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Bioquímic� ↪ pH, pKa e sistemas Tampão ph = -log[H+] ácido = doador de prótons base = aceptor de prótons - a força de um ácido está relacionada a sua capacidade de dissociação. Ácidos fortes dissociam completamente em água. - pKa (constante de dissociação: Ka = [H+] [A-] → pKa = -logKa [HA] ácidos fortes tem pka < 1 Ex.: pka = 5, [HA] = 0.1 M HA ⇄ H+ + A- 0,1 - x x x 10-5 = -log [x]2 = 10-3 [0.1 - x] (arredondar x para 0) EX.: pka = 5, HA = 0.1 M, adição de 0.1 M de sal de base conjugada HA ⇄ H+ + A- 0,1 - x x x NaA ⇄ Na+ + A- 0,1 0.1 0.1 Ka = [H+][A-] = x (x+0.1) (0.1 é a adição de sal) [HA] 0.1 - x (arredondar o x para 0) Ka = x (x+0.1) = x (0.1) = x 0.1 - x 0.1 Ka = x = 10-5 ph = 5 - Tampão: solução resistente a mudança de pH (capacidade de tamponamento), formada por um ácido fraco e sua base conjugada. HA ⇄ H+ + A- NaA ⇄ Na+ + A- pH = pKa + log [A=] [HA] a solução tampão é mais eficiente quando o pH = pka ± 1 aminoácidos podem agir como tampões ↪ Aminoácidos:: - monômeros formam as proteínas - 20 conhecidos - compostos por um grupo amino (-NH3) e um grupo carboxila (-COOH) ↪ a prolina possui um grupo imino (-NH-) no lugar da amina ↪ encontrados na forma iônica - fórmula básica: os grupos amino e carboxila ligados ao carbono α, qual se liga a um átomo de hidrogênio e um grupo variável (cadeia lateral ou grupo R) - Cadeia lateral: As propriedades desse grupo, principalmente a afinidade pela água, são importantes para a conformação das proteínas, definindo sua função. Segundo a polaridade são classificados em: ↪ apolares (hidrofóbicos) → característica de hidrocarboneto, geralmente localizam-se no interior da proteína □ glicina, alanina, valina, leucina, isoleucina, metionina, prolina, fenilalanina e triptofano. ↪ polares (hidrofílicos), sem carga (serina, treonina e tirosina), com carga negativa (ácidos - aspartato e glutamato) ou com carga positiva (básicos - lisina, arginina e histidina). São geralmente encontrados na superfície. - O carbono α de todos os aminoácidos, com exceção da glicina, é quiral, já que está ligado a quatro grupos diferentes ↪ Todas as proteínas encontradas nos seres vivos são formadas por L - aminoácidos. Os D-aminoácidos aparecem somente em certos antibióticos e em peptídios componentes da parede de algumas bactérias e açúcares. - os aminoácidos podem ser encontrados de 3 formas, dependendo do pH do meio: - Quando o aminoácido tem apenas dois grupos ionizáveis, a sua curva de titulação assemelha se à composição das curvas de titulação de dois ácidos fracos com valores de pKa muito diferentes ↪ carboxila = pka1; amino = pka2 - A curva de titulação de aminoácidos com cadeias laterais ionizáveis apresenta uma terceira região de tamponamento, correspondente ao seu terceiro pKa. Isto ocorre com os aminoácidos ácidos, básicos, cisteína e tirosina. - A carga elétrica total da molécula de um aminoácido resulta da soma algébrica das cargas apresentadas pelos seus grupos ionizáveis, que dependem do pKa e do pH do meio - A curva de titulação de um aminoácido monoamínico e monocarboxílico, inicia-se em pH muito baixo, menor do que o pKa do grupo carboxila. Assim, tanto a carboxila quanto o grupo amino estarão protonados, conferindo carga positiva à molécula. À medida que o valor do pH sobe gradativamente, aumenta a dissociação do grupo carboxila e, a concentração da forma com uma carga negativa e uma positiva = forma eletricamente neutra (zwitteriônica). O valor do pH continua aumentando, promovendo a dissociação do grupo amino e o aumento da concentração da forma com carga negativa - A forma eletricamente neutra predomina nos valores de pH acima do pKa do grupo carboxila e abaixo do pKa do grupo amino e é mais abundante no pH equidistante dos dois valores de pKa = Ponto Isoelétrico = os aminoácidos comportam-se como moléculas neutras - Os aminoácidos monoamínicos e dicarboxílicos (aspartato e glutamato) possuem um grupamento que pode apresentar carga positiva e dois grupamentos que podem apresentar carga negativa. Neste caso, a forma com carga igual a zero será obtida quando um dos grupos carboxila estiver protonado (sem carga) e o outro desprotonado (com carga negativa. A carga negativa do grupo carboxila desprotonado será compensada pela carga positiva do grupamento amino protonado. - ponto isoelétrico (pI) é a média aritmética de dois valores de pKa ↪ Para os que não contêm grupamentos ionizáveis na cadeia lateral, utilizam se os valores de pKa dos grupos amino e carboxila; para aminoácidos com três grupamentos ionizáveis, usam se os valores de pKa dos grupos com mesmo sinal de carga. - Os aminoácidos podem formar polímeros lineares pela ligação do grupo α carboxila de um aminoácido com o grupo α amino de outro = ligação peptídica. É obtida por exclusão de uma molécula de água ↪ ligação peptídica não é feita por reação direta entre os aminoácidos, mas por uma sequência de etapas, envolvendo gasto de ATP. - A ligação peptídica impede a rotação, deixando a ligação em um plano rígido. Apesar de ser representada por um único traço de ligação, ela tem