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TERCEIRIZAÇÃO E INTERMEDIAÇÃO DE MÃO DE OBRA Súmula nº 331 do TST CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. LEGALIDADE I - A contratação de trabalhadores por empresa interposta é ilegal, formando-se o vínculo diretamente com o tomador dos serviços, salvo no caso de trabalho temporário (Lei nº 6.019, de 03.01.1974). II - A contratação irregular de trabalhador, mediante empresa interposta, não gera vínculo de emprego com os órgãos da Administração Pública direta, indireta ou fundacional (art. 37, II, da CF/1988). III - Não forma vínculo de emprego com o tomador a contratação de serviços de vigilância (Lei nº 7.102, de 20.06.1983) e de conservação e limpeza, bem como a de serviços especializados ligados à atividade-meio do tomador, desde que inexistente a pessoalidade e a subordinação direta. IV - O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador, implica a responsabilidade subsidiária do tomador dos serviços quanto àquelas obrigações, desde que haja participado da relação processual e conste também do título executivo judicial. V - Os entes integrantes da Administração Pública direta e indireta respondem subsidiariamente, nas mesmas condições do item IV, caso evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das obrigações da Lei n.º 8.666, de 21.06.1993, especialmente na fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da prestadora de serviço como empregadora. A aludida responsabilidade não decorre de mero inadimplemento das obrigações trabalhistas assumidas pela empresa regularmente contratada. VI – A responsabilidade subsidiária do tomador de serviços abrange todas as verbas decorrentes da condenação referentes ao período da prestação laboral. SÚMULA 331 – FUTURA PERDA DE OBJETO (?) • Transferência da execução de atividades da empresa tomadora (ou contratante) a empresas prestadoras de serviços especializados especificados. • Terceirização tem o sentido de prestação de serviços a terceiros. • Pela terceirização, uma empresa tomadora, ao invés de admitir empregados diretamente, contrata uma empresa prestadora. Conceito Terceirização é Considera-se prestação de serviços a terceiros a transferência feita pela contratante da execução de quaisquer de suas a8vidades, inclusive sua a8vidade principal, à pessoa jurídica de direito privado prestadora de serviços que possua capacidade econômica compa?vel com a sua execução. Conceito Legal art. 4º-A da Lei 6.019/1974 a) a#vidade-meio: É tudo aquilo que é suporte para a a.vidade-fim. Ex: serviço de limpeza e vigilância de uma escola. (não se incluem na finalidade da empresa) “A atividade-meio pode ser entendida como a atividade desempenhada pela empresa que não coincide com seus fins principais. É a atividade não essencial da empresa, secundária, que não é seu objeto central. É uma atividade de apoio ou complementar. São exemplos da terceirização na atividade-meio: a limpeza, a vigilância elaboração de software, empresa manutenção de máquinas, elevadores e equipamentos etc” Sérgio Pinto Martins b) a#vidade-fim (a#vidade de suporte): É aquela que posiciona a empresa no mercado, sendo ligada ao núcleo da dinâmica empresarial. Ex: A.vidade de ensino pelos professores de uma escola. A terceirização, como se pode notar, envolve uma relação trilateral entre empregado, a empresa prestadora de serviço (empregador) e a empresa tomadora (contratante dos serviços). Entre a empresa tomadora (contratante) e a prestadora de serviço é firmado um contrato de natureza civil ou empresarial (contrato de prestação de serviços). Diversamente, entre a empresa prestadora de serviço e o empregado é firmado o contrato de trabalho. O vínculo de emprego, assim, existe entre o empregado e a empresa prestadora de serviço, mas aquele presta o serviço à empresa tomadora (contratante). Relação contratual civil Relação trabalhista (CT) Trabalhador Terceirizado Relação Trilateral Tomadora dos serviços Prestadora dos serviços especializados Ausência de pessoalidade e subordinação – requisitos da terceirização LÍCITA - • Entre trabalhador e empresa tomadora não há pessoalidade, ou seja, o trabalhador