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Apostila Auxiliar de Atividades Educativas Prefeitura de Goiânia 2020

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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
 
 1 
 BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
 
Há 17 anos, o Curso BR é referência nacional 
na preparação para Concursos Públicos e 
Exames da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). 
 
Pensando na praticidade e acessibilidade de uma
nova ferramenta de ensino, o Curso BR oferece um novo 
material em formato Digital.
Aproveite a praticidade do material digital e 
estude onde e quando quiser.
 
“Muito obrigado pela preferência e bons estudos.”
Sua aprovação começa agora!
© - Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei 9.610 de 19/02/98. Nenhuma parte deste livro, sem autorização
prévia por escrito da editora, poderá ser reproduzida ou transmitida sejam quais forem os meios empregados:
eletrônicos, mecânicos, fotográficos, gravação ou quaisquer outros.
 2 
 BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
 
SUMÁRIO
4 LÍNGUA PORTUGUESA
133 HISTÓRIA, GEOGRAFIA E CONHECIMENTOS GERAIS DE GOIÂNIA E DO 
ESTADO DE GOIÁS
147 ATUALIDADES
283 MATEMÁTICA
373 NOÇÕES DE INFORMÁTICA
512 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
 3 
 BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
 
LÍNGUA PORTUGUESA 
Leitura e interpretação de textos de diferentes gêneros
O hábito da leitura é fundamental durante a preparação para qualquer concurso público. 
Mas para uma disciplina específica é ponto chave para que os candidatos consigam o maior 
número de acertos.
 
A interpretação de textos, tão comum em provas de Português, sempre foi um tópico de grande 
dificuldade para os candidatos a concursos públicos ou vestibulares.
As pessoas têm pouca disposição de mergulhar no texto, conseguem lê-lo, mas não aprofundam
a leitura, não extraem dele aquelas informações que uma leitura superficial, apressada, não 
permite.
Ao tentar resolver o problema, as pessoas buscam os materiais que julgam poder ajudá-las. 
Caem, então, no velho vício de ler teoria em excesso, estudar coisas que nem sempre dizem 
respeito à compreensão e interpretação dos textos e no final, cansadas, não fazem o essencial: 
ler uma grande quantidade de textos — e tentar interpretá-los.
Interpretar um texto é penetrá-lo em sua essência, observar qual é a ideia principal, quais os 
argumentos que comprovam a ideia, como o texto está escrito e outras nuanças. Em suma, 
procurar interpretar corretamente um texto é ampliar seus horizontes existenciais.
Compreensão
A base conceitual da interpretação de texto é a compreensão. A etimologia, ainda que não seja 
um recurso confiável para estabelecer o significado das palavras, pode ser útil aqui, para mostrar
a diferença entre compreender e interpretar. “Compreender” vem de duas palavras latinas: 
“cum”, que significa “junto” e “prehendere” que significa “pegar”.
Compreender é, portanto, “pegar junto”. 
Essa ideia de juntar é óbvia em uma das principais acepções do verbo compreender: ser 
composto de dois ou mais elementos, ou seja, abarcar, envolver, abranger, incluir. 
Vejamos alguns exemplos para ilustrar essa acepção: 
• O ensino da língua compreende o estudo da fala e da escrita. 
 4 
 BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
 
• A gramática tradicional compreende o estudo da fonologia, da morfologia, da sintaxe e 
da semântica. 
• A leitura compreende o contato do leitor com vários textos. 
Saber ler corretamente
Ler adequadamente é mais do que ser capaz de decodificar as palavras ou combinações 
linearmente ordenadas em sentenças. O interessado deve aprender a “enxergar” todo o contexto
denotativo e conotativo. É preciso compreender o assunto principal, suas causas e 
consequências, críticas, argumentações, polissemias, ambiguidades, ironias, etc.
Ler adequadamente é sempre resultado da consideração de dois tipos de fatores: os 
propriamente linguísticos e os contextuais ou situacionais, que podem ser de natureza bastante 
variada. Bom leitor, portanto, é aquele capaz de integrar estes dois tipos de fatores.
Erros de Leitura
Extrapolar
Trata-se de um erro muito comum. Ocorre quando saímos do contexto, acrescentando-lhe ideias
que não estão presentes no texto. A interpretação fica comprometida, pois passamos a criar 
sobre aquilo que foi lido. Frequentemente, relacionamos fatos que conhecemos, mas que eram 
realidade em outros contextos e não naquele que está sendo analisado.
Reduzir
Trata-se de um erro oposto à extrapolação. Ocorre quando damos atenção apenas a uma parte 
ou aspecto do texto, esquecendo a totalidade do contexto. Privilegiamos, desse modo, apenas 
um fato ou uma relação que podem ser verdadeiros, porém insuficientes se levarmos em 
consideração o conjunto das ideias.
Contradizer
É o mais comum dos erros. Ocorre quando chegamos a uma conclusão que se opõe ao texto. 
Associamos ideias que, embora no texto, não se relacionam entre si.
Nas provas de concursos públicos, o candidato deve ter o hábito de fazer leituras diárias, pois é 
através dela que o indivíduo terá um vocabulário mais amplo e um conhecimento aprimorado 
da língua portuguesa. Praticar a leitura, faz com que a interpretação seja mais aguçada e o 
concurseiro possa entender os enunciados de outras questões no decorrer de sua prova. Ao 
estudar, se houverem palavras não entendidas, procure no dicionário. Ele será seu companheiro 
na hora das dúvidas.
Em questões que cobram a interpretação de textos como, por exemplo, aquelas que existem 
textos de autores famosos ou de notícias, procure entender bem o enunciado e verificar o que 
 5 
 BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
 
está sendo cobrado, pois é preciso responder o que exatamente está sendo cobrado no texto e 
não aquilo que o candidato pensa.
Ao ler um texto procure atingir dois níveis de leitura: leitura informativa e de reconhecimento e 
leitura interpretativa. 
No primeiro caso, deve-se ter uma primeira noção do tema, extraindo informações importantes 
e verificando a mensagem do escritor. 
No segundo tipo de leitura, é aconselhável grifar trechos importantes, palavras-chaves e 
relacionar cada parágrafo com a ideia central do texto.
Geralmente, um texto é organizado de acordo com seus parágrafos, cada um seguindo uma 
linha de raciocínio diferente e de acordo com os tipos de texto, que podem ser narrativo, 
descritivo e dissertativo. Cada tipo desses, possui uma forma diferente de organização do 
conteúdo.
Tipos de textos
A narração consiste em arranjar uma sequência de fatos na qual os personagens se 
movimentam num determinado espaço à medida que o tempo passa.
O texto narrativo é baseado na ação que envolve personagens, tempo, espaço e conflito. Seus 
elementos são: narrador, enredo, personagens, espaço e tempo.
Dessa forma, o texto narrativo apresenta uma determinada estrutura:
Esquematizando temos:
– Apresentação;
– Complicação ou desenvolvimento;
– Clímax;
– Desfecho.
Protagonistas e Antagonistas: A narrativa é centrada num conflito vivido pelos personagens. 
Diante disso, a importância dos personagens na construção do texto é evidente.
Podemos dizer que existe um protagonista (personagem principal) e um antagonista 
(personagem que atua contra o protagonista, impedindo-o de alcançar seus objetivos). Há 
também os adjuvantes ou coadjuvantes, esses são personagens secundários que também 
exercem papéis fundamentais na história.
Narração e Narratividade: Em nosso cotidiano encontramos textos narrativos; contamos e/ou 
ouvimos histórias o tempo todo. Mas os textos que nãopertencem ao campo da ficção não são 
considerados narração, pois essas não têm como objetivo envolver o leitor pela trama, pelo 
conflito. Podemos dizer que nesses relatos há narratividade, que quer dizer, o modo de ser da 
narração.
Os Elementos da Narrativa: Os elementos que compõem a narrativa são:
– Foco narrativo (1º e 3º pessoa);
– Personagens (protagonista, antagonista e coadjuvante);
– Narrador (narrador- personagem, narrador observador).
– Tempo (cronológico e psicológico);
– Espaço.
Exemplo de Texto Narrativo:
 6 
 BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
 
Conta à lenda que um velho funcionário público de Veneza noite e dia, dia e noite rezava e 
implorava para o seu Santo que o fizesse ganhar sozinho na loteria cujo valor do premio o faria 
realizar todos seus desejos e vontades. Assim passavam os dias, as semanas, os meses e anos.E 
nada acontecia. Até que no dia do Santo, de tanto que seu fiel devoto chorava e implorava, o 
Santo surgiu do nada e numa voz de desespero e raiva gritou:
Pelo menos meu filho compra o bilhete!!!
Descritivo
“Descrição é a representação verbal de um objeto sensível (ser, coisa, paisagem), através da 
indicação dos seus aspectos mais característicos, dos pormenores que o individualizam, que o 
distinguem.”
Descrever não é enumerar o maior número possível de detalhes, mas assinalar os traços mais 
singulares, mais salientes; é fazer ressaltar do conjunto uma impressão dominante e singular. 
Dependendo da intenção do autor, varia o grau de exatidão e minúcia na descrição.
Diferentemente da narração, que faz uma história progredir, a descrição faz interrupções na 
história, para apresentar melhor um personagem, um lugar, um objeto, enfim, o que o autor 
julgar necessário para dar mais consistência ao texto.
Texto descritivo é, então, desenhar, pintar, usando palavras em vez de tintas. Um bom exercício 
para levar a criança a vivenciar o texto descritivo e pedir que ela olhe em volta e escreva ou fale 
o que está vendo, descrever objetos como, sua mochila, estojo, etc. Ou que ela conte como é o 
coleguinha ao lado, (nessa é bom ter cuidado, pois elas costumam achar defeitos horrorosos).
Algumas das características que marcam o texto descritivo são:
•presença de substantivo, que identifica o que está sendo descrito.
•adjetivos e locuções adjetivas.
•presença de verbos de ligação.
•há predominância do predicado verbal, devido aos verbos de ligação e aos adjetivos.
•emprego de metáforas e comparações, para auxiliar na “visualização” das características que se 
deseja descrever.
Essa é a explicação básica e resumida de “como ensinar texto descritivo para crianças”. 
Lembrando que ao descrever seres vivos, as características psicológicas e comportamentais, 
também fazem parte da descrição.
Exemplo de texto descritivo:
“A árvore é grande, com tronco grosso e galhos longos”. É cheia de cores, pois tem o marrom, o 
verde, o vermelho das flores e até um ninho de passarinhos. O rio espesso com suas águas 
barrentas desliza lento por entre pedras polidas pelos ventos e gastas pelo tempo.
Dissertativo
Dissertar é o mesmo que desenvolver ou explicar um assunto, discorrer sobre ele. Assim, o texto 
dissertativo pertence ao grupo dos textos expositivos, juntamente ao texto de apresentação 
científica, o relatório, o texto didático, o artigo enciclopédico. Em princípio, o texto dissertativo 
não está preocupado com a persuasão e sim, com a transmissão de conhecimento, sendo, 
portanto, um texto informativo.
 7 
 BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
 