características intermediárias entre uma ligação simples e uma dupla ligação, devido à ressonância entre duas formas: - Mas o carbono α possui ligações que sofrem torções. - oligopeptídeos = até 30 aminoácidos; polipeptídeos = maior que 30 Lista 3 1) Verdadeiro ou falso (justificar 3 alternativas falsas): a. A proteínas são constituídas de D-aminoácidos F, As proteínas são constituídas de L-aminoácidos. b. A cadeia lateral determina as características químicas dos aminoácidos V c. A cadeia lateral dos aminoácidos prolina, valina e metionina é hidrofílica V d. Os aminoácidos prolina, fenilalanina e triptofano são aromáticos F, a prolina não é aromática e. O glutamato possui 3 pKas V f. Ponto isoelétrico é o pH onde a soma das cargas do zwitterion é igual a zero V g. Um aminoácido na forma zwitteriônica não tem carga V h. A curva de titulação de um aminoácido que não tem um grupo ionizável na cadeia lateral é similar a curva de titulação de um ácido fraco V i. A ligação peptídica tem caráter de ligação dupla devido a ressonância entre o oxigênio da carbonila e o nitrogênio da ligação peptídica. V j. A ligação peptídica é bastante flexível F, a ligação dupla impede torções l. Aminoácidos em cadeias polipeptídicas são chamados de resíduos porque perderam H2O na formação da ligação peptídica V 2) Explique por que a seguinte forma não-iônica de um aminoácido não pode ser encontrada em solução aquosa. Em pH, a carboxila está desprotona, sendo impossível encontrar a forma não-iônica acima. 3) Esquematize a curva de titulação de uma solução 0,1M de glicina (pKa1 2,35, pKa2 9,78) com NaOH a partir de pH=1. Desenhe as formas predominantes e seu estado de protonação em pHs 1; 2,35; 5; 9,78 e 11. Coloque o pH na ordenada e, na abscissa, a quantidade de equivalentes de base forte. 5) a) Quais os pontos isoelétricos de: ácido aspártico (pKa=2,5; 4,0 e 9,5) e lisina (pKa=2,5; 9,5 e 10)? Para aminoácidos com três grupamentos ionizáveis, usam se os valores de pKa dos grupos com mesmo sinal de carga. Portanto: ác. aspártico: pI = 4+2,5/2 = 3,25 lisina: pI = 10+9,5/2=9.75 6) Escolher e desenhar 2 aminoácidos em termos da natureza química dos seus grupos radicais: a) ionizáveis; b) não ionizáveis; c) ácidos; d) básicos, e) polares; f) apolares; g) aromáticos; h) lineares; i) ramificados. Caso haja intersecção entre a natureza dos grupos R, desenhar somente uma vez, e indicar no desenho. 7) Desenhar o peptídeo: Ala-Asp-Tyr-Lys-Val. Indique as extremidades amino-terminal e carboxi-terminal. Em que tipos de interações as cadeias laterais desses aminoácidos poderiam participar? Calcule o seu ponto isoelétrico. Os valores de pKa podem ser obtidos em qualquer livro de bioquímica ou na internet. ↪ Proteínas: - biomoléculas que desempenham funções estruturais e dinâmicas - presentes em processos biológicos como enzimas, catalizadores e reguladores do metabolismo (insulina eglucagon), realizam transporte e funções de defesa (imunoglobulinas), além de mecanismos contráteis (miosina e actina) - Cadeias polipeptídicas associadas a uma função - podem ser modificadas após a tradução por fosforilação (metabolismo) ou metilação (enovelamento da proteína) - são classificadas como: ↪ globulares: apresentam uma ou mais cadeias polipeptídicas organizadas em uma forma final aproximadamente esférica; geralmente solúveis (núcleo hidrofóbico + van der waals - estabilidade) e desempenham funções dinâmicas (enzimas, transporte, imunoglobulinas). Fenômeno “salting in” = Proteínas globulares pouco solúveis em água tornam-se mais solúveis à medida que aumenta a concentração de sal da solução. “Salting out” = concentração de sal muito alta, deixa as proteínas insolúveis, e aumenta as interações proteína-proteína, ocorrendo a precipitação - técnica usada em purificação de proteínas. Contêm diversos tipos de estruturas secundárias = diversidade ↪ Fibrosas: têm forma alongada, geralmente insolúveis e desempenham um papel basicamente estrutural nos sistemas biológicos. Abundantes pontes dissulfeto que conferem resistência às fibras. Formadas por um único tipo de estrutura secundária, ↪ e sua estrutura terciária é relativamente simples - estrutura primária: é a sequência de aminoácidos da cadeia polipeptídica, determinada geneticamente e específica para cada proteína. - secundária: descreve as estruturas tridimensionais regulares, enovelamento. α - hélice e folha β pregueada ⤷ a prolina não tem estrutura secundária devido a ausência do hidrogênio na ligação peptídica - terciária: dobramento final da cadeia polipeptídica por interação de regiões com estrutura regular (α-hélice ou folha β pregueada) ou de regiões sem estrutura definida por ligações de hidrogênio, interações hidrofóbicas, ligações iônicas ou salinas e forças de van der Waals. ⤷ A estrutura proteica pode ser estabilizada por uma ponte dissulfeto (– S – S –), formada entre dois resíduos de cisteína por uma reação de oxidação catalisada por enzimas específicas ⤷ Pode apresentar padrões de elementos estruturais, que se repetem em proteínas diferentes, chamados de domínios → regiões diferenciadas da molécula proteica, com