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Introdução ao Salvamento e Sobrevivência

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28/07/2022 19:29 Introdução ao salvamento e à sobrevivência
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03093/index.html# 1/49
Introdução ao salvamento e à sobrevivência
Prof. Henrique Luz Coelho
Descrição
As técnicas introdutórias de salvamento e de sobrevivência, combinadas com os cuidados essenciais à
saúde e o dinamismo dos tipos de socorro.
Propósito
O entendimento introdutório do salvamento é essencial para o atendimento pré-hospitalar, e a compreensão
das técnicas de sobrevivência agregará conhecimentos teórico-práticos importantíssimos para a vivência
profissional, no momento de suas necessidades.
Objetivos
Módulo 1
Instruções gerais de salvamento e de sobrevivência
Listar as instruções gerais de salvamento e de sobrevivência.
Módulo 2
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https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03093/index.html# 2/49
Cuidados com a saúde durante as ações de salvamento e de
sobrevivência
Listar os cuidados com a saúde durante as ações de salvamento e de sobrevivência.
Módulo 3
Simbologia e as sinalizações de socorro
Reconhecer a simbologia e as sinalizações de socorro.
Módulo 4
Formas e tipos de abrigos
Identificar as formas e os tipos de abrigos.
O estudo das técnicas de salvamento e de sobrevivência abrange muitas questões, e a relação entre
um e outro é substancial, pois a segunda é consequência do primeiro em diversas situações. O
indivíduo que foi salvo precisa agora sobreviver; isso representa uma constância dessa relação.
Neste conteúdo, entenderemos a importância de quatro pilares fundamentais para o salvamento e
para a sobrevivência, são eles: as instruções gerais que demonstrarão as soluções iniciais; os
cuidados com a saúde que visam ao prolongamento da sobrevivência humana logo após um
fenômeno de salvamento; a simbologia e a sinalização de socorro que são essenciais nas diversas
situações de perigo, de desgaste físico e mental e de sofrimento psicológico; e a identificação e o
uso correto dos abrigos para cada situação específica, levando-se em consideração, para aumentar
as chances de sobrevivência, a localização da vítima e os meios e materiais encontrados.
Introdução
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https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03093/index.html# 3/49
1 - Instruções gerais de salvamento e de sobrevivência
Ao �nal deste módulo, você será capaz de listar as instruções gerais de salvamento e de
sobrevivência.
Instruções gerais de salvamento
Conceitos
Salvamento é uma atividade primordial, realizada com objetivo de salvar vidas humanas e animais, bem
como preservar o meio ambiente e patrimônios. Já os termos busca e salvamento significam o conjunto de
ações necessárias para recuperação de pessoa, animal ou bem submetido a qualquer tipo de ameaça, quer
autoinfrigidas ou decorrentes de acidentes, desastres naturais, conflitos e guerras, desordens, atos políticos,
entre outros, nos diversos ambientes naturais e artificiais.
Devemos lembrar que o autossalvamento também é possível a partir do uso de
técnicas adequadas e dos meios disponíveis para a manutenção da própria vida,
mesmo em condições precárias e sujeitas a vulnerabilidades externas.
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https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03093/index.html# 4/49
Busca e salvamento em mata.
De�nições
Agora, veremos algumas definições de termos utilizados em ações de salvamento. Elas facilitam,
principalmente, a comunicação entre os membros das equipes.
Ato ou efeito de procurar, com o fim de encontrar alguma coisa ou indivíduo, por meio de pesquisa
minuciosa ou não, ou exame.
Ato ou efeito de salvar, retirando indivíduos ou animais de um local de perigo ou de potencial perigo.
Tipo de vegetação que recobre regiões do território e, em função de suas características, dificulta o
desenvolvimento das ações de busca e salvamento e oferece risco ao público e aos socorristas, tais
como: mata densa, restinga, mangue, cerrado e capoeira.
Busca 
Salvamento 
Cobertura vegetal de risco 
Grupo de busca 
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Guarnição de socorristas capacitados, que tem por objetivo realizar as ações de busca e de
salvamento, se necessário, em área de cobertura vegetal de risco.
Sistema de mobilização de recursos humanos especializados para o atendimento de emergências de
busca e salvamento em locais de cobertura vegetal de risco dentro de uma localização específica, no
menor tempo possível, com equipamentos adequados. Essa força é delimitada por regiões por meio
de demandas de equipes e áreas de atuação.
Sistema de mobilização de recursos humanos para o atendimento a desastre que permite a
mobilização, por tempo predeterminado, de recursos humanos especializados, com equipamentos
adequados e com a utilização de outros agentes, além dos socorristas, como agentes de segurança,
sinalizadores, policiais, pessoal da gestão de risco, entre outros envolvidos.
Representante responsável por organizar o grupo de busca e instruí-lo conforme orientação da
coordenadoria, do comando e do controle.
Local de tomada de decisões, munido de todas as comunicações, informações e logística, e que
deve estar integrado à gestão de risco.
Força de intervenção regional 
Força-tarefa 
Supervisor 
Posto de comando 
GPS 
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Equipamento eletrônico por satélite que determina posicionamento global do usuário, indispensável
para as buscas realizadas nos dias atuais.
Nutriente capaz de promover a reposição dos eletrólitos (sódio, potássio, cloro e magnésio)
necessários para o funcionamento normal de tecidos musculares, enzimas e hormônios.
Nutriente capaz de promover a reposição de carboidratos, gorduras e proteínas, a fim de fornecer e
manter a energia necessária para manutenção das atividades fisiológicas em repouso e em
movimento.
Ato de reidratar-se, com a finalidade de manter normais os níveis metabólicos intra e extracelulares,
estabelecendo, assim, a homeostase fisiológica (equilíbrio corpóreo).
Fases do salvamento
As etapas de salvamento são as quatro as fases da operação prática: localizar, acessar, estabilizar e
transportar, referenciados pela sigla LAET. Com esses passos, o indivíduo salvo estará apto a sobreviver e,
se for o caso, sofrer uma busca com o objetivo de melhorar as condições físicas em outro ambiente,
iniciando a recuperação depois da estabilidade das condições básicas de saúde. Vejamos, agora, um
detalhamento dessas fases:
Localizar a vítima
Repositor eletrolítico 
Repositor energético 
Reidratação 
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Uma etapa primordial é a localização da vítima, pois nenhum auxílio pode ser dado se a vítima não for
localizada. Essa fase pode levar poucos minutos ou alguns dias, utilizando técnicas avançadas de busca, de
orientação e de navegação em locais mais distantes e/ou de risco iminente.
Uso de GPS na mata ou selva.
Acessar a vítima
O acesso à vítima pode ser muito rápido ou durar muitas horas, com caminhadas longas, transposição de
obstáculos, tanto fáceis quanto de alta complexidade, pode até mesmo ser necessário acessar o local por
voo ou embarcações. Em algumas situações, será preciso estabelecer um posto de comando avançado
para efetivar o acesso. Essa fase requer muita destreza do profissional e paciência para enfrentar as
adversidades que possam surgir.
