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CIÊNCIA E PROFISSÃO- resumo

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ETIMOLOGIA
Psicologia= Palavra de origem
grega que deriva de Psyche
(alma) + logia (ciência,
estudo)
Com o passar do tempo, a
palavra psicologia tem sido
usada para indicar o estudo
da alma, da mente e/ou
comportamento.
A matéria-prima da Psicologia
O homem em todas as suas expressões, as visíveis
(nosso comportamento) e as invisíveis (nossos
sentimentos), as singulares (porque somos o que
somos) e as genéricas (porque somos todos assim) —
é o homem-corpo, homem-pensamento, homem-afeto,
homem-ação e tudo isso está sintetizado no termo
subjetividade.
Subjetividade = mundo de idéias, significados e
emoções construído internamente pelo sujeito a partir
de suas relações sociais, de suas vivências e de sua
constituição biológica; é, também, fonte de suas
manifestações afetivas e comportamentais
PARADOXO: “Psicologia é
uma ciência com um longo
passado, mas com uma curta
história”História da Psicologia
História: é a ciência que estuda o Homem e sua ação no
tempo e no espaço.
Está ligada ao anseio do Homem ao autoconhecimento.
Qualquer produção humana possui história.
Compreendê-la é fundamental para entender o
processo de desenvolvimento humano.
História e Psicologia: contextualização das teorias
psicológicas de acordo com o momento histórico de seu
formulador.
Por que estudar história da Psicologia?
Psicologia uma ciência jovem: Boa parte de sua
história é recente e relevante para a compreensão
de conceitos e teorias. Propicia experiência de
síntese, amarrando os fios soltos que constituem a
atual diversidade.
“Psicologia tem um longo passado, mas uma curta
história”
Estudo das origens históricas
Suporte filosófico e raízes fisiológicas  eixos de
sustentação da Psicologia
Grécia Antiga (700 A.C) : “Necessidade do
homem de se conhecer”
Em toda a sua história, a Filosofia traz vários
estudos sobre os humores, temperamentos,
sofrimentos e ética.
FILOSOFIA
Indagações como :
“ As pessoas percebem a realidade”? “O que é a
consciência”? “ As pessoas são capazes de exercer
o livre arbítrio”? lidam com a natureza da mente e
dos processos mentais e são percursoras da busca
pelo conhecimento e da compreensão do
funcionamento mental do ser humano (ATKINSON,
1995)
A Filosofia se desenvolveu como uma área
do conhecimento que buscava valorizar a
experiência da subjetividade privatizada, ou
seja, as experiências dos indivíduos como
únicas e privadas. Desse modo, o sujeito é
capaz de autonomia, iniciativa, sentimentos
e emoções privadas.
Os filósofos preocupavam-se em estudar a natureza 
humana e voltavam sua atenção para:
A consciência – a capacidade humana de perceber as 
coisas;
O intelecto – a capacidade de pensamento e raciocínio;
A ética e a moral que diferenciavam o homem dos animais 
O desenvolvimento da Psicologia encontrou respaldo
especial nos estudos de três grandes filósofos:
Sócrates (469/ 399 A.C):
A principal característica do ser humano é a razão e a razão
é superior aos instintos;
Esse aspecto permitiria ao homem deixar de ser um animal
irracional;
Abre caminho para o início da exploração da Psicologia: as
Teorias da Consciência: “Conhece-te a ti mesmo”
Platão (427/ 347 A.C)
A alma é separada do corpo;
Concluiu que o lugar da razão no corpo humano
era a cabeça, representando fisicamente a psique.
Quando o corpo morre, a alma fica livre para
ocupar outro corpo.
Aristóteles ( 387/ 322 A.C) 
Entendia corpo e mente de forma integrada (alma e corpo não
podem ser dissociados) e percebia a psyche como princípio ativo
da vida;
Tudo que nasce, cresce, se reproduz e se alimenta possui sua
psyche ou alma.Vegetais – alma vegetativa; Animais –alma
vegetativa e alma sensitiva; Homens – alma vegetativa, alma
sensitiva e alma racional – função pensante
Teorizou sobre temas como motivação, aprendizagem, memória e
personalidade;
Estudou as diferenças entre razão, percepção e sensações.
A Filosofia (mãe de todas as ciências) foi a pioneira na
introdução da Psicologia. Durante muitos séculos, foi
definida como um saber acerca da alma. No entanto, a alma
era considerada uma realidade metafísica e nunca poderia
ser tomada como uma ciência mas somente como uma
crença.
