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1. Indústria Química 1.1. Importância e posição da Indústria Química A Química é uma parte integrante de muitos ramos industriais. Falar da indústria Química, significa considerar a produção de aço e alumínio, a produção de cimento e de outros materiais de construções civil e industrial; a produção de vidro baseia-se também nos processos químicos. Observando historicamente, a indústria química desenvolveu-se na Alemanha, na base de produção de tintas, a partir do alcatrão, cerca do ano 1860. Nesta altura, formaram-se novos ramos, como, por Exemplo, a indústria de detergentes e a metalurgia. No início do século XX havia um desenvolvimento muito forte da indústria química. Nos países desenvolvidos a produção química é um dos ramos mais importantes, a sua percentagem varia entre 10 e 17% da produção industrial bruta e o seu crescimento anual entre 5 e 10%. Actualmente a indústria química produz no mundo produtos no valor de cerca de 300 biliões de US-Dólares. Os produtos preliminares, intermediários e finais são colocados em várias áreas. Outras indústrias começaram a fabricar produtos que pertencem tradicionalmente à industria alimentar química. As empresas petrolíferas, por exemplo, produzem adubos; a indústria alimentar o Ácido cítrico. A subordinação e limitação da indústria, hoje em dia, é difícil. O esquema que se segue mostra a correcção da indústria química com os outros ramos industriais. Quais são as causas da prosperidade da indústria química? Uma das causas é a função económica que é importante na substituição do material. Os produtos naturais como, por exemplo, metais, madeira, fibras naturais, couro, etc. são substituídos por materiais sintéticos (plásticos, elásticos, fibras sintéticas, etc.). A aplicação crescente destes produtos químicos nos ramos de fabricação leva também a uma revolução na tecnologia. Operações tradicionais, como fundir, forjar, aplainar e outras, são eliminadas ou melhoradas. Este desenvolvimento acompanhado pela descida dos custos e do tempo de produção, causa uma produtividade mais alta. A química participa noutros ramos do progresso técnico-científico como força motriz determinante. O problema de alimentação causado pelo crescimento de população no mundo é também um problema que deve ser resolvido com urgência. Através dos adubos, bem como a sua combinação com o fim de se aumentar a qualidade a indústria química desenvolve e produz meios para um aumento dos rendimentos da colheita. Os pesticidas específicos desenvolvidos têm os mesmos efeitos e objectivos. 1.2. Produtos químicos importantes A característica da indústria química é, por um lado, a produção de um número dos produtos finais com base em poucas matérias-primas e, por outro lado, a dominância dos processos e transformação de substâncias acoplados com processos físico-técnicos em etapas. Uma das possíveis classificações dos produtos químicos é: Substâncias fundamentais inorgânicas Ácido sulfúrico, cloro, Amoníaco, soda e adubos minerais, mas não alguns sais de potássio, vidros, materiais de construção, produtos metalúrgicos e cerâmicos. Substãncias fundamentais orgãnicas Acetileno, olefinas, parafinas, compostos aromáticos, gás de síntese e produtos, álcoois, ésteres, tensidas, solventes, corantes orgãnicos, produtos preliminares para fibras sintéticas. Produtos de petróleo e alcatrão Combustíveis e lubrificantes, ceras, alcatrão, betume. Produtos químicos especiais Filmes, papel fotográfico, pesticidas. Produtos químicos-técnicos especiais Detergentes, lacas, tintas, meis auxiliares texteis, óleos técnicos, perfumes, essências. Plásticos e Produtos plásticos Polivinicloreto, Poliolefinas, Polistireno, Poliacrinitria, Fenoplásticos, aminoplásticos, Poliuretana, Resinas epoxidicas, silicine. Fíbras químicas Fibras de poliamida, de poliéster, de poliacrilnitrila, fibras celulósicas Tabela 1: Hierarquias dos produtos químicos (EUA 1991) Produto Quantidade (milhão t) Produto Quantidade Ácido sulfúrico 37 Nitroto de amónio 8 Amoníaco 17 Soda 7 Nitrogénio 17 Ureia 7 Calcário 16 Propano 6 Oxigánio 16 Tolueno 5 Eteno 13 Benzeno 5 Hidróxido de sódio 10 Metanol 4 Cloro 10 Dicloroeteno 4 Àcido fosfórico 9 Dióxido de carbono 4 Ácido nítrico 8 Etibenzeno/Stireno 4 1.3. Particularidades da indútria química Para a produção de um produto químico podem ser usadas matérias-primas diferentes. Para a produção de gás de síntese, por exemplo, é importante escolher entre coque, petróleo bruto ou gás natural, além da água. Para a produção de vários produtos em base no mesmo tipo de matéria-prima pode-se aplicar, muitas vezes, processos químicos diferentes. Os cloretos alcalinos (NaCI) podem-se transformar em NaOH1 CI2 e H2 com o proceso de diafragma ou de Mercúrio, e outros. Pela variabilidade na escolha de processos químico-técnicos e pela altewração das grandezas de influência (troca de catalisador, alteração de pressão, temperatura e concentração), a indústria química pode produzir, a partir de um produto inicial, muitos produtos finais, por exemplo, a partir dos alcanos. Esquema 2: Processos e Produtos dos alcanos ALCANOS halogenação Haletos alquilados nitração nitroalcanos sulfonação Ácidos sulfónicos oxidação Ácidos carboxílicos alquilação Alcanos com mais C e H fermentação Concentrados de proteínas e vitaminas Outras particulariadades da indústria química são: um alto grau de tratamento; um dispêncio diminuido do trabalho vivo; uma alta concentração e especialização da produção. 1.4. Matérias-primas na produção química As matérias-Primas classificam-se em: Orgãnicas e Inorgãnicas. 1) Orgãnicas Petróleo bruto Gás natural Carvão Biomassa 2) Inorgãnicas Ar Água Sais minerais Minérios As matérias-Primas orgãnicas, como o petróleo bruto, o gás natural e carvão, são também fornecedores da energia primária. Portanto, existe na indústria química uma estreita relação entre energia e a base material. A base material da indústria química são as matérias-Primas e os materiais auxiliares (catalisadores, solventes, etc.). O nívem e o desenvolvimento da indústria química até aos anos 50 era determinado, em grande medida, pelo carvão e, de lá para cá é determinado cada vez mais pelo petróleo bruto e gás natural. Cerca de 90% das necessidades da indústria química baseam-se no petróleo/gás natural. A maior parte das matérias-primas é usada na produção de energia pela combustão. A dominãncia do petróleo e gás natural é causada pela relação mais favorável de C:H (petróleo/gás 1:2 até 1:4; carvão >1). 1.5. Sistematização de um processo químico-técnico A Química Técnica é uma ciência que se ocupa dos processos, aparelhos, máquinas usadas na preparação, transformação, separação e junção das substãncias. A preparação de substãncias é a alteração das propriedades físicas (secagem, trituração, etc.). A transformação de substãncias consiste na alteração das substãncias pelas reacções químicas. A separação de substãncias consiste na decomposição de uma mistura em seus componentes (destilação, filtração, etc.). A junção de substãncias é a preparação de uma mistura a partir dos seus componentes (mistura). Os processos da técnica química decorrem nos aparelhos, onde são criadas as condições de reacção necessárias como, por exemplo, a temperatura, a pressão, etc. Para a realização de uma tarefa química-técnica, muitas das vezes, são necessários diversos aparelhos ligados entre si por bombas, compressores e tubagens, designadas como Instalações de produção ou aparelhagem. O exemplo geral da realização de uma reacção numa empresa química, mostra a variabilidade dos problemas por resolver. Esquema 3: Equação química de reacção Produtos iniciais Condições de reacção Produtosfinais A + B temperatura, pressão C + D → Na Química Técnica, o processo químico apresenta-se com ajuda de um esquema corrente indicando todos os precessos de produção, isto é, a corrente dos materiais e etapas do processo químico. Esquema 4: Esquema corrente de um processo químico-técnico Preparação Reacção Separação Tratamento Produto inicial A Produto inicial C Produto inicial C Produto inicial B Produto inicial D Produto inicial D 1.6. Desenvolvimento de um processo de produção na indústria Antes da fabricação de um produto químico numa instalação química deve-se fazer muitas investigações, testes e trabalhos preliminares. A primeira etapa neste processo de desenvolvimento é a descoberta (prova) do processo químico no laboratório numa variedade de experiências em que serão determinadas as condições e reacção mais favoráveis para a sua realização. Nesta fase devem-se estudar, também, a preparação e o tratamento dos produtos iniciais, a separação e tratamento dos produtos finais. As massas dos reagentes no laboratório são cerca de 1 kg. Os resultados formam a base para a construção de uma aparelhagem semi-técnica, preparando a transmissão do processo para a produção. Esta aparelhagem deve ter a mesma forma e sequência dos aparelhos previstos na produção. Todas as etapas do processo devem ser bam supervisadas, podendo ser alteradas e melhoradas. Para permitir uma boa observação, os aparelhos montados devem ser vidro. As massas tratadas são cerca de 1000 kg. Com base nos conhecimentos sobre as condições de reacção, o rendimento da reacção química, a conduta dos reagentes e o regulamento de instalação resultantes da instalação semi-técnica é montada uma instalação de produção química. A finalidade da produção é obter o meior número dos produtos com o menor dispêndio possível de capital (gastos para matérias-primas e outros custos), considerando também a proteção do meio ambiente. Uma instalação de produção química é caracterizada por condutas, recipientes