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7 - Material terceirização

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TERCEIRIZAÇÃO E
INTERMEDIAÇÃO DE
MÃO DE OBRA
Súmula nº 331 do TST
CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. LEGALIDADE 
I - A contratação de trabalhadores por empresa interposta é ilegal, formando-se o vínculo diretamente com o
tomador dos serviços, salvo no caso de trabalho temporário (Lei nº 6.019, de 03.01.1974).
II - A contratação irregular de trabalhador, mediante empresa interposta, não gera vínculo de emprego com os
órgãos da Administração Pública direta, indireta ou fundacional (art. 37, II, da CF/1988).
III - Não forma vínculo de emprego com o tomador a contratação de serviços de vigilância (Lei nº 7.102, de
20.06.1983) e de conservação e limpeza, bem como a de serviços especializados ligados à atividade-meio do
tomador, desde que inexistente a pessoalidade e a subordinação direta.
IV - O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador, implica a responsabilidade
subsidiária do tomador dos serviços quanto àquelas obrigações, desde que haja participado da relação
processual e conste também do título executivo judicial.
V - Os entes integrantes da Administração Pública direta e indireta respondem subsidiariamente, nas mesmas
condições do item IV, caso evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das obrigações da Lei n.º
8.666, de 21.06.1993, especialmente na fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da
prestadora de serviço como empregadora. A aludida responsabilidade não decorre de mero inadimplemento
das obrigações trabalhistas assumidas pela empresa regularmente contratada.
VI – A responsabilidade subsidiária do tomador de serviços abrange todas as verbas decorrentes da
condenação referentes ao período da prestação laboral.
SÚMULA 331 – FUTURA PERDA DE OBJETO (?)
• Transferência da execução de atividades da empresa
tomadora (ou contratante) a empresas prestadoras de
serviços especializados especificados.
• Terceirização tem o sentido de prestação de serviços
a terceiros.
• Pela terceirização, uma empresa tomadora, ao invés
de admitir empregados diretamente, contrata uma
empresa prestadora.
Conceito
Terceirização é 
Considera-se prestação de serviços a 
terceiros a transferência feita pela 
contratante da execução de quaisquer de 
suas a8vidades, inclusive sua a8vidade 
principal, à pessoa jurídica de direito privado 
prestadora de serviços que possua 
capacidade econômica compa?vel com a sua 
execução.
Conceito
Legal
art. 4º-A da Lei 6.019/1974 
a) a#vidade-meio:
É tudo aquilo que é suporte para a a.vidade-fim.
Ex: serviço de limpeza e vigilância de uma escola.
(não se incluem na finalidade da empresa)
“A atividade-meio pode ser entendida como a atividade desempenhada pela empresa que não coincide com
seus fins principais. É a atividade não essencial da empresa, secundária, que não é seu objeto central. É uma atividade
de apoio ou complementar. São exemplos da terceirização na atividade-meio: a limpeza, a vigilância elaboração de
software, empresa manutenção de máquinas, elevadores e equipamentos etc” Sérgio Pinto Martins
b) a#vidade-fim (a#vidade de suporte):
É aquela que posiciona a empresa no mercado, sendo ligada ao núcleo da
dinâmica empresarial.
Ex: A.vidade de ensino pelos professores de uma escola.
A terceirização, como se pode notar, envolve 
uma relação trilateral entre empregado, a 
empresa prestadora de serviço (empregador) 
e a empresa tomadora (contratante dos 
serviços).
Entre a empresa tomadora (contratante) e a prestadora de serviço é firmado um contrato 
de natureza civil ou empresarial (contrato de prestação de serviços). 
Diversamente, entre a empresa prestadora de serviço e o empregado é firmado o contrato 
de trabalho. 
O vínculo de emprego, assim, existe entre o empregado e a empresa prestadora de serviço, 
mas aquele presta o serviço à empresa tomadora (contratante). 
Relação contratual civil Relação trabalhista (CT)
Trabalhador Terceirizado
Relação Trilateral
Tomadora dos serviços
Prestadora dos serviços 
especializados
Ausência de pessoalidade e 
subordinação 
– requisitos da terceirização LÍCITA -
• Entre trabalhador e empresa tomadora não há pessoalidade, ou
seja, o trabalhador terceirizado não é contratado pela tomadora;
esta contrata os serviços, e não a pessoa.