organização espacial compacta; cada domínio é um conjunto estrutural definido, formado por dobramentos da cadeia polipeptídica. → Os domínios tem ações específicas; em inúmeras reações do metabolismo, o substrato ligase a um dos domínios da enzima e a coenzima a outro motivos → diferentes formas de organização de elementos da estrutura secundária de proteínas globulares, cada um com um padrão de dobramento característico, constituídos de 𝛂-hélice, folha β ou ambos. - quaternária: associação de duas ou mais cadeias polipeptídicas (subunidades), para compor uma proteína funcional, mantida geralmente por ligações não covalentes entre as subunidades, dos mesmos tipos que mantêm a estrutura terciária. - grupos prostéticos = moléculas orgânicas não protéicas, ligadas à cadeia polipeptídica e as proteínas, neste caso, são chamadas proteínas conjugadas - Loops - regiões desorganizadas - Glicoproteínas são encontradas em todos os compartimentos celulares, mas constituem, principalmente, as proteínas secretadas pelas células e aquelas localizadas na sua superfície externa - A solubilidade das proteínas é determinada pela estrutura primária, que define a relação espacial entre os aminoácidos na estrutura tridimensional e sua interação com a água - Chaperonina - auxílio no enovelamento de proteínas Lista - aula 4 1) Assinale verdadeiro ou falso: F a. A estrutura terciária de uma proteína é determinada majoritariamente por ligações covalentes F b. As ligações de hidrogênio não são essenciais para a estrutura secundária de proteínas V c. As cadeias laterais dos aminoácidos participam das ligações hidrogênio intramoleculares da alfa-hélice V d. A estrutura primária é importante na determinação da estrutura espacial (terciária) da proteína. F e. A ponte dissulfeto é um tipo de ligação fraca. V f. Na folha-beta as cadeias laterais dos aminoácidos se encontram alternadamente para cima e para baixo do plano da folha. F g. Na folha-beta as pontes de hidrogênio entre a carbonila e a amina da ligação peptídica ocorre lateralmente. F h. Na alfa-hélice as pontes de hidrogênio entre a carbonila e a amina da ligação peptídica ocorrem entre resíduos de aminoácidos consecutivos ( Elas ocorrem entre 4 aminoácidos de distância). 2- Há duas estruturas secundárias principais: 𝛂-hélice e folha β pregueada, que são estruturas organizacionais regulares e repetitivas. a- Descreva brevemente como são estas estruturas. A alfa helice é uma estrutura muito comum das proteínas, e se assemelha a uma escada em espiral, os grupos R estão projetados para fora do esqueleto e a estabilização ocorre por meio das ligações de hidrogênio entre os grupamentos NH e CO. O sentido de giro de uma α-hélice pode ser para a direita (hélice dextrorsa) ou para a esquerda (hélice sinistrorsa) A folha pregueada é um padrão estrutural de algumas proteínas e se sustenta pelas ligações de hidrogênio resultando em uma estrutura rígida e achatada, nessa estrutura os grupos R projetam-se para cima e para baixo e as pontes de hidrogênio são perpendiculares ao plano. b- Qual a posição relativa dos grupos R em cada uma delas? Na folha β pregueada eles estão para fora do plano e projetam-se para cima e para baixo. Na 𝛂 hélice eles estão fora do esqueleto helicoidal. c –Por que polilisina não poderia formar α-hélice em pH 7? Em qual pH poderia formar essa estrutura e por qual motivo? A polilisina em solução a pH 7 não forma alfa hélice, pois apresenta as cadeias laterais carregadas positivamente (repulsão); Em pH 12, contudo, a maioria das cadeias laterais está desprotonada e a polilisina forma α hélice espontaneamente. 3) Explique brevemente as características de proteínas globulares e fibrosas As globulares apresentam uma ou mais cadeias polipeptídicas organizadas em uma forma final aproximadamente esférica; geralmente solúveis e desempenham funções dinâmicas (enzimas, transporte, imunoglobulinas). Já as fibrosas são estruturalmente simples e alongadas, e geralmente insolúveis em água, a grande maioria das proteínas que pertencem a essa classe possui um único tipo de estrutura secundária e desempenham um papel basicamente estrutural nos sistemas biológicos. Assim, elas adquirem a forma de longos filamentos, geralmente entrelaçados como uma corda, gerando fibras altamente resistentes. 4- Duas proteínas, apesar de terem diferenças quanto a alguns de seus aminoácidos, são capazes de desempenhar a mesma função. Explique como isto é possível. Isso pode acontecer, porque algumas proteínas apesar de terem a sequência de seus aminoácidos diferentes, podem ter uma estrutura terciária semelhante, o que promove ciclos catalíticos com a mesma função. 5) O que é um grupo prostético? Cite dois exemplos de proteínas que o contenham e quais são eles. Um grupo prostético é um componente de natureza não-proteica de proteínas conjugadas que é essencial para a atividade biológica dessas proteínas. Os grupos prostéticos podem ser orgânicos ou inorgânicos e encontram-se ligados de forma firme à cadeia polipeptídica, muitas vezes através de ligações covalentes. A hemoglobina possui um grupo heme com um íon metálico (Fe2+). E o magnésio presente em algumas quinases. 