Os textos argumentativos, ao contrário, têm por finalidade principal persuadir o leitor sobre o 
ponto de vista do autor a respeito do assunto. Quando o texto, além de explicar, também 
persuade o interlocutor e modifica seu comportamento, temos um texto dissertativo-
argumentativo. O texto dissertativo argumentativo tem uma estrutura convencional, formada 
por três partes essenciais.
Introdução (1o parágrafo): Apresenta a ideia principal da dissertação, podendo conter uma 
citação, uma ou mais perguntas (contanto que sejam respondidas durante o texto), comparação,
pensamento filosófico, afirmação histórica, etc.
Desenvolvimento (2o aos penúltimos parágrafos): Argumentação e desenvolvimento do tema, 
na qual o autor dá a sua opinião e tenta persuadir o leitor, sem nunca usar a primeira pessoa 
(invés de “eu sei”, use “nós sabemos” ou “se sabe”).
Conclusão (último parágrafo): Resumo do que foi dito no texto e/ou uma proposta de solução 
para os problemas nele tratados.
Exemplo de texto dissertativo:
Uma nova ordem
Nunca foi tão importante no País uma cruzada pela moralidade. As denúncias que se sucedem, 
os escândalos que se multiplicam, os casos ilícitos que ocorrem em diversos níveis da 
administração pública exibem, de forma veemente, a profunda crise moral por que passa o País.
O povo se afasta cada vez mais dos políticos, como se estes fossem símbolos de todos os males.
As instituições normativas, que fundamentam o sistema democrático, caem em descrédito. Os 
governantes, eleitos pela expressão do voto, também engrossam a caldeira da descrença e, 
frágeis, acabam comprometendo seus programas de gestão.
Para complicar, ainda estamos no meio de uma recessão que tem jogado milhares de 
trabalhadores na rua, ampliando os bolsões de insatisfação e amargura.
Não é de estranhar que parcelas imensas do eleitorado, em protesto contra o que vêem e 
sentem, procurem manifestar sua posição com o voto nulo, a abstenção ou o voto em branco. 
Convenhamos, nenhuma democracia floresce dessa maneira.
A atitude de inércia e apatia dos homens que têm responsabilidade pública os condenará ao 
castigo da história. É possível fazer-se algo, de imediato, que possa acender uma pequena 
chama de esperança.
O Brasil dos grandes valores, das grandes ideias, da fé e da crença, da esperança e do futuro 
necessita, urgentemente da ação solidária, tanto das autoridades quanto do cidadão comum, 
para instaurar uma nova ordem na ética e na moral.
Informações literais e inferências possíveis
As perguntas literais exigem respostas diretas e concretas. As respostas para essas perguntas são
sempre fatos, e há somente uma resposta correta. Em exercícios de compreensão textual, as 
perguntas literais sempre podem ser encontradas no texto e são normalmente usadas para 
definir quem, o que, quando ou onde.
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 BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
 
Exemplos:
As perguntas literais exigem respostas específicas e podem ser confirmadas e concordadas por 
muitas pessoas. Alguns exemplos são: "A que horas o show começará?", "Você veste que 
tamanho?", "Que referências você usou para a sua redação?" e "Quanto é dois mais dois?"
Já as perguntas inferenciais exigem respostas encontradas através do contexto. Elas são mais 
difíceis de responder porque podem ter mais de uma resposta correta. Em exercícios de 
compreensão textual, as respostas para essas perguntas não são encontradas no texto, mas são 
sustentadas por alguma evidência escrita nele. Essas respostas são usadas para definir o por quê
e como.
Exemplos:
As perguntas inferenciais pedem por respostas encontradas através das informações dadas e da 
conclusão feita sem deixar que a sua opinião própria interfira. Alguns exemplos são "Por que o 
show começa às 7:30?", "Como você conseguiu terminar a redação dentro do prazo?" e "Porque 
ela escolheu escrever sobre um tema tão difícil?"
Informações explícitas e implícitas de um texto
As informações explícitas são aquelas manifestadas pelo autor no próprio texto. As informações 
implícitas não são manifestadas pelo autor no texto, mas podem ser subentendidas. Muitas 
vezes, para efetuarmos uma leitura eficiente, é preciso ir alémdo que foi dito, ou seja, ler nas 
entrelinhas. 
Por exemplo, observe este enunciado:
- Patrícia parou de tomar refrigerante.
A informação explícita é “Patrícia parou de tomar refrigerante”. A informação implícita é “Patrícia 
tomava refrigerante antes”.
Agora, veja este outro exemplo:
-Felizmente, Patrícia parou de tomar refrigerante. 
A informação explícita é “Patrícia parou de tomar refrigerante”. A palavra “felizmente” indica que 
o falante tem uma opinião positiva sobre o fato – essa é a informação implícita. 
Com esses exemplos, mostramos como podemos inferir informações a partir de um texto. Fazer 
uma inferência significa concluir alguma coisa a partir de outra já conhecida. Nos vestibulares, 
fazer inferências é uma habilidade fundamental para a interpretação adequada dos textos e dos 
enunciados. 
 9 
 BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
 
A seguir, veremos os tipos de informações que podem ser inferidas: as pressupostas e 
as subentendidas.
Pressuposto
Uma informação é considerada pressuposta quando um enunciado depende dela para fazer 
sentido. 
Considere, por exemplo, a seguinte pergunta: “Quando Patrícia voltará para casa?”. Esse 
enunciado só faz sentido se considerarmos que Patrícia saiu de casa, ao menos 
temporariamente – essa é a informação pressuposta. Caso Patrícia se encontre em casa, o 
pressuposto não é válido, o que torna o enunciado sem sentido. 
Repare que as informações pressupostas estão marcadas através de palavras e expressões 
presentes no próprio enunciado e resultam de um raciocínio lógico. Portanto, no enunciado 
“Patrícia ainda não voltou para casa”, a palavra “ainda” indica que a volta de Patrícia para casa é 
dada como certa pelo falante.
Subentendido
Ao contrário das informações pressupostas, as informações subentendidas não são marcadas no
próprio enunciado, são apenas sugeridas, ou seja, podem ser entendidas como insinuações. 
O uso de subentendidos faz com que o enunciador se esconda atrás de uma afirmação, pois não
quer se comprometer com ela. Por isso, dizemos que os subentendidos são de responsabilidade 
do receptor, enquanto os pressupostos são partilhados por enunciadores e receptores. 
Em nosso cotidiano, somos cercados por informações subentendidas. A publicidade, por 
exemplo, parte de hábitos e pensamentos da sociedade para criar subentendidos. Já a anedota é
um gênero textual cuja interpretação depende a quebra de subentendidos. 
Estruturação dos parágrafos
Esteticamente, o parágrafo se caracteriza como um sutil recuo em relação à margem esquerda 
da folha, atribuído por um conjunto de períodos que representam uma ideia central em 
consonância com outras secundárias, resultando num efetivo entrelaçamento e formando um 
todo coeso. Quanto à extensão, é bom que se diga que não se trata de uma receita pronta e 
 10 
 BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
 
