Buscar

Imaginologia Médica - Aula II - Histórico da Radiologia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Imaginologia Médica – Radiologia e 
Diagnóstico por Imagem. 
História da Radiologia 
A descoberta dos Raio X ocorreu em 08 
– Nov de 1895. 
Não foi uma descoberta ao acaso. 
William descobriu 
Ao passar uma corrente elétrica por uma 
ampola de Crookes em um ambiente 
escuro. Roentgen notou luminescência 
em uma placa de platinocianeto de bário. 
O estudo então foi repetido afastando a 
placa do tubo de descarga e colocando 
alguns objetos entre a placa e o tubo. 
Percebeu então que o chumbo e platina 
interpostos as placas não apresentavam 
luminescência e com outros objetos a 
luminescência praticamente não se 
alterava. 
Ao segurar estes objetos, pode também 
perceber o formato dos ossos de sua mão 
reproduzidos. Assim, trocou a placa por 
uma chapa fotográfica e seguiu seus 
experimentos. 
A descoberta dos Raios X, suas 
propriedades, popularização e 
incorporação na prática médica. 
Os raios X, então apresentam 
características próprias que os diferem: 
1. Da luz normal (era invisível e 
atravessava grandes espessuras 
de madeira (2 – 3cm) papel (livro 
com 1000 paginas) e chapas de 
prata ou cobre (1,5 cm de 
espessura) 
2. Dos raios ultravioleta e 
infravermelhos (pelo seu poder 
de penetração) 
3. Dos raios catódicos ( não sofria 
desvio com imãs, campos 
magnéticos e tinha poder maior 
de penetração), diferente ainda 
dos raios catódicos, o ar e as 
demais substâncias absorviam 
muito menos os raios x. 
Percebeu que a propriedade que mais 
influenciava a absorção destes novos 
raios era a densidade dos materiais 
interpostos. 
Roentgen então chamou de transparência 
a relação do brilho na tela e denominou 
sua descoberta como RAIO X. 
Propriedades 
 Impressionavam chapas 
 Produziam luminescência 
 Eram invisíveis ao olho humano. 
 Propagavam-se em linha reta. 
 Não eram refletidos e nem 
refratados 
 Não eram polarizados. 
 Atravessavam muitos corpos 
opacos á luz. 
 Sua intensidade era reduzida 
proporcionalmente ao quadrado 
da distância entre a fonte (tubo) e 
a tela. 
Em 22/12/1895 convenceu sua esposa a 
participar como cobaia, após exposição 
da mão de sua esposa aos novos raios por 
15 minutos, obteve a imagem dos ossos 
de sua mão, incluindo o anel que ela 
usava, e uma penumbra de tecidos moles. 
Considerada a primeira radiografia da 
história. 
 
Em fev de 1896 – Roentgen enviou uma 
radiografia de um braço fraturado ao 
British Medical Journal. 
O impacto foi tão grande que no ano de 
1896, mais de 1000 artigos e 49 livros 
foram publicados sobre o tema, 
incluindo uma tese relevante na 
Faculdade de Medicina no Rio de Janeiro 
em Nov 1896. 
Os raios X se popularizaram de forma 
extraordinariamente rápido e com 
enorme entusiasmo, sendo incorporado 
na prática médica e no ensino médico 
como uma ferramenta diagnóstica. 
Pela primeira vez a medicina pode contar 
com uma máquina elétrica complexa 
capaz de auxiliar no tratamento. 
Incorporação na Prática Médica – 
Aplicações 
 Aplicação diagnóstica – ex 
visualização das estruturas 
ósseas in vivo e estudos 
anatômicos. 
 Aplicação terapêutica – ex. 
radioterapia (tumores), 
tratamento de lesões de pele, 
efeitos bactericidas e depilação. 
 Devido ao entusiasmo e uso 
indiscriminado desta nova 
técnica e subestimando o poder 
nocivo dos raios-x, surgiram 
relatos de efeitos adversos. 