Ademais, como o trabalhador é empregado da empresa
prestadora, é ela que possui poder de direção sobre os serviços.
Logo, o empregado está subordinado à prestadora, e não à
tomadora.
Se a empresa que contratou os serviços (tomadora) esDver
insaDsfeita com o trabalho prestado, deverá se reportar à empresa
• Se ficar demonstrada a subordinação 
ou pessoalidade existente entre 
terceirizado e empresa contratante 
(tomadora de serviço), a terceirização 
será ilegal e consequentemente 
declarado vínculo direto entre 
contrantante e terceirizado
•Via de regra existe uma 
confusão na aplicação dos 
termos. 
•Terceirizar difere de 
Intermediar a Mão de Obra 
(Trabalhador Temporário), 
apesar de semelhantes no 
que se refere a relação 
jurídica trilateral. 
Terceirização
x 
Intermediação
O Trabalho Temporário é regido pela Lei nº 
6.019/74
a Terceirização por sua vez encontrava amparo 
apenas na Súmula 331 do TST, fato alterado pela 
promulgação das Leis nº 13.429/17 e nº 13.467/17
• Enquanto no trabalho temporário pactua-se
fornecimento de trabalhadores que ficarão por curtos
períodos subordinados ao tomador
• Na terceirização contratam-se serviços especializados,
executados autonomamente por empresa prestadora.
(não há pessoalidade e subordinação)
Terceirização
x 
Intermediação
ü Na terceirização:
• A empresa tomadora contrata um serviço especializado da empresa
prestadora, e não sua mão de obra (trabalho humano).
• A empresa contratada, por seu turno, presta um serviço
especializado, e não fornece mão de obra.
• Desta forma, a terceirização não pode servir para intermediar mão
de obra.
• A intermediação de mão de obra, em regra, é proibida, pois o
trabalho humano, como valor social, não pode ser tratado
como mercadoria.
Garcia, Gustavo Filipe Barbosa. Terceirização não é intermediação de mão de obra h"p://genjuridico.com.br/2015/04/13/terceirizacao-nao-e-
intermediacao-de-mao-de-obra.
Terceirização
não é
intermediação 
de mão de 
obra
http://genjuridico.com.br/2015/04/13/terceirizacao-nao-e-intermediacao-de-mao-de-obra
• A terceirização não se confunde com a intermediação de mão de obra, a qual, em
regra, é vedada pelo sistema jurídico, uma vez que o trabalho não pode ser tratado
como mercadoria, o que seria contrário ao seu valor social e à dignidade da pessoa
humana.
Nesse sentido, conforme a Súmula 331, item I, do TST:
“I - A contratação de trabalhadores por empresa interposta é ilegal,
formando-se o vínculo diretamente com o tomador dos serviços,
salvo no caso de trabalho temporário (Lei nº 6.019, de 03.01.1974)”
• Ainda assim, também apresenta conotação trilateral o trabalho temporário, em que a empresa tomadora contrata a
empresa de trabalho temporário para que sejam fornecidos trabalhadores temporários, pelo prazo e nas hipóteses
excepcionalmente admitidas pelo sistema jurídico
• Entre a empresa tomadora (contratante) e a prestadora de serviço é
firmado um contrato de natureza civil ou empresarial (contrato de
prestação de serviços).
• Diversamente, entre a empresa prestadora de serviço e o empregado é
firmado o contrato de trabalho.
• O vínculo de emprego, assim, existe entre o empregado e a empresa
prestadora de serviço, mas aquele presta o serviço à empresa tomadora
(contratante).
ü Na terceirização:
• Trabalho temporário x terceirização: 
“Terceirização pressupõe especialização nos serviços e autonomia na sua
execução. A diferença fundamental entre o regime jurídico do trabalho
temporário e a prestação de serviços é que no primeiro caso há cessão de mão de
obra e, no segundo, o objeto é a prestação de serviços especializados a cargo e
responsabilidade da empresa prestadora”.
Cf. JOÃO, Paulo Sergio. Consultor Jurídico, 24 de março de 2017. Disponívelem: <http:// - -trabalho-
temporario-terceirizacao>.
