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UNIP - CONTABILIDADE GERENCIAL

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CONTABILIDADE GERENCIAL 
1. Noções Preliminares
1.1. Caracterização da contabilidade gerencial
A contabilidade gerencial está voltada única e exclusivamente à administração da empresa, objetivando levantar informações úteis para a tomada de decisão. Num sentido mais amplo, a contabilidade gerencial atua na administração da produção, administração financeira, estrutura organizacional, enfim, em tudo que houver necessidade de tomada de decisão.
1.2. Atitudes e características do contador gerencial
1.2.1 Conforme o “Controllers Institute of América, são funções básicas do contador gerencial:
1. Implantação e supervisão do plano contábil da companhia;
2. Preparação e interpretação dos relatórios financeiros;
3. Verificação continua das contas e registros nos setores da empresa;
4. Compilação dos custos de produção;
5. Compilação das despesas com distribuição;
6. Realização e custeio das contagens físicas do estoque;
7. Preparação, apresentação e supervisão dos assuntos referente a impostos;
8. Preparação e interpretação das estatísticas e relatórios para tomada de decisão;
9. Preparação do orçamento global da companhia;
10. Fixação de normas padrão relativas à contabilidade e aos processos e sistemas de trabalho da companhia;
11. Supervisão do seguro de todos os bens da companhia;
12. Supervisão dos planos de aquisição de ativo fixo;
13. Aplicação de todas as decisões financeiras tomadas pela direção, uma vez de acordo com as normas vigentes;
14. Manutenção de todos os contratos da empresa celebrados com terceiros;
15. Aprovação do pagamento e assinatura dos cheques, notas promissórias, etc, de comum acordo com o tesoureiro;
	
16. Aplicação dos regulamentos da companhia no tocante a assuntos relativos a cauções e ações emitidas;
17. Preparação e/ou aprovação dos regulamentos internos que visem ao cumprimento dos regulamentos governamentais.
1.2.1.2 Responsabilidades do Controller:
1. Manter a direção da companhia informada sobre as principais atividades e planos da empresa;
2. Apoiar a direção da companhia na revisão de programas importantes;
3. Cooperar com o tesoureiro para assegurar a existência de controles contábeis e extra-contábeis adequados;
4. Manter relações com representantes de outras companhias, associações e órgãos governamentais.
Como membro da administração, o controller não tem autoridade direta sobre as operações e outros departamentos da companhia. Tem autoridade apenas sobre atividades inerentes à controladoria.
1.2.1.3 Qualificações do Controller:
1. Conhecimento genérico da área de atividade em que a companhia atua;
2. Conhecimento dos aspectos econômicos, sociais e políticos que possam afetar os negócios da companhia;
3. Profundo conhecimento da companhia, incluindo sua história, objetivos, política, programas, organização e aspectos técnicos das operações;
4. Conhecimento básico das demais funções da empresa, como produção, vendas, distribuição, finanças e administração pessoal;
5. Conhecimento profundo dos princípios e técnicas de organização, planejamento, controle, análises e pesquisas econômico-financeiras, contabilidade financeira, custos e auditoria.
Contabilidade Gerencial
A Contabilidade Gerencial pode ser caracterizada superficialmente como uma técnica que produz informação gerencial, em um processo de identificação, mensuração, acumulação, análise, preparação, interpretação e comunicação das informações financeiras e econômicas da empresa.
Esta técnica utiliza várias outras técnicas e procedimentos contábeis já conhecidos e tratados na Contabilidade Financeira, na Contabilidade de Custos, na Análise Financeira de Balanços etc., colocados numa perspectiva diferente, num grau de detalhe mais analítico ou numa forma de apresentação e classificação diferenciada, de maneira a auxiliar os gerentes das entidades em seu processo decisório.
A Contabilidade Gerencial baseia-se fortemente na informação histórica gerada pela Contabilidade Financeira, mas a diferença básica entre elas é que a Contabilidade Gerencial é orientada para o futuro (tomadas de decisões que assegurem o desempenho dos exercícios futuros), enquanto a Contabilidade Financeira, evidencia as decisões já tomadas, ou seja, reflete o passado.