Os filósofos limitavam-se a especulações, fazendo uso da
razão, reflexão e discussão. Utilizavam, assim, como método
o raciocínio dedutivo e as leis da lógica e rejeitavam todo o
conhecimento proveniente dos sentidos (conhecimentos
empíricos). A este período, a psicologia ficou conhecida
como pré-científica e só depois em 1879 passa a funcionar
como ciência.
Filosofia: Caráter predominantemente
especulativo podia-se resolver todos os
problemas pensando.
Charles Darwin “A origem das espécies” (1859)
influenciou de modo revolucionário todos os
domínios das ciências e deu novo impulso as
investigações psicológicas.
• Até o ultimo quarto do sec. XIX, os filósofos
estudavam a natureza humana mediante a
especulação, a intuição e a generalização baseada
em suas experiências.
• O que distingue a filosofia da psicologia moderna são
a abordagem e as técnicas usadas, que detonam a
emergência desta ultima como um campo de estudo
próprio, essencialmente científico.
• O campo da psicologia é grande e disperso.
Os acessos são arbitrários. Psicólogos sabem coisas
diferentes uns dos outros. O estudo da história ajuda
a entender que apesar das diferenças de interesses e
de linguagens muitas das raízes são comuns.
• Idade Média: Poder da igreja católica .
Monopolização do saber. Pecado. o homem
sujeito ao livre arbítrio e aos desígnios
divinos Inquisição.Sociedade feudal.
• Renascimento: descoberta de novas terras.
Transição para o capitalismo. Evolução da
ciência :física (Galileu) e medicina (estudo
de anatomia). Decartes – “Penso, logo
existo”. Separação entre corpo e mente.
Darwin – Teoria da evolução. interacionismo
corpo-mente / continuidade homem-animal;
• Idade contemporânea:
perspectivas diversas e
complementares (neurociência;
evolucionista; genética;
comportamental; cognitiva e
sociocultural).
Neste contexto de mais rigor, as esferas da
filosofia se abrem e as questões ligadas à
psicologia passam a ser investigados pela
fisiologia e neurofisiologia – o sistema
nervoso central começa a ser teorizado – os
pensamentos, as percepções e sentimentos
humanos estavam nele!
Para entender o psiquismo passa a ser
necessário compreender os mecanismos e
funcionamento do cérebro.
Hipócrates (pai da Medicina) fez muitas
observações importantes acerca de como o
cérebro controlava outros órgãos e realizou a
primeira tentativa científica de compreender
o cérebro na vida humana, tanto em sua
função como em seu significado.
Seus estudos abriram as portas para a
relação dos estudos da psicologia com a
biologia.
Hipócrates foi o primeiro a formular uma teoria do
temperamento. Segundo ele, há quatro tipos de
temperamentos, conforme os quatro fluídos
corporais: Sanguíneo (sangue), Fleumático (linfa
ou bleuma), Colérico (bílis), Melancólico (bílis
negra).
Quando os humores estivessem alterados, o corpo
e a mente seriam afetados de maneira previsível,
dependendo de qual dos humores estivesse em
excesso.
Dessa forma, propunha-se a classificação de quatro tipos
de personalidades, conforme as características desses
temperamentos ou humores:
• Sanguíneo: É sempre cordial, eufórico e vigoroso.
Receptivo por natureza, toma suas decisões pelas emoções
e não por meio de pensamentos ponderados.
• Fleumático: É calmo, frio e bem equilibrado, raramente
explode em riso ou raiva, mantendo suas emoções sobre
controle.
• Colérico: É ardente, vivaz, ativo, prático e voluntarioso.
Por ser decidido e teimoso, torna-se autossuficiente e
muito independente.
• Melancólico: É um temperamento analítico, abnegado e
perfeccionista. Admira as belas artes e é introvertido por
natureza. Contudo, às vezes é levado por seu ânimo a ser
extrovertido
Século XIX: As ciências sociais
começam a se constituir, tratando de
assuntos de ações humanas em
sociedade,dependendo do contexto
histórico e social de cada comunidade.
Epistemologia dominante na época
Positivismo: Valorizava apenas fatos cuja verdade estavam
acima de qualquer suspeita, ou seja, somente fatos que
pudessem ser comprovados cientificamente.