6) Leia o texto ao fim dessa lista para responder essa questão. Descreva brevemente a experiência clássica de Anfinsen com a enzima ribonuclease A, indicando sua conclusão principal. Qual o papel das pontes de dissulfeto na manutenção da estrutura nativa (terciária) da ribonuclease? Conceitue estrutura nativa e desnaturação de proteínas, explicando o que isso tem a ver com a atividade enzimática da ribonuclease. As proteínas tendem a encontrar a conformação de menor energia, que depende da sequência de aminoácidos. Assim, a estrutura terciária é dependente da estrutura primária. As pontes dissulfeto auxiliamna manutenção da estrutura terciária, estabilizando os resíduos de uma mesma cadeia (intra-proteicamente). Desnaturação = é o processo de quebra das interações de estruturas terciárias de proteínas, fazendo com que a proteína perca sua função. Nativas = proteínas funcionais e que estão ativas dentro das funções que estas exercem ↪ Função de Proteínas: Mioglobina e Hemoglobina As proteínas podem realizar funções como de: - transporte. Ex.: hemoglobina que transporta O2, lactose permease que transporta a lactose através da membrana - catalítica. Ex.: Hexoquinase (via glicolítica); DNA polimerase (replicação de DNA) - estrutura. Ex: colágeno (tecido conectivo), queratina (cabelos, unhas, penas) - mobilidade. Ex: miosina e actina - Transdução de sinal e regulação. Ex: Hormônios, receptores, quinases, fatores de transcrição Para realizar tais funções, as proteínas realizam uma ligação reversível com outras moléculas, por interações não covalentes ou covalentes transitórias ↪ ligantes: Moléculas pequenas ou outras macromoléculas ↪ Sítio de ligação: região da proteína onde o ligante interage A ligação proteína-ligante pode ser descrita quantitativamente: Ka (Constante de associação) = mede a afinidade de L pela proteína. medida em M-1 Ka = [ PL ] = ka [P] [L] kd ka = reação de segunda ordem = M-1 s-1 kd reação de primeira ordem = s-1 Kd (constante de dissociação) que tem como unidade M (concentração molar Kd = [P] [L] = kd = 1 [PL] ka Ka ba���� va����s �e K� c����s�o�d�� ��ta �fi���ad� �� li���t� �e�� p���eína Representação gráfica: θ = fração de sítios de ligação ocupados θ = [ L ] [L] + Kd Kd é eq���a��n�� a ��n���t�ação m���� do ����n�e �� qu�� � �et��� �os �íti�� �� in����ção �s�ão �c��a��s ligação reversível → a mioglobina e a hemoglobina são proteínas com funções parecidas que apresentam afinidade pelo O2 ↪ A hemoglobina é o transportador do O2 pelo sistema sanguíneo, formada por 4 cadeias polipeptídica. Uma molécula de hemoglobina totalmente oxigenada contém quatro moléculas de O2 e é denominada oxihemoblobina (oxiHb ou HbO2), em contraposição à forma desprovida de oxigênio, chamada desoxihemoglobina (desoxiHb ou Hb). A ligação do oxigênio ao grupo heme altera a cor da hemoglobina, que passa de azulada (sangue venoso) a vermelha (sangue arterial). ↪ mioglobina sequestra o O2 em nível do tecido muscular. Servindo como “depósito” para a contração do músculo em aerobiose, formada por uma cadeia Ambas apresentam Fe2+ incorporado em um grupo prostético chamado de Heme grupo heme O grupo heme localiza se dentro de uma cavidade hidrofóbica, delimitada por aminoácidos apolares, que estabelecem interações hidrofóbicas com o anel porfirínico. Este ambiente apolar torna possível a ligação do oxigênio ao ferro (Fe2+), sem que ele seja oxidado ao estado férrico (Fe3+) Cooperatividade → a ligação com a primeira molécula de oxigênio facilita as próximas interações. Isso proporciona uma resposta mais sensível a variações na concentração de oxigênio A li��ção d� ��a�t� ���écu�� �� O2 na ����g�o��n� é 300 ve��� m�i� �fi��en�� ��e � p���e�r�. → A mioglobina seria um transportador bem menos eficiente, pois menos de 10% do seu oxigênio seria liberado. Todavia, sua alta afinidade por oxigênio, mesmo em baixa pO2, permite que ela desempenhe eficientemente a função de reservatório de oxigênio nos músculos de mamíferos. A mioglobina tem afinidade por oxigênio maior que a hemoglobina em qualquer pO2, o que permite que ele seja transferido do sangue para o músculo A afinidade da hemoglobina pelo oxigênio varia com o pH, mesmo dentro do estreito limite fisiológico de variação do pH: a afinidade é tanto menor quanto menor o pH → Nos tecidos o pH é ligeiramente mais ácido Nos tecidos, a hemoglobina se liga a H+ e CO2 , diminuindo sua afinidade por O2 e atuando como uma base tamponando o sangue, liberando O2 → Nos pulmões o pH é ligeiramente mais alcalino Nos pulmões, e hemoglobina libera H+ e CO2 , aumentando sua afinidade por O2 e atuando como uma ácido tamponando o sangue, “prendendo” o O2 → Efeito Bohr = efeito do pH e da pressão parcial de CO2 sobre a união entre Hb e O2 Em pH alto, há maior afinidade por O2 (libera H + conforme se oxigena = ácido de Bronsted). Em pH baixo, menor afinidade por O2 (liga-se preferencialmente a H+ conforme perde oxigênio = base de Bronsted) → O aumento da temperatura, a presença de determinados compostos orgânicos fosforilados, o aumento da pressão parcial de