e aparelhos técnicos, preferencialmente de aço. Com ajuda de um esquema corrente pode-se estudar o decorrer do processo colocando e respondendo questões para a realização da reacção. Tais questões são, por exemplo: Como devem ser garantidas as condições de trabalho; De que material se deve construir os aparelhos e condutas; Como devem ser transportados os materiais; Como se pode garantir as quantidades necessárias dos produtos iniciais e produtos finais; Tem as substâncias uma superfície adequada; Permite-se contacto entre as substâncias na reacção; Como se pode separar os produtos em seus componentes considerando diferentes tipos de mistura; Como se pode apresentar as etapas do processo segundo as normas e outras; 1.7. Apresentação esquemática dos processos técnicos Uma tarefa muito importante na tecnologia química é a apresentação dos conteúdos abstratos por meios gráficos (esquema corrente, desenho, diagrama) . A afirmação mais simples e prática é o Esquema corrente. Eles podem ser de diferente conteúdo: Esquema corrente do processo (apresentação qualitativa das operações) Esquema corrente do processo (apresentação quantitativa das massas aplicadas) Esquema corrente aparativo (apresentação de aparelhos) Esquema tecnológico Esquema de montagem O esquema corrwente qualitativo permite uma vista geral sobre o processo químico-tecnológico sem mencionar quaisquer pormenores, caracterizando só o princípio simbolizado. Tabela 2: Alguns símbolos gerais Conduta Simbolo Meio de Interrupção Simbolo Estado Simbolo principal → válvula → sólido ……… energia → torneira → líquido gasoso fumo nevoeiro suspensão . . . . . 2. Processos tecnológicos fundamentais 2.1. Importãncia e posição da Indústria Quiminca Antes da realização de um processo químico, a matéria-prima deve ser preparada, de modo que o processo decorra optimamente e tenha maiores rendimentos. As operações fundamentais (básicas) são todos os processo que alteram a composição qualitativa e quantitativa, o grau de distribuição e o conteúdo de energia do material por processos fisicos. Um factor importante em todos os proceso físicos é a superfície de contacto (tamanho das substãncias) que influe no decorrer da reacção química. Por isso, os sólidos são transformados numa forma desejada (tamanho de grãos). O aumento da superfície causa a aceleração da velocidade de reacção, garante um melhor manuseamento do material e favorece a formação do produto final. Quanto maios for a superfície de contacto, tanto mais rápida será a reação. As operações fundamentais podem ser mecânicas, térmicas e electromagnéticas. 2.1.1. Processos que permitem o aumento da superfície O aumento da superfície desempenha um papel importante tanto nos sólidos como nos líquidos. 2.1.1.1. Trituração Na trituração, os torrões são divididos em fragmentos mais pequenos aumentando assim a sua superfície. As finalidades são as seguintes: Acelerar a velocidade da reacção; Melhorar o tratamento da matéria-prima (certos grãos desejados); Gormação (configuração) de um produto final (granulados, por exemplo). Na trituração são aplicados os seguintes tipos de esforços: pressão, golpe, choque,fricção, cisalhamento, corte. A aplicação das forças mecânicas depende da dureza, da fragilidade, etc, muitas vezes, actuam vários tipos de esforços no mesmo processo, por exemplo, pressão e fricção ou golpe e choque. As safras do material podem ser obtidas em mais etapas de trituração. A trituração grossa produz partículas com mais de 50 mm; a trituração média entre 50 e 1 mm; a trituração fina (moer) entre 1 e 0,05 mm e a trituração finissima menos de 0,05mm. Aparelhos de trituração-trituradores e moinhos Triturador de maxilas Serve a trituração de torrões grossos e consiste numa maxila fixa e numa britadora de queixada rotatória. As forças que actuam são a pressão e o golpe. Triturador de martelos Possui um rotor na forma cilíndrica no qual são fortificados flexivelmente martelos grandes. O rotor gira com alto número de rotações através de uma força centrifuga; os martelos encontram-se em posição radial. O material cai para o rotor e é lançado contra as chapas de choque pelos martelos que trituram o material por golpes e choques. Moinhos triturador Consiste em dois clilindros excêntricos de rotação contrária. Os torrões são triturados entre os excêntricos. O grau de trituração pode ser regulado pela remoção de um cilindro. Trata-se da combinação entre a pressão e o golpe. Moinhos de bolas Estes moinhos são usados na trituração fina e finíssima. O princípio de funcionamento é a fricção ou combinação de choque, golpe e fricção. O moinho de bolas consiste num tubo inclinado rotatimvo com chapas de aço no interior. O tubo tem segmentos divididos por crivos com bolas de moinho. A moenda e as bolas são transportadas da parede interior para o fundo do moinho. Através de golpes e pressão, a moenda é britada entre as bolas e a parede. 3.1.1.2. Distribuição dos líquidos Através da distribuição dos líquidos em jactos, gotas ou camadas finas, a superfície do líquido é consideravelmente aumentada. A distribuição de líquidos é necessária nos processos de rectificação e extracção, por exemplo na separação de misturas gasosas por absorção e outros processos. Neles deve-se superar as forças de coesão entre as partículas o que é relativamente fácil nos líquidos. Os métodos usados são a rega (irrigação) e pulverização. Nestes métodos, o líquido é distribuído pelos fundos de distribuição, regadores ou vaporizadores formando gotas ou gotinhas. 2.1.2. Processos de junção de materiais Nos processos químicos, as substânciastêm de ter determinados grãos de tamanho para um decurso optimal da reacção. A junção de materiais possibilita e melhora o contacto entre as substâncias. Se existir um material em tamanho menor, mas que no entanto, a reacção decorreria melhor com grãos de maior tamanho, então deve-se prensar e granular os grãos. Nos processos que se exige uma certa distribuição, deve-se misturar ou dissolver. 2.1.2.2. Mistura Duas ou mais substâncias diferentes são juntadas até à distribuição igual dos seus componentes. Uma distribuição igual existe quando uma partícula de uma substâncias é rodeiada por partículas da outra substância. Mistura com distribuição igual chamam-se homogéneas. Ao misturar pode-se aumentar a velocidade de reacção devido à influência da superfície de contacto dos reagentes. Distinguem-se entre: Mistura seca - misturar substâncias pulverizadas no estado seco; Amassar - misturar substâncias no estado viscoso ou pastoso; Agitar - misturar líquidos ou gases com sólidos em líquidos através de agitadores; Misturadores As máquinas para estes processos dependem do estado agregativo e da consistência dos materiais por misturar. Para substâncias secas aplica-se o Tambor misturador, para materiais pistosos o amassador, para líquidos a Tina de agitação, como recipientes. 2.1.2.2. Dissolução A finalidade de dissolução é a distribuição duma substância sólida num líquido. Neste proceso, o sólido é dividido em seus átomos ou moléculas. O sólido deve possuir uma certa solubilidade no líquido. A dissolução ocorre até a sturação. A concentração da solução saturada depende da temperatura. A velocidade de dissolução aumenta com agitação até se estabelece o equilíbrio, mas não se altera a concentração de saturação, só com elevação de temperatura. Como recipientes usados, na dissolução, existem várias formas e designações, como cuba, tina, bacia e caldeira. 2.2. Tratamento dos produtos 2.2.1. Métodos de separação Os processos de separação desempenham na técnica um papel dominante. Tanto na fase de preparação, assim como na fase de tratamento os produtos formados são, muitas vezes, misturas por separar. A separação destas misturas ocorre com base nas propriedades físicas e químicas diferentes (densidade, tamanho de grãos, ponto de ebulição, capacidade de absorção, etc.). Os métodos de separação mais aplicados são de carácter mecânico, isto é, por acção das forças mecânicas e separação térmica, isto é, com ajuda de adição ou redução de calor e as alterações do estado agregativo, originadas pela mesma causa. Também existem outros métodos baseados nos efeitos eléctricos e magnéticos, químicos ou químico-físico. Para a operação de separação por selecção é decisivo o estado agregativo da mistura e as suas propriedades físicas e químicas, por isso as misturas dividem-se segundo os seguintes critérios, em: Misturas Sólidas Sólidas/líquidas Soluções, gasosas Gases sujos Líquidas Uma determinada separação pode-se realizar por vários métodos. As misturas sólidas e as líquidas são separadas com mecanismos mecânicos e térmicos; as misturas gasosas só com métodos físico- químicos e gases sujos são separados mecânica e electricamente. A tarefa concreta de separação depende de muitos factores empresariais e da própria mistura. A preferência é para o processo com melhor separação e os gastos mais favoráveis. 