Ø Intermediação da mão de obra - CF
• A intermediação de mão de obra não é admita, por resultar em fraude ao vínculo de
emprego com o efetivo empregador (art. 9º da CLT) e em violação ao valor social do
trabalho (art. 1º, inciso IV, da Constituição da República), o qual não pode ser tratado
como mercadoria
(Declaração de Filadélfia, da Organização Internacional do Trabalho, item I, a).
• Na mesma linha, na esfera da Organização Internacional do Trabalho, criada 
em 1919, destaca-se a seguinte previsão de sua ConsKtuição e Anexo 
(Declaração de Filadélfia, referente aos fins e objeDvos da Organização, de 1944): 
“A Conferência reafirma os princípios fundamentais sobre os quais repousa a
Organização, principalmente os seguintes: a) o trabalho não é uma mercadoria”
Ø Intermediação da mão de obra - OIT
> TERCEIRIZAÇÃO:
Tomadora contrata um serviço especializado da empresa
prestadora - e não sua mão de obra (trabalho humano).
> INTERMEDIAÇÃO:
É proibida - o trabalho humano – não pode receber tratamento de mercadoria 
(detém valor social).
“Apenas nas hipóteses excepcionais de trabalho temporário, previstas na Lei 6.019/1974, é que se admite
o fornecimento de mão de obra pela empresa de trabalho temporário para a empresa cliente.”
Ø Aprovado pela câmara no dia 22/03/17 e sancionado no dia 31/03/2017
Art. 3o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 31 de março de 2017; 196o da Independência e 129o da República.
MICHEL TEMER
Antonio Correia de Almeida
Eliseu Padilha
Este texto não subsDtui o publicado no DOU de 31.3.2017 - Edição extra
Art. 6º Esta Lei entra em vigor após decorridos cento e vinte dias de sua
publicação oficial.
Brasília, 13 de julho de 2017; 196o da Independência e 129o da República.
Terceirização
Principais modificações decorrentes da 
Reforma Trabalhista
• “Considerando o atual critério legal, terceirização é a 
transferência feita pela contratante (tomadora) da 
execução de quaisquer de suas a.vidades, inclusive sua 
a.vidade principal, à pessoa jurídica de direito privado 
prestadora de serviços que possua capacidade econômica 
compaRvel com a sua execução”
• (art. 4º-A da Lei 6.019/1974, com redação dada pela Lei 13.467/2017).
Terceirização:
Conceito
Legal
Art. 4 - A
Contratante:
Contratante é a pessoa ]sica ou jurídica 
que celebra contrato com empresa de 
prestação de serviços relacionados a 
quaisquer de suas a8vidades, inclusive 
sua a8vidade principal.
Ver todo art.
(art. 5º-A da Lei 6.019/1974, com redação dada pela Lei 13.467/2017).
Conceito
Legal
Art. 5 - A
“Art. 5º-C. Não pode figurar como contratada, nos termos do art. 4º-A
desta Lei, a pessoa jurídica cujos titulares ou sócios tenham, nos
últimos dezoito meses, prestado serviços à contratante na qualidade
de empregado ou trabalhador sem vínculo empregatício, exceto se os
referidos titulares ou sócios forem aposentados.
“Art. 5º-D. O empregado que for demitido não poderá prestar serviços
para esta mesma empresa na qualidade de empregado de empresa
prestadora de serviços antes do decurso de prazo de dezoito meses,
contados a partir da demissão do empregado.”
Contratante:
Novo REQUISITO para a terceirização:
Capacidade econômica da empresa 
prestadora de serviços compa9vel 
com sua execução 
Art. 4º - B
“Art. 4º-B. São requisitos para o funcionamento da empresa de prestação
de serviços a terceiros:
I - prova de inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ);
II - registro na Junta Comercial;
III - capital social compaRvel com o número de empregados, observando-se os seguintes
parâmetros:
a) empresas com até dez empregados - capital mínimo de R$ 10.000,00 (dez mil reais);
b) empresas com mais de dez e até vinte empregados - capital mínimo de R$ 25.000,00 (vinte e
cinco mil reais);
c) empresas com mais de vinte e até cinquenta empregados - capital mínimo de R$ 45.000,00
(quarenta e cinco mil reais);
d) empresas com mais de cinquenta e até cem empregados - capital mínimo de R$ 100.000,00
(cem mil reais); e
e) empresas com mais de cem empregados - capital mínimo de R$ 250.000,00 (duzentos e
cinquenta mil reais).”
