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Livro DESIGN GRÁFICO APLICADO ao Markenting Unicesumar

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Prévia do material em texto

DESIGN GRÁFICO APLICADO 
AO MARKETING 
PROFESSORES
Esp. Ana Claudia Salvadego
Esp. Diogo Ribeiro Garcia
ACESSE AQUI 
O SEU LIVRO 
NA VERSÃO 
DIGITAL!
https://apigame.unicesumar.edu.br/qrcode/2676
EXPEDIENTE
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. 
Núcleo de Educação a Distância. SALVADEGO, Ana Claudia; GAR-
CIA, Diogo Ribeiro.
Design Gráfico Aplicado ao Marketing. 
Ana Claudia Salvadego; Diogo Ribeiro Garcia.
Maringá - PR.: UniCesumar, 2020. 
160 p.
“Graduação - EaD”. 
1. Design 2. Gráfico 3. Marketing. EaD. I. Título. 
FICHA CATALOGRÁFICA
NEAD - Núcleo de Educação a Distância
Av. Guedner, 1610, Bloco 4Jd. Aclimação - Cep 87050-900 | Maringá - Paraná
www.unicesumar.edu.br | 0800 600 6360 
Coordenador(a) de Conteúdo 
Victor Vinícius Biazon
Projeto Gráfico e Capa
Arthur Cantareli, Jhonny Coelho
e Thayla Guimarães
Editoração
Matheus Silva de Souza
Design Educacional
Patrícia Ramos Peteck
Revisão Textual
Nágela Neves da Costa
Ilustração
Bruno Cesar Pardinho
Fotos
Shutterstock CDD - 22 ed. 657.8 
CIP - NBR 12899 - AACR/2
ISBN 978-65-5615-090-1
Impresso por: 
Bibliotecário: João Vivaldo de Souza CRB- 9-1679
Reitor Wilson de Matos Silva Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor de Administração Wilson de 
Matos Silva Filho Pró-Reitor Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva Pró-Reitor de Ensino de 
EAD Janes Fidélis Tomelin Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi
DIREÇÃO UNICESUMAR
NEAD - NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Diretoria Executiva Chrystiano Mincoff, James Prestes, Tiago Stachon Diretoria de Design Educacional 
Débora Leite Diretoria de Graduação e Pós-graduação Kátia Coelho Diretoria de Permanência Leonardo 
Spaine Head de Curadoria e Inovação Tania Cristiane Yoshie Fukushima Gerência de Processos Acadêmicos 
Taessa Penha Shiraishi Vieira Gerência de Curadoria Carolina Abdalla Normann de Freitas Gerência de Contra-
tos e Operações Jislaine Cristina da Silva Gerência de Produção de Conteúdo Diogo Ribeiro Garcia Gerência de 
Projetos Especiais Daniel Fuverki Hey Supervisora de Projetos Especiais Yasminn Talyta Tavares Zagonel
BOAS-VINDAS
Neste mundo globalizado e dinâmico, nós tra-
balhamos com princípios éticos e profissiona-
lismo, não somente para oferecer educação de 
qualidade, como, acima de tudo, gerar a con-
versão integral das pessoas ao conhecimento. 
Baseamo-nos em 4 pilares: intelectual, profis-
sional, emocional e espiritual.
Assim, iniciamos a Unicesumar em 1990, com 
dois cursos de graduação e 180 alunos. Hoje, 
temos mais de 100 mil estudantes espalhados 
em todo o Brasil, nos quatro campi presenciais 
(Maringá, Londrina, Curitiba e Ponta Grossa) e 
em mais de 500 polos de educação a distância 
espalhados por todos os estados do Brasil e, 
também, no exterior, com dezenas de cursos 
de graduação e pós-graduação. Por ano, pro-
duzimos e revisamos 500 livros e distribuímos 
mais de 500 mil exemplares. Somos reconhe-
cidos pelo MEC como uma instituição de exce-
lência, com IGC 4 por sete anos consecutivos 
e estamos entre os 10 maiores grupos educa-
cionais do Brasil.
A rapidez do mundo moderno exige dos edu-
cadores soluções inteligentes para as neces-
sidades de todos. Para continuar relevante, a 
instituição de educação precisa ter, pelo menos, 
três virtudes: inovação, coragem e compromis-
so com a qualidade. Por isso, desenvolvemos, 
para os cursos de Engenharia, metodologias ati-
vas, as quais visam reunir o melhor do ensino 
presencial e a distância.
Reitor 
Wilson de Matos Silva
Tudo isso para honrarmos a nossa mis-
são, que é promover a educação de qua-
lidade nas diferentes áreas do conheci-
mento, formando profissionais cidadãos 
que contribuam para o desenvolvimento 
de uma sociedade justa e solidária.
