Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ENFERMAGEM INTERDISCIPLINAR FUNDAMENTOS CIENTÍFICOS SOBRE ONCOLOGIA E TERAPÊUTICA ONCOLÓGICA • O câncer se desenvolve quando células Anormais deixam de seguir esse processo natural, alteram a maneira de divisão celular, sofrendo mutação que pode provocar danos em um ou mais genes de uma única célula. FUNDAMENTOS CIENTÍFICOS SOBRE ONCOLOGIA E TERAPÊUTICA ONCOLOGICA • O termo “estádio” é usado para descrever a extensão ou a gravidade do câncer. • Estádio inicial, a pessoa tem apenas um pequeno tumor maligno. • No avançado, o tumor, maior, já pode ter se espalhado para áreas próximas (linfonodos) ou outras partes do corpo (metástases). • Para determinar a chance de cura do câncer (prognostico), os profissionais consideram vários fatores, inclusive o tipo e o estádio do câncer. • Existem diferentes tipos de câncer que correspondem aos vários tipos de células do corpo. • Por exemplo, existem diversos tipos de câncer de pele, porque a pele é formada de mais de um tipo de célula. • Tecidos epiteliais como pele ou mucosas carcinoma. • Tecidos conjuntivos como osso, musculo ou cartilagem sarcoma. • Mais de 12 milhões de pessoas no mundo são diagnosticadas todo ano com tumor. Cerca de oito milhões morre. • Constituindo-se em um dos mais importantes problemas de saúde pública tanto um países desenvolvidos como naqueles em desenvolvimento. • No Brasil, o câncer é a segunda causa de morte não violenta, trás apenas das doenças cardíacas. • Estima-se que se medidas efetivas não forem tomadas, haverá 26 milhões de mortes por ano no mundo em 2030, sendo que 2/3 das vitimas vivem nos países em desenvolvimento. (INCA, 2017) FATORES DE RISCO • Externas ou internas ao organismo e estando ambas inter-relacionados. • As causas externas relacionam-se ao meio ambiente como: radiação solar, poluição e aos hábitos ou costumes própios de um ambiente social e cultural que são o tabagismo, etilismo, hábitos alimentares, hábitos sexuais, uso de medicamentos e atividade física; correspondendo cerca de 80 a 90%. • As causas internas são, na maioria das vezes, geneticamente predeterminadas, estão ligadas a capacidade do organismo de se defender das agressões externas ou quadros de oxidação celular. • Esses fatores causais podem interagir de varias formas, aumentado a probabilidade de transformações malignas nas células normais PREVENÇÃO: PRIMARIA E SECUNDÁRIA • Prevenção primaria: • Impedir que o câncer se desenvolva, apareça. • Isso inclui a adoção de um modo de vida saudável e evitar a exposição a substancias causadoras de câncer. • Prevenção secundaria: • Detectar e tratar doenças pré-malignas (por exemplo, lesão causada pelo vírus HPV ou pólipos nas paredes dos intestinos) ou cânceres assintomáticos iniciais. • Nesses casos, o diagnostico precoce faz toda a diferença, tanto a escolha do tratamento, quanto no prognostico. DIFERENCIAL TUMORAL • Benignos • Malignos: Capsulas: crescimento lento e ordenado: pseudocápsula fibrosa. Crescimento: estroma e uma rede vascular adequada. Raramente apresentam necrose e hemorragia. Capsulas: crescimento rápido, desordenado, infiltrativo e destrutivo: sem pseudocápsulas. Crescimento: desproporção entre o parênquima tumoral e o estroma vascularizado. Areas de necrose ou hemorragia. Metastases: característica exclusiva de tumores malignos e apresentam propriedades principais: a capacidade invasivo-destuitiva local e a produção de metástases. DIFERENCIAL TUMORAL • Morfologia: • Mitose: quanto maior a atividade proliferativa de um tecido, maior será o numero de mitoses verificadas. • Antigenicidade: tumores benignos, por manterem muitas das características da célula de origem, não apresentam a capacidade de produzir antígenos. As células malignas, pouco parecidas