Sá (1971, p. 29), define Contabilidade Gerencial: 
A contabilidade gerencial é, pois uma organização de conhecimentos científicos para conseguir efeitos práticos na direção dos empreendimentos, quer sejam eles lucrativos, quer visem a suprir apenas idéias. Não se constrói, portanto, uma outra contabilidade; utiliza-se da doutrina e da técnica existente para encaminhá-las na observação de uma finalidade definida, qual seja a da correta administração do patrimônio. (grifo nosso)
Crepaldi (2004, p.20) define a contabilidade gerencial como:
 “[...] o ramo da contabilidade que tem por objetivo fornecer instrumentos aos administradores de empresas que os auxiliem em funções gerenciais. É voltada para a melhor utilização dos recursos econômicos da empresa, através de um adequado controle dos insumos efetuados por um sistema de informações gerenciais.”
A contabilidade gerencial é definida por ATKINSON et al. ( 2000, p.36) como : 
[...] um processo de produzir informações operacional e financeira para funcionários e administradores. que só deve ser direcionado pelas necessidades informacionais dos indivíduos internos da empresa e deve orientar suas decisões operacionais e de investimentos (...) Medidas da condição econômica da empresa, como as de custos e lucratividade dos produtos, dos serviços, dos clientes e das atividades das empresas, são obtidas dos sistema de contabilidade gerencial (...) como medida de desempenho econômico de unidades operacionais descentralizadas, como as unidades de negócios, as divisões e os departamentos, ligando a estratégia da empresa à execução da estratégia individual de cada unidade operacional, sendo também, um dos meios primários pelo qual operadores/funcionários, gerentes intermediários e executivos recebem feedback sobre seus desempenhos, capacitando-os a aprenderem com o passado e melhorarem para o futuro.
	Por fim, Iudícibus (1998, p. 21), declara: “[...] pode-se afirmar que todo procedimento, técnica, informação ou relatório contábil feitos “sob medida” para que a administração os utilize na tomada de decisões entre alternativas conflitantes, ou na avaliação de desempenho, recai na contabilidade gerencial”.
Usuários
A quem interessa a informação contábil gerencial? Aos administradores da Empresa.
O processo dever ser direcionado pelas necessidades de informação do administrador interno da empresa, influenciando-o no processo decisório para a melhoria das atividades operacionais e de investimento.
Para a contabilidade gerencial, o fornecimento de relatórios a usuários externos relaciona-se a pessoas físicas ou jurídicas que não participam da organização e que possuem a necessidade de conhecê-la por motivos específicos. Os usuários internos estão relacionados aos membros envolvidos no processo da empresa, desde o empresário/administrador, até os operários que necessitam de informações para acompanhar o processo de planejamento e controle do desempenho empresarial e para detectar a necessidade de implantação de ações corretivas.
Fonte: Adaptado de Padoveze (1997, p. 29)
Para todos os segmentos hierárquicos da organização, as informações deverão ser estruturadas e guiadas de acordo com as necessidades de cada usuário.
O Papel da Contabilidade Gerencial
Os objetivos fundamentais da Contabilidade Gerencial de uma empresa são:
· Avaliar a situação patrimonial da empresa;
· Comparar a situação patrimonial em diferentes épocas;
· Estabelecer a evolução patrimonial;
· Evidenciar o desempenho econômico que propiciou a evolução patrimonial em determinado período de tempo;
· Analisar as causas das variações dos resultados em relação a experiências passadas ou parâmetros de desempenho esperados;
· Avaliar os efeitos de decisões tomadas e ações empreendidas;
· Tomar novas decisões e empreender novas ações;
· Desenvolver projetos de investimentos;· Formular planos de investimentos;
· Definir a destinação do lucro.
A característica de controle da função financeira é conhecida como contabilidade administrativa. Contabilidade administrativa é o preparo de relatórios usados pela administração para tomadas de decisões internas, inclusive custos, preços, orçamentos, avaliação de desempenho, ponto de equilíbrio, análise da taxa de retorno etc.
	Não há como ensinar a tomar decisões; é preciso conhecimento na área de atuação e instrumentos de suporte.
1
Prof. Me. Hugo Vitalli
UNIP
	
	CONTABILIDADE GERENCIAL
	CONTABILIDADE FINANCEIRA
	Usuários primários
	Gestores da organização em vários níveis.
	Usuários externos, como investidores e agências governamentais, mas também gestores das organizações.
	Liberdade de escolha
	Sem restrições, exceto custos em relação a benefícios de melhores decisões gerenciais.
	Restringida pelos princípios de contabilidade geralmente aceitos.
	Implicações
comportamentais
	Preocupação com a influência que as mensurações e os relatórios exercerão sobre o comportamento cotidiano dos gestores.