CO2 e a diminuição de pH são fatores que provocam a redução da afinidade da hemoglobina pelo oxigênio → papel fundamental desempenhado pela hemoglobina na manutenção do pH plasmático: à medida que a pO2 diminui e a concentração de H+ aumenta, a hemoglobina libera O2 e capta H+. Quando a pO2 aumenta e a concentração de H+ diminui, ela se liga a O2 e libera H+. ↪ hemoglobina fetal (HbF) = estrutura da HbF é α2 γ2, em contraposição à estrutura α2 β2 da HbA. Além disso, possui maior afinidade pelo O2, o que permite o feto obter O2 através da placenta. A diferença de afinidade é devida à força de ligação de BPG. Nas cadeias γ, um aminoácido com carga positiva foi substituído por um polar sem carga, assim, na molécula de HbF existe um par a menos de grupos positivos na cavidade onde se insere o BPG, por isto, liga se mais fracamente que na HbA. Como a concentração de BPG é igual nas hemácias da mãe e do feto, e a HbF ligase menos eficientemente ao BPG, a forma desoxigenada desta hemoglobina fica menos estável e a sua afinidade por oxigênio aumenta: o oxigênio flui da oxiHb da mãe para a desoxiHb do feto. CO2 é transportado - 90% na forma de HCO3 - 5% carbamino-hemoglobina - 5% dissolvido no sangue → A ligação do BPG (2,3-bisfofoglicerato) estabiliza o estado T (baixa afinidade) da hemoglobina - Sítio de ligação da BPG - cavidade entre subunidades no estado T - Cavidade revestida por aa com cargas positivas - Liga- se fortemente à desoxiHb, que apresenta a cavidade entre as subunidades β suficientemente grande para alojá-lo. - 1 BPG por tetrâmero - Está presente em concentrações relativamente altas em eritrócitos - diminui a afinidade da hemoglobina por O2 Im�o�t���� ad����ção fis���ógi�� � �a�x�� co���n���ções �� O2 na� �r����s a���t��e� O t�a�s���t� �e ���gêni� ��� pu��ões ��� �ec���� é fe��� �el� ���og����na ���s���e n�� ��máci��. O CO2 p�o��z��o ��l�� �ec���� é co���r���o � áci�� ca��ôni��, qu� �� i���za �� ��ca���n��o � H+. O bi���b��a�� é t�a�s���t��o ��l� �a�g�� a�é os pu��ões, on�� é el����ad� ���o CO2 pa����gi� ���ec���� = a d���ças ����ad�� ��la ����ração de ��� úni�� �r��eína. As �u��ções �� ��lécu�� �� he���l��i�� �ca����am � ���s�i���ção d� �� úni�� am���áci��, t�a��n�� �on����ên�i�� v��iáve��, se���d� su� ���al���ção. he���l��i�� S (Hb�) = ca��� a ���mi� ���ci���m� Mut�ções ����an�� ��in�áci��� s��u���s �o ��t��i�� d� mo�écu�� ��ra���n�� �et����na� � �ín�e�� d� he���l��i��s �ão f����on���. A pe��� d� �u�ção n����l po�� ��su���r �� �er���b�ções �� ��t�u��r� �e�c�ári�, co�� ��on���� qu���� há su��t���ição d� �� a��n�áci�� po� �r����a, qu� ���er���p� u�� αhéli��. Em o����s ca���, a t���� de ����oáci��� c�� �ad��a ����ra� ���la� po� ���ro� ��m ���po R ����r a���r� o ���áte� hi���fóbi�� �� ca����de ���� se ����a � g���o h���, oc���o��n�� a ���dação d� F�2+ a F�3+. Tal����mi�� - sín�e�� não �s���u��mét�i�� d�� su����da��� d� �e��g���in� αta���s��i�� - ca����as ��� d��eção gêni��, a p����ção da� ��d�i�� α é de���t��a βta���s��i�� - re���t���es �� �ári�� ��po� �� m��ações, fa���m �� �ad��a� β. Os �o��z��o��s ���es����m an���a ��v��a � ��sa co���ção é de����na�� ��la���m�a ���o�; os he����zi����s �ão �s���to�áti��� (ta���s��i� ��no�) e, co�� ��on���� na ����i� f���if����, ap����n�a� al���� p�o��ção c���r� a ���ári� he���l��i�� g���ad� (HbA1c) - difi���t� a ����ração d� ox��êni� ���ad� à he���l��i��, po���d� �o�t����ir pa�� � �ipóxi� ���ul�� � a �n���lação d� ���ro����op���a di��éti�� me����mo���b��a (Hb�) - não s� ���a �� ox��êni� ���id� a �x��ação d� ���ro Hipóxia:O nível de BPG no organismo pode variar de acordo com algumas condições como, por exemplo, altas altitudes, falta de oxigenação (hipóxia), anemia e insuficiência respiratória. Níveis aumentados de BPG no organismo são parcialmente responsáveis pela adaptação às grandes altitudes, um processo fisiológico complexo onde estão envolvidos dois eventos; o aumento da quantidade de hemoglobina nos eritrócitos e o aumento do número de eritrócitos, processo esse que demora algumas semanas para ser finalizado. Lista - aula 5 1. A proteína A tem um sítio de ligação para o ligante X com uma Kd de 10-6 M. A proteína B tem sítio de ligação para o mesmo ligante com uma Kd de 10-9 M. Qual das proteínas tem a maior afinidade pelo ligante X? Explique o seu raciocínio. Converta a Kd em Ka para ambas as proteínas. Kd é equivalente a concentração molar do ligante na qual a metade dos sítios de interação estão ocupados, o que significa que a proteína alcançou a metade da saturação com relação à interação com o ligante. Quanto maior a força da interação proteica com o ligante, mais baixa será a concentração necessária do ligante para que metade dos sítios seja ocupada, logo, baixos valores de Kd correspondem à alta afinidade do ligante pela proteína. Dessa forma, conclui-se que a proteína B, com Kd = 10-9 M, tem maior afinidade com o ligante X, se comparada a proteína A, com Kd = 10-6 . 