2.2.1.1. Separação mecânica de misturas sólidas Depois da trituração, a mistura sólida existe com safra granulada com partículas de diferentes tamanho de grãos. Toda safra contém mais componentes, mas cada fragmento consiste em um componente, preferencialmente. A distribuição da safra em 2 safras denomina-se sortir. Estas duas safras obtidas consistem em partículas da mesma composição, cada, mas de tamanho diferente. Ao sortir, aplicam-se métodos mecânicos de separação, por exemplo, sedimentação, flutuação ou selecção magnética. Para um tratamento adicional pode ser necessário distribuir cada safra em mais safras com o mesmo tamanho de grãos. Esta operação denomina-se classificar. O processo usual para a classificação é o peneiramento, realizado em peneiras ou curvos. Flutuação Na flutuação, safras misturadas e finalmente granuladas são separadas em água com ajuda de bolhas de ar, preferenciamente pegadas a um componente de mistura. O princípio deste método mecânico para a separação de sólidos consiste no aproveitamento das diferentes propriedades superficiais das partículas. Neste método encontramos os seguintes conceitos: espumantes e colectores. Os Espumantes são cresóis, xilenóis, terpenos e álcoois gordos; compostos heteropolares que dividem o ar em bolhas e estabilizam a espuma formada. Os Colectores são xantados (na flutuação de minérios sulfídricos), sabões (flutuação de carbonatos e sulfatos), sais de aminas ( na flutuação de sais de Potásio, óxidos e silicatos), alquilsulfonatos ( na flutuação dos fosfatos de metais alcali-terrosos), e alquilsulfonatos. Os colectores são compostos que consistem em um grupo apolar (hidrocarboneto R hidrófobo) ligado a grupos polares capazes de Adsorção e dissolução. A partícula dificilmente humactável com água adiciona-se na bolha de ar e deposita-se subsequentemente como agregação gás-sólido. Para um bom efeito deste método o material deve ser moído obtendo-se assim uma grande superfície específica. Introduz-se a substância em água (suspensão turva), adicionam-se substâncias activando a superfície (colectores) formando uma camada fina (monomolecular) no sólido. O outro componente fica hidrófilo. Com passagem do ar, a parte hidrófoba sobe por causa da adesão, é recolhida numa espuma relativamente estável e depois mecanicamente tirada. Num flutuador a mistura sofre remoinho num banho de água com um agitador; nele entram bolhas de ar sob pressão transportando partículas hidrófobas (aerófilas) pegadas nas bolhas para cima (espuma). O componente hidrófilo sedimenta-se no fundo como lama e é tirado de tempos a tempos. A espuma contendo o sólido e a lama são centrifugadas separadamente. A solução é reintroduzida no flutuador. Peineramento O peneiramento é uma operação para classificar (seleccionar) uma safra de diferentes tamanhos de grãos em mais safras do mesmo tamanho de grãos. O peneiramento serve para a classificação de safras com tamanhos entre 40 e 25mm. Peneiras (crivos) Na indústria, aplicam-se máquinas de peneirar. Elas consistem em várias peneiras dispostas uma sobre outra ou uma atrás da outra. A Peneira vibrante possui várias (3) peneiras dispostas uma sobre a outra, reduzindo as aberturas das malhas para baixo. Os fragmentos grossos ficam no 1ºfundo perfurado e o resto cai para o próximo fundo, etc. O movimento das partículas corre através de um excêntrico que causa a vibração da máquina (a). Uma outra variante é apresentada no esquema (b). A Peneira de tambor (c) consiste num tubo inclinado em rotação com 3 segmentos de diferentes perfurações cada. A grandeza dos furos aumenta de cima para baixo. A safra é introduzida pela parte superior do tambor. Pela rotação e posição inclinada do tambor , o material por peneirar desce em espiral até ao fim do tambor. Durante a sua passagem, as partículas caem pelos furos do segmento seleccionando-se assim as fracções. 2.2.1.2. Separação mecânica de misturas sólidas/líquidas As reacções químicas em solução aquosa levam, muitas vezes, a um produto sólido obtido numa distribuição fina no líquido, por exemplo, como precipitado. Tais misturas chamam-se suspensões. Suspensões grossas contêm partículas sólidas > 100 mm, suspensões finas entre 0,5 e 100 mm. Misturas com partículas menores chamam-se Colóides. Suspensões grossas e finas podem ser separadas por mecânicos, os Colóides devem-se flocular. As partículas finíssimas primeiramente aglomeram-se. Os processos de separação mecânica paraestas suspensões são a decantação, a centrifugação e a filtração. Decantação A decantação é a separação de uma mistura sólida/líquida através da sedimentação por gravidade. Um sólido bem distribuido e especificamente mais denso do que um líquido, precipita-se lentamente numa suspensão. Este processo designa-se precipitação, ou sedimentação. A causa é a gravidade que actua em cada partícula, seja sólida ou líquida. Na técnica química denonmina-se este processo por decantação ou sedimentação. Esta operação não separa completamente os sólidos, mas a suspensão clarifica-se. Os aparelhos de devantação são grandes bacias planas e cilíndricas. A suspensão por separas entra no centro radialmente num recipiente de expansão em forma de anel (saída da suspensão clara aos lados do esquema). A velocidade de corrente reduz-se fortemente e as partículas sólidas podem-se sedimentar, descendo num fundo inclinado e lentamente empuradas para o centro através de um aparelho giratório (1 rotação por hora). Através de uma bomba de diafragma retira-se continuamente a lama da bacia. A suspensão clarificada corre pelo canal em forma de anel. Uma separação mais eficaz é possível através da ligação das bacias em série (cascata, cap. 2.5.3). Centrifugação A centrifugação é a separação dos sólidos bem distribuidos numa suspensão através da sedimentação causada pela força centrifuga. A suspensão sofre, neste processo, uma rotação. Além da gravidade actua sobre as partículas a força centrifuga e calcula-se pela seguinte fórmula: F = 4π².σ.V.r.n² onde a σ é a densidade; V é o Volume; r é o raio de rotação e n é o número de rotações. Aqui vale a mesma diferença como na gravidade, a densidade é diferente. Os sólidos mais densos são mais fortemente atraídos para fora, concentrando-se nas paredes verticais do centrifugador. O efeito da sedimentação nos centrifugadores é maior, dependendo do número de rotações (200 até 10 000 vezes), do que o nas bacias de decantação. Para a obtenção do sólido, o efeito da separação é suficiente, mas para uma melhor clarificação do líquido adiciona-se um meio de locução antes de uma nova centrifugação. Centrifugadores O Centrifugador mais importante é o Centrifugador de discos (separador). A máquina consiste de vários discos (pratos) cónicos, no interior, dividindo o espaço em várias camadas finas. suspensão entra por veio oco e desce até o fundo do centrifugador, onde externamente entra nas câmaras divisórias formadas entre os discos. Através da força centrifuga ocorre nas câmaras cónicas a separação em sólido e líquido. O sólido é centrifugado (lançado) de baixo contra a parede do disco superior, escorrega ao longo da parede para fora, chega pelos furos ao colector de lodo e sai do centrifugador com ajuda de um “parafuso sem fim” que descarrega o lodo pelos grandes furos na parede. O líquido corre para cima ao longo da parede de disco, vai até ao centro e sai di centrifugador pelo tubo que espira a suspensão clarificada. Filtração Filtrar é separar uma suspensão líquida/sólida com ajuda de um filtro. Os filtros possuem um meio filtrante. O meio filtrante pode ser uma peneira, uma rede metálica ou uma placa porosa com pano têxtil. A suspensão contacta o meio e, no início passa quase completamente, com exepção das partículas grandes. Estas, depositam-se, tornando-se passo a passo, cada vez mais sólidos e formando um bolo de filtro crescente. Este bolo de filtro só permite a passagem do líquido, o filtrado. Neste estado ocorre a própria filtração. Com o aumento da camada do bolo, a passagem do filtrado torna-se mais difícil devido à resistência da corrente do meio filtrante e do bolo do filtro. Reduz-se consequentemente a quantidade do filtrado, e a altura do bolo cresce lentamente. Por isso, sempre que o bolo crescer, deve ser retirado. O proceso começa novamente. As vezes, algumas suspensões formam um bolo impermeável, evitando com isto a filtração. Adicionam-se, neste caso, meios auxiliares, por exemplo farinha fóssil, serradura, recortes de fibras, etc. 1) bomba de sucção 2) tubagem de sucção 3) recipientes de separação 4) filtrado 5) filtrado de lavagem 6) entrada da suspensão 7) agitador 8) tina 9) descarregador 10) tambor 11) célula 12) bolo de filtro 13) veio oco 14) líquido p/a lavar 15) chuveiro No filtro-prensa do quadro a câmara divisória é um espaço oco plano quadrático e em forma de anel formada por um quadro oco e duas placas caneladas. As placas são revestidas de telas apertadas no quadro. As câmaras divisárias ligam-se em paralelo. A suspensão por separar corre sob pressão nas câmaras; o filtrado penetra pelo pano (tela), desagua pela caneladura juntando-se num canal. Depois de algum tempo, o sõlido forma no pano um bolo que ocupa toda a câmara. Abre-se o filtro-prensa, desmontando as placas e a câmara e o bolo cai para fora. Depois da montagem do filtro, recomeça a filtração. O modo de trabalho é descontínuo. O tambor filtrante celular consiste em um tambor rotativo com células, cuja área lateral perfurada é revestida de uma tela. Um terço do tambor fica banhado numa tina cheira de suspensão por separar. As células são ligadas uma à uma sobre um veio oco a tubagem de sucção. Assim o líquido é aspirado na superfície do filtro do tambor que mergulha na suspensão contida na tina, e levado a um colector. O tambor gira lentamente, mergulhando sempre uma nova superfície para filtrar na suspensão. Por cima de tela cresce um bolo de filtro. Do tambor retira-se água do bolo por aspiração de ar e, é regado com líquido de lavagem (chveiro). Antes de mergulhar de novo no tambor o bolo de filtro é descascado, permitindo a entrada da tela descarregada na suspensão. Os tambores filtrantes celulares trabalham continuamente. Na tina filtra-se, o chveiro lava, depois retira-se a água e descarrega-se sem interrupção. 