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–
 
 
Princípios de Coleta 
Existem duas técnicas de coleta utilizadas para a 
citologia ginecológica: esfoliativa e abrasiva. A 
citologia esfoliativa é o esfregaço vaginal e a citologia 
abrasiva depende da remoção de células das 
superfícies da cérvice, endocérvice e da vagina com 
auxílio de instrumento (espátula de Ayre e escova 
endocervical). 
Técnicas de Coleta 
Esfregaços Vaginais: é preparado com o material 
recolhido do fundo-de-saco, nesse esfregaço pode 
conter muco, leucócitos, bactérias, vírus, fungos e 
parasitas. 
- A espátula de Ayre é utilizada para coleta de 
esfregaços cervicais 
- A escova endocervical é utilizada para coleta de 
amostra da endocérvice 
Qual é a vantagem dos esfregaços vaginais? Boa 
representatividade das células com origem em todos os 
segmentos do trato genital. 
Qual a desvantagem? É o mau estado de conservação 
das células, visto que, pode demonstrar evidências 
escassas das anomalias produzidas por lesões pré-
cancerosas e cancerosas do colo uterino. 
Esfregaços Cervicais: utiliza o a espátula de Ayre para 
obtenção do esfregaço cervical, já que, o formato da 
espátula é ideal para amostragem da superfície 
ectocervical e da porção mais inferior do canal 
endocervical. A extremidade mais longa da espátula 
deve ser introduzida no canal cervical e sua parte 
côncava em contato com a ectocérvice. 
- O uso de escovas endocervicais aumenta a eficácia 
da detecção das lesões situadas nesse local. 
- O lado negativo das escovas é a perda do tempão 
mucoso localizado no orifício externo (precisa ser 
removido para introdução da escova) que representa 
uma fonte de material celular diagnóstico. 
Observação: a citologia abrasiva é superior ao 
esfregaço vaginal no que se refere a detecção de 
lesões pré-cancerosas e cancerosas da cérvice uterina. 
 
Preparo do Esfregaço 
O preparo do esfregaço deve ser rápido para evitar-se 
o dessecamento do material. Além disso, movimentos 
circulares podem lesar as células e comprometer a 
amostra. 
O dessecamento pode produzir modificações 
significativas na morfologia das células, por isso, 
utilizam-se fixadores. O álcool é considerado o fixador 
ideal seja em sua forma líquida ou aerossol. 
Os fixadores na forma de aerossol contêm isopropanol 
e polietileno glicol que é o responsável pela proteção 
das células durante o dessecamento. 
A coloração de Papanicolau é empregada de forma 
universal na citologia ginecológica. 
Técnica da tríplice coleta – Wied e Bahr 
Uma única lâmina recebe o material da vagina, 
ectocérvice e do canal endocervical, permitindo o 
rastreamento muito rápido desses três locais. 
Informações contidas no esfregaço 
O nome da paciente poderá ser escrito com um lápis, a 
idade da paciente, data de sua última menstruação ou 
menopausa. 
Princípios de rastreamento 
As lâminas que foram adequadamente fixadas e 
coradas estão prontas para o rastreamento através do 
exame microscópico. 
O rastreamento classificado como melhor, é o 
rastreamento vertical. 
O laudo final do exame deve obedecer ao Sistema de 
Bethesda e no caso dos esfregaços negativos, é 
essencial indicar se ele é inadequado ou inferior ao 
considerado ideal. 
Esfregaço adequado 
Deve representar todas as superfícies epiteliais do colo 
e da vagina e conter um número suficiente de células 
que permita o reconhecimento de qualquer alteração. 
Mulheres pré-púberes (pré-puberdade) ou 
menopausadas contém menos células. Além disso, a 
presença de células endocervicais ou metaplásicas é 
considerada uma evidência de esfregaço adequado. 
O muco cervical é a única estrutura que contém 
evidências de um processo patológico nas lesões do 
–
canal endocervical. A células endocervicais colunares é 
fundamental para que um esfregaço seja considerado 
adequado. 
Citologia do Trato Genital Feminino Normal 
As células do epitélio estratificado escamoso são 
dividas em três tipos: superificais, intermediárias e 
parabasais. 
As células basais ocupam as camadas mais profundas 
do epitélio e quase nunca são observadas nos 
esfregaços e as células escamosas são descritas de 
acordo com a frequência em que são visualizadas nos 
esfregaços. 