Efeitos Adversos na época: 
1. Depilação 
2. Vermelhidão 
3. Dermatites – queimaduras 
4. Úlceras 
5. Infecções – Abscessos 
6. Descamação 
7. Amputação 
8. Morte. 
Casos de morte e invalidez nos primeiros 
anos do emprego dos raios x 
evidenciaram a necessidade de uso de 
proteção radiológica. 
A organização da classe iniciou-se com a 
busca do controle mais efetivo dos 
danos, ensinando os profissionais da área 
o uso correto da nova técnica. 
A busca do controle mais efetivodos 
danos e suas regulamentações ocorreram 
cerca de 20-30 anos após a descoberta (1º 
congresso mundial de radiologia). 
1ª Radiografia realizada no Brasil – Em 
1896 embora não se tenha registros 
históricos da mesma, assim, vários 
estados disputam este pioneirismo. 
Em vários relatos afirma-se que o 
primeiro aparelho de radiologia foi 
trazido para o Brasil e instalado na 
cidade de Formiga – MG (atualmente 
este aparelho encontra-se no Museu de 
Cirurgia de Chicago). 
Alvaro Alvin – primeiro a radiografar 
gêmeas xipófagas no mundo. 
Em 1936, Dr. Manual Dias de Abreu – 
propôs um método rápido e barato com o 
uso dos raios x, para realizar exames de 
tórax e avaliar especialmente a 
tuberculose – ABREUGRAFIA – que se 
popularizou no mundo. Hoje Obsoleto. 
A história do Ensino da Radiologia no 
Brasil 
1ª Aula de Radiologia – 1903 – 
Faculdade de Medicina da Bahia, para o 
terceiro ano do curso (EUA e Europa – 
1897). 
Para a formação acadêmica em 
Medicina, as diretrizes curriculares 
nacionais não tratam a radiologia como 
uma cadeira obrigatória, estando diluída 
e vinculada a outras disciplinas. 
A radiologia dentro do cenário atual, 
compreende muito mais que os raios X, 
ela divide espaço dentro da formação e 
atuação dos médicos radiologistas com a 
Ultrassonografia e Ressonância 
Magnética. 
NOÇÕES BÁSICAS DE FÍSICA , 
PROTEÇÃO RADIOLÓGICA, 
EFEITOS BIOLÓGICOS 
Radiação é energia que se move através 
do espaço, de um objeto (fonte) para 
outro, onde é absorvida. 
As fontes de radiação são geralmente 
substâncias ou equipamentos capazes de 
converterem outras formas de energia 
em radiação. 
Fontes Naturais: Raios cósmicos, 
alimentos, materiais existentes no solo. 
Fontes Artificiais: Televisão, exposição 
médica, aeroportos, testes nucleares. 
Na maioria das vezes, tanto a emissão 
como a absorção de radiação modifica as 
substâncias envolvidas, podendo 
acarretar danos biológicos a curto e a 
longo prazo. 
O que se deve evitar é a exposição 
desnecessária, uma exposição que não 
traga benefício ao indivíduo. 
Dentre as dezenas de radiações 
existentes: 
1. Nucleares (Alfa, beta, gama. 
Nêutrons). 
2. Eletrosféricos (Raios – x, entre 
outros – eletromagnéticos.) 
Basicamente todos os métodos de 
diagnóstico estão baseados no uso de 
radiação para a geração de imagens; 
Sempre que a radiação tem a capacidade 
de arrancar elétrons de um átomo, ela 
pode ser chamada de radiação ionizante. 
Assim os raios – X constituem uma 
forma de radiação ionizante, semelhante 
a luz visível, porém apresentam 
comprimento de onda muito curto , 
sendo capazes de penetrar em muitas 
substâncias opacas á luz. 
Geração de Raios X 
Tubo/Ampola de raios X é um conversor 
de energia (recebe energia elétrica e 
converte uma pequena parte em raios- x 
e o restante em calor). 
O tubo é hermeticamente fechado, 
mantém vácuo no seu interior e é 
projetado para maximizar a geração de 
raios-x e dissipar o calor tão rápido 
quanto possível. 
Assim, uma corrente de elétrons, flui 
dentro do tubo, do cátodo (onde são 
produzidos) em direção ao ânodo (onde 
são freados bruscamente) perdendo 
energia na forma de fótons, resultando na 
produção de raios-x. 