2.2.1.3. Separação mecânica de misturas líquidas Os métodos mecânicos de separação aplicam-se para misturas líquidas heterogénias (insolúveis entre si). Dois líquidos insolúveis quando misturados intensamente formam emulsões. Estas misturas parecem homogénes, por exemplo, o leite devido ao tamanho microscópico das partículas. Mas, na verdade, trata-se de misturas heterogéneas com gotículas (0,5 até 10 mm). O líquido em excesso domina-se fase contínua e a outra, em menor quantidade, fase dispersa. A separação de emulsões basea-se no contacto entre gotículas dispersas. Neste contacto, as gotículas juntam-se às gotas e separam-se no fundo, ou por cima da fase contínua devido à diferenção de densidades. Emulsões tecnicamente importantes são as emulsões óleo em égua, por exeplo, água de perfuração ou emulsões água em óleo, graxa de lubrificação. A separação técnica realiza-se por decantação, centrifugação ou filtração dependendo do tamenho das gotas dispersas e da estabilidade da emulsão. 2.2.1.4. Métodos de purificação e separação de misturas gasosas em muitos processos de produção e tratamento, na indústria química, formam-se misturas gás/sõlido, por exemplo na trituração, no peneiramento, na combustão, etc. estas misturas gás/sólido denominam-se, em geral, poeira ou fumo. Também em outros processos de produção formam-se misturas gasosas ou gases sujos. A purificação e a separação dos componentes gasosos são tarefas importantes do processo técnico. Na purificação de gases, substâncias estranhas bem distribuidas (sólidos, líquidos ou gases) são tiradas do gás por purificação. Na separação de misturas gasosas obtêm-se gases puros diferentes. As finalidades são as seguintes: Tornar puro o meio ambiente; Exemplo: tirar poeira dos gases do fumo na produção de aço Recuparação de substâncias contidas no gás do fumo; Exemplo: produção do Ácido sulfúrico a partir de gases de refinaria (SO²) Preparação de gases puros de síntese; Exemplo: separação de Hidrogéniodo gás de sintese (mistura H2/CO) para a síntese de Amoníaco. Eliminação da poeira A eliminação da poeira consiste na separação dos componentes estranhos(sólidos bam distribuidos) de um gás. A poeira de grão grosso é facilmente separada. Quanto mais fina for a poeira, tanto mais difícil será a separação. a) Mecanicamente A eliminação mecânica da poeira basea-se na separação de partículas do gás por gravidade ou por centrifuga. Por gravidade A separação por gravidade, resulta do equilíbrio entre a gravidade e a soma da força de sustentação e a resistência da corrente. Esta resultante é dirigida para baixo e provoca descida da partícula com certa velocidade. Grandes partículas descem rapidamente. Quanto maior forem as partículas, tanto mais lenta será a velocidade de sedimentação. O gás contendo poeira tem que ser mantido no canal de sedimentação, de modo que tenha tempo suficiente para a precipitação. Trata-se de um recipiente com grande volume onde o gás é introduzido; alterando-se o diâmetro do canal a velocidade da corrente reduz-se muito e o gás fica mais tempo no canal. Durante este tempo, as partículas sólidas podem sedimentar-se. Este aparelho não separa completamente a poeira. Canal de sedimentação e colector de pó Também pode-se realizar a separação por um colector de pó. Este consiste em várias grelhas horizontais com alturas reduzidas. As partículas sólidas depositam-se nas grelhas facilmente inclinadas, floculam-se e são retiradas por vibrações. Por força centrífica a separação da poeira por centrifugação realiza-se num ciclone. Trata-se de um aparelho cilindrico que tem a parte inferior reduzida. O gás bruto entra tangencialmente pela parte superior do ciclone e é forçado a circular em órbita através da parede do clicline. Formam-se um turbilhão primário rotatório do gás. As partículas, também em rotação, são lançadas para parede, floculam e caem. O turbilhão gira na parede do ciclone para a parte reduzida deste, reduzindo também o seu diâmetro de órbita. Do fundo do aparelho, e com um diâmetro reduzido, o gás gira na direcção do turbilhão primário, formando assim o turbilhão secundário. Por um tubo de imersão, o turbilhão sai do ciclone. Os ciclones são aplicados para desempoar grandes quantidades dos gases, mas só poeira grossa. Uma grande vantagem destes aparelhos é o facto deles não precisarem de qualquer energia externa. Ciclone b) Lavagem do gás As particulas sólidas são ligadas e separadas através das gotas de água. O gás bruto com poeira circula contra uma corrente de gotículas de água. Os sólidos aderem às gotas e são separados. Para facilitar este processo o sólido deve ser molhado no líquido. Quanto mais finas forem as gotas de água e mais rápida a corrente, tanto mais eficiente será a separação. Os aparelhos (lavadores) podem ser torres, de colunas e de jactos. Um aparelho de jactos moderno é o lavador de VENTURI. O líquido para lavar é injetado num difusor numa corrente lenta do gás bruto, apanhando as particulas sólidas. O nevoeiro de água precipita-se num ciclone ligado à difusor. Depois o líquido evapora-se depositando-se o lodo. Lavagem de gás lavador de VENTURI c) Eliminação da poeira por filtração A separação da poeira na filtração realiza-se através de um meio filtrante. O meio filtrante consiste em um tecido de malhas apertadas ou em filtro denso. As partículas sólidas maiores do que os poros são retidas e, aos poucos vai-se formando um bolo filtrante crecendo passo a passo. Este bolo actua adicionalmente como um meio filtrante retendo também as partículas menores do que os poros. Depois de algum tempo deve-se limpar o filtro, muitas das vezes, por agitação ou por ar comprimido. Filtração da poeira d) Eliminação da poeira no campo eléctrico O princípio da eliminação da poeira no campo eléctrico basea-se no facto de que os sólidos electricamente carregados são atraídos num campo eléctrico por electrodo contrariamente carregado. A corrente do gás bruto passa por dois eléctrodos; um eléctrodo de emissão (-) e um eléctrodo de separação (+) por corrente contínua. No eléctrodo de emissão existe uma alta tensão (50.000 V) que emite electrões. Estes são atraídos pelo eléctrodo de separação e soltos pelo campo eléctrico. Durante este “voo” os atraídos pelo eléctrodo positivo, são descarregados e aglomerados. Um vibrador causa a descida dos flocos de pó. O filtro eléctrico de placas purifica grandes quantidades de gás. Ele consiste em várias placas paralelamente construidas, que actuam como eléctrodos de separação. Entre as placas estão os eléctrodos de emissão em forma de arame, montados em filas um atrás de outro. O gás circula nas fendas passando pelos eléctrodos de emissão. As partículas de poeira carregam-se e são separadas. Deste modo, poeiras finas e finíssimas podem ser separadas. Separação da poeira no campo eléctrico Filtro eléctrico de placas Aparelhos de trituração-trituradores e moinhos Triturador de maxilas Serve a trituração de torrões grossos e consiste numa maxila fixa e numa britadora de queixada rotatória. As forças que actuam são a pressão e o golpe. Triturador de maxilas Triturador de martelos Possui um rotor na forma cilíndrica no qual são fortificados flexivelmente martelos grandes. O rotor gira com alto número de rotações através de uma força centrifuga; os martelos encontram-se em posição radial. O material cai para o rotor e é lançado contra as chapas de choque pelos martelos que trituram o material por golpes e choques. Triturador de martelos Moinhos triturador Consiste em dois clilindros excêntricos de rotação contrária. Os torrões são triturados entre os excêntricos. O grau de trituração pode ser regulado pela remoção de um cilindro. Trata-se da combinação entre a pressão e o golpe. Moinho triturador Moinhos de bolas Estes moinhos são usados na trituração fina e finíssima. O princípio de funcionamento é a fricção ou combinação de choque, golpe e fricção. O moinho de bolas consiste num tubo inclinado rotatimvo com chapas de aço no interior. O tubo tem segmentos divididos por crivos com bolas de moinho. A moenda e as bolas são transportadas da parede interior para o fundo do moinho. Através de golpes e pressão, a moenda é britada entre as bolas e a parede. Moinho triturador 3.1.1.2. Distribuição dos líquidos Através da distribuição dos líquidos em jactos, gotas ou camadas finas, a superfície do líquido é consideravelmente aumentada. A distribuição de líquidos é necessária nos processos de rectificação e extracção, por exemplo na separação de misturas gasosas por absorção e outros processos. Neles deve-se superar as forças de coesão entre as partículas o que é relativamente fácil nos líquidos. Os métodos usados são a rega (irrigação) e pulverização. Nestes métodos, o líquido é distribuído pelos fundos de distribuição, regadores ou vaporizadores formando gotas ou gotinhas. 2.1.2. Processos de junção de materiais Nos processos químicos, as substâncias têm de ter determinados grãos de tamanho para um decurso optimal da reacção. A junção de materiais possibilita e melhora o contacto entre as substâncias. Se existir um material em tamanho menor, mas que no entanto, a reacção decorreria melhor com grãos de maior tamanho, então deve-se prensar e granular os grãos. Nos processos que se exige uma certa distribuição, deve-se misturar ou dissolver. 2.1.2.2. Mistura Duas ou mais substâncias diferentes são juntadas até à distribuição igual dos seus componentes. Uma distribuição igual existe quando uma partícula de uma substâncias é rodeiada por partículas da outra substância. Mistura com distribuição igual chamam-se homogéneas. Ao misturar pode-se aumentar a velocidade de reacção devido à influência da superfície de contacto dos reagentes. Distinguem-se entre: Mistura seca - misturar substânciaspulverizadas no estado seco; Amassar - misturar substâncias no estado viscoso ou pastoso; Agitar - misturar líquidos ou gases com sólidos em líquidos através de agitadores; Misturadores As máquinas para estes processos dependem do estado agregativo e da consistência dos materiais por misturar. Para substâncias secas aplica-se o Tambor misturador, para materiais pistosos o amassador, para líquidos a Tina de agitação, como recipientes. 