terceirizado não é contratado pela tomadora; esta contrata os serviços, e não a pessoa. Ademais, como o trabalhador é empregado da empresa prestadora, é ela que possui poder de direção sobre os serviços. Logo, o empregado está subordinado à prestadora, e não à tomadora. Se a empresa que contratou os serviços (tomadora) esDver insaDsfeita com o trabalho prestado, deverá se reportar à empresa • Se ficar demonstrada a subordinação ou pessoalidade existente entre terceirizado e empresa contratante (tomadora de serviço), a terceirização será ilegal e consequentemente declarado vínculo direto entre contrantante e terceirizado •Via de regra existe uma confusão na aplicação dos termos. •Terceirizar difere de Intermediar a Mão de Obra (Trabalhador Temporário), apesar de semelhantes no que se refere a relação jurídica trilateral. Terceirização x Intermediação O Trabalho Temporário é regido pela Lei nº 6.019/74 a Terceirização por sua vez encontrava amparo apenas na Súmula 331 do TST, fato alterado pela promulgação das Leis nº 13.429/17 e nº 13.467/17 • Enquanto no trabalho temporário pactua-se fornecimento de trabalhadores que ficarão por curtos períodos subordinados ao tomador • Na terceirização contratam-se serviços especializados, executados autonomamente por empresa prestadora. (não há pessoalidade e subordinação) Terceirização x Intermediação ü Na terceirização: • A empresa tomadora contrata um serviço especializado da empresa prestadora, e não sua mão de obra (trabalho humano). • A empresa contratada, por seu turno, presta um serviço especializado, e não fornece mão de obra. • Desta forma, a terceirização não pode servir para intermediar mão de obra. • A intermediação de mão de obra, em regra, é proibida, pois o trabalho humano, como valor social, não pode ser tratado como mercadoria. Garcia, Gustavo Filipe Barbosa. Terceirização não é intermediação de mão de obra h"p://genjuridico.com.br/2015/04/13/terceirizacao-nao-e- intermediacao-de-mao-de-obra. Terceirização não é intermediação de mão de obra http://genjuridico.com.br/2015/04/13/terceirizacao-nao-e-intermediacao-de-mao-de-obra • A terceirização não se confunde com a intermediação de mão de obra, a qual, em regra, é vedada pelo sistema jurídico, uma vez que o trabalho não pode ser tratado como mercadoria, o que seria contrário ao seu valor social e à dignidade da pessoa humana. Nesse sentido, conforme a Súmula 331, item I, do TST: “I - A contratação de trabalhadores por empresa interposta é ilegal, formando-se o vínculo diretamente com o tomador dos serviços, salvo no caso de trabalho temporário (Lei nº 6.019, de 03.01.1974)” • Ainda assim, também apresenta conotação trilateral o trabalho temporário, em que a empresa tomadora contrata a empresa de trabalho temporário para que sejam fornecidos trabalhadores temporários, pelo prazo e nas hipóteses excepcionalmente admitidas pelo sistema jurídico • Entre a empresa tomadora (contratante) e a prestadora de serviço é firmado um contrato de natureza civil ou empresarial (contrato de prestação de serviços). • Diversamente, entre a empresa prestadora de serviço e o empregado é firmado o contrato de trabalho. • O vínculo de emprego, assim, existe entre o empregado e a empresa prestadora de serviço, mas aquele presta o serviço à empresa tomadora (contratante). ü Na terceirização: • Trabalho temporário x terceirização: “Terceirização pressupõe especialização nos serviços e autonomia na sua execução. A diferença fundamental entre o regime jurídico do trabalho temporário e a prestação de serviços é que no primeiro caso há cessão de mão de obra e, no segundo, o objeto é a prestação de serviços especializados a cargo e responsabilidade da empresa prestadora”. Cf. JOÃO, Paulo Sergio. Consultor Jurídico, 24 de março de 2017. Disponívelem: <http:// - -trabalho- temporario-terceirizacao>. Ø Intermediação da mão de obra - CF • A intermediação de mão de obra não é admita, por resultar em fraude ao vínculo de emprego com o efetivo empregador (art. 9º da CLT) e em violação ao valor social do trabalho (art. 1º, inciso IV, da Constituição da República), o qual não pode ser tratado como mercadoria (Declaração