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Dimensionamento térmico de uma câmara fria

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO 
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS, SAÚDE E TECNOLOGIA 
CURSO DE ENGENHARIA DE ALIMENTOS 
DISCIPLINA DE OPERAÇÕES UNITÁRIAS II 
 
 
 
 
BRENDA LETÍCIA DE SOUSA PESSOA 
CÍNTIA MARIA SOUSA FERREIRA 
 
 
 
DIMENSIONAMENTO DE UMA CÂMARA FRIA DE ARMAZENAMENTO 
 
 
 
 
Imperatriz 
2022 
 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 1 
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .............................................................................. 1 
2.1 REFRIGERAÇÃO.................................................................................................... 1 
2.2 CONGELAMENTO .................................................................................................. 2 
2.3 DIMENSIONAMENTO DE UMA CÂMARA FRIA ....................................................... 2 
2.4 PRODUTO .............................................................................................................. 3 
3 METODOLOGIA: CÁLCULO DE CARGA TÉRMICA .................................... 3 
3.1 CARGA TÉRMICA EM RAZÃO DA PAREDE, TETO E PISO ............................................ 3 
3.2 CARGA TÉRMICA EM RAZÃO DA INFILTRAÇÃO ................................................... 4 
3.3 CARGA TÉRMICA EM RAZÃO DA ILUMINAÇÃO .................................................... 4 
3.4 CARGA TÉRMICA EM RAZÃO DA CIRCULAÇÃO DE PESSOAS ................................ 5 
3.5 CARGA TÉRMICA EM RAZÃO DAS EMPILHADEIRAS ............................................. 5 
3.6 CARGA TÉRMICA EM RAZÃO DOS MOTORES DOS VENTILADORES ...................... 5 
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................ 6 
4.1 CARGA TÉRMICA EM RAZÃO DA PAREDE, TETO E PISO ....................................... 6 
4.2 CARGA TÉRMICA EM RAZÃO DA INFILTRAÇÃO ................................................... 7 
4.3 CARGA TÉRMICA EM RAZÃO DA ILUMINAÇÃO .................................................... 8 
4.4 CARGA TÉRMICA EM RAZÃO DA CIRCULAÇÃO DE PESSOAS ................................ 8 
4.5 CARGA TÉRMICA EM RAZÃO DA CIRCULAÇÃO DAS EMPILHADEIRAS ................. 8 
4.6 CARGA TÉRMICA EM RAZÃO DE MOTOR DE VENTILADORES .............................. 9 
4.7 CARGA TÉRMICA TOTAL ...................................................................................... 9 
5 CONCLUSÃO ...................................................................................................... 12 
6 REFERÊNCIAS ................................................................................................... 13 
 
 
 
1 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
O século XX foi marcado pela implantação no campo da tecnologia de alimentos, sua 
industrialização a grande escala só pode ser alcançada com a adoção dos métodos de 
preservação e conservação por ela instituídos. Esses métodos modernos, dos mais simples aos 
mais elaborados, proporcionam maior variedade de produtos de qualidade (LEONARDI; 
MARCACINE, 2018). 
Muitos recursos foram desenvolvidos ao longo dos séculos com o objetivo de 
minimizar a deterioração e prolongar a vida útil dos alimentos, métodos empíricos foram 
utilizados como: aquecimento, refrigeração, decapagem, desidratação, defumação e 
fermentação. Esses métodos foram aprimorados com a chegada da revolução industrial e a 
ciência de conservação de produtos alimentares (BARBOSA, 2021). 
O método mais antigo utilizado para prolongar a vida útil dos alimentos é o emprego 
da refrigeração nos tempos pré-históricos, as pessoas armazenavam suas presas no meio do gelo 
para comer mais tarde. A produção de frio na indústria alimentar é o avanço que permite o 
armazenamento e transporte de produtos perecíveis. Essa tecnologia oferece alimentos e 
produtos alimentícios dotados de qualidades nutritivas e sensoriais durante longo período de 
tempo ( CARVALHO et al., 2013) 
O presente relatório teve como objetivo determinar o dimensionamento de uma câmara 
fria de armazenamento para massa de pães, bem como escolha dos principais equipamentos 
para funcionamento da mesma, em vista do crescimento de estocagem centralizada de produtos 
alimentícios em pontos de distribuição. 
 