2.1.2.2. Dissolução A finalidade de dissolução é a distribuição duma substância sólida num líquido. Neste proceso, o sólido é dividido em seus átomos ou moléculas. O sólido deve possuir uma certa solubilidade no líquido. A dissolução ocorre até a sturação. A concentração da solução saturada depende da temperatura. A velocidade de dissolução aumenta com agitação até se estabelece o equilíbrio, mas não se altera a concentração de saturação, só com elevação de temperatura. Como recipientes usados, na dissolução, existem várias formas e designações, como cuba, tina, bacia e caldeira. 2.2. Tratamento dos produtos 2.2.1. Métodos de separação Os processos de separação desempenham na técnica um papel dominante. Tanto na fase de preparação, assim como na fase de tratamento os produtos formados são, muitas vezes, misturas por separar. A separação destas misturas ocorre com base nas propriedades físicas e químicas diferentes (densidade, tamanho de grãos, ponto de ebulição, capacidade de absorção, etc.). Os métodos de separação mais aplicados são de carácter mecânico, isto é, por acção das forças mecânicas e separação térmica, isto é, com ajuda de adição ou redução de calor e as alterações do estado agregativo, originadas pela mesma causa. Também existem outros métodos baseados nos efeitos eléctricos e magnéticos, químicos ou químico-físico. Para a operação de separação por selecção é decisivo o estado agregativo da mistura e as suas propriedades físicas e químicas, por isso as misturas dividem-se segundo os seguintes critérios, em: Misturas Sólidas Sólidas/líquidas Soluções, gasosas Gases sujos Líquidas Uma determinada separação pode-se realizar por vários métodos. As misturas sólidas e as líquidas são separadas com mecanismos mecânicos e térmicos; as misturas gasosas só com métodos físico- químicos e gases sujos são separados mecânica e electricamente. A tarefa concreta de separação depende de muitos factores empresariais e da própria mistura. A preferência é para o processo com melhor separação e os gastos mais favoráveis. 2.2.1.1. Separação mecânica de misturas sólidas Depois da trituração, a mistura sólida existe com safra granulada com partículas de diferentes tamanho de grãos. Toda safra contém mais componentes, mas cada fragmento consiste em um componente, preferencialmente. A distribuição da safra em 2 safras denomina-se sortir. Estas duas safras obtidas consistem em partículas da mesma composição, cada, mas de tamanho diferente. Ao sortir, aplicam-se métodos mecânicos de separação, por exemplo, sedimentação, flutuação ou selecção magnética. Para um tratamento adicional pode ser necessário distribuir cada safra em mais safras com o mesmo tamanho de grãos. Esta operação denomina-se classificar. O processo usual para a classificação é o peneiramento, realizado em peneiras ou curvos. Flutuação Na flutuação, safras misturadas e finalmente granuladas são separadas em água com ajuda de bolhas de ar, preferencialmente pegadas a um componente de mistura. O princípio deste método mecânico para a separação de sólidos consiste no aproveitamento das diferentes propriedades superficiais das partículas. Neste método encontramos os seguintes conceitos: espumantes e colectores. Os Espumantes são cresóis, xilenóis, terpenos e álcoois gordos; compostos heteropolares que dividem o ar em bolhas e estabilizam a espuma formada. Os Colectores são xantados ( 2CS-O-R na flutuação de minérios sulfídricos), sabões (flutuação de carbonatos e sulfatos), sais de aminas ( 3NH-R na flutuação de sais de Potásio, óxidos e silicatos), alquilsulfonatos ( 3SO-R na flutuação dos fosfatos de metais alcali-terrosos), e alquilsulfonatos ( 3SO-O-R ).Ver Os colectores são compostos que consistem em um grupo apolar (hidrocarboneto R hidrófobo) ligado a grupos polares capazes de Adsorção e dissolução. A partícula dificilmente humactável com água adiciona-se na bolha de ar e deposita-se subsequentemente como agregação gás-sólido. Para um bom efeito deste método o material deve ser moído obtendo-se assim uma grande superfície específica. Introduz-se a substância em água (suspensão turva), adicionam-se substâncias activando a superfície (colectores) formando uma camada fina (monomolecular) no sólido. O outro componente fica hidrófilo. Com passagem do ar, a parte hidrófoba sobe por causa da adesão, é recolhida numa espuma relativamente estável e depois mecanicamente tirada. Num flutuador a mistura sofre remoinho num banho de água com um agitador; nele entram bolhas de ar sob pressão transportando partículas hidrófobas (aerófilas) pegadas nas bolhas para cima (espuma). O componente hidrófilo sedimenta-se no fundo como lama e é tirado de tempos a tempos. A espuma contendo o sólido e a lama são centrifugadas separadamente. A solução é reintroduzida no flutuador. Flutuação e flutuador Peineramento O peneiramento é uma operação para classificar (seleccionar) uma safra de diferentes tamanhos de grãos em mais safras do mesmo tamanho de grãos. O peneiramento serve para a classificação de safras com tamanhos entre 40 e 25mm. Peneiras (crivos) Na indústria, aplicam-se máquinas de peneirar. Elas consistem em várias peneiras dispostas uma sobre outra ou uma atrás da outra. A Peneira vibrante possui várias (3) peneiras dispostas uma sobre a outra, reduzindo as aberturas das malhas para baixo. Os fragmentos grossos ficam no 1ºfundo perfurado e o resto cai para o próximo fundo, etc. O movimento das partículas corre através de um excêntrico que causa a vibração da máquina (a). Uma outra variante é apresentada no esquema (b). Peneira vibrante e peneira de tambor A Peneira de tambor (c) consiste num tubo inclinado em rotação com 3 segmentos de diferentes perfurações cada. A grandeza dos furos aumenta de cima para baixo. A safra é introduzida pela parte superior do tambor. Pela rotação e posição inclinada do tambor , o material por peneirar desce em espiral até ao fim do tambor. Durante a sua passagem, as partículas caem pelos furos do segmento seleccionando-se assim as fracções. 2.2.1.2. Separação mecânica de misturas sólidas/líquidas As reacções químicas em solução aquosa levam, muitas vezes, a um produto sólido obtido numa distribuição fina no líquido, por exemplo, como precipitado. Tais misturas chamam-se suspensões. Suspensões grossas contêm partículas sólidas > 100 mm, suspensões finas entre 0,5 e 100 mm. Misturas com partículas menores chamam-se Colóides. Suspensões grossas e finas podem ser separadas por mecânicos, os Colóides devem-se flocular. As partículas finíssimas primeiramente aglomeram-se. Os processos de separação mecânica para estas suspensões são a decantação, a centrifugação e a filtração. Decantação A decantação é a separação de uma mistura sólida/líquida através da sedimentação por gravidade. Um sólido bem distribuído e especificamente mais denso do que um liquido, precipita-se lentamente numa suspensão. Este processo designa-se precipitação ou sedimentação. A causa é a gravidade que actua em cada partícula, seja sólida ou líquida. Na técnica química denomina-se este processo por decantação ou sedimentação. Esta operação não separa completamente os sólidos, mas a suspensão clarifica-se. Os aparelhos de decantação são grandes bacias planas e cilíndricas. Recipiente (bacia) de decantação A suspensão por separar entra no centro correndo radialmente num recipiente de expansãoem forma de anel (saída da suspensão clara aos lados do esquema). A velocidade de corrente reduz-se fortemente e as partículas sólidas podem-se sedimentar, descendo num fundo inclinado e lentamente empurradas para o centro através de um aparelho giratório (1 rotação por hora). Através de uma bomba de diagrama retira-se continuamente a lama da bacia. A suspensão clarificada corre pelo canal em forma de anel. Uma separação mais eficaz é possível através da ligação das bacias em série (cascata, cap. 2.5.3). Centrifugação A centrifugação e a separação dos sólidos bem distribuídos numa suspensão através da sedimentação causada pela força centrifuga. A suspensão sofre, neste processo, uma rotação. Além da gravidade actua sobre as partículas< a força centrífuga e calcula-se pela seguinte fórmula: 22 ....4 nrVF Onde é a densidade; V é o Volume; r é o raio de rotação e n é o número de rotações. Aqui vale a mesma diferença como na gravidade, a densidade é diferente. Os sólidos mais densos são mais fortemente atraídos para fora, concentrando-se nas paredes verticais do centrifugador. O efeito da sedimentação nos centrifugadores é maior, dependendo do número de rotações (200 até 10 000 vezes), do que o nas bacias de decantação. Para a obtenção do sólido, o efeito da separação é suficiente, mas para uma melhor clarificação do líquido adiciona-se um meio de locução antes de uma nova centrifugação. Centrifugadores O centrifugador mais importante é o centrifugador de discos (separador). A máquina consiste de vários discos (pratos) cónicos, no interior, dividindo o espaço em várias camadas finas. Centrifugador de discos A suspensão entra por veio oco e desce até o fundo do centrifugador, onde externamente entra nas câmaras divisórias formadas entre os discos. Através da força centrífuga ocorre nas câmaras cónicas e separação em sólido e líquido. O sólido é centrifugado (lançado) de baixo contra a parede do disco superior, escorrega ao longo da parede para fora, chega pelos furos ao colector de lodo e sai do centrifugador com ajuda de