Na região do cátodo existe um filamento 
que é aquecido pela corrente elétrica 
(Ma) E dele partem os elétrons, 
acelerados, ao interagirem com os 
elétrons do ânodo (alvo), geram um feixe 
de raios – x, que tem origem na 
eletrosfera dos átomos do alvo (anodo). 
A KV (Kilovoltagem) determina a 
qualidade do feixe de raios- X 
(capacidade de penetração) aumentando 
a tensão (ou a KV) entre o cátodo e o 
anodo, cresce a energia dos elétrons, os 
quais podem gerar raios X de maior 
energia e consequente maior poder de 
penetração 
A Ma (Miliamperagem) determina a 
quantidade de elétrons. Aumentando a 
corrente no cátodo (ou o Ma) aumenta o 
fluxo de elétrons que sai do catodo em 
direção ao ânodo e também 
proporcionalmente a intensidadedo 
feixe de raios X e a dose de radiação. 
Tempo de exposição (S) afeta a 
quantidade de raios-x produzidos, 
quanto maior o tempo de exposição, 
maior o número de raios-x produzidos e 
maior a dose de radiação. 
A corrente elétrica (Ma) e o tempo de 
exposição (s) – atual juntamente para 
determinar o número de raios x 
produzidos Mas. 
Gerador 
Conjunto de componentes chamado 
genericamente de Gerador, com função 
de: 
 Aumentar a tensão elétrica para 
níveis muito maiores que a 
fornecida pela rede elétrica (110-
220v) 
 Converter corrente alternada em 
corrente contínua. 
 Armazenar energia elétrica (em 
equipamentos portáteis). 
 Controlar a quilovoltagem (Kv) 
quanto maior a quilovoltagem 
maior o poder de penetração dos 
raios-x. 
 Controlar a corrente no tubo 
(Ma) e 
 Controlar o tempo de exposição. 
Radioproteção 
Atualmente há severas restrições quanto 
ao uso das radiações ionizantes. 
Objetivos Principais: 
Prevenção ou diminuição dos efeitos 
somáticos e 
Redução da deterioração genética das 
populações. 
A dose acumulada ao longo dos anos 
causa, gradativamente, mais e mais 
modificações nos genes, mesmo após 
longos períodos sem exposição ou com 
exposições pequenas. 
Não existe um valor de dose de radiação 
que seja considerado seguro – Sempre 
levar em conta o risco benefício. 
Equjpamentos geradores de raios x 
somente produzem radiação se ligados a 
uma fonte de eletricidade. Uma vez 
desligados, não geram radiação. Ele não 
possuem substancias radioativas. 
Blindagem 
Interposição adequada para deter a 
propagação das radiações, ecitando-se 
exposições desnecessárias. 
Para os raios- x de uso médico, uma 
camada de 5 cm de chumbo é mais do 
que suficiente para deter os raios x. 
Distância 
Manter-se afastado das fontes de 
radiação. A exposição é inversamente 
proporcional ao quadrado da distância. 
Ex. dobrando-se a distância, a exposição 
diminui para ¼, triplicando – 1/9. 
Tempo 
Minimizar ao máximo o tempo de 
exposição. 
Radioproteção 
Princípios 
Justificação: O uso da radiação deve ser 
justificada, com benefício 
compensatório e significativo. 
Otimização: ALARA (As Low as 
Reasonably Achievable) – todas as 
exposições á radiação devem ser 
mantidas tão baixas quanto 
razoavelmente exequível. 
EFEITOS BIOLÓGICOS DA 
RADIAÇÃO 
Efeitos Somáticos: Consequências no 
ato (ex. morte celular). A exposição aos 
raios- x pode provocar redução de 
leucócito, hemácias, plaquetas (por 
morte celular) que em semanas retornam 
ao normal. 
Efeitos Hereditários: Mutação 
genética, A maioria das células 
modificadas são eliminadas pelo sistema 
imunológico. Porém, se sobreviverem e 
seguirem se multiplicando, podem 
originar um tumor. 