	Preocupação em mensurar e comunicar fenômenos econômicos. As considerações comportamentais são secundárias, embora a compensação dos executivos baseada em resultados relatados possa ter impacto em seu comportamento.
	Enfoque de tempo
	Orientação para o futuro: uso formal de orçamentos, bem como de registros históricos.
Ex.: orçamento de 2002 comparado com o desempenho real de 2001.
	Orientação para o passado: avaliação histórica.
Ex.: desempenho real de 2002 comprado com o desempenho real de 2001.
	Horizonte de tempo
	Flexível, com uma variação que vai de horas a 10 ou 15 anos.
	Menos flexível; geralmente um ano ou um trimestre.
	Relatórios
	Detalhados; preocupam-se com detalhes de partes da entidade, produtos, departamentos, territórios etc.
	Resumidos; preocupam-se primeiramente com a entidade como um todo.
	Delineamento de
atividades
	Campo de ação se define com menor precisão.
Uso mais intenso de disciplinas como economia, ciências de decisão e comportamentais.
	Campo de ação se define com maior precisão.
Menor uso de disciplinas afins.
DISTINÇÕES ENTRE A CONTABILIDADE GERENCIAL E A CONTABILIDADE FINANCEIRA
Fonte: Contabilidade Gerencial, Horngren, Sundem e Stratton; Pearson Education do Brasil, 2004
2. Fundamento da Contabilidade de Custos
2.1. Revisão da Terminologia
Gasto ou desembolso
Aquisição ou pagamento resultante da aquisição de bem ou serviço.
Tipos:
 Despesa: Bem ou serviço consumidos direta, ou indiretamente para obtenção de receitas.
 Investimento: Gasto ativado em função de sua vida útil, ou de benefícios atribuíveis a futuro(s) período(s).
 Perda: Bem ou serviço consumidos de forma anormal e involuntária.
 Custos: Gasto relativo à bem, ou serviço utilizado na produção de outros bens ou serviços.
 Custos diretos: São aqueles que podem ser alocados diretamente na produção de um bem ou serviço.
 Custos indiretos: São aqueles que dependem de rateio para serem alocados a produção de um bem ou serviço.
 Custos fixos: São aqueles que independem da quantidade produzida de um bem ou serviço.
 Custos variáveis: Estão diretamente relacionados à quantidade produzida de um bem ou serviço.
Centro de Custos:
Estrutura intermediária de um sistema de custeio para acumulação de custos.
Normalmente utiliza-se o conceito de áreas.
Premissas básicas:
 Contabilidade de Custos, nada mais é do que um Sistema de Informações.
 O sucesso de um Sistema de Informações depende do pessoal que o alimenta e o faz funcionar.
 Não há em hipótese alguma nenhuma forma de a qualidade dos relatórios produzidos serem superior a qualidade dos dados inseridos.
 Quem não vê utilidade em um dado, não lhe dá importância.
Custos Industriais:
Sob o ponto de vista “custos”, a operação industrial pode ser descrita de várias formas, dependendo do tipo de produto e processo. A maneira de descrever operações industriais de forma mais abrangente é:
Fabricar um produto significa adquirir matéria-prima para manipulá-la, combiná-la, transformá-la e acondicioná-la com outros produtos, além de controlar sua qualidade, seus custos, despesas, perdas e desperdícios, até chegar ao produto final que atendam às especificações pré-determinadas.
Desta forma, chama-se “custo”, o valor adicionado às matérias-primas, ou seja, o valor dos componentes adicionados e pré-montados, os vários materiais auxiliares e de consumo, a mão-de-obra direta e indireta alocadas no processo de fabricação.
2.2. Elementos formadores do custo
1. Matéria-prima (MP)
2. Mão-de-obra direta (MOD)
3. Custos gerais de fabricação (CGF) ou custos indiretos de fabricação (CIF)
Gastos Gerais de Fabricação (GGF).