2. Considerando o esquema seguinte, analisar o pH do plasma nas situações: a. pneumonia (redução da eficiência de trocas gasosas) não haverá eliminação do CO2 produzido nos tecidos. O acúmulo de CO2 resultará na produção de H2CO3, HCO3 e H+, com acidificação do sangue. b. hiperventilação Haverá liberação aumentada de CO2, redução dos níveis de HCO3- e H+ no sangue; portanto, o sangue estará alcalinizado. c. diabetes (produção aumentada de ácidos orgânicos) Haverá aumento de H+, acidificando o sangue. 3. O gráfico mostra a curva de saturação por oxigênio da mioglobina e as curvas da saturação da hemoglobina (Hb) em diferentes valores de pH a. Uma solução de hemoglobina, mantida sob pO2 de 30 torrs, apresentava pH = 7,4. Em experimentos separados, foi adicionado HCl ou NaOH à solução, até que os valores de pH fossem, respectivamente, 7,2 e 7,6. Em qual dos experimentos houve liberação de O2 pela hemoglobina? Há liberação de de O2 em pH mais baixo, logo, essa liberação ocorreu no experimento de pH igual a 7,2. b. Uma solução de hemoglobina a pH 7,4 estava submetida a pO2 de 100 torrs. Que fenômeno deve ocorrer com a hemoglobina se a pO2 baixar para 40 torrs? E com a mioglobina? Haverá liberação de O2 (diminuição da saturação de O2 no gráfico). E na mioglobina , haverá um desprendimento muito baixo de O2. c. O pH plasmático nos alvéolos pulmonares (pO2 = 100 torrs) é 7,4 e nos tecidos (pO2 = 40 torrs) é 7,2. Que fenômeno deve ocorrer com a hemoglobina nos pulmões e nos tecidos? O que aconteceria se, em vez de hemoglobina, houvesse mioglobina no sangue? No pulmão, a hemoglobina ligará fortemente ao oxigênio, em condições saturantes; já nos tecidos, entre 70-‐80% deste oxigênio será liberado. Se houvesse mioglobina no sangue o oxigênio se ligaria a mioglobina no pulmão, mas não seria liberada nos tecidos. d. A mioglobina, sob uma mesma pO2, deve doar ou receber oxigênio da hemoglobina? Receber 4. Descrever o processo de manutenção do pH do sangue através da interação dos sistemas HHb/HbO2 e CO2/HCO3 nos tecidos e pulmões. Considerar o efeito Bohr e as alterações de pKa de radicais da hemoglobina provocadas pela ligação, com oxigênio. Nos tecidos, a pO2 é menor e a concentração de H+ aumenta, desse modo, a hemoglobina libera O2 e se liga a H+, atuando como base. CO2 + H2O → HCO3- + H+ HbO2 + H+ → HHb + O2 O H+ produzido pela reação de Co2 nos tecidos se liga à hemoglobina, o que impede uma mudança brusca no pH. Já nos pulmões, a pO2 é maior e a concentração de H+ diminui, assim, a hemoglobina se liga ao O2 e libera H+, que atua como ácido. HHb + O2 → HbO2 + H+ H+ + HCO3- → H2CO3 → CO2 + H2O A mudança da molécula de hemoglobina conforme o pH se deve a movimentação das subunidades da molécula, devido á associação e dissociação de oxigênio, que modifica a relação espacial entre determinados aminoácidos e causa variações nos valores de pKa de seus grupos ionizáveis. 5. Após passar 1 dia ou mais em grandes altitudes (com uma pressão parcial de oxigênio de 75 torr), a concentração de 2,3-bifosfoglicerato (2,3-BPG) nos eritrócitos aumenta. Que efeito teria um aumento da concentração de 2,3-BPG sobre a curva de ligação do oxigênio à hemoglobina? Por que essa adaptação seria benéfica para o bom funcionamento em grandes altitudes? A ligação do BPG estabiliza o estado T da hemoglobina e diminui a afinidade com O2, facilitando a troca gasosa em grandes altitudes, já que a concentração de oxigênio é mais escassa, tentando, assim, otimizar a troca gasosa e compensar a falta de O2. → Purificação de proteínas: inicia se com a liberação da proteína do material biológico onde ela ocorre pelo rompimento dessas estruturas ↪ A homogeneização mecânica em meio isotônico produz o maceramento dos tecidos e a lise das células, originando um extrato celular, que será centrifugado (fracionamento celular). ↪ Quanto menor for uma estrutura, maior será a força centrífuga necessária para sedimentá-la; como os componentes celulares diferem em tamanho, eles sedimentarão em velocidades diferentes ↪ o primeiro passo empregado para a separação de proteínas de extratos brutos é a precipitação por adição de sais (sulfato de amônio é o mais comumente usado) ou solventes orgânicos miscíveis com água — separação por diferenças de solubilidade ↪ depois são empregadas técnicas mais seletivas, como a eletroforese → Cromatografia em coluna: uma amostra da mistura de proteínas é aplicada no topo de uma coluna formada por uma matriz hidratada, que pode ser constituída de diversos tipos de materiais, denominados resinas. A coluna é eluída com uma solução para a separação da proteína de interesse. As diferentes proteínas migrarão através da coluna com velocidades diferentes que dependerão do seu grau de interação com a matriz, o que permite a separação analito - moléculas a serem separadas fase estacionária - fixa, porosa e sólida (papel ou sílica gel) f. móvel - tampão, carrega os componentes a serem separados eluição - processo de passagem pela coluna (ocorre a diluição da amostra) ↪ cromatografia de exclusão/por filtração em gel = separa moléculas pelo tamanho (massa molecular) - As moléculas menores do que o diâmetro dos poros podem penetrar nas esferas, ao passo que as maiores são “excluídas”, saindo primeiro ↪ cromatografia de troca iônica = moléculas com carga de mesmo