Materialismo: Estudo da matéria. Assim, a consciência
poderia ser estudada através da Química e Física,
concentrando-se assim na estrutura anatômica e fisiológica
do cérebro.
Empirismo: Conhecimentos são adquiridos através das
experiências sensoriais.
René Descartes : Interação mútua entre corpo e
mente (interacionismo).
Defendeu o estudo realizado com cadáveres, o que
propiciou grande avanço na área de anatomia.
Em “O discurso do método” (1637) deu forma ao
chamado método científico.
A constituição da Psicologia como ciência
A partir das contribuições da Filosofia e da Fisiologia surgiram duas
abordagens que são os antecedentes próximos da Psicologia Moderna:
Mente → abordagem filosófica. As correntes filosóficas preocuparam-
se em explorar os conteúdos e processos mentais.
Corpo → abordagem fisiológica. A Fisiologia é o ramo da Biologia
dedicado ao estudo do funcionamento dos organismos vivos. A
Fisiologia estuda os mecanismos envolvidos nas funções corpóreas
(digestão, circulação, excreção, etc). Em meados do século XIX,
começou a haver interesse em conhecer os mecanismos fisiológicos
subjacentes aos fenômenos mentais (fisiologia do sistema nervoso).
A partir daí, o conhecimento da mente passou a ser
considerado como algo demasiadamente
metafísico e portanto, impossível de atingir
cientificamente.
A Psicologia afastou-se da Filosofia e passou a
interessar-se pelo mensurável, observável.
Filosofia X Fisiologia
(Especulação) (Experimentação)
Psicologia e misticismo
Por que as práticas místicas não compõem o campo da Psicologia
científica?
- não são construídas no campo da Ciência, a partir do método e
dos princípios científicos;
- estão em oposição aos princípios da Psicologia, que vê não só o
homem como ser autônomo, que se desenvolve e se constitui a
partir de sua relação com o mundo social e cultural, mas também
o homem sem destino pronto, que constrói seu futuro ao agir
sobre o mundo.
As práticas místicas têm pressupostos opostos, pois nelas há a
concepção de destino, da existência de forças que não estão no
campo do humano e do mundo material.
O que é ciência?
A ciência compõe-se de um conjunto de conhecimentos sobre fatos ou
aspectos da realidade (objeto de estudo), expresso por meio de uma
linguagem precisa e rigorosa. Esses conhecimentos devem ser obtidos
de maneira programada, sistemática e controlada, para que se permita
a verificação de sua validade. Assim, podemos apontar o objeto dos
diversos ramos da ciência e saber exatamente como determinado
conteúdo foi construído, possibilitando a reprodução da experiência.
Dessa forma, o saber pode ser transmitido, verificado, utilizado e
desenvolvido. Essa característica da produção científica possibilita sua
continuidade: um novo conhecimento é produzido sempre a partir de
algo anteriormente desenvolvido. Negam-se, reafirmam-se, descobrem-
se novos aspectos, e assim a ciência avança como um processo.
Método científico
Construção do conhecimento:
-Identificação do problema a estudar
-Observação dos dados- experimentos
-Descrição dos fenômenos observados
-Repetição e confirmação das experiências
-Teorização- Estabelecimento de leis
Paradigmas na Psicologia
Dicotomia: Mente X Corpo
Inato X Adquirido
Objeto de estudo x Examinador
Psicologia ou Psicologias? 
Pressupostos da Psicologia
1.A Psicologia desenvolveu-se num contexto histórico- social (Onde e
quando o conhecimento foi produzido?);
2.A Psicologia é empírica (baseada em evidências observadas e não em
achismo);
3.A Psicologia é teoricamente diversa (há diferentes Teorias Psicológicas:
Comportamental, Psicanalítica, Humanista, Cognitivista...);
4.O comportamento é determinado por causas múltiplas (as questões são
complexas e não se resumem a: João bebe porque é sem-vergonha!);
5. Nosso comportamento é moldado por nossa herança cultural (crenças,
valores, tradições e costumes dos nossos grupos sociais);
6. Hereditariedade e Meio Ambiente influenciam mutuamente o
comportamento (tendências genéticas + condições do ambiente);
7. Nossa experiência do mundo é extremamente subjetiva (cada um
constrói uma visão do mundo a partir do seu ponto de vista).
O Surgimento da Psicologia como ciência
Século XIX : Em 1879, inspirado pela Fisiologia ,
Wudnt criou o primeiro laboratório de Psicologia
Experimental  Estudou os processos mais
elementares da percepção e a velocidade dos
processos mentais mais simples.