Ordem de disposição das células: superficial > 
intermediária > parabasal > basal (mais interna) 
- Células basais: imaturas 
- Células parabasais: imaturas 
- Células intermediárias: “50%” maduras 
- Células superficiais: maduras e anucleadas 
Menopausa: células basais e parabasais 
Pós-ovulação: células intermediárias 
Fase proliferativa: células superficiais 
Células escamosas superficiais 
- Aparecem de forma isolada 
- O citoplasma é achatado, transparente e contém 
grânulos citoplasmáticos pequenos e escuros. 
- Células escamosas superficiais são bem observadas 
durante a fase estrogênica do ciclo menstrual. 
- Podem aparecer em portadoras de carcinomas 
escamosos queratinizantes. 
Células escamosas intermediárias 
- São menores que as superficiais. 
- Descamam de forma isolada que é comum durante a 
fase lútea do ciclo menstrual. 
- O citoplasma é rico em glicogênio. 
- A quantidade de glicogênio presente no citoplasma 
das células escamosas intermediárias, depende da 
situação hormonal da paciente (durante a gravidez 
torna-se muito grande). 
- Os depósitos de glicogênio coram-se em amarelo 
quando é utilizado o método de Papanicolau. 
- Podem formar pérolas córneas que são formadas por 
várias camadas de células intermediárias. 
Citólise 
- Denominada também de lise do citoplasma, é o 
resultado da fermentação do glicogênio por 
lactobacilos. 
- As células escamosas intermediárias são ricas em 
glicogênio e elas são o principal alvo dessas bactérias. 
- Pode ser observado durante a fase pré-menstrual do 
ciclo e durante a gravidez. 
- A citólise deve ser diferenciada da morte celular que 
se caracteriza por condensação ou fragmentação 
nucleares. 
Células escamosas parabasais 
- Descamam espontaneamente do epitélio escamoso. 
- Representam o elemento dominante em esfregaços de 
mulheres na menopausa e em mulheres jovens com 
processo infeccioso ou traumático. 
 
Células escamosas metaplásicas 
- As células provenientes das regiões de metaplasia 
escamosa. 
- Elas geralmente são poligonais e por vezes com 
contornos bizarros. 
- A presença de muco diferencia as células 
metaplásicas das células parabasais. 
Células endocervicais 
- A configuração das células endocervicais depende da 
fase do ciclo menstrual. 
- Durante o período estrogênico, o citoplasma é denso 
e cianofílico. 
- O citoplasma encontra-se distendido por um muco 
claro e abundante. 
- É possível encontrar células colunares endocervicais 
em esfregaços vaginais (é raro). 
- É mais comum em esfregaço cervical obtido por 
raspagem ou escovação. 
- É um parâmetro de boa qualidade do esfregaço. 
Flora vaginal normal 
Na flora vaginal normal predominam os lactobacilos, 
conhecidos como bacilos de Doderlein. Com o auxílio da 
cultura, é possível descobrir a presença de outros 
organismos aeróbios como anaeróbios. 
Os lactobacilos são bastonetes Gram-positivos, imóveis 
e não capsulados, que são capazes de fermentar o 
glicogênio, transformando-o em ácido láctico, dessa 
forma, o pH da vagina é preservado. 
A fermentação do glicogênio produz a citólise das 
células intermediárias (lise do citoplasma), a citólise 
–
exagerada pode vir acompanhada de secreção vaginal 
intensa e alteração da microbiota vaginal, levando a 
quadros infecciosos. 
Infecções bacterianas 
Bactérias podem ocasionar inflamação cérvico-vaginal, 
muitas vezes acompanhada por secreção de odor 
desagradável, sugerindo vaginite ou vaginose 
bacteriana. 
As infecções atingem mulheres de todas as faixas 
etárias e é comum que nos quadros de vaginose 
bacteriana com flora mista, os esfregaços evidenciem 
diversas colônias bacterianas. 
Além disso, os esfregaços cervicais corados pela 
técnica de Papanicolausão possíveis identificar a flora 
cérvico-vaginal. Relacionado a isso, é preferível que 
seja feito a cultura bacteriana para distinguir os 
microrganismos envolvidos. 
Bacilo de Doderlein 
- Não foi possível definir se essas bactérias são 
capazes de produzir quadros de vaginite, ainda que 
exista a presença de secreção vaginal intensa (devido 
a citólise) 
Gardnerella Vaginalis 
- A G. vaginalis é também denominada de Haemophilus 
vaginalis. 