acabada, visto que a habilidade do emissor determinará o momento de realizar a transição entre
um posicionamento e outro, permitindo que o discurso seja compreendido em sua totalidade. 
O parágrafo é organizado em torno de uma ideia núcleo, que é desenvolvida por ideias 
secundárias. O parágrafo pode ser formado por uma ou mais frases, sendo seu tamanho 
variável. No texto dissertativo-argumentativo, os parágrafos devem estar todos relacionados 
com a tese ou ideia principal do texto, geralmente apresentada na introdução.
Embora existam diferentes formas de organização de parágrafos, os textos dissertativo-
argumentativos e alguns gêneros jornalísticos apresentam uma estrutura-padrão. Essa estrutura 
consiste em três partes: a ideia núcleo, as ideias secundárias (que desenvolvem a ideia núcleo) 
e a conclusão ( que reafirma a ideia básica). Em parágrafos curtos, é raro haver conclusão.
Conheça a estrutura-padrão a seguir, observando sua organização interna.
(ideia núcleo) A poluição que se verifica principalmente nas capitais do país é um problema 
relevante, para cuja solução é necessária uma ação conjunta de toda a sociedade.
(ideia secundária) O governo, por exemplo, deve rever sua legislação de proteção ao meio 
ambiente, ou fazer valer as leis em vigor; o empresário pode dar sua contribuição, instalando 
filtro de controle dos gases e líquidos expelidos, e a população, utilizando menos o transporte 
individual e aderindo aos programas de rodízio de automóveis e caminhões, como já ocorre em 
São Paulo.
(conclusão) Medidas que venham a excluir qualquer um desses três setores da sociedade 
tendem a ser inócuas no combate à poluição e apenas onerar as contas públicas.
Observe que a ideia núcleo apresentou palavras-chave ( poluição / solução / ação conjunta / 
sociedade) que vão nortear o restante do parágrafo. O período subsequente – ideia secundária –
vai desenvolver o que foi citado anteriormente: ação conjunta – do governo, do empresário e da
população. O último período retoma as ideias anteriores, posicionando-se frente ao tema.
Em suma, note que todo o parágrafo se organiza em torno do primeiro período, que expõe o 
ponto de vista do autor sobre como combater a poluição. O segundo período desenvolve e 
fundamenta a ideia núcleo, apontando como cada um dos setores envolvidos pode contribuir. O
último período conclui o parágrafo, reforçando a ideia núcleo.
Outro aspecto que merece especial atenção são os elementos relacionadores, isto é, os 
conectores ou conetivos. Eles são responsáveis pela coesão do texto e tornam a leitura mais 
fluente; visam a estabelecer um encadeamento lógico entre as ideias e servem de “elo” entre o 
parágrafo, ou no interior do período, e o tópico que o antecede. Saber usá-los com precisão, 
tanto no interior da frase, quanto ao passar de um enunciado para outro, é uma exigência 
também para a clareza do texto. Sem esses conectores – pronomes relativos, conjunções, 
advérbios, preposições , palavras denotativas – as ideias não fluem, muitas vezes o pensamento 
não se completa, e o texto torna-se obscuro, sem coerência.
 11 
 BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
 
Os elementos relacionadores não são, todavia, obrigatórios; geralmente estão presentes a partir 
do segundo parágrafo. No exemplo a seguir, o parágrafo demonstrativo certamente não 
constitui o 1º parágrafo de uma redação.
Exemplo de um parágrafo e suas divisões
“Nesse contexto, é um grave erro a liberação da maconha. Provocará de imediato violenta 
elevação do consumo. O Estado perderá o precário controle que ainda exerce sobre as drogas 
psicotrópicas e nossas instituições de recuperação de viciados não terão estrutura suficiente para
atender à demanda. Enfim, viveremos o caos.” 
(Alberto Corazza, Isto É, com adaptações)
Elemento relacionador : Nesse contexto.
Tópico frasal: é um grave erro a liberação da maconha.
Desenvolvimento: Provocará de imediato violenta elevação do consumo. O Estado perderá o 
precário controle que ainda exerce sobre as drogas psicotrópicas e nossas instituições de 
recuperação de viciados não terão estrutura suficiente para atender à demanda.
Conclusão: Enfim, viveremos o caos.
Articulação do texto
Em sintonia, nas situações comunicativas é estabelecida uma relação de interdependência entre 
texto e contexto, de forma que, para a compreensão do contexto é preciso utilizar o texto como 
elemento estrutural para melhor interpretação, ou vice e versa.
A intertextualidade acontece quando há uma referência explícita ou implícita de um texto em 
outro.
Apresenta-se explicitamente quando o autor informa o objeto de sua citação. Num texto 
científico, por exemplo, o autor do texto citado é indicado, já na forma implícita, a indicação é 
oculta. Por isso é importante para o leitor o conhecimento de mundo, um saberprévio, para 
reconhecer e identificar quando há um diálogo entre os textos. A intertextualidade pode ocorrer 
afirmando as mesmas ideias da obra citada ou contestando-as. Há duas formas: a Paráfrase e a 
Paródia.
Paráfrase
 12 
 BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
 
Na paráfrase as palavras são mudadas, porém a ideia do texto é confirmada pelo novo texto, a 
alusão ocorre para atualizar, reafirmar os sentidos ou alguns sentidos do texto citado. É dizer 
com outras palavras o que já foi dito. Temos um exemplo citado por Affonso Romano Sant'Anna 
em seu livro "Paródia, paráfrase & Cia" (p. 23):
Texto Original
Minha terra tem palmeiras
Onde canta o sabiá,
As aves que aqui gorjeiam
Não gorjeiam como lá.
(Gonçalves Dias, “Canção do exílio”).
Paráfrase
Meus olhos brasileiros se fecham saudosos
Minha boca procura a ‘Canção do Exílio’.
Como era mesmo a ‘Canção do Exílio’?
Eu tão esquecido de minha terra...
Ai terra que tem palmeiras
Onde canta o sabiá!
(Carlos Drummond de Andrade, “Europa, França e Bahia”).
Este texto de Gonçalves Dias, “Canção do Exílio”, é muito utilizado como exemplo de paráfrase e 
de paródia, aqui o poeta Carlos Drummond de Andrade retoma o texto primitivo conservando 
suas ideias, não há mudança do sentido principal do texto que é a saudade da terra natal.
Paródia
A paródia é uma forma de contestar ou ridicularizar outros textos, há uma ruptura com as 
ideologias impostas e por isso é objeto de interesse para os estudiosos da língua e das artes. 
 13 
 BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
 
Ocorre, aqui, um choque de interpretação, a voz do texto original é retomada para transformar 
seu sentido, leva o leitor a uma reflexão crítica de suas verdades incontestadas anteriormente, 
com esse processo há uma indagação sobre os dogmas estabelecidos e uma busca pela verdade
real, concebida através do raciocínio e da crítica. Os programas humorísticos fazem uso contínuo
dessa arte, freqüentemente os discursos de políticos são abordados de maneira cômica e 
contestadora, provocando risos e também reflexão a respeito da demagogia praticada pela 
classe dominante. Com o mesmo texto utilizado anteriormente, teremos, agora, uma paródia.
Texto Original
Minha terra tem palmeiras
Onde canta o sabiá,
As aves que aqui gorjeiam
Não gorjeiam como lá.
(Gonçalves Dias, “Canção do exílio”).
Paródia
Minha terra tem palmares 
onde gorjeia o mar
os passarinhos daqui
não cantam como os de lá.
(Oswald de Andrade, “Canto de regresso à pátria”).
O nome Palmares, escrito com letra minúscula, substitui a palavra palmeiras, há um contexto 
histórico, social e racial neste texto, Palmares é o quilombo liderado por Zumbi, foi dizimado em 
1695, há uma inversão do sentido do texto primitivo que foi substituído pela crítica à escravidão 
existente no Brasil.
Intertextualidade
Intertextualidade acontece quando há uma referência explícita ou implícita de um texto em 
outro.
 14 
 BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
 
Apresenta-se explicitamente quando o autor informa o objeto de sua citação. Num texto 
científico, por exemplo, o autor do texto citado é indicado, já na forma implícita, a indicação é 
oculta. Por isso é importante para o leitor o conhecimento de mundo, um saber prévio, para 
reconhecer e identificar quando há um diálogo entre os textos. A intertextualidade pode ocorrer 
afirmando as mesmas ideias da obra citada ou contestando-as. Há duas formas: a Paráfrase e a 
Paródia.
Paráfrase
Na paráfrase as palavras são mudadas, porém a ideia do texto é confirmada pelo novo texto, a 
alusão ocorre para atualizar, reafirmar os sentidos ou alguns sentidos do texto citado. É dizer 
com outras palavras o que já foi dito. Temos um exemplo citado por Affonso Romano Sant'Anna 
em seu livro "Paródia, paráfrase & Cia" (p. 23):
Texto Original
Minha terra tem palmeiras
Onde canta o sabiá,
As aves que aqui gorjeiam
Não gorjeiam como lá.
(Gonçalves Dias, “Canção do exílio”).
Paráfrase
Meus olhos brasileiros se fecham saudosos
Minha boca procura a ‘Canção do Exílio’.
Como era mesmo a ‘Canção do Exílio’?
Eu tão esquecido de minha terra...
Ai terra que tem palmeiras
Onde canta o sabiá!
(Carlos Drummond de Andrade, “Europa, França e Bahia”).
Este texto de Gonçalves Dias, “Canção do Exílio”, é muito utilizado como exemplo de paráfrase e 
de paródia, aqui o poeta Carlos Drummond de Andrade retoma o texto primitivo conservando 
suas ideias, não há mudança do sentido principal do texto que é a saudade da terra natal.
Paródia
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 BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
 