de Filadélfia, da Organização Internacional do Trabalho, item I, a). • Na mesma linha, na esfera da Organização Internacional do Trabalho, criada em 1919, destaca-se a seguinte previsão de sua ConsKtuição e Anexo (Declaração de Filadélfia, referente aos fins e objeDvos da Organização, de 1944): “A Conferência reafirma os princípios fundamentais sobre os quais repousa a Organização, principalmente os seguintes: a) o trabalho não é uma mercadoria” Ø Intermediação da mão de obra - OIT > TERCEIRIZAÇÃO: Tomadora contrata um serviço especializado da empresa prestadora - e não sua mão de obra (trabalho humano). > INTERMEDIAÇÃO: É proibida - o trabalho humano – não pode receber tratamento de mercadoria (detém valor social). “Apenas nas hipóteses excepcionais de trabalho temporário, previstas na Lei 6.019/1974, é que se admite o fornecimento de mão de obra pela empresa de trabalho temporário para a empresa cliente.” Ø Aprovado pela câmara no dia 22/03/17 e sancionado no dia 31/03/2017 Art. 3o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 31 de março de 2017; 196o da Independência e 129o da República. MICHEL TEMER Antonio Correia de Almeida Eliseu Padilha Este texto não subsDtui o publicado no DOU de 31.3.2017 - Edição extra Art. 6º Esta Lei entra em vigor após decorridos cento e vinte dias de sua publicação oficial. Brasília, 13 de julho de 2017; 196o da Independência e 129o da República. Terceirização Principais modificações decorrentes da Reforma Trabalhista • “Considerando o atual critério legal, terceirização é a transferência feita pela contratante (tomadora) da execução de quaisquer de suas a.vidades, inclusive sua a.vidade principal, à pessoa jurídica de direito privado prestadora de serviços que possua capacidade econômica compaRvel com a sua execução” • (art. 4º-A da Lei 6.019/1974, com redação dada pela Lei 13.467/2017). Terceirização: Conceito Legal Art. 4 - A Contratante: Contratante é a pessoa ]sica ou jurídica que celebra contrato com empresa de prestação de serviços relacionados a quaisquer de suas a8vidades, inclusive sua a8vidade principal. Ver todo art. (art. 5º-A da Lei 6.019/1974, com redação dada pela Lei 13.467/2017). Conceito Legal Art. 5 - A “Art. 5º-C. Não pode figurar como contratada, nos termos do art. 4º-A desta Lei, a pessoa jurídica cujos titulares ou sócios tenham, nos últimos dezoito meses, prestado serviços à contratante na qualidade de empregado ou trabalhador sem vínculo empregatício, exceto se os referidos titulares ou sócios forem aposentados. “Art. 5º-D. O empregado que for demitido não poderá prestar serviços para esta mesma empresa na qualidade de empregado de empresa prestadora de serviços antes do decurso de prazo de dezoito meses, contados a partir da demissão do empregado.” Contratante: Novo REQUISITO para a terceirização: Capacidade econômica da empresa prestadora de serviços compa9vel com sua execução Art. 4º - B “Art. 4º-B. São requisitos para o funcionamento da empresa de prestação de serviços a terceiros: I - prova de inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ); II - registro na Junta Comercial; III - capital social compaRvel com o número de empregados, observando-se os seguintes parâmetros: a) empresas com até dez empregados - capital mínimo de R$ 10.000,00 (dez mil reais); b) empresas com mais de dez e até vinte empregados - capital mínimo de R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais); c) empresas com mais de vinte e até cinquenta empregados - capital mínimo de R$ 45.000,00 (quarenta e cinco mil reais); d) empresas com mais de cinquenta e até cem empregados - capital mínimo de R$ 100.000,00 (cem mil reais); e e) empresas com mais de cem empregados - capital mínimo de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais).” http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm A ausência desse requisito leva ao reconhecimento de vínculo direto com a empresa contratante. Assim, o inadimplemento das verbas trabalhistas pela empresa prestadora de serviços a terceiros demonstra que não possui o requisito da capacidade econômica, devendo a terceirização ser considerada ilícita. Eventuais discussões acerca das