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L A Casey -Série Slater Brothers - 2 Alec -

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ALEC 
 
 
Slater Brothers, Book Two 
 
L.A. Casey 
 
 
 
 
 
 
 
Minhas moças. 
 
Minha família. 
 
Meus amigos. 
 
Meus leitores. 
 
Isto é para você. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Keela Daley é a ovelha negra da família. Ela sempre vem depois de sua 
prima mais nova Micah. Mesmo aos olhos de sua mãe, Micah brilhava e Keela 
desvanecia em sombras. Agora, na idade adulta, Micah está noiva e o foco é 
apenas sobre ela. Keela possui uma baixa prioridade... ou assim ela pensa. 
Alec Slater é um solteirão, nunca leva para a cama a mesma mulher, ou 
um homem, duas vezes. Ele é um agente livre, que faz o que lhe agrada e 
responde a ninguém; isso, até uma irlandesa ruiva com um temperamento 
ardente para combinar com a cor de seu cabelo derrubá-lo em sua bunda. 
Literalmente. 
Ela odeia ter que admitir, mas Keela precisa de um favor do arrogante 
irmão Slater, um enorme favor. Ela precisa dele, não só para acompanhá-la ao 
casamento de Micah, mas também para se passar por seu namorado. Alec 
concorda em ajudar Keela, mas tem certas condições para ela cumprir. Ele quer 
o seu corpo e planeja tê-lo antes que alguém possa dizer o que fazer. 
O que ele não planeja, é perder seu coração, bem como a possibilidade de 
perder sua família, quando alguém do seu passado ameaça seu futuro. 
Alec possui Keela, e o que Alec possui, Alec mantém. 
 
 
 
 
 
— Senhorita 
Daley? Abra! Eu sei que você está aí, seu carro está do lado de fora no 
estacionamento! 
Gemi ao som de voz alta, e abri meus olhos, então, rapidamente os 
fechei. Levou alguns momentos para que eu fosse capaz de mantê-los abertos, e 
quando eu consegui, não pude ver muito bem. Eu pisquei através da escuridão 
esperando que meus olhos se ajustassem à iluminação mínima. Quando eu pude 
ver um pouco, rapidamente estreitei os olhos para o macho gordo roncando ao 
meu lado. Eu o empurrei com a esperança de derrubá-lo para fora da cama, mas 
em vez de cair, como eu esperava, ele só peidou e rolou em minha direção, em 
seguida, deu um beijo grande e molhado na minha boca. 
— Storm! — eu gritei, limpei a boca e tentei não vomitar, mas o cheiro da 
respiração de Storm deixou isso muito difícil. 
Storm preguiçosamente se levantou, espreguiçou e fez alguns barulhos 
estranhos então começou a cair de barriga em cima de mim até que eu ofegasse 
por ar. Storm, meu pastor alemão de dois anos, precisava ser colocado em uma 
dieta ou um dia desses o bebê gordo ia me sufocar no meu sono. 
— Saia! — engoli em seco e empurrei seu grande corpo com ambas as 
mãos. 
Storm fez como eu pedi e saiu de cima de mim. Mas ele não saiu da cama, 
em vez disso ele apenas rolou de volta para o seu lado - sim, meu cachorro tinha 
um lado da cama - o que era bem típico. A única hora que ele voluntariamente 
se movia era se fosse hora do café da manhã, almoço, jantar ou praticamente 
qualquer hora que ele soubesse que havia comida para ele. 
— Você é uma desculpa patética para um cão de guarda. — eu murmurei 
conforme as batidas na porta do meu apartamento começaram a aumentar 
novamente. 
Storm respondeu com outro peido que me fez abrir as janelas antes de eu 
sair do meu quarto para seguir pelo corredor para abrir minha porta. Eu bati 
meu dedão em um dos brinquedos de cachorro de Storm enquanto caminhava e 
xinguei a pessoa do outro lado da porta por me fazer sair da cama; era o meio da 
noite, pelo amor de Deus! 
— Eu estou chegando, fique calmo! — eu gritei quando cheguei à minha 
porta e comecei a abrir todas as fechaduras. Havia cinco delas no total, porque, 
na área onde eu morava, uma fechadura não era suficiente. Acendi a minha luz 
do corredor e pulei quando a lâmpada explodiu, cobrindo-o com a escuridão 
mais uma vez. Suspirei quando me virei para minha porta da frente, embora eu 
soubesse quem estava do outro lado, eu ainda olhei através do olho mágico 
apenas por segurança. 
Quando eu confirmei que a ameaça barulhenta na minha porta era de 
fato o meu vizinho, eu destranquei a última trava e a abri, em seguida, olhei 
duramente para o homem que estava diante de mim. Sr. Pervert1 - seu nome 
verdadeiro era Sr. Doyle - era um homem de meia-idade, que era o CEO da 
Pervert’R 'Us2. O homem era um grande merda, e eu odiava ter atendido a porta 
vestida com nada, exceto a minha camisola, porque lhe dei carta branca para me 
cobiçar com os olhos sempre passeando. 
 
1
 Em português: pervertido. 
2
 Site americano com histórias de ficção com conteúdo sexual explícito envolvendo adultos, 
adolescentes ou crianças. 
— Posso ajudá-lo, Sr. Per-Doyle? — eu perguntei, mordendo a minha 
língua, então eu não ri por quase chamá-lo de Sr. Pervert em voz alta. 
Ele arrastou os olhos das minhas pernas para o meu rosto e limpou a 
garganta conforme levantava a sua mão - uma mão que continha um único 
envelope. Eu simplesmente encarei o envelope, por um momento, em seguida, 
olhei para o Sr. Pervert e descobri que seus olhos não estavam no meu rosto 
mais. Bati na parte externa da minha porta com a mão livre o que o fez pular de 
susto e me fez bufar interiormente. Quando seus olhos estavam mais uma vez 
nos meus, eu acenei para o envelope em sua mão e, em seguida, levantei as 
sobrancelhas em uma pergunta silenciosa. 
Ele limpou a garganta novamente antes de dizer, — Eu estive fora nas 
últimas semanas e encontrei isso no meu andar, quando eu cheguei em casa há 
pouco. Ele está endereçado a você, mas tem o número do meu apartamento em 
vez do seu. 
Eu queria dar um soco nele. Eu usei a luz do corredor do lado de fora do 
meu apartamento para olhar para trás, dentro do meu apartamento, e fixei os 
meus olhos no relógio pendurado na parede atrás de mim; li 03:20 da manhã. 
Ele não podia apenas ter esperado até de manhã, antes de entregá-lo 
para mim? 
Idiota maldito! 
Eu suspirei enquanto eu me virava para o Sr. Pervert, que tinha voltado a 
olhar para o meu corpo. Estendi a mão e agarrei o envelope e dei um pequeno 
puxão até que o Sr. Pervert o liberou. 
— Obrigada, eu aprecio que você tenha se desviado do seu caminho para 
certificar que eu recebesse minha correspondência. — eu fingi um sorriso e em 
seguida, puxei para longe a mão que agora segurava o envelope até que estivesse 
escondida com segurança atrás da minha porta - juntamente com o resto do 
meu corpo - assim o Sr. Pervert não podia mais me ver. 
Ele piscou algumas vezes e olhou para o meu rosto, porque agora era 
tudo o que ele podia ver. 
— Não foi nada, querida. 
Querida? Bleh! 
Eu sorri e balancei a cabeça enquanto eu fechava minha porta. — Boa 
noite. 
— Boa... — fechei a porta antes que ele pudesse terminar a frase. 
Sacudi meus calafrios, então eu fechei todas as trancas e passei o ferrolho 
do topo da porta. Eu dei um suspiro de alívio quando ouvi os passos do Sr. 
Pervert andar para o outro lado do corredor e para o seu próprio apartamento, 
onde ele fechou a porta atrás de si. Olhei para o envelope na minha mão e decidi 
abri-lo, porque eu estava curiosa para saber o que havia dentro dele. Eu não 
conseguia ver muito bem porque o corredor ainda estava escuro, mas eu sabia 
que não era uma conta, ele não parecia com os envelopes de conta que 
chegavam, era mais grosso. Pelo que eu tinha visto, parecia melhor do que um 
envelope de conta. Mais chique. 
Eu fui para a minha sala de estar, que também era duplicada com a 
minha cozinha e acendi a luz. Joguei o envelope na mesa da cozinha e fui para 
as gavetas de balcão procurar meu abridor de envelope. Eu encontrei-o depois 
de apenas um segundo de procura, mas tive que largar quando ouvi meu 
telefone tocar no meu quarto. Franzi minhas sobrancelhas em confusão. 
Quem estaria me ligando às três e meia da manhã numa sexta à noite? 
— Aideen. — eu disse em voz alta e fui na direção do meu quarto. 
Aideen Collins era a minha melhor amiga. Ela era a coisa mais próximaque eu tinha de uma irmã e eu a amava muito, mas tinha momentos em que ela 
realmente me irritava. Ligar para mim às três e meia da manhã era um desses 
momentos. 
Quando cheguei ao telefone no meu quarto, atendi, e disse — É melhor 
você ter um bom motivo para ligar a esta hora Aideen Collins ou eu vou te bater 
muito! 
Eu ouvi uma profunda e estrondosa risada. 
— Ela realmente tem uma boa razão, então você não precisa bater nela. — 
uma voz masculina respondeu, me fazendo pular de susto, porque eu não estava 
esperando por isso. 
— Quem é você? Onde está Aideen? Por que você está com o telefone 
dela? — perguntei então ofeguei e gritei — Se você machucar minha amiga de 
qualquer maneira eu vou te foder! 
O estranho riu desta vez e disse — Isso é uma promessa, gatinha? 
Que porra é essa? 
— Onde está Aideen? É melhor você me dizer agora ou eu vou... 
— Me foder? Sim, eu entendi essa parte. — ele riu de novo, em seguida, 
antes que ele pudesse dizer qualquer outra coisa, ouvi uma voz masculina 
diferente falar. — Eu pedi para você telefonar para a amiga da garota, Alec. O 
que diabos está demorando tanto? 
Eu fiz mentalmente uma nota do nome Alec no caso de eu precisar 
chamar a polícia. 
— Eu estou falando com a amiga, mas eu não consigo contar o objetivo da 
minha chamada. Ela está muito ocupada ameaçando me foder se eu tiver 
machucado a garota. — o rapaz que me ligou riu. 
Eu estava louca e também com medo de onde Aideen estava e quem eram 
esses caras estrangeiros. Eu sabia que eles não eram irlandeses ou mesmo 
ingleses - seus sotaques soavam muito diferentes - mas eu não conseguia 
identificar de onde vinham, porque havia um monte de ruído ao fundo. Parecia 
música. 
— Apenas diga a ela o que eu pedi para você dizer então ela pode chegar 
aqui já. — disse o segundo rapaz para quem me ligou. 
O rapaz que me telefonou suspirou e disse — Keela, estou ligando para 
que você saiba que a sua amiga Aiden esteve em uma briga e precisamos que 
você venha buscá-la. Ela me disse para te chamar. 
— O nome dela é Aideen não Aiden, é pronunciado Ay-din. — eu disse, 
então arregalei os olhos quando eu compreendi o resto do que ele me disse. Eu 
gritei. — Ela está bem? O que aconteceu? Quem a machucou? 
— Acalme-se, gata brava. Ela está bem, nós só precisamos que você venha 
aqui buscá-la. Vou explicar tudo quando você chegar aqui. 
— Onde é 'aqui'? — rebati enquanto me movimentava pelo meu quarto 
colocando meus tênis. Peguei minhas chaves do carro na minha mesa de 
cabeceira e segurei o telefone no meu ouvido com o ombro. 
— Playhouse Nightclub, é bem ao lado do Tallaght passe... 
— Eu sei onde é, estarei aí em cinco minutos. — eu disse, e desliguei na 
cara dele. 
Agarrei meu telefone e chaves do carro conforme fechava a janela do meu 
quarto. Eu disse a Storm para ficar lá, mas parecia que ele era surdo, porque ele 
não se mexeu uma polegada ou mesmo acordou. Corri pelo meu corredor e abri 
as fechaduras e o ferrolho na minha porta, em seguida, a abri e saltei para o 
corredor. Eu fechei a porta da frente, tranquei-a, em seguida, corri como um 
morcego para fora do inferno, desci quatro lances de escadas e saí para o pátio 
de estacionamento do meu complexo de apartamentos. Eu corri em direção ao 
meu carro e só percebi que estava com a minha camisola quando a brisa fresca 
bateu e me fez tremer. 
— Porra! — atirei quando destranquei o meu carro, entrei e liguei o 
motor. 
Eu não pensei em trocar de roupa, só em colocar meus sapatos e, em 
seguida, sair para o meu carro. Eu não ia voltar para dentro para me trocar; eu 
tinha que buscar Aideen e me certificar que ela estava bem antes mesmo que 
trocar de roupa se tornasse uma opção. Apesar disso estava tudo bem; eu não ia 
mostrar nada de valor. A camisola era apenas um pouco curta, era preta, então 
eu não tinha que me preocupar que era transparente, pelo menos eu tive sorte 
com isso. O clima também estava bom hoje à noite, estava frio, mas não estava 
ventando ou chovendo. Eu só teria que segurar a barra da minha camisola para 
baixo quando eu saísse do meu carro para evitar que ela levantasse se eu tivesse 
que correr para qualquer lugar. 
Eu tirei o carro do estacionamento e fui direto para a estrada principal e 
me dirigi para a casa noturna. Eu estava bem acordada agora, mas o ardor nos 
olhos não estava certo. Eu só tinha dormido durante quatro horas antes do Sr. 
Pervert me acordar, mas antes disso eu não dormia há 27 horas. Eu trabalhava 
no supermercado local, Super Value. Eu estava sem dinheiro, e eu precisava de 
todas as horas que eu pudesse conseguir, então ontem trabalhei um turno de 11 
horas e, em vez de ir direto para a cama quando cheguei em casa, mergulhei 
direto para a escrita e virei a noite. 
Eu sempre tive uma paixão por dar vida às histórias na minha cabeça 
pelo papel ou tela de um laptop. Eu só me arriscava com pequenas coisas 
bobas aqui e ali, nunca em um romance de corpo inteiro. Felizmente Aideen - 
literalmente - me deu o pontapé na bunda que eu precisava e disse que eu 
deveria apenas 'ir em frente', porque eu não saberia se a minha escrita seria um 
sucesso se nunca a colocasse para fora. Depois daquela chamada para acordar, 
que foi há três semanas, eu trabalhei com afinco e comecei a escrever o meu 
primeiro livro. Ontem, mesmo que eu estivesse quebrada, eu estava 
completamente no clima e só tinha que escrever. Eu tinha tanto dentro de mim 
para a minha história que se eu não tirasse isso da minha cabeça logo eu iria 
explodir. Então eu escrevi, escrevi e escrevi um pouco mais. A falta de sono e o 
ardor nos olhos de encarar o meu laptop estavam chutando a minha bunda 
agora, porque eu me sentia como a morte, entretanto, eu tinha certeza que em 
parte eu parecia também. 
Quando eu parei em um sinal vermelho eu puxei a minha viseira e olhei 
no pequeno espelho e fiz uma careta. Partindo daquilo, dizer que eu parecia com 
a morte teria sido gentil. A esclera3 em torno dos meus olhos verdes parecia um 
mapa do caminho para o inferno, isso era o quanto estava vermelho. Meu cabelo 
vermelho-fogo estava ligeiramente gorduroso, e puxado para cima em um coque 
parecendo desastroso. Olhei para as minhas longas pernas brancas nuas e 
balancei a cabeça. 
Por que eu tinha que ser tão alta? 
Se eu fosse mais baixa, esta camisola seria mais longa e menos exposta! 
Com raiva levantei minha viseira quando o semáforo mudou para verde e 
corri para o local na boate onde Aideen estava com estes homens. Cheguei lá em 
menos de cinco minutos, pois os sinais verdes estavam comigo, e havia pouco ou 
nenhum tráfego nas estradas, graças à hora adiantada. Eu me virei para a 
entrada do estacionamento da boate e dei uma volta até que eu vi dois grandes 
homens enormes que olhavam para baixo, para uma pequena mulher sentada 
no caminho a poucos metros de distância da entrada da boate. Era Aideen, eu 
apenas sabia. Eu estacionei meu carro em frente a eles, saltei para fora e bati a 
minha porta antes de sair correndo em direção à Aideen. 
Quando o barulho dos meus pés batendo no chão pôde ser ouvido ambos 
os homens olharam para mim, mas não disseram nada quando cheguei a 
eles. Quando estava ao lado deles, eu caí de joelhos e puxei Aideen para um 
abraço. Eu ignorei o ligeiro ardor nos meus joelhos por causa do chão de 
concreto cavando minha pele e segurei Aideen firmemente. 
— Você está bem? O que aconteceu? — perguntei então me afastei do 
abraço para que eu pudesse olhar para ela. 
Aideen olhou de volta para mim e eu engasguei com a visão que me 
cumprimentou. Ela tinha um pequeno corte sobre a sobrancelha e o lado direto 
do seu maxilar estava inchado. 
— Alguma cadela saltou sobre mim. — ela resmungou. 
 