- É uma bactéria em forma de bastão que pode ser 
Gram negativa como o Gram-variável e se cora em azul 
devido a técnica de Papanicolau. 
- É responsável pela vaginose bacteriana. 
- Esfregaços cérvico-vaginais evidenciam numerosas 
bactérias em forma de bastão 
- É caracterizada por uma secreção vaginal 
abundante, odor fétido e coloração acinzentada (pH 
elevado acima de 4,5). 
- A infecção por G. vaginalis nem sempre apresentam 
exsudato inflamatório, porém, nas infecções com flora 
mista, o exsudato é sempre visível 
Causa: desequilíbrio da microbiota vaginal com 
aumento do pH devido a substituição dos lactobacilos 
por outras bactérias. 
Sintomas: corrimento vaginal acinzentado ou 
amarelado, com ou ausência de prurido (vai depender 
do tipo de flora vaginal), com queimação e sintomas 
urinários. 
Citopatologia: bactérias dispersas entre as células 
epiteliais escamosas, numerosas bactérias em forma de 
bastão. 
Esfregaço: ausência de lactobacilos. 
Células-guia: é de grande importância diagnóstica 
devido a cultura bacteriana ser positiva. 
Chlamydia trachomatis 
- É um parasita intracelular obrigatório, muitas vezes 
confundido com vírus. 
- Transmitido por via sexual. 
- Ocasiona vaginite, cervicite, uretrite, salpingite e 
esterilidade. 
- A infecção pode ser assintomática ou produzir 
sintomas inespecíficos. 
- Pode produzir alterações citoplasmáticas nas células 
endocervicais e metaplásicas. 
- Penetram nas células, ocupam os seus vacúolos e são 
liberadas contaminando novas células. 
Sintomas: corrimento vaginal, sangramento 
intermenstrual (sangramento de escape sem relação 
com a menstruação normal), dispareunia (dor genital 
durante relação sexual) e disúria (dor e desconforto ao 
urinar). 
Exame físico: dor a mobilização do colo uterino, 
conteúdo mucopurulento na ectocérvice e 
sangramento ao uso de swab. 
Complicações: DIP, dor pélvica, infertilidade, gravidez 
ectópica e outros. 
Diagnóstico definitivo: exige cultura microbiológica, 
imunofluorescência com antígeno específico ou ELISA. 
Candida albicans 
- É um fungo patogênico que produz quadros 
infecciosos na vulga, vagina e de forma rara no colo 
do útero. 
- Fatores que facilitam o aparecimento da candida: 
gravidez, obesidade, diabetes melito, uso de 
antibióticos, imunossupressão, patógenos primários, 
HIV, HTLV, tuberculose e uso de roupas justas. 
- A cândida albicans pode ser a primeira manifestação 
de AIDS. 
- É classificada como uma IST, porém, sua transmissão 
não é somente por via sexual. 
- As lesões são puntiformes. 
- Caracterizada como infecção oportunista 
Esfregaço: fungo em forma de levedura ou fungo 
–
Sintomas: secreção espessa e de coloração 
esbranquiçada (leite coalhado), prurido, ardência na 
região vulvar, edema vulvar, hiperemia, placas brancas 
e disúria. 
Trichomonas vaginalis 
- Trichomonas vaginalis é um protozoário flagelado 
encontrado no trato genital inferior feminino. 
- É transmitido por contato sexual. 
- Pode ser sintomática ou não. 
- O desenvolvimento do protozoário é em pH de 5,5 a 
6,0 (aumento do pH vaginal é fator de risco para essa 
infecção). 
- É comum em gestantes, mulheres com lesões 
traumáticas do epitélio. 
- O parasita pode ser encontrado no trato urinário 
ocasionando em disúria. 
- Alterações nas células escamosas, eosinofilia 
citoplasmática em células intermediárias e parabasais. 
- É possível coexistir tricomoníase e lesões pré-
cancerosas ou cancerosas. 
Esfregaço: estrutura arredondada ou ovalada e de 
coloração cinza-esverdeada. 
Exame clínico: pequenas hemorragias puntiformes 
(morango do colo). 
Sintomas: secreção vaginal amarelo-esverdeada, odor 
fétido (peixe podre), intenso, bolhoso, irritação vulvar, 
dor pélvica, sintomas urinários. 
Transmissão: sexual, secreções, água, roupas e objetos 
contaminados. 