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
2.1 Refrigeração 
A única maneira de manter os alimentos perecíveis em sua condição original de fresco 
é por refrigeração. Esta é a principal vantagem da refrigeração sobre outros métodos de 
conservação de alimentos. Se os alimentos forem armazenados refrigerados, o processo de 
resfriamento deve começar muito cedo e continuar até que os alimentos sejam finalmente 
consumidos (ALVES,2012). 
O resfriamento consiste no processo de retirar calor de um corpo ou espaço para 
reduzir sua temperatura e transferir este calor para um outro espaço ou corpo. Esse processo é 
2 
 
 
bastante utilizado na conservação de alimentos, pois as baixas temperaturas prolongam por mais 
tempo, embora limitado, a vida útil dos produtos, uma vez que retardam a ação e crescimento 
de microrganismos termófilos e mesófilos, atividade enzimática e reações diversas no alimento. 
A forma de aplicação dessa técnica e a temperatura a ser empregada variam de acordo com a 
natureza de cada alimento e de suas propriedades sensoriais (LOPES, 2007; VASCONCELOS; 
MELO FILHO, 2010). 
A refrigeração como método de conservação dos alimentos tem como principal função 
reduzir ou inativar o crescimento e desenvolvimento microbiano, impedindo que de certa forma 
eles se desenvolvam de forma a não provocar danos nos alimentos, tentando por isso manter a 
qualidade original do alimento e prolongar um pouco mais a sua vida útil (FRANCO; 
LANDGRAF, 2002). 
2.2 Congelamento 
O congelamento não só diminui a temperatura do produto como separa inicialmente a 
água que fica guardada nos tecidos em forma de cristais de gelo. Tal efeito dificulta duplamente 
o desenvolvimento dos microrganismos, a ação enzimática ou parar a deterioração (FRANCO; 
LANDGRAF, 2002). 
Métodos de congelamento têm sido estudados a fim de minimizar as alterações 
químicas e físicas que deles decorrem. Durante o congelamento, a flora de microrganismos 
presentes diminui consideravelmente, podendo aumentar se a operação de descongelamento 
não for realizada corretamente(COLLA;HERNANDEZ,2003). 
Os equipamentos de congelamento deverão ser utilizados de maneira que o produto se 
mantenha igual ou inferior a -18°C, conforme Figueiredo (2002) descreve na Tabela 2, com o 
mínimo de oscilação (CODEX ALIMENTARIUS, 1976). Nessas temperaturas praticamente 
cessa o crescimento dos microrganismos, com raras exceções. Temperaturas de congelamento 
acima dos valores recomendados não inativam as enzimas que podem deteriorar os alimentos 
(FRANCO; LANDGRAF, 2002). 
2.3 Dimensionamento de uma câmara fria 
Câmara fria, ou câmara frigorífica, é qualquer espaço de armazenagem, que tenha as 
suas condições internas controladas por um sistema de refrigeração (CHAGAS, 2012). Mais 
precisamente, são sistemas para resfriamento e armazenamento de produtos em maior escala se 
3 
 
