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Aula 01
 visagismo 
O Visagismo 
Apresentação 
Nesta aula, Estudaremos em que consiste o visagismo, suas origens, os conceitos básicos e sua importância.
 Veremos como o visagismo pode servir de empoderamento no mundo contemporâneo onde a aparência tem se tornado causa de exclusão e preconceito. 
 
Objetivos
Os objetivos devem ser organizados em tópicos e iniciados com verbos precisos, mensuráveis e no Infinitivo (1 verbo por objetivo). Exemplos: identificar, reconhecer, relacionar, experimentar, verificar etc., conforme a Taxonomia de Bloom (ver, a seguir, a tabela da Taxonomia de Bloom).
· Texto do objetivo 1;
· Identificar a importância do visagismo nas relações sociais do mundo contemporâneo
· Texto do objetivo 2.
· Reconhecer como o visagismo poderá agregar valores ao seu trabalho
· Texto do objetivo 3.
Elaborar uma linha de trabalho que permita iniciar com eficácia seus estudos de visagismo.
CONTEÚDO
A seguir, veremos como surgiu o visagismo:
O termo visagismo tem origem na palavra francesa visage, que significa rosto.
A noção de visagismo foi criada pelo maquiador e cabelereiro francês Fernand Aubry, em 1936, com o intuito de integrar a arte de criar uma imagem pessoal através da valorização do rosto. 
 Fernand Aubry acreditava que todas as mulheres são bonitas, mas algumas não sabem disto. Sendo assim, ele criou o slogan “Não há mulher sem beleza, mas só belezas escondidas que não estão cientes disso”.
 “LE VISAGISME”, como Aubry chamou sua técnica, tinha como conceito adequar a imagem à personalidade, tratando cada pessoa como única. Desta forma, ele buscava identificar sempre o tipo físico, traços de personalidade, profissão, preferências pessoais, para somente depois definir como realizaria seu trabalho. 
Aubry não deixou nenhum livro escrito, mas outros profissionais da beleza continuaram a seguir seu caminho. Entre eles estão: 
O cabeleireiro inglês Vidal Sassoon, considerado o primeiro designer de cabelos. Sassoon se notabilizou por criar cortes inspirados nas formas geométricas e adaptados à estrutura óssea do rosto, por volta da década de 1960.
OBS: veja como Sasson revolucionou os cortes de cabelo.
https://www.youtube.com/watch?v=jwKZrURoCOk
 https://www.lilianpacce.com.br/moda/fashionteca/vidal-sassoon-historia/
O cabeleireiro francês Claude Julliard foi discípulo de Aubry. Julliard se formou em belas artes e se dedicou em manter vivo o visagismo. Em Paris, ele é diretor em uma instituição na qual ministra seus cursos e dissemina o conceito de visagismo, tendo também diversos livros e uma página no Facebook sobre o tema.
É bom ficar atento: 
O visagimo NÃO propõe:
*Modelos padronizados de comportamentos e corpos.
*Corpo objeto que muitas vezes é agredido através de procedimentos completamente avessos à sua singularidade, buscando padrões que não lhe são pertinentes. 
O que propõe o visagismo 
O visagismo procura encontrar harmonia com a aplicação de técnicas simples que visam o alcance de um melhor conhecimento de si mesmo e do seu corpo.
Os valores e conceitos de beleza são relativos; qualquer um pode encontrar o seu lugar, aquele onde pretende se relacionar, para então formar sua identidade e ser feliz com seus atributos naturais, através do conhecimento de si e do outro, valorizando a diversidade.
 Pensando assim podemos observar o quanto o visagismo contribuiu para o bem-estar e qualidade de vida das pessoas:
Com mudanças promovidas na estética, respeitando traços físicos naturais, as pessoas se sentirão não somente mais bonitas, mas também mais seguras de seus desejos e mais fortalecidas para perseguir seus objetivos.
Uma vez conquistadas a autoestima e a autoconfiança, que estão no nível individual, consequentemente ocorrerão mudanças e adaptações nos demais níveis, ou seja, o relacional e o contextual. Autores como Oliveira (2004, p. 66), explicam que o “[...] empoderamento consiste na importância de aumentar o poder e controle sobre as decisões e problemas que determinam a vida”.