a) Custo de produção do período (CPP): Σ MP + MOD + CIF
b) Custo da produção acabada (CPA):
Estoque inicial de produtos em elaboração + custo de produção do período (CPP) –estoque final de produtos em elaboração = custo da produção acabada (CPA)
c) Custos dos produtos vendidos (CPV); 
Estoque inicial de produtos acabados + custo da produção acabada (CPA) –
estoque final de produtos acabados = custo dos produtos vendidos (CPV);
d) Custo Primário (CP): MP + MOD
e) Custo de Transformação (CT): MOD + CIF
2.2.1 Exemplos:
Compras do período: 	15.000
MOD: 				30.000
CIF: 				19.000
Calcular os seguintes valores:
1 - Custo de produção do período (CPP)
2 - Custos da produção acabada (CPA)
3 - Custos dos produtos vendidos (CPV)
1ª Situação: 						
Inicial 			Final
Estoque de matéria-prima (MP) 			3.500			 5.500
Estoque de Produtos em elaboração 		3.750 			5.800
Estoque de produtos acabados 			3.250 			4.250
Resolução
1 – CPP → 				Σ MP utilizada + MOD + CIF = 62.000
Estoque Inicial 		3.500
(+) compras 			15.000
(-) estoque final 		5.500
(=) consumo de MP 		13.000
2 - CPA → EI Prod. Elab.+ CPP - EF Prod. Elab.= 59.950
3 - CPV → EI Prod. Acab. + CPA - EF Prod. Acab.= 58.950
2ª Situação: Inicial Final
Estoque de matéria-prima (MP) 0 0
Estoque de Produtos em elaboração 9.000 15.000
Estoque de produtos acabados 22.000 0
Resolução
1 - CPP → Σ MP utilizada + MOD + CIF = 64.000
Estoque Inicial		 0
(+) compras 			15.000
(-) estoque final 		0
(=) consumo de MP 		15.000
2 - CPA → EI Prod. Elab.+ CPP - EF Prod. Elab.= 58.000
3 - CPV → EI Prod. Acab. + CPA - EF Prod. Acab.= 80.000
3ª Situação: 		
Inicial 			Final
Estoque de matéria-prima (MP) 			13.000 		15.000
Estoque de Produtos em elaboração 		18.000 		12.000
Estoque de produtos acabados 			 1.000 		 2.350
MP utilizada 									25.000
CPV 										32.000
Pede-se:
1 – Compra de MP do período
2 - Custo da produção acabada (CPA)
3 - Custo da produção do período (CPP)
4 - Custo de Transformação (CT)
Resolução
1 - Compras do período
Estoque Inicial 		13.000 		Consumo 		25.000
(+) compras 			 ? 			(+) EF MP 		15.000
(-) estoque final 		15.000 		(-) EI MP 		13.000
(=) consumo de MP 		25.000 		(=) compras 		27.000
2 - CPA → 		EI Prod. Elab.+ CPP - EF Prod. Elab.
Ou
CPV 				32.000
(+) EF Prod. Acab 		 2.350
(-) EI Prod. Acab. 		 1.000
(=) CPA 			33.350
3 - CPP → 		Σ MP utilizada + MOD + CIF
Ou
CPA 				33.350
(+) EF Prod. Elab 		12.000
(-) EI Prod. Elab.		 18.000
(=) CPP 			27.350
3 – CT 		→ MOD + CIF
CPP = MP + MOD + CIF
CPP - MP = MOD + CIF
CT =				 2.350
Comportamento de Custos
 Análise do Comportamento de Custos é o estudo de como custos específicos respondem nas trocas de atividades.
 O ponto inicial na Análise do Comportamento de Custos é mensurar atividade chaves.
 Níveis de atividades poderão ser expressas em termos de:
o Vendas em reais ou unidades (empresa varejista),
o Quilômetros percorridos (empresa de transporte),
o Ocupação de quartos (hotel)
Análise do Comportamento de Custos
 Para um nível de atividade poderá ser útil a Análise do Comportamento de Custos, observando a correlação entre mudanças no nível ou volume de atividade e mudanças nos custos.
 O nível de atividade selecionado é definido como sendo o índice de atividade (ou volume).
O índice de atividade identifica a atividade que causamudanças no comportamento dos custos.
Custos Variáveis
Custos Variáveis são custos que variam no total diretamente e proporcionalmente com mudanças no nível de atividade.
Um custo variável também poderá ser definido como um custo que permanece o mesmo por unidade em todo nível de atividade.
Custos Fixos
Custos Fixos são custos que permanecem o mesmo no total não havendo mudanças no nível de atividade.
Desde que os Custos Fixos permaneçam constantes no total e que não haja mudanças no nível de atividade, Custos Fixos por unidade variam inversamente com a atividade.
Quando o volume aumenta, o custo unitário decresce e vice versa.