distinções terminológicas acerca de capacidade financeira e econômica ficarão restritas apenas ao âmbito acadêmico, pois a prova de inadimplemento das obrigações trabalhistas será suficiente para comprovação de ausência do presente requisito. Requisito da Capacidade econômica da prestadora Enunciado no 78 da 2ª Jornada de Direito Material e Processual do Trabalho. Terceirização: Capacidade econômica. A capacidade econômica da empresa prestadora de serviços, compatível com a execução do contrato, nos termos do art. 4o-A da Lei 6.019/1974, deve ser aferida pela contratante no ato da contratação e no curso do contrato, e não se restringe à observância do capital social mínimo exigido pelo art. 4o-B, inciso III, que é requisito de funcionamento e que deve estar integralizado. Consiste, mais, na situação econômica positiva para cumprir todos os compromissos decorrentes da atividade contratada, pressupondo: (a) pactuação de preço do serviço compatível com os custos operacionais (comerciais, trabalhistas, previdenciários, tributários etc.); e (b) inexistência de passivo comercial, trabalhista, previdenciário e/ou fiscal, decorrente de outro(s) contrato(s), que constitua risco ao adimplemento contratual. Enunciado no 79 da 2a Jornada de Direito Material e Processual do Trabalho. Terceirização: Perda da capacidade econômica superveniente. A perda da capacidade econômica da empresa prestadora invalida o contrato de prestação de serviços e caracteriza vínculo de emprego entre os trabalhadores intermediados e a empresa contratante, caso a contratante não adote posturas para preservar o adimplemento contratual. Aliás, será possível exigir a responsabilidade solidária entre as empresas contratante e prestadora por aplicação do art. 9º da CLT, pois houve o descumprimento de um dos requisitos para a validade do contrato de terceirização: Art. 9º, CLT - Serão nulos de pleno direito os atos praDcados com o objeDvo de desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos conDdos na presente Consolidação. Em resumo, com a Reforma Trabalhista, dois são os requisitos da terceirização lícita: a) Ausência de pessoalidade e subordinação entre terceirizado e empresa contratante (tomadora); e b) Capacidade econômica da empresa prestadora de serviços a terceiros. Henrique Correa “Art. 4º-C. São asseguradas aos empregados da empresa prestadora de serviços a que se refere o art. 4º-A desta Lei, quando e enquanto os serviços, que podem ser de qualquer uma das atividades da contratante, forem executados nas dependências da tomadora, as mesmas condições: I - relativas a: a) alimentação garantida aos empregados da contratante, quando oferecida em refeitórios; b) direito de utilizar os serviços de transporte; c) atendimento médico ou ambulatorial existente nas dependências da contratante ou local por ela designado; d) treinamento adequado, fornecido pela contratada, quando a atividade o exigir. II - sanitárias, de medidas de proteção à saúde e de segurança no trabalho e de instalações adequadas à prestação do serviço. § 1º Contratante e contratada poderão estabelecer, se assim entenderem, que os empregados da contratada farão jus a salário equivalente ao pago aos empregados da contratante, além de outros direitos não previstos neste artigo. § 2º Nos contratos que impliquem mobilização de empregados da contratada em número igual ou superior a 20% (vinte por cento) dos empregados dacontratante, esta poderá disponibilizar aos empregados da contratada os serviços de alimentação e atendimento ambulatorial em outros locais apropriados e com igual padrão de atendimento, com vistas a manter o pleno funcionamento dos serviços existentes.” Condições de trabalho Salário equivalente • A Reforma Trabalhista abordou também o tópico acerca da garanDa de salário equivalente entre terceirizados e empregados da tomadora de serviços (empresa contratante): • Art. 4o-C, § 1o, CLT: Contratante e contratada poderão estabelecer, se assim entenderem, que os empregados da contratada faraó jus a salário equivalente ao pago aos empregados da contratante, aliem de outros direitos não previstos neste arDgo. • Inicialmente, cabe destacar que havia