 
comparado a refrigeradores domésticos ou comerciais, sendo bastante utilizadas em 
frigoríficos, açougues, peixarias, e em alguns casos para armazenamento de vegetais e flores 
A câmara frigorífica pode ser de resfriamento ou de congelamento e deve atender 
critérios de capacidade de armazenamento e instalações para recebimento e expedição, bem 
como ter um espaço interior bem dimensionado. Preservar a temperatura interior abaixo da 
temperatura externa é essencial para manter o sistema de refrigeração em adequado 
funcionamento. A elaboração de um projeto correto, a escolha de métodos de construção e seu 
material adequado, a escolha de equipamentos e a supervisão de operação influenciam na 
capacidade de refrigeração da câmara e nos custos de energia elétrica (CHAGAS, 2012). 
2.4 Produto 
Pães são osprodutos obtidos da farinha de trigo e/ou outras farinhas, adicionados de 
líquido, resultantes do processo de fermentação ou não e cocção, podendo conter outros 
ingredientes, desde que não descaracterizem os produtos. Podem apresentar cobertura, recheio, 
formato e textura diversos (BRASIL, 2005). 
Os indicadores históricos da origem do pão no Brasil e no mundo conferem destaque 
a este alimento na evolução e subsistência da humanidade, com importância em quesitos 
culturais, sociais, econômicos e religiosos (MOREIRAS, 2014). Sendo um alimento dotado de 
grandes benefícios nutricionais, tradicionalmente faz parte dos hábitos alimentares da maioria 
da população, nas mais diversas formas de preparo e consumo. Segundo estudo guiado pela 
Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (ABIP, 2011), o pão é 
consumido por 97% dos brasileiros, onde a média de pessoas que passam por uma padaria 
diariamente está entre 690 e 1300. 
As massas de pães congeladas, antes de serem armazenadas, devem passar pelo processo 
de congelamento o mais rápido possível. O período de estocagem começa logo após esse 
processo de congelamento rápido. Ao realizar o armazenamento é importante que as peças de 
massa congelada estejam embaladas em sacos de polietileno ou caixas bem 33 protegidas com 
polietileno, pois isso minimiza os danos causados pela perda de água (CAUVAIN; YOUNG, 
2009). 
 
3 METODOLOGIA: CÁLCULO DE CARGA TÉRMICA 
3.1 Carga térmica em razão da parede, teto e piso 
4 
 
 
Nas paredes, teto e piso haverá a troca de calor com o ambiente externo por condução, 
pois há diferença de temperatura entre as superfícies citadas e a parte externa da câmara fria. 
Na construção dessas superfícies foram utilizados painéis sanduíche, formados por duas faces 
de aço galvanizado com preenchimento por espuma rígida de poliuretano. 
A energia térmica transferida através das paredes, teto e piso pode ser calculada por: 
𝑄 = 𝐴. 𝑈. 𝛥𝑇 (1) 
onde: 
Q = carga térmica (kcal/24h); 
A = área externa (m2); 
U = coeficiente global de transferência de calor (W/m².ºC); 
ΔT = diferença de temperatura entre o ambiente externo e interno da câmara em (ºC). 
3.2 Carga térmica em razão da infiltração 
Com a abertura da porta, haverá troca de calor entre o ambiente interno e externo da 
câmara fria em decorrência da troca de ar entre esses ambientes. Assim, a carga térmica em 
razão da infiltração pode ser calculada por: 
𝑄 = (𝑉/𝑣). 𝑛. (ℎ𝑒𝑥𝑡 − ℎ𝑖𝑛𝑡) (2) 
onde: 
 Q = carga térmica (kcal/24h); 
 V = volume interno da câmara (m³); 
 v = volume específico do ar externo (m³/kg); 
 n = número de trocas de ar por 24 horas; 
hext = entalpia do ar externo (kJ/kg); 
 hint = entalpia ar interno (kJ/kg). 
3.3 Carga térmica em razão da iluminação 
As fontes de iluminação presentes no interior da câmara dissipam calor. O tipo e a 
potência da luminária na câmara de refrigeração terão impacto no ganho de calor do ambiente. 
A carga térmica em razão da iluminação é dada por: 
𝑄 = 𝐴𝑡𝑒𝑡𝑜 . 𝑃. 𝑡 (3) 
onde: 
Q = carga térmica (kcal/24h); 
 Ateto = área do teto (m
2); 
5 
 