P R O F I S S I O N A LT R A J E T Ó R I A
Esp. Ana Claudia Salvadego
Especialista em Arte, Educação e Terapia pelo Instituto Paranaense de Ensino 
(IPE/2018). Pós-Graduação em andamento em Designer Instrucional pelo Centro 
Universitário Senac, com previsão de término em 2021. Graduada em Artes Visuais 
(Licenciatura) pela Centro de Ensino Superior de Maringá (Unicesumar/ 2015). Atual-
mente, atua como Designer Educacional na Produção de Conteúdo da Unicesumar, 
auxilia e desenvolve materiais para diversas modalidades de Ensino a Distância 
(EAD). Para mais informações, acesse seu currículo, disponível em
https://www.linkedin.com/in/ana-claudia-salvadego-79648016a/.
Esp. Diogo Ribeiro Garcia
Mestrando em Gestão do Conhecimento nas Organizações pelo Centro de Ensi-
no Superior de Maringá (UNICESUMAR). Especialista em Educação Especial pela 
Universidade Norte do Paraná (UNOPAR/2015) e Docência no Ensino Superior: 
tecnologias educacionais e inovação pelo Centro de Ensino Superior de Maringá 
(UNICESUMAR/2019). Graduado em Desenho Industrial, com habilitação em Progra-
mação Visual pela Universidade Norte do Paraná (UNOPAR/2011). Tem experiência 
na educação superior privada, na área de design e produção de conteúdo, projetos 
editoriais e gerenciamento de projetos. Atualmente, atua como Gerente de produ-
ção de Conteúdo da Unicesumar, desenvolvendo materiais impressos e digitais para 
todos os cursos, na modalidade de Ensino a Distância (EAD) da IES. Para informações 
mais detalhadas sobre sua atuação profissional, pesquisas e publicações, acesse seu 
currículo, disponível no seguinte endereço:
http://lattes.cnpq.br/9100147145038214.
A P R E S E N TA Ç Ã O D A D I S C I P L I N A
DESIGN GRÁFICO APLICADO AO MARKETING
Prezado(a) aluno(a), seja bem-vindo(a) à disciplina de Design Gráfico Aplicado ao Marketing! Este 
livro foi desenvolvido para você se aprofundar no conhecimento das formas, elementos, cores, 
grids, tipografias e softwares utilizados nos conceitos de desenvolvimento do design gráfico.
Com base nisso, abordaremos assuntos interessantes, que lhe ajudarão a compreender o 
mundo do design gráfico. Você já pensou como surgem as ideias do desenvolvimento de uma 
campanha institucional para o lançamento de um novo smartphone? A escolha correta da 
forma da embalagem, a cor que será utilizada nas divulgações, em redes sociais, e, até mesmo, 
a disposição dos aplicativos no visor do dispositivo? 
Na Unidade 1, falaremos sobre os Elementos Básicos da Comunicação Visual. Estes carecem 
de entendimento, pois tratam-se de conceitos norteadores para o desenvolvimento de pro-
jetos futuros. Os processos de design referentes à Gestalt do Objeto são fundamentais para 
compreendermos as formas e atribuir identidade visual, utilizando esses recursos. Alguns dos 
conceitos que estudaremos, portanto, são: gestalt, forma, harmonia e equilíbrio.
Na sequência do nosso estudo, na Unidade 2, abordaremos alguns elementos importantes 
referentes à Psicologia das Cores e as etapas que envolvem esse conceito. Estudaremos, por-
tanto: círculo das cores, uso das cores e sistemas de cor.
Na Unidade 3, conheceremos algumas técnicas e conceitos básicos dos fundamentos de com-
posição da ilustração digital. Aprenderemos os conceitos de formato e os diferentes modelos 
de grid para as composições gráficas. Também conheceremos os conceitos de tipografia, 
elemento esse fundamental no desenvolvimento de qualquer peça gráfica.
Na Unidade 4, abordaremos a teoria da fotografia como linguagem digital, e entenderemos 
como o uso desse elemento é fundamental para a criação de projetos, utilizando a linguagem 
fotográfica na composição. Alguns dos conceitos que estudaremos são: tipos de fotografia, 
banco de imagens e organização para início de projetos.
Por Fim, na Unidade 5, conheceremos algumas ferramentas, softwares que são utilizados na 
área de design gráfico. Essas ferramentas ajudarão você no desenvolvimento e na qualidade 
dos trabalhos desenvolvidos.
Com todo esse conhecimento, sua compreensão sobre o design gráfico aplicado ao mar-
keting fará sentido, principalmente quando analisar o uso de todos esses recursos em uma 
campanha. Desse modo, convido você, caro(a) aluno(a), a entrar nessajornada com empenho, 
dedicação e muita sede por conhecimento! Boa leitura e ótimo estudo!
Olá, aluno(a),
Antes de começar a leitura do material 
de Design Gráfico Aplicado ao 
Marketing, precisamos da sua atenção. 