Resgate com escalada.
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Estabilizar a vítima
Na estabilização da vítima, devem ser realizados os primeirosatendimentos, conhecidos como primeiros
socorros, conforme protocolo de resgate, assegurando que as suas lesões, caso presentes, não se agravem,
a fim de que seja possível a sua retirada do local de risco com segurança. Também é nessa etapa que a
vítima deve ser tranquilizada, e um bom trabalho psicológico deve ser realizado para esse fim. A vítima deve
ter consciência de que vai ser retirada dali com vida e que, para sobreviver, é essencial o estabelecimento de
confiança plena no resgatador.
Estabilização de vítima para transporte.
Transportar a vítima
Esta fase pode ser bem simples, como guiar alguém por uma trilha de fácil acesso de dia ou à noite, ou
extremamente difícil, com transposição de vários obstáculos naturais ou artificiais e utilização de
acessórios, como facões, equipamentos de proteção individual, entre outros. Nessa fase, a vítima deve ter a
consciência de que está acabando o processo de salvamento e resgate e, assim como na terceira fase, deve
se manter calma e estável, física e emocionalmente. Novamente, o resgatador tem papel fundamental.
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Transporte de vítima por ambulância.
Segundo o Manual de Busca e Salvamento em Cobertura Vegetal de Risco do Corpo de Bombeiros Militar do
Estado de São Paulo (2006), colocando as fases em ordem cronológica, começamos a discernir a estrutura
da operação de busca e salvamento. O início começa imediatamente após a comunicação do evento ao
Corpo de Bombeiros Militar (Cobom). A procura por uma pessoa é, em geral, altamente especializada e
complicada, requerendo particulares conhecimentos e técnicas que dominarão a operação inteira. Se a
busca não tiver êxito, as outras fases ficarão prejudicadas. Assim, é necessário compreender as
particularidades e as inter-relações das fases que compõem o processo.
Grupo de busca e salvamento
O grupo de busca e salvamento deve ser altamente capacitado, habilitado e muito bem treinado para atuar,
em todas as atividades, com o maior nível de segurança possível para a própria equipe e para as vítimas.
Observe, a seguir, as principais ações desse grupo:
Desenvolver e adotar as diversas medidas de prevenção.
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Responder prontamente aos acidentes e identificar de maneira rápida e efetiva as vítimas e suas
potenciais lesões.
Manter e prolongar a vida das vítimas, por meio de medidas possíveis, no local e hora do acidente,
durante o resgate, quando for possível e necessário.
Aplicar adequadamente os primeiros socorros, visando, inclusive, prolongar a vida e manter a
estabilidade das vítimas nos próximos níveis de atendimento (atendimentos hospitalares).
Prover o transporte ideal no menor tempo possível e com a maior segurança.
Aplicar bem as técnicas de busca e salvamento de vítimas em locais de fácil e de difícil acesso.
Manter o equilíbrio psicológico entre os membros do grupo e, sobretudo, entre as vítimas.
Manter e testar todos os equipamentos e acessórios em condições de bom uso.
Efetuar e coordenar atividades de treinamento e educação continuada para manter a capacitação pessoal
dos membros da equipe.
Responsabilidades dos membros da equipe
Os membros da equipe de resgate ou do grupo de busca e salvamento possuem diversas responsabilidades
essenciais para a execução dos trabalhos criteriosos, entre elas:
Instruções gerais de sobrevivência
A sobrevivência demanda tempo para obter e preparar alimentos e cuidar da saúde, sinalizar por socorro
1
Ser habilitado e saber aplicar
as técnicas de primeiros
socorros, bem como saber
utilizar equipamentos e
acessórios de resgate quando
em ação com as vítimas.
2
Conhecer as técnicas e saber
utilizar as formas corretas de
transporte de uma vítima
conforme o tipo de lesão ou
da potencial lesão.
3
Conhecer e empregar os
equipamentos de proteção
individual (EPI), bem como as
medidas de segurança
individual e coletiva.
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(S.O.S.) e construir abrigos. É preciso considerar as dificuldades de sobrevivência enfrentadas por indivíduos
isolados em difícil acesso para o resgate ou em grupos pequenos heterogêneos (crianças, adultos e idosos)
ou homogêneos (mesmo grupo etário), que estarão, provavelmente, se sustentando abaixo de suas
necessidades básicas normais e sujeitos ao racionamento.
Comentário
Segundo o Exército Brasileiro (1999), a capacidade de sobrevivência residirá, basicamente, numa atitude
mental adequada para enfrentar situações de emergência e na posse de estabilidade emocional, a despeito
de sofrimentos físicos decorrentes da fadiga, da fome, da sede e de ferimentos, por vezes, graves. Se o
indivíduo ou o grupo de indivíduos não estiver preparado psicologicamente para vencer todos os obstáculos
e aceitar os piores reveses, as possibilidades de sobreviver estarão sensivelmente reduzidas.
O conhecimento das técnicas e dos processos de sobrevivência constituirão requisitos essenciais na
formação do indivíduo destinado a viver na selva, seja por operações militares, seja por outra circunstância
qualquer.
Conservar a saúde em bom estado será requisito de especial importância, quando alguém se encontrar em
situação de só poder contar consigo mesmo para salvar-se ou para auxiliar um companheiro. Da saúde,
dependerão fundamentalmente as condições físicas individuais. Na selva, saber se defender contra o calor e
o frio, encontrar água e alimento e prestar os primeiros socorros, em proveito próprio ou alheio, serão
tarefas de grande importância para a preservação da saúde.
Localização em ambiente de mata
Neste vídeo, o especialista falará sobre técnicas de localização durante o dia e a noite, por meio dos astros,
e construção de bússola com materiais disponíveis.

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Vem que eu te explico!
Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar.
Módulo 1 - Vem que eu te explico!
Fases do salvamento
Módulo 1 - Vem que eu te explico!
Instruções gerais de sobrevivência
Todos
Módulo 1 - Video
Localização em ambiente de mata
Módulo 2 - Video
Técnicas de imobilização

 Todos Módulo 1 Módulo 2 Módulo 3 Módulo 4 
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Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
As etapas de salvamento são representadas pela sigla LAET, em que o indivíduo salvo estará apto a
sobreviver e, caso preciso, será preparado para uma busca em melhores condições físicas em outro
ambiente. Quais são as etapas representadas por LAET?
A Limpar, acessar, extrair e transportar a vítima.
B Localizar, alertar, estabilizar e trazer a vítima.
C Localizar, acessar, estabilizar e triangular a área.
D Localizar, acessar, estabilizar e transportar a vítima.
E Localizar, alertar, extrair e transportar a vítima.
Parabéns! A alternativa D está correta.