Nova Psicologia: Fenômenos psicológicos são
constituídos por provas factuais, observacionais e
quantitativas, sempre baseadas nas experiências
sensoriais
A ambição de Wundt era estabelecer uma identidade independente para a
Psicologia.
Ele foi, nos primeiros anos da evolução da Psicologia como disciplina
científica distinta / autônoma, um baluarte.
Wilhelm Wundt determinou o objeto de estudo, o método de pesquisa, os
tópicos a serem estudados e os objetivos da nova ciência.
Formado em Medicina ele criou um espaço compatível com os laboratórios
das ciências naturais. Este laboratório tornou-se um centro de investigação.
Esta foi a forma mais eficaz de Wundt atingir o seu principal objetivo que era
contribuir para o processo de autonomia da Psicologia – separando-se,
nesse contexto, e apenas nesse, da Filosofia.
Psicologia passa a ser vista como uma nova ciência
que estuda o comportamento humano através de
métodos e objetivos próprios!
Subjetividade  Observável, mensurável
(comportamento)
Explicar como o homem pode interpretar e
conhecer a si mesmo e o mundo em que vive,
incluindo a interação dos indivíduos entre si, a
interação com a natureza, com os objetos e com
os sistemas sociais, econômicos e políticos dos
quais faz parte.
Em 1887, G. Stanley Hall fundou o American
Journal of Psychology, a primeira revista de
psicologia publicada nos Estados Unidos. E, em
1888, a Universidade da Pensilvania nomeou
James McKeen Catell, um americano que estudara
com Wundt, professor de psicologia, a primeira
docência em psicologia do mundo.A posição de
Catell fez com que a psicologia fosse reconhecida
nos círculos acadêmicos como disciplina
independente.
A ciência e o método científico na Psicologia
Método (grego): caminho para se chegar a um fim. O
método científico é um conjunto de regras básicas para
desenvolver uma experiência a fim de produzir novo
conhecimento.
Ideais do método científico: objeto específico, linguagem
rigorosa, métodos e técnicas específicas, processo
cumulativo do conhecimento, objetividade, universalização,
crença no progresso, neutralidade científica.
O problema das ciências humanas: o problema da
objetividade e da neutralidade nas ciências que estudam o
homem. Na Psicologia, o observador se confunde com o
seu objeto de estudo.
Psicologia científica X Senso Comum
A psicologia científica, não deve confundir-se com a “psicologia do
senso comum” . Por senso comum entende-se o conjunto de ideias,
crenças e convicções transmitidas culturalmente e que cada indivíduo
possui a respeito de como as pessoas funcionam, se comportam,
sentem e pensam.
O senso comum descreve as crenças e proposições que aparecem como
normal, sem depender de uma investigação detalhada para alcançar
verdades mais profundas como as científicas.
A apropriação do conhecimento científico pelo senso comum também
pode ocorrer ou vice-versa.
PSICOLOGIA E SENSO COMUM 
PSICOLOGIA
Ciência 
Procura aprofundar os seus conhecimentos;
Aplica métodos rigorosos e definidos;
Atinge conclusões objetivas;
Conhecimentos rigorosos 
SENSO COMUM 
Forma de sabedoria popular ;
Conhecimentos superficiais e incertos ;
Imetódico ;
Conclusões subjetivas; 
Conhecimentos pouco rigorosos 
A psicologia é entendida como ciência devido ao fato da mesma excluira
simples observação (sabedoria popular) dos fatos;
Como ciência, sustenta-se em métodos bem organizados para atingir os
seus fins que se traduzem, essencialmente, em:
1. fazer uma descrição dos comportamentos e processos mentais;
2. compreender o que há de comum entre os indivíduos e o que os
distingue dos grupos
3. tentar explicar um determinado comportamento identificando a sua
causa;
4. prever eventos futuros baseados em eventos passados e por último;
5. descobrir quais os fatores que levam à alteração (mudança) de
determinados comportamentos, tentando modelá-los de modo a torná-
los adequados às situações ou ao meio.
Para isso, necessita recorrer a outras
ciências para que possa analisar de forma
mais rigorosa os fatos psíquicos, isto é,
não trabalha isoladamente pois assim é
lhe possibilitado uma visão mais
diversificada e mais complexa dos
fenômenos. A antropologia, sociologia,
biologia, medicina, dentre outras são
algumas das ciências que complementam
o estudo da psicologia.