3
 Também conhecida como esclerótica ou branco do olho, é a membrana externa branca do olho. 
— Quem? — eu rebati. — Porra, eu vou matá-la!Fiquei surpresa por ter soado como se pudesse realmente seguir com a 
minha ameaça. 
Eu não era uma lutadora. 
Quer dizer, eu poderia me defender quando necessário, mas eu não era 
exatamente Mike Tyson. 
Eu estive em uma luta em toda a minha vida, e que foi apenas porque a 
minha prima mais nova, Micah, me deu um soco no rosto quando éramos 
crianças, para ver se o meu sangue era azul. Ela dizia a todos que eu era um 
alienígena do espaço sideral com sangue azul e que a única maneira de provar 
que eu era um ser humano era me dando um soco e fazendo meu nariz 
sangrar. Eu concordei, porque eu não achei que ia doer muito - eu estava errada, 
muito errada, porque doeu como o inferno. 
Depois que Micah me deu um soco e sangue vermelho fluiu do meu nariz 
e confirmamos que eu era de fato humana, eu pulei nela porque eu estava com 
muita dor e decidi que ela precisava ser punida por me machucar. Em vez de 
bater e esconder, ganhei um olho roxo e um dente lascado. Micah chutou a 
minha bunda, e foi a primeira e única luta que eu já estive envolvida. 
Independentemente da minha incapacidade de causar dor, se alguém 
machucasse Aideen ou Storm, eu iria de Bruce Lee nesses filhos da puta. 
Isso era um fato duro e frio. 
Aideen sorriu para mim e me puxou para outro abraço apertado. — Eu sei 
que você faria, mas eu só quero ir para casa agora. Posso ficar com você? 
Essa foi uma pergunta séria? 
Eu a balancei. — Claro, sua maldita idiota. 
Aideen riu e assim fizeram os homens que estavam de pé sobre nós. Eu 
não sei como, mas eu esqueci que estavam ao nosso lado. Eu rapidamente me 
levantei e puxei Aideen comigo. Ela não estava exatamente bêbada, só um pouco 
tonta, então eu não tinha que equilibrá-la ou qualquer coisa, mas eu ainda 
mantive um aperto firme nela, apenas no caso. 
— Este é Alec. — Aideen disse preguiçosamente e apontou para o homem 
da direita que estava abertamente me olhando de cima para baixo. — E Kane. — 
eu aumentei o aperto sobre Aideen quando olhei para Kane, o homem do lado 
esquerdo. Ele era tão alto e tão musculoso como o idiota que estava olhando 
para o meu corpo, mas ele era assustador de se olhar. Ele tinha uma grande 
cicatriz que se curvava em torno do lado esquerdo da boca e alguns arranhões 
parecendo cicatrizes que iam de sua têmpora direita e para baixo através de sua 
sobrancelha deixando falhas nos cabelos como eles fossem modelados daquele 
jeito. 
— Oi. — eu falei baixo, evitando o contado visual. 
— Kane veio em meu socorro quando a namorada de Alec me bateu. — 
disse Aideen e sorriu para Kane, que sorriu de volta para ela. 
— Ela era minha ficante desta noite, não minha namorada... e eu pedi 
desculpas pelas ações dela. — disse Alec com um suspiro. 
Ignorei Alec, o idiota que acabou de falar e olhei para Kane quando ele 
sorriu e me senti relaxar instantaneamente. Ele não parecia assustador quando 
ele sorria daquele jeito. Apesar disso eu fiz uma careta quando o resto do que 
Aideen disse foi assimilado pelo meu cérebro e antes que eu percebesse soltei 
Aideen e empurrei Alec no peito tão forte quanto pude. Ele não estava 
esperando por isso, então quando eu o empurrei ele perdeu o equilíbrio e caiu 
sobre seu traseiro com um grunhido. 
— Isso é por sua vagabunda machucar minha amiga e se eu descobrir 
quem é a puta, eu vou matá-la, caralho! — eu berrei. 
Aideen me puxou de volta pelo braço e me pediu para parar, enquanto 
Alec olhava para mim com os olhos arregalados, antes que ele olhasse para 
Kane, que o encarou também com os olhos arregalados e a boca aberta. Alguns 
segundos se passaram até que os dois caíram na gargalhada, como se o que 
aconteceu fosse a coisa mais engraçada de todas. Eu vi vermelho e tentei 
avançar em Alec novamente, mas Aideen se moveu para a minha frente e me 
empurrou para trás pelos ombros. 
— Eu te disse irmão, ela é uma gata brava do caralho! — Alec gargalhou 
enquanto agarrou a mão estendida de Kane que o ajudou a se levantar. 
Kane continuou a rir quando ele balançou a cabeça. — Eu gostaria que os 
gêmeos tivessem visto isso, Dominic teria ajudado a bater em você enquanto 
Damien gravava. 
Eu não tinha ideia sobre o que ou quem eles estavam falando, mas eu 
apontei meu dedo perigosamente sobre o ombro de Aideen para Alec e rosnei 
para ele. 
— Continue rindo garoto bonito, e eu vou arranhar essa tua cara! — eu 
avisei. 
Alec deu um passo adiante, com um sorriso rebocado na boca. — Eu 
estou me descobrindo muito atraído por você agora. Você gostaria de vir para 
casa comigo uma vez que você já está vestida para a cama? 
Eu deixei cair meu maxilar em estado de choque, assim como Aideen, 
que girou e empurrou-o no peito, mas não conseguiu derrubá-lo no chão. — 
Parem com isso! Agradeço a ajuda de vocês, mas eu não vou deixar você tratar 
minha amiga como se ela fosse uma de suas clientes, Alec. Ela é uma boa 
menina! 
Clientes? 
O que diabos aquilo significava? 
Alec sorriu para Aideen antes de olhar para mim. — Oh, eu estou 
apostando que há uma menina má enterrada dentro dela em algum lugar. Eu só 
vou ter que usar os dedos, boca e pau para fazê-la sair para brincar. 
Que. Porra. É. Essa? 
— Quem diabos você pensa que é? — eu disse. 
Ele sorriu e piscou, quando disse. — Alec Slater, sua próxima - ou única - 
grande foda. 
Ele era de verdade? 
— Você está prestes a ser Alec Slater - vítima de assassinato - se você não 
calar esse buraco na sua cara! 
Kane rachou de rir quando ele estendeu a mão para o braço de Aideen e 
puxou-a para ele e para longe de mim. — Por favor, não interfira, eu nunca vi 
uma mulher, além de Bronagh, retrucá-lo assim antes. — disse ele a Aideen 
depois tirou os cabelos loiros dela dos seus olhos; a ação a fez derreter em uma 
poça pela forma como ela se inclinou nele. 
Revirei os olhos para ela, em seguida, olhei para Alec, que se aproximou 
de mim, antes que eu rosnasse. — Tente me tocar e você nunca vai ser capaz de 
ter filhos. Estou te avisando. 
Alec sorriu e cruzou os braços sobre o seu peito; isso fez com que todos os 
seus músculos que eu podia ver contraíssem e estendessem. Ele resolveu ficar 
quieto, mas passou os olhos por cima do meu corpo abertamente, 
principalmente nas pernas, e isso me deixou muito desconfortável. 
— Pare de olhar para mim seu bastardo sujo! — eu rosnei. 
Alec olhou para mim. — Por que você sairia vestida assim se você não 
quisesse que as pessoas olhassem para você? — ele perguntou. 
Cerrei os punhos e dei um passo na direção dele. Eu tinha que inclinar a 
cabeça para trás um pouco, porque ele era muito mais alto do que os meus um 
metro e setenta e oito, foi quando percebi que me sentia intimidada, mas eu não 
estava pronta para desistir. 
— Eu saí vestida com minha camisola porque minha amiga precisava de 
mim e me vestir não passou pela minha mente quando você me ligou, seu idiota. 
Ele mostrou os dentes para mim quando sorriu. — Você soa como a 
namorada do meu irmão, ela também me chama muito de idiota. 
Olhei-o de cima a baixo; meu lábio enrolou em desgosto. — Ela deve ser 
gentil, porque há um monte de palavras que lhe serviriam muito melhor. Batty 
boy4 seriam duas delas. — eu rosnei, em seguida, virei na direção de Aideen e 
encontrei-a beijando Kane. Não apenas beijando, ela estava completamente se 
agarrando nele. Eu andei para frente, agarrei seu braço e a puxei, não tão 
gentilmente, para o meu lado. 
Quando ela estava perto de mim eu apertei seu braço e rosnei — Você se 
lembra daquele filme estranho e perigoso que assistimos quando estávamos na 
escola? 
Aideen me deu um olhar ‘você está falando sério’ antes de rir e balançar a 
cabeça. — Eles não são perigosos. Kane me salvou do perigo. 
Eu apontei sobre meu ombro. — Sim, mas o tipo Batty boy aqui a colocou 
em perigo, então vamos. 
— Tenho a sensação de que você está me chamando de gay. — disse Alec 
atrás de mim. 
Eu ergui o meu queixo e continuei a puxar Aideenquando ela franziu a 
testa por cima do meu ombro e disse — Ela está te chamando de gay, mas ela 
não quer dizer isso como um insulto ou nada. Ela não é homofóbica, ela só disse 
isso porque ela esperava que fosse te chatear. 
Sério! 
— Você não devia contar isso pra ele, Ado! — eu rebati. 
— Ado? Gosto desse apelido. — a voz de Kane ronronou à minha direita. 
Ele pronunciou Ado tão corretamente. 
Ay-doh. 
 