Infecções virais 
As desordens microbiológicas também podem ser 
ocasionadas por vírus. 
Herpes simples 
- É da família do herpesvírus 
- Possui duas espécies de herpes que são 
característicos de regiões distintas. 
- Herpes simplex vírus 1 (HSV-1) é característico da 
face. 
- Herpes simplex vírus 2 (HSV-2) é característico da 
região genital. 
- A replicação do vírus gera lise da célula hospedeira, 
degrada o seu DNA e provoca senescência celular. 
- É capaz de infectar células escamosas imatura, 
metaplásicas e endocervicais. 
- Padrão cromatínico semelhante a “vidro fosco” 
- É realizada a detecção de células gigantes 
multinucleadas. 
Sintomas: eritemas que evoluem para erupções 
bolhosas. 
Tratamento: Aciclovir. 
HSV-1: face, em especial os lábios. 
HSV-2: região genital. 
 
HIV/AIDS 
- Ataca as células do sistema imunológico do 
hospedeiro (linfócitos T CD4). 
Sintomas: linfoadenomegalia, febre, perda ponderal, 
sudorese. 
Importante: deixa o indivíduo mais propício a infecções 
secundárias e doenças oportunistas. 
Além disso, ele possui a face inicial que corresponde ao 
período de incubação e que não cursa com sintomas 
aparentes. 
Já a fase tardia, é o desenvolvimento da AIDS e é o 
momento em que iniciam as manifestações como perda 
ponderal, febre, sudorese e outros. 
HPV 
- A infecção é por contato direto ou indireto (via 
sexual). 
- O agente etiológico é o vírus HPV. 
- É característico por lesões semelhantes a verrugas 
com aspecto de “couve-flor” e pelo câncer de colo de 
útero. 
- As verrugas também podem ser chamadas de 
condilomas. 
- Possui uma média de 80 subtipos. 
- As formas cancerígenas são subtipo 6, 11, 16 e 18. 
- O vírus hpv se adere as células do epitélio vaginal e 
faz com que haja replicação, ocasionando no 
surgimento dos condilomas/verrugas. 
Manifestação: glande, prepúcio, vagina, colo do útero, 
ânus, reto, saco escrotal e boca. 
Sintomas: verrugas nos órgãos genitais 
Tratamento: Cauterização. 
Importante: o diagnóstico principal é feito pelo exame 
preventivo devido o HPV ser o causador de até 80% 
–
dos casos de CA de colo de útero. 
 
Suspeita clínica de CA do colo do útero 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O método de rastreamento do câncer do colo do útero 
e de suas lesões é o exame: citopatológico. 
A Citopatologia estuda as doenças através das 
modificações celulares. 
O exame de rastreamento é o preventivo (Papanicolau) 
e que também pode ser chamado de esfregaço 
cérvico-vaginal, que é um exame realizado para 
identificar alterações nas células do colo uterino. 
Quais são as vantagens? É um método rápido, baixo 
custo, confiável, padronizado. 
Quais são as desvantagens? É necessário ter uma 
especialização. 
Recomendações 
Os dois primeiros exames devem ser realizados com 
intervalo anual. 
Caso os dois exames realizados tenham o resultado 
negativo, os próximos exames devem ser realizados a 
cada 3 anos. 
O início da coleta deve ser aos 25 anos de idade para 
as mulheres que já tiveram ou possuem atividade 
sexual. 
Observação: o rastreamento antes dos 25 anos não é 
indicado. 
Os exames periódicos devem seguir até os 64 anos de 
idade e em mulheres sem história prévia de doença 
neoplásica. 
Caso os resultados desses 02 exames sejam negativos 
nos últimos 5 anos consecutivos, o rastreamento pode 
ser interrompido. 
Em caso de mulheres com mais de 64 anos de idade e 
que nunca realizaram o exame citopatológico, é 
necessário realizar dois exames com intervalo de 01 a 
03 anos. 
Se ambos os resultados forem negativos, essas 
mulheres podem ser dispensadas de examesadicionais. 
Adequabilidade da amostra 
Na nomenclatura citológica brasileira, a 
adequabilidade da amostra é definida como 
satisfatória ou insatisfatória. 
Amostra INSATISFATÓRIA 
- É considerada insatisfatória cuja leitura está 
prejudicada por natureza técnica ou de amostragem 
celular. 
- Material acelular ou hipocelular 
- Leitura prejudicada por presença de sangue, piócitos, 
dessecamento, contaminantes ou superposição. 