um “parafuso sem fim” que descarrega o lodo pelos grandes furos na parede. O líquido ocorre para cima ao longo da parede de disco, vai até ao centro e sai do centrifugador pelo tubo que aspira a suspensão clarificada. Filtração Filtrar é separar uma suspensão líquida/sólida com ajuda de um filtro Os filtros possuem um meio filtrante. O meio filtrante pode ser uma peneira, uma rede metálica ou uma placa porosa com um pano têxtil. A suspensão contacta o meio e, no início passa completamente, com excepção das partículas grandes. Estas depositam-se passo a passo, cada vez mais sólidos e formando um bolo de filtro crescente. Este bolo de filtro só permite a passagem do líquido, o filtrado. Neste estado ocorre a própria filtração. Com o aumento da camada do bolo, a passagem do filtrado torna-se mais difícil devido à resistência da corrente do meio filtrante e do bolo de filtro. Reduz-se consequentemente a quantidade do filtrado, e a altura do bolo cresce lentamente. Por isso, sempre que o bolo crescer deve ser retirado. O processo começa novamente. As vezes algumas suspensões formam um bolo impermeável, evitando com isto a filtração. Adicionam-se, neste caso, meios auxiliares, por exemplo farinha fóssil, serradura, recortes de fibras, etc. Processo de filtração Filtro-prensa de quadro Tambor filtrante celular 1. bomba se sucção 2. descarregador 3. tubagem de sucção 4. tambor 5. recipiente de separação 6. célula 7. filtrado 8. bolo de filtro 9. filtrado de lavagem 10. vaio oco 11. entrada da suspensão 12. líquido p/a lavar 13. agitador 14. chuveiro 15. tina No filtro do quadro a câmara divisória é um espaço oco plano quadrático e em forma de anel formada por um quadro oco e duas placas caneladas. As placas são revestidas de telas apertadas no quadro. As câmaras divisórias ligam em paralelo. A suspensão por separar ocorre sob pressão nas câmaras, o filtrado penetra pelo pano (tela), desagua pela caneladura juntando-se num canal. Depois de algum tempo, o sólido forma no pano um bolo que ocupa toda a câmara. Abre-se o filtro-prensa, desmontando as placas e a câmara e o bolo cai para fora. Depois da montagem do filtro, começa a filtração. O modo de trabalho é descontínuo. O tambor filtrante celular consiste em um tambor rotativo com células, cuja área lateral perfurada é revestida de uma tela. Um terço do tambor fica banhado numa tina cheia de suspensão por separar. As células são ligadas uma à uma sobre um veio oco com a tubagem de sucção. Assim, o líquido é aspirado na superfície do filtro do tambor que mergulha na suspensão contida na tina, e levado a um colector. O tambor gira lentamente, mergulhando sempre uma nova superfície para filtrar na suspensão. Por cima da tela cresce um bolo de filtro. Do tambor, retira-se água do bolo por aspiração de ar e, é regado com líquido de lavagem (chuveiro). Antes de mergulhar de novo no tambor o bolo de filtro é descascado, permitindo a entrada da tela descarregada na suspensão. Os tambores filtrantes celulares trabalham continuamente. Na tina filtra-se, o chuveiro lava, depois retira-se a água e descarrega-se sem interrupção. 2.2.1.3. Separação mecânica de misturas líquidas Os métodos mecânicos de separação aplicam-se para misturas líquidas heterogéneas (insolúveis entre si). Dois líquidos insolúveis quando misturados intensivamente formam emulsões. Estas misturas parecem homogéneas, por exemplo, o leite devido ao tamanho microscópico das partículas. Mas, na verdade, trata-se de misturas heterogéneas com gotículas pequenas (0,5 até 10µm). O líquido em excesso denomina-se fase contínua e a outra, em menor quantidade, fase dispersa. Neste contacto, as gotículas juntam-se às gotas e separam-se no fundo, ou por cima da fase contínua devido à diferença de densidades. Emulsões tecnicamente important5es são as emulsões óleo em água, por exemplo, água de perfuração ou emulsões água em óleo, graxa de lubrificação. A separação técnica realiza-se por decantação, centrifugação ou filtração dependendo do tamanho das gotas dispersas e da estabilidade de emulsão. 2.2.1.4. Métodos de purificação e separação de misturas gasosas Em muitos processos de produção e tratamento, na indústria química, formam-se misturas gás/sólido, por exemplo na trituração, no peneiramento, na combustão, etc. Estas misturas gás/sólido denominam-se, em geral, poeira ou fumo. Também em outros processos de produção forma-se misturas gasosas ou gases sujos. A purificação e a separação dos componentes gasosos são tarefas importantes do processo técnico. Na purificação de gases, substâncias estranhas bem distribuídas (sólidos, líquidos ou gases) são tiradas do gás por purificação. Na separação de misturas gasosas obtêm-se gases puros. As finalidades são as seguintes: Tornar puro o meio ambiente; Exemplo: tirar poeira dos gases do fumo na produção de aço Recuperação das substâncias contidas no gás do fumo; Exemplo: produção do Ácido sulfúrico a partir de gases de refinaria (SO2) Preparação de gases puro de sintese; Exemplo: separação de Hidrogénio do gás de sintese (mistura H2/CO) para a sintese de Amoníaco. Eliminação da poeira A poeira de grão grosso é facilmente separada. Quanto mais fina for a poeira, tanto mais defícil será a separação. a) Mecanicamente A eliminação mecânica da poeira baseia-se na separação de partículas do gás por gravidade ou por força centrífuga. Por gravidade A separação por gravidade, resulta do equilíbrio entre gravidade e a soma da força de sustentação e a resistência da corrente. Esta resultante é dirigida para baixo e provoca a descida da partícula com uma certa velocidade. Grandes partículas descem rapidamente. Quanto maior forem as partículas, tanto mais lenta será a velocidade de sedimentação. O gás contendopoeira tem que ser mantido no canal de sedimentação, de modo que tenha tempo suficiente para a precipitação. Trata- se de um recipiente com grande volume onde o gás é reduzido; alterando-se o diâmetro do canal a velocidade da corrente reduz-se muito e o gás fica mais tempo no canal. Durante este tempo, as partículas sólidas podem sedimentar-se. Este aparelho não separa completamente a poeira. Canal de sedimentação e colector de pó. Também pode-se realizar a separação por um colector de pó. Este, consiste em várias grelhas horizontais com alturas reduzidas. As partículas sólidas depositam-se nas grelhas facilmente inclinadas, floculam-se e são retiradas por vibração. Por força centrifuga A separação da poeira por centrifugação realiza-se num ciclone. Trata-se de um aparelho cilíndrico que tem a parte inferior reduzida. O gás entra tangencialmente pela parte superior do ciclone e é forçado a circular em órbita através da parede do ciclone. Formam-se um turbilhão primário rotatório do gás. As partículas, também em rotação, são lançadas para parede, floculam e caem. O turbilhão gira na parede do ciclone para a parte reduzida deste, reduzindo também o seu diâmetro de órbita. Do fundo do aparelho, e com um diâmetro reduzido, o gás gira na direcção do turbilhão primário, formando assim o turbilhão secundário. Por um tubo de imersão, o turbilhão sai do ciclone. Os ciclones são aplicados para desempoar grandes quantidades dos gases, mas só poeira grossa. Uma grande vantagem destes aparelhos é o facto deles não precisarem de qualquer energia externa. Ciclone b) Lavagem do gás As partículas sólidas são ligadas e separadas através das gotas de água O gás bruto com poeira circula contra uma corrente de gotículas de água. Os sólidos aderem às gotas e são separados. Para facilitar este processo o sólido deve ser molhado no líquido. Quanto mais forem as gotas de água e mais rápida a corrente, tanto mais eficiente será a separação. Os aparelhos (lavadores) podem ser de torres, de colunas e de jactos. Um aparelho de jactos moderno é o lavador de VENTURI. O líquido para lavar é injectado num difusor numa corrente lenta do gás bruto, apanhando as partículas sólidas. O nevoeiro de água precipita-se num ciclone ligado à difusor. Depois, o líquido evapora-se depositando-se o lodo. Esquema 21:Lavagem de gás Esquema 22: Lavagem de gás c) Eliminação da poeira por filtração A separação da poeira na filtração realiza-se através de um meio filtrante. O meio filtrante consiste em um tecido de malhas apertadas ou em filtro denso. As partículas sólidas maiores do que os poros são retidas e, aos poucos vai se formando um bolo filtrante crescendo passo a passo. Este bolo actua adicionalmente como um meio filtrante retendo também as partículas menores do que os poros. Depois de algum tempo, deve-se limpar o filtro, muitas das vezes, por agitação ou por ar comprimido. Filtração da poeira d) Eliminação da poeira no campo eléctrico O princípio da eliminação da poeira no campo eléctrico baseia-se no facto de que os sólidos electricamente carregados são atraídos num campo eléctrico por um eléctrodo contrariamente carregado. A corrente do gás bruto passa por dois eléctrodo; um eléctrodo de emissão (-) e um eléctrodo de separação (+) por corrente contínua. No eléctrodo de emissão existe uma alta tensão (50.000 V) que emite electrões. Estes são atraídos pelo eléctrodo de separação e soltos pelo campo eléctrico. Durante este “voo” os electrões ficam pegados nos sólidos e carregam-nos negativamente. Ambos ao atraídos pelo eléctrodo positivo, são descarregados e aglomerados. Um vibrador causa a descida dos flocos de pó. O filtro eléctrico de placas purifica grandes quantidades de gás. Ele consiste em várias placas paralelamente construídas, que actuam como eléctrodos de separação. Entre as placas estão os eléctrodos de emissão em forma de arrame, montados em filas um atrás de outro. O gás circula nas fendas passando pelos eléctrodos de emissão. As