, são as seguintes: 2.14.1) Barramento Duplo com Disjuntor e Um Terço É um arranjo que utiliza três circuitos no mesmo vão, ou seja, cada entrada e saída utiliza-se de um disjuntor e um terço. Esta concepção pode ser generalizada para múltiplos circuitos no mesmo vão. Neste arranjo uma dupla contingência retiraria de serviço no máximo três circuitos. Mesmo considerando-se a hipótese pouco provável da barra B1 em manutenção e falha de disjuntor ligado a barra B2, o sistema poderia funcionar em seções independentes, com um único circuito fora de serviço. Entretanto, a falha de um dos disjuntores centrais retiraria 2 circuitos de serviço. A maior dificuldade está na realização prática, exigindo quatro níveis de barramento, ocupando uma área de terreno apreciável. 2.14.2) Malha Esta configuração é de origem inglesa (onde também é conhecida pelo nome de anel), e consiste basicamente em uma barra simples unida pelos dois extremos e introduzindo um seccionador de barras entre cada circuito. Apresenta confiabilidade por falha em barras, sendo as demais características similares à da configuração de barra simples. Capítulo 2 - Esquemas de Manobras de Extra e Alta Tensão II-25 2.14.3) Pirâmide Esta configuração utiliza sempre disjuntores em série de tal forma que se ocorrer uma falha, o outro tome seu lugar. Para poder efetuar manutenção nos disjuntores estes têm um seccionador “by-pass”. Esta configuração é unicamente teórica uma vez que não se conhece sua utilização. 2.14.4) Dupla + Transferência Esta configuração é formada por duas barras principais independentes com uma barra de transferência comum. Adicionalmente se instala um seccionador especial que proporcione meios para que as linhas possam ser conectadas sem entrar as barras principais. Com esta configuração se podem deixar disponíveis as duas barras principais ou um campo para manutenção sem suspensão do serviço. Esta configuração tem sido sugerida para níveis de tensão superiores ou iguais a 800 kV. 2.14.5) Barramento Triplo Encontrado em livros, e sugerido para sistemas maiores e que necessitam de alto grau de confiabilidade. 2.15) Tabela resumo dos principais arranjos de subestações. TIPO DE ARRANJO EVENTOS Nº DISJUNTOR Nº CHAVES BARRA SIMPLES SEM BY-PASS E SEM SECCIONAMENTO N N 2N BARRA SIMPLES COM BY-PASS E SEM SECCIONAMENTO N N 3N BARRA SIMPLES COM BY-PASS SECCIONAMENTO P/CHAVE N N 3N+1 BARRA SIMPLES COM BY-PASS SECCIONAMENTO P/DISJUNTOR N N+1 3N+2 ESQUEMA H 4 3 6 BARRA PRINCIPAL E TRANFERÊNCIA N N+1 3N+2 BARRA DUPLA A 3 CHAVES N N+1 3N+2 BARRA DUPLA A 4 CHAVES N N+1 4N+2 BARRA DUPLA A 5 CHAVES N N+1 5N+2 ANEL N N 3N DISJUNTOR E MEIO N 3/2 N 3N DISJUNTOR DUPLO N 2N 4N Capítulo 2 - Esquemas de Manobras de Extra e Alta Tensão II-26 3) SELEÇÃO DA CONFIGURAÇÃO DE UMA SUBESTAÇÃO 3.1) Informação Necessária Para selecionar a configuração de uma subestação é necessário conhecer ou avaliar alguns dos seguintes aspectos: Função que desempenha a subestação no sistema interconectado para determinar sua necessidade de flexibilidade, confiabilidade e segurança. Tipo da subestação: geração, transformação ou manobra, ou qual destas funções é prioritária se em dado caso concorra mais de uma. Características das configurações. Facilidade de extensão e modulação. Simplicidade no controle e proteção. Facilidade de manutenção. Área disponível. Custos. 3.1.1) Principais Características na Seleção dos Arranjos dos Barramentos Após a seleção do tipo de subestação (convencional externa, blindada ou híbrida) a definição mais importante no projeto é a do esquema elétrico da mesma. Para escolha do arranjo a ser adotado em determinada subestação o fator preponderante é a confiabilidade e o custo. Outros itens geralmente levados em conta são as facilidades para operação e manutenção, estética e efeitos sobre o ambiente e o ser humano. Os esquemas mais freqüentemente usados são: Barra principal e de transferência; Disjuntor e meio; Barra dupla com disjuntor simples (com ou sem bay-pass); Barra dupla com dois disjuntores (dito disjuntor duplo); Anel simples (apenas para os casos de reduzido número de saídas). Uma escolha criteriosa leva em consideração vários fatores, muitos deles inter-relacionados e nem sempre separáveis, tais como: Fatores técnicos: Confiabilidade, requisitos operacionais e de manutenção. Capítulo 2 - Esquemas de Manobras de Extra e Alta Tensão II-27 Fatores