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Catequese Jesuítica e Colonização no Brasil

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1. 
 
 
Pensando nas funções exercidas pela Igreja Católica ao longo do processo de 
colonização a assertiva que melhor explica sua atuação é: 
 
 
implementava um intenso processo de alfabetização dos índigenas o que permitia a formação de 
uma elite colonial além daquela oriunda da Europa. 
 
implementava um intenso processo de alfabetização dos índigenas e negros o que criava 
melhores condições para estes indivíduos dentro da colônia. 
 
facilitava a subordinação da população indígena na medida em que impunha a catequese e 
justificava a colonização. 
 
buscava intervir na utilização de mão-de-obra indígena na lavoura, justificando que eles seriam 
melhor aproveitados nas minas. 
 
participava ativamente da escravização dos nativos pelos colonos justificando esta atuação com a 
lógica de que os índios eram criaturas sem alma 
 
 
 
Explicação: 
A Igreja Católica atuava de forma sistemática no que diz respeito ao processo de catequização. Por conta 
disso, auxiliava na colonização à medida em que justificava esta prática junto aos indígenas aldeados. 
 
 
 
 
 
 
 
2. 
 
 
Qual a função da catequese jesuítica no Brasil? 
 
 
Adaptar os indígenas à escravidão. 
 
Deseatabilizar a cultura indígena pois dessa forma terminariam as guerras entre as tribos 
elevando a quantidade de convertidos à religião católica. 
 
Convertê-los ao catolicismo para obrigar os colonos a trocar a mão de obra escrava indígena pela 
africana. 
 
Preservar a cultura indígena pois sua manutenção era essencial para o projeto de dominação da 
Metrópole. 
 
Coube principalmente aos jesuítas a conversão dos índios ao catolicismo e adaptá-los ao modelo 
de sociedade portuguesa. 
 
 
 
Explicação: 
As constatações apontadas na tela anterior serviram como norte para a atuação dos religiosos europeus. 
Se por um lado a Coroa portuguesa só passou a se importar efetivamente com sua colônia americana a 
partir de 1530, desde os primeiros anos de contato diversos religiosos, sobretudo os jesuítas, iniciaram 
um intenso trabalho com os grupos indígenas que ficou conhecido como catequese. Num primeiro 
momento, os jesuítas visitavam as aldeias a fim de conhecer um pouco mais a cultura, hábitos e língua 
dos índios, aproveitando a oportunidade para fazer pregações e alguns batismos. 
Feito o contato inicial, os jesuítas passaram para o segundo estágio da catequese: a conversão, 
propriamente dita, dos índios. Para tanto, os missionários organizaram os povos indígenas em 
aldeamentos. O objetivo principal era incutir nesses índios valores e práticas europeias. Desse modo, os 
índios aldeados além de batizados, também recebiam os primeiros ensinamentos católicos, além de ler e 
escrever. 
Segundo os jesuítas, o aldeamento era fundamental, pois apenas essa estrutura permitia que os índios, 
de fato, tivessem um canto sistemático com os preceitos cristãos. O padre Manoel da Nóbrega foi um dos 
que defendeu abertamente os aldeamentos, pois, segundo ele os índios eram tão instáveis que, com a 
mesma facilidade que eram convertidos, logo voltavam para “sua rudeza e bestialidade”. (Padre Manoel 
da Nóbrega). Para facilitar a aprendizagem, muitos jesuítas recorreram às encenações teatrais, o que deu 
origem a um dos primeiro gêneros literários do Brasil. 
https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp
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Nos aldeamentos, os índios ainda eram treinados para exercer ofícios como tecelões, carpinteiros e 
ferreiros. Depois do treino, muitos iam trabalhar para colonos sob a tutela dos jesuítas - que eram 
responsáveis, inclusive, pela definição do pagamento dos índios aldeados. Em muitos casos, os 
aldeamentos acabavam se transformando em pequenas unidades econômicas, cuja principal mão-de-obra 
era a indígena. Após a missa, muitos índios iam trabalhar na lavoura que garantia a subsistência de 
todos. Os aldeamentos também tinham como objetivo acabar com a poligamia indígena e com a liberdade 
sexual que existia em diferentes sociedades, incutindo o modelo cristão de família. 
Como a preocupação maior era a conversão dos índios, os aldeamentos recebiam indivíduos dos mais 
diferentes grupos e sociedades. Dessa convivência surgiu a língua geral (baseada no tupi) que durante 
muitos anos foi a mais falada em toda a colônia. Esse convívio mais intenso também possibilitou um 
conhecimento mais aprofundados dos povos indígenas. 
 
 
 
 
 
 
 
3. 
 