 
 P = potência dissipada em (W/m2); 
t = tempo de iluminação (h). 
3.4 Carga térmica em razão da circulação de pessoas 
A circulação de funcionários no interior da câmara fria resulta na liberação de calor para 
o interior do ambiente. No dimensionamento do projeto é importante levar em consideração a 
quantidade de pessoas que irão circular no interior da câmara e levar também em consideração 
o tempo de permanência. A caga térmica pode ser calculada pela seguinte equação: 
𝑄 = 𝑛. 𝑞. 𝑡 (4) 
onde: 
Q = carga térmica (kcal/24h); 
 n = número de funcionários; 
q = calor por pessoa (kcal/h); 
 t = tempo de trabalho (h). 
3.5 Carga térmica em razão das empilhadeiras 
As empilhadeiras que circulam dentro da câmara são uma fonte de calor e é importante 
levar em consideração a potência do motor para o cálculo da carga térmica, que é dada por: 
𝑄 = 𝑛. 𝑃. 𝑞. 𝑡 (5) 
onde: 
Q = carga térmica (kcal/24h); 
 n = número de empilhadeiras; 
 P = potência (kW); 
q = calor dissipado (kcal/h.kW); 
 t = tempo da empilhadeira na câmara (h). 
3.6 Carga térmica em razão dos motores dos ventiladores 
Normalmente, haverá a dissipação de calor pelos motores dos ventiladores presentes no 
interior da câmara refrigerada. A carga térmica será dada por: 
𝑄𝑣𝑒𝑛𝑡 =
𝑁.𝑃𝑜𝑡.𝑡𝑣𝑒𝑛𝑡
𝜂
 (6) 
onde: 
𝑄𝑣𝑒𝑛𝑡 = Carga térmica dos motores dos ventiladores (kcal/dia); 
 N = Número de motores internos; 
6 
 
 
 𝜂 = Rendimento do motor; 
𝑃𝑜𝑡 = Potência de cada motor (kW); 
𝑡vent: Tempo em que os motores funcionam por dia (h/dia). 
 
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
Para realizar o dimensionamento da câmara fria de armazenamento para massa de pães, 
deve-se levar em consideração as dimensões da câmara, que são dadas na tabela a seguir: 
 
Tabela 1 - Medidas da câmara 
 
 
Sabe-se que a temperatura de armazenamento é de -20 °C e o coeficiente global de 
transferência de calor (U) para o painel sanduíche formado por duas faces de aço galvanizado 
e preenchido por espuma rígida de poliuretano, de acordo com Satori et al (2009), é de 0,2688 
W/m2.K. 
4.1 Carga térmica em razão da parede, teto e piso 
7 
 
 
Para tal, utiliza-se a equação (1), calculando a carga térmica das quatro paredes, além 
do teto e piso, somando todas as cargas térmicas obtidas ao final para determinação da carga 
térmica total. 
 Faz-se necessário o uso dos seguintes dados: 
● Temperatura da câmara = -20 °C; 
● Coeficiente global de transferência de calor (U) = 0,2688 W/m2.K; 
● Área externa das paredes frontal e traseira = 38,64 m2; 
● Área externa das paredes laterais = 63,84 m2; 
● Área piso e teto = 139,84 m2; 
● Temperatura externa = 10 °C; 
● Temperatura Local = 35 °C; 
● Temperatura ambiente = 28 °C; 
● Temperatura do solo = 30 °C. 
 