A Psicologia como ciência
Seu status de ciência é obtido à medida que se “liberta” da Filosofia, e
atrai novos estudiosos e pesquisadores, que, sob os novos padrões de
produção de conhecimento, passaram a:
1. Definir seu objeto de estudo;
2. Delimitar seu campo de estudo;
3. Formular métodos de estudo desse Objeto;
4. Formular teorias enquanto um corpo consistente de conhecimento
na área
Embora a Psicologia científica tenha nascido na Alemanha, é nos
Estados Unidos que ela encontra campo para uma rápido crescimento.
É ali que surgem as primeiras abordagens ou escolas em Psicologia, as
quais deram origem às inúmeras teorias que existem atualmente.
Psicologia = “crise permanente”
Diversidade de posições teóricas e metodológicas -
complexidade - objeto de estudo – o homem. A
instabilidade epistemológica da Psicologia faz com que siga
em ziguezague em termos de modas psicológicas .As
escolas mais clássicas se desdobram, e além disto há o
surgimento de novas correntes psicológicas.
Definição atual
Psicologia é a ciência que se
ocupa em estudar o
comportamento e os processos
mentais dos indivíduos.
Psicologia é tanto um campo de estudos
acadêmicos, como um campo de aplicação dos
conhecimentos: em consultórios, hospitais,
empresas, organizações, escolas, comunidades
etc...
Caracteriza-se pela grande diversidade de
abordagens e áreas de atuação (ciências biológicas,
humanas e sociais)
Algumas questões pertinentes levantadas pela 
Psicologia
Como aprendemos?
Que fatores influeciam no nosso desenvolvimento?
O que são emoções?Elas são inatas ou adquiridas?
Qual a influência dos grupos sobre os indivíduos?
Como se desenvolve a personalidade?
Qual a importância dos valores e das atitudes na percepção
dos indivíduos?
Como atuar sobre o desajustamento?
Como estimular a criatividade das pessoas?
(Teles, 2003)
A Dicotomia Mente X Corpo
Filosofia: duas entidades distintas (mente e corpo), onde
destacava-se a superioridade da mente. Platão definiu a
mente, ou alma [Psykhé], como “o piloto do navio”, dando
preferência para a alma que devia guiar o corpo. Já Aristóteles
definia o corpo como órganon (instrumento) da alma, isto é,
mero instrumento no seu aperfeiçoamento, dando preferência
e supremacia para esta.
Para Descartes e os ensinamentos cristãos, a mente ou alma
estariam fora do corpo, ou seja, corpo e mente seriam
unidades distintas.
Todas as informações que a mente recebe, vêm dos
estímulos corporais. Tudo que a mente sabe, ela sabe
através dos cinco sentidos. O cérebro não conhece
mundo real, só conhece as informações que chegam a ele
através das sensações, ou seja, a mente consciente
apenas se manifesta através do corpo, é um
complemento, está inserida nele. Concluindo, se não há
corpo, não há mente.
Temos um corpo que atua no meio e uma mente como
mediadora entre esse corpo e o meio. Desse modo, a
mente humana atua como uma mediadora entre a cultura
e o meio.
A Dicotomia Inato X Adquirido
O que determina o nosso comportamento? Será o meio ou é a
natureza? Somos biológica ou socialmente determinados?
Inato: indica que o comportamento humano e a personalidade são
determinados geneticamente. O comportamento é determinado por
características que nascem com o ser humano (inatas). Portanto,
segundo estes, o crescimento biológico do corpo e o desenvolvimento
segue padrões definidos por programas genéticos.
Adquirido: os seres humanos são produto daquilo que aprendem e dos
ambientes em que vivem, deste modo os autores que crêem no pólo
adquirido tentam estabelecer ligações entre determinados
comportamentos e determinados ambientes. Assim, a nossa maneira
de ser e de agir é influenciada pelo que aprendemos, pelas experiências
vividas e pela nossa história pessoal (empirismo).
Interacionismo: fatores biológicos e maturacionais +
fatores ambientais (interação contínua entre o
indivíduo e o meio).
Indivíduo (personalidade) -------->
Fatores ambientais (caráter) ----->
Fatores biológicos (temperamento) --->
O Surgimento das primeiras escolas em Psicologia
Da fundação da Psicologia como ciência em 1879, por
Wilhelm Wundt , até em torno de 1960, os primeiros 80
anos da Psicologia como ciência, caracterizam-se como o
período chamado de época das escolas .