 
No momento da chegada dos portugueses ao território brasileiro estima-se que 
haviam cerca de 3,5 milhões de indígenas. Os Tupis ocupavam o litoral e tinham 
expulsado outros grupos indígenas para o interior. Dessa forma, manter relações de 
amizade e aliança com o grupo dominante passou a ser fundamental para os 
conquistadores europeus. Contudo, uma das maiores dificuldades e estranhamento 
dos portugueses em relação a organização dos indígenas residia: 
 
 
A sua culinária pouco diversificada baseada em peixes e raízes. 
 
Na ausência de divisão do trabalho pois tanto os homens quanto as mulheres eram responsáveis 
pela agricultura e por caçar, pescar e guerrear. 
 
Na ausência de uma hierarquia e estratificação social pois até mesmo o chefe da tribo caçava, 
pescava e roçava como os demais membros. 
 
Na organização das tribos com grandes construções e estruturas de defesa e proteção. 
 
A sua organização social fortemente hierarquizada e escravocrata. 
 
 
 
Explicação: 
Dentre os tupi-guaranis, a sociedade tupinambá acabou tornando-se uma das mais conhecidas, graças ao 
intenso contato com os portugueses durante os séculos XVI e XVII. O historiador Stuart Schwartz 
salientou que os tupinambás viviam em aldeias que possuíam de quatrocentos a oitocentos indivíduos. 
Tais aldeias eram divididas em unidades familiares que viviam em até oito malocas. As unidades 
familiares, por sua vez, estavam estruturadas pelo parentesco familiar e obedeciam à divisão sexual do 
trabalho: grosso modo, aos homens cabia as atividades de caça, pesca e de guerra, e às mulheres o 
cuidado com a agricultura e com a casa. 
A agricultura era uma prática que diferenciava os tupinambás dos demais povos tupi-guaranis. Para 
preparar o solo para a semeadura, os tupinambás desenvolveram uma técnica que rapidamente foi 
incorporada pelos colonos portugueses: a coivara . 
A divisão que existia era a divisão sexual, não uma hierarquização da sociedade. 
 
 
 
Gabarito 
Comentado 
 
 
 
 
 
 
4. 
 
 
As populações que ocupavam o território brasileiro antes da chegada de Cabral não 
possuíam escrita, por essa razão são tão importantes os relatos dos viajantes 
europeus para, mesmo que através da visão do outro, possamos conhecer um pouco 
sobre sua cultura. Sobre o cotidiano dessas populações podemos dizer que: 
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a maioria era nômade, praticava a caça, a coleta e a agricultura itinerante; 
 
a maioria era seminômade, praticava a caça, a coleta e desconhecia a agricultura; 
 
a maioria era seminômade, praticava a caça, a coleta e a agricultura itinerante; 
 
a maioria era nômade, praticava a caça e a coleta e desconhecia a agricultura; 
 
a maioria era seminômade, praticava a caça, a coleta e por deconhecer a agricultura praticava o 
canibalismo; 
 
 
 
Explicação: 
Traçar padrões culturais e sociais dos tapuias é uma tarefa muito difícil, na medida em que eles não 
formavam um grupo que se identificava como tal. Estudos recentes apontam que os tapuias pertenciam a 
diferentes troncos linguísticos, ou seja: eles eram os“não-tupis”, o que significa que eles eram muitas 
coisas. Um dos povos tapuias mais estudados é o aimoré devido à frequente resistência imposta ao 
aldeamento e catequese portuguesa. Pertencentes ao grupo etnográfico jê, os aimorés, também 
conhecidos como botocudos, habitavam o que hoje é o estado do Espírito Santo e o Sul da Bahia. 
Eram seminômades, não praticavam a agricultura e tinham uma vida bélica muito desenvolvida, o que só 
se intensificou com a chegada dos portugueses. A relação entre colonos e aimorés foi tão estremecida 
que, além de protagonizarem uma das mais importantes rebeliões indígenas da história brasileira (a 
Confederação dos Tamoios), os aimorés foram os únicos que estavam excluídos da proteção contra a 
escravização do gentio, promulgada pela Coroa portuguesa em 1570. 
 
 
Gabarito 
Comentado 
 
 
 
 
 
 
5. 
 
 
Por que a conversão dos índios ao catolicismo pode ser tida como um importante 
fator de aculturação? 
 
 
Porque dentro dos aldeamentos jesuíticos os castigos eram notoriamente mais severos o que 
facilitaria a imposição de suas doutrinas. 
 
Porque carentes de sentido em suas vidas os índios aceitavam de maneira grata os novos hábitos 
e a nova vida. 
 
Porque nos aldeamentos jesuíticos o índio entraria em contato com as famílias européias, 
podendo através da observação de seu cotidiano, aprender seus costumes mais facilmente. 
 
Porque através das aulas de catequese o índio recebia instrução não só religiosa, a ele eram 
ensinados a língua portuguesa e os valores morais. Ou seja, aprenderam costumes e hábitos 
socialmente aceitos. 
 