com as células de origem, têm essa propriedade de produzir antígenos. Benignos: semelhantes e reproduzem o aspecto das células do tecido que lhes deu origem. Malignos: perderam as características, tem graus variados de diferenciação e guardam pouca semelhança com as células que as originam FUNDAMENTOS CIENTÍFICOS SOBRE ONCOLOGIA E TERAPÊUTICA ONCOLÓGICA: TRATAMENTOS • Cirurgia: é o principal tratamento para diversos tipos de câcer e, em alguns casos, pode ser a cura. Pode confirmar o diagnostico (biópsia), determinar estadiamento, aliviar os efeitos colaterais (como uma obstrução) ou aliviar a dor (cirurgia paliativa). • Quimioterapia: tratamento sistêmico do câncer que usa medicamentos, podendo ser: quimioterápicos propriamente ditos, horonioterapicos, bioterápicos, imunoterapicos, alvorápicos, de acordo com os esquemas terapêuticos, com as caraceristicas do tumor condição c~línica do paciente. • Quimioterapia paliativa, quimioterapia prévia, curativa, neoadjuvante ou citorredutora. • Radioterapia: método de tratamento local ou loco-regional, visando á destruição das células expostas a radiação por meio da desestabilização do DNA celular e consequente destruição das células. • Radioterapia paliativa, radioterapia pré-operatória (RT prévia, neoadjuvante ou citorredutora), curativa antiálgica, anti-hemorrágica. • Radioterapia externa: consiste na aplicação diária de uma dose de radiação, durante um intervalo de tempo predeterminado, a partir de uma fonte de irradiação localizada longe do organismo (teleterapia). • Radioterapia interna: fonte de radiação fica em contato com o corpo por um período predeterminado de tempo, (betaterapia, radiomoldagem, branquiterapia com fios de irídio e branquiterapia de baixa ou de alta taxa de dose) • Ex: lodoterapia. • Transplante de medula óssea ou transplante de células-tronco hematopoiéticas (TCTH): tratamento baseado em radioterapia e quimioterapia em altas doses, seguida por resgate de células-tronco hematopoéticas de um doador aparentado (singênico ou alogênico) ou não aparentado (alongenico) ou do própio paciente (autólogo), ou seja, o objetivo do TCTH é substituir as células-tronco da medula óssea doente por células-tronco noramais. • O doador da medula óssea pode ser autólogo ou auto gênico que é quando o doador é o próprio paciente (receptor), ou seja, ele doa a medula para ele mesmo. • Nesse caso, a obtenção da medula óssea, em remissão, é coletada após a mobilização e congelada previamente á administração de radioterapia e/ou quimioterapia em altas doses para depois ser infundida e produzir células tronco saudaveis • Tratamento de suporte: constitui um grupo especial de medicamentos utilizados para auxiliar no tratamento de câncer, embora não exerçam influencia direta sobre as neoplasias: antieméticos, corticoides, analgésicos, anti-inflamatórios, diuréticos, antagonistas dos receptores H2, antibióticos e antifúngicos profiláticos. • Cuidado paliativo: não se baseia em protocolos, mas sim em princípios. • Sugere-se o cuidado desde o diagnostico e se propõe a mudança de impossibilidade de cura, para possibilidade ou não de tratamento modificador da doença, dessa forma afastano a ideia de “não ter nada a fazer” • Pela primeira vez, uma abordagem inclui a espiritualidade dentre as dimençoes do ser humano. A família é lembrada, portanto, assistida também após a morte do paciente, no período de luto. (ANCP, 2012). FUNDAMENTOS CIENTÍFICOS SOBRE ONCOLOGIA E TERAPÊUTICA ONCOLÓGICA: O PAPEL DA ENFERMAGEM • O profissional de enfermagem é o membro da equipe que mais tempo permanece com o paciente e, muitas vezes, o primeiro a identificar os efeitos indesejáveis. • Cuidar, em enfermagem, é planejar com embalsamento cientifico e realizar intervenções para melhorar as respostas das pessoas