econômicos: Disponibilidade financeira de implantação e manutenção, custos das interrupções de serviços. Fatores locais: Área necessária, condições climáticas e ambientais, Implicações ecológicas e estéticas. E ainda, previsões para expansões futuras da subestação (configurando vários dos fatores citados acima). A literatura técnica sobre o assunto é ampla, mas não há, ainda, consenso quanto aos critérios de escolha, nem todos os fatores considerados são justificáveis, e mesmo quando o são, os pesos atribuídos a cada um variam com o local e as condições do momento. A análise rigorosa dos custos e benefícios de cada alternativa, geralmente não é exeqüível, cabendo, contudo, desenvolver análises parciais para comparar o custo relativo ao melhoramento de determinadas características com os benefícios dela decorrentes. Em qualquer caso, a definição do esquema (arranjo) deve ser feita considerando a subestação como parte do Sistema Elétrico, e não isoladamente, de forma que haja coerência entre as características deste e as que forem escolhidas para a subestação, de acordo com as funções e a importância que lhe couberem no Sistema. Capítulo 2 - Esquemas de Manobras de Extra e Alta Tensão II-28 4) IMPACTO DO PROCEDIMENTO DE REDE NAS CONFIGURAÇÕES DE BARRAS DAS SUBESTAÇÕES DA REDE BÁSICA No novo modelo do setor elétrico brasileiro, o ONS vem estabelecendo, dentro de um processo participativo junto aos Agentes, os Procedimentos de Rede. O Módulo 2 dos Procedimentos de Rede estabelece as características mínimas funcionais das subestações quanto à configuração de barras em duas etapas. Na primeira etapa, os pátios das subestações de 765, 500, 440, 345 kV, com isolamento em ar, a princípio devem adotar a configuração de barra dupla com disjuntor e meio e para os pátios 230 e 138 a configuração de barra dupla com disjuntor simples a quatro chaves. De modo geral, os requisitos de configuração de barras, das novas subestações, são estabelecidos para sua fase final, prevista no seu planejamento de expansão. Para a fase inicial das subestações, são aceitas variantes que permitam evoluir para os requisitos da primeira etapa. Por exemplo, a adoção inicial da configuração de barras em anel simples para os pátios de 765, 500, 440, 345 kV o arranjo físico das instalações deve permitir evolução para configuração de barras com barra dupla, disjuntor e meio na fase final. Configurações de barras alternativas podem ser utilizadas, desde que comprovado, através de estudos, que tenham desempenho operativo igual ou superior ao das configurações da primeira etapa do Módulo 2. Porém, os novos equipamentos e instalações não podem comprometer o desempenho ou limitar a operação das instalações existentes, nem impor restrições às instalações da Rede Básica e demais Agentes a ela conectados. Também não podem ser utilizados equipamentos que inviabilizem o uso de outras tecnologias em futuras ampliações. Para subestaçõesde sistemas radiais da Rede Básica é permitida a opção da configuração de barra principal e transferência, para os pátios de 230 e 138kV, ressalvando o atendimento aos padrões de desempenho da Rede Básica, estabelecidos nos Procedimentos de Rede e a previsão da evolução para configurações de barras estabelecidas na primeira etapa. Estes requisitos se aplicam às novas subestações da Rede Básica. Para subestações existentes estes requisitos mínimos não se aplicam diretamente. De modo geral, o desempenho das instalações existentes deverá ser monitorado de forma a se identificar a distância entre os padrões de desempenho verificados e os requisitos que estão sendo estabelecidos nos Procedimentos de Rede para as novas instalações. 4.1) Fundamentos De modo geral, conceituar e analisar os fatores considerados de maior importância na definição e comparação de configuração das barras de subestações não é uma tarefa simples. Por isso, é imprescindível analisar os seguintes fatores: Confiabilidade/disponibilidade, segurança e flexibilidade operativa, evolução de configuração e mantenabilidade. Neste sentido, para estabelecer a sistemática da segunda etapa do Módulo 2, a análise destes fatores deve ser realizada considerando as principais configurações de barras adotadas pelas concessionárias brasileiras. Cabe observar que as subestações isoladas a ar (AIS) se distinguem tanto construtivamente quanto em desempenho das subestações isoladas a gás (GIS). Capítulo 2 - Esquemas de Manobras de Extra e Alta Tensão II-29 4.2) Aspectos Conceituais São apresentados os seguintes aspectos conceituais que norteiam as análises dos fatores na comparação das configurações de barras: Confiabilidade A confiabilidade de uma instalação ou de um sistema, isto é, a probabilidade de cumprir satisfatoriamente suas funções durante sua vida útil, pode ser calculada a partir de índices de estatísticas do desempenho dos componentes: disjuntores, chaves, transformadores de potência, transformadores de corrente, transformadores de potencial, pára-raios, sistemas de proteção, etc., observados ao longo de um período, geralmente anuais. A avaliação fundamenta-se na análise do ciclo médio do processo opera-falha-repara, onde se definem como ponto de partida os tempos médios e taxas para a falha e o reparo de cada componente e finalmente os índices de disponibilidade e indisponibilidade. Flexibilidade Operativa O entendimento da flexibilidade operativa pode ser visto como sendo formado por dois conjuntos distintos, mas de características interrelacionais, são eles: a) as características que constituem a flexibilidade intrínseca ou interna à própria subestação e b) aquelas que a natureza do sistema elétrico na qual a subestação está inserida impõe à mesma. Características desejáveis do conjunto “(a)”: o A condição de se isolar qualquer elemento, após falha intempestiva ou para manutenção programada, sem perda permanente de quaisquer outros elementos internos ou externos à subestação; o Uma variante do item anterior são as facilidades para se colocar ou tirar de serviço equipamentos que são freqüentemente manobrados para atender a condições impostas pelo sistema, por exemplo: reatores em derivação, banco de capacitores, etc.; o Atender o item acima com número mínimo de manobras, principalmente das chaves seccionadoras; o Em situações de desligamento oriundos de rejeições ou de alívios de carga, facilidades para que o processo de restabelecimento possa ser feito de forma automática. Características desejáveis do conjunto “(b)”: o Reduzir ao máximo, em tempo e alcance (instalações remotas), a repercussão de falhas internas a subestações. Para isso, contribuem tanto a configuração de barras (número de barras de operação) quanto os esquemas de proteção adotados; o Possibilidade de operar a subestação, permanentemente ou não, de forma dividida visando segurança do sistema, direcionamento e controle de fluxos (vinculação fontes com cargas), limitar níveis de corrente de curto-circuito, executar um controle mais adequado de tensão, etc. Segurança operativa O conceito de segurança operativa está fortemente associado aos níveis de desempenho da rede perante, principalmente às condições de falta sob duas situações operativas: disjuntor em manutenção e com falha na abertura. Do mesmo modo, pode-se afirmar que o grau de importância da subestação, diante do desempenho operativo da rede, para estas condições de falta, está diretamente ligado aos requisitos mínimos quanto à configuração de barras da subestação. Por Capítulo 2 - Esquemas de Manobras de Extra e Alta Tensão II-30 exemplo, para falta no circuito com disjuntor em manutenção, a configuração de barras permite apenas perda do circuito. Alguns procedimentos operativos são diretamente ligados à segurança e flexibilidade operativa intrínseca ou interna à própria subestação: o Ações de isolamento de equipamentos que exijam muitas manobras de chaves seccionadoras contribuem negativamente para a segurança da subestação e por conseqüência do sistema; o Configurações de barras que exigem esquemas de controle e proteção simples contribuem positivamente; o A padronização de configuração de barras é considerada fator importante na redução do erro operativo. Evolução de Configuração O contínuo processo de expansão é uma das marcas do sistema elétrico brasileiro, tanto no passado como se antevê para o futuro, gerando um impacto nas subestações, qual seja: é raro uma subestação na sua primeira etapa atingir sua configuração plena. O mais freqüente é ocorrer um processo de sucessivas ampliações ao longo dos anos. Mantenabilidade É característica de uma instalação, expressa como sendo que a probabilidade que um elemento será mantido ou retornado a uma condição especificada em um período de tempo determinado (tempo de indisponibilidade), quando a sua manutenção for executada de acordo com os procedimentos e recursos previstos. Pode-se inferir então que mantenabilidade se vincula a tempos de indisponibilidade. 