Então, respira e vem com a gente! 
Que tal você testar na prática todo o 
conteúdo que esse material traz em um 
desafio prático? 
Que tal ser um profissional de marketing 
com conhecimento em design aplicado?
Preparamos uma unidade digital 
para você ter a experiência de ser 
o profissional de marketing atuando 
no mercado a partir de desafios em 
realidade virtual. 
Ao realizar a leitura de cada unidade 
do material você vai aprender como 
executar cada detalhe desse desafio 
prático que preparamos para você. 
E ai Afim de colocar a mão na massa? 
Para acessar,basta ler o QR Code, a 
seguir, com o seu celular. Aproveite ao 
máximo e bons estudos! 
Ou acesse o link
https://apigame.unicesumar.edu.br/qrcode/3024
ACESSE AQUI
https://apigame.unicesumar.edu.br/qrcode/3024
ÍCONES
Sabe aquela palavra ou aquele termo que você não conhece? Este ele-
mento ajudará você a conceituá-la(o) melhor da maneira mais simples.
conceituando
No fim da unidade, o tema em estudo aparecerá de forma resumida 
para ajudar você a fixar e a memorizar melhor os conceitos aprendidos. 
quadro-resumo
Neste elemento, você fará uma pausa para conhecer um pouco 
mais sobre o assunto em estudo e aprenderá novos conceitos. 
explorando ideias
Ao longo do livro, você será convidado(a) a refletir, questionar e 
transformar. Aproveite este momento! 
pensando juntos
Enquanto estuda, você encontrará conteúdos relevantes 
online e aprenderá de maneira interativa usando a tecno-
logia a seu favor. 
conecte-se
Quando identificar o ícone de QR-CODE, utilize o aplicativo Unicesumar 
Experience para ter acesso aos conteúdos online. O download do aplicativo 
está disponível nas plataformas: Google Play App Store
CONTEÚDO
PROGRAMÁTICO
UNIDADE 01 UNIDADE 02
UNIDADE 03
UNIDADE 05
UNIDADE 04
FECHAMENTO
ELEMENTOS BÁSICOS 
DA COMUNICAÇÃO 
VISUAL
10
PSICOLOGIA 
DAS CORES
40
68
FUNDAMENTOS DE 
COMPOSIÇÃO DA 
ILUSTRAÇÃO DIGITAL
98
A FOTOGRAFIA COMO 
LINGUAGEM DIGITAL
125
SOFTWARES PARA 
DESENVOLVIMENTO 
E CRIAÇÃO
156
CONCLUSÃO GERAL
1
ELEMENTOS BÁSICOS DA
COMUNICAÇÃO 
VISUAL
PLANO DE ESTUDO 
A seguir, apresentam-se as aulas que você estudará nesta unidade: • Gestalt do Objeto • Forma • Har-
monia • Equilíbrio.
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM 
Compreender os conceitos que envolvem a Gestalt do Objeto na comunicação visual • Conhecer os 
conceitos que envolvem a forma • Entender a importância da harmonia para a criação de uma produção 
visual • Entender e conhecer a usabilidade do equilíbrio para criações visuais.
PROFESSORES 
Esp. Ana Claudia Salvadego
Esp. Diogo Ribeiro Garcia
INTRODUÇÃO
Olá, caro(a) aluno(a)! Seja bem-vindo(a) à Unidade 1, do livro da disci-
plina de Design gráfico aplicado ao marketing. Iniciamos essa unidade 
com um questionamento: você já reparou que toda comunicação visual é 
formada pela junção de elementos gráficos, que somados compõem uma 
comunicação? Para entendermos esses elementos, porém, precisamos 
fazê-lo de modo separado. Lembre-se que quando desenhamos, em um 
primeiro momento, pensamos no que queremos desenhar; em seguida, 
traçamos um esboço, melhoramos alguns traços, adicionamos detalhes e 
modificamos esse desenho constantemente, até alcançarmos o resultado 
esperado. Desse modo, não é mais fácil entender o desenho quando ana-
lisamos seus elementos de forma parcial para, depois, compreendermos 
o todo? Será, pois, justamente isso que faremos nessa unidade. 
Iniciamos, portanto, falando sobre a Gestalt do Objeto. Nesta aula, 
abordaremos algumas leis essenciais que compõem a Gestalt e discutire-
mos as leis de Unidade, Segregação, Unificação, Continuidade, Proximi-
dade e Semelhança. Em seguida, trataremos da Forma e seus elementos. 
Nessa aula, saberemos como a forma é criada e entenderemos que tudo 
que vemos possui uma forma bem como os elementos que a compõem. 