Porque através dos ensinamentos eles percebiam que a religião católica era mais piedosa do que 
a sua própria. 
 
 
 
Explicação: 
A questão aponta para a conversão dos indios ao catolicismo como importante fator de 
aculturação. Assim que os jesuitas chegaram inciaram as visitas às aldeias a fim de 
conhecerum pouco mais a cultura, hábitos e lingua dos índios. Após esse contato inicial, 
os jesuítas passaram para o segundo estágio da catequese: a conversão, propriamente 
dita, dos índios. Para tanto, os missionários organizaram os povos indígenas em 
aldeamentos. O objetivo principal era incutir nesses índios valores e práticas europeias. 
Desse modo, os índios aldeados além de batizados, também recebiam os primeiros 
ensinamentos católicos, além de ler e escrever. 
Portanto, a única resposta que atende ao que pediu a questão é a primeira: "Porque 
através das aulas de catequese o índio recebia instrução não só religiosa, a ele eram 
ensinados a língua portuguesa e os valores morais. Ou seja, aprenderam costumes e 
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hábitos socialmente aceitos". 
 
 
 
 
 
 
 
 
6. 
 
 
As missões eram povoados indígenas criados e administrados por padres jesuítas no 
Brasil Colônia, entre os séculos XVI e XVIII. Para que adotasse a fé cristã, a 
população indígena tinha de ser instruída e ganhava conhecimentos de leitura e 
escrita. Além disso, os índios reunidos nesses aldeamentos não eram escravizados, 
embora trabalhassem de forma sistemática. Eles viviam do cultivo da terra, se 
valendo de técnicas agrícolas ensinadas pelos religiosos. 
A descrição acima apresenta algumas características dos aldeamentos (também 
conhecidos como missões ou reduções). A principal função deste aldeamentos era: 
 
 
promover a incorporação da população indígena ao trabalho na lavoura. 
 
promover a catequização da população indígena. 
 
promover a incorporação da população indígena ao trabalho nas minas. 
 
promover a escravização da população indígena. 
 
promover a integração entre indígenas e portugueses. 
 
 
 
Explicação: 
Os aldeamentos, missões e reduções tinham como principal função a atuação junto à população indígena. 
Lá, os inativos eram mantidos livres, contudo, submetidos ao processo de catequese, ou seja, conversão 
à fé católica. 
 
 
 
 
 
 
 
7. 
 
 
Segundo Caminha os índios não tinham religião, sobre isso podemos afirmar que: 
 
 
ele estava errado, os índios eram politeístas assim como os europeus; 
 
ele estava errado, os índios eram monoteístas assim como os europeus; 
 
ele estava errado, os ídios eram politeístas e suas religiões tinham alguns acpaectos xamãnicos. 
 
ele tinha razão, os índios não tinham deuses; 
 
ele tinha razão, afinal a única religião verdadeira era a católica; 
 
 
 
Explicação: 
Está questão está associada ao etnocentrismo europeu, em que observamos o mundo através de nossa 
própria cultura, logo, não sendo católico ou não tendo uma religião estruturada como a católica, a religião 
indígena não era vista como religião. 
 
 
 
Gabarito 
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8. 
 
 
"A economia tupinambá era basicamente de subsistência e autoconsumo. Assim, 
cada aldeia produzia para atender às suas necessidades, havendo poucas trocas de 
gêneros alimentícios com outras aldeias. A agricultura era sempre combinada às 
atividades de caça, pesca e coleta, e a importância de cada uma dessas fontes de 
alimentos variava sazonalmente." SCHWARTZ, Stuart B. Segredos Internos: 
Engenhos e escravos na sociedade colonial 1550 ¿ 1835. SP: Cia. Das Letras, 1988 
p. 41 Considerando a prática agrária da sociedade tupinambá, as atividades 
agrícolas, de caça, pesca e coleta eram divididas por: 
 
 
Não havia esta divisão 
 
Estatuto Social 
 
Idade 
 
Habilidade 
 
Sexo 
 
 
 
Explicação: 
Dentre os tupi-guaranis, a sociedade tupinambá acabou tornando-se uma das mais conhecidas, graças ao 
intenso contato com os portugueses durante os séculos XVI e XVII. O historiador Stuart Schwartz 
salientou que os tupinambás viviam em aldeias que possuíam de quatrocentos a oitocentos indivíduos. 
Tais aldeias eram divididas em unidades familiares que viviam em até oito malocas. As unidades 
familiares, por sua vez, estavam estruturadas pelo parentesco familiar e obedeciam à divisão sexual do 
trabalho: grosso modo, aos homens cabia as atividades de caça, pesca e de guerra, e às mulheres o 
cuidado com a agricultura e com a casa. 
 
 
Gabarito 
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