 Para a parede 1, tem-se: 
𝑄𝑝1 = 38,64 ∗ 0,2688 ∗ (10 − (−20)) = 311,60 𝑊 
 Para a parede 2, tem-se: 
𝑄𝑝2 = 38,64 ∗ 0,2688 ∗ (35 − (−20) + 1) = 581,64 𝑊 
 Para a parede 3, tem-se: 
𝑄𝑝3 = 63,84 ∗ 0,2688 ∗ (35 − (−20) + 2) = 978,13 𝑊 
 Para a parede 4, tem-se: 
𝑄𝑝4 = 63,84 ∗ 0,2688 ∗ (28 − (−20)) = 823,70 𝑊 
 Para o teto, tem-se: 
𝑄𝑡𝑒𝑡𝑜 = 139,84 ∗ 0,2688 ∗ (35 − (−20)) = 2067,40 𝑊 
 Para o piso, tem-se: 
𝑄𝑝𝑖𝑠𝑜 = 139,84 ∗ 0,2688 ∗ (30 − (−20)) = 1879,45 𝑊 
 
Somando cada carga térmica, tem-se a carga térmica total: 
𝑄𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 6641,92 𝑊 = 137089,23 𝑘𝑐𝑎𝑙/24ℎ 
4.2 Carga térmica em razão da infiltração 
Para tal, utiliza-se a equação (2). Faz-se necessário o uso dos seguintes dados: 
 
8 
 
 
● Volume interno da câmara = 540 m3; 
● Volume específico do ar externo = 0,8 m3/kg; 
● Entalpia do ar externo = 15 kJ/kg 
● Entalpia do ar interno = -16 kJ/kg 
● Número de trocas de ar por 24 horas = 4. 
 A carga térmica será: 
 
𝑄 =
540 
0,8
∗ 4 ∗ (15 − (−16)) = 83700 𝑘𝐽=20004,78 kcal/24h 
4.3 Carga térmica em razão da iluminação 
Para tal, utiliza-se a equação (3). De acordo com a ABNT (2008), a potência de 
lâmpadas fluorescentes em armazéns climatizados deve ser de 2 W/m2. Será levado em 
consideração também que a lâmpadas ficam acesas durante 8h por dia. Assim, tem-se os 
seguintes dados: 
● Área do teto = 135 m2; 
● Potência dissipada pela lâmpada = 2 W/m2; 
● Tempo de iluminação = 8 h. 
A carga térmica será: 
𝑄 = 135 ∗ 2 ∗ 8 = 2160 𝑊ℎ = 1858,51 𝑘𝑐𝑎𝑙/24ℎ 
4.4 Carga térmica em razão da circulação de pessoas 
Para calcular a carga térmica em razão da circulação de pessoas dentro da câmara fria, 
utiliza-se a equação (4). Supõe-se que há um número de 5 pessoas trabalhando por um período 
de 8 horas por dia. Assim, tem-se os seguintes dados: 
● Número de funcionários = 5; 
● Tempo de trabalho = 8 h; 
● Calor por pessoa = 338 kcal/h. 
 
 A carga térmica será: 
 
𝑄 = 5 ∗ 338 ∗ 8 = 13520 𝑘𝑐𝑎𝑙/24ℎ4.5 Carga térmica em razão da circulação das empilhadeiras 
9 
 
 
Para tal, utiliza-se a equação (5) e estima-se que haja apenas uma empilhadeira 
funcionando dentro da câmara por um período de 8 horas. Os dados para cálculo da carga 
térmica são os seguintes: 
● Número de empilhadeiras = 1; 
● Potência = 10 kW; 
● Calor dissipado = 1,3 kW/kW 
● Tempo da empilhadeira na câmara em horas: 8 h. 
 A carga térmica será: 
𝑄 = 1 ∗ 10 ∗ 1,3 ∗ 8 = 104 𝑘𝑊ℎ = 89483,75 𝑘𝑐𝑎𝑙/24ℎ 
4.6 Carga térmica em razão de motor de ventiladores 
Para o cálculo da carga térmica em razão dos motores de ventiladores, supõe-se os 
seguintes dados: 
● Número de motores internos = 1; 
● Rendimento do motor = 0,85; 
● Potência do motor: 2 kW; 
● Tempo de funcionamento dos motores por dia = 8 h. 
 