4
 Expressão que significa homossexual. 
Eu empurrei Aideen para trás de mim, ignorando suas queixas encarei 
Kane com um olhar que vacilava quanto mais eu olhava para ele. — Ouça, 
obrigada por ajudar minha amiga depois que ela se machucou, mas ela não vai 
te agradecer com uma pole dance pessoal, assim dê um descanso na paquera. 
Kane levantou as sobrancelhas quando ele olhou por cima do ombro e 
perguntou a Aideen. — Você é uma stripper? 
— Não, eu sou uma professora. — Aideen zombou. — Sem pole dance 
significa sem sexo. 
Kane riu em seguida. — Sua amiga está proibindo-a de ter sexo comigo? 
— Sim. — Aideen e eu dissemos em uníssono. 
— E você concorda com isso? — Alec perguntou a Aideen quando ele se 
virou para nós e recostou-se contra o mesmo carro que Kane estava apoiado. 
Pareciam um par de modelos de fitness e perceber isso me irritou. 
— Sim. — Aideen suspirou. — Ela é muito contra sexo com estranhos e... 
eu também. 
Os olhos de Kane se sustentaram em Aideen e então ele sorriu e disse — 
Pena. 
— Uh huh. — Aideen concordou com um suspiro triste. 
Revirei os olhos e disse — Eu vou parar na loja a caminho de casa e 
comprar algumas baterias para o seu vibrador para você passar a noite. Você vai 
ficar maravilhosa. 
— Keela! — Aideen ofegou e bateu na minha bunda, que me fez gritar e 
saltar. 
Ambos os rapazes riram do que eu disse, balançaram a cabeça enquanto 
continuaram a olhar para nós. Eu fiquei irritada e disse a Aideen — Talvez eles 
pudessem se inscrever na Perverter 'R Us, eles se encaixam no perfil com essas 
encaradas. 
Aideen riu e bateu na minha bunda de novo. 
— Desculpe? — Alec disse. 
Aideen estava rindo quando falou. — O vizinho de Keela, o Sr. Doyle, é 
um homem que encara muito então ela o nomeou de Sr. Pervert e o imaginou 
sendo o CEO de uma empresa chamada Pervert 'R Us. 
Estreitei os olhos, quando as duas hienas começaram a rir novamente - 
eles pareciam fazer muito isso. 
Eu com raiva alcancei atrás de mim e agarrei Aideen. — Vamos embora. 
Tenho que ir para casa para Storm. 
— Storm? — Alec questionou. 
— Storm é o... 
— Namorado. — sorri quando cortei Aideen e dei-lhe um olhar ‘me 
acompanhe’. Ela olhou de volta para mim e eu podia ver a diversão em seus 
olhos assim que ela balançou a cabeça e olhou para Alec. 
— Storm é muito protetor com ela. — disse ela. 
Alec levantou uma sobrancelha. — Se ele é tão protetor, então como é que 
ele permite que você venha aqui sozinha, vestida assim? 
Ele soou como se minha camisola fosse miserável! 
Eu rosnei e fiz um movimento para frente para corrigi-lo, mas Aideen 
colocou-se entre Alec e eu, antes de dizer. — Storm é muito difícil de despertar 
durante a noite. Ele provavelmente nem sequer a ouviu sair, mas ele ainda é um 
grande... cara. 
Eu bufei interiormente. 
— Sim, e ele vai chutar o seu traseiro por até mesmo sugerir em termos 
sexo! — afirmei. 
Alec colocou a cabeça em torno de Aideen e sorriu para mim. — Eu sou 
um amante, não um lutador. 
Boas notícias! 
— Então é melhor recuar, porque mais um comentário bruto e eu vou te 
arrebentar, sem incomodar Storm! — eu rosnei. 
Alec mordeu o lábio inferior e sorriu para mim, eu sabia que ele estava 
pensando, coisas brutas, então eu o encarei o que fez Kane bufar. 
— Podemos ficar com ela? Eu gosto de ouvir alguém colocá-lo em seu 
lugar, o fato de que ela é uma mulher é ainda melhor. Você não a afeta irmão; 
você está perdendo o jeito. — Kane riu e empurrou Alec de brincadeira quando 
ele se acomodou ao lado dele no carro em que eles estavam inclinados. 
Alec continuou a sorrir para mim enquanto falava com Kane. — Ainda é 
cedo, não me derrube tão rapidamente, mano. 
— Eu vou atirar em você, porra. — eu murmurei fazendo Aideen bufar 
assim que pegou minha mão. 
— Isso foi... interessante. Entretanto, Keela está certa, é melhor irmos 
andando. 
— Obrigada, Jesus. — eu comemorei fazendo Kane dar risadinha antes de 
olhar para Aideen. 
Ele sorriu para ela e disse — Eu acho que te vejo por aí, Ado. 
Estreitei meus olhos para ele. — Eu sou a única autorizada a chamá-la de 
Ado. 
Kane olhou para mim e sorriu. — Eu gosto de você. 
Eu corei, mas me forcei a ficar firme, e disse — Bem, eu não gosto de 
você ou seu amigo pervertido... 
— Irmão. Eu sou seu irmão pervertido. — Alec me cortou fazendo Aideen 
rir baixinho. 
Empurrei-a e encarei Alec antes de voltar a olhar para Kane, que ainda 
olhava para mim com uma expressão divertida. Limpei a garganta e disse — Eu 
não gosto de você ou seu irmão pervertido. Vocês dois são claramente nada 
exceto problemas se as pessoas com quem vocês fazem amizade atacam garotas 
sem motivo. Vocês dois são muito grosseiros também! 
Virei e agarrei a mão de Aideen e saí andando para longe dos irmãos e na 
direção do meu carro. 
— O quê? Sem beijo de despedida? Agora quem está sendo grosseiro! — 
a voz de Alec chamou atrás de nós fazendo Aideen dar gargalhada. 
Eu resmunguei. — Foda-se! — eu gritei, sem virar. 
— Diga a hora e lugar, gatinha. — Alec gritou de volta o que levou Aideen 
a soltar uma risada completa. 
Gatinha? 
Eu soltava fumaça em silêncio enquanto quase arrastava Aideen por todo 
o estacionamento escuro e para o meu carro. — Diga a hora e lugar, gatinha. — 
eu imitava a voz de Alec o que levava Aideen a rir mais ainda enquanto afivelava 
o cinto de segurança. 
Eu coloquei meu cinto de segurança, em seguida, dei partida no meu 
carro. Eu saí da vaga em que estava e rapidamente dirigi para fora do 
estacionamento. Eu não acho que me acalmei suficiente para respirar 
normalmente até que estávamos no Tallaght Bypass. 
— Você pode acreditar nele? Que idiota do caralho! — eu cuspi. 
Aideen bufou. — Eu achei toda essa conversa hilária. 
Eu balancei minha cabeça. — Bem, você não devia ter achado. Olhe para 
o seu rosto, Aideen! 
Aideen suspirou. — Eu sei, mas sinceramente não foi culpa deles. Nós 
estávamos apenas nos divertindo, quando do nada esta menina pulou em cima 
de mim. 
Segurei meu volante tão forte que meus dedos ficaram brancos. 
— Por que mesmo você estava com eles? — eu cuspi. 
Eu não estava brava com ela, eu estava brava por ela ter sido machucada 
por alguma cadela. 
— Eu nem mesmo estava com eles. Esta noite foi a primeira vez que os 
encontrei. Eu saí com Branna. Hoje à noite era uma pequena festa de 
aniversário de vinte e um anos para Bronagh. Branna saiu cedo com Ryder, 
porque ele não estava se sentindo muito bem. Bronagh ainda está dentro do 
clube com o seu namorado, Nico, e sua amiga, Alannah. Eu estava sentada com 
Kane e Alec quando uma garota bêbada veio e me acusou de ser a foda mais 
recente de Alec. Alec riu da garota, mas não negou, então ela pulou em cima de 
mim. 
Eu resmunguei. 
Branna Murphy era amiga de Aideen e tem sido sua amiga desde que 
estavam na pré-escola. Aideen é alguns anos mais velha do que eu, então ela 
conhecia Branna a mais tempo do que me conhecia. Eu sou uma mulher adulta, 
eu não sou toda ciumenta com a amizade delas. Branna era legal, afinal. Sua 
irmã Bronagh era legal também, eu era dois anos mais velha do que Bronagh, 
que completou vinte e um hoje. Eu tinha sido convidada para sair com todos 
esta noite, mas meu corpo estava quebrado, então eu recusei o convite. 
Meus pensamentos me acalmaram o suficiente para que eu afrouxasse 
meu aperto no volante, mas eu ainda tremia de raiva. — Você deveria ter me 
deixado bater neles. 
Aideen riu, em seguida,levantou a mão para embalar seu rosto. — Você 
teria quebrado sua mão! Você viu quão grande ele era? 
Eu grunhi e balancei a cabeça. — O irmão dele era ainda mais musculoso. 
Eles vivem na academia ou algo assim? 
Aideen riu. — Branna disse que eles têm uma academia na casa deles. 
Lembra quando eu te contei que ela foi morar com Ryder e o gêmeo mais velho, 
Nico, foi morar com sua irmã? 
Eu balancei a cabeça. 
— Branna não mora só com Ryder, ela foi morar com Alec e Kane 
também. Ela disse que tem uma academia de ginástica, onde deveria ser a sala e 
que todos eles malham muito. Você devia ver o Nico; ele tem vinte e um anos e o 
cara é muito musculoso. Ele é um lutador ou algo assim. 
Olhei para ela com olhos arregalados. — Por que diabos você está 
pendurada em torno de fortões, Aideen? 
Aideen explodiu em um ataque de risos que me fez sorrir mesmo que eu 
estivesse irada. 
— Eles são adoráveis, grandes e assustadores - mas adoráveis. 
Eu tremi quando imaginei o rosto de Kane, chamá-lo de adorável não era 
uma palavra que eu usaria para descrevê-lo. 
— Como você acha que Kane conseguiu as cicatrizes em seu rosto? Elas 
são tipo graves. 
Aideen suspirou. — Eu não tenho nenhuma ideia do que aconteceu com 
ele, mas ele ainda é lindo! 
— Você gosta de seu sotaque também, né? — eu questionei. 
Aideen ronronou — Oh, meu Deus. Eu poderia ouvi-lo falar o dia todo! 
Ele poderia me deixar molhada apenas dizendo ‘Olá’! 
Revirei os olhos. — Eu juro que você pensa com o seu pau. 
Aideen gargalhou. — Você quer dizer vagina? 
— Sim, quero dizer vagina, mas pau soa melhor. 
Aideen continuou a rir, então chiou um pouco e cobriu o rosto com as 
mãos. Eu olhava para ela de vez em quando durante os cinco minutos de carro 
de volta para o meu apartamento. Eu estacionei no meu lugar habitual, então 
Aideen e eu saímos do carro, e depois que eu tranquei, rapidamente corremos 
por todo estacionamento e para dentro do meu prédio. Subimos dois degraus de 
cada vez até chegarmos ao quinto andar, onde era o meu apartamento. Abri a 
porta do corredor como um raio de velocidade, porque eu não queria ser pega 
pelo Sr. Pervert novamente vestida com apenas a minha camisola. 
Felizmente, entramos sem ninguém nos ver. Aideen e eu, então, fomos 
para o banheiro, onde eu peguei o meu kit de primeiros socorros, enquanto ela 
tirou o vestido, em seguida, a calcinha e sentou no vaso sanitário. 
Eu estava abrindo um pacote antisséptico, quando eu olhei para ela 
através do espelho e bufei. — Você acha que caras fazem isto? 
Aideen abriu os olhos e sorriu para mim preguiçosamente e disse — De 
boa vontade ir ao banheiro com outro cara? Não, eles se chamariam de gay. 
Eu ri e voltei a olhar para baixo para o kit de primeiros socorros, 
enquanto Aideen terminava no vaso sanitário. Eu me virei quando deu descarga 
e esperei que ela lavasse as mãos antes de começar a limpeza do seu rosto. Ela 
estava quatro centímetros mais baixa do que eu, agora que estava sem salto, 
então segurar a cabeça dela foi ainda muito mais fácil. 
— Ai! — Aideen de repente gritou, o que resultou em um latido no meu 
quarto. 
— Volte a dormir seu gordo de merda! — Aideen gritou quando passei o 
antisséptico para limpar um pequeno corte acima de seu olho. 
Eu assobiei para ela. — Deixe-o em paz, ele não é gordo. Ele só tem uma 
camada grossa! 
Aideen riu através de seu assobio. — Sim, uma grossa camada de 
gordura. 
Eu dei-lhe um olhar firme. — Não critique meu bebê quando estou 
limpando você. Meu dedo pode escorregar e enfiar dentro do seu olho. 
Aideen me deu um olhar desconfiado e fechou a boca, o que me fez sorrir 
por dentro enquanto terminava de limpar seu rosto. Quando terminei, ela 
entrou no meu quarto para pegar algum dos meus pijamas para usar, enquanto 
eu fui para a cozinha pegar um copo de água. Acendi a luz da cozinha, em 
seguida, fui até a pia e enchi um copo e rapidamente engoli a água. Eu olhei 
para a minha esquerda e percebi o envelope que o Sr. Pervert me deu 
anteriormente, ainda fechado sobre a minha mesa da cozinha. 
— Storm, saia da cama... ou pelo menos mexa-se! — a voz de Aideen 
gritou do meu quarto. 
Eu esfreguei a parte de trás do meu pescoço rudemente e suspirei. Olhei 
para o envelope mais uma vez antes que balançasse a cabeça e caminhasse até o 
interruptor de luz da cozinha e desligasse. Virei-me e caminhei em direção aos 
sons de rosnado e grito vindos do meu quarto e decidi que lidar com Storm e 
Aideen era o suficiente para uma noite. 
O que quer que estivesse naquele envelope podia esperar até de manhã. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Eu acordei e senti que 
tinha a mãe de todas as ressacas, embora eu não tivesse tocado em uma gota de 
álcool na noite anterior. Era uma ressaca de falta de sono que eu iria nutrir 
durante todo o dia e eu imediatamente fiquei mal humorada por causa disso. Eu 
nunca fui o que alguém chamaria de uma pessoa da manhã, mas acordar com 
uma dor de cabeça selou o negócio que eu ficaria ranzinza. 
Eu gemi quando ouvi gritos vindo da cozinha seguidos de latidos que não 
ajudavam as batidas que se instalaram na minha cabeça. 
Era muito cedo para esta merda. 
— Aqueles dois malditos. — resmunguei enquanto chutava as cobertas do 
meu corpo. 
Sentei-me ereta e suavemente balancei a cabeça para tentar limpá-la, em 
seguida, levantei e espreguicei até que minhas costas estalaram. Eu arrastei 
meus pés conforme caminhei para fora do meu quarto, pelo corredor e entrei na 
cozinha. Cruzei os braços sobre o peito e bocejei enquanto minha barriga 
roncava com o cheiro delicioso de uma fritura sendo feita. Você não pode 
superar salsichas, bacon, ovos e pudim de café da manhã no fim de semana, não 
havia nada melhor. Eu inclinei meu ombro contra a parede da cozinha e assisti a 
cena diante de mim ligeiramente divertida. 
— Ouça-me você bebezão gordo, esses bacons são meus e de Keela. Você 
não tem permissão para ter nenhum! 
Sim, Aideen estava em uma batalha de palavras - de certa forma - com 
Storm. 
Storm rosnou para Aideen e se aproximou dela; ela tinha uma faca de 
manteiga na mão e apontou-a diretamente para ele. — Experimente e estou te 
avisando, vou fritar carne de cachorro! 
Eu ri, o que chamou a atenção tanto de Aideen quanto de Storm. Storm 
se esqueceu de Aideen assim que me ouviu, isso ficou evidente quando ele pulou 
e latiu enquanto vinha correndo em minha direção. Eu audivelmente grunhi 
conforme ele colidiu com minhas pernas depois ri quando ele se levantou e 
colocou as patas dianteiras em meus ombros e lambeu meu rosto. Ele era um 
cachorro grande, quando se levantava sobre as patas traseiras, ele ficava da 
mesma altura que eu. 
— Desça, bom menino. — eu dei risada quando ele caiu de quatro e 
continuou a esfregar a cabeça contra a minha perna. 
Eu olhei para Aideen, que estava encarando Storm. — Eu o odeio. 
Eu sorri. — Acho que ele retribui esse sentimento de todo o coração. 
Aideen sorriu em seguida, virou-se e virou as fatias de bacon na frigideira 
e acrescentou algumas salsichas gordas. 
Minha boca encheu de água. 
— Pelo que vocês estavam brigando a essa hora? — perguntei depois que 
engoli a saliva em minha boca. 
Aideen bufou. — Ele continua tentando pular e pegar a comida quando eu 
não estou olhando. Ele é guloso, gordo filho da puta. 
Olhei para Storm e cocei sua cabeça. — Paus e pedras bebê, paus e 
pedras5. 
Aideen riu e balançou a cabeça para mim. Fui até ela e me aproximei para 
que eu pudesse estudar seu rosto. Ela tinha uma contusão em sua bochecha e 
seu lábio inferior estava machucado e inchado também. 
Eu fiz uma careta. — Espero que a puta que fez isso seja largada enquanto 
estiver vestindo branco6. 
Aideen soltou uma gargalhada, e isso me fez sorrir. 
— Eu também. — ela riu enquanto continuava a cozinhar o nosso café da 
manhã. 
Eu lavei as minhas mãos na pia, enxuguei-as e bocejei enquanto ia paraa 
mesa da cozinha. Esfreguei meus olhos e balancei a cabeça ligeiramente com 
todas as revistas que foram espalhadas por toda a mesa. Aideen tinha uma coisa 
sobre revistas; ela não podia simplesmente ler uma de cada vez, ela tinha que 
ter, pelo menos, dez na frente dela para escolher. 
— Você sabe que você pode baixar revistas diretamente para o Kindle que 
eu comprei pra você certo? — murmurei. 
Eu cocei a parte de trás da minha cabeça conforme olhava para as capas 
das revistas decidindo qual ler. 
— Eu sei, mas eu gosto de segurá-las nas mãos enquanto leio. — Aideen 
respondeu quando ela desligou o fogão e serviu nossa comida. 
Eu olhei para ela e observei o quão revigorada e alerta ela estava. 
 