A paródia é uma forma de contestar ou ridicularizar outros textos, há uma ruptura com as 
ideologias impostas e por isso é objeto de interesse para os estudiosos da língua e das artes. 
Ocorre, aqui, um choque de interpretação, a voz do texto original é retomada para transformar 
seu sentido, leva o leitor a uma reflexão crítica de suas verdades incontestadas anteriormente, 
com esse processo há uma indagação sobre os dogmas estabelecidos e uma busca pela verdade
real, concebida através do raciocínio e da crítica. Os programas humorísticos fazem uso contínuo
dessa arte, freqüentemente os discursos de políticos são abordados de maneira cômica e 
contestadora, provocando risos e também reflexão a respeito da demagogia praticada pela 
classe dominante. Com o mesmo texto utilizado anteriormente, teremos, agora, uma paródia.
Texto Original
Minha terra tem palmeiras
Onde canta o sabiá,
As aves que aqui gorjeiam
Não gorjeiam como lá.
(Gonçalves Dias, “Canção do exílio”).
Paródia
Minha terra tem palmares 
onde gorjeia o mar
os passarinhos daqui
não cantam como os de lá.
(Oswald de Andrade, “Canto de regresso à pátria”).
O nome Palmares, escrito com letra minúscula, substitui a palavra palmeiras, há um contexto 
histórico, social e racial neste texto, Palmares é o quilombo liderado por Zumbi, foi dizimado em 
1695, há uma inversão do sentido do texto primitivo que foi substituído pela crítica à escravidão 
existente no Brasil.
Organização do Texto e Ideia Central
A ideia principal de um texto é aquela que expressa em sua essência o que o autor quer 
transmitir. Constitui a causa principal do desenvolvimento das ideias subsequentes e sua 
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eliminação provocaria uma falta de sentido no resto do texto. Uma ideia pode ser principal 
porque resume o que está sendo dito ou porque o provoca. Portanto, contém a mensagem 
global do texto, seu conteúdo mais importante e essencial, aquele que emana todos os demais.
Interessa aqui distinguir tema (aquele de que trata o texto e pode expressar-se mediante uma 
palavra ou uma sentença) e a ideia principal (informada no enunciado ou enunciados mais 
importantes que o escritor utiliza para explicar o tema). As ideias principais podem estar 
explícitas ou implícitas no texto, e não há uma forma clara para identificá-las. Emprega-se aqui o
processo de ABSTRACÃO, um procedimento dedutivo que permite perceber a essência do texto, 
eliminando os detalhes.
Um texto pode estar composto por algumas ideias principais com distinto nível de importância: 
desde muito importante a muito pouco importante com matizes intermediárias. As ideias 
principais representam-se na memória em um nível superior frente as ideias secundárias que 
ocupam uma posição inferior em uma estrutura hierárquica de armazenamento. Por esse motivo,
a informação principal se recorda melhor que as informações secundárias.
Como identificá-la• Nos artigos científicos, a ideia principal deve estar nos primeiros parágrafos, e as vezes é a 
primeira frase. 
• É a que gera maiores conexões lógicas. 
• É a que tem maior carga informativa.
Conectivos
Conectivos são conjunções que ligam as orações, estabelecem a conexão entre as orações nos 
períodos compostos e também as preposições, que ligam um vocábulo a outro. 
CLASSIFICAÇÃO
- Conjunções Coordenativas
- Conjunções Subordinativas
CONJUNÇÕES COORDENATIVAS
Dividem-se em:
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- ADITIVAS: expressam a ideia de adição, soma.
Observe os exemplos:
- Ela foi ao cinema e ao teatro.
- Minha amiga é dona-de-casa e professora.
- Eu reuni a família e preparei uma surpresa.
- Ele não só emprestou o joguinho como também me ensinou a jogar.
Principais conjunções aditivas: e, nem, não só...mas também, não só...como também.
- ADVERSATIVAS
Expressam ideias contrárias, de oposição, de compensação. Exemplos:
- Tentei chegar na hora, porém me atrasei.
- Ela trabalha muito mas ganha pouco.
- Não ganhei o prêmio, no entanto dei o melhor de mim.
- Não vi meu sobrinho crescer, no entanto está um homem.
Principais conjunções adversativas: mas, porém, contudo, todavia, no entanto, entretanto.
ALTERNATIVAS
Expressam ideia de alternância.
- Ou você sai do telefone ou eu vendo o aparelho.
- Minha cachorra ora late ora dorme.
- Vou ao cinema quer faça sol quer chova.
Principais conjunções alternativas: Ou...ou, ora...ora, quer...quer, já...já.
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CONCLUSIVAS
Servem para dar conclusões às orações. Exemplos:
- Estudei muito por isso mereço passar.
- Estava preparada para a prova, portanto não fiquei nervosa.
- Você me ajudou muito; terá, pois sempre a minha gratidão.
Principais conjunções conclusivas: logo, por isso, pois (depois do verbo), portanto, por 
conseguinte, assim.
EXPLICATIVAS
Explicam, dão um motivo ou razão:
- É melhor colocar o casaco porque está fazendo muito frio lá fora.
- Não demore, que o seu programa favorito vai começar.
Principais conjunções explicativas: que, porque, pois (antes do verbo), porquanto.
CLASSIFICAÇÃO DAS CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS
CAUSAIS
Principais conjunções causais: porque, visto que, já que, uma vez que, como (= porque). 
Exemplos:
- Não pude comprar o CD porque estava em falta.
- Ele não fez o trabalho porque não tem livro.
- Como não sabe dirigir, vendeu o carro que ganhou no sorteio.
COMPARATIVAS
Principais conjunções comparativas: que, do que, tão...como, mais...do que, menos...do que.
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- Ela fala mais que um papagaio.
CONCESSIVAS
Principais conjunções concessivas: embora, ainda que, mesmo que, apesar de, se bem que.
Indicam uma concessão, admitem uma contradição, um fato inesperado.Traz em si uma ideia de 
“apesar de”.
- Embora estivesse cansada, fui ao shopping. (= apesar de estar cansada)
- Apesar de ter chovido fui ao cinema.
CONFORMATIVAS
Principais conjunções conformativas: como, segundo, conforme, consoante
- Cada um colhe conforme semeia.
- Segundo me disseram a casa é esta.
Expressam uma ideia de acordo, concordância, conformidade.
CONSECUTIVAS
Expressam uma ideia de consequência.
Principais conjunções consecutivas: que ( após “tal”, “tanto”, “tão”, “tamanho”).
- Falou tanto que ficou rouco.
- Estava tão feliz que desmaiou.
FINAIS
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Expressam ideia de finalidade, objetivo.
- Todos trabalham para que possam sobreviver.
- Viemos aqui para que vocês ficassem felizes.
Principais conjunções finais: para que, a fim de que, porque (=para que),
PROPORCIONAIS
Principais conjunções proporcionais: à medida que, quanto mais, ao passo que, à proporção que.
- À medida que as horas passavam, mais sono ele tinha.
- Quanto mais ela estudava, mais feliz seus pais ficavam.
TEMPORAIS
Principais conjunções temporais: quando, enquanto, logo que.
- Quando eu sair, vou passar na locadora.
- Chegamos em casa assim que começou a chover.
- Mal chegamos e a chuva desabou.
Observação: Mal é conjunção subordinativa temporal quando equivale a "logo que".
O conjunto de duas ou mais palavras com valor de conjunção chama-se locução conjuntiva.
Exemplos: ainda que, se bem que, visto que, contanto que, à proporção que.
Algumas pessoas confundem as circunstâncias de causa e consequência. Realmente, às vezes, 
fica difícil diferenciá-las.
Observe os exemplos:
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- Correram tanto, que ficaram cansados.
“Que ficaram cansados” aconteceu depois deles terem corrido, logo é uma consequência.
Ficaram cansados porque correram muito.
“Porque correram muito” aconteceu antes deles ficarem cansados, logo é uma causa.
Denotação e Conotação 
A significação das palavras não é fixa, nem estática. Por meio da imaginação criadora do 
homem, as palavras podem ter seu significado ampliado, deixando de representar apenas a ideia
original (básica e objetiva). Assim, frequentemente remetem-nos a novos conceitos por meio de 
associações, dependendo de sua colocação numa determinada frase. 
Observe os seguintes exemplos:
A menina está com a cara toda pintada.
Aquele cara parece suspeito.
No primeiro exemplo, a palavra cara significa "rosto", a parte que antecede a cabeça, conforme 
consta nos dicionários. Já no segundo exemplo, a mesma palavra cara teve seu significado 
ampliado e, por uma série de associações, entendemos que nesse caso significa "pessoa", 
"sujeito", "indivíduo".
Algumas vezes, uma mesma frase pode apresentar duas (ou mais) possibilidades de 
interpretação. Veja:
Marcos quebrou a cara.
Em seu sentido literal, impessoal, frio, entendemos que Marcos, por algum acidente, fraturou o 
rosto. Entretanto, podemos entender a mesma frase num sentido figurado, como "Marcos não 
se deu bem", tentou realizar alguma coisa e não conseguiu.
Pelos exemplos acima, percebe-se que uma mesma palavra pode apresentar mais de um 
significado, ocorrendo, basicamente, duas possibilidades:
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a) No primeiro exemplo, a palavra apresenta seu sentido original, impessoal, sem considerar o 
contexto, tal como aparece no dicionário. Nesse caso, prevalece o sentido denotativo - 
ou denotação - do signo linguístico.
b) No segundo exemplo, a palavra aparece com outro significado, passível de interpretações 
diferentes, dependendo do contexto em que for empregada. Nesse caso, prevalece o 
sentido conotativo - ou conotação do signo linguístico.
Observação: A linguagem poética faz bastante uso do sentido conotativo das palavras, num 
trabalho contínuo de criar ou modificar o significado. Na linguagem cotidiana também é 
comum a exploração do sentido conotativo, como consequência da nossa forte carga de 
afetividade e expressividade.
Variação linguística
A variação linguística é um fenômeno que acontece com a língua e pode ser compreendida 
através das variações históricas e regionais. Em um mesmo país, com um único idioma oficial, a 
língua pode sofrer diversas alterações feitas por seus falantes. Como não é um sistema fechado 
e imutável, a língua portuguesa ganha diferentes nuances. O português que é falado no 
Nordeste do Brasil pode ser diferente do português falado no Sul do país. Claro que um idioma 
nos une, mas as variações podem ser consideráveise justificadas de acordo com a comunidade 
na qual se manifesta.
As variações acontecem porque o princípio fundamental da língua é a comunicação, então é 
compreensível que seus falantes façam rearranjos de acordo com suas necessidades 
comunicativas. Os diferentes falares devem ser considerados como variações, e não como erros. 
Quando tratamos as variações como erro, incorremos no preconceito linguístico que associa, 
erroneamente, a língua ao status. 
O português falado em algumas cidades do interior do estado de São Paulo, por exemplo, pode 
ganhar o estigma pejorativo de incorreto ou inculto, mas, na verdade, essas diferenças 
enriquecem esse patrimônio cultural que é a nossa língua portuguesa. 
Leia a letra da música “Samba do Arnesto”, de Adoniran Barbosa, e observe como a variação 
linguística pode ocorrer:
Samba do Arnesto
O Arnesto nos convidou pra um samba, ele mora no Brás
Nós fumos não encontremos ninguém
Nós voltermos com uma baita de uma reiva
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Da outra vez nós num vai mais
Nós não semos tatu!
No outro dia encontremo com o Arnesto
Que pediu desculpas mais nós não aceitemos
Isso não se faz, Arnesto, nós não se importa
Mas você devia ter ponhado um recado na porta
Um recado assim ói: "Ói, turma, num deu pra esperá
Aduvido que isso, num faz mar, num tem importância,
Assinado em cruz porque não sei escrever.
Samba do Arnesto, Adoniran Barbosa
Há, na letra da música, um exemplo interessante sobre a variação linguística. É importante 
ressaltar que o código escrito, ou seja, a língua sistematizada e convencionalizada na gramática, 
não deve sofrer grandes alterações, devendo ser preservado. Já imaginou se cada um de nós 
decidisse escrever como falamos? Um novo idioma seria inventado, aboliríamos a gramática e 
todo o sistema linguístico determinado pelas regras cairia por terra. Contudo, o que o 
compositor Adoniran Barbosa fez pode ser chamado de licença poética, pois ele transportou 
para a modalidade escrita a variação linguística presente na modalidade oral.
As variações linguísticas acontecem porque vivemos em uma sociedade complexa, na qual estão
inseridos diferentes grupos sociais. Alguns desses grupos tiveram acesso à educação formal, 
enquanto outros não tiveram muito contato com a norma culta da língua. Podemos observar 
também que a língua varia de acordo com suas situações de uso, pois um mesmo grupo social 
pode se comunicar de maneira diferente, de acordo com a necessidade de adequação 
linguística. 
Prova disso é que você não vai se comportar em uma entrevista de emprego da mesma maneira 
com a qual você conversa com seus amigos em uma situação informal, não é mesmo?
A tirinha Calvin e Haroldo, do quadrinista Bill Watterson, mostra-nos um exemplo bem divertido 
sobre a importância da adequação linguística. Já pensou se precisássemos utilizar uma 
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 BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
 