A sigla LAET representa as etapas ou fases de salvamento, que, sequencial e ordenadamente, são
compostas por: localizar, acessar, estabilizar e transportar a vítima.
Questão 2
É o sistema de mobilização utilizado para o atendimento a desastre que permite a mobilização, por tempo
predeterminado, de recursos humanos especializados. A que se refere essa definição?
A Equipe terrestre
B Gerenciamento de crises
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C Força-tarefa
D Trabalho em equipe
E Equipe de apoio
Parabéns! A alternativa C está correta.A força-tarefa representa um sistema que mobiliza pessoas, equipamentos especializados e
equipe de recursos humanos multidisciplinares de apoio aos atendimentos em caso de desastre.

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2 - Cuidados com a saúde durante as ações de
salvamento e de sobrevivência
Ao �nal deste módulo, você será capaz de listar os cuidados com a saúde durante as ações de
salvamento e de sobrevivência.
Cuidados com a saúde
Antes de começar a falar sobre os cuidados com a saúde, vamos conhecer as siglas para o suporte básico
de vida conhecidas como SBV.
AESP ‒ Atividade elétrica sem pulso
AM ‒ Ambulância
APH ‒ Atendimento pré-hospitalar
AVC ‒ Acidente vascular cerebral
BVM ‒ Bolsa-valva-máscara
DEA ‒ Desfibrilador externo automático
EAP ‒ Edema agudo de pulmão
ECG ‒ Eletrocardiograma
EPI ‒ Equipamento de proteção individual
FV ‒ Fibrilação ventricular
HAS ‒ Hipertensão arterial sistêmica
IAM ‒ Infarto agudo do miocárdio
IM ‒ Intramuscular
IO ‒ Intraóssea
IOT ‒ Intubação orotraqueal
IV ‒ Intravenoso
MMII ‒ Membros inferiores
MMSS ‒ Membros superiores
MV ‒ Murmúrio vesicular
OVACE ‒ Obstrução de vias aéreas por corpo estranho
PAS ‒ Pressão arterial sistólica
PAD ‒ Pressão arterial diastólica
Lista de siglas para o suporte básico de vida (SBV) 
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PCR ‒ Parada cardiorrespiratória
PR ‒ Parada respiratória
PIC ‒ Pressão intracraniana
RCP ‒ Ressuscitação cardiopulmonar
RL ‒ Ringer lactato
SAMU ‒ Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
SAMPLA ‒ Sinais vitais, alergias, medicamentos em uso, passado médico, líquidos, alimentos e
ambiente
SatO2 ‒ Saturação de oxigênio
TAx ‒ Temperatura axilar
TEP ‒ Tromboembolismo pulmonar
TVSP ‒ Taquicardia ventricular sem pulso
TCE ‒ Traumatismo cranioencefálico
TRM ‒ Traumatismo raquimedular
VA ‒ Vias aéreas
3S ‒ Segurança de cena, segurança do paciente, biossegurança
Os primeiros cuidados com a saúde para as vítimas recém-resgatadas são essenciais para a sobrevivência
e para a manutenção da boa saúde sem apresentação de sequelas. Esses cuidados são observados desde
o momento em que o socorrista encontra a vítima até quando ele a evacua para um hospital, local onde a
vítima estará com melhores condições e chances de sobrevivência, pelo maior suporte de equipamentos,
acessórios e equipe multidisciplinar especializada.
Logo, os primeiros atendimentos prestados às vítimas de acidentes são cruciais
para a sobrevivência e o prognóstico delas. Algumas ações, para se tornarem
eficazes, precisam ser realizadas minutos ou mesmo segundos depois do
acontecimento, se e quando possível.
Atuação de um atendente em primeiros socorros
É essencial ter pessoas capacitadas em diferentes ambientes, para realizar o primeiro atendimento, antes
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da chegada de assistência médica mais complexa ou da evacuação para uma unidade hospitalar. A
assistência emergencial pode acontecer por meio do atendimento pré-hospitalar (mais especializado) ou
das técnicas corretas de primeiros socorros.
Atendimento pré-hospitalar (APH)
O atendimento pré-hospitalar é aquele realizado por um profissional da área médica (resgatador ou
paramédico), com o intuito de prestar a primeira assistência a vítimas de acidente ou acometidas por
emergências clínicas.
Esse atendimento inclui a realização de procedimentos médicos adequados à situação da vítima e seu
transporte para uma unidade especializada, como as de pronto atendimento (pronto-socorro).
Saiba mais
A atuação dos profissionais de saúde no atendimento pré-hospitalar é regulamentada pela Portaria nº 2.048,
de 5 de novembro de 2002, do Ministério da Saúde. Ela regulamenta os serviços de urgência e emergências,
nos quais o atendimento pré-hospitalar se inclui.
Os profissionais que atuam no atendimento pré-hospitalar são capacitados para lidar com as mais diversas
urgências de saúde de natureza traumática ou clínica. Esse tipo de atendimento pode ser fixo ou móvel,
como veremos a seguir.
Atendimento pré-hospitalar �xo
O atendimento pré-hospitalar fixo é realizado por instituições ou estabelecimentos de saúde de menor
complexidade, e usado para promover a primeira assistência até que o paciente possa ser evacuado para
um nível hospitalar mais alto.
O paciente com quadros mais agudos de natureza clínica, traumática ou psicológica é atendido em uma
unidade básica de saúde, por profissionais da área médica especializada, até que possa ser atendido em um
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serviço de pronto atendimento.
Atendimento pré-hospitalar móvel
O exemplo mais clássico do atendimento pré-hospitalar móvel no Brasil é o Serviço de Atendimento Médico
de Urgência (Samu), mas inclui também o Corpo de Bombeiros Militar e outros serviços de urgência móveis
de instituições particulares (os home care). No âmbito das Forças, esse tipo de atendimento pode ocorrer
para vítimas militares e seus dependentes, em uso das forças para garantia da lei e da ordem, ou por outro
uso destas, auxiliando a população civil. Nesse caso, são utilizados veículos especializados, geralmente
ambulâncias equipadas, para chegar mais rapidamente à vítima após o acontecimento de algum agravo à
saúde.
Samu levando a vítima para um pronto-socorro.
Após chegar até o local da vítima, os profissionais de saúde prestam os primeiros cuidados essenciais à
manutenção da vida e estabilização do paciente. Quando a vítima está assistida por algum profissional
antes da chegada do veículo, o primeiro atendimento é facilitado e suas consequências positivas podem ser
exponenciais. Logo depois, a vítima é transportada no veículo para algum serviço de saúde que disponha de
tecnologias, equipamentos e pessoal especializado, que serão essenciais para a continuidade de seu
cuidado e o prolongamento da vida.
Comentário
Os veículos do atendimento pré-hospitalar móvel também são usados em remoções (do nível de atenção
mais básico para outro mais complexo), como no caso do atendimento pré-hospitalar fixo de um hospital
com pouco suporte para um hospital maior que ofereça melhores condições de sobrevivência da vítima.