4.3) Sistemática adotada 4.3.1) Primeira etapa do Modulo 2 Foram analisados os aspectos técnicos para definição e comparação de configurações de barras de subestações, pelos atributos confiabilidade, segurança e flexibilidade operativa, evolução de configuração de barras e facilidade para expansão. Neste contexto foi realizada uma análise comparativa destes atributos, das configurações de barras de subestações e consolidada em hierarquização por nível de tensão versus configuração de barras, para subestações nas tensões de 138 a 765kV do tipo isolada a ar e 138 a 500kV do tipo isolada a gás, apresentada na tabela 1. Esta hierarquização serviu de base para o estabelecimento dos requisitos mínimos na primeira etapa, quanto a configuração de barras das novas subestações da Rede Básica. 4.3.2) Segunda etapa do Modulo 2 Conforme exposto anteriormente, para a segunda etapa, será proposta uma sistemática de definição das configurações de barras com base na ponderação dos aspectos: segurança, flexibilidade operativa e confiabilidade, compatíveis com o grau de importância da subestação na Rede Básica sob o ponto de vista de desempenho sistêmico. Para avaliar o grau de importância das subestações é necessário verificar o impacto da saída da mesma no desempenho do sistema, no caso de contingências múltiplas e para operação em carga pesada. Foram adotadas as seguintes classificações: Capítulo 2 - Esquemas de Manobras de Extra e Alta Tensão II-31 Subestações em que a ocorrência de contingência múltipla ocasiona um comportamento instável do sistema, seja do ponto de vista eletromecânico (transitório ou dinâmico), ou depressão acentuada de tensão; Subestações em que a ocorrência de contingência múltipla ocasiona um comportamento estável do sistema, mas cuja topologia e distribuição final de fluxos podelevar a pelo menos mais um outro desligamento de circuito no sistema, ou a possível atuação de esquema de emergência. Isto pode indicar o início de uma série de desligamentos e eventualmente conduzir o sistema ao colapso; Subestações em que a ocorrência de contingência múltipla ocasiona, em princípio, um comportamento estável e sem outras conseqüências danosas. No entanto, sugere-se uma análise considerando outros cenários de carga, assim como distintos modelos para sua representação e tipos de falhas. Subestações em que a ocorrência de contingência múltipla ocasiona, um comportamento estável e sem quaisquer outras conseqüências danosas. A sistemática adotou três categorias de subestações (A, B, C) diferenciadas pelos efeitos causados no sistema de transmissão, quando submetido a curto monofásico seguido de falha de disjuntor com perda de todos os circuitos: Categoria A: Corresponde a subestação de maior importância, uma vez que, quando submetida a condições acima citadas pode levar o sistema a uma condição instável ou afundamento acentuado de tensão, podendo provocar colapso em uma ou mais regiões ou mesmo colapso total do sistema. Desta forma, exigindo o grau mais elevado de desempenho funcional mínimo quanto à segurança operativa do sistema. Estas subestações devem ter configuração de barras que minimize ao máximo o risco de ocorrência desse evento. Categoria B: Corresponde a subestação em que o sistema comporta uma maior tolerância a contingências múltiplas provocadas pela condição citada acima, ou seja, apresenta um comportamento do sistema marginalmente estável com afundamento acentuado de tensão e atuação do sistema de alívio de carga ou abertura de interligações de grande porte. Desta forma, requer um desempenho funcional mínimo um pouco mais relaxado. Categoria C: Corresponde a subestações em que o sistema permite a maior tolerância a contingências múltiplas, ou seja, apresenta um comportamento do sistema estável sem afundamento acentuado de tensão com apenas corte local de carga. Esta classificação serviu como base para definição do desempenho funcional mínimo da configuração de barras. 