linguagem tão rebuscada e cheia de arcaísmos nas mais corriqueiras situações de nosso 
cotidiano? 
Certamente perderíamos a espontaneidade da fala, sem contar que a dinamicidade da 
comunicação seria prejudicada. 
Podemos elencar também nos tipos de variação linguística os falares específicos para grupos 
específicos: os médicos apropriam-se de um vocabulário próprio de sua profissão quando estão 
exercendo o ofício, mas essas marcas podem aparecer em outros tipos de interações verbais. 
O mesmo acontece com os profissionais de informática, policiais, engenheiros etc.
Tipos
Assim sendo, constatemos algumas elucidações e casos representativos de tais variações. Entre 
elas, destacamos: 
Variações diafásicas 
Representam as variações que se estabelecem em função do contexto comunicativo, ou seja, a 
ocasião é que determina a maneira como nos dirigimos ao nosso interlocutor, se deve ser formal
ou informal. 
Variações diatópicas 
São as variações ocorridas em razão das diferenças regionais, como, por exemplo, a palavra 
“abóbora”, que pode adquirir acepções semânticas (relacionadas ao significado) em algumas 
regiões que se divergem umas das outras, como é o caso de “jerimum”, por exemplo. 
Variações diastráticas 
São aquelas variações que ocorrem em virtude da convivência entre os grupos sociais. Como 
exemplo podemos citar a linguagem dos advogados, dos surfistas, da classe médica, entre 
outras.
Variações históricas
Dado o dinamismo que a língua apresenta, a mesma sofre transformações ao longo do tempo. 
Um exemplo bastante representativo é a questão da ortografia, se levarmos em consideração a 
palavra farmácia, uma vez que a mesma era grafada com “ph”, contrapondo-se à linguagem dos 
internautas, a qual fundamenta-se pela supressão do vocábulos.
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 BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
 
Antigamente 
“Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e eram todas mimosas e muito 
prendadas. Não faziam anos: completavam primaveras, em geral dezoito. Os janotas, mesmo 
sendo rapagões, faziam-lhes pé-de-alferes, arrastando a asa, mas ficavam longos meses debaixo
do balaio."
Carlos Drummond de Andrade
Comparando-o à modernidade, percebemos um vocabulário antiquado.
Variações regionais
São os chamados dialetos, que são as marcas determinantes referentes a diferentes regiões. 
Como exemplo, citamos a palavra mandioca que, em certos lugares, recebe outras 
nomenclaturas, tais como: macaxeira e aipim. Figurando também esta modalidade estão os 
sotaques, ligados às características orais da linguagem.
Variações sociais ou culturais
Estão diretamente ligadas aos grupos sociais de uma maneira geral e também ao grau de 
instrução de uma determinada pessoa. Como exemplo, citamos as gírias, os jargões e o linguajar
caipira. 
As gírias pertencem ao vocabulário específico de certos grupos, como os surfistas, cantores de 
rap, tatuadores, entre outros.
Os jargões estão relacionados ao profissionalismo, caracterizando um linguajar técnico. 
Representando a classe, podemos citar os médicos, advogados, profissionais da área de 
informática, dentre outros.
Vejamos um poema e o trecho de uma música para entendermos melhor sobre o assunto:
Vício na fala
Para dizerem milho dizem mio
Para melhor dizem mió
Para pior pió
Para telha dizem teia
Para telhado dizem teiado
E vão fazendo telhados. 
Oswald de Andrade
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CHOPIS CENTIS 
Eu “di” um beijo nela
E chamei pra passear.
A gente fomos no shopping
Pra “mode” a gente lanchar.
Comi uns bicho estranho, com um tal de gergelim.
Até que “tava” gostoso, mas eu prefiro aipim.
Quanta gente,
Quanta alegria,
A minha felicidade é um crediário nas
Casas Bahia.
Esse tal Chopis Centis é muito legalzinho.
Pra levar a namorada e dar uns “rolezinho”,
Quando eu estou no trabalho,
Não vejo a hora de descer dos andaime.
Pra pegar um cinema, ver Schwarzneger
E também o Van Damme. 
(Dinho e Júlio Rasec, encarte CD Mamonas Assassinas, 1995.)
Figuras de Linguagem 
Figuras de Linguagem são recursos que tornam as mensagens que emitimos mais expressivas. 
Subdividem-se em figuras de som, figuras de palavras, figuras de pensamento e figuras de 
construção.
Classificação das Figuras de Linguagem
Observe:
1) Fernanda acordou às sete horas, Renata às nove horas, Paula às dez e meia.
2) "Quando Deus fecha uma porta, abre uma janela."
3) Seus olhos eram luzes brilhantes.
Nos exemplos acima, temos três tipos distintos de figuras de linguagem:
Exemplo 1: há o uso de uma construção sintética ao deixar subentendido, na segunda e na 
terceira frase, um termo citado anteriormente - o verbo acordar. Repare que a segunda e a 
última frase doprimeiro exemplo devem ser entendidas da seguinte forma: "Renata acordou às 
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 BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
 
nove horas, Paula acordou às dez e meia. Dessa forma, temos uma figura de construção ou de 
sintaxe.
Exemplo 2: a ideia principal do ditado reside num jogo conceitual entre as 
palavras fecha e abre, que possuem significados opostos. Temos, assim, uma figura de 
pensamento.
Exemplo 3: a força expressiva da frase está na associação entre os elementos olhos e luzes 
brilhantes. Essa associação nos permite uma transferência de significados a ponto de 
usarmos "olhos" por "luzes brilhantes". Temos, então, uma figura de palavra.
Figura de Palavra
A figura de palavra consiste na substituição de uma palavra por outra, isto é, no 
emprego figurado, simbólico, seja por uma relação muito próxima (contiguidade), seja por uma 
associação, uma comparação, uma similaridade. Esses dois conceitos básicos 
- contiguidade e similaridade - permitem-nos reconhecer dois tipos de figuras de palavras: 
a metáfora e a metonímia.
METÁFORA
É o emprego de uma palavra com o significado de outra em vista de uma relação de 
semelhanças entre ambas. É uma comparação subentendida.
Exemplo:
Minha boca é um túmulo.
Essa rua é um verdadeiro deserto.
 
COMPARAÇÃO
Consiste em atribuir características de um ser a outro, em virtude de uma determinada 
semelhança.
Exemplo:
O meu coração está igual a um céu cinzento.
O carro dele é rápido como um avião.
 
PROSOPOPÉIA
É uma figura de linguagem que atribui características humanas a seres inanimados. Também 
podemos chamá-la de PERSONIFICAÇÃO.
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 BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
 
Exemplo:
O céu está mostrando sua face mais bela.
O cão mostrou grande sisudez.
 
SINESTESIA
Consiste na fusão de impressões sensoriais diferentes.
Exemplo:
Raquel tem um olhar frio, desesperador.
Aquela criança tem um olhar tão doce.
 
CATACRESE
É uma metáfora desgastada, tão usual que já não percebemos. Assim, a catacrese é o emprego 
de uma palavra no sentido figurado por falta de um termo próprio.
Exemplo:
O menino quebrou o braço da cadeira.
A manga da camisa rasgou.
 