Normalmente, no Brasil, a equipe de atendimento pré-hospitalar inclui um enfermeiro ou um técnico de
enfermagem, um médico e o motorista do veículo. De acordo com a gravidade do agravo à saúde, a
presença do enfermeiro e do médico pode ser necessária, ou não, para o atendimento, podendo ser apenas
o pessoal paramédico, dependendo da condição clínica da vítima.
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Primeiros socorros
Os primeiros socorros são um conjunto de procedimentos de urgência realizados em vítimas de acidentes
ou agravos à saúde, de origem clínica ou traumática. O principal objetivo dos primeiros socorros é manter os
sinais vitais do paciente estáveis até que um atendimento especializado chegue e a assistência à saúde
possa ser continuada de maneira mais específica.
Isso significa que, para atuar nos primeiros socorros, o atendente não precisa ser
um profissional da saúde formado. Precisa apenas ter um treinamento específico e
disposição física e psicológica para executar as ações de salvamento e
manutenção da vida, além de um ambiente estável e controlado.
Os primeiros socorros devem ser iniciados quando a própria vítima não pode cuidar de si. Nesse caso, uma
pessoa devidamente treinada pode começar os atendimentos necessários visando ao estabelecimento e à
manutenção da vida, enquanto outra pessoa pode chamar o socorroespecializado (uma ambulância) para
dar maior suporte, utilizando um serviço de urgência. Assim, os primeiros socorros ocorrem antes mesmo
do atendimento pré-hospitalar.
Os agentes que podem auxiliar durante os primeiros socorros devem estar aptos a agir efetivamente diante
de:
uma avaliação inicial da vítima;
cuidado de hematomas e hemorragias;
cuidado de feridas simples ou complexas;
presença de corpos estranhos;
intoxicações;
convulsões;
tontura e desmaio;
afogamento;
asfixia por objetos conhecidos ou não;
parada cardiorrespiratória;
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mal-estar súbito; e
choque elétrico.
O objetivo maior é que a vítima receba os primeiros cuidados básicos essenciais até a chegada de
profissionais de saúde com suporte de material e equipamento. A comunicação entre o primeiro socorrista
e a equipe de serviço de saúde é essencial, como descrito anteriormente e, a partir daí, o profissional de
saúde pode indicar manobras mais adequadas e efetivas.
Atenção
É ideal que as instituições em que costuma haver um grande número de pessoas (escolas, supermercados,
empresas, restaurantes, entre outras) tenham um responsável ou uma equipe de pessoas com formação em
primeiros socorros. Isso garante uma primeira assistência de pronto emprego em caso de agravos à saúde
dos próprios colaboradores ou funcionários, e de outras pessoas que possam estar no local ou passando
por ele.
De maneira geral, o primeiro atendimento ao paciente (que ocorre antes de ele ser transferido para o
hospital) pode ser dividido em duas modalidades: o suporte básico de vida (SBV) e o suporte avançado à
vida (SAV), como detalhado a seguir:
SBV
São as manobras não invasivas realizadas para a manutenção da vida e prevenção de lesões
irreparáveis, como massagem cardíaca e respiração boca a boca.
SAV
São as manobras invasivas específicas mais complexas, para o tratamento de agravos à saúde, como
traqueostomia, aplicações de medicamentos intravenosos e processos de entubação da vítima.
Dessa forma, é sensato observar que a diferença primária é que os primeiros socorros têm o principal foco
no SBV, enquanto no atendimento pré-hospitalar (APH), o SAV é realizado pelos profissionais de saúde
especializados.
Saiba mais

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A pessoa que realiza o curso de primeiros socorros é chamada de atendente de emergência, enquanto o
profissional do atendimento pré-hospitalar é chamado de socorrista.
O socorrista do APH possui todos os conhecimentos dos primeiros socorros e diversos conhecimentos
específicos para a operação de urgências em saúde, tais como:
O uso do desfibrilador externo automático e manual.
O uso dos acessórios para manter os sinais vitais do paciente.
A ressuscitação cardiopulmonar.
O manejo de vítimas de trauma com ou sem perfurações ou cortes.
O manejo de pacientes com urgências respiratórias moderadas ou graves.
O manejo de pacientes com urgências neurológicas (acidente vascular cerebral isquêmico ou
hemorrágico, convulsões e síncopes).
O manejo de agravo de pacientes que apresentam condições crônicas (crise hipertensiva ou hipoglicemia
no diabético).
Utilização do cardioversor (desfibrilador).
Tanto os primeiros socorros quanto o atendimento pré-hospitalar são essenciais para a condução das
vítimas. O preparo para lidar com situações de urgência/emergência é essencial para evitar que a condição
do paciente se agrave no momento ou logo após o evento inicial, e possa evoluir para complicações
irreparáveis ou até o óbito. Isso denota a importância de investir em cursos e treinamentos na área para
conseguir socorrer uma vítima em casos emergenciais.
Exemplo
Os profissionais de saúde podem realizar diversos cursos de suporte avançado de vida em geral ou em
situações mais específicas. Vejamos alguns:
socorro no mar;
socorro de pacientes queimados;
resgate e evacuação aeromédica;
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resgate pediátrico; e
emergências neurológicas.
Para indivíduos que não são da área da saúde, o ideal é fazer um curso de primeiros socorros.
Cadeia de sobrevivência
É um conceito desenvolvido por médicos e profissionais especializados com o intuito de aumentar o
percentual de vidas salvas em casos de socorro primário às vítimas de paradas cardiorrespiratórias (PCR).
Com muita experiência prática e cruzamentos de dados, esses profissionais criaram uma sequência de
procedimentos, desenvolvida para guiar a atuação nos casos de PCR, recebendo o nome de cadeia de
sobrevivência.
O protocolo da cadeia de sobrevivência consta na formação de quatro ou cinco elos
de procedimentos, que devem ocorrer de forma prática, sequencial e homogênea,
em precisão e qualidade, para que os resultados sejam o maior número de vidas
possíveis. A cadeia de elos (4 ou 5) dependerá da conduta médica individual.
Veremos, a seguir, quais são os elos nas cadeias de 4 ou 5 elos.
Os 4 elos são:
1. Acesso precoce ao sistema integrado de emergência médica.
2. Início precoce de suporte básico de vida (SBV).
3. Desfibrilação precoce.
4. Suporte avançado de vida (SAV) precoce.
Os 5 elos são:
1. Prevenção da parada cardiorrespiratória (PCR).
2. Ressuscitação cardiopulmonar (RCP).
3. Rápido acionamento do Serviço Médico de Emergência (SME).
4. Suporte avançado de vida (SAV): rápida estabilização e transporte.
5. Cuidados integrados após a PCR.

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Técnicas de imobilização
Neste vídeo, o especialista falará sobre as técnicas de imobilização e alguns primeiros socorros básicos.
