Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Profa. MSc. Priscilla Silvestrin UNIDADE II História do Direito O Renascimento Cultural marcou a transição do pensamento medieval para o pensamento moderno e a transição do feudalismo para o capitalismo que, na Idade Moderna, era chamado de mercantilismo. Burgos. Absolutismo. Renascimento Fonte: https://pixabay.com/pt/photos/lu%c3%ads-xiv- fracasso-est%c3%a1tua-fran%c3%a7a-2811294/ Código de Luís XVI (1661-1715) Civil Criminal Pactos sem a espada são apenas palavras e não têm força para defender ninguém. Qualquer governo é melhor que a ausência de governo. Necessidade de estabelecer ordem por meio da monarquia. O homem é o lobo do próprio homem – o estado de natureza humano como momento de inaptidão natural para a vida social. A sociedade como uma composição complexa de “átomos”, que são os indivíduos. Temos uma opinião parcial de nós mesmos e o verdadeiro e o falso são atributos da linguagem, não das coisas. O contrato social como formação da comunidade humana que retira o homem de seu estado de natureza. Hobbes escreveu Leviatã (1651), obra em que o filósofo estabelece sua teoria política contratualista. O pensamento político de Hobbes Fonte: https://liveandlethowl.org/2019/02/28/wild- heritage-12-things-dogs-and-wolves-have-in-common/ A identidade iluminista se construiu pela rejeição às formas de organização social e política próprias do mundo medieval. O Iluminismo Jean Jacques Rousseau • O homem nasce bom, e a sociedade o corrompe. Cesare Beccaria • Uma sociedade só é democrática quando: ninguém for tão rico que possa comprar alguém e ninguém for tão pobre que tenha que se vender a alguém. • A certeza de um castigo, mesmo moderado, causará sempre impressão mais intensa que o temor de outro mais severo aliado à esperança de impunidade. • Dos delitos e das penas (1764): • Leis e penas em geral; • Penas cruéis e de morte; • Processo; • Prevenção de delitos. Charles de Montesquieu • Do espírito das leis (1748): • Freios e contrapesos. 13 Colônias – imigrantes ingleses. Declaração dos Direitos do Bom Povo da Virgínia: “Dos direitos que nos devem pertencer a nós e à nossa posteridade, e que devem ser considerados como o fundamento e a base do governo, feito pelos representantes do bom povo da Virgínia, reunidos em plena e livre convenção”. (Williamsburg, 12 de Junho de 1776). Artigo 1° – Todos os homens nascem igualmente livres e independentes, têm direitos certos, essenciais e naturais dos quais não podem, por nenhum contrato, privar nem despojar sua posteridade: tais são o direito de gozar a vida e a liberdade com os meios de adquirir e possuir propriedades, de procurar obter a felicidade e a segurança. A declaração norte-americana assinalou, na verdade, a ruptura de um conjunto de colônias de povoamento que gozavam de certa autonomia em relação à metrópole e que se viram submetidas a uma série de atos mercantilistas. Constituída originariamente de um preâmbulo e sete artigos, determinava a divisão dos poderes em três: Executivo, Legislativo e Judiciário. Os crimes seriam julgados pelo Tribunal do Júri. A Independência dos Estados Unidos Decorre do Iluminismo e define os direitos individuais e coletivos dos homens como universais. Em termos internacionais, a Revolução Francesa acelerou o processo de declínio das monarquias absolutistas e inspirou a ascensão das repúblicas e democracias. Em termos jurídicos, ela nos legou a célebre Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, de 1789. ATENÇÃO! A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão não deve ser confundida com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948, das Nações Unidas. A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (1789) “Os representantes do povo francês, constituídos em Assembleia Nacional, considerando que a ignorância, o esquecimento ou o desprezo dos direitos do homem são as únicas causas das desgraças públicas e da corrupção dos Governos, resolveram expor, em declaração solene, os Direitos naturais, inalienáveis e sagrados do homem, a fim de que esta Declaração, constantemente presente em todos os membros do corpo social, lhes lembre sem cessar os seus direitos e os seus deveres, a fim de que os atos do poder legislativo e do poder executivo, a instituição política, sejam por isso mais respeitados; a fim de que as reclamações dos cidadãos, doravante fundadas em princípios simples e incontestáveis, se dirijam sempre à conservação da Constituição e à felicidade geral.” A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (1789) Fonte: https://pixabay.com/pt/photos/biblioteca- livros-estantes-de-livros-1147815/ A formação do Estado Moderno ocorreu em meados do século XV, a partir da queda do