A reação de um indivíduo á exposição 
de radiação depende: 
 Da quantidade total de radiação 
recebida no ato. 
 Da quantidade total de radiação 
recebida anteriormente. 
 Da constituição orgânica 
individual. 
 Do dano físico recebido 
simultaneamente com a dose de 
radiação, como queimaduras e 
traumas e; 
 Do intervalo de tempo durante o 
qual a quantidade de radiação foi 
recebida. 
Alguns danos somáticos podem ser 
reversíveis (determinísticos), porém os 
danos genéticos são cumulativos e 
irreversíveis (estocásticos). Toda 
exposição envolve um risco 
carcinogênico. 
Estocásticos – Genéticos 
 Proporcionais a dose de radiação. 
 Sem existência de limiar seguro. 
 Severidade independe da dose de 
radiação recebida (ex. um câncer 
não será mais grave por ser radio-
induzido) e 
 Aparece em geral após anos de 
exposição. 
Determinísticos – Somáticos 
 Dose de radiação recebida 
elevada, acima do valor mínimo 
conhecido. 
 Surgem dias ou semanas após a 
irradiação e 
 A severidade é proporcional a 
dose recebida ( ex. radiodermite, 
catarata, esterilidade) 
 Pele, hematopoiéticos, 
vasculares, gastrointestinais e 
reprodutores. 
 
PRINCIPIOS DA FORMAÇÃO DA 
IMAGEM 
 Paciente 
 Equipamento que adquire a 
imagem 
 Operador do equipamento 
 Imagem propriamente 
 Observador (radiologista). 
A medida em que o raio x encontra o 
corpo humano, alguns raios são 
absorvidos e outros dispersados pelos 
tecidos corporais, sendo que os raios que 
conseguem ultrapassar sofrem diferentes 
atenuações, de acordo com os tipos e 
densidades das estruturas atravessadas, 
imprimindo as chapas fotográficas/ 
detectores e sendo convertidas em 
imagens. 
Convenção 
O lado direito do paciente sempre vai 
ser a nossa esquerda. 
As radiografias convencionais 
apresentam cinco densidades 
radiológicas básicas: 
 Ar 
 Gordura 
 Tecidos Moles (água/sangue, 
órgãos, músculos) 
 Ossos – Cálcio (Absorve os raios 
x) 
 Metal 
Essas são as diferenças de contrastes. 
 
Ar – Atenua muito pouco o feixe de 
raios-x, permitindo que ele (feixe de raio 
– x) passe completamente pela imagem e 
a escureça. 
Gordura 
Tecidos moles (água) 
Os ossos, o metal e os contrastes 
radiológicos – atenuam uma grande 
proporção do feixe de raios-x, 
permitindo a passagem de pouquíssima 
quantidade de radiação, a qual é 
necessária para escurecer a imagem. 
Radiopaco/Radiodenso – BRANCO. 
Radiotransparente – PRETO. 
 
Princípios de Interpretação 
Os ossos os objetos metálicos e as 
estruturas opacificadas pelos meios de 
contraste aparecem BRANCOS nas 
radiografias, enquanto o ar aparece 
PRETO. 
A gordura, a água e os tecidos moles 
atenuam quantidades intermediárias de 
raios – x; aparecem em graus 
intermediários, a depender da espessura 
e da densidade e apresentam-se em graus 
proporcionais de escurecimento da 
imagem (Tons de cinza). 
Estruturas mais espessas atenuam mais 
os feixes de raios-x resultando em 
imagens mais brancas. 
A densidade do objeto varia com sua 
espessura. 
As estruturas anatômicas são observadas 
nas radiografias, quando delineadas no 
todo ou parcialmente por tecidos de 
diferentes atenuações. 
Tecidos de mesma atenuação, 
contínguos, não apresentam interface 
reconhecida nas imagens resultantes. 
O ar nos pulmões delineia as estruturas 
vasculares. 
A gordura no abdome, delineia as 
margens do fígado, rins e músculos. 
Os estados patológicos podem 
obscurecer as estruturas anatômicas 
habituais, ao se projetar junto ao seu 
contorno.

Continue navegando