Vem que eu te explico!
Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar.
Módulo 2 - Vem que eu te explico!
Atendimento pré-hospitalar móvel
Módulo 2 - Vem que eu te explico!
Primeiros socorros
Todos
Módulo 1 - Video
Localização em ambiente de mata

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 Todos Módulo 1 Módulo 2 Módulo 3 Módulo 4 
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ç
Módulo 2 - Video
Técnicas de imobilização
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Qual é a Portaria do Ministério da Saúde que regulamenta a atuação dos profissionais de saúde no
atendimento pré-hospitalar (APH)?
A Portaria nº 1.020, de 9 de novembro de 2020.
B Portaria nº 10.020, de 9 de outubro de 2001.
C Portaria nº 2.048, de 5 de novembro de 2002.
D Portaria nº 558, de 15 de novembro de 2005.
E Portaria nº 1000, de 30 de janeiro de 2011.
Parabéns! A alternativa C está correta.
A regulamentação do APH, no que tange à atuação dos seus profissionais de saúde, é
estabelecida pela Portaria nº 2.048, de 5 de novembro de 2002, que levou em consideração a
demanda por esses serviços.
Questão 2
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Num caso de acidente com parada cardiorrespiratória, qual seria a classificação do tipo de manobra a ser
realizada no primeiro atendimento, ou seja, ainda no local do acidente, levando em consideração os recursos
disponíveis?
A Manutenção de socorro
B Primeiros socorros sem vítimas graves
C Suporte básico de vida (SBV)
D Socorro básico
E Suporte avançado de vida (SAV)
Parabéns! A alternativa C está correta.
O suporte básico de vida deve ocorrer antes de o paciente chegar ao hospital e é composto por
manobras não invasivas realizadas para a manutenção da vida e a prevenção de lesões
irreparáveis num momento de primeiros socorros.

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3 - Simbologia e as sinalizações de socorro
Ao �nal deste módulo, você será capaz de reconhecer a simbologia e as sinalizações de
socorro.
Sinalização de socorro
O interessante para um sobrevivente ou grupo de sobreviventes é ser encontrado, seja por socorro terrestre,
fluvial ou aéreo. Nesses casos, se for utilizado um bom processo de sinalização, haverá possibilidades mais
amplas de sucesso, desde que esse processo seja o ideal e o mais adequado para a ocasião ou situação,
dentro da realidade dos fatos que estão no entorno do possível resgate dos sobreviventes.
Saiba mais
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Segundo o Exército Brasileiro (1999), se o grupo for composto por indivíduos, militares ou civis, que partiram
de uma base de operações para o cumprimento de uma missão na selva, por via terrestre ou fluvial, será
natural que tragam consigo os meios materiais necessários ao bom desempenho da missão. Nesse caso,
se perdidos e tendo de sobreviver até serem encontrados, o problema não se revestirá de perspectivas
sombrias, pois o escalão superior saberá o que estão fazendo e onde poderão estar. Haverá, portanto, uma
base segura para a partida do socorro. Em matéria de sinalização, por outro lado, um código já teria sido
estabelecido entre eles, restando, portanto, pô-lo em execução.
Processos mais simples e comuns de sinalização em selva ou mata
fechada
No caso de uma pessoa ou grupo de pessoas perdido em ambientes naturais inóspitos, algumas ações
simples podem ser tomadas para ajudar na autolocalização ou sinalização para equipes de resgaste. Essas
ações dependerão dos recursos disponíveis no momento do evento. Vejamos, a seguir, os mais importantes:
Por apito ou por tiro (dois tiros já é o convencional entre caçadores e militares da Amazônia).
Por batidas em sapopemas, sapopembas (as grandes raízes) ou qualquer outro à base de acústica, uma
vez que os recursos visuais surtirão pouco efeito por causa da vegetação, e as fogueiras e lanternas,
mesmo à noite, serão percebidas apenas de muito perto, quando os acústicos já tiverem surtido efeito.
A fumaça, produzida por queima de vegetais e outros materiais disponíveis, como pneus, borracha etc.,
poderá ser vista à distância por indivíduos embarcados em aeronaves. Contudo, se a fumaça for clara
poderá ser confundida com a névoa, que é comum nas primeiras horas da manhã na mata fechada.
Se o elemento decidir, por sua vez, tentar a navegação, ele não deverá se esquecer de balizar o percurso.
Para isso, além de sinalizar por meios acústicos a espaços de tempo regulares, irá assinalando sua
passagem pela quebra de pequenos galhos, de marcas nas árvores, de objetos ou parte deles
pendurados etc.
Necessidade de sobreviver decorrente de um desastre de aviação em
mata fechada ou selva
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Aeronave acidentada na Austrália que pode ser utilizada como abrigo, mas também como sinalização natural.
Nesses casos, as condições dos sobreviventes serão bem difusas. Muitas baixas são esperadas e,
infelizmente, alguns dos que sobreviverem ficarão sem condições de se locomover e agravarão a situação.
No caso da aeronave não se incendiar, ainda que toda destruída, ela fornecerá muitos meios a serem
utilizados pelos que se salvarem, incluindo alimentos, medicamentos, bússola, armas, ferramentas,
espelhos, cordas, fios elétricos etc.
Em um processo de sobrevivência na selva ou na mata fechada e, após uma aterrisagem forçada, desde que
possível, é preferível permanecer alguns dias junto ao avião, pois sua localização será muito mais fácil. Por
outro lado, é necessário estabelecer comunicação via rádio e preparar algumas sinalizações visuais. Desse
modo, devemos proceder da seguinte maneira:
Parte da asa do avião.
Colocar objetos brilhantes ou de coloração viva (roupas fluorescentes ou de tons bem chamativos,
objetos brilhantes, metálicos ou não, entre outros) sobre a asa do avião e ao redor do mesmo. Utilizar
chapas da carenagem do avião, postas com o lado sem pintura virado para cima. Isso faz com que sejam
improvisados bons refletores para serem vistos com mais precisão do ar. Além dessas medidas, alguns
objetos, cujas cores se diferem bem do verde das árvores e do resto da mata, ajudam muito a sua
localização.
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Fogueira que serve para sinalização.
Distribuir fogueiras, num raio de 50 a 100 metros do avião, de maneira que possam ser rapidamente
ativadas e que identifiquem a aeronave e o acampamento montado ao redor dela, assim que algum
barulho de socorro for perceptível em períodos diurnos ou noturnos. Uma dica importante é manter em
uma dessas fogueiras, duas latas contendo, respectivamente, óleo de lubrificação e água, para fazer
fumaça. Durante o dia, utilizar fumaça, à noite, as chamas.
Bomba de fumaça.
Economizar os materiais combustíveis; e materiais como os foguetes e as bombas de fumaça devem ser
conservados secos. Deve-se utilizar somente quando avistar uma aeronave ou ouvir o seu ruído.