O visagismo pode vir a contribuir para a (re) construção das imagens; não somente a imagem externa, mas a imagem interna, a imagem que as pessoas possuem de si mesmas, ou seja, seu autoconhecimento que decorrerá na elevação de da autoestima.
A autoestima de uma pessoa se reflete em suas emoções, levando-a a um grau maior ou menor de felicidade e bem-estar. Assim, é possível que, ao proporcionar às pessoas, dentro do meio em que vivem, a possibilidade de usarem seus próprios recursos financeiros de forma coerente com seu corpo e sua imagem visual, estas logo serão capazes de gerar por elas próprias uma melhor qualidade de vida. Ao valorizar seus atributos pessoais, o indivíduo torna-se emocionalmente mais positivo, com isso, poderá adquirir forças para lutar por uma vida melhor.
 A composição da imagem estética
Conforme já comentamos, o visagismo criado por Aubry começou com estudos sobre o rosto, uma vez que ele era cabeleireiro e maquiador. É no rosto que muitas vezes, se mostra a individualidade do sujeito. Contudo, a imagem estética de uma pessoa, têm a necessidade de formar uma composição em seu todo. Assim como toda composição plástica, não importa o estilo, determinadas regras da linguagem visual deverão ser seguidas para obter o resultado desejado. Para a transmissão de uma mensagem clara e verdadeira, a unidade entre as partes é fundamental.
O rosto e o corpo são parte de uma composição, que no caso seria a pessoa, um conjunto harmonioso, coerente e unificado. As minúcias e detalhes que descrevem a vida e o tempo através do rosto necessitam ser observadas pelo visagista com muita atenção, sem separar as partes e lembrando que sua obra de arte tem como espaço plástico o ser humano com todas as suas peculiaridades. 
O rosto é a parte do corpo que primeiro observamos em uma pessoa. Por exemplo, quando você tira uma foto para um documento de identidade, será sempre uma foto do seu rosto. É através do rosto que se faz a identificação direta de um indivíduo. 
Outro fato importante é como formamos a imagem sobre uma pessoa.
Ao encontrarmos alguém pela primeira vez, olhamos em seu rosto suas expressões, seu olhar, enquanto todos os nossos sentidos estarão captando mensagens daquele sujeito: sua voz, seu cheiro, suas roupas, suas cores, suas formas e seu comportamento social. Todas estas informações, percebidas pelos nossos olhos e demais sentidos, formarão nossa primeira impressão sobre aquela pessoa. É esta imagem que será gravada em nosso cérebro e que nos dará subsídios para formarmos um conceito positivo ou negativo sobre o indivíduo em questão. Esta imagem que nos foi apresentada é o que chamamos de imagem pessoal. Por isso a consideramos tão importante. 
Desta forma, acreditamos que, tendo consciência de quem somos e como gostaríamos de ser reconhecidos socialmente, podemos encontrar, no visagismo, um grande aliado para conseguir uma harmonização entre nós, nosso corpo e o ambiente social.
Conforme já comentamos, o visagismo não pretende enquadrar as pessoas em padrões previamente estabelecidos de comportamento ou de moda, mas fazer com que a pessoa que receber tal técnica possa se sentir melhor consigo mesma. Logo no primeiro contato com o cliente, as técnicas do visagismo já conseguem apresentar uma grande transformação visual. Embora esse primeiro impacto seja importante, a assimilação da transformação e o conhecimento básico para compreensão e utilização da técnica em seu proveito no dia a dia se darão lentamente.
A inspiração de Ferdnand Aubry para desenvolver o visagismo veio dos conceitos de design difundidos pela Bauhaus. A escola de artes e design contava com os mais renomados profissionais da época em seu corpo docente e construía seus conceitos com base nos fenômenos da linguagem visual e percepção, que eram estudados e demonstrados cientificamente através das teorias da Gestalt. 