Feudalismo, que era o sistema econômico, social, político e cultural vigente na Europa durante a Idade Média. Aponta-se como causas o renascimento comercial na periferia das cidades, que levavam o nome de burgos, e a busca pela centralização política. A unificação do Estado efetivou-se através de um pacto realizado entre os homens, cuja aliança resultou na centralização de um poder monárquico. Buscou-se, na verdade, uma base teórica para que o Feudalismo cedesse ao Absolutismo, cuja característica principal era a concentração do poder e autoridade na pessoa do rei e, por fim, a completa identificação entre este e o Estado. Dentre as obras que justificam o surgimento do Estado Absolutista, podemos citar: a) Leviatã, de Thomas Hobbes. b) O espírito das leis, de Montesquieu. c) Dos delitos e das penas, de Cesare Beccaria. d) A República, de Platão. e) Ética a Nicômaco, de Aristóteles. Interatividade A formação do Estado Moderno ocorreu em meados do século XV, a partir da queda do Feudalismo, que era o sistema econômico, social, político e cultural vigente na Europa durante a Idade Média. Aponta-se como causas o renascimento comercial na periferia das cidades, que levavam o nome de burgos, e a busca pela centralização política. A unificação do Estado efetivou-se através de um pacto realizado entre os homens, cuja aliança resultou na centralização de um poder monárquico. Buscou-se, na verdade, uma base teórica para que o Feudalismo cedesse ao Absolutismo, cuja característica principal era a concentração do poder e autoridade na pessoa do rei e, por fim, a completa identificação entre este e o Estado. Dentre as obras que justificam o surgimento do Estado Absolutista, podemos citar: a) Leviatã, de Thomas Hobbes. b) O espírito das leis, de Montesquieu. c) Dos delitos e das penas, de Cesare Beccaria. d) A República, de Platão. e) Ética a Nicômaco, de Aristóteles. Resposta Quando os portugueses aqui chegaram depararam-se com uma população dispersa em várias tribos, chamados de índios, com ausência de instituições políticas e jurídicas com um mínimo de representatividade. No final do século XVIII, sob a influência do Iluminismo, da Revolução Americana e, principalmente da Revolução Francesa, a Conjuração Baiana, ou Revolta dos Alfaiates, buscava pela primeira vez em nossa história uma sociedade mais igualitária. História do Direito Brasileiro no período colonial e no Império Ordenações Afonsinas (1446) Ordenações Manuelinas (1521) Ordenações Filipinas (1605) Foram Constituições promulgadas, no Brasil, a de 1891, a de 1934, a de 1946 e a atual (de 1988). Foram Constituições outorgadas a de 1824, a de 1937 e a de 1969. Evolução histórica das Constituições Brasileiras Outorgadas (Sem debate aberto) Promulgadas (Com debate aberto) 1ª - Constituição de 1824 (Brasil Império): Fortalecimento do poder do imperador. Eleições indiretas atreladas ao nível de renda. 2ª - Constituição de 1891 (Brasil República): Após a proclamação da República – 15 de novembro de 1889. A abolição do trabalho escravo, a ampliação da indústria, o deslocamento de pessoasdo meio rural para centros urbanos e também o surgimento da inflação. Instituição da forma federativa de Estado e da forma republicana de governo. Constituições Brasileiras 3ª - Constituição de 1934 (Segunda República): Getúlio Vargas. Mais poder ao Governo Federal. Voto obrigatório e secreto a partir dos 18 anos, com direito de voto às mulheres, mas mantendo proibição do voto aos mendigos e analfabetos; criação da Justiça Eleitoral e da Justiça do Trabalho; criação de leis trabalhistas, instituindo jornada de trabalho de oito horas diárias, repouso semanal e férias remuneradas; mandado de segurança e ação popular. 4ª - Constituição de 1937 (Estado Novo): Instituição da pena de morte; supressão da liberdade partidária e da liberdade de imprensa; anulação da independência dos Poderes Legislativo e Judiciário; restrição das prerrogativas do Congresso Nacional; permissão para suspensão da imunidade parlamentar; prisão e exílio de opositores do governo; e eleição indireta para Presidente da República, com mandato de seis anos. Constituições Brasileiras 5ª - Constituição de 1946: Entre as medidas adotadas, estão o restabelecimento dos direitos individuais, o fim da censura e da pena de morte. Incorporação da Justiça do Trabalho e do Tribunal Federal de Recursos ao Poder Judiciário; pluralidade partidária; direito de greve e livre associação sindical; e condicionamento do uso da propriedade ao bem-estar social, possibilitando a desapropriação por interesse social. Retorno, por plebiscito, ao regime presidencialista. Constituições Brasileiras 6ª - Constituição de 1967 (Regime Militar): Essa Constituição foi emendada por sucessiva expedição de Atos