2.5. Métodos de custeio
O objetivo dos métodos de custeio é identificar os gastos inerentes ao processo produtivo, acumulando-os de forma organizada aos produtos.
Estes custos podem ser aplicados a diferentes objetos tais como: produtos, departamentos, atividades, processos, ordem de produção, ou outras formas que o gestor possa demonstrar interesse.
2.5.1 Custeio Real por Absorção:
Método pelo qual devem ser imputados aos bens ou serviços todos os custos reais incorridos sejam eles fixos ou variáveis obtidos pela contabilidade geral; Não são computados as despesas; Deve ser observado os Princípios Contábeis, principalmente o de Competência.
2.5.2 Custeio Direto ou Custeio Variável:
Método pelo qual devem ser imputados aos bens ou serviços os custos variáveis reais incorridos, obtidos pela contabilidade geral; Não são computados os Custos Fixos e nem as despesas; Devem ser observados os Princípios Contábeis, principalmente o de Competência.
2.5.3 Custo Padrão:
Método pelo qual devem ser imputados aos bens ou serviços os custos padrões incorridos; Estes devem ser apurados da forma mais científica possível, objetivando o ponto ideal de qualidade e eficiência dos recursos, com o mínimo de desperdício; Este método tem por objetivo a análise de eficiência dos Custos reais incorridos. Pode ser considerado uma meta de longo prazo.
2.5.4 Custeio Baseado em Atividades (ABC):
Método pelo qual devem ser imputados aos bens ou serviços os custos diretos incorridos; Os custos indiretos devem ser agrupados por atividades para dessa maneira ser imputado da forma mais lógica possível; Não são computados as despesas; Deve ser observado os Princípios Contábeis, principalmente o de Competência.
2.5.5 RWK:
Método pelo qual devem ser imputados aos bens ou serviços todos os custos e todas as despesas reais incorridas, obtidos pela contabilidade geral; Devem ser observados os Princípios Contábeis, principalmente o de Competência; Processo composto de duas fases:
1a. Alocação aos Centros de Custo, e
2a. Alocação dos valores acumulados nos Centros de Custo aos bens ou serviços.
Além desses métodos, são utilizados os custos de transferências e os valores praticados no mercado para formação de preço de venda. Os custos de transferências são aqueles utilizados nos relacionamentos entre as áreas de responsabilidade existentes nas empresas. Já os valores de mercado são aqueles praticados por outras empresas do mesmo ramo.
3. Relações Custo/Volume/Lucro
É uma ferramenta de planejamento de curto prazo ao correlacionar as variáveis: custo,
receita, volume de saída e lucro. Além do que pode facilitar o processo gerencial na
busca da capacidade de pagamento da empresa.
A análise da relação Custo x Volume de vendas envolve os processos de fixação de
preço, estratégia de vendas, e melhor definição do mix de vendas quer por níveis e
regiões na busca de maior lucratividade dos produtos.
Se o mix de vendas for estruturado considerando também a interação dos diferentes
nichos e ambientes, poderá trazer um maior lucro, porém muitas vezes a empresa
pode optar por um mix menos lucrativos buscando maior penetração no mercado, ou
solidificar a sua presença no mercado.
3.1. Margem de Contribuição
É a diferença entre o preço de venda de uma unidade e os custos e despesas variáveis
da respectiva unidade:
MC = Pv un – CDv un
É a fatia em $ do preço de venda destinado a cobertura/pagamento:
 Dos custos fixos, das despesas fixas, tributação,
 Retorno para os proprietários/amortização de empréstimos.
Sempre que calculamos o PE utilizando o conceito de MC, deve-se elaborar uma DRE
o que permite verificar se os resultados estão corretos.
A estrutura dessa DRE é um pouco diferente da convencional, a saber:
(+) Receita Total (Pv x quantidades)
(-) Custos Variáveis (Cv x quantidades)
(-) Despesas Variáveis (Dv x quantidades)
(=) Margem de Contribuição
(-) Custos Fixos
(-) Despesas Fixas
(=) Lucro líquido/Superavit
Em outras palavras, margem de contribuição pode ser entendida como o excesso de receitas de uma atividade sobre os custos relevantes que estão disponíveis para cobrir os custos fixos, contribuindo dessa maneira, para a formação do lucro empresarial. O lucro somente aparecerá quando os custos fixos forem totalmente cobertos.