5
 Vem da expressão: Sticks and stones may break my bones, but names can never hurt me", que 
significa: Paus e pedras podem quebrar meus ossos, mas nomes nunca me machucam. Usado como 
resposta a um insulto, indicando que o insulto foi registrado, mas não fez efeito. 
6
 Referência a ser largada no altar. 
— É um pouco estranho que você não tenha ressaca. — eu disse enquanto 
ela colocava meu prato na minha frente. 
Aideen sentou na minha frente e deu de ombros. — Eu só tenho sorte, eu 
acho. 
Eu assenti e peguei o ketchup que atualmente estava colocado em cima 
da revista que Aideen estava olhando. Eu abri a garrafa e derramei uma 
quantidade razoável de molho no meu prato, em seguida, levantei e fui para o 
pacote de pão. 
— Como está indo a sua dieta? — Aideen então perguntou com um sorriso 
antes de colocar um pedaço de pudim na boca. 
Eu a encarei conforme sentava de volta. — Esta é a minha refeição 
liberada, só tenho uma por semana, então me deixe em paz. 
Aideen levantou as mãos. — Sem julgamento. — ela disse com a boca 
cheia de comida. 
— Você é desprezível! — eu rebati. 
Aideen riu quando ela engoliu sua comida. — Desculpe. 
Ela não estava nem um pouco arrependida. 
Eu fiz uma careta de desgosto. — Você foi criada por cães selvagens. 
Aideen sorriu. — Não tenho culpa que a minha mãe morreu dando à luz 
ao meu irmão e me deixou com três irmãos mais velhos, um irmão mais novo e 
um pai que são todos homens das cavernas. 
Eu bufei. — Não jogue a carta da minha-mãe-morreu-dando-a-luz, você 
não vai ganhar qualquer simpatia da minha parte. Você teve uma criação 
brilhante, muito melhor do que a minha e minha mãe está viva e bem. 
— Infelizmente. — Aideen murmurou me fazendo exalar uma grande 
respiração. 
Aideen suspirou e disse — Desculpe-me Kay, isso foi malvado. Sei que ela 
é sua mãe, mas Deus, eu quero bater nela algumas vezes pela forma como ela a 
trata. 
Encolhi os ombros. — Não pense sobre ela. Apenas faça o que eu faço e 
finja que ela e minha família louca não existem. 
Aideen bufou quando eu enfiei um pudim na minha boca. 
— Improvável, seu tio é a razão pela qual eu me masturbo. 
Eu comecei a engasgar com o pudim na minha boca, então Aideen 
levantou-se e correu para o meu lado. Ela me bateu nas costas três vezes, e a 
força de sua batida fez as minhas costelas sacudirem. A comida veio da minha 
garganta e pousou no meu prato na minha frente. 
— Eu estou bem. — vomitei. 
Fechei os olhos e me forcei a não ter um ataque de tosse, o resto da 
comida que eu tinha acabado de comer estaria por todo o chão em segundos se 
isso acontecesse. 
— Você está bem? — Aideen perguntou, sua voz estridente e entrando em 
pânico. 
Eu não respondi a ela. Concentrei-me em respirar pelo nariz e expirar 
pela boca. Depois de alguns segundos pisquei os olhos e balancei a cabeça para 
Aideen. — Eu estou bem. — eu disse asperamente, depois peguei o copo de suco 
que Aideen encheu para eu tomar com o meu café da manhã. 
Depois que mais um minuto se passou eu me levantei da minha cadeira, 
fui até a pia e enchi um copo com água e depois bebi de um gole só. 
— Desculpe-me, eu não tive a intenção de quase matá-la. — disse Aideen 
atrás de mim. 
Tossi um pouco, em seguida, virei para encará-la, eu cruzei os braços 
sobre o peito e ergui as sobrancelhas para ela. — Dizer que você se masturba 
pensando no meu tio, enquanto eu estou comendo, não vai causar qualquer 
coisa que não seja a morte, Ado. 
Aideen tinha um fantasma de um sorriso em seu rosto enquanto ela 
esfregava o rosto com as mãos. — Apesar disso ele é quente, eu não posso evitar. 
Eu tremi. — Brandon é meu tio, meu sangue... pare. 
Aideen riu. — É uma pena ele ser seu tio, eu nunca chego a vê-lo. Você 
pode imaginar se ele fosse seu pai e não de Micah? 
Eu balancei a cabeça e disse — Sim, eu posso, e eu seria uma cadela 
mimada que ameaça a todos com o papai. 
Aideen encolheu os ombros. — Se o seu pai estivesse aqui e ele fosse o 
chefe de uma organização perigosa, você provavelmente se vangloriaria sobre 
isso também. 
Eu bufei. — Improvável, falavam-me para nunca prestar qualquer 
atenção em qualquer coisa que eu ouvisse quando ia à casa de Micah e falavam a 
mesma coisa para Micah. Até hoje eu não sei no que meu tio está envolvido e eu 
gostaria de manter assim. Ele é meu membro favorito da família, saber que ele 
faz coisas ruins iria estragar isso. Estou mais do que feliz em ficar no escuro, 
além disso, não é provavelmente nada como você pensa... 
Aideen espreguiçou e disse: — Sim, eu entendo isso, mas se 
Micah realmente ameaça a todos com seu pai quando ela se mete em 
problemas, ele não cumpre com suas ameaças. Lembro-me de Gavin me contar 
que Micah agrediu Bronagh Murphy há alguns anos fora da escola e quando seu 
amigo, Nico, advertiu-a e bateu em Jason nada aconteceu com ele pela mão de 
Brandon, porque ele ainda está andando por aí. 
Eu senti meu estômago embrulhar com a menção do nome dele. 
Jason Bane era um idiota e seu sobrenome7 o representava 
completamente porque ele era a ruína da minha existência. Ele não era apenas 
 