Institucionais (AIs), que serviram de mecanismos de legitimação e legalização das ações políticas dos militares, dando a eles poderes extraconstitucionais. De 1964 a 1969, foram decretados 17 Atos Institucionais, regulamentados por 104 Atos Complementares. Entre as medidas do AI-5, destacam-se: suspensão de qualquer reunião de cunho político; censura aos meios de comunicação, estendendo-se à música, ao teatro e ao cinema; suspensão do habeas corpus para os chamados crimes políticos; decretação do estado de sítio pelo Presidente da República em qualquer um dos casos previstos na Constituição; e autorização para intervenção em estados e municípios. Constituições Brasileiras 7ª - Constituição de 1988 (Constituição Cidadã): A Nova Carta consagrou cláusulas transformadoras com o objetivo de alterar relações econômicas, políticas e sociais, concedendo direito de voto aos analfabetos e aos jovens de 16 a 17 anos. Instituição de eleições majoritárias em dois turnos; direito à greve e liberdade sindical; aumento da licença-maternidade de três para quatro meses; licença-paternidade de cinco dias; criação do Superior Tribunal de Justiça (STJ) em substituição ao Tribunal Federal de Recursos; criação dos mandados de injunção, de segurança coletivo e restabelecimento do habeas corpus. Habeas data. Constituições Brasileiras Carlota Joaquina: princesa do Brasil (Brasil). Direção de Carla Camurati. 1995. Desmundo (Brasil). Direção de Alain Fresnot. 2003. Xica da Silva (Brasil). Direção de Carlos Diegues. 1976. Brava gente brasileira (Brasil/Portugal). Direção de Lucia Murat. 2000. Indicação de filmes Fonte: https://pixabay.com/pt/ photos/c%c3%a2mera- filme-vintage-219958/ Fonte: https://pixabay.com/pt/ph otos/pipoca-comida- caixa-recipiente-1085072/ O positivismo jurídico tem como principal expoente Hans Kelsen, responsável pela “Teoria Pura do Direito”. Em razão dessa teoria, ele é considerado o criador mais radical do positivismo jurídico. Com base nessa teoria, “o que é o Direito” não deve ser confundido ou comunicado com “o que deve ser o Direito”. Ainda segundo essa teoria, o que dá validade ao Direito é uma escolha humana racional que antecede qualquer especulação sobre o Direito, seja ela moralizante ou não, justa ou injusta. Se toda norma adquire validade a partir de uma norma superior, de onde adviria a validade da Constituição? Como solucionar o paradoxo de ser a Constituição o fundamento de validade das demais normas e não possuir, ela mesma, fundamento? Como “solucionar” essas questões sem romper com sua opção metodológica, isto é, sem recorrer a elementos externos ao Direito para justificá-lo, como à natureza ou a Deus? Transformações ocorridas no Direito Positivo a partir do século XIX Analise as seguintes assertivas: I. A história do Direito pode ser conceituada como a produção cultural/científica decorrente das exigências de uma dada sociedade PORQUE II. A história do Direito auxilia na compreensão das conexões que existem entre a sociedade, suas características e sua produção em Direito. Assinale a alternativa correta: a) As duas assertivas são falsas. b) A primeira assertiva é falsa e a segunda é verdadeira. c) A primeira assertiva é verdadeira e a segunda é falsa. d) As duas assertivas são verdadeiras e a segunda não justifica a primeira. e) As duas assertivas são verdadeiras e a segunda justifica a primeira. Interatividade Analise as seguintes assertivas: I. A história do Direito pode ser conceituada como a produção cultural/científica decorrente das exigências de uma dada sociedade PORQUE II. A história do Direito auxilia na compreensão das conexões que existem entre a sociedade, suas características e sua produção em Direito. Assinale a alternativa correta: a) As duas assertivas são falsas. b) A primeira assertiva é falsa e a segunda é verdadeira. c) A primeira assertiva é verdadeira e a segunda é falsa. d) As duas assertivas são verdadeiras e a segunda não justifica a primeira. e) As duas assertivas são verdadeiras e a segunda justifica a primeira. Resposta AGÊNCIA SENADO. Constituições brasileiras. Página do Senado Federal. Disponível em: https://www12.senado.leg.br/noticias/glossario-legislativo/constituicoes- brasileiras#:~:text=As%20Constitui%C3%A7%C3%B5es%20anteriores%20s%C3%A3o%20a s,%2C%201937%2C%201946%20e%201967.&text=Apoiado%20pelo%20Partido%20Portug u%C3%AAs%2C%20constitu%C3%ADdo,a%20primeira%20Constitui%C3%A7%C3%A3o%2 0do%20Brasil. Acesso em: 26 maio 2022. GRIVOT, D. C. H.; ABEL, H.; ARAUJO, M. D. A. História do Direito. Porto Alegre: Grupo A, 2017. (Disponível em Minha Biblioteca). MACIEL, J. F. R. Manual de História do Direito. São Paulo: Editora Saraiva, 2019. (Disponível em Minha Biblioteca). Referências ATÉ A PRÓXIMA!
Compartilhar