aos problemas de saúde identificados e aos processos da vida de pacientes e familiares. Requer a identificação de respostas funcionais e disfuncionais, a proposição de intervenções e a avaliação de resultados obtidos. • As ações de enfermagem compreendem todo o cuidado, seja ele preventivo, curativo,reabilitação antes, durante e após tratamento ou no controle dos sintomas. O PAPEL DA ENFERMAGEM EM QUIMIOTERAPIA • A RDC 220/04 e a Resolução COFEN 210/1998 regulamentam a atuação dos profissionais de enfermagem em quimioterapia. • O enfermeiro clinico especialista em oncologia fornece assistência direta ao paciente e familiar, podendo desempenhar um papel vital na educação deles sobre a melhor forma de manejar seus sintomas, evitando, por vezes a re-hospitalização. • Tendo como principais atribuições: • Planejar, organizar, supervisionar, executar e avaliar todas as atividades de enfermagem O PAPEL DA ENFERMAGEM EM QUIMIOTERAPIA • Elaborar protocolos terapêuticos de enfermagem na prevenção, no tratamento e minimização dos efeitos colaterais em clientes submetidos ao tratamento. • Realizar consulta baseada no processo de enfermagem. • Assistir, de maneira integral, os clientes e suas famílias, tendo como base o Codigo de Ética dos profissionais de enfermagem e a legislação vigente. • Promover e difundir medidas de prevenção de riscos e agravos por meio da educação dos clientes e familiares, objetivando melhorar a qualidade de vida do paciente. • Participar de programas de garantia da qualidade em serviço de quimioterapia antineoplásica de forma setorizada e global. O PAPEL DA ENFERMAGEM EM QUIMIOTERAPIA • Participar da definição da politica e recursos humanos, da aquisição de material e da disposição da área física, necessários a assistência integral aos clientes. • Cumprir e fazer cumprir as normas, regulamentos e legislações pertinentes as áreas de atuação. • Estabelecer relações técnico-cientificas com as unidades afins desenvolvendo estudos de investigação e pesquisa. • Promover e participar da integração da equipe multiprofissional, procurando garantir uma assistência integral ao cliente e familiares. • Manter a atuação técnica e cientifica da biossegurança individual, coletiva e ambiental. O PAPEL DA ENFERMAGEM EM RADIOTERAPIA • O cuidar de enfermagem na radioterapia envolve atividades especificas planejadas após a consulta de enfermagem como a realização de nebulização, administração de medicações, encaminhamentos em geral, acompanhamento em exames e procedimentos como na braquiterapia, realização de curativos, cuidados com a traqueostomia e cuidados com o material do setor. • Ao enfermeiro, cabe planejar, coordenar e prestar cuidados de enfermagem aos clientes do setor, sendo que os cuidados envolvendo alta complexidade e a consulta de enfermagem são atividades privativas do enfermeiro (ANTUNES, 2008). O PAPEL DA ENFERMAGEM EM RADIOTERAPIA • Cuidados com problemas com a pele, pois a radiação atua na velocidade da renovação do epitélio da pele, podendo causar irritações, eritema ou lesões que se assemelham a queimaduras. • No caso de alguma lesão instalada a ser tratada, avalia-la e propor um plano de ação para recuperação da pele, uma vez que lesões de grande porte podem levar a interrupção do tratamento radioterápico, o que ode ser prejudicial para o cliente. • Feridas cirúrgicas deverão ser acompanhadas quanto a sua cicatrização, que poderá estar retardada pelo efeito d tratamento. Lesões não tratadas ou tratadas de modo incorreto podem se aprofundar. Por isso, a prevenção é o melhor caminho (MOHALLEM, 2007). • Orientações sobre cuidados com a pele em local submetido a radioterapia, informações sobre alimentação, cuidados estéticos e apoio familiar são atividades desenvolvidas pela enfermagem em grupos estéticos