METONÍMIA
É a substituição de uma palavra por outra, quando existe uma relação lógica, uma proximidade 
de sentidos que permite essa troca. Ocorre metonímia quando empregamos:
- O autor pela obra.
Li Jô Soares dezenas de vezes. (a obra de Jô Soares)
- o continente pelo conteúdo.
O ginásio aplaudiu a seleção. (ginásio está substituindo os torcedores)
- a parte pelo todo.
Vários brasileiros vivem sem teto, ao relento. (teto substitui casa)
- o efeito pela causa.
Suou muito para conseguir a casa própria. (suor substitui o trabalho)
 
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PERÍFRASE
É a designação de um ser através de alguma de suas características ou atributos, ou de um fato 
que o celebrizou.
Exemplo:
A Veneza Brasileira também é palco de grandes espetáculos. (Veneza Brasileira = Recife)
A Cidade Maravilhosa está tomada pela violência. (Cidade Maravilhosa = Rio de Janeiro)
 
ANTÍTESE
Consiste no uso de palavras de sentidos opostos.
Exemplo:
Nada com Deus é tudo.
Tudo sem Deus é nada.
 
EUFEMISMO
Consiste em suavizar palavras ou expressões que são desagradáveis.
Exemplo:
Ele foi repousar no céu, junto ao Pai. (repousar no céu = morrer)
Os homens públicos envergonham o povo. (homens públicos = políticos)
 
HIPÉRBOLE
É um exagero intencional com a finalidade de tornar mais expressiva a ideia.
Exemplo:
Ela chorou rios de lágrimas.
Muitas pessoas morriam de medo da perna cabeluda.
 
IRONIA
Consiste na inversão dos sentidos, ou seja, afirmamos o contrário do que pensamos.
Exemplo:
Que alunos inteligentes, não sabem nem somar.
Se você gritar mais alto, eu agradeço.
 
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ONOMATOPÉIA
Consiste na reprodução ou imitação do som ou voz natural dos seres.
Exemplo:
Com o au-au dos cachorros, os gatos desapareceram.
Miau-miau. – Eram os gatos miando no telhado a noite toda.
 
ALITERAÇÃO
Consiste na repetição de um determinado som consonantal no início ou interior das palavras.
Exemplo:
O rato roeu a roupa do rei de Roma.
 
ELIPSE
Consiste na omissão de um termo que fica subentendido no contexto, identificado facilmente.
Exemplo:
Após a queda, nenhuma fratura.
 
ZEUGMA
Consiste na omissão de um termo já empregado anteriormente.
Exemplo:
Ele come carne, eu verduras.
PLEONASMO
Consiste na intensificação de um termo através da sua repetição, reforçando seu significado.
Exemplo:
Nós cantamos um canto glorioso.
 
POLISSÍNDETO
É a repetição da conjunção entre as orações de um período ou entre os termos da oração.
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Exemplo:
Chegamos de viagem e tomamos banho e saímos para dançar.
 
ASSÍNDETO
Ocorre quando há a ausência da conjunção entre duas orações.
Exemplo:
Chegamos de viagem, tomamos banho, depois saímos para dançar.
 
ANACOLUTO
Consiste numa mudança repentina da construção sintática da frase.
Exemplo:
Ele, nada podia assustá-lo.
 
Nota: o anacoluto ocorre com frequência na linguagem falada, quando o falante interrompe a 
frase, abandonando o que havia dito para reconstruí-la novamente.
 
ANAFÓRA
Consiste na repetição de uma palavra ou expressão para reforçar o sentido, contribuindo para 
uma maior expressividade.
Exemplo:
Cada alma é uma escada para Deus,
Cada alma é um corredor-Universo para Deus,
Cada alma é um rio correndo por margens de Externo
Para Deus e em Deus com um sussurro noturno. (Fernando Pessoa)
 
SILEPSE
Ocorre quando a concordância é realizada com a ideia e não sua forma gramatical. Existem três 
tipos de silepse: gênero, número e pessoa.
De gênero.
Exemplo:
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Vossa excelência está preocupado com as notícias. (a palavra vossa excelência é feminina quanto
à forma, mas nesse exemplo a concordância se deu com a pessoa a que se refere o pronome de 
tratamento e não com o sujeito).
 
De número.
Exemplo:
A boiada ficou furiosa com o peão e derrubaram a cerca. (nesse caso a concordância se deu com
a ideia de plural da palavra boiada).
 
De pessoa
Exemplo:
As mulheres decidimos não votar em determinado partido até prestarem conta ao povo. (nesse 
tipo de silepse, o falante se inclui mentalmente entre os participantes de um sujeito em 3ª 
pessoa).
Figuras de estilo 
Figuras de estilo, figuras ou Desvios de linguagem são nomes dados a alguns processos que 
priorizam a palavra ou o todo para tornar o texto mais rico e expressivo ou buscar um novo 
significado, possibilitando uma reescritura e retextualização correta de textos.
São elas:
Figuras de palavras
As figuras de palavra consistem no emprego de um termo com sentido diferente daquele 
convencionalmente empregado, a fim de se conseguir um efeito mais expressivo na 
comunicação.
São figuras de palavras:
Comparação:
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 BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
 
Ocorre comparação quando se estabelece aproximação entre dois elementos que se identificam,
ligados por conectivos comparativos explícitos – feito, assim como, tal, como, tal qual, tal como, 
qual, que nem – e alguns verbos – parecer, assemelhar-se e outros.
Exemplos: “Amou daquela vezcomo se fosse máquina. / Beijou sua mulher como se fosse 
lógico.” (Chico Buarque);
“As solteironas, os longos vestidos negros fechados no pescoço, negros xales nos ombros, 
pareciam aves noturnas paradas…” (Jorge Amado).
Metáfora:
Ocorre metáfora quando um termo substitui outro através de uma relação de semelhança 
resultante da subjetividade de quem a cria. A metáfora também pode ser entendida como uma 
comparação abreviada, em que o conectivo não está expresso, mas subentendido.
Exemplo: “Supondo o espírito humano uma vasta concha, o meu fim, Sr. Soares, é ver se posso 
extrair pérolas, que é a razão.” (Machado de Assis).
Metonímia:
Ocorre metonímia quando há substituição de uma palavra por outra, havendo entre ambas 
algum grau de semelhança, relação, proximidade de sentido ou implicação mútua. Tal 
substituição fundamenta-se numa relação objetiva, real, realizando-se de inúmeros modos:
- o continente pelo conteúdo e vice-versa: Antes de sair, tomamos um cálice (o conteúdo de um 
cálice) de licor.
- a causa pelo efeito e vice-versa: “E assim o operário ia / Com suor e com cimento (com 
trabalho) / Erguendo uma casa aqui / Adiante um apartamento.” (Vinicius de Moraes).
- o lugar de origem ou de produção pelo produto: Comprei uma garrafa do legítimo porto (o 
vinho da cidade do Porto).
- o autor pela obra: Ela parecia ler Jorge Amado (a obra de Jorge Amado).
- o abstrato pelo concreto e vice-versa: Não devemos contar com o seu coração (sentimento, 
sensibilidade).
- o símbolo pela coisa simbolizada: A coroa (o poder) foi disputada pelos revolucionários.
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 BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
 
- a matéria pelo produto e vice-versa: Lento, o bronze (o sino) soa.
- o inventor pelo invento: Edson (a energia elétrica) ilumina o mundo.
- a coisa pelo lugar: Vou à Prefeitura (ao edifício da Prefeitura).
- o instrumento pela pessoa que o utiliza: Ele é um bom garfo (guloso, glutão).
Sinédoque:
Ocorre sinédoque quando há substituição de um termo por outro, havendo ampliação ou 
redução do sentido usual da palavra numa relação quantitativa. Encontramos sinédoque nos 
seguintes casos:
- o todo pela parte e vice-versa: “A cidade inteira (o povo) viu assombrada, de queixo caído, o 
pistoleiro sumir de ladrão, fugindo nos cascos (parte das patas) de seu cavalo.” (J. Cândido de 
Carvalho)
- o singular pelo plural e vice-versa: O paulista (todos os paulistas) é tímido; o carioca (todos os 
cariocas), atrevido.
- o indivíduo pela espécie (nome próprio pelo nome comum): Para os artistas ele foi um 
mecenas (protetor).
Catacrese:
A catacrese é um tipo de especial de metáfora, “é uma espécie de metáfora desgastada, em que 
já não se sente nenhum vestígio de inovação, de criação individual e pitoresca. É a metáfora 
tornada hábito linguístico, já fora do âmbito estilístico.” (Othon M. Garcia).
São exemplos de catacrese: folhas de livro / pele de tomate / dente de alho / montar em burro / 
céu da boca / cabeça de prego / mão de direção / ventre da terra / asa da xícara / sacar dinheiro
no banco.
Sinestesia:
A sinestesia consiste na fusão de sensações diferentes numa mesma expressão. Essas sensações 
podem ser físicas (gustação, audição, visão, olfato e tato) ou psicológicas (subjetivas).
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 BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
 