A partir daí, o chamado período das escolas entrou em
declínio, quando a pretensão de cada escola de ser uma
explicação completa e coerente para os fenômenos
mostrou-se inviável. A quantidade de informação produzida
questionando cada uma das escolas era tamanha, que
produziu o “rompimento” das escolas. Isto levou a uma
abertura em relação ao diálogo entre as correntes, ao
contrário da posição vigente anteriormente, fechada e
“absolutista”. Em alguns casos, levou à visão de
complementaridade entre correntes de pensamento.
As primeiras abordagens em Psicologia
Funcionalismo : William James (1.878)
Estudo da consciência e a compreensão de seu
funcionamento. Como o homem usa a consciência para
adaptar-se ao meio. Ou seja o importante era responder “o
que fazem os homens” e “por que o fazem”.
Estruturalismo: Tichner (1901)
Está preocupado com a compreensão do mesmo fenômeno
do Funcionalismo: a Consciência. Mas, diferentemente de
W. James, Titchner irá estudá-la em seus aspectos
estruturais, isto é, nos estados elementares da consciência
como estruturas do sistema nervoso.
Associacionismo: Thorndike (1874)
- Formulação da primeira teoria da aprendizagem
- A aprendizagem se dá através de um processo de
associação de idéias. Para aprender uma coisa
complexa, precisamos aprender primeiro as idéias
mais simples.
- Lei do efeito- todo comportamento tende a se
repetir se for recompensado. Se for castigado,
tenderá a não ocorrer mais.
AS TRÊS GRANDES FORÇAS DA PSICOLOGIA
Histórico da psicologia no Brasil 1962
• Lei 4119 de agosto de 1962 dispõe
sobre os cursos de formação e
regulamenta a profissão.
• Determina funções privativas do
psicólogo a tríade de títulos –
Bacharel, licenciado e o titulo de
Psicólogo.
• O espírito da lei volta-se a uma
formação generalista
• Entende-se profissão como uma prática
institucionalizada, socialmente legitimada e
legalmente sancionada.
• Ao longo desses anos de profissão
regulamentada, muito se estudou e se debateu
sobre a situação da Psicologia no Brasil. Suas
características, suas responsabilidades, seus
rumos, demonstram a necessidade de atenção
da categoria (profissionais, pesquisadores,
docentes e estudantes) ao desenvolvimento da
profissão
• O marco referencial para os estudos sobre a profissão de
psicólogo no Brasil é a sua regulamentação, promovida pela
Lei Federal no 4.119, de 27 de agosto de 1962.
• Não seria exagero afirmar que, a partir de então, os
psicólogos passaram a produzir conhecimento sobre a
profissão. Assim é que o Boletim de Psicologia, periódico
editado pela Sociedade de Psicologia de São Paulo, dedicou
um número especial sobre a profissão recém regulamentada,
resultado de um simpósio promovido pela Associação
Brasileira de Psicólogos e pela própria Sociedadede
Psicologia de São Paulo intitulado “A situação atual da
Psicologia no Brasil”, realizado em julho de 1963, em
Campinas, São Paulo. Nesse número especial, questões
como a formação acadêmica do profissional , a situação da
profissão e o código de ética profissiona, dentre outros, já são
objetos de investigação.
A profissão de Psicólogo
Reconhecimento da Psicologia como profissão no Brasil: Lei
de 1962.
Exercício da profissão: uso de métodos e técnicas da Ciência
Psicológica para fins de diagnóstico psicológico, orientação e
seleção profissional, orientação psicopedagógica e solução
de problemas de ajustamento.
O psicólogo utiliza um conjunto de técnicas e de
conhecimentos científicos que lhe possibilitam compreender o
outro, seus discursos, expressões e gestos buscando uma
análise das razões dos atos, pensamentos, desejos e
emoções de outro ser humano.
LEI Nº 4.119, DE 27 DE AGOSTO DE 1962:
Dispõe sobre os cursos de formação em psicologia e 
regulamenta a profissão de psicólogo.
CAPÍTULO III 
• DOS DIREITOS CONFERIDOS AOS DIPLOMADOS
• Art. 10. Para o exercício profissional é obrigatório o registro dos diplomas no órgão competente do
Ministério da Educação e Cultura.