7
 Bane: praga, desgraça, ruína. 
um ser humano nojento, mas ele era um canalha que usava sua aparência e 
charme para conseguir o que queria na vida. Por um tempo, eu era algo que ele 
queria. Fechei os olhos, enquanto a memória do nosso primeiro encontro 
inundava minha mente. 
— Este assento está ocupado? 
Eu olhei para o rapaz que falou comigo e balancei a cabeça, mas não 
falei. Ele era um homem com vinte e poucos anos, era alto - mais alto do que o 
meu um metro e setenta e cinco. Seu cabelo era muito preto, seus olhos eram 
azul escuro e seus lábios eram cheios e da cor de uma rosa. Ele não era nem 
pálido, ele realmente tinha um ligeiro bronzeado. Eu estava muito 
possivelmente olhando para a pessoa mais quente que eu já tinha visto em 
toda a minha vida. 
— Qual é seu nome, linda? — o estranho gostoso me perguntou. 
Olhei por cima do ombro para ver se havia algum tipo de modelo 
sentada atrás de mim com quem ele poderia estar falando. Quando eu vi 
ninguém ao meu redor, me acomodei com o fato de que ele estava de fato 
falando comigo. 
Limpei a garganta. — Hum, Keela... Keela Daley. 
O estranho sorriu. — Prazer em conhecê-la Keela Daley, sou Jason 
Bane. 
Senti-me corar quando ele estendeu a mão em minha direção. Eu 
levantei minha mão e a coloquei na sua. Antes que eu pudesse apertar sua mão 
ele levantou a minha para sua boca e deu um beijo leve em meus dedos. 
Oh... Meu... Deus! 
— É um prazer conhecê-lo também. — eu disse, minha voz hesitante. 
Jason sorriu para mim. — Então me diga, o que é que uma menina linda 
como você está fazendo sentada sozinha em um bar em uma noite de sexta-
feira? 
Eu ainda podia sentir o rubor no meu rosto, mas eu me forcei a sorrir e 
não aparentar tão estranha e nervosa quanto eu me sentia. 
— Eu estou esperando pela minha amiga, ela vai me encontrar aqui em 
breve. 
Jason sorriu para mim. — Nesse caso, eu vou ter que ficar por aqui e lhe 
fazer companhia até que ela chegue. 
Senti minha barrigavibrar com borboletas. 
Lambi meus lábios e disse — Oh, está tudo bem. Você não tem que ficar 
aqui comigo. 
— Mas eu quero. 
Eu arregalei meus olhos. — Você quer? 
Ele quer? 
— Eu quero. — disse Jason e me deu um aceno de cabeça firme. 
Oh, uau. 
— Hum, tudo bem, então. — eu sorri. 
Em seguida ele sinalizou para o garçom. — Uma garrafa de Bud para 
mim por favor, e para a senhorita... 
Jason olhou do garçom para mim e meu coração deu um pulo, ele ia 
comprar uma bebida para mim! Ninguém nunca me comprou uma bebida 
antes. 
— Vodka e Coca-Cola, por favor. — eu disse um pouco sem fôlego. 
Jason virou-se para o barman e pergunto — Entendeu, cara? 
O garçom assentiu, depois, foi fazer nossas bebidas. 
— Obrigada pela bebida. — sorri quando Jason se virou para mim. 
Jason acenou com a mão. — Nem pense nisso. 
Eu fiz exatamente isso e disse — Então, o que o trouxe aqui esta noite? 
Jason enfiou o polegar por cima do ombro e eu segui o polegar para um 
grupo de rapazes sentados em frente ao bar. — Eu e os rapazes decidimos vir 
aqui para algumas cervejas antes de irmos a um clube. Avistei você do bar e 
tinha que vir dizer olá no caso de eu nunca ter a chance de novo. Não é todo 
dia que alguém tão linda como você cruza o caminho de alguém como eu, 
afinal de contas. 
O que? 
Sério, o que? 
— Você está brincando? — eu soltei. 
Jason ergueu as sobrancelhas. — Não, por quê? 
Eu balancei minha cabeça. — Porque você é lindo. 
Eu queria morrer quando um enorme sorriso quase dividiu o rosto de 
Jason em dois. — Estou feliz por você ter dito isso, porque eu acho que você é 
linda, também. 
Eu estava começando a suar, do tanto que eu estava corada. 
Jason riu para mim e mudou de assunto para coisas mais mundanas e 
depois de um tempo um rapaz de seu grupo de amigos se aproximou e lhe deu 
uma cotovelada. — Estamos caindo fora, cara. Você vem? 
Jason manteve os olhos fixos nos meus, quando ele disse. — Não, cara. 
Estou bem aqui. 
O amigo riu e piscou para mim. — Sim, eu pensei que você poderia dizer 
isso. Vejo você amanhã. Tchau, linda. 
Dois homens me chamaram de linda hoje à noite! 
Dois! 
— Você não tem que ficar aqui comigo. Tenho certeza de que minha 
amiga estará aqui... 
— Eu quero ficar aqui com você e eu estou meio que com esperança que 
sua amiga não apareça. Quero mantê-la só para mim. 
Oh, meu Deus. 
Como se fosse uma sugestão, meu telefone tocou e porque eu não tinha a 
menor ideia do que dizer de volta para Jason, eu rapidamente peguei o celular 
da minha bolsa e atendi. 
— Onde você está? — perguntei para Aideen quando eu respondi. 
— Eu estou indo embora em cinco minutos. Fiquei presa com a detenção 
de noite acontecendo na escola. — Aideen respondeu num acesso de raiva. 
— Leve o seu tempo, tenho companhia. — eu disse, fazendo Jason sorrir 
enquanto bebia o resto de sua cerveja. 
— Homem ou mulher? — Aideen questionou. 
— Homem. 
— Ele pode ouvir o que você está dizendo? 
— Sim. — eu respondi então levantei um dedo para Jason indicando que 
eu ficaria apenas mais um minuto ao telefone, ele acenou com a cabeça e 
sorriu para mim. 
— Ele é quente? 
Eu interiormente revirei os olhos para a pergunta, mas disse — De um 
jeito que você não iria acreditar. 
Aideen gritou tão alto que eu puxei meu telefone longe da minha orelha 
com um silvo. — Eu não vou, você fica com ele e se diverte. Está me ouvindo, 
Keela? Diversão! 
Eu estava mortificada, todo o maldito bar podia ouvi-la. 
— O que quer dizer com você não vem? 
Jason sorriu e ele se inclinou para frente e roçou o dedo sobre o meu 
joelho exposto. Eu fiquei tensa e fixei meus olhos nos dele, minha respiração 
acelerou e meu pulso disparou. 
— Vá se divertir! Chame-me se precisar de mim! — com aquilo dito, 
Aideen desligou. Eu queria rastejar através de meu telefone e estapear a 
Aideen boba, Jason poderia ser um assassino com tudo que ela sabia! 
Desviei o olhar de Jason e para o meu celular com uma careta. — Minha 
amiga não vem. 
Jason sorriu para mim. — Não se preocupe, eu vou cuidar de você. 
Sorri para sua paquera e disse — Como é que eu sei que você é capaz de 
cuidar de mim? 
Engoli em seco quando o banco em que eu estava sentada de repente foi 
puxado em direção a Jason, sua mão direita se moveu para minha cintura e 
seu rosto estava a um fio de cabelo de distância do meu. 
— Eu sou mais do que qualificado para o trabalho. — ele disse, em 
seguida, passou a língua sobre o meu lábio inferior. — Confie em mim. 
Eu realmente confiei nele e confiar naquele idiota foi o maior erro da 
minha vida. Eu franzi a testa para os meus pensamentos e Aideen notou, ela 
suspirou e esfregou sua bochecha machucada. 
— Eu sinto muito Kay, eu não deveria ter mencionado Micah ou ele. 
Esqueci-me. 
Dei de ombros. — Não se desculpe. Eu vou ter que me acostumar em 
ouvir o seu nome, ele vai casar com Micah, afinal de contas. 
Aideen zombou. — Eu não acredito que ele te usou para se vingar de 
Micah quando eles se separaram e agora eles vão se casar. Eu odeio aquele par, 
porra. 
— Eu os odeio também. 
Aideen sacudiu sua raiva e retomou seu lugar à mesa, mas ela disparou 
de volta quando ela olhou para o prato. Eu ri quando eu percebi o que tinha 
acontecido. 
— Seu desgraçado! Seu gordo, bastardo guloso! — Aideen gritou 
enquanto procurava por Storm na sala. 
Olhei para a mesa e balancei a cabeça, tanto meu prato quanto o de 
Aideen estavam limpos de comida e Aideen estava em uma missão para torcer o 
pescoço do Storm. Ele sabia disso também, porque ele estava se escondendo 
dela. 
— Onde você está? — Aideen gritou fazendo-me dar uma gargalhada. 
Storm era um cão grande, realmente um grande cão, por isso o fato de 
que ele poderia se esconder no meu apartamento minúsculo me enlouquecia. Eu 
ri ainda mais forte quando ouvi a porta do meu quarto fechar. Aideen correu da 
cozinha e pelo corredor até a porta do meu quarto. Fui até o quarto atrás dela e 
continuei a rir. 
— Eu não acredito que você comeu nosso café da manhã! Você é um cão 
guloso filho da puta! — Aideen gritou para Storm que agora estava deitado na 
minha cama. 
Ele ergueu as orelhas para os gritos de Aideen, mas, além disso, ele não 