Você, ainda, conhecerá a fundo os elementos Ponto, Linha, Plano e Vo-
lume. Na próxima aula, você entenderá a Harmonia, dentro da Gestalt, 
e como ela se constitui em elemento fundamental para a produção de 
um objeto bem como a Ordem, Regularidade e Desarmonia, elementos 
essenciais para a criação dos seus projetos, caro(a) aluno(a). Para fina-
lizamos a unidade, discorreremos sobre o Equilíbrio. Nessa aula, discu-
tiremos o peso dos elementos (físico ou ilusório) e como distribuí-los 
dentro de uma unidade. A partir desse momento, quando observar a 
natureza ou os elementos da sua cidade, você identificará, neles, a Si-
metria, Assimetria ou o Desequilíbrio, comparando-os com um todo.
Esperamos que você, aluno(a), ao final dessa leitura, após compreen-
der os temas abordados nessa unidade, possa treinar seu olhar para 
observar o mundo e identificar, nele, os elementos que seguem às leis 
presentes na Gestalt. Bons estudos!
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1 GESTALTDO OBJETO
Olá, aluno(a), antes de começar nossa discussão, gostaria que você se lem-
brasse de alguns objetos do seu dia a dia. Pode ser uma garrafa de suco ou 
outro produto, uma caneta que você acha muito confortável para escrever, 
aquele relógio que parece que foi feito para o seu pulso. Todos esses objetos 
que usamos, normalmente, passam por inúmeros processos para garantir 
uma experiência agradável ao consumidor. Para isso, a Gestalt, por meio de 
pesquisas sobre a experiência visual, conseguiu elaborar uma constante, com 
as principais forças de “padrões, fatores, princípios básicos e leis de organiza-
ção [...] que explicam porque vemos as coisas de uma determinada maneira” 
(GOMES FILHO, 2009, p. 20). A partir dessas pesquisas, iniciaremos nosso 
estudo sobre as Leis da Gestalt, começando pela Unidade.
Sei que esse nome pode ter lhe assustado um pouco, mas é bem simples de 
entender. Começaremos, então, assim: sabe aquela máxima que “cada um vê as 
coisas à sua maneira”? Ou ainda, quando temos uma figura que, dependendo 
da forma como olhamos, vemos uma coisa, mas se piscarmos algumas vezes, 
“enxergaremos” outra? Isso é, basicamente, a Gestalt. A seguir, porém, apresenta-
remos outras informações para deixar você por dentro desse assunto, vamos lá! 
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Figura 1 - Aplicabilidade dos elementos básicos da comunicação visual 
De acordo com Gomes Filho (2009, 
p. 29), “uma unidade formal pode ser 
identificada em um único elemento, 
que se encerra em si mesmo, ou como 
parte de um todo”. Também podemos 
entender que a unidade é um “conjun-
to de mais de um elemento”. A unida-
de pode ser percebida pela verificação 
das relações que os elementos estabe-
lecem dentro do objeto, por meio de 
atributos isolados ou combinados. 
O logotipo do Carrefour é cons-
truído por três unidades, as formas 
vermelha e azul e o fundo branco. A 
imagem da flor, por sua vez, pode ser 
considerada uma unidade única ou 
cada pétala uma unidade. 
Figura 2 - Exemplos de unidade
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Segregação
Podemos entender segregação como a capacidade de separar cores ou elementos, 
identificar ou colocar em evidência algo. Nosso campo visual consegue separar 
uma ou mais unidades, dependendo do estímulo, e pode destacar, apenas, a uni-
dade principal ou mais de um todo complexo.
 
Figura 3 - Segregação por contraste / Fonte: Gomes Filho (2009, p. 30).
Note que, na Figura 2, quanto maior 
o contraste, maior destaque temos 
ao círculo branco. Agora, observe 
que seu olhar, sempre, volta-se para 
o quadrado com maior contraste, 
como se fosse um imã.
Na Figura 3, temos várias unida-
des para observar: o céu, as monta-
nhas, as árvores, o campo florido e 
o balão. Similar à Figura 2, também 
percebemos que nosso olhar se volta 
para um elemento: o balão. Suas co-
res atraem nosso olhar, novamente.
Unificação
A unificação é quando os estímulos produzidos por uma imagem ou objeto pos-
suem uma igualdade ousemelhança, com harmonia e equilíbrio em sua composição 
(esses elementos estudaremos melhor nas próximas aulas). Conforme Gomes Filho 
Figura 4 - Balão sobrevoa o campo florido
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(2009, p. 31), a unificação também se 
manifesta em graus de qualidade, ou 
seja, “varia em razão de uma melhor 
ou pior organização formal”. Em ou-
tras palavras, a cada leitura realizada 
da imagem ou do objeto, podemos 
“atribuir índices de qualificativos”.
Na Mandala da Figura 5, você 
pode observar a unificação pelo equi-
líbrio das unidades que compõem 
sua composição, além de identificar 
semelhança e simetria presente. O 
ponto central pode funcionar como 
um imã, que atrai o nosso foco, e as pétalas, formando um círculo, valorizam a forma 
como um todo (da forma trataremos mais adiante).