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm
A ausência desse requisito leva ao reconhecimento de vínculo direto com a empresa 
contratante. 
Assim, o inadimplemento das verbas trabalhistas pela empresa prestadora de serviços a
terceiros demonstra que não possui o requisito da capacidade econômica, devendo a
terceirização ser considerada ilícita.
Eventuais discussões acerca das distinções terminológicas acerca de capacidade financeira e econômica
ficarão restritas apenas ao âmbito acadêmico, pois a prova de inadimplemento das obrigações trabalhistas
será suficiente para comprovação de ausência do presente requisito.
Requisito da Capacidade econômica da 
prestadora 
Enunciado no 78 da 2ª Jornada de Direito Material e Processual do Trabalho.
Terceirização:
Capacidade econômica.
A capacidade econômica da empresa prestadora de serviços, compatível com a execução do contrato,
nos termos do art. 4o-A da Lei 6.019/1974, deve ser aferida pela contratante no ato da contratação e
no curso do contrato, e não se restringe à observância do capital social mínimo exigido pelo art. 4o-B,
inciso III, que é requisito de funcionamento e que deve estar integralizado.
Consiste, mais, na situação econômica positiva para cumprir todos os compromissos decorrentes da
atividade contratada, pressupondo:
(a) pactuação de preço do serviço compatível com os custos operacionais (comerciais, trabalhistas,
previdenciários, tributários etc.); e
(b) inexistência de passivo comercial, trabalhista, previdenciário e/ou fiscal, decorrente de outro(s)
contrato(s), que constitua risco ao adimplemento contratual.
Enunciado no 79 da 2a Jornada de Direito Material e Processual do Trabalho. 
Terceirização: 
Perda da capacidade econômica superveniente. 
A perda da capacidade econômica da empresa prestadora invalida o contrato de prestação de serviços
e caracteriza vínculo de emprego entre os trabalhadores intermediados e a empresa contratante, caso a 
contratante não adote posturas para preservar o adimplemento contratual. 
Aliás, será possível exigir a responsabilidade solidária entre as empresas contratante e
prestadora por aplicação do art. 9º da CLT, pois houve o descumprimento de um dos requisitos
para a validade do contrato de terceirização:
Art. 9º, CLT - Serão nulos de pleno direito os atos praDcados com o objeDvo de desvirtuar,
impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos conDdos na presente Consolidação.
Em resumo, com a Reforma Trabalhista, dois são os requisitos da terceirização lícita:
a) Ausência de pessoalidade e subordinação entre terceirizado e empresa contratante
(tomadora); e
b) Capacidade econômica da empresa prestadora de serviços a terceiros.
Henrique Correa
“Art. 4º-C. São asseguradas aos empregados da empresa prestadora de serviços a que se refere o art. 4º-A desta 
Lei, quando e enquanto os serviços, que podem ser de qualquer uma das atividades da contratante, forem 
executados nas dependências da tomadora, as mesmas condições:
I - relativas a:
a) alimentação garantida aos empregados da contratante, quando oferecida em refeitórios;
b) direito de utilizar os serviços de transporte;
c) atendimento médico ou ambulatorial existente nas dependências da contratante ou local por ela designado;
d) treinamento adequado, fornecido pela contratada, quando a atividade o exigir.
II - sanitárias, de medidas de proteção à saúde e de segurança no trabalho e de instalações adequadas à
prestação do serviço.
§ 1º Contratante e contratada poderão estabelecer, se assim entenderem, que os empregados da contratada
farão jus a salário equivalente ao pago aos empregados da contratante, além de outros direitos não previstos
neste artigo.
§ 2º Nos contratos que impliquem mobilização de empregados da contratada em número igual ou superior a
20% (vinte por cento) dos empregados dacontratante, esta poderá disponibilizar aos empregados da
contratada os serviços de alimentação e atendimento ambulatorial em outros locais apropriados e com igual
padrão de atendimento, com vistas a manter o pleno funcionamento dos serviços existentes.”
Condições de trabalho
Salário equivalente 
• A Reforma Trabalhista abordou também o tópico acerca da garanDa de salário equivalente entre 
terceirizados e empregados da tomadora de serviços (empresa contratante): 
• Art. 4o-C, § 1o, CLT: Contratante e contratada poderão estabelecer, se assim entenderem, que os 
empregados da contratada faraó jus a salário equivalente ao pago aos empregados da 
contratante, aliem de outros direitos não previstos neste arDgo. 