posicionamento doutrinário que sustentava a aplicação do salário equitaDvo nas hipóteses de terceirização lícita. Assim, todas as parcelas de natureza salarial e demais vantagens asseguradas aos empregados da tomadora dos serviços deveriam ser estendidas aos terceirizados. Maurício Godinho Delgado10 sustenta esse posicionamento sob o fundamento de que o salário equitaDvo é assegurado ao trabalhador temporário mesmos nas hipóteses de contratação lícita e, portanto, referido beneicio também deve ser concedido aos terceirizados. No mesmo senDdo: • Enunciado 16, II, da 1a Jornada de Direito Material e Processual na JusDça do Trabalho: • Os empregados da empresa prestadora de serviços, em caso de terceirização lícita ou ilícita, terão direito ao mesmo salário dos empregados vinculados à empresa tomadora que exercerem função similar. Trata-se de mera faculdade no caso de terceirização, de acordo com (art. 4º-C da Lei 6.019/1974) PORÉM: (art. 12, a, da Lei 6.019/1974). Art. 12 - Ficam assegurados ao trabalhador temporário os seguintes direitos: a) remuneração equivalente à percebida pelos empregados de mesma categoria da empresa tomadora ou cliente calculados à base horária, garantida, em qualquer hipótese, a percepção do salário mínimo regional; ØMesmos Salários - temporário Quarteirização • Art. 4-A, § 1º Lei n. 6.019/1974 (Acrescentado pela Lei no 13.429/2017): • A empresa prestadora de serviços contrata, remunera e dirige o trabalho realizado por seus trabalhadores, ou subcontrata outras empresas para realização desses serviços. Quarteirização • É importante ressaltar as consequências jurídicas do surgimento do fenômeno da “quarteirização”. • Trata-se da transferência de parte da gestão dos serviços de uma empresa terceirizada para uma outra empresa. Assim, além da relação que existe entre prestadora de serviço e tomadora (terceirização), verifica-se a transferência de um setor da empresa terceirizada para uma nova empresa (“quarteirização”). De acordo com a jurisprudência trabalhista, antes da vigência da Lei no 13.429/2017 (março de 2017), essa medida consHtuía fraude e acarretava a responsabilidade solidária das empresas: Julgado 1. Quarteirização. Fraude. Terceirização de serviços já́ terceirizados. O fenômeno da “Quarteirização” ocorre quando uma empresa prestadora de serviços coloca à disposição da empresa tomadora de serviços empregados de outra empresa, em serviços ligados à sua a.vidade fim. Nesse caso, a Empresa tenta esquivar-se das suas obrigações trabalhistas, por meio da intermediação de mão de obra, o que é vedado, nos termos da Sumula no 331, Item I, do C. TST. Recurso da Segunda Reclamada não provido no par.cular. (TRT-15 – RO: 4283320125150126 SP Relator Helcio Dantas Lobo Junior, Data de Publicação: 12/04/2013). Julgado 2. Terceirização e Quarteirização ilícita. Fraude aos direitos trabalhistas. Responsabilidade solidária por ato ilícito. Nos termos do art. 927 do CC, aquele que por ato ilícito causar dano a outrem fica obrigado a repará-lo. Tratando-se as rés de empresas prestadoras Ø “Quarentena” para trabalhador demiJdo ser recontratado como terceirizado • O art. 5º-D da Lei 6.019/1974, acrescentado pela Lei 13.467/2017, por sua vez, dispõe que o empregado que for demi.do não poderá prestar serviços para esta mesma empresa na qualidade de empregado de empresa prestadora de serviços antes do decurso de prazo de 18 meses, contados a par.r da demissão do empregado. Trata-se, na realidade, da despedida do empregado por certa empresa, não se admi.ndo que ele passe a prestar serviço para esta, no referido período, mas como empregado de empresa prestadora, ou seja, como terceirizado. Após o referido prazo, entretanto, essa subs.tuição de empregados diretos por terceirizados pode acabar acontecendo na empresa, que deixa de ser empregadora e passa a ser apenas tomadora (contratante). ØAdmite-se agora terceirização ampla ? A terceirização de forma ampla, ou seja, de quaisquer das atividades da contratante (tomadora), inclusive de sua atividade principal. Logo, fica superada a distinção entre atividades-fim e atividades-meio, anteriormente adotada pela jurisprudência, como se