Utilização de espelho.
Em caso de visualizar uma aeronave, utilize um espelho com orifício central, segurando-o a poucos
centímetros (10cm) da face e veja a aeronave por meio do orifício, conforme a imagem a seguir. Na falta
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do espelho, improvise com uma lata, fazendo um pequeno orifício no centro da tampa em forma de cruz.
Rádio transmissor.
Utilizar lanterna elétrica de mão para fazer sinais à noite ou em dias enevoados e rádio transmissor de
emergência. O sinal de S.O.S. do rádio de emergência é recebido nas frequências de 121.5 mhz (civil) e
243 mhz (militar). Mantenha-se alerta especialmente durante os períodos internacionais de silêncio, que,
no horário ocidental, vão dos 15 aos 18 minutos e dos 45 aos 48 minutos, depois de cada hora cheia; e, no
horário oriental, do 0 (zero) aos 3 minutos e dos 30 aos 33 minutos, depois de cada hora cheia.
Pedido de socorro com pedras.
Utilizar painéis, quando existirem, que deverão ser hasteados e balançados; se houver tinta fosforescente,
poderá ser derramada uma pequena quantidade num lago, lagoa ou curso de água, que ela se espalhará
rapidamente por uma grande área; o local de permanência deverá ser “desarrumado” o mais depressa
possível, procurando quebrar a aparência normal e monótona da vegetação de selva.
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Rio.
Utilizar pó marcador (corante de marcação) quando avistar ou ouvir uma aeronave somente durante o dia,
levando-se em consideração que demora algum tempo para dissolver e tornar-se visível. O corante de
sinalização, ao ser colocado na água, produz uma mancha verde, que pode ser avistada a longas
distâncias e permanecer, dependendo da correnteza, por até 3 horas. Esse modelo de sinalização tem um
alcance aproximado de 10 milhas.
Rádio transmissor de emergência
Quando for utilizado o rádio, o código para pedido de socorro/emergência é MAYDAY, repetido três vezes,
preferencialmente. Para casos de urgência, o código é PANPAN, também, preferencialmente, repetido três
vezes.
Em casos de acidentes com aeronaves, em que outras aeronaves de resgate estão em contato visual com
as vítimas, podemos utilizar as sinalizações da imagem a seguir:
Quadro internacional de sinais visuais terra-ar utilizados por sobreviventes de acidentes aéreos .
Sinalização entre aeronave e sobreviventes
Como vimos, as vítimaspodem fazer sinalização para aeronaves, contudo, também precisam saber se
foram compreendidas pela aeronave de resgate. Nesse sentido, várias técnicas podem e devem ser
utilizadas para a efetivação da busca e do salvamento, como veremos a seguir.
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Com mensagem recebida e entendida
O piloto da aeronave deverá indicar que os sinais foram recebidos e entendidos:
De dia ou sob o luar intenso e forte
O movimento do avião balançando as asas lateralmente demonstra que o piloto identificou a vítima ou as
vítimas.
Durante a noite
Deve fazer sinalização com sinais verdes com uma lâmpada ou com elemento pirotécnico.
Com mensagem recebida e não entendida
O piloto da aeronave deverá indicar que os sinais foram recebidos e não entendidos:
De dia ou sob o luar intenso e forte
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O piloto deve executar uma curva de 360° pela direita.
Durante a noite
O piloto deve fazer sinalização, com sinais vermelhos, com uma lâmpada ou elemento pirotécnico. Isso é
um procedimento padrão de execução da aeronave.
Sinalização com pirotécnicos pelos sobreviventes
Os artifícios pirotécnicos são fumígenos (soltam fumaça densa) e podem ser avistados à distância. Há
diversos tipos; um desses sinais tem a particularidade de ser luminoso numa das extremidades e, na outra,
produzir fumaça.
Se for durante o dia, utiliza-se a extremidade com fumaça; se for à noite, a luminosa
(do tipo faísca). Os pirotécnicos têm alcance de até 50 quilômetros.
Veja no quadro a seguir as indicações de sinalização.
Salvamento por helicóptero
No caso de terreno acidentado, onde não seja possível o pouso (ou aproximação) do helicóptero, deve-se
seguir para local menos acidentado, no qual ele possa fazer o voo parado e apanhá-lo com o guincho, com
total segurança.
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Helicóptero auxiliando no resgate de vítima
Sinalização por meio do corpo
Para a sinalização entre o sobrevivente e a aeronave, pode-se utilizar a técnica da sinalização por meio do
corpo, muito efetiva em condições climáticas favoráveis, em que a visualização seja ampla e boa. Veja na
imagem a seguir.
Sinalizações por meio do corpo.
Todos os recursos possíveis deverão ser utilizados, como coletes e botes salva-vidas, e escorregadeiras-
bote (se a aeronave dispuser dos mesmos). A cor viva (geralmente em tons corais) desses equipamentos
servirá para formar um contraste com o verde natural da selva ou mata fechada.
Comentário
As buscas normalmente serão feitas por via aérea e, dessa forma, toda sinalização deverá ser feita, levando-
se em consideração que deverá ser vista do alto.
Sinalização para aeronaves de busca e salvamento
Neste vídeo, o especialista falará sobre a sinalização corpórea e sinal de S.O.S. em emergências.
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Vem que eu te explico!
Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar.
Módulo 3 - Vem que eu te explico!
Sinalização de socorro
Módulo 3 - Vem que eu te explico!
Necessidade de sobreviver decorrente de um desastre de aviação em mata fechada ou selva
Todos
Módulo 1 - Video
Localização em ambiente de mata
Módulo 2 - Video
Técnicas de imobilização
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 Todos Módulo 1 Módulo 2 Módulo 3 Módulo 4 
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Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Qual é o código para pedido de socorro via radiotransmissor?
A TAKE AWAY
B S.O.S.
C PAYDAY
D SAVE ME
E MAYDAY
Parabéns! A alternativa E está correta.
MAYDAY é um sinal/código reconhecido internacionalmente para pedidos e alertas de socorro via
rádio. O ideal é que seja repetido três vezes.
Questão 2
O que significa o movimento do avião balançando as asas lateralmente, de dia ou de noite, sob luar forte?
A
Demonstra que o piloto identificou a vítima ou as vítimas e a mensagem de socorro foi
identificada.
B
Demonstra que o piloto não identificou a vítima ou as vítimas e esse movimento
representa negação.
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C
Demonstra que o piloto negou atendimento à vítima ou às vítimas, pois não há como
pousar a aeronave.
D
Demonstra que o piloto identificou a vítima ou as vítimas, mas não poderá realizar o
pouso.
E
Demonstra que o piloto não identificou a vítima ou as vítimas, e as buscas estão sendo
encerradas.
Parabéns! A alternativa A está correta.