• Inicialmente, cabe destacar que havia posicionamento doutrinário que sustentava a aplicação do 
salário equitaDvo nas hipóteses de terceirização lícita. Assim, todas as parcelas de natureza 
salarial e demais vantagens asseguradas aos empregados da tomadora dos serviços deveriam ser 
estendidas aos terceirizados. Maurício Godinho Delgado10 sustenta esse posicionamento sob o 
fundamento de que o salário equitaDvo é assegurado ao trabalhador temporário mesmos nas 
hipóteses de contratação lícita e, portanto, referido beneicio também deve ser concedido aos 
terceirizados. No mesmo senDdo: 
• Enunciado 16, II, da 1a Jornada de Direito Material e Processual na JusDça do Trabalho: 
• Os empregados da empresa prestadora de serviços, em caso de terceirização lícita ou ilícita, terão 
direito ao mesmo salário dos empregados vinculados à empresa tomadora que exercerem função 
similar. 
Trata-se de mera faculdade no caso de terceirização, de acordo com
(art. 4º-C da Lei 6.019/1974) 
PORÉM:
(art. 12, a, da Lei 6.019/1974).
Art. 12 - Ficam assegurados ao trabalhador temporário os
seguintes direitos:
a) remuneração equivalente à percebida pelos empregados de mesma
categoria da empresa tomadora ou cliente calculados à base horária,
garantida, em qualquer hipótese, a percepção do salário mínimo regional;
ØMesmos Salários - temporário
Quarteirização
• Art. 4-A, § 1º Lei n. 6.019/1974 (Acrescentado pela Lei no 13.429/2017):
• A empresa prestadora de serviços contrata, remunera e
dirige o trabalho realizado por seus trabalhadores, ou
subcontrata outras empresas para realização desses serviços.
Quarteirização
• É importante ressaltar as consequências jurídicas do surgimento do
fenômeno da “quarteirização”.
• Trata-se da transferência de parte da gestão dos serviços de uma
empresa terceirizada para uma outra empresa. Assim, além da
relação que existe entre prestadora de serviço e tomadora
(terceirização), verifica-se a transferência de um setor da empresa
terceirizada para uma nova empresa (“quarteirização”).
De acordo com a jurisprudência trabalhista, antes da 
vigência da Lei no 13.429/2017 (março de 2017), essa 
medida consHtuía fraude e acarretava a 
responsabilidade solidária das empresas: 
Julgado 1. Quarteirização. Fraude. Terceirização de serviços já́ terceirizados. O fenômeno
da “Quarteirização” ocorre quando uma empresa prestadora de serviços coloca à
disposição da empresa tomadora de serviços empregados de outra empresa, em serviços
ligados à sua a.vidade fim. Nesse caso, a Empresa tenta esquivar-se das suas obrigações
trabalhistas, por meio da intermediação de mão de obra, o que é vedado, nos termos da
Sumula no 331, Item I, do C. TST. Recurso da Segunda Reclamada não provido no par.cular.
(TRT-15 – RO: 4283320125150126 SP Relator Helcio Dantas Lobo Junior, Data de
Publicação: 12/04/2013).
Julgado 2. Terceirização e Quarteirização ilícita. Fraude aos direitos trabalhistas.
Responsabilidade solidária por ato ilícito. Nos termos do art. 927 do CC, aquele que por ato
ilícito causar dano a outrem fica obrigado a repará-lo. Tratando-se as rés de empresas
prestadoras
Ø “Quarentena” para trabalhador 
demiJdo ser recontratado como 
terceirizado
• O art. 5º-D da Lei 6.019/1974, acrescentado pela Lei
13.467/2017, por sua vez, dispõe que o empregado
que for demi.do não poderá prestar serviços para
esta mesma empresa na qualidade de empregado de
empresa prestadora de serviços antes do decurso de
prazo de 18 meses, contados a par.r da demissão do
empregado.
Trata-se, na realidade, da despedida do 
empregado por certa empresa, não se 
admi.ndo que ele passe a prestar serviço para 
esta, no referido período, mas como 
empregado de empresa prestadora, ou seja, 
como terceirizado. 