Exemplo: “A minha primeira recordação é um muro velho, no quintal de uma casa indefinível. 
Tinha várias feridas no reboco e veludo de musgo. Milagrosa aquela mancha verde [sensação 
visual] e úmida, macia [sensações táteis], quase irreal.” (Augusto Meyer)
Antonomásia:
Ocorre antonomásia quando designamos uma pessoa por uma qualidade, característica ou fato 
que a distingue.
Na linguagem coloquial, antonomásia é o mesmo que apelido, alcunha ou cognome, cuja 
origem é um aposto (descritivo, especificativo etc.) do nome próprio.
Exemplos: “E ao rabi simples (Cristo), que a igualdade prega, / Rasga e enlameia a túnica 
inconsútil; (Raimundo Correia). / Pelé (= Edson Arantes do Nascimento) / O Cisne de Mântua (= 
Virgílio) / O poeta dos escravos (= Castro Alves) / O Dante Negro (= Cruz e Souza) / O Corso (= 
Napoleão)
Alegoria:
A alegoria é uma acumulação de metáforas referindo-se ao mesmo objeto; é uma figura poética 
que consiste em expressar uma situação global por meio de outra que a evoque e intensifique o 
seu significado. Na alegoria, todas as palavras estão transladadas para um plano que não lhes é 
comum e oferecem dois sentidos completos e perfeitos – um referencial e outro metafórico.
Exemplo: “A vida é uma ópera, é uma grande ópera. O tenor e o barítono lutam pelo soprano, 
em presença do baixo e dos comprimários, quando não são o soprano e o contralto que lutam 
pelo tenor, em presença do mesmo baixo e dos mesmos comprimários. Há coros numerosos, 
muitos bailados, e a orquestra é excelente…” (Machado de Assis).
Gêneros textuais
Existem muitos gêneros textuais, os quais promovem uma interação entre os interlocutores 
(emissor e receptor) de determinado discurso.
São exemplos resenha crítica jornalística, publicidade, receita de bolo, menu do restaurante, 
bilhete ou lista de supermercado.
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É importante considerar seu contexto, função e finalidade, pois o gênero textual pode conter 
mais de um tipo textual. Isso, por exemplo, quer dizer que uma receita de bolo apresenta a lista 
de ingredientes necessários (texto descritivo) e o modo de preparo (texto injuntivo).
Editorial
O texto editorial é um tipo de texto jornalístico que geralmente aparece no início das colunas. 
Diferente dos outros textos que compõem um jornal, de caráter informativo, os editoriais são 
textos opinativos.
Embora sejam textos de caráter subjetivo, eles podem apresentar certa objetividade. Isso porque
são os editoriais que apresentam os assuntos que serão abordados em cada seção do jornal, ou 
seja, Política, Economia, Cultura, Esporte, Turismo, País, Cidade, Classificados, entre outros.
Os textos são organizados pelos editorialistas, que expressam as opiniões da equipe e, por isso, 
não recebem a assinatura do autor. No geral, eles apresentam a opinião do meio de 
comunicação (revista, jornal, rádio, etc.).
Tanto nos jornais como nas revistas podemos encontrar os editoriais intitulados como “Carta ao 
Leitor” ou “Carta do Editor”.
Estrutura
Por ser um texto dissertativo-argumentativo, os editoriais apresentam a estrutura básica dividida
em três partes principais:
Introdução: exposição do assunto que será tratado no decorrer da leitura
Desenvolvimento: momento em que a argumentação do escritor será a principal ferramenta
Conclusão: finalização do texto com a opinião do autor ou da equipe
Exemplos
Editorial de jornal
Protestos no Brasil e a Crise Econômica
Desde o ano passado nos deparamos com as diversas manifestações que se espalham pelas 
capitais e cidades do país. Todas elas demostram a insatisfação dos brasileiros com a política, 
economia e os problemas sociais no geral.
O que mais ouvimos no café, no supermercado, nas paragens de ônibus ou mesmo no trânsito 
são frases do tipo: “Aonde vamos parar”, “Isso é culpa do PT”, “Estamos afundando” “O preço das
coisas aumentam e nosso salário nunca”.
Essa frases proferidas pelos mais diversos tipos de brasileiros nos indicam que a insatisfação e a 
crise econômica cresce cada vez mais no país, e os que tem possibilidades (mínima parcela) 
estão deixando o Brasil para terem vidas melhores longe da nação verde e amarelo.
Mas será que essa é a solução? Vale ressaltar que muitos dos que deixam o país tem 
conhecimentos superficiais sobre a política e a economia e, na maioria das vezes, são os mais 
preconceituososcom os nortistas e nordestinos.
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Sabemos que a chave para a solução dos problemas instaurados no país, de ordem social, 
política e econômica tem somente uma alternativa: o investimento em políticas públicas voltadas
para o desenvolvimento educativo no país, sobretudo da implementação de disciplinas que 
abordem as questões sobre diversidade, pluralidade e gênero.
Mas isso é somente a ponta do iceberg. Ou seja, a solução não é deixar o país, mas lutar para a 
melhoria do nosso Brasil, que se deparou com o iceberg e quer mudar o curso. A frase “salve-se 
quem puder” deve ser mudada para “salvemos o nosso país todos juntos”.
Equipe Folhetim de Minas
Editorial de revista
Neste mês de natal, celebramos o nascimento do menino Jesus. Nada melhor que reunir a 
família e curtir esse momento tão especial de encontro, amor, compreensão e tolerância.
Por conta disso, a revista feminina nesse mês apresenta um artigo sobre a “Origem e História do 
Natal”, além de oferecer dicas de presentes natalinos para toda a família.
Ademais, você não deve perder as novidades sobre a moda nesse verão e, ainda, ficar alerta no 
artigo sobre os “Melhores Concelhos para Economizar”.
Para além disso, apresentamos diversas dicas de viagem para esse final de ano em todas as 
regiões do Brasil e muitas receitas natalinas práticas, rápidas e fáceis de preparar.
Aproveite o final do ano para se divertir com toda a família e amigos e não se esqueça que o 
espírito de natal deverá ser aproveitado para nos tornar pessoas cada vez melhores.
Encha seu coração de tudo que há de melhor: amor, alegria, compreensão, harmonia e 
tolerância.
Desejamos-lhes boa leitura e um feliz natal!
Equipe Revista Feminina
Características
Tal como vemos nos exemplos acima, as características dos editoriais jornalísticos que se 
destacam são:
Caráter objetivo e subjetivo
• Linguagem simples e clara
• Textos dissertativos-argumentativos
• Temas da atualidade
• Textos relativamente curtos
Propaganda institucional/educacional
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Seu gênero textual é dissertativo-expositivo, isto é, onde há o intuito de propagar informações 
sobre determinada coisa. Busca se atingir e influenciar o leitor apresentando, na maioria das 
vezes, mensagens que despertam as emoções e a sensibilidade. Diferentemente da maioria dos 
outros gêneros, a propaganda, de um modo geral, é utilizada também de forma oral.
Eles estão presentes no nosso cotidiano e possuem o intuito principal de convencer o leitor para
a compra de produtos e/ou serviços.
Geralmente são encontrados nos meios de comunicação: jornal, revista, televisão, rádio, internet,
outdoors, dentre outros.
Os textos publicitários são textos sugestivos, retóricos e persuasivos os quais contém uma 
linguagem sedutora para despertar nos consumidores o desejo de consumir.
Desse modo, são produzidos através da função conativa ou apelativa da linguagem, ou seja, a 
mensagem está centrada no receptor ou interlocutor com a finalidade de despertar emoções, 
sentimentos e sensações.
Lembre-se que os publicitários são as pessoas encarregadas de produzirem esse tipo de texto, 
ou seja, são os emissores (locutores) da linguagem publicitária dirigidas para determinado 
público-alvo.
Características do texto publicitário
As principais características do texto publicitário são:
• Texto persuasivo com o objetivo de convencimento
• Verbos no imperativo ou presente do Indicativo
• Uso de expressão de chamamento: vocativo
• Linguagem simples, coloquial, dinâmica e acessível
• Presença de criatividade, humor e ironia
• Intertextualidade (relação com outros textos)
• Subjetividade e musicalidade
• Uso de figuras e vícios de linguagem
• Uso de rimas, neologismos, estrangeirismo, polissemia e trocadilhos
• Função Apelativa da Linguagem
• Utilização de estereótipos
Os textos publicitários não seguem uma estrutura padrão e podem ser frases, textos visuais 
auditivos e escritos os quais utilizam a linguagem verbal e não-verbal.
Geralmente são textos curtos com o objetivo de vender algum produto e/ou serviço, e podem 
ser de diversos gêneros (argumentativos, narrativos ou descritivos) sendo que alguns deles 
incluem os três gêneros num só texto.
É muito comum encontrarmos os textos publicitários com imagem e textos. Observe que a 
imagem é um recurso muito importante dos textos publicitários, que tem a função principal de 
promover a marca e despertar no leitor a vontade de possuir tal produto ou serviço.
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Podem apresentar títulos (na linguagem publicitária são chamados de “headline”) bem atrativos 
e criativos com presença de alguma das palavras-chave, com o intuito de chamar mais atenção 
do leitor para o que se pretende comercializar.
Em seguida, no corpo do
texto será apresentada a
ideia principal que
apresentará descrições, narrações ou argumentos para a escolha da marca; e, por fim, a 
conclusão do pretendido seguidos da assinatura do anunciante da marca.
Os slogans são elementos fundamentais dos textos publicitários, posto que definem em poucas 
palavras (ou frases de efeito) a marca de maneira criativa e que aproxime o leitor da proposta 
publicitária.
Correspondem aos textos de fácil memorização, por exemplo, quando dizemos “Amo muito 
tudo isso” logo nosso pensamento nos leva a pensar na empresa de fast food “Mc Donalds”, que
divulgou amplamente sua marca através desse slogan.