observa na Súmula 331, item III, do TST. (GARCIA, Gustavo) Bibliografia/autoria: GARCIA, Gustavo Felipe Barbosa h:p://genjuridico.com.br/2017/08/16/terceirizacao-principais-modificacoes-decorrentes-da-reforma- trabalhista/ Gustavo Garcia Adotando-se o atual critério legal (art. 4º-A da Lei 6.019/1974, com redação dada pela Lei 13.467/2017), terceirização é a transferência feita pela contratante (tomadora) da execução de quaisquer de suas atividades, inclusive sua atividade principal, à pessoa jurídica de direito privado prestadora de serviços que possua capacidade econômica compatível com a sua execução. (GARCIA, Gustavo) ATENÇÃO! “STF aprova terceirização irrestrita” 30 de agosto de 2018 Ao julgar a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 324 e o Recurso Extraordinário (RE) 958252, com repercussão geral reconhecida. Sete ministros votaram a favor da terceirização de a.vidade-fim e quatro contra. > A tese de repercussão geral aprovada no RE foi a seguinte: “É licita a terceirização ou qualquer outra forma de divisão do trabalho entre pessoas jurídicas dis.ntas, independentemente do objeto social das empresas envolvidas, man.da a responsabilidade subsidiária da empresa contratante”. ATENÇÃO! RESPONSABILIDADE DA TOMADORA • Art. 5º-A, § 5 • A empresa contratante é subsidiariamente responsável pelas obrigações trabalhistas referentes ao período em que ocorrer a prestação de serviços, e o recolhimento das contribuições previdenciárias observará o disposto no art. 31 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991. • “O inadimplemento dos encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere automa.camente ao Poder Público contratante a responsabilidade pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93” (Pleno, RE 760.931/DF, DJe 02.05.2017). >>>>Terceirização na Administração Pública o Supremo Tribunal Federal fixou a seguinte tese de repercussão geral: STF decide que administração pública não é responsável por dívidas de terceirizadas Decisão tem repercussão geral e deve ser seguida em todas as instâncias. Ministros do TST haviam decidido que União tem responsabilidade sobre dívida de empresa contrata por órgão federal. Súmula 331 IV - O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador, implica a responsabilidade subsidiária do tomador dos serviços quanto àquelas obrigações, desde que haja participado da relação processual e conste também do título executivo judicial. V - Os entes integrantes da Administração Pública direta e indireta respondem subsidiariamente, nas mesmas condições do item IV, caso evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das obrigações da Lei n.º 8.666, de 21.06.1993, especialmente na fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da prestadora de serviço como empregadora. A aludida responsabilidade não decorre de mero inadimplemento das obrigações trabalhistas assumidas pela empresa regularmente contratada.VI – A responsabilidade subsidiária do tomador de serviços abrange todas as verbas decorrentes da condenação referentes ao período da prestação laboral. LEI Nº 8.666, DE 21 DE JUNHO DE 1993 Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, institui normas para licitações e contratos da Administração Pública e dá outras providências. Art. 71. O contratado é responsável pelos encargos trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais resultantes da execução do contrato. § 1o A inadimplência do contratado, com referência aos encargos trabalhistas, fiscais e comerciais não transfere à Administração Pública a responsabilidade por seu pagamento, nem poderá onerar o objeto do contrato ou restringir a regularização e o uso das obras e edificações, inclusive perante o Registro de Imóveis. (Redação dada pela Lei nº 9.032, de 1995) http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%208.666-1993?OpenDocument http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9032.htm Atenção! Foi publicado o Decreto 9.507, de 21 de setembro de 2018, que dispõe sobre a execução indireta, mediante contratação, de serviços da administração pública federal direta, autárquica e fundacional e das empresas públicas