• Art. 11. Ao portador do diploma de Bacharel em Psicologia, é conferido o direito de ensinar Psicologia em
cursos de grau médio, nos termos da legislação em vigor. Art.
• 12. Ao portador do diploma de Licenciado em Psicologia é conferido o direito de lecionar Psicologia,
atendidas as exigências legais devidas.
• Art. 13. Ao portador do diploma de Psicólogo é conferido o direito de ensinar Psicologia nos vários cursos
de que trata esta Lei, observadas as exigências legais específicas, e a exercer a profissão de Psicólogo.
• § 1º Constitui função privativa do Psicólogo e utilização de métodos e técnicas psicológicas com os
seguintes objetivos: (Expressão "privativa" vetada pelo Presidente da República e mantida pelo Congresso
Nacional, em 17/12/1962) a) diagnóstico psicológico; b) orientação e seleção profissional; c) orientação
psicopedagógica; d) solução de problemas de ajustamento.
• § 2º É da competência do Psicólogo a colaboração em assuntos psicológicos ligados a outras ciências
Crítica
A Lei 4119 é apenas aparentemente
clara, na realidade bastante confusa e
imprecisa talvez para não criar, numa
época que seria muito inoportuna para
a classe psicológica, problemas de
competência recíproca, de
superposição e de rivalidades.
OBJETO DE ESTUDO DA 
PSICOLOGIA
A concepção de homem que o pesquisador
traz consigo “contamina”, inevitavelmente, a
pesquisa em Psicologia.Conforme a
definição de homem adotada, tem-se uma
concepção de objeto que combine com ela.
Como há uma riqueza de valores sociais
que permitem várias concepções de
homem, no caso da Psicologia, esta ciência
estuda os “diversos homens”.
A intervenção do Psicólogo
“A intervenção do psicólogo é intencional, planejada e feita com
a utilização de conhecimentos específicos do Campo da
Ciência” (Bock, 2002).
Difere da atitude do senso comum – amigo x Psicologia =
intervenção a partir da perspectiva da Promoção de Saúde.
Saúde = bem estar bio-psico-social.
A Psicologia utiliza-se, portanto, do Conhecimento Científico
(Teorias Psicológicas) e de métodos e técnicas próprias de
investigação da vida psicológica e do comportamento
humano:Testes Psicológicos; Técnicas de entrevistas;
Técnicas de observação e registro de comportamento.A partir
da coleta e análise de dados, o psicólogo poderá planejar sua
intervenção: terapia, treinamento, orientação ou intervenção
institucional – visando à promoção da saúde.
Psicologia X Psiquiatria
• Campos de saber e de atuação diferentes
• Psicologia: visa estudar os processos e o funcionamento
psicológicos, não assumindo o compromisso com o patológico
– “Normalidade”.
• Psiquiatria: foco nos aspectos e funcionamento psicológicos
que se desviam da “normalidade” – patológico.
• Aproximação entre a Psicologia e a Psiquiatria – Psicanálise:
patológico = exacerbação do funcionamento normal da
Psique.Década de 50 – novo distanciamento das duas áreas
de conhecimento: o desenvolvimento da Psicofarmacologia –
bases biológicas e orgânicas da Psiquiatria.Trabalho
interdisciplinar entre Psicologia e Psiquiatria
Psicologia e práticas emergentes
• As áreas emergentes são constituídas a partir de práticas que
transcendem a própria Psicologia, definindo-se assim na
transdiciplinaridade e hoje constitui um desafio para o mundo,
não só para a psicologia.
• O emergir de novas práticas estão relacionados a: Oferta,
demanda típica do mercado, e um chamado da sociedade .
Inquietação diante das práticas Emergente.
• Questão importante: A qualificação recebida pelo psicólogo
nos cursos de graduação confere uma base sólida para o
exercício em qualquer área Emergente?
• O Conselho Federal de Psicologia vem
trabalhando no sentido de focalizar e
ampliar o debate em relação as
Práticas Emergentes. Exemplo: A
criação da Comissão Nacional de
Gestão do Risco, Desastres e
Emergência- Comissões e grupos de
trabalhos.
• O estudo psicológico de doentes não é
senão um caso particular em psicologia
clínica: diríamos que é uma psicologia
clínica especializada.
• A psicologia contribuí às vezes, de
maneira decisiva para o progresso de
amplos setores da ciência médica, tais
como a psicopatologia, a psiquiatria
clínica, a neurologia, etc.
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