 A carga térmica será dada por: 
𝑄 = (1 ∗ 2 ∗ 8)/0,85 = 18,82 𝑘𝑊ℎ = 16193,12 𝑘𝑐𝑎𝑙/24ℎ 
 
4.7 Carga térmica total 
A carga térmica total é calculada pela soma de todas as cargas térmicas determinadas 
anteriormente. Dessa forma, tem-se: 
 
𝑄𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 137089,23 + 20004,78 + 1858,51 + 13520 + 89483,75 + 16193,12 
𝑄𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 278149,39 𝑘𝑐𝑎𝑙/24ℎ 
 
No entanto, a carga térmica acima calculada é para um período de 24 horas, mas a 
câmara fria não opera durante 24h consecutivas, portanto, faz-se necessário a carga térmica no 
período de funcionamento da câmara, que é de 16 horas. 
 
10 
 
 
𝑄16ℎ = 278149,39/16 = 17384,34 𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ 
 
 
4.8 Componentes do sistema frigorífico 
 
Os principais equipamentos para o funcionamento de armazenamento da câmara fria 
são: 
 
a) Válvula de Expansão 
Ela regula a vazão de refrigerante que chega ao evaporador. Além disso, sua 
principal função é reduzir a pressão do fluido a partir da pressão de condensação até a pressão 
de vaporização, obtendo, assim, uma mistura de vapor e líquido.A mistura que sai da válvula 
de expansão entra no evaporador absorvendo o calor que é retirado da câmara frigorífica. 
(MORAIS, 2014; VENTURINI, 2005). 
 
 
Fig.01_ Válvula de Expansão 
 
b) Válvula solenóide câmara fria 
A Válvula solenóide câmara fria tem por função básica realizar a interrupção do fluido 
quando essa situação se mostrar necessária. Além disso, a válvula solenóide câmara fria tem 
como uma de suas principais características a função pump-down.É possível encontrar a válvula 
solenóide camara fria em duas modalidades: a primeira é o tipo fechada, sendo aberta apenas 
quando recebe eletricidade;já a segunda modalidade da válvula solenóide câmara fria é a aberta 
e, igualmente, só se fecha quando recebe eletricidade. 
11 
 
 
 
Fig.02_ Válvula solenóide câmara fria 
c) Evaporadores/Forçadores de Ar 
O evaporador é um trocador de calor que absorve o calor para o sistema de 
refrigeração. Ele recebe líquido refrigerante frio, de baixa pressão vindo do dispositivo de 
expansão e através da absorção do calor de alguma substância, vaporiza-o em seu interior. Essa 
substância pode ser o ar, água, outro fluído ou mesmo um sólido.De acordo com Vilain (2018), 
para realizar a seleção do evaporador deve-se considerar a temperatura de evaporação, que deve 
ser menor que a temperatura interna da câmara, para o presente trabalho foi escolhida a 
temperatura de -25 ºC, a capacidade térmica calculada e o alcance da flecha de ar. 
 
Fig.03_ Evaporador 
d) Unidade Condensadora 
Uma unidade condensadora é montada no lado de alta pressão de um sistema de 
refrigeração. É um conjunto que inclui um compressor, um condensador, um motor de 
ventilação, controles e uma base de montagem. Tem a função de realizar troca de calor para 
que o gás refrigerante que entra seja resfriado, condensado e transformado em estado líquido, 
além de receber o auxílio da ventilação externa, que passa pelo trocador de calor, para resfriar 
o gás refrigerante interior do sistema. 
12 
 
 
 
Fig.04_ Unidade Condensadora 
e) Compressores 
Componente instalado na Unidade Condensadora, o motor compressor é o responsável 
por aspirar o fluido refrigerante decorrente do evaporador, que na sequência comprimir o fluido, 
que aumentará consecutivamente a pressão e a temperatura, para após isso transitar pelo 
condensador onde ele se tornará liquido novamente. Podendo ser monofásico, bifásico ou 
trifásico, ele também existe uma variante nos gases utilizados, dependendo da necessidade do 
projeto. 
 