fez absolutamente nada, e isso só serviu para deixar Aideen ainda mais furiosa. 
— Eu o odeio, porra! Ele é, literalmente, como um homem, um homem 
gordo e inútil. 
Storm peidou em resposta e fez com que Aideen e eu fugíssemos do meu 
quarto - eu ainda em um ataque de riso e Aideen explodindo de raiva. 
— Por que você o mima tanto? Ele é um cão patético Keela, ele é 
literalmente bom para nada! 
Dei de ombros. — Ele não tem que ter um propósito para eu tê-lo, Ado. 
Aideen jogou as mãos para o ar. — Você o pegou como um cão de guarda. 
Eu sorri. — Ele guarda a comida dele, isso vale alguma coisa... certo? 
Aideen pisou na sala de estar com raiva e se sentou no sofá. — Você é 
inacreditável! 
Eu ri quando caí sobre a cadeira ao lado dela. — Apesar disso você ainda 
me ama... certo? 
Aideen encolheu os ombros. — Eu estou meio a meio agora. 
Eu a cutuquei e disse — Cadela. 
Aideen bufou e relaxou na cadeira. — Então... ontem à noite foi uma 
loucura, hein? 
O rosto metido de Alec Slater passou pela minha mente e eu fiquei tensa. 
— Sim, louco. 
Aideen limpou a garganta e disse — Eu não consigo acreditar que você 
agrediu alguém fisicamente. 
Virei a cabeça boquiaberta. — O que? 
Aideen encolheu os ombros. — Você empurrou Alec para o chão. Ele tem 
algo como um metro e oitenta. Ele é muito alto, mesmo em comparação a você, 
o que quer dizer alguma coisa, então eu não sei como você conseguiu colocá-lo 
no chão. 
Eu levantei o dedo e disse — Primeiro de tudo, eu o empurrei, eu não bati 
nele, o que não conta como agressão física. — eu levantei um segundo dedo. — 
Em segundo lugar, eu o peguei de surpresa e é por isso que ele caiu tão 
facilmente, ele não estava esperando. — eu aponteium terceiro dedo. — E, 
finalmente, eu fiz isso para defendê-la. A garota dele fez isso no seu rosto! 
Aideen estendeu a mão e tocou o rosto dela, sibilando um pouco antes de 
abaixar a mão. — Ela era uma velha transa dele, não sua garota. 
Eu bufei. — É a mesma coisa, ela ainda era ligada a ele. 
Aideen suspirou. — Apesar disso, eles me ajudaram, Kay... Kane, 
especialmente. 
Eu gemi. — Pare com isso. Não fique pensando que ele é algum tipo de 
herói, o rapaz parece problema. 
Aideen franziu a testa para mim. — Isso é muito crítico, Keela, só porque 
ele tem cicatrizes significa que ele é problema? 
Abri a boca, mas a fechei. 
Aideen sorriu para mim, então eu olhei para ela fazendo-a rir. — Eu sei 
que você só está com raiva porque eu me machuquei. Eu te amo por isso, mas 
não há necessidade de ficar com raiva dos irmãos Slater por causa disso. 
Eu resmunguei. — Ok, tudo bem, eu não vou ficar com raiva deles por 
isso, mas eu vou ficar com raiva de Alec pelas coisas que ele me disse. 
Aideen assentiu com a cabeça. — Eu não culpo você, ele foi bruto e um 
idiota completo. 
Levantei minhas mãos. — Obrigada! 
Aideen riu. — Eu não consigo acreditar o quão você ficou valentona. 
Nunca vi você agir assim antes, você é geralmente um pouco molenga. 
Eu fiz uma careta e abaixei meus ombros um pouco. — Eu sou com a 
minha família, porque é mais fácil ficar apenas quieta ao redor deles, mas você 
se machucou e eu fiquei com raiva... eu não pude evitar. Além disso, não é como 
se eu tivesse matado alguém. 
Aideen sorriu. — Você ameaçou o suficiente. 
Eu a encarei. — Cala a boca. 
Ela gargalhou um pouco me fazendo sorrir. Eu bocejei e depois 
espreguicei antes de olhar para a mesa da cozinha. Eu levantei e fui até 
lá. Aideen limpou a mesa e colocou a louça na pia, ela as lavou, em seguida, 
deixou no escorredor para secar. 
Concentrei-me na mesa da cozinha e comecei a empilhar as 
revistas. Quando elas estavam em uma pilha, olhei para a mesa e parei por um 
segundo. Peguei o envelope que o Sr. Pervert deixou na noite passada e suspirei 
quando o virei e rasguei para abrir, não me importando com o conteúdo. 
Virei o cartão na minha mão quando o puxei do envelope. Abri a tampa 
bonita e li a primeira linha. Deixei cair o cartão sobre a mesa e dei um passo 
para trás. 
— Oh meu Deus! — eu disse, encarando a mesa. 
— O quê? — Aideen perguntou quando ela entrou na cozinha, eu apontei 
para o cartão sem olhar para longe dele. 
Ela moveu-se ao redor da mesa, pegou o cartão e o leu. — Nem fodendo! 
Eu balancei a cabeça. 
— Eles a convidaram para o casamento deles? Aqueles bastardos 
diabólicos fodidos! — Aideen rosnou. 
Eu me senti um pouco tonta, por isso, puxei uma cadeira da mesa da 
cozinha e sentei antes que eu inclinasse minha cabeça para frente e a colocasse 
sobre a mesa para deixar as lágrimas caírem. — Por que eles fariam isso 
comigo? 
— Porque eles são maus, porra, puramente malvados! 
Chorei muito quando Aideen começou a ler em voz alta o convite do 
casamento de Micah e Jason. Ela parou no meio do caminho, rasgou o convite, 
pegou o isqueiro de sua bolsa e colocou fogo nele. Sentei-me ereta e olhei para 
ela quando ela foi até a pia, deixou cair o convite queimando na pia, em seguida, 
derramou água sobre ele. O alarme de incêndio disparou por causa da fumaça, 
então Aideen subiu em uma cadeira, tirou a bateria do alarme no teto, em 
seguida, desceu e abriu as janelas do apartamento para arejar. 
Eu não me movi enquanto ela fazia tudo isso, eu só poderia sentar e 
chorar. 
— Eu ainda não acredito que eu não reconheci Jason, eu sou tão estúpida. 
Quando ele me puxou no bar no ano passado eu pensei que ele realmente 
gostava de mim. Ele ficou comigo durante seis semanas, apenas para se vingar 
de Micah por traí-lo. Aquele desgraçado fez com que eu me apaixonasse por ele 
e ele sabia disso! 
Aideen se moveu para a minha frente e se ajoelhou. — Você nunca tinha 
visto Jason em pessoa, você não fica ao redor da casa de Mica de jeito nenhum. 
O máximo que você tinha visto eram fotos dele no facebook. Ele tingiu o cabelo 
de preto e ficou na academia desde que seu ano escolar terminou. Ele não é a 
mesma pessoa que está na sua imagem de perfil, ele parece muito diferente e 
isso não é culpa sua. Ele jogou com você, aquele filho da puta tirou a sua 
virgindade pelo amor de Deus! 
Eu soluçava quando eu me inclinei para frente e passei meus braços em 
torno de Aideen e apertei. 
— Vamos fingir que você nunca foi convidada, tudo bem? Ficamos aqui o 
dia todo, eu posso organizar todo o meu trabalho de curso para os alunos que 
frequentam a escola de verão deste ano, e você pode escrever um pouco mais do 
seu livro. O que você me diz? 
Eu gemi e me afastei do nosso abraço. — Eu não posso sequer pensar em 
escrever no momento. Eu só quero ir para a cama e não levantar nunca mais. 
Quando Aideen me deu um tapa no rosto, levei alguns segundos para a 
dor e a realização de que ela realmente me bateu. — O que foi isso? — eu rebati e 
levantei a minha mão para a minha bochecha agora latejante. 
— Por você ficar para baixo por um idiota que não merece isso! — Aideen 
afirmou. 
Eu fiz uma careta e continuei a esfregar meu rosto quando eu disse — 
Sinto muito. 
— Não se desculpe, não por qualquer coisa. Está bem? 
Eu balancei a cabeça e abracei Aideen novamente e quando nos 
separamos, eu disse — Eu tenho que ir ao casamento. Você sabe que a minha 
mãe virá aqui e me importunará por uma vida se eu não for. Se eu for e me 
sentar na parte de trás da igreja e recepção, ela não vai se importar. 
Aideen rosnou. — Eu odeio a sua mãe. 
Sorri fazendo Aideen dar risada. 
Eu suspirei. — Eu só gostaria de não ter que ir solteira, isso só vai fazer o 
dia inteiro ficar pior. 
— A semana inteira, na verdade. O casamento é nas Bahamas e você vai 
nos próximos dias. 
— O que? — eu gritei. 
Aideen assentiu. — Isso é o que o convite dizia. 
— Foda-se! — eu gemi e abaixei minha cabeça. 
Ficamos em silêncio por um momento, até Aideen arfar dramaticamente 
o que me fez pular. 
— O que? — perguntei. 
Ela olhou para mim e disse — Você vai me matar, mas eu tenho uma 
solução para você, assim você não vai participar do casamento como uma 
mulher solteira. 
Eu levantei minhas sobrancelhas para ela. — Sim, o que é isso então? 
— Não é isso, mais parecido com quem? 
Franzi minhas sobrancelhas. — Então, quem? 
Aideen sorriu quando ela disse. — Alec Slater. 
 