e das sociedades de economia mista controladas pela União. Atenção! Foi publicado o Decreto 9.507, de 21 de setembro de 2018, que dispõe sobre a execução indireta, mediante contratação, de serviços da administração pública federal direta, autárquica e fundacional e das empresas públicas e das sociedades de economia mista controladas pela União. "Art. 7º É vedada a inclusão de disposições nos instrumentos convocatórios que permitam: I - a indexação de preços por índices gerais, nas hipóteses de alocação de mão de obra; II - a caracterização do objeto como fornecimento de mão de obra; III - a previsão de reembolso de salários pela contratante; e IV - a pessoalidade e a subordinação direta dos empregados da contratada aos gestores da contratante". TRABALHO TEMPORÁRIO Lei n. 6.019/74 Relação jurídica triangular § Qualquer que seja o ramo da empresa tomadora de serviços (ETS), não existe vínculo de emprego entre ela e os trabalhadores contratados pelas empresas de trabalho temporário (ETT) ETT empresa de trabalho temporário ETS empresa tomadora de serviço TT trabalhador temporário Conceito Art. 2º Lei 6.019/74 Trabalho temporário é aquele prestado por pessoa física contratada por uma empresa de trabalho temporário que a coloca à disposição de uma empresa tomadora de serviços, para atender à: 1) necessidade de substituição transitória de pessoal permanente ou 2) à demanda complementar de serviços Art. 2o Trabalho temporário é aquele prestado por pessoa ]sica contratada por uma empresa de trabalho temporário que a coloca à disposição de uma empresa tomadora de serviços, para atender à necessidade de subs8tuição transitória de pessoal permanente ou à demanda complementar de serviços. (Redação dada pela Lei nº 13.429, de 2017) § 1o É proibida a contratação de trabalho temporário para a subs8tuição de trabalhadores em greve, salvo nos casos previstos em lei. (Incluído pela Lei nº 13.429, de 2017) § 2o Considera-se complementar a demanda de serviços que seja oriunda de fatores imprevisíveis ou, quando decorrente de fatores previsíveis, tenha natureza intermitente, periódica ou sazonal. (Incluído pela Lei nº 13.429, de 2017) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13429.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13429.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13429.htm Conceito Empresa de trabalho temporário § É a pessoa jurídica, devidamente registrada no Ministério do Trabalho, responsável pela colocação de trabalhadores à disposição de outras empresas temporariamente (Art. 4º, redação dada pela L. 13.467/17) Empresa tomadora de serviços § É a pessoa jurídica ou entidade a ela equiparada que celebra contrato de prestação de trabalho temporário com a empresa de trabalho temporário (Art. 5º, redação dada pela L. 13.429/17) Requisitos – Trabalho Temporário § Substituição transitória de pessoal permanente § Ex. empregado afastado por motivo de doença; empregada gestante § É proibida a contratação de trabalho temporário para a substituição de trabalhadores em greve, salvo nos casos previstos em lei (§ 1º) § Demanda complementar de serviços § Aquela que seja oriunda de fatores imprevisíveis ou, quando decorrente de fatores previsíveis, tenha natureza intermitente, periódica ou sazonal(§ 2º) Art. 2º Lei 6.019/74 (redação dada pela Lei 13.429/17) Contrato ETT x ETS Deve ter forma escrita, ficar à disposição da autoridade fiscalizadora no estabelecimento da ETS e conter: Lei nº 6. 019/74 - Art. 5o-B. O contrato de prestação de serviços conterá: (Incluído pela Lei nº 13.429, de 2017) I - qualificação das partes; (Incluído pela Lei nº 13.429, de 2017) II - especificação do serviço a ser prestado; (Incluído pela Lei nº 13.429, de 2017) III - prazo para realização do serviço, quando for o caso; (Incluído pela Lei nº 13.429, de 2017) IV - valor.(Incluído pela Lei nº 13.429, de 2017) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13429.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13429.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13429.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13429.