sinal que a resina são eluídas primeiro, seguidas por moléculas com carga oposta. Possui duas fases móveis, uma com o tampão e outra com o tampão + NaCl. A adição do sal aumenta a competitividade com a carga da molécula, a fazendo se desprender da coluna. ↪ c. de afinidade = unir a molécula pela qual a proteína tem afinidade (ligante) a uma matriz insolúvel, sendo a mais utilizada a agarose, a proteína de interesse fica adsorvida à coluna, pela interação com o ligante, e as outras proteínas passam. ↪ c. de interação hidrofóbica - grupos apolares, como fenil e butil, estão ligados a resina da coluna e alta concentração de de sal inicialmente favorece a interação do analito com a resina. A eluição é feita com diminuição na concentração do sal ○ Usar excesso de sal em um tampão pode fazer a sua proteína (ou “contaminantes”) saírem de solução, sendo comumente um passo inicial de purificação. Mantém a atividade biológica. - efeito salting in/out ↪ c. em camada delgada (TLC) - os analitos migram em diferentes taxas de acordo com a interação fase móvel - polar, apolar, misturas f. estacionária - folha de vidro/plástico revestido com sílica gel → cromatografia líquida de alta performance (HPLC) - possui alta pressão; resinas, colunas e sistema mais robustos; maior capacidade de separação; menorquantidade de amostra ↪ análise de aminoácidos: ocorre por derivatização = reação química que muda a sua estrutura para aumentar sua detectabilidade e/ou performance cromatográfica, como a substituição de grupos polares das cadeias laterais por grupos apolares. Assim, A partir de padrões com conhecidos tempos de retenção (RT) é possível saber o conteúdo da sua amostra. ↪ Degradação de Edman = sequenciamento de proteínas, é feito por espectrometria de massas quando em larga escala, marca e remove apenas o resíduo aminoterminal de um peptídeo, deixando todas as outras ligações peptídicas intactas. Lista - aula 6 1. Definir os termos fase estacionária e fase móvel. Dar exemplos de fases móvel e estacionária em casos de a) cromatografia em camada delgada e b) cromatografia em coluna. Fase estacionária pode ser definida como a fase fixa, porosa e sólida (papel ou sílica gel) da cromatografia. Já a móvel, corresponde ao uso do tampão para carregar as moléculas a serem separadas. a) c. camada delgada: estacionária = folha de vidro; móvel = mistura apolar b) c. coluna: estacionária = sílica gel; móvel = tampão 2. Explique brevemente os seguintes tipos de cromatografia: a) troca iônica: técnica que separa íons e moléculas polares com base em sua afinidade com a resina da coluna trocadora de íons. b) filtração em gel: consiste na separação de moléculas de acordo com seu tamanho e forma, ao passar o analito pela coluna que possui poros de tamanho definido. c) afinidade: método de separação de moléculas com base em uma interação de ligação macromolecular específica entre a moléculas e outra substância (como um anticorpo) 3. A precipitação de proteínas com sulfato de amônio é um passo largamente empregado na purificação de proteínas. Explique o princípio do método. Seria melhor trabalhar com a proteína de interesse na forma precipitada ou solúvel? Por quê? O método consiste no princípio de que o sulfato de amônia saturado altera as características estruturais das proteínas, fazendo com que as mesmas percam a capacidade de se tornarem solúveis, sendo assim, na presença deste as proteínas precipitam*, devido ao efeito salting out. Esse passo é empregado para obter frações enriquecidas das proteínas de interesse a serem analisadas. O próximo passo dessa purificação seria a diálise, que consiste na separação de moléculas de acordo com seu tamanho utilizando membranas semipermeáveis que contêm poros. Logo, é melhor trabalhar com as proteínas precipitadas. *altas concentrações de sais com carga removem a água de solvatação das proteínas. Regiões hidrofóbicas entram em contato e a proteína sai da solução aquosa e precipita. = salting out em baixas concentrações a adição de sal ao meio aquoso neutraliza cargas da proteína e aumenta a solubilidade = salting in 4. Leia o texto abaixo (resumo do artigo colocado como leitura complementar no moodle): Validation of a Reversed-Phase HPLC Method for Quantitative Amino Acid Analysis: A semi-automated method for amino acid derivatization and analysis has been validated for use in analysis of protein biopharmaceuticals. The method includes protein hydrolysis, o-phthalaldehyde derivatization, and reversed phase high-performance liquid chromatography analysis in a general purpose UV-visible high-performance liquid chromatography system. Aminoacid derivatization is performed automatically by the high-performance liquid chromatography autosampler right before injection. The required validation parameters, i.e., specificity, linearity, accuracy, precision, limit of detection, and limit of quantification, were studied for bovine serum albumin and for a recombinant human Fab fragment. The method can be employed as an absolute quantification method for determination of extinction coe�cients of recombinant proteins. Responda: a) Por