 
 
— O que 
sobre Alec Slater? — perguntei a Aideen com as sobrancelhas levantadas. 
Aideen me deu um olhar você-está-falando-sério, então suspirou. — Ele 
poderia ser seu encontro no casamento da Micah e Jason. Duh! 
Sério? 
Comecei a rir. — Sim, claro! 
Aideen empurrou meu ombro. — Eu estou falando sério, é isso que ele 
faz. Bem, não exatamente o que ele faz, mas é perto o suficiente. 
Senti meus olhos rolarem com a confusão. — Ado, eu não tenho ideia do 
que você está falando. 
Aideen beliscou a ponta de seu nariz e soltou um longo suspiro antes dela 
se concentrar em mim e dizer em voz baixa — Alec é um acompanhante 
masculino, Keela. 
Eu segurei o olhar de Aideen por alguns segundos antes de eu rachar de 
rir novamente. Aideen grunhiu e bateu em meus braços para me fazer parar de 
rir, e depois de um minuto ou mais funcionou. 
— Eu não estou brincando! — Aideen berrou. 
Eu ainda estava rindo um pouco, quando eu disse — Eu não acredito em 
você. 
Aideen cruzou os braços sobre o peito. — Keela, juro pela minha vida que 
eu não estou brincando com você. Estou falando sério. Alec é um acompanhante 
masculino. 
Meus ombros pararam de se mover e minhas risadas diminuíram até que 
não tinha mais sons de risos vindo da minha boca. Eu pisquei enquanto olhava 
para Aideen, seu rosto não possuía qualquer indício de sorriso como se estivesse 
brincando comigo, o que me assustou mais do que um pouco. 
— Você estáfalando sério? — perguntei a minha voz em um sussurro. 
Aideen assentiu. — Sim, eu não acreditava no início porque Branna me 
disse uma noite, quando ela estava bêbada, mas quando eu disse a ela no dia 
seguinte ela surtou e me fez prometer nunca contar a ninguém. 
Fiz um gesto entre Aideen e eu. — O que é isso então? 
Aideen bufou e me dispensou. — Você é minha melhor amiga, então você 
não conta. 
Essa lógica de Aideen é fácil de entender. 
Mordi meu lábio inferior quando inclinei a cabeça para trás e olhei para o 
teto. — Tudo bem, eu acredito em você, mas eu não vejo como Alec sendo um 
acompanhante possa me ajudar. Eu fiquei na presença dele por apenas cinco 
minutos e eu já não posso suportá-lo. Ele é um idiota. 
Aideen riu. — Então? Alec é lindo, e ter alguém como ele em seu braço 
será a última porra entre você Jason e Micah. Jason odeia Dominic Slater, então 
as chances são de que ele odeie seus irmãos também. Vamos Keela, basta pensar 
como chateado ele vai ficar que você está com um Slater em seu casamento. 
Eu podia imaginar o rosto de Jason se contorcendo em raiva e isso trouxe 
um sorriso ao meu rosto. 
— Tudo bem, eu concordo que seria ótimo esfregar alguém que Jason 
odeia em seu rosto, mas eu não acho que Alec vai concordar com isso. Quer 
dizer, eu o empurrei ao chão e o chamei de batty boy. 
Aideen balançou as sobrancelhas para mim. — Só há uma maneira de 
descobrir se ele será o seu encontro. 
— Qual é? 
Aideen piscou. — Você tem que perguntar a ele. 
Sentei-me em linha reta. — Você quer que eu peça a ele para ser meu 
encontro para o casamento da minha prima depois do que eu disse e fiz para ele 
na noite passada? 
— Sim. — respondeu Aideen instantaneamente. 
Ela era irreal! 
Eu gemi. — E se eu disser que não? 
Aideen encolheu os ombros. — Vou telefonar e pedir-lhe para você. 
Vaca do mal! 
Engoli em seco. — Você não ousaria! 
Aideen diabolicamente sorriu. — Tente-me, Kay. 
Eu ligeiramente choraminguei. — Eu te odeio. 
— Eu também te amo. 
Fechei os olhos e pensei sobre isso. 
Eu gosto do que eu soube sobre Alec Slater até agora? 
Não. 
Eu queria estar perto dele por uma semana se ele aceitasse uma proposta 
para ir para a Bahamas como meu encontro no casamento de Micah e Jason? 
Inferno, não. 
Eu queria realmente vê-lo novamente depois de nossa primeira interação 
na noite passada? 
Céu e Inferno, não. 
Colocando esses pontos de lado; eu queria ter alguém que se parecesse 
como ele fingindo ser meu namorado para minha família e Jason? 
Sim. Deus, sim! 
Eu bati minha mão contra a mesa quando cheguei à minha decisão. — 
Tudo bem, eu vou perguntar a ele. 
— Sucesso! — Aideen aplaudiu. 
Eu ri para ela, em seguida, vi como ela ficou de pé. 
— Calma tigresa, por que tão nervosa? 
Aideen se aproximou de mim, pegou minha mão e me puxou para meus 
pés. — Vá tomar um banho, nós vamos conseguir isto feito na próxima hora. 
Desculpe? 
Senti meu interior tremer. — Hoje? Isto não pode esperar até segunda-
feira? 
Aideen balançou a cabeça. — Não, você viaja para a Bahamas dentro de 
uma semana e temos que ir fazer compras das suas roupas de férias, assim, você 
vai ficar linda em todos os momentos. Então precisamos reservar os seus voos e 
ligar para o seu trabalho e dizer-lhes que você está doente e vai estar fora por 
uma semana. Temos muito a fazer, e eu não vou permitir você parecendo 
qualquer coisa que não seja impressionante nessa desgraça de casamento. 
Precisamos também de Alec a bordo, o mais rápido possível. 
Eu engoli a bile que de repente subiu até minha garganta. 
— Oh, meu Deus... eu acho que eu não posso fazer isso. 
Aideen agarrou meu braço e me puxou para fora da cozinha e direto para 
o banheiro. — Você só está tomando um banho, é isso. Um passo de cada vez. 
— Sim, mas... 
— Pare de falar. — Aideen me cortou. — Tome um banho e não pense 
mais nisso. 
Com isso dito, ela se levantou e saiu do banheiro deixando-me sozinha no 
cômodo. Eu gemi quando comecei a me despir. Liguei o chuveiro e esperei um 
minuto para que esquentasse. Quando eu tive certeza de que a temperatura não 
me daria hipotermia eu pisei sob o fluxo de água e fechei os olhos. 
Eu não me movi debaixo da água por alguns minutos, porque estava 
pensando, como você faz quando está no chuveiro. Eu pensei sobre o que eu ia 
fazer e dizer quando ficasse frente a frente com Alec. Eu não conseguia pensar 
exatamente no que dizer depois do meu encontro com ele ontem à noite, então 
eu decidi apenas improvisar. Se eu pensasse muito sobre isso eu não iria, o que 
iria irritar tanto Aideen quanto a mim, porque uma vez que dei a minha palavra 
sobre algo, eu não iria desistir. 
Eu não era uma covarde de merda, em cem por cento, eu iria passar por 
isso e pedir a Alec para ser meu falso par em um casamento. O pior que ele 
podia dizer era não. Além disso, eu o vi uma vez em toda a minha vida e ele vivia 
perto da minha área há mais de três anos. Não é provável que eu o encontrasse 
tão cedo, se ele me rejeitasse. 
Eu não esperava isso de qualquer maneira. 
Vinte minutos depois que entrei no chuveiro, eu saí encharcada, mas 
extremamente limpa. Eu me esfreguei toda de forma que nenhuma pele suja ou 
morta foi deixada para trás. Mudei-me para a minha pia e olhei para o 
espelho; eu limpei o vapor e olhei para o meu corpo. Eu não olhei abaixo do meu 
peito porque eu odiava minha barriga, eu tinha essa pequena bolsa canguru 
que nunca ia embora, não importa o quão duro eu fizesse dieta ou quanto tempo 
eu malhava na academia! 
Suspirei e peguei minha escova de dente e creme dental, apliquei a pasta 
na minha escova, molhei-a em seguida, fui escovar os dentes. Eu tinha um 
pouco de TOC quando se tratava de escovar os dentes. Meus dentes eram muito 
tortos quando eu era mais jovem, então, minha mãe me fez usar aparelho e 
quando meu aparelho foi removido, descobri que tinha dentes retos adoráveis, 
tenho a certeza de ter extra de cuidado com eles. Eles eram minha característica 
favorita, eu gostava do meu sorriso. 
Depois de escovar os dentes e fazer gargarejo com algum antisséptico 
bucal, peguei uma toalha da prateleira e sequei-me para baixo. Eu usei a mesma 
toalha para secar o cabelo, em seguida, deixei-a cair no chão para absorver 
minhas poças de pegadas. Sim, eu usava a uma toalha para tudo. Eu odiava 
quando Aideen tomava banho no meu apartamento, ela usava três toalhas 
apenas para tomar um banho e isso me deixa puta. Muito. 
Em seguida foi o meu hidratante, peguei minha marca favorita de creme 
corporal de morango e a esfreguei por todo o meu corpo, então eu fiz um pouco 
de uma dança nua, sacudindo para ajudar a secar mais rápido. Eu 
provavelmente parecia uma idiota, mas era eficaz e isso é tudo o que importa. 
Quando saí do banheiro enrolada em uma toalha, encontrei com 
Aideen. — Vamos lá, eu tenho uma roupa escolhida para você. 
Ela me puxou pelo braço para o meu quarto e eu tropecei um pouco 
quando ela me largou. Me equilibrei e olhei para a minha cama onde Storm 
estava desmaiado novamente e roncando. 
— Ele é pior do que um homem. 
Aideen bufou. — Eu diria que ele retrata os homens perfeitamente bem. 
Eu ri quando eu me virei para Aideen que agora estava praticamente 
dentro do meu guarda-roupa. — Eu escolhi este vestido azul na altura do joelho 
e um par de Converse branco para você usar. Está estendido na sua cama. 
Olhei para o vestido e assenti em aprovação. Comprei-o há algumas 
semanas em Pennys para os meses de verão, porque tinha um bom 
cumprimento e corte. 
— É lindo, embora meus seios não sejam grandes o suficiente para 
preenchê-lo. 
Aideen sorriu. — É por isso que Deus inventou sutiãs push-up8. 
Eu dei-lhe um olhar cai-na-real. — Deus não criou sutiãs push-up, o 
homem fez. 
Aideen encolheu os ombros. — É verdade, mas Deus plantou a ideia na 
mente do homem. Coloque-o. 
Eu ri e deixei cair a toalha. Aideen já estavaenfiada de volta dentro do 
meu guarda-roupa procurando meu Converse direito desde que o esquerdo já 
estava no chão. Coloquei o sutiã em seguida, peguei um par de calcinhas 
brancas de minha gaveta. Eu puxei meu vestido para cima da minha cabeça e 
olhei para o meu peito, então Aideen se virou e me deu um polegar para cima. 
— Está vendo? Preenchimento instantâneo. 
Eu suspirei e estendi minha mão para o meu Converse. Aideen torceu o 
nariz para mim e balançou a cabeça antes de se mudar para a minha 
cômoda. Ela abriu a gaveta inferior e pegou um par de meia branca. 
— Eu odeio quando você não usa meias com sapatos, é nojento. 
Eu mostrei a língua para ela quando tirei as meias de sua mão, coloquei 
ambas em seguida, coloquei meu Converse e me levantei. Eu girei um pouco. 
— O que você acha? 
 