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13429.htm Prazos – Art. 10 §1º, 2º e sgts. § O contrato de trabalho temporário, com relação ao mesmo empregador, não poderá exceder ao prazo de cento e oitenta dias, consecutivos ou não § O contrato poderá ser prorrogado por até noventa dias, consecutivos ou não, além desse prazo, quando comprovada a manutenção das condições que o ensejaram - (§5º) § Não se aplica ao trabalhador temporário, contratado pela ETS, o contrato de experiência previsto no parágrafo único do art. 445 da CLT – (§4º) Prazos - Entre um contrato temporário e outro § O trabalhador temporário que cumprir o período estipulado (180 + 90) somente poderá ser colocado à disposição da mesma ETS em novo contrato temporário, após 90 dias do término do contrato anterior § A contratação anterior ao prazo de 90 dias caracteriza vínculo empregatício com a ETS § Repúdio às fraudes Art. 10. Qualquer que seja o ramo da empresa tomadora de serviços, não existe vínculo de emprego entre ela e os trabalhadores contratados pelas empresas de trabalho temporário. (Redação dada pela Lei nº 13.429, de 2017) § 1o O contrato de trabalho temporário, com relação ao mesmo empregador, não poderá exceder ao prazo de cento e oitenta dias, consecutivos ou não. (Incluído pela Lei nº 13.429, de 2017) § 2o O contrato poderá ser prorrogado por até noventa dias, consecutivos ou não, além do prazo estabelecido no § 1o deste artigo, quando comprovada a manutenção das condições que o ensejaram. (Incluído pela Lei nº 13.429, de 2017) § 3o (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.429, de 2017) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13429.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13429.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13429.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13429.htm § 4o Não se aplica ao trabalhador temporário, contratado pela tomadora de serviços, o contrato de experiência previsto no parágrafo único do art. 445 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1o de maio de 1943. (Incluído pela Lei nº 13.429, de 2017) § 5o O trabalhador temporário que cumprir o período estipulado nos §§ 1o e 2o deste artigo somente poderá ser colocado à disposição da mesma tomadora de serviços em novo contrato temporário, após noventa dias do término do contrato anterior. (Incluído pela Lei nº 13.429, de 2017) § 6o A contratação anterior ao prazo previsto no § 5o deste artigo caracterizavínculo empregatício com a tomadora. § 7o A contratante é subsidiariamente responsável pelas obrigações trabalhistas referentes ao período em que ocorrer o trabalho temporário, e o recolhimento das contribuições previdenciárias observará o disposto no art. 31 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991. (Incluído pela Lei nº 13.429, de 2017) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13429.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13429.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8212cons.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13429.htm Ø Mesmos Salários (art. 12 da Lei 6.019/1974) Ø Responsabilidade – Obrigações Trabalhistas • Art. 10. Qualquer que seja o ramo da empresa tomadora de serviços, não existe vínculo de emprego entre ela e os trabalhadores contratados pelas empresas de trabalho temporário. (Redação dada pela Lei nº 13.429, de 2017) § 7o A contratante é subsidiariamente responsável pelas obrigações trabalhistas referentes ao período em que ocorrer o trabalho temporário, e o recolhimento das contribuições previdenciárias observará o disposto no art. 31 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991. (Incluído pela Lei nº 13.429, de 2017) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13429.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8212cons.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13429.htm Fontes u.lizadas: Godinho Delgado Vólia Bomfim Cassar Henrique Correa Gustavo Garcia JOÃO, Paulo Sergio. Consultor Jurídico, 24 de março de 2017. Disponível em: <http:// - -trabalho-temporario- terceirizacao>. Súmula 331, TST Site oficial STF Lei. 6.019/17 Lei 13.429/17 Lei n. 13.467/17
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