que a proteína foi hidrolisada*? A técnica RP-HPLC requer menor quantidade de amostra (?) b) Explique os dois termos marcados em negrito no texto. amino acid derivatization consiste em uma reação química que muda a sua estrutura de moléculas para aumentar a detectabilidade e/ou performance cromatográfica; reversed phase high-performance liquid chromatography é o método cromatográfico baseado na hidrofobicidade, ou seja, a separação depende da ligação hidrofóbica da molécula de soluto da fase móvel aos ligantes hidrofóbicos imobilizados ligados à fase estacionária, solvente,. c) Cite as vantagens do uso de HPLC para análise de aminoácidos em contraste à cromatografia de camada delgada. *hidrólise proteica = clivagem química ou enzimática de moléculas de proteínas em pequenos peptídeos de tamanhos diversos e, eventualmente, em aminoácidos 5. São dadas as seguintes informações sobre as proteínas A-F a) Explicar a relação entre o pI de uma proteína e seu estado de cargas dado na tabela O estado de protonação dos aminoácidos das proteínas depende do pH, assim, em pH neutro cada uma terá uma carga líquida final, correspondente às suas cadeias laterais com pKas diferentes. O pI é o ponto onde as cargas positivas e negativas dos grupos se anulam como exemplo da proteína F, na qual seu π é 7, portanto, em pH neutro sua carga é neutra. (?) b) Propor uma marcha de purificação (sequência de técnicas a serem utilizadas) para a proteína B. Utilizando as seguintes técnicas (as quais julgar necessárias): - Cromatografia de filtração em gel (exclusão por tamanho). - Cromatografia de troca catiônica (indicar o valor de pH) - Cromatografia de troca aniônica (indicar o valor de pH) - Focalização isoelétrica - Precipitação por salting-out (indicar a escolha da fração, precipitado ou sobrenadante) 1º Cromatografia de filtração em gel (exclusão por tamanho) = exclusão das proteínas A, C e E. 2º Cromatografia de troca aniônica em pH 7, excluindo as proteínas D e F, pois D é positiva e F neutra, logo não interagirão com a coluna positiva. → eletroforese: Em um mesmo pH, proteínas diferentes apresentarão cargas líquidas diferentes, o que determinará velocidades de migração diferentes, se as proteínas forem submetidas a um campo elétrico. Pode ser usada para achar o ponto isoelétrico, e estimar a massa molecular. - O enriquecimento é calculado dividindo o passo atual pelo anterior. - atividade específica é a concentração indireta da proteína de interesse Lista - aula 7 1. Uma mistura contendo citocromo c (pI = 10,6) e mioglobina (pI = 7,0) foi submetida a eletroforese, utilizando-se soluções-tampão com os seguintes valores de pH: 3; 7; 10,6 e 12. Esquematizar os eletrodos positivo e negativo e mostrar a migração das proteínas em cada caso. 2. A mobilidade eletroforética em pH = 8,6 da hemoglobina normal e de hemoglobinas anormais (que diferem da hemoglobina normal por substituição de um aminoácido) está representada a seguir: Identificar a posição (A, B, C ou D) correspondente a cada uma das seguintes hemoglobinas anormais: pKa das cadeias HbS -valina (3,9) em lugar de glutamato A HbJ -aspartato (6) em lugar de glicina C HbN -glutamato (10.4) em lugar de lisina D (mais alcalino, + próximo do 8.6) HbC -lisina (4) em lugar de glutamato B 3. Explique os princípios da técnica de SDS-PAGE ressaltando qual a sua principal diferença em relação a uma eletroforese comum. Explique a função dos géis de empilhamento e de separação. O que são as bandas observadas após a coloração e o que elas significam? A SDS-PAGE consiste na adição de dodecil sulfato de sódio, um detergente iônico, ao gel de poliacrilamida, para a desnaturação das proteínas. O gel de empilhamento é usado para colocar as proteínas no mesmo “ponto de partida” para começar a eletroforese. Já o de separação, é o gel onde as proteínas serão arrastadas. As bandas observadas são os fragmentos de diferentes tamanhos. 4. A figura abaixo mostra um experimento de western blotting. Na raia M encontra-se o padrão de massa molecular. Em A a amostra não foi tratada com agente redutor, e em B houve tratamento com agente redutor. a) Explique a técnica brevemente. Western blotting consiste na separaçãodas proteínas por peso molecular através de uma eletroforese, seguindo-se da transferência para uma membrana e a detecção da proteína de interesse com um anticorpo específico. b) Explique as diferenças observadas em A e B. possui diferentes pesos moleculares (?) c) Por que a banda em B é mais larga (possui maior intensidade na revelação)? Em A, houve a separação de dímeros, diferente de B, onde houve coloração de maior intensidade devido a permanência da ligação dissulfeto. d) A proteína é um homodímero ou heterodímero? Por quê? Heterodímero. A com bandas diferentes 5. Explique separadamente como funciona a detecção de antígenos e de anticorpos no ensaio do ELISA. O que significa a sigla? É a técnica utilizada para diagnóstico por detecção de anticorpos específicos de patologias. ELISA = Enzyme-Linked Immunosorbent Assay) ou ensaio de imunoabsorção enzimática
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