Fechamento
O fechamento pode se entender como um agrupamento de elementos que, em 
contato com o todo da forma, cria uma figura completa, ou seja, quando nossos 
olhos encontram uma imagem que não está em sua forma completa, mas as uni-
dades e formas induzem nossa percepção visual a identificar a imagem a qual já 
estamos familiarizados. Tome cuidado, porém, para não confundir o fechamento 
com o contorno (GOMES FILHO, 2009).
Figura 6 - Rosto/vaso
Figura 5 - Mandala
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Observe, na Figura 5, que conseguimos visualizar duas formas, na mesma ima-
gem, um vaso e o rosto de duas pessoas próximas. Nossos olhos, sempre, procu-
ram uma lógica daquilo observamos. 
Continuidade
A continuidade é a sucessão de elementos ou partes dentro de uma imagem ou 
objeto. Ela traz ao observador a sensação de que os olhos passam pela imagem 
sem nenhum obstáculo, ou seja, fluidez visual. Ela pode ser, também, entendida 
pela maneira como os elementos acompanham uns aos outros, isto é, permitem 
uma continuidade.
Figura 7 - Trilhos
Um exemplo clássico de continuidade são os trilhos do trem. Quando olhamos 
a imagem, nossos olhos percorrem todo o caminho até não conseguirmos mais 
identificar os elementos, sem interrupções ou quebras visuais até o final.
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Proximidade
Podemos entender por 
proximidade quando ele-
mentos próximos tendem 
a serem observados juntos, 
pois, devido à forma, à cor 
ou outros aspectos, podem 
ser agrupados e visto como 
unidades. Gomes Filho 
(2009, p. 34) destaca que é 
necessário “observar que a 
proximidade e a semelhan-
ça são dois fatores que muitas vezes agem em comum e reforçam-se mutuamente, 
tanto para formar unidades como para unificar a forma”.
Na Figura 8, podemos notar que as janelas criam o conceito de proximidade, 
por serem do mesmo tamanho, cor e possuírem a mesma distância entre elas, 
reforçando a unificação e harmonia visual. 
Semelhança
De acordo com Gomes Filho (2009, p. 35), 
“igualdade de forma e de cor desper-
ta também a tendência de se construir 
unidades, isto é, de estabelecer agrupa-
mentos de partes semelhantes”. Diferente 
da proximidade, a semelhança se obtém a 
partir de condições iguais que as unida-
des possuem, elas podem e não podem 
ser iguais, mas se agrupam por uma de-
terminada condição. Observe, na Figura 9, 
que a semelhança foi obtida por cor, textura 
e significado de cada unidade.
Figura 8 - Janelas
Figura 9 - Pedras
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Podemos entender como forma, o limite de um corpo, uma figura (imagem) que 
conseguimos observar dentro do conteúdo. “Qualquer acontecimento visual é uma 
forma com conteúdo, mas o conteúdo é extremamente influenciado pela importân-
cia das partes constitutivas” (DONDIS, 2007, p. 22). Quando uma forma nos causa 
uma grande satisfação, é porque a sua organização traz significados. Para chegarmos 
a isso, porém, precisamos entender seus componentes individualmente, também 
conhecidos como “Elementos básicos”. Desse modo, os elementos básicos que es-
tudaremos nesta aula são: Ponto, linha, plano e volume. Além desses elementos, 
possuem outros que não aprofundaremos, nesse momento, mas que você pode en-
contrar algumas dicas de materiais na seção “Eu Recomendo”, ao final dessa unidade. 
Ponto
Toda a forma se inicia pelo ponto e, por isso, começaremos por ele. Quando um 
ponto sai do seu limite, uma forma é criada. Quando iniciamos um desenho 
qualquer, pegamos o lápis e colocamos na folha, se já retirarmos, temos um ponto, 
mas se continuarmos com ele na folha e saímos do seu limite ou andarmos com 
o lápis na folha, temos uma linha, e, dependendo dos movimentos que fazemos, 
podemos criar diferentes formas. Apesar do ponto ser uma forma simples, em 
um primeiro momento, quando colocamos algumas questões sobre, podemos 
observar que ele possui uma falta de precisão. Conforme Kandinsky (1997, p. 21):
2 FORMA
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 “ [...] As dimensões e as formas do ponto variam e, com isso, muda também a ressonância relativa do ponto abstrato.Exteriormente, podemos definir o ponto como a menor forma bási-
ca [...]. É difícil definir os limites da noção “menor forma” – o ponto 
pode crescer, tornar-se supereficiente e preencher imperceptivel-
mente toda a superfície básica.