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Notícia e Reportagem
A Notícia é um gênero textual jornalístico e não literário que está presente em nosso dia a dia, 
sendo encontrada principalmente nos meios de comunicação.
Trata-se, portanto de um texto informativo sobre um tema atual ou algum acontecimento real, 
veiculada pelos principais meios de comunicação: jornais, revistas, meios televisivos, rádio, 
internet, dentre outros.
Por esse motivo, as notícias possuem teor informativo e podem ser textos descritivos e 
narrativos ao mesmo tempo, apresentando, portanto, tempo, espaço e as personagens 
envolvidas.
Características da Notícia
As principais caraterísticas do gênero textual notícia são:
Texto de cunho informativo
Textos descritivos e/ou narrativos
Textos relativamente curtos
Veiculado nos meios de comunicação
Linguagem formal, clara e objetiva
Textos com títulos (principal e auxiliar)
Textos em terceira pessoa (impessoais)
Discurso indireto
Fatos reais, atuais e cotidianos
Estrutura e Exemplo de Notícia
Geralmente as notícias seguem uma estrutura básica classificada em:
Título Principal e Título Auxiliar
A notícia é formada por dois títulos, ou seja, um principal, também chamado de Manchete, que 
sintetiza o tema que será abordado, e outro um pouco maior, o qual auxilia o entendimento do 
título principal, ou seja, é um recorte do assunto que será explorado, por exemplo:
Olimpíadas Rio 2016 (Título Principal)
Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016 (Título Auxiliar)
Lide
Na linguagem jornalística, a Lide corresponde à introdução da notícia, portanto, trata-se do 
primeiro parágrafo que responderá as perguntas: O Que? Quem? Quando? Onde? Como? 
Porque?
Trata-se de um parágrafo em que todas as informações que estarão contidas na notícia deverão 
aparecer. É uma ferramenta muito importante, visto que desperta a atenção do leitor para a 
leitura da notícia. Segue abaixo um exemplo:
O Rio de Janeiro, sede dos jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016, vem se preparando para 
receber milhões de turistas no maior evento esportivo do planeta. Os Jogos Olímpicos ocorrerão41 
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entre os dias 05 e 21 de agosto e os Jogos Paraolímpicos, que contempla os atletas com 
necessidades especiais, acontecerão de 7 a 18 de setembro.
Corpo da Notícia
Nessa parte, será apresentada a notícia com descrições mais detalhadas. Segue abaixo um 
exemplo:
Segundo a página oficial do “Rio 2016”, os Jogos Olímpicos vão ocorrer durante 17 dias (05 e 21 
de agosto) em quatro regiões da Cidade Maravilhosa, que totalizam 32 locais de competição: 
Copacabana, Barra, Maracanã e Deodoro. As Modalidades Olímpicas incluem 42 esportes, onde 
participarão 10.500 atletas de 206 países. Duas novas modalidades foram inclusas nos jogos 
Olímpicos de 2016: o Golfe e o Rugby.
Já os Jogos Paraolímpicos, destinados para atletas com necessidades especiais, acontecerão 
durante 11 dias (7 a 18 de setembro) nas mesmas regiões da cidade (Copacabana, Barra, 
Maracanã e Deodoro), que no total contemplam 20 locais de competição. São 23 modalidades 
esportivas, onde participarão 4.350 atletas de 178 países. A novidade é a inclusão de duas novas 
modalidades: a Canoagem e o Triatlo.
Notícia e Reportagem
Ainda que a noticia e a reportagem sejam textos jornalísticos, a notícia se difere da reportagem 
na medida que é um texto informativo e impessoal, sem teor opinativo, característico das 
reportagens. Além disso, as notícias não são textos assinados pelo autor, enquanto as 
reportagens apresentam o nome do repórter.
Dentre outras diferenças que podem surgir entre esses tipos de textos, vale lembrar que a 
notícia apresenta um tema atual de modo inteiramente informativo, enquanto a reportagem 
aprofunda-se mais sobre os temas sociais e de interesse da sociedade apresentando as opiniões 
do autor.
A Reportagem é um tipo de texto que tem o intuito de informar ao mesmo tempo que prevê 
criar uma opinião nos leitores, portanto, ela possui uma função social muito importante como 
formadora de opinião.
A Reportagem pode ser um texto expositivo, informativo, descritivo, narrativo ou opinativo.
Desse modo, ela pode tanto se aproximar da notícia quanto dos artigos opinativos, porém não 
deve ser confundida com eles.
Expositivo e Informativo porque ele expõe sobre um determinado assunto, com o intuito 
principal de informar o leitor.
Podem também ser textos descritivos e narrativos, uma vez que descrevem ações e incluem 
tempo, espaço e personagens.
E por fim, é um texto opinativo, ou seja, o repórter apresenta juízos de valor sobre o que está 
sendo discorrido.
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Geralmente são textos mais longos, opinativos e assinados pelos repórteres, enquanto as 
notícias são textos relativamente curtos e impessoais que possuem o intuito de somente 
informar o leitor de um fato atual ocorrido.
Em resumo, podemos dizer que a notícia faz parte do jornalismo informativo, enquanto as 
reportagens fazem parte do chamado jornalismo opinativo.
Por esse motivo, a reportagem é um texto que precisa de mais tempo para ser elaborado pelo 
repórter, donde se desenvolve um debate sobre um tema, de modo mais abrangente que a 
notícia.
Estrutura da Reportagem
Embora apresenta uma estrutura similar à da notícia, a reportagem é mais ampla e menos rígida 
na estrutura textual.
Ela pode incluir as opiniões e interpretações do autor, entrevistas e depoimentos, análises de 
dados e pesquisa, causas e consequências, dados estatísticos, dentre outros.
Estrutura Básica
Vale lembrar que a estrutura básica dos textos jornalísticos é dividida em três partes:
Título Principal e Secundário: as reportagens, tal qual as notícias, podem apresentar dois títulos, 
um principal e mais abrangente (chamado de Manchete), e outro secundário (uma espécie de 
subtítulo) e mais específico.
Lide: na linguagem jornalística a Lide corresponde aos primeiros parágrafos dos textos 
jornalísticos, os quais devem conter as informações mais importantes que serão discorridas pelo 
autor. Portanto, a Lide pode ser considerada uma espécie de resumo, donde as palavras chave 
serão apontadas.
Corpo do Texto: Desenvolvimento do texto, sem perder de vista o que foi apresentado na Lide. 
Nessa parte, o repórter reúne todas as informações e as apresenta num texto coeso e coerente.
Principais Características da Reportagem:
• Textos em primeira e terceira pessoa
• Presença de títulos
• Temas sociais, políticos, econômicos
• Linguagem simples, clara e dinâmica
• Discurso direto e indireto
• Objetividade e subjetividade
• Linguagem formal
• Textos assinados pelo autor
Resenha
Toda resenha é a descrição de um objeto (seja um obra literária, um filme ou uma apresentação 
artística) e seu papel é justamente apresentar o tema analisado. Trata-se, portanto, de um texto 
de informação e de opinião.
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Ela é um pequeno resumo no qual propõe a exposição de ideias, agregado ao juízo de valor do 
autor, ou seja, sob a ótica do emissor.
A resenha é uma análise interpretativa e, por isso, faz-se necessário atentar ao tema que será 
discorrido e, além disso, as considerações pessoais sobre o objeto analisado.
Assim, se a resenha será de uma peça de teatro é muito importante que você vá assisti-la e crie 
seu próprio juízo de valor a respeito do tema.
Da mesma forma, se a tarefa for fazer uma resenha crítica de um livro, faz-se necessário a leitura 
e uma análise sobre a obra.
Para produzirmos uma resenha devemos seguir os seguintes passos:
Escolha do tema a ser analisado;
Aprofundamento e contextualização do tema;
Argumentação e criação de um juízo de valor ou opinião pessoal sobre o tema.
No último tópico, observe que não precisamente o discurso aparecerá em primeira pessoa (eu), 
mais comum, aparecer em terceira pessoa (ele, ela, você).
Outros elementos importantes para a elaboração de uma resenha crítica são: conhecimento 
sobre o autor e sua obra bem como a relação com outros textos, conceitos e autores.
Dessa forma, vale ressaltar que quanto mais o resenhista amplia os conhecimentos que 
envolvem o tema, a resenha ficará muito melhor.
A resenha segue o modelo dos textos dissertativos-argumentativos, ou seja, introdução, 
desenvolvimento e conclusão. Contudo, é um texto flexível e pode não seguir essa regra.
Destaca-se que, quando uma resenha crítica é feita de uma obra, deve-se colocar a referência 
bibliográfica e as informações sobre o autor.
Segundo sua finalidade, a resenha pode apresentar duas modalidades:
Resenha-resumo: caracterizado por ser um texto informativo e descritivo o qual sintetiza os 
aspectos e os pontos mais relevantes do objeto analisado.
Resenha-crítica: além de sintetizar as ideias principais do objeto, a resenha crítica é marcada pelo
juízo de valor do resenhista.
Exemplo de Resenha Crítica
Segue abaixo uma resenha crítica do livro o “Menino Maluquinho” (1980), do escritor Ziraldo 
Alves Pinto.
Quem nunca ouviu falar do menino que ‘tinha ventos nos pés’, o ‘olho maior que a barriga’, 
‘fogo no rabo’, ‘umas pernas enormes (que davam para abraçar o mundo)’ e que ‘chorava 
escondido se tinha tristezas’?
É assim, que caracterizamos um dos personagens de Ziraldo que com mais de 30 anos de 
existência, corrobora sua atemporalidade.
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“O Menino Maluquinho”, lançado em 1980 pelo escritor e cartunista Ziraldo, é um clássico da 
literatura e que continua conquistando o universo infanto-juvenil.
Em entrevista ao Diário Catarinense (2011), Ziraldo afirma que a ideia de criar o menino 
maluquinho surgiu de considerações e observações pessoais:
“Eu já tinha visto o que

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