8
 Sutiã com bojo formatado de espuma e alças fixas ajustáveis. Desenha o decote e é indicado para 
aumentar o volume dos seios. Vestem super bem e possuem uma ótima durabilidade. As alças e as 
costas finas facilitam o uso com qualquer tipo de roupa e ainda assim dão uma ótima sustentação. 
Aideen inclinou a cabeça para o lado enquanto ela olhava para mim e 
franziu a testa. — Você perdeu peso, seus pneuzinhos praticamente 
desapareceram. 
Bati palmas juntas, como um gesto feliz. — Melhor notícia de sempre! 
Aideen balançou a cabeça. — Não, não é, você não deve perder peso tão 
rápido quanto você está. Você está comendo três refeições completas por dia? 
Não. 
Eu não estava com fome mesmo, mas eu tentei o meu melhor para limitar 
a minha ingestão de alimentos se eu pudesse ajudá-lo. 
— Sim, mãe. — eu provoquei. 
Eu não lhe disse a verdade, porque Aideen não iria entender, ela apenas 
me importunaria sobre não comer corretamente. Eu não vou ficar contra ela 
embora, porque ela se importa comigo e só está cuidando de mim, mas ela não 
sabia o que era crescer com uma mãe como a minha. Aquela que examinava 
tudo o que você colocava em sua boca e fazia se sentir um lixo sobre si 
mesmo. Eu mal amo minha mãe, ela não é uma pessoa agradável. Nem mesmo 
para mim e eu era sua única filha. 
Aideen sorriu para mim quando ela acreditou na minha mentira. — Bem, 
sorte sua. Todo seu trabalho duro está valendo a pena, a gordura de Jason está 
quase toda acabada. Uhulll. 
Eu ri e bati as mãos no alto com ela. 
Quando eu descobri quem Jason era e que ele não era meu parceiro, e 
que ele me usou apenas para perturbar minha prima, me consolei na comida e 
engordei três quilos e meio. Aideen chamou minha gordura de Jason. Esse 
apelido só me deu o impulso necessário para perder peso. Eu não quero ter 
parte de Jason ligado a mim, especialmente gordura de Jason. 
Andei até minha cômoda e abri a gaveta de cima. Peguei meu secador de 
cabelo e prancha antes de sentar na minha cama, em seguida, entreguei-os a 
Aideen. Ela ligou o secador de cabelo na tomada na parede e passou os 
próximos 10 minutos secando meu cabelo. Meu cabelo não era muito 
longo. Batia no meio das minhas costas quando estava em linha reta e não era 
muito grosso, por isso felizmente não demorava muito para secar. 
— Eu vou colocar cachos soltos para baixo nas pontas do seu cabelo, ele 
fica lindo assim. Precisamos que você pareça sexy, para que convença aquele 
filho da puta sexy para ser seu acompanhante no caso de ele te odiar depois de 
ontem à noite. 
Eu levantei minhas sobrancelhas. — Claro que não, se ele disser não, 
então, essa é a sua resposta final, sem perguntar ao público, meio a meio, ou o 
telefone de um amigo. Não vou implorar ou tentar persuadi-lo de 
qualquer maneira. 
Aideen sorriu. — Sim, senhora. 
Eu olhei. — Isso também significa que você não vai tentar convencê-lo. 
Ela colocou a prancha para baixo e levantou as mãos. — Eu não vou fazer 
nada, eu juro sobre a Bíblia. 
Revirei os olhos. — Isso não significa nada para mim, você está indo para 
o inferno e você sabe disso. 
Aideen riu enquanto pegava um spray protetor de calor e colocou um 
pouco nas pontas do meu cabelo. Ela esperou alguns minutos para secar, então, 
pegou a prancha e começou a enrolar as pontas do meu cabelo em torno dos 
lados quentes antes de puxar. Quando ela soltou meu cabelo nas pontas deles 
surgiram cachos soltos, isso me fez sorrir porque eu amava essa aparência em 
mim tanto quanto Aideen. Foi uma mudança agradável, considerando que uso 
meu cabelo em um rabo de cavalo ou em um coque bagunçado a maior parte do 
tempo. 
— O cabelo está feito, a maquiagem é a próxima. Estamos mantendo esse 
rosto bonito o mais natural possível. 
Diversão. 
— Faça o que quiser comigo. 
Aideen bateu no meu nariz. — Abra com essa frase quando você falar com 
Alec e você terá a garantia de tê-lo como seu acompanhante para o casamento. 
Cadela suja! 
Comecei a rir fazendo Aideen sorrir quando ela pegou minha pequena 
bolsa de maquiagem da minha cômoda e trouxe-a para mim. Fechei os olhos 
enquanto pegava a maquiagem que ela estaria usando no meu rosto e só relaxei 
enquanto ela fazia o trabalho. Ela tem a minha base, pó e blush feito em menos 
de cinco minutos, porque ela foi muito leve em tudo. Passou alguns minutos 
extras fazendo um castanho claro esfumaçado nos olhos, mas, uma vez que foi 
feito eu estava pronta para ir. 
— Perfume? — Aideen questionou. 
Eu balancei minha cabeça. — Não, obrigada, eu tenho hidratante de 
morango para que eu cheire agradável e frutado. 
Aideen se inclinou e inalou profundamente. 
— Bom. 
Em jeito de brincadeira a empurrei para longe de mim. — Vamos lá, 
vamos lá e acabar com isso antes que eu fique nervosa. 
Ou mais nervosa. 
— Eu estou pronta para ir. — Aideen aplaudiu. 
Storm latiu da cama tão alto que Aideen apontou o dedo para ele antes 
que ela pulasse para fora do quarto. Eu balancei a cabeça para ela, em seguida, 
movi-me em torno de Storm. Eu esfreguei sua cabeça, em seguida, o beijei. — 
Eu estarei de volta daqui a pouco, amigo. 
Storm gemeu e espreguiçou, em seguida, capotou. Eu ri quando me 
levantei e saí do meu quarto. Deixei a porta aberta para que ele pudesse ter 
acesso a sua água e comida. Eu reabasteci ambos antes de seguir Aideen para 
fora do meu apartamento. 
— Levei-o para fora em uma rápida caminhada para ir ao banheiro antes, 
e o filho da puta quase mordeu minha mão. Eu nunca mais vou fazer isso de 
novo. 
Eu ri enquanto trancava a porta do apartamento e descia as escadas do 
meu prédio com Aideen em meus calcanhares. Quando estávamos no parque de 
estacionamento eu gemi de prazer quando senti o calor da luz do sol acariciar a 
minha pele. 
— Eu amo o maldito verão. 
Aideen suspirou. — Eu também, babe. 
Entramos em meu carro e abrimos as janelas imediatamente, porque o 
interior do meu carro estava fervendo. Eu liguei o carro, então saí do 
estacionamento e para estrada. 
— Para onde estou dirigindo? 
Aideen apertando os nós dos dedos. — Upton. 
Eu olhei para ela antes de voltar a focar na estrada. — Ele vive em Upton? 
Ele é rico? 
Aideen encolheu os ombros. — Branna disse que eles são bem de vida. 
Eu bufei. 
Eles são mais do que bem se eles vivem em Upton. Essa era 
provavelmente a parte mais chique de Tallaght. Bem, se Tallaght tivesse uma 
parte elegante então Upton seria ela. Aideen e eu não falávamos enquanto 
dirigimos por uns dez minutos de carro em duas propriedades, até que entrei 
em Upton, sempre limpo e tranquilo. 
— Eu adoraria morar aqui. — murmurei quando desacelerei o suficiente 
para olhar ao redor. 
— Eu também, é muito tranquilo. 
Eu balancei a cabeça. — Eu poderia começar a escrever o tempo todo se 
eu morasse aqui. 
Aideen olhou para mim. — Quando seu livro estará pronto? 
Dei de ombros. — Ele está andando por um largo caminho, tenho cerca 
de quarenta e quatro mil palavras para ele. 
Aideen assobiou. — Eu não posso acreditar que você pode escrever tantas 
palavras. Luto para

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