Ainda, conforme o autor, sobre os limites e dimensões do ponto, temos que obser-
var duas condições: (1) a conexão da dimensão e sua superfície e (2) a conexão da 
dimensão com outras formas na mesma superfície. Além disso, o ponto pode ter 
grande poder de atração visual, conforme você pode observar na Figura 10, a seguir:
 
Figura 10 - Atração visual do ponto / Fonte: Dondis (2007, p. 53).
Como podemos observar, na Figura 10, mesmo com as formas próximas do 
ponto, nosso olhar sempre retoma para ele, automaticamente. Conforme Don-
dis (2007), quando colocamos dois pontos a uma certa distância, conseguimos 
medir um espaço, seja 
ele no ambiente, seja 
quando desenvolve-
mos qualquer tipo de 
projeto. Utilizando 
uma régua ou outro 
instrumento de me-
dição, o ponto pode 
servir de norte para 
as medidas, confor-
me podemos obser-
var na Figura 11.
Figura 11 - Ponto como instrumento de medição
Fonte: Dondis (2007, p. 54).
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Observe como os pontos se ligam, sem precisarmos fazer esforço. Conse-
guimos formar objetos e formas mais complexas, utilizando pontos maiores e 
menores, mais próximos e distantes, como no último modelo, em que temos uma 
mulher tocando violão, utilizando apenas pontos.
Pontilhismo
Técnica pictórica que se orienta a partir de um método preciso: trata-se de dividir as cores 
em seus componentes fundamentais. As inúmeras pinceladas regulares de cores puras 
que cobrem a tela são recompostas pelo olhar do observador e, com isso, recupera-se 
sua unidade, longe das misturas feitas na paleta. A sensação de vibração e luminosidade 
decorre da “mistura ótica” obtida pelos pequenos pontos de cor de tamanho uniforme 
que nunca se fundem, mas que reagem uns aos outros em função do olhar à distância.
Fonte: Enciclopédia Itaú Cultura (2018, on-line)1.
explorando Ideias
Linha
Conforme estudamos, anteriormente, você notou que, quando os pontos es-
tão muito próximos, podemos confundir com uma linha? Pois é assim que a 
linha é formada. Quando dois pontos se unem, ou quando um ponto “entra 
em movimento”, em uma determinada direção. Pensemos de outra maneira, 
ou melhor, faremos. Pegue um lápis, uma régua e uma folha de papel, aleato-
riamente coloque 4 pontos nessa folha. Agora, com a régua, 
trace uma linha, unindo todos os pontos. Note que, para 
isso, você precisou posicionar novamente o lá-
pis, no ponto, para então traçar, e parar, 
logo que chegou no outro ponto. É 
assim que uma linha é criada.
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Conforme Dondis (2007, p. 56), “nas artes visuais, a linha tem, por sua própria 
natureza, uma enorme energia. [...] é o elemento fundamental da pré-visuali-
zação, o meio de apresentar, em forma palpável, aquilo que ainda não existe, a 
não ser na imaginação”. Podemos dizer, nesse caso, que a linha é um elemento, 
extremamente, necessário para a criação de um esboço. Ainda, conforme o autor,a linha possui um propósito e direção, podendo ser rigorosa e técnica, utilizada 
em diferentes representações visuais e, também, em trabalhos mais precisos.
Além de ser utilizada para representações visuais, a linha também pode ter 
outras utilidades, por exemplo, 
sistemas simbólicos, como a es-
crita, música, símbolos elétricos, 
entre outros. Outra característi-
ca relevante é de expressar sen-
timentos, uma linha imprecisa 
e sem disciplina pode significar 
espontaneidade; também pode 
ser delicada, grossa, tudo isso 
você pode encontrar na cria-
ção de um mesmo artista, os 
sentimentos, porém, são outros 
(DONDIS, 2009).
Plano
O plano é a superfície que suportará o conteúdo do desenho ou a arte que se 
pretende fazer. Ele é conhecido por ser várias linhas, na geometria, ele é definido 
por conter duas linhas de comprimento e duas de largura, mas no espaço esse 
plano, além de precisar de uma espessura, não nos possibilita medir seu tamanho. 
O plano, muitas vezes, é utilizado como superfície de alguns elementos, como 
fachadas, interiores, campos, quadras, entre outros (GOMES FILHO, 2009).
 Figura 12 - Uso da linha
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Volume
O volume pode ser definido como um elemento que 
se expressa por meio de três dimensões, dentro 
do espaço. Ele pode ser físico, sólido, uma pedra 
ou uma pessoa; também, pode ser criado a partir 
da pintura, desenho, entre outros, sobre uma 
superfície plana (GOMES FILHO, 2009). 
O volume pode ser obtido de inúmeras 
formas: por contraste de claro e es-
curo, brilho, textura como também 
pelo uso da perspectiva, elemento 
na frente de outro, cores que po-
dem realçar o objeto e, assim, ex-
primir a sensação de volume. 