e apoio familiar são atividades desenvolvidas pela enfermagem em grupos de apoio familiar são atividades desenvolvidas pela enfermagem em grupos de apoio e que podem fazer a diferença no processo de recuperação. • São exemplos de grupos: Abrale, instituto Vencer o Câncer, Grupo de Apoio com Câncer (GAPC), Kimeo, amor a vida (AC Camargo), entre outros. PAPEL DE ENFERMAGEM EM TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA (TMO) • O TMO é um procedimento Agressivo, de alto custo financeiro, acarretando severos efeitos colaterais, além de outras complicações e fatores de tensão físicos e psicológicos vivenciados pelo paciente e pela família. • O tempo de internação media previsto para a realização do transplante é de um mês. Entretanto, a recuperação efetiva da medula óssea ocorre ao longo de seis a doze meses. • O paciente transplantado é de caráter critico instável, devendo o enfermeiro que atua nessa área elaborar um plano terapêutico, visto que atua de forma decisiva em todas as fases do tratamento. • A condição de imunossupressão não permite que o próprio paciente realize alguns cuidados de higiene, em especial do ambiente (LIMA, 2014). O PAPEL DE ENFERMAGEM EM RADIOTERAPIA • A implantação ocorre em centro cirúrgico e seu uso e manutenção são de responsabilidade da equipe de enfermagem da unidade de internação. Deve ser realizada a troca de curativo do óstio de inserção do cateter, procedimento realizado com técnica asséptica após o banho do paciente PAPEL DE ENFERMAGEM EM TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA (TMO) • Checagem de hemocomponentes e quimioterápicos em conjunto com a equipe assistencial (checagem dupla). • As complicações apresentadas pelos pacientes variam principalmente de acordo com o tipo de transplante, condições físicas do paciente e do regime de condicionamento a que se foram submetidos. • Para a infusão de medicamentos, grandes números de soluções ao paciente durante o tratamento, como soros de hidratação, antibióticos, medicações quimioterápicas, hemotransfusões e a própria infusão de células-tronco hematopoiéticas e mantar acesso venoso, comumente é instalado o Cateter de Hiclman, PAPEL DE ENFERMAGEM EM TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA (TMO) • O enfermeiro deve avaliar as condições do cateter e do tecido subjacente como os pontos de fixação, sinais de inflamação ou infecção na pele de irritação consequente a fixação e tração do cateter. • Apesar de ser amplamente utilizado, o cateter central expõe o paciente a complicações, tais como infecções da corrente sanguínea. • Essas atividades são realizadas exclusivamente pelos enfermeiros, não sendo permitida sua execução pelos técnicos de enfermagem e seguem a Resolução nº 200/1997 do COFEN, que dispõe como competência do enfermeiro que atua no TCTH a execução de procedimentos técnicos específicos relacionados a aspiração e infusão de células-tronco hematopoéticas. PAPEL DE ENFERMAGEM EM TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA (TMO) • A coleta de sangue de medula óssea ocorre no centro cirúrgico. • Após a coleta, o enfermeiro retorna a unidade de transplante para iniciar a infusão de células- tronco hematopoiéticas. • Além de sangue de medula, o setor realiza transplante de células de sangue periférico e de sangue de cordão umbilical e placentário. • Durante todo o procedimento, o paciente é monitorado, com com avaliação do estado geral, controle periódico de dados vitais e possíveis reações secundarias. • Na alta hospitalar, o paciente deverá estar apto para assumir os seus cuidados, para dar continuidade ao tratamento, lidar com suas consequencias e retomar sua vida, adaptar-se as condições impostas pela a terapeutica, envolver-se no processo de recuperação. AULA 4
Compartilhar