Você pode conhecer um pouco sobre esta escola de arte:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bauhaus
https://www.youtube.com/watch?v=k-IgSShZnKE
Walter Gropius, arquiteto alemão,fundador e diretor da Bauhaus, difundia um novo conceito de design e do ensino da arte. Ele propunha o desenvolvimento da criatividade em seus alunos e, através da pesquisa e do conhecimento de técnicas e materiais, tratava cada caso de acordo com suas condições peculiares, sem imposições de fórmulas e manuais. 
Este pensamento de Gropius é importante para entender a ligação do visagismo com a arte e o design, que aliados ao conhecimento da cultura, tais como as necessidades e características da pessoa, incluindo grupo social, profissão, condição econômica, relação familiar e religiosa, enfim, um conhecimento aprofundado sobre o indivíduo, serão necessários para conseguir um resultado satisfatório no trabalho de visagismo e imagem pessoal. Assim como na Bauhaus, a estética no visagismo deve ser associada à funcionalidade.
OBS: Se você já viu o vídeo sobre Sasson vai entender como a funcionalidade e o visagismo se associaram, lembra com eram práticos os cortes de cabelo que ele fazia? 
Agora você já sabe que o visagismo é uma ARTE.
Para um visagista, é fundamental nunca procurar por formulas pré-concebidas, mas sim procurar conhecer o seu cliente, saber que ele é único e seus desejos e anseios são diferentes dos de todos os outros, assim como a sua constituição física, financeira e cotidiana. A natureza é sábia e nossa saúde e bem-estar é o que mais interessa.
Antes de começar seu trabalho, marque uma entrevista com seu cliente e faça uma ficha com tudo sobre ele. Você precisa saber o motivo que o levou a procurar os serviços do visagista. É importante entender quais as satisfações e insatisfações que ele possui em relação a sua aparência. Saber o máximo possível sobre o modo de vida, a profissão, o grupo sócio cultural e econômico, o tipo de família, estado civil, cônjuge, idade dos filhos, religião, diversões de preferência. É muito importante que o cliente confie no profissional visagista e em seu trabalho.
 Lembre-se das palavras de Aubry e acrescente para todos os seres humanos “Não existem pessoas feias, mas belezas escondidas” e você pode desvendar esta beleza, aceitado principalmente que no mundo contemporâneo a diversidade é contemplada tanto na moda, como na beleza e no estilo de vida.
 Pesquise sempre, procure um caderno de anotações para que você escreva sempre as coisas que te chamaram atenção, na rua, na clínica, em todos os lugares. 
Observe as pessoas, mas não faça julgamento nem comente com os outros, apenas anote em seu caderno. 
Pesquise revistas e fotografias, assista bons filmes e observe figurinos e maquiagem, observe como os personagens são apresentados segundo as cores e roupas que usam. Lembre-se, o visagismo é uma arte, e como toda arte ele é um meio de comunicação, portanto antes de finalizar seu projeto e apresenta-lo ao cliente, procure adquirir o máximo possível de informações. Você, como visagista, não precisa também ser o cabelereiro, maquiador e estilista, mas deve sempre possuir uma boa equipe para auxiliá-lo. 
Alguns cabelereiros também entendem de visagismo, assim como também alguns maquiadores e outros profissionais. Isso é importante para que realizem com maior esmero e segurança o seu trabalho. Desta forma também, se você é esteticista, o visagismo poderá trazer auxilio de diversas maneiras. Um exemplo é o aconselhamento de um cliente na escolha das cores de seu vestuário, para que a pele que você tratou possa realçar ainda mais a viçosidade e beleza daquele rosto, ou ainda num tratamento corporal, você poderá orientar o cliente sobre as modelagens adequadas ao seu tipo de corpo o que vai valorizar o seu trabalho. Enfim o visagismo pode ser aproveitado de diversos modos, agregando valores ao trabalho de todos os profissionais da área de beleza. 
Na próxima aula conheceremos um pouco sobre a história da beleza. Este conhecimento ajudará a compreender como a beleza pode ser subjetiva e como podemos usar essa subjetividade a nosso favor.
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