partículas de poeira carregam-se e são separadas. Deste modo, poeiras finas e finíssimas podem ser separadas. Esquema 24:Separação da poeira no campo eléctrico Esquema 25: Filtro eléctrico de placas figura Para uma síntese subsequente, misturAs gasosas devem ser separadas em seus componentes. Na separação de misturas gasosas são utilizados os seguintes métodos: Absorção Adsorsão Separação catalítica Separação por absorção A absorção é a separação de gases num líquido (meio de lavagem) por dissolução ou reação química reversível. Quando uma mistura gasosa entra em contacto com o líquido (água), uma das suas componentes dissolve-se. Este processo denomina-se absorção selectiva. Exemplo: na mistura CO2 /ar , o Dióxido de carbono dissolve-se, mas o ar não. O CO2 dissolve-se até se esgotar a capacidade de dissolução da água. Esta capacidade depende das condições externas (temperatura e concentração). A temperaturas baixas e alta pressão o gás borbulha na água. O tempo de dissolução depende também da superfície de contacto entre gás e líquido. Por isso, nos aparelhos técnicos esta superfície é a maior possível. Esquema 26: Instalação de Absorção Figuras A instalação de absorção consiste em duas colunas em circulação. As colunas são enchidas com corpos de enchimento possibilitando uma grande superfície de troca entre gás e líquido. O gás por separar, sobe na 1 a coluna (abservedor) numa contracorrente com o líquido que chovisca. No abservador existe alta pressão e baixa temperatura. Por consequência dissolve-se muito gás solúvel no líquido. O líquido neste processo é recolhido no fundo da coluna e é conduzido para a cabeça da 2 a coluna (regenerador) onde é afrouxado e aquecido. Por isso reduz-se a capacidade de absorção pelo líquido e, a maior parte do gás dissolvido separa-se durante a irrigação. O líquido sai do regenerador, é comprimido, arrefecido e reintroduzido no absorvedor para nova absorção. Separação por adsorção A adsorção é o enriquecimento de gases na superfície limite de sólidos activos. Uma mistura gasosa, ao entrar em contacto com a superfície limite de um sólido activo, as suas moléculas aderem na superfície deste – adsorção selectiva. A adsorção também depende de temperatura e da pressão da mesma maneira que absorção. Os meios de adsorção são cargas granuladas de carvão activado, zeólites prismáticos ou “crivos moleculares”. O processo de adsorção realiza-se nos adsorvedores. Estes, são caldeiras enchidas com um meio de adsorção. O gás é introduzido sob alta pressão. O mesmo adsorvedor pode ter a função de regenerador. O aparelho trabalha descontinuamente. Esquema 27: Adsorção selectiva Figuras Separação catalítica Na separação catalítica (purificação), os componentes tóxicos (que sobrecarregam o meio ambiente) são transformados quimicamente por um catalisador em compostos neutralizados. 2.2.1.5. Separação térmica de soluções, misturas sólidas/líquidas e sólidas Na separação térmica de misturas ocorre por adição ou subtracção de calor, alterando-se assim o estado agregativo de uma componente da mistura, que pode ser separada. Os processos aplicados dependem do tipo de mistura: Soluções Misturas sólidas/líquidas Misturas sólidas Evaporação Secagem Extracção Cristalização Precipitação Por meio de sal Congelação Evaporação Por evaporação pode-se por um lado, obter um solvente puro ou, por outro lado, concentrar uma solução de baixa concentração a Evaporação para a obtenção do solvente e para concentrar a solução realiza-se no mesmo aparelho, no evaporador. O mais usado é o evaporador tubular vertical, com um corpo interior de aquecimento. Na parte baixa do evaporador cilíndrico encontra-se o aquecedor com muitos tubos, um ao lado do outro, rodeados no exterior de vapor de aquecimento. Na cabeça do evaporador encontram-se um separadorde vapor que retém as gotículas arrastados do vapor. A solução por evaporar entra lateralmente e é aquecida nos tubos de evaporação até a ebulição. A mistura de vapor formado e líquido é lançada num grande espaço, o caldo. Depois da separação das gotículas no separador, o vapor do solvente sai do evaporador. A solução concentrada retira-se no fundo. Esquema 28: Evaporador tubular vertical Cristalização Uma separação por cristalização significa, concentrar uma solução até se separar o soluto em forma de cristais. O fim da cristalização é ultrapassar o grau de saturação duma solução. A passagem do limite pode- se ver diagrama que mostra a curva de saturação. À direita da curva a solução é instaurada e à esquerda sobressaturada e o soluto cristaliza-se. Por consequência, deve-se ultrapassar o grau de saturação. As duas possibilidades são: por evaporação e por refrigeração Diagrama 2: Congelação Figura Secagem Na secagem, o líquido pegado no sólido é transformado em vapor por evaporação. O líquido evaporado deve ser absorvido pelo ar. Isto é possível dentro de um limite considerando o grau de saturação de vapor (exemplo: 1 m 3 de ar pode absorver a 10ºC a quantidade de 9,4g de água, mas a 30ºC, 30,3g). Aplica-se esta técnica na secagem com ar. O ar corre sobre o material por secar cuja superfície está coberta de humidade (capilares, poros). O líquido evapora e o ar absorve-o. Quanto mais alta for a temperaturea, tanto mais rápida será a secagem. Esquema 29: Secadores de câmaras Figuras É uma câmara onde circula ar aquecido. O material por secar é distribuído nos fundos ou grelhas. Para secar grandes quantidades de substâncias pode-se usar uma câmara secadora num modo contínuo movendo as paletas com carga numa transportadora de correia. Secagem por congelação no vácuo Neste processo a humidade é separada do material congelado a temperaturas menores de 0ºC, no vácuo, por sublimação. Muitas vezes a cristalização serve para purificação das substâncias; o composto por purificar é dissolvido e subsequentemente cristalizado. A impureza fica dissolvida. O processo de cristalização por evaporação realiza-se num evaporador de cristalização. A única diferença com o evaporador tubular é a existência de uma bomba de circulação que força o líquido em circulação. Diagrama 1: Cristalização Precipitação por meio de sal A precipitação por meio de sal é uma forma de cristalização por redução do grau de saturação com ajuda de um sal. Determinados sais têm propriedade de se ligarem às moléculas de água. Assim, aumenta-se o número das moléculas do soluto por moléculas do solvente, quer dizer, a concentração cresce. Se a concentração de saturação (grau de saturação) for ultrapassada precipitam-se os cristais (quantidades de substância maior). Congelação Congelar é concentrar uma solução seperando o solvente em forma congelada. A dissolução de uma substância num solvente reduz a temperatura de solidificação da solução (abaixamento do ponto de congelação). O exemplo deste fenómeno é a água salgada cuja temperatura de solidificação é mais baixa do que a água pura. No diagrama de solidificação, está indicada a curva de solidificação. Quanto mais substância for dissolvidas tanto mais baixa será a curva. Por exemplo, o arrefecimento de uma solução salgada; os cristais congelam-se. Este processo contínua até se chegar na linha de sólido onde toda a solução é solidificada. Nesta zona entre as duas linhas, existe uma mistura de cristais de água (gelo) e a solução restante concentrada. Depois da separação dos cristais a solução tem maior concentração. Este processo de separação é aplicado para soluções sensíveis a temperaturas altas como alimentos e produtos farmacêuticos. Os materiais sensíveis a temperaturas ambientais (alimentos, cosméticos, farmacêuticas) que podem sofrer influências no sabor, cheiro, cor são secados por congelação no vácuo. O processo baseia-se no facto de que um líquido congelado (gelo) evapora directamente para o estado gasoso - sublimação. O diagrama de fases mostra que a curva de pressão de vapor divide a fase líquida e gasosa. Acima do ponto triplo (0ºC e 1º bar), o líquido passa para o estado gasoso por evaporação. Abaixo do ponto tríplo, a água só existe como sólido ou gás, quer dizer, com a redução da pressão (vácuo) sobre gelo, este transforma-se em gás directamente, o gelo sublima. Na secagem por congelação no vácuo o material é arrefecido no secador, abaixo da temperatura de solidificação. No secador existe subpressão originada pela bomba. A água congela e forma cristais de gelo e sublima devido ao vácuo do secador e, resta assim, a substância seca com propriedades originais. Diagrama 3: Diagrama de fases figura O processo é realizado num secador de tubos de descida, por exemplo. Assim, produzem-se certos alimentos, como sopas ou café. As soluções são resfriadas, abaixo do ponto de congelação e com subpressão; são pulverizadas num tubo de descida. Durante a descida as gotículas do solvente congelam-se e perdem a água por sublimação (evaporam). No fim do processo observamos um concentrado granulado, mas bem solúvel em água. Esquema 30: Secador de tubo de descida Figura Extracção A extracção sólida consiste em dissolver componentes solúveis de uma mistura sólida com ajuda de um solvente. Na extracção distingue-se o extracto e o meio de extracção (extractor). A mistura do solvente e o extracto designa-se fase extraída, e o materialk extraído resíduo de extração. os aparelhos são instalações extractoras. 