Fig.05_ Compressor 
 
5 CONCLUSÃO 
 O presente trabalho alcançou o objetivo de dimensionar uma câmara fria para 
armazenamento de massa de pães, assim como permitiu a escolha de equipamentos ideais para 
manter a temperatura de armazenamento requerida (-20 °C). Foi possível concluir que a 
refrigeração ou congelamento de um alimento envolve um planejamento levando em 
https://www.multifrio.com.br/conteudos/compressores.html
13 
 
 
consideração vários fatores, de modo que esse armazenamento refrigerado seja eficaz e evite 
assim efeitos desfavoráveis que possam prejudicar a qualidade microbiológica e sensorial do 
alimento. 
 
6 REFERÊNCIAS 
ABIP - Associação Brasileira Da Indústria De Panificação e Confeitaria e SEBRAE – Serviço 
Brasileiro de Apoio a Micro e Pequenas Indústrias. Encarte Técnico. A Importância do Pão do 
Dia (Tipo Francês) Para o Segmento de Panificação no Brasil. 
 
BARBOSA, C. M. A Conservação de Alimentos por Refrigeração: Uma Revisão e uma 
Proposta de Dimensionamento de uma Câmera de armazenamento para massa de pão 
congelada, Fortaleza, p. 1-62, 2021. 
CARVALHO, S. M. et al. Emprego do Frio na Conservação de Alimentos. Centro Científico 
Conhecer, Espírito Santo, v. v.9, n. 16, p. 1-62, 1 jul. 2013. 
CODEX ALIMENTARIUS. Código internacional: Recomendações das práticas para a 
elaboração e manipulação dos alimentos congelados. 1976, p.18. Disponível em: 
http://www.codexalimentarius.net/standards_search_es.asp. Acesso em: 17/07/2022. 
COLLA, L. M; HERNÁNDEZ, P.C. Congelamento e Descongelamento- Sua Influência 
Sobre os Alimentos, Rio Grande, p. 53-66,2003. 
CHAGAS, José Augusto Castro. Projeto e Construção de Câmaras Frigoríficas. Joinville: 
York Refrigeration. Joinville: 2012. 
CHAGAS, J. A. C. Projeto e construção de câmaras frigoríficas. Joinville: York 
Refrigeration, 2012, 14 p. 
FRANCO, Bernadette D. Gombossi de Melo; LANDGRAF, Mariza. Microbiologia dos 
alimentos. São Paulo: Atheneu, 2002. 
LEONARDI, J. G.; MARCACINE, A. B. Métodos de Conservação de Alimentos. Revista 
Saúde em Foco, São Paulo, ed. Edição nº 10, p. 51-61, 2018. 
LOPES, R. L. T. Dossiê técnico: conservação de alimentos. Belo Horizonte: Fundação Centro 
Tecnológico de Minas Gerais (CETEC), 2007. Copyright © - Serviço Brasileiro de Respostas 
Técnicas. 
MORAIS, M. M. Projeto de uma instalação frigorífica. 2014. Dissertação (Mestrado em 
Engenharia Mecânica) – Departamento de Engenharia Mecânica, Instituto Superior de 
Engenharia de Lisboa, Lisboa, 2014. 
MOREIRAS, P. Pão & Vinho: mil e uma histórias de comer e beber. Editora Dom Quixote, 
Córdova, 2014. 
VASCONCELOS, M. A. da S.; MELO FILHO, A. B. de. Conservação de alimentos. Recife: 
EDUFRPE, 2010. 130 p. ISBN: 978-85-7946-072-2. Programa Escola Aberta do Brasil (ETEC 
– Brasil). 
14 
 
 
CAUVAIN, S. P. YOUNG, L. S. Tecnologia da panificação. 2. ed. Barueri: Manole, 2009. 
418 p. ISBN 9788520427064 (broch.). 
ABNT. ABNT NBR 16401:1: instalações de ar-condicionado: sistemas centrais e unitários: 
parte 1: projetos das instalações. Rio de Janeiro: ABNT, 2008. 60 p.

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