Veja o exemplo na Figura 13.
Figura 13 - Volume
Na Figura 13, como você pôde notar, todas as imagens possuem um volume, de-
monstrado pela profundidade dentro delas, mesmo em imagens com uma repre-
sentação mais simples. Esse volume pode ser notado pela sobreposição nas pri-
meiras duas imagens (luta e cubos), e na profundidade expressa na foto do café. 
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O homem, sempre, busca a harmonia da forma e dos objetos. Mas o que se-
ria, realmente, a harmonia que abordaremos, nesse momento? Vale ressaltar 
que ela traz aos nossos olhos o sentimento de “tranquilidade e resolução que 
os zen-budistas chamam de ‘meditação em repouso absoluto’” (DONDIS, 
2007, p. 108). Ainda, podemos entender como harmonia a disposição dos 
elementos de forma organizada e proporcional, no todo ou uma parte dele, 
sendo possível uma leitura clara e simples de algo (GOMES FILHO, 2009). 
Para entendermos melhor sobre a harmonia e suas características, vamos 
dividi-la em ordem, regularidade e desarmonia.
Ordem
A ordem dentro da harmonia acontece quando existe uniformidade e con-
cordância dentro do objeto ou um conjunto de objetos. As relações do que é 
visto ou que compartilham as mesmas linguagens formais (GOMES FILHO, 
2009). Um exemplo dessa ordem, você pode observar nas Figuras 14 e 15.
3 HARMONIA
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Observe que, na Figura 14, o 
alinhamento dos aviões, o céu 
claro e limpo e as cores con-
tribuem para uma imagem 
de harmonia e composição 
extraordinária. Mesmo es-
tando com o peso maior no 
lado esquerdo; o lado direito, 
por ser claro e sem nenhum 
elemento, traz um conforto 
visual e tranquilidade no olhar. Do mesmo modo, na Figura 15, a floresta de bam-
bu possui uma harmonização com as similaridades, os troncos verticais em um 
suave dégradé, sendo quebrado pelo caminho de aspecto seco e sem vida, assim 
como a figura da mulher em vermelho, que traz um belo contraste a paisagem.
Regularidade
Dentro da harmonia, a regularidade pode ser vista pela uniformidade de elemen-
tos. Aqui, você notará que não existe desproporção ou falta de alinhamento. Esse 
formato é, regularmente, encontrado na arquitetura, como em prédios e pontes. 
Na natureza, essa regularidade pode ser obtida com ajuda do homem (GOMES 
FILHO, 2009). Veja alguns exemplos nas Figuras 16 e 17.
Figura 15 - Caminho de bambu
Figura 14 - Aviões sobrevoam a Itália
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Figura 16 - Templo budista
Na Figura 16, temos o detalhe de um templo budista, observe que as cores e o 
tamanho se repetem, dando uma continuidade, isso valoriza a simetria. Na Figura 
17, por sua vez, temos a ponte Alexandre III, nela, você pode notar que o apoio 
lateral bem como os postes elétricos possuem o mesmo formato que observamos 
no templo budista.
Figura 17 - Ponte Alexandre III
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Figura 18 - Desordem
acordo com Gomes Filho (2009, p. 54), a desarmonia pode apresentar “desvios, 
irregularidades, sobreposições aleatórias de elementos, desproporcionalidade e 
desnivelamento visuais, em partes ou no objeto como um todo. Na Figura 18, 
vemos a desarmonia por desordem, pois o emaranhado de fios elétricos causa um 
desconforto visual, principalmente por ter linhas retas, circulares e desregulares, 
uma sobrepondo-se a outra.
Na Figura 19, por 
fim, podemos obser-
var a desarmonia por 
irregularidade, os apa-
relhos colocados, sem 
ter nenhuma ordem 
ou distância correta, 
são diferentes modelos 
que foram empilhados 
na parede, junto com 
outros elementos metá-
licos de suporte e duas 
escadas distantes.
Desarmonia
Diferente da harmonia, a desarmonia 
é a falta de ordem e integração entre 
as formas daquilo que observamos. De 
Figura 19 - Irregularidade
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O equilíbrio é quando um corpo compensa, de uma forma homogênea, suas for-
ças, podendo ser física ou representativa. Podemos notar esse equilíbrio de várias 
maneiras, a mais simples é quando colocamos dois objetos, com a mesma força 
visual, em lados opostos de um plano (GOMES FILHO 2009). De acordo com 
Dondis (2007), o equilíbrio não é, apenas, de elementos iguais em lados opostos 
em perfeita simetria; pode acontecer, também, com elementos assimétricos, já que 
o peso dos elementos se ajusta ao todo, conforme se observa na Figura 20, a seguir.