Após o referido prazo, entretanto, essa 
subs.tuição de empregados diretos por 
terceirizados pode acabar acontecendo na 
empresa, que deixa de ser empregadora e passa 
a ser apenas tomadora (contratante).
ØAdmite-se agora 
terceirização ampla ?
A terceirização de forma ampla, ou seja, de quaisquer das atividades da
contratante (tomadora), inclusive de sua atividade principal.
Logo, fica superada a distinção entre atividades-fim e atividades-meio,
anteriormente adotada pela jurisprudência, como se observa na Súmula
331, item III, do TST.
(GARCIA, Gustavo)
Bibliografia/autoria: GARCIA, Gustavo Felipe Barbosa
h:p://genjuridico.com.br/2017/08/16/terceirizacao-principais-modificacoes-decorrentes-da-reforma-
trabalhista/
Gustavo Garcia
Adotando-se o atual critério legal (art. 4º-A da Lei
6.019/1974, com redação dada pela Lei 13.467/2017),
terceirização é a transferência feita pela contratante
(tomadora) da execução de quaisquer de suas atividades,
inclusive sua atividade principal, à pessoa jurídica de direito
privado prestadora de serviços que possua capacidade
econômica compatível com a sua execução.
(GARCIA, Gustavo)
ATENÇÃO!
“STF aprova terceirização irrestrita”
30 de agosto de 2018
Ao julgar a Arguição de Descumprimento de Preceito
Fundamental (ADPF) 324 e o Recurso Extraordinário (RE)
958252, com repercussão geral reconhecida.
Sete ministros votaram a favor da terceirização de
a.vidade-fim e quatro contra.
> A tese de repercussão geral aprovada no RE foi a
seguinte:
“É licita a terceirização ou qualquer outra forma de
divisão do trabalho entre pessoas jurídicas dis.ntas,
independentemente do objeto social das empresas
envolvidas, man.da a responsabilidade subsidiária
da empresa contratante”.
ATENÇÃO!
RESPONSABILIDADE DA TOMADORA 
• Art. 5º-A, § 5
• A empresa contratante é subsidiariamente responsável pelas
obrigações trabalhistas referentes ao período em que ocorrer a
prestação de serviços, e o recolhimento das contribuições
previdenciárias observará o disposto no art. 31 da Lei no 8.212, de 24
de julho de 1991.
• “O inadimplemento dos encargos trabalhistas dos empregados do
contratado não transfere automa.camente ao Poder Público
contratante a responsabilidade pelo seu pagamento, seja em caráter
solidário ou subsidiário, nos termos do art. 71, § 1º, da Lei nº
8.666/93” (Pleno, RE 760.931/DF, DJe 02.05.2017).
>>>>Terceirização na 
Administração Pública
o Supremo Tribunal Federal 
fixou a seguinte tese de 
repercussão geral:
STF decide que administração pública não é responsável 
por dívidas de terceirizadas
Decisão tem repercussão geral e deve ser seguida em todas as instâncias. 
Ministros do TST haviam decidido que União tem responsabilidade sobre 
dívida de empresa contrata por órgão federal.
Súmula 331
IV - O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador, implica a responsabilidade
subsidiária do tomador dos serviços quanto àquelas obrigações, desde que haja participado da relação
processual e conste também do título executivo judicial.
V - Os entes integrantes da Administração Pública direta e indireta respondem subsidiariamente, nas
mesmas condições do item IV, caso evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das obrigações da
Lei n.º 8.666, de 21.06.1993, especialmente na fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e
legais da prestadora de serviço como empregadora. A aludida responsabilidade não decorre de mero
inadimplemento das obrigações trabalhistas assumidas pela empresa regularmente contratada.VI – A responsabilidade subsidiária do tomador de serviços abrange todas as verbas decorrentes da
condenação referentes ao período da prestação laboral.
LEI Nº 8.666, DE 21 DE JUNHO DE 1993
Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, institui normas para licitações e contratos da 
Administração Pública e dá outras providências.
Art. 71. O contratado é responsável pelos encargos trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais resultantes
da execução do contrato.