3.2. Ponto de Equilíbrio (breakeven point)
Uma das finalidades da análise da relação custo-volume-lucro é calcular o ponto de equilíbrio, isto é, o ponto no qual as receitas das vendas são iguais aos custos e despesas e o lucro é zero (nulo).
Premissas iniciais:
a. Ausência de estoques de produtos acabados ou de mercadorias, tudo é vendido;
b. Tanto custos quanto às despesas: fixas e variáveis são considerados no processo de cálculo;
c. As fórmulas utilizadas trarão como resultado o número de unidades a serem vendas para atender a proposta do PE.
Legenda:
PE = ponto de equilíbrio c - contábil e - econômico f - financeiro
RT - receita total Pv – preço de venda U = Unitário
CF – custo fixo Cv – custo variável Q = Quantidade
DF – despesa fixa Dv – despesa variável
CDF – custo fixo + despesa fixa
CDv – custo variável + despesa variável
Lembrete:
Os custos e despesas fixas não se alteram em função de um volume determinado de
produção.
Favor verificar o gráfico no texto fornecido
Linearidade e Intervalo de Relevância: ponto de vista dos economistas.
Ponto de Equilíbrio Contábil (PEc)
 PEc corresponde a versão clássica de PE, isto é, o RESULTADO encontrado pela aplicação da fórmula indica quantas unidades a empresa precisa vender para que suas receitas sejam iguais os seus custos e despesas gerando um resultado nulo.
PEc = CDF / MCunit 		
(MC = Pvunit – Cdvunit)
Ponto de Equilíbrio Econômico (PEe)
 Sabe-se que a empresa dentre as suas finalidades é a de ter lucro.
 PEe é calculado considerando o retorno que os proprietários querem obter sobre
o patrimônio líquido da empresa.
PEe = (CDF + Lucro) / MCunit 
Ponto de Equilíbrio Financeiro (PEf)
 A gestão financeira preocupa-se com a liquidez da empresa, isto é, ela quer saber quanto precisa vender para gerar caixa e ter dinheiro para pagar os compromissos.
 Nesse sentido, existem duas situações distintas dentro da empresa quanto aos
compromissos:
a. Os operacionais (mínimo) – PEf 1, e
b. Os operacionais + empréstimos/financiamentos – PEf 2.
PEf1 = (CDF – Depreciação *) / MCunit
PEf2 = (CDF – depreciação* + empréstimos**) / MCunit
 (*) existem outras contas econômicas na DRE que não representam saída de recurso.
 (**) outros valores podem ser incorporados à fórmula se representarem saídas
de recursos da empresa.
Ponto de Equilíbrio Empresarial (PEE)
 PEE – considera os aspectos econômicos e financeiros relativos aos empréstimos e financiamentos. Pretende mostrar a ponto de equilíbrio real nas empresas.
PEE = (CDF + lucro + empréstimos**) / MCunit
4.3.2.1 Exemplo
Uma indústria de televisores tem a seguinte estrutura de custos e despesas:
Custos fixos: 					1.600.000
Custos variáveis: 				300 unid
Despesas Fixas: 				400.000
Despesas variáveis: 				55,5 unid
Preço de venda unitário: 			555,5 unid
Sabendo-se que a empresa deseja um retorno mínimo de 10% ao ano sobre o PL de $ 24 milhões e que 20% dos seus fixos são depreciações, pede-se:
a. Calcule o ponto de equilíbrio contábil
b. Calcule o ponto de equilíbrio econômico
c. Calcule o ponto de equilíbrio financeiro
Resolução:
a. Ponto de equilíbrio contábil:PEc = CDF ÷ MC → PEc = 		(1.600.000 + 400.000) ÷ (555,5 - (300+55,5))
PEc = 					10.000 Unid
b. Ponto de equilíbrio econômico
PL = 					24.000.000
Lucro 					= PL x 10% = 2.400.000
PEe = (CDF + Lucro) ÷ MC → (1.600.000 + 400.000 + 2.400.000)÷(555,5 - (300+55,5))
PEe = 					22.000 unid.
PEe valor: Pee qtde x Pvu = 	12.221.000
c. Ponto de equilíbrio financeiro
Depreciação: 20% custos fixos = 	320.000
PEf = (CDF - depreciação) ÷ MC → (1.600.000 + 400.000 - 320.000)÷(555,5 -(300+55,5))
PEf =					 8.400 unid.
PEf valor = Pef qtde x Pvu =	 4.666.200

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