A sinalização entre aeronave e sobreviventes é essencial e viável em dias ensolarados ou sob o
luar forte, pois ela será efetiva na comunicação e acarretará um salvamento eminente. O avião
balançando as asas lateralmente significa que o piloto identificou a vítima ou as vítimas, e a
mensagem de socorro foi identificada.

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4 - Formas e tipos de abrigo
Ao �nal deste módulo, você será capaz de identi�car as formas e os tipos de abrigos.
Formas e tipos de abrigos
Um indivíduo na mata ou na selva, em regime de sobrevivência, necessita de um mínimo conforto, de
razoáveis condições psicológicas e de proteção contra o meio ambiente que o cerca de forma adversa
(adversidades do meio). Tem a necessidade de um abrigo que funcione de forma eficiente, seja limpo,
organizado e tenha bom aspecto.
É essencial que, sempre que possível, possa construir um bom abrigo com as condições descritas para
manter sua saúde física e psicológica em condições de aguardar um futuro socorro, além de sobreviver às
intempéries dos mais diversos tipos de clima, tempo e ambiente.
Abrigo improvisado na mata
Assim, abrigos são construções preparadas pelo sobrevivente, com os meios que o ambiente e os próprios
equipamentos e acessórios lhe oferecem, para a proteção contra as intempéries, os insetos e os animais
selvagens, peçonhentos ou não.
Os abrigos podem ser classificados como permanentes, semipermanentes e temporários. A seguir, veremos
a descrição dos diferentes tipos e classificações dos abrigos:
Os abrigos permanentes
São construídos com ou sem material regional e destinados a permitir a permanência continuada e por
tempo indeterminado do indivíduo sobrevivente.
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Os abrigos semipermanentes
São construídos com material regional e destinados a dar condições à permanência na selva ou na
mata por longo período de tempo na ocasião da espera de socorro e resgate.
O Exército Brasileiro apresenta os seguintes tipos de abrigos semipermanentes em condições de ambiente
de selva amazônica:
tapiri simples;
tapiri para cozinha;
tapiri nativo do caboclo;
tapiri duas águas; e
tapiri uma água.
Tapiri
É uma palavra de origem indígena que significa uma espécie de palhoça provisória onde se abrigam
lavradores, caminhoneiros, outros trabalhadores da região amazônica etc., ou o abrigo onde o seringueiro
defuma a borracha.
Curiosidade
Aqui, podemos perceber como a língua portuguesa é diversa; repare nos outros significados para tapiri:
palhoça, barga, barraca, cabana, cafuá, carito, casebre, choupana, quimbembe, toca, rancho, bando, biboca,
caravana, choça, chusma, etapa, grupo, magote ou pouso.
Veja, a seguir, algumas imagens dos abrigos citados.
Tapiri simples
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Tapiri para cozinha
Tapiri duas águas com duas camas
Comentário
Os cinco abrigos semipermanentes acima servem para outros tipos de ambiente de sobrevivência, mas são
mais bem acondicionados ao ambiente de selva.
Os abrigos temporários são construídos com material regional, utilizando, se necessário, partes do próprio
equipamento ou de acessórios. São destinados a permitir a permanência do indivíduo sobrevivente por
curtos períodos de tempo. Veja, a seguir, os mais comuns.
Rabo-de-jacu.
Rabo-de-mutum ‒ ideal para utilizar uma rede.
Japá tipo túnel ‒ também utilizado em canoas.
Japá improvisado com telheiro da rede de selva ou poncho ‒ abrigo temporário para um homem
utilizando um poncho.
Saco de dormir improvisado com poncho.
Poncho ou telheiro da rede de selva ‒ suspenso do solo e preso nas extremidades do abrigo improvisado
com poncho preso em estacas e suspenso do solo por corda.
Poncho ou telheiro da rede de selva ‒ suspenso do solo por uma corda ou cordão central e preso por
estacas do abrigo improvisado, utilizando um poncho, preso por estacas, e uma corda central,
suspendendo-o do solo.
Dois ponchos juntos e suspensos do solo ‒ presos por estacas do abrigo improvisado, utilizando dois
ponchos presos em estacas e suspensos do solo.
Abrigo para dois homens ‒ utilizando dois ponchos.
Abrigo improvisado para um homem – utilizando uma rede e um poncho.
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Veja, a seguir, algumas imagens dos abrigos citados.
Poncho
É uma palavra de origem espanhola que significa vestimenta com uma abertura ao centro para enfiar a
cabeça e duas pequenas aberturas laterais para os braços, usada, principalmente, pelos gaúchos e
tradicional na América do Sul. O poncho utilizado para a confecção de abrigos tem as mesmas
características, no entanto, é feito de tecido emborrachado, impermeável e serve para se abrigar da chuva.
Abrigo rabo-de-mutum
Abrigo com dois ponchos juntos
Materiais nativos ou regionais para construção dos
abrigos
O material a ser obtido na própria região normalmente inclui:
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Madeira (troncos finos e grossos) para confeccionar a estrutura.
Cipós (ambé, titica, timbó-açu) ou cascas de certas árvores (enviras preta e branca) para confeccionar todas
as amarrações.
Palhas (branca, braba, ubim em “V”, najá), folhas de palmeiras (açaí, buriti, bacaba, patauá), sororoca
(semelhante à folha da bananeira) ou caranaí, para confeccionar as coberturas.
As palhas, sem os talos ou as folhas de sororoca, podem ser utilizadas para a confecção de tarimbas, um
tipo de colchão que fica sobre as “varas” de madeira da cama.
Escolha do local de construção
Para a confecção de um abrigo, deverá ser escolhido um lugar alto, em terreno pouco inclinado e
relativamente limpo, ou a ser limpo (de fácil limpeza), afastado de tocas de animais e, de preferência,
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próximo de um reservatório de água potável ou água corrente potável.
Ao se iniciar a confecção de um abrigo, deverá ser verificado se as árvores onde serão feitas as amarrações
são firmes e não possuem galhada seca (galhos secos), pois, caso contrário, estarão propensas a
acidentes. O abrigo não deve estar muito próximo ou logo abaixo de árvores totalmente secas.
Atenção
É de alta relevância salientar que a sobrevivência com uma gama variada de recursos é normal se a
penetração na selva ou na mata tiver sido planejada, ou se resultante de desastre de aviação, no qual o
aparelho não foi destruído por incêndio. Na segunda hipótese, há vantagem em não abandonar, por
precipitação, as proximidades da aeronave, pois esta, mesmo incendiada, poderá fornecer materiais para
auxiliar a sobrevivência, além de a aeronave destruída servir de sinalização natural para um futuro resgate
aéreo, como já vimos no módulo anterior.
É também de extrema importância saber como improvisar abrigos com os materiais disponíveis até a
chegada do resgate, quando se está em uma situação de sobrevivência na selva ou na mata. Todos os
sobreviventes necessitam estar em ampla proteção contra todas as adversidades, como o frio, o calor, os
animais selvagens, os insetos, a chuva e outros perigos iminentes em ambiente hostil ao ser humano que
tenta sobreviver.