§ 1o A inadimplência do contratado, com referência aos encargos trabalhistas, fiscais e comerciais não transfere
à Administração Pública a responsabilidade por seu pagamento, nem poderá onerar o objeto do contrato ou
restringir a regularização e o uso das obras e edificações, inclusive perante o Registro de
Imóveis. (Redação dada pela Lei nº 9.032, de 1995)
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%208.666-1993?OpenDocument
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9032.htm
Atenção! Foi publicado o Decreto 9.507, de 21 de setembro de 2018, que dispõe sobre a execução indireta, mediante 
contratação, de serviços da administração pública federal direta, autárquica e fundacional e das empresas públicas e das 
sociedades de economia mista controladas pela União.
Atenção!
Foi publicado o Decreto 9.507, de 21 de setembro de 2018, que dispõe 
sobre a execução indireta, mediante contratação, de serviços da 
administração pública federal direta, autárquica e fundacional e das 
empresas públicas e das sociedades de economia mista controladas pela 
União.
"Art. 7º É vedada a inclusão de disposições nos instrumentos convocatórios que permitam: I - a
indexação de preços por índices gerais, nas hipóteses de alocação de mão de obra; II - a
caracterização do objeto como fornecimento de mão de obra; III - a previsão de reembolso de
salários pela contratante; e IV - a pessoalidade e a subordinação direta dos empregados da
contratada aos gestores da contratante".
TRABALHO TEMPORÁRIO
Lei n. 6.019/74
Relação jurídica triangular
§ Qualquer que seja o ramo da
empresa tomadora de serviços
(ETS), não existe vínculo de
emprego entre ela e os
trabalhadores contratados pelas
empresas de trabalho
temporário (ETT)
ETT
empresa de trabalho temporário
ETS
empresa tomadora de serviço
TT
trabalhador temporário
Conceito
Art. 2º Lei 6.019/74
Trabalho temporário é aquele prestado por pessoa física
contratada por uma empresa de trabalho temporário que a
coloca à disposição de uma empresa tomadora de serviços,
para atender à:
1) necessidade de substituição transitória de pessoal
permanente
ou
2) à demanda complementar de serviços
Art. 2o Trabalho temporário é aquele prestado por pessoa
]sica contratada por uma empresa de trabalho temporário
que a coloca à disposição de uma empresa tomadora de
serviços, para atender à necessidade de subs8tuição
transitória de pessoal permanente ou à demanda
complementar de serviços. (Redação dada pela Lei nº 13.429, de
2017)
§ 1o É proibida a contratação de trabalho temporário para a
subs8tuição de trabalhadores em greve, salvo nos casos
previstos em lei. (Incluído pela Lei nº 13.429, de 2017)
§ 2o Considera-se complementar a demanda de serviços que
seja oriunda de fatores imprevisíveis ou, quando decorrente
de fatores previsíveis, tenha natureza intermitente, periódica
ou sazonal. (Incluído pela Lei nº 13.429, de 2017)
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13429.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13429.htm
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Conceito Empresa de trabalho temporário
§ É a pessoa jurídica, devidamente registrada no Ministério do
Trabalho, responsável pela colocação de trabalhadores à
disposição de outras empresas temporariamente
(Art. 4º, redação dada pela L. 13.467/17)
Empresa tomadora de serviços
§ É a pessoa jurídica ou entidade a ela equiparada que celebra
contrato de prestação de trabalho temporário com a empresa
de trabalho temporário
(Art. 5º, redação dada pela L. 13.429/17)
Requisitos – Trabalho Temporário
§ Substituição transitória de pessoal permanente
§ Ex. empregado afastado por motivo de doença; empregada gestante
§ É proibida a contratação de trabalho temporário para a substituição de trabalhadores
em greve, salvo nos casos previstos em lei (§ 1º)
§ Demanda complementar de serviços
§ Aquela que seja oriunda de fatores imprevisíveis ou, quando decorrente de
fatores previsíveis, tenha natureza intermitente, periódica ou sazonal(§ 2º)
Art. 2º Lei 6.019/74 (redação dada pela Lei 13.429/17)
Contrato 
ETT x ETS
Deve ter forma escrita, ficar à disposição da autoridade
fiscalizadora no estabelecimento da ETS e conter:
Lei nº 6. 019/74 -
Art. 5o-B. O contrato de prestação de serviços
conterá: (Incluído pela Lei nº 13.429, de 2017)
I - qualificação das partes; (Incluído pela Lei nº 13.429, de 2017)
II - especificação do serviço a ser prestado; (Incluído pela Lei nº
13.429, de 2017)
III - prazo para realização do serviço, quando for o caso;
(Incluído pela Lei nº 13.429, de 2017)
IV - valor.(Incluído pela Lei nº 13.429, de 2017)
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13429.htm
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Prazos – Art. 10 §1º, 2º e sgts.