Observação: o exame deve ser repetido em 6 a 12 
semanas com correção. 
Amostra SATISFATÓRIA 
- Deve apresentar células em quantidade 
representativa, bem distribuída, fixadas e coradas. 
Células presentes na amostra 
- Células escamosas, glandulares e metaplásicas. 
- As células glandulares podem ter origem em outros 
órgãos que não o colo do útero. 
- A presença de células metaplásicas ou endocervicais 
representativas da junção escamocolunar (JEC), é 
considerado um indicador de qualidade da coleta. 
- A espátula de Ayre e da escova de canal aumenta em 
cerca de 3 vezes a chance de obtenção de células 
endocervicais. 
- Esfregaços normais SOMENTE com células escamosas 
em mulheres com colo do útero presente, devem repetir 
com intervalo de 1 ano e com 2 exames normais anuais 
consecutivos, o intervalo passa a ser 03 anos. 
–
Resultado citológico 
- Alterações celulares benignas: prevalência de NIC 2/3 
subjacente em mulheres com alterações celulares 
benignas é baixa. 
Inflamação sem identificação do agente 
Alterações epiteliais determinadas pela ação de 
agentes físicos, abrasivos, quimioterápicos sobre o 
epitélio glandular. 
Observar alterações decorrentes do uso de DIU em 
células endometriais e endocervicais. 
O exame Papanicolau apresenta limitações no estudo 
microbiológico e tais alterações se devem ao patógeno 
não identificado. 
Achados colposcópicos comuns são ectopias, vaginites 
e cervicites. 
Queixa de corrimento ou conteúdo vaginal anormal 
deve ser direcionada para o tratamento de corrimento 
genital e doenças sexualmente transmissíveis, sendo 
assim comprovado ausência de queixa ou evidência 
clínica de colpite, não há necessidade de 
encaminhamento para exame ginecológico ou 
tratamento ou repetição do exame citopatológico. 
Bethesda 2014 recomenda o relato da presença de 
células endometriais fora período menstrual após os 45 
anos de idade, pois estudos comprovam o aumento do 
valor preditivo desse achado nessa faixa etária. 
Classificação de Bathesda 
1. ASC, células escamosas atípicas 
2. LSIL, lesões intra-epitelial escamosa de baixo 
grau 
3. HSIL, lesões intra-epitelial escamosa de alto 
grau 
4. Carcinoma escamoso invasivo 
As ASC foram divididas em ASC-US, ASC-H, LSIL, HSIL e 
carcinoma invasivo 
ASC-US 
- Células escamosas atípicas de significado 
indeterminado. 
- Células com aumento nuclear de 2,5 a 3 vezes em 
comparação ao núcleo da cél. Intermediária. 
- Variação da forma nuclear. 
- Binucleação, hipercromatismo com irregularidade. 
ASC-H 
- Células escamosas atípicas de significado 
indeterminado não podendo excluir lesão de alto grau. 
- Se refere as células escamosas atípicas cujo achado 
não permite a exclusão de lesão de alto grau: HSIL 
- São células imaturas, atipia nuclear leve. 
- Espalhadas em lâminas com células isoladas. 
LSIL 
- Essas alterações ocorrem em células epiteliais 
maduras superficiais e intermediárias 
- Citoplasma com contorno bem definido e abundante 
isoladas ou em lâminas 
- Binucleação ou multinucleação 
- Coilócito: significa cavitação, erosão e cratera, célula 
madura com grande halo perinuclear 
- Presença de queratinização, paraqueratose e 
disqueratose 
HSIL 
- Células epiteliais imaturas, tais como as parabasais, 
as basais e as metaplásicas 
- Citoplasma denso arredondado, ovalado ou irregular 
em células isoladas 
- Aumento relação núcleo/citoplasma, variação no 
formato e no tamanho nucleares, 
- Membrana nuclear é irregular e espessada 
Carcinoma invasivo 
- Neoplasia epitelial maligna do colo uterino 
- Rompe a membrana basal 
- Infiltra o estroma adjacente 
- Tem capacidade de metástase 
- É a neoplasia maligna mais frequente do colo uterino 
- Segundo tipo de câncer mais comum entre mulheres 
- O esfregaço apresenta muitas células neoplásicas, 
disformia e/ou pleomorfismo 
- É comum a presença de pérolas córneas 
- Estão presentes células em fibra, isoladas ou em 
agrupamentos.

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