2.2.1.6. Separação térmica de misturas líquidas As misturas líquidas miscíveis entre si (homogéneas) podem ser separadas por métodos térmicos. Estas misturas existem na indústria química em grandes quantidades, por exemplo, petróleo bruto e alcatrão. Estes métodos baseiam-se nos seguintes efeitos: 1. Na diferença dos pontos de ebulição de cada componente – separação por destilação e rectificação; 2. Na diferença de solubilidade de cada líquido perante um solvente - separação por extracção líquida - líquida Destilação A destilação é a separação de componentes de uma mistura líquida por ebulição e condensação subsequente do vapor formado 1. Bases Físicas Os componentes de uma mistura devem ter pontos de ebulição diferentes. Durante a ebulição da mistura, forma-se vapor. A composição do vapor é diferente da do líquido. A componente com o ponto de ebulição mais baixo evapora em maior quantidade aumentando a sua concentração no vapor. Curva de equilíbrio Para se obter a curva de equilíbrio, aplica-se a composição do vapor sobre a composição de mistura líquida diagrama e obtém-se um ponto acima de uma diagonal. Exemplo:uma mistura com 50% da componente que facilmente entre em ebulição, ocupa o vapor 70%. Para cada concentração da mistura existe uma concentração do vapor correspondente. Liga-se todos os pontos, obtendo-se assim uma linha, a curva de equilíbrio. Com base nesta curva pode-se constatar a composição de vapor para cada concentração do líquido. Cada curva só vale para uma determinada mistura. Diagrama 3: Diagrama de fases figura Outras misturas têm curvas, mais ou menos convexas. Na destilação, a mistura líquida é aquecida até a ebulição. Retira-se e condensa-se o vapor formado. O vapor assim condensado contém mais componentes que facilmente entram em ebulição do que as da mistura líquida, quer dizer, são retiradas da mistura. Isto significa, que a mistura restante contém mais componentes que dificilmente entram em ebulição do que a da mistura líquida, quer dizer, são retiradas da mistura. Ismto significa, que a mistura restante contém mais componentes que dificilmente entram em ebulição do que antes. A consequência de destilação é uma separação da mistura inicial em um condensado, enriquecido com componentes de baixo ponto de ebulição, eum resíduo, enriquecido com componentes de alto ponto de ebulição. Resumindo, a destilação não separa totalmente uma mistura líquida, mas leva a duas misturas enriquecidas com uma componente, pelo monos. A separação pode ser quase total, se a mistura tiver uma curva amplamente convexa, isto é pontos de ebulição muito diferentes. Por exemplo, muitas misturas com solventes que entram facilmente em ebulição separam-se simplesmente por destilação. 2. Processos de destilação A destilação simples é realizada no laboratório e é descontínua. Numa empresa química, a destilação simples ocorre numa instalação de destilação corrente composta de um alambique, um refrigerador, um condensador e recipientes para recolher o condensado. O alambique, também denominado por pântano, é aquecido por corrente eléctrica ou por vapor de aquecimento. O vapor misturado sobe no refrigerador de serpentinas, onde se condensam e regotejam componentes com pontos de ebulição elevados (refluxo). O vapor corre no condensador, condensa completamente e chega depois nos recipientes. A destilação realiza-se à carga (descontinuamente). Enche-se o alambique e aquece-se. No início da destilação, o destilado contém mais componentes que facilmente entram em ebulição, evaporando sempre mais e causando uma alta concentração das outras componentes no resíduo. No fim, o alambique só contém estes componentes. Por isso, o resíduo é conduzido para um segundo recipiente. Esta parte adiciona-se normalmente, um destilado e um resíduo relativamente bem separado. Esquema 31: Destilação descontínua figura 3. Outras formas de destilação Destilação no vácuo A destilação no vácuo é um processo cuidadoso aplicado para misturas sensíveis e para misturas que contêm componentes com altos pontos de ebulição. A subpressão (vácuo) reduz os pontos de ebulição. É realizada como uma destilação simples, mas numa aparelhagem quase fechada. Destilação com vapor de água A destilação com vapor de água é útil para as misturas não solúveis em água. Introduz-se o vapor de água no alambique no estado de fervura da mistura reduzindo as temperaturas de ebulição. O vapor que sobe contém tanto componentes da mistura, assim como vapor de água. Posteriormente, a água é separada do condensado da mistura. Destilação fraccionada A destilação fraccionada é aplicada na separação de misturas que possuem várias componentes usando mais recipientes na recolha das diferentes fracções. Destilação simples ou contínua A destilação simples contínua realiza-se num evaporador que possui um condensador. A mistura entra no evaporador, é aquecida até a ebulição e o destilado sai. Tanto a entrada, assim como a saída do destilado (condensado) decorre continuamente. Rectificação A rectificação é separada de uma mistura por troca de substâncias entre vapor e líquido esfervescente, em contracorrente. 1. Bases Físicas O pressuposto na separação por rectificação é uma mistura com componentes de diferentes pontos de ebulição. A rectificação é realizada numa coluna de rectificação, também designada como coluna de separação ou coluna permutável. Ela consiste substancialmente num pântano onde evapora a mistura, na coluna de separação e num condensador na cabeça da coluna. A mistura líquida por separar é fervida no pântano. O vapor formado sobe na coluna e condensa-se no condensador (fora da coluna). O condensado é reintroduzido e goteja na coluna para o pântano. Durante esta contracorrente entre vapor e condensado na coluna de separação realiza-se a troca: Ambos estão em ebulição. Do líquido a ferver que desce (condensado) evaporam componentes com baixos pontos de ebulição e enriquecem-se no vapor. Do vapor que sobe condensam componentes de altos pontos de ebulição e enriquecem-se no líquido. A consequência é que o líquido que volta ao pântano contém preferencialmente componentes que dificilmente entram em ebulição enquanto, que o vapor que sai da cabeça, contém componentes que facilmente entram em ebulição. A causa desta troca é o maior esforço das componentes a evaporar e a condensar, respectivamente. A troca de substâncias é tanto maior, quanto maior for a superfície de contacto entre vapor e líquido. Por isso, as colunas de rectificação contêm construções adicionais, os fundos permutáveis ou corpos de enchimento, que aumentam a superfície. O efeito de separação é muito melhor para misturas com pontos de ebulição aproximados. Este processo realiza-se, em geral, continuamente. As empresas preferem a rectificação para separação das tais misturas. 2. Colunas de rectificação com fundos permutáveis As colunas de rectificação possuem fundos permutáveis, por exemplo o fundo de campânula. Nas colunas decorrem os seguintes processos relacionados com o diagrama da curva de equilíbrio: no pântano a mistura de concentração XLP é aquecida até a fervura. O vapor tem a concentração XVP; o vapor corre pelo gargalo da campânula, é conduzido pela campânula para o 1º fundo. Aqui condensa no líquido cuja concentração é XL1 (=XVp); o calor de condensação que se liberta neste processo evapora o líquido deste fundo com concentração XV1; Esquema 32: Princípio da Rectificação Produto de PE elevado Produto de PE baixo Condensador Refluxo Distribuidor de refluxo Coluna de separação Pântano Aquecedor Vapor Condensado Este processo realiza-se em cada fundo, onde se enriquece o vapor que sobe com componentes de baixos pontos de ebulição. o vapor que sai da cabeça com a concentração XV3 é totalmente condensado no condensador e é recolhido parcialmente (xF=xF3); Uma outra parte do condensado reconduz-se como refluxo na coluna para que haja líquido do fundo superior. o líquido desce por um tubo de ladrão de fundo à fundo enriquecendo-se de componentes que dificilmente entram em ebulição. O líquido escorrido do fundo mais baixo contém predominantemente estas componentes. A mistura inicial entra até cerca da metade da altura da coluna de separação. A curva de equilíbrio pode-se registar a variação das concentrações de vapor e líquido. Nota-se uma subida da concentração do vapor em forma de uma escada entre a curva de equilíbrio e a diagonal. O número de degraus de escada corresponde ao número dos fundos. Assim pode-se calcular a partir da curva de equilíbrio, desenhando os degraus de escada, o número de fundos necessários para uma separação de uma mistura com a concentração XLp até a concentração final XL, aproximadamente. Esquema 33: Coluna de rectificação Fundos permutáveis Esquema 34: Fundos permutáveis Além do fundo de campânula existem outros como, por, exemplo, o de válvula, de peneira e de gralha. O fundo de campânula consiste em peças de tubos no fundo sobrepostas com campânula. O vapor é virado na campânula e entra no líquido do fundo, possibilitando uma traça de calor e substância. O fundo de válvula possui perfurações colocadas com válvulas. Estas são levadas para corrente de vapor borbulhando no líquido do fundo. Caso, a pressão de vapor não seja suficiente, as válvulas fecham-se. O fundo de peneira possui muitas perfurações no fundo. Estas fazem com que o líquido regoteje pelos furos para o fundo inferior e, ao mesmo tempo, o vapor possa borbulhar de baixo para o fundo superior. O fundo de grelha possui muitas fendas dispostas verticalmente em grupos. Vapor e líquido correm mutuamente pelas fendas. Enchimento Para além dos fundos permutáveis, as cargas de enchimento podem também aumentar a superfície de contacto entre o vapor e líquido. As cargas consistem em material (corpúsculos) de enchimento em cima de uma grelha na coluna. Para satisfazer as diferentes tarefas de separação existem várias formas de corpúsculos: esferas (bolas), cilindros ocos (com entalhaduras), selas, espirais. Milhares destes corpos estão carregados numa grelha como carga
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