§ O contrato de trabalho temporário, com relação ao mesmo
empregador, não poderá exceder ao prazo de cento e oitenta
dias, consecutivos ou não
§ O contrato poderá ser prorrogado por até noventa dias,
consecutivos ou não, além desse prazo, quando comprovada a
manutenção das condições que o ensejaram - (§5º)
§ Não se aplica ao trabalhador temporário, contratado pela ETS, o
contrato de experiência previsto no parágrafo único do art. 445 da
CLT – (§4º)
Prazos - Entre um contrato temporário e outro
§ O trabalhador temporário que cumprir o período estipulado (180 +
90) somente poderá ser colocado à disposição da mesma ETS
em novo contrato temporário, após 90 dias do término do contrato
anterior
§ A contratação anterior ao prazo de 90 dias caracteriza vínculo
empregatício com a ETS
§ Repúdio às fraudes
Art. 10. Qualquer que seja o ramo da empresa tomadora de serviços,
não existe vínculo de emprego entre ela e os trabalhadores contratados
pelas empresas de trabalho temporário. (Redação dada pela Lei nº 13.429, de 2017)
§ 1o O contrato de trabalho temporário, com relação ao mesmo empregador,
não poderá exceder ao prazo de cento e oitenta dias, consecutivos ou
não. (Incluído pela Lei nº 13.429, de 2017)
§ 2o O contrato poderá ser prorrogado por até noventa dias, consecutivos ou
não, além do prazo estabelecido no § 1o deste artigo, quando comprovada a
manutenção das condições que o ensejaram. (Incluído pela Lei nº 13.429, de 2017)
§ 3o (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.429, de 2017)
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13429.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13429.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13429.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13429.htm
§ 4o Não se aplica ao trabalhador temporário, contratado pela tomadora de serviços, o
contrato de experiência previsto no parágrafo único do art. 445 da Consolidação das Leis
do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1o de maio de 1943. (Incluído pela Lei nº 13.429, de 2017)
§ 5o O trabalhador temporário que cumprir o período estipulado nos §§ 1o e 2o deste
artigo somente poderá ser colocado à disposição da mesma tomadora de serviços em
novo contrato temporário, após noventa dias do término do contrato
anterior. (Incluído pela Lei nº 13.429, de 2017)
§ 6o A contratação anterior ao prazo previsto no § 5o deste artigo caracterizavínculo
empregatício com a tomadora.
§ 7o A contratante é subsidiariamente responsável pelas obrigações trabalhistas
referentes ao período em que ocorrer o trabalho temporário, e o recolhimento das
contribuições previdenciárias observará o disposto no art. 31 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de
1991. (Incluído pela Lei nº 13.429, de 2017)
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13429.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13429.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8212cons.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13429.htm
Ø Mesmos Salários
(art. 12 da Lei 6.019/1974)
Ø Responsabilidade – Obrigações Trabalhistas
• Art. 10. Qualquer que seja o ramo da empresa tomadora
de serviços, não existe vínculo de emprego entre ela e os
trabalhadores contratados pelas empresas de trabalho
temporário. (Redação dada pela Lei nº 13.429, de
2017)
§ 7o A contratante é subsidiariamente
responsável pelas obrigações trabalhistas referentes ao
período em que ocorrer o trabalho temporário, e o
recolhimento das contribuições previdenciárias observará o
disposto no art. 31 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de
1991. (Incluído pela Lei nº 13.429, de 2017)
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13429.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8212cons.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13429.htm
Fontes u.lizadas: 
Godinho Delgado
Vólia Bomfim Cassar
Henrique Correa
Gustavo Garcia
JOÃO, Paulo Sergio. Consultor Jurídico, 24 de março de 2017. Disponível em: <http:// - -trabalho-temporario-
terceirizacao>.
Súmula 331, TST
Site oficial STF
Lei. 6.019/17
Lei 13.429/17
Lei n. 13.467/17

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