4.4) Considerações Finais O estágio atual do Módulo 2 dos Procedimentos de Rede do ONS define os requisitos mínimos, quanto a configurações de barras das subestações, de forma pouco flexível, mesmo admitindo condições especiais. Capítulo 2 - Esquemas de Manobras de Extra e Alta Tensão II-32 Diagrama ilustrativo do enquadramento satisfatório da condição de uma subestação Desempenho mínimo da configuração de barras segurança versus condição de operação para as 3 categorias de subestação CONDIÇÃO DE OPERAÇÃO CATEGORIA A B C DISJUNTOR EM MANUTENÇÃO OPERAÇÃO NORMAL Não admite perda de circuito Não admite perda de circuito Não admite perda de circuito FALTA EM CIRCUITO Perda do circuito Perda do circuito Perda do circuito e da barra FALTA EM BARRA Não admite perda de circuito Perda da barra e de circuito com abertura terminal remoto Perda total da subestação BARRA EM MANUTENÇÃO OPERAÇÃO NORMAL Não admite perda de circuito Não admite perda de circuito Perda total da subestação FALTA EM CIRCUITO Perda do circuito Perda do circuito Perda total da subestação FALTA EM BARRA Não admite perda de circuito Perda total da subestação Perda total da subestação FALTA EM CIRCUITO COM FALHA EM DISJUNTOR Perda de até dois circuitos com abertura dos terminais remotos Perda de todos os circuitos conectados à barra do circuito em falta e inclusive da barra, com abertura do terminal remoto Perda total da subestação FALTA EM BARRA Perda da barra Perda de todos os circuitos conectados à barra Perda total da subestação FALTA EM BARRA COM FALHA EM DISJUNTOR Perda da barra mais circuitos com abertura terminal remoto Perda total da subestação Perda total da subestação Capítulo 2 - Esquemas de Manobras de Extra e Alta Tensão II-33 Desempenho mínimo da configuração de barras flexibilidade versus requisito operativo para as 3 categorias de subestação REQUISITO OPERATIVO CATEGORIA A B C ISOLAR DISJUNTOR Sem transferência de Proteção Com transferência da proteção do circuito para disjuntor de interligação Admite transferência da proteção do circuito para disjuntor de interligação NÚMERO DE SECCIONADORAS PARA ISOLAR DISJUNTOR Duas Superior a duas Superior a duas ISOLAR BARRA Sem transferência de Proteção Sem transferência de Proteção Admite subestação fora de operação NÚMERO DE INTERVENÇÕES PARA ISOLAR BARRA Um disjuntor e duas seccionadoras por circuito Uma seccionadora para circuito mais retirada do disjuntor Admite subestação fora de operação PROTEÇÃO Proteção de barras seletiva e proteção para falha de disjuntor Proteção de barras seletiva e proteção para falha de disjuntor Proteção de barras e proteção para falha de disjuntor Aplicação de configurações de barras em subestações da rede básica CONFIG. BS - DS s/ by pass BS - DS SEC. s/ by pass BS - DS SEC. c/ by pass BP+T - DS BP+T - DS SEC. BD - DS 4 CH BDP+T c/ 1 DISJ BDP+T c/ 2 DISJ BD - DS SEC 4 CH ANEL SIMPLES ANEL DUPLO BD - D1/2 MODIF. BD - D1/2 BD - DD MODIF BD - DD TENSÃO 765 AIS ( 1 ) ( 2 ) 500/440 AIS ( 1 ) ( 2 ) 500/440 GIS ( 1 ) ( 2 ) 345 AIS ( 1 ) ( 2 ) 345 GIS ( 3 ) ( 4 ) ( 1 ) ( 2 ) 230 AIS ( 5 ) ( 5 ) ( 4 ) ( 1 ) ( 2 ) PRIMÁRIO 230 GIS ( 5 ) ( 5 ) ( 1 ) ( 2 ) PRIMÁRIO 230 AIS SECUNDÁRIO 230 GIS SECUNDÁRIO 138 AIS SECUNDÁRIO 138 GIS SECUNDÁRIO Capítulo 2 - Esquemas de Manobras de Extra e Alta Tensão II-34 (1) Aceita como 1ª etapa, limitada ao máximo seis circuitos, devendo obrigatoriamente permitir a evolução para as demais configurações relacionadas na mesma classe de tensão; (2) Aceita como 1ª etapa, limitada ao máximo oito circuitos, devendo obrigatoriamente permitir a evolução para as demais configurações relacionadas na mesma classe de tensão; (3) Aceita-se até oito circuitos; (4) Aceita-se até nove circuitos; (5) Poderá ser adotada em subestações cuja primeira e última etapa se confunde. BS – BARRA SIMPLES DS – DISJUNTOR SIMPLES BP – BARRA PRINCIPAL BD – BARRA DUPLA BDP – BARRA DUPLA PRINCIPAL SEC – SECCIONADA T – TRANSEFERÊNCIA CH – CHAVE SECCIONADORA D1/2 – DISJUNTOR E MEIO MODIF - MODIFICADO 5) CONCLUSÃO Deve-se efetuar uma análise detalhada dos diferentes aspectos ou requisitos, necessários para se fazer a correta seleção da configuração para a subestação de alta ou extra alta tensão. Os pontos ou requisitos que se analisaram podem estar em conflito uns com os outros e daí a importância que tem o engenheiro de subestações para avaliar e determinar a mais conveniente para o sistema. Quando se quer selecionar a configuração de uma subestação é necessário analisá-la não como um ponto independente ou isolado, mas sim como uma parte integrante de todo o sistema interconectado, de tal forma que as falhas não afetem a segurança ou capacidade operativa deste.