Também é possível utilizar a própria aeronave como abrigo, caso ela esteja em boas condições de
segurança, ou áreas com cavernas. Neste caso, deve-se prestar bastante atenção à umidade do local, aos
morcegos, insetos e outros bichos, peçonhentos ou não, que podem estar abrigados ali.
O ambiente de selva ou de mata é complexo, e é preciso estar atento às altas e baixas temperaturas (alta
amplitude térmica diária). Um exemplo prático é que, durante o dia, a sensação térmica pode ultrapassar os
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40°C, e durante a noite, pode cair drasticamente para até 3°C, logo, abrigar-se é essencial. O amanhecer é
mais tardio e a noite chega bem rápido.
A selva é um local de grande umidade, onde, no geral, chove bastante. Ao confeccionar um abrigo, tudo isso
deverá ser levado em consideração. Deve-se ficar atento se o local é muito exposto aos seguintes fatores:
calor, chuva, frio, umidade e garoa, insetos, tocas de animais predadores (felinos principalmente) e tocas de
animais peçonhentos.
Comentário
No caso de ser necessário fazer uso da aeronave como abrigo para sobrevivência na selva, deve-se tomar
cuidado com “as facilidades”. Caso existam óbitos, deverão ser retirados os corpos, devidamente
identificados e, quando possível, enterrados em um perímetro afastado de onde se encontra a aeronave. O
cenário deve ser protocolado, a fim de que os órgãos competentes façam o reconhecimento e o translado
corretamente, na ocasião de um futuro resgate. Não executar um protocolo de forma organizada
comprometeria todos os sobreviventes, tendo em vista que seriam atraídos insetos e animais nativos, e
doenças infectocontagiosas seriam disseminadas pela aproximação de cadáveres e pelas condições muito
precárias de higiene e saneamento.
Com a intenção de tratar os feridos, o melhor é acomodá-los dentro da aeronave, caso essa esteja em boas
condições. Se a situação for diferente, resgatar o máximo de utensílios, roupas, poltronas, outros objetos de
dentro das malas e tudo que puder ser aproveitado para se confeccionar um abrigo seguro e cobertura
pessoal. Essas manobras garantirão a sobrevivência e a manutenção da saúde dos feridos e também a dos
outros sobreviventes não feridos.
Saiba mais
Dicas do que não devemos fazer:
Não construir o abrigo em uma área de inclinação que propicie perigos de deslizamento, inundações,
queda de rochas ou rochedos, ou em locais de muita ventania.
Não construir abrigos embaixo de árvores muito grandes e não dormir embaixo de coqueiros (risco de
queda do fruto) ou bananeiras (risco de queda dos frutos e de reunião de animais indesejáveis).
Construção de abrigos
Neste vídeo, o especialista irá falar sobre como se abrigar em caso de acidentes em mata.
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Vem que eu te explico!
Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar.
Módulo 4 - Vem que eu te explico!
De�nição de abrigos
Módulo 4 - Vem que eu te explico!
Materiais nativos ou regionais para construção dos abrigos
Todos
Módulo 1 - Video
Localização em ambiente de mata
Módulo 2 - VideoTécnicas de imobilização
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 Todos Módulo 1 Módulo 2 Módulo 3 Módulo 4 
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Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Os tapiris são tipos de abrigos que podem ser classificados como
A permeáveis.
B temporários.
C provisórios.
D semipermanentes.
E pequenos.
Parabéns! A alternativa D está correta.
Os tapiris são abrigos semipermanentes, do tipo palhoça, utilizados, principalmente, na Selva
Amazônica. Os abrigos permanentes são construídos com materiais de maior vida útil, permitindo
maior tempo de proteção ao indivíduo.
Questão 2
Qual dos locais listados pode ser utilizado como abrigo na selva ou na mata fechada?
A Aeronave
B Local abaixo de coqueiros
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Considerações �nais
Vimos que as instruções de salvamento e de sobrevivência compreendem o estudo teórico necessário para
aplicação de ações de resgate, de cuidados com as vítimas (primeiros socorros) durante as buscas e
salvamentos, de identificação de tipos de abrigos utilizados na sobrevivência e diversas sinalizações, que
têm por finalidade prolongar a vida da vítima até que possa ser resgatada com saúde.
Ao percorrer o material, você conseguiu identificar que as atividades realizadas durante o salvamento e as
ações de sobrevivência visam à manutenção da saúde física e psicológica das vítimas, para, muitas vezes,
conseguirem chegar em outro nível de atendimento de saúde hospitalar. As técnicas de APH ou de primeiros
socorros com atendentes, que não são profissionais de saúde, são essenciais para que haja de forma
efetiva o salvamento e, posteriormente, a manutenção da saúde.
As diversas técnicas expostas neste conteúdo dão a dimensão e reportam à relevância de saber trabalhar
com materiais da própria região na qual a busca deve ser realizada, à relevância de agir sob forte pressão no
intuito de salvar as vítimas, mesmo em condições precárias, à compreensão sobre os símbolos e
sinalizações de socorro que podem efetivar o resgate e à absoluta necessidade de se confeccionarem
abrigos adequados para prolongar a vida dos indivíduos que aguardam o salvamento.
C Local abaixo de árvores totalmente secas
D Local com desnível acentuado
E Tocas utilizadas por animais silvestres de médio e grande porte
Parabéns! A alternativa A está correta.
A aeronave, quando segura, é um ótimo abrigo, provendo segurança, sem requerer a necessidade
de construção de outros abrigos, sendo também um local de fácil observação aérea.
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Podcast
Neste podcast, você conhecerá um pouco mais sobre Instruções gerais de salvamento e de sobrevivência.
Neste podcast, você conhecerá um pouco mais sobre Cuidados com a saúde durante as ações de
salvamento e de sobrevivência.
Neste podcast, você conhecerá um pouco mais sobre Simbologia e as sinalizações de socorro.
Neste podcast, você conhecerá um pouco mais sobre Formas e tipos de abrigos.
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Referências
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO. Manual de Busca e Salvamento em Cobertura
Vegetal de Risco ‒ Coletânea de Manuais Técnicos de Bombeiros. n. 33. São Paulo, 2006.
EXÉRCITO BRASILEIRO. Instruções Provisórias de Sobrevivência na Selva IP 21-80. 2 ed. Brasília, DF, 1999.
JOHN, B. Manual de Sobrevivência – Editado para uso de civis e militares. EUA. 1980.
PONTES, C. F. de. Manual de Sobrevivência na Selva. Rio de Janeiro: IBGE, 1993.
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Pesquise o material Busca e Salvamento da Força Aérea Brasileira, no site da FAB, que ilustra a importância
da Aviação de Busca e Salvamento no Brasil.
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