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Estudo de caso Museu da Língua Portuguesa

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1. Estudo de caso: Museu da Língua Portuguesa 
Arquitetura: Pedro Mendes da Rocha e Paulo Mendes da Rocha
Localização: São Paulo Cesar 
Ano: 2000 
Conclusão da Obra: 2006
Área construída: 7.240m²
Figura 1 - Estação da Luz
Fonte: Archdaily (2017)
A atual construção data de 1901 e foi construída nos moldes da arquitetura inglesa. Sofreu diversas intervenções ao longo do tempo, sendo a maior delas após um incêndio em 1946 que destruiu a maior parte do prédio, restando intacta a ala oeste pelo fato da torre do relógio ter funcionado como chaminé. Na ocasião dessa reforma que durou de 1947 a 1951 foi feito o acréscimo de um andar em concreto armado que alterou a volumetria e o sistema construtivo original de alvenaria portante
O tombamento do edifício é dado nas esferas federal (Iphan), estadual (Condephaat) e municipal (Conpresp), segundo o decreto-lei número 25 de novembro de 1937. Em março de 2006 passou a abrigar o Museu da Língua Portuguesa, ampliando as funções para as quais não foi construída e, simultaneamente, conservando a função de transporte por trilhos. 
Figura 2- Torre museu da lingua portuguesa
Fonte: Archdaily (2017)
Pode-se definir a Estação da Luz com dois corpos: o da Estação, com sua torre de relógio com 60 metros de altura em relação ao nível dos trilhos e, o corpo da Gare, com suas plataformas de embarque e desembarque de trens e uma cobertura que cobre toda a extensão das plataformas.
Figura 3- Localização linha férrea
Fonte: Archdaily (2017)
 O projeto de modernização da linha férrea levou as instalações da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos - CPTM para o subsolo e nos 3 andares antigamente usados como escritórios administrativos é que se instalou o Museu da Língua Portuguesa, propondo um novo uso que manterá a velha senhora ativa por mais alguns anos.
No processo de intervenção, normalmente se evidencia em primeiro lugar o que é proibido . No caso da Luz, não se poderia, em igualdade de importância: interromper o fluxo de pedestres e passageiros pelas três passarelas sobre o trem, na cota da rua; interferir na arquitetura do saguão central, o espaço articulador desse fluxo; e, ao menos em princípio, mudar qualquer registro material, independentemente da escala, da ala que ficou a salvo do incêndio de 1946. 
 A visitação transcorre de cima para baixo, já que “o projeto tem essa posição intrigante, de o chão continuar sendo estação ”, comentam os arquitetos. Possibilitar a movimentação de subida e descida dos visitantes foi, assim, um dos desafios iniciais da arquitetura. “O edifício era problemático porque, originalmente ocupado por escritórios, possuía escadas e elevadores pequenos, divididos em setores”, revela Pedro. 
Figura 4- Acessos e setorização
Fonte: Jéssica Lucas (2015)
 O percurso de visitação tem início no terceiro andar, sendo necessária a instalação de grandes elevadores dentro das quatro torres existentes - os novos elevadores surgiram como alternativa para a circulação vertical, tanto pela capacidade de passageiros (30 pessoas cada um) como pela área ocupada - pequena se comparada, por exemplo, ao traçado de uma rampa. O trajeto começa no auditório, onde se introduz o tema. Em seguida, na Praça da Língua são apresentadas, numa tela de nove metros, construções destacadas do idioma. Ao assistir às projeções na praça, os visitantes passeiam por um espaço que apresentam a abertura de lajes e a restauração das faces internas dos telhados.
No segundo andar fica a Grande Galeria (6 x 120 metros), um túnel escuro concebido para a projeção de imagens, localizado junto à fachada posterior - transformando espaços labirínticos e isolados, ainda que originais, em uma extensa sala que percorre todo o comprimento da edificação. Além da Galeria de Influências e o Beco das Palavras. No primeiro andar, há uma sala de exposições temporárias e a parte administrativa. Por fim, no térreo, além do saguão restaurado tal como o original, há loja, livraria e café nos saguões laterais.
Considerando o caráter público do piso térreo, o fluxo intenso de passageiros no corpo central da edificação onde se dá o acesso aos trens que possibilita o passagem transversal pelos pedestres conectando a praça da luz a Rua Cásper Líbero. Os acessos ao museu se dão através de dois pátios simétricos cobertos por aço e vidro, onde existiam pátios de carga, que constituem a única intervenção visível externamente.
Também no térreo, foram previstas a instalação da loja, livraria e do café nos saguões laterais, estes serviços foram pensados para atender à cidade e ao museu de forma simultânea, mantendo ativo o fluxo transversal pelas passarelas sobre a linha do trem.
 A chegada neste pavimento se dá em um piso elevado ao existente de cerca de 1,10m que possibilita a entrada alta no auditório, resolvendo a curva de visibilidade do mesmo, sendo que o nível original é devolvido no espaço seguinte, que é a praça da língua. Seguindo o percurso do visitante, após a praça da língua ele é convidado a retornar ao foyer através de um corredor lateral e descer pela mesma prumada de elevadores para desembarcar no segundo andar.
Figura 5- Intervenção
Fonte: Jéssica Lucas (2015)
A museografia procurou dialogar com o ambiente construído e com as novas intervenções propostas tirando proveito, por exemplo, das projeções no telhado da praça da língua ou construindo o painel de projeções em toda extensão da grande galeria do segundo pavimento. Do ponto de vista do restauro, o resultado final parece harmonioso, na medida em que se entende que este faz parte da arquitetura em um esforço conjunto de propor o menor impacto possível no bem tombado, mas também de integrar o monumento histórico à nova intervenção, com o objetivo de devolver o patrimônio à sociedade de forma que seja usufruído com as necessidades e expectativas atuais.

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