4 EQUILÍBRIO
Figura 20 - Equilíbrio simétrico (Floco de neve) e assimétrico (Pedras equilibradas)
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Observe que em ambas as imagens o equilíbrio existe, seja na forma simétrica, equili-
brada e delicada do floco de neve; seja na assimetria do equilíbrio das pedras de for-
matos diferentes, mas com o mesmo peso. Dondis (2007, p. 116), ainda, destaca que, “a 
mesma capacidade perceptiva da psicofisiologia humana que determina o equilíbrio 
simétrico pode, automaticamente, medir o equilíbrio assimétrico e responder a ele”. 
Para entender melhor esse conceito, aprofundaremos um pouco mais o assunto.
Simetria
O equilíbrio por simetria pode acontecer em um ou mais eixos de um plano, 
seja ele horizontal, vertical e diagonal; seja qualquer orientação e quantidade que 
queira utilizar. Na simetria, os lados sempre serão iguais ou possuem uma grande 
semelhança. Por ser fácil de visualizar, a simetria pode expressar um sentimento 
de estático, sem movimento e até algo enfadonho (GOMES FILHO, 2009). A 
seguir, observamos alguns modelos de equilíbrio simétrico.
Figura 21 - Jardim Botânico, em Curitiba
O Jardim Botânico, em Curitiba, possui toda a sua estrutura e jardim simétricos. 
Note que, mesmo a sua estrutura em uma composição que, em um primeiro 
momento, causa uma movimentação visual, em seguida, sentimos uma segurança 
visual que nos faz buscar outros elementos ao redor. Na segunda imagem, obser-
vamos o jardim visto de cima, note as divisões de cada canteiro, a localização dos 
postes de iluminação, as cores utilizadas.
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Assimetria
Ao contrário da simetria, a assimetria é a ausência de semelhança entre os lados e 
sem um eixo fixo de equilíbrio. Nela, é um pouco mais difícil de visualizar o equi-
líbrio das partes e, também, trabalhosa para se realizar, mas quando realizada de 
forma adequada, pode causar no apreciador uma instigação, sensação de movimento 
e excitação psicológica (GOMES FILHO, 2009). Observe, na Figura22, que o eixo 
não está centralizado, assim como as formas não estão iguais, em ambos os lados, 
mas dentro da composição da imagem, notamos que o peso visual está equilibrado, 
observe que a perna do lado esquerdo faz peso contrário com a nuvem e a bailarina 
do lado oposto. Também note a diferença entre as poses de ambos, a diferença entre a 
força e a delicadeza, o pesado e o leve, isso proporciona um equilíbrio à composição. 
Figura 22 - Dança
conecte-se
Podemos observar o conceito de simetria na prática, quando vemos a apresentação de Gi-
nástica Rítmica. Observe, no vídeo, o cuidado com os elementos, os pulos e as manobras 
realizadas em conjunto.
https://vimeo.com/158220641
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Desequilíbrio 
O desequilíbrio acontece quando um corpo não consegue equilibrar suas forças 
mutuamente. Quando observamos um objeto que está desequilibrado, temos a 
sensação de instabilidade ou de algo criado acidentalmente. Dentro de uma compo-
sição, podemos utilizá-lo para provocar o observador; causar inquietude e descon-
forto; surpreender ou chamar a atenção para algo (GOMES FILHO, 2009). A Torre 
de Pisa é um excelente exemplo de desequilíbrio, a inclinação da torre aconteceu de 
forma natural e causa uma inquietação visual, principalmente quando observamos 
as demais estruturas próximas, conforme você pode verificar, na Figura 23.
Figura 23 - Torre de Pisa
Assim, finalizamos a nossa primeira unidade. Até breve!
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Olá, caro(a) aluno(a), chegamos ao final da primeira unidade, do seu material 
de Design Gráfico Aplicado ao Marketing. Percorremos um longo trajeto, 
descobrindo os elementos da Gestalt e sua usabilidade. Vamos, agora, recordar 
alguns deles? 
Você foi apresentado, em um primeiro momento, às Leis da Gestalt, em 
que treinamos nosso olhar sobre os elementos que compõem uma forma. 
Em seguida, estudamos a Forma e como ela é iniciada. Vimos que toda for-
ma se inicia pelo ponto e que, com um pouco de movimento, conseguimos 
transformá-lo em uma linha, depois, em um plano e, em seguida, em volume. 
Observamos, também, esses elementos em diferentes manifestações artísticas.
Desse modo, também, estudamos a Harmonia dentro da Gestalt. A partir 
de alguns exemplos, você observou como identificar e criar elementos harmo-
niosos, utilizando a ordem e a regularidade. Vimos quando esses elementos 
não possuem uma harmonia, o que pode causar desconforto ao observador. 
E, por fim, discutimos o Equilíbrio e sua importância para uma boa harmonia 
na forma, além de entendermos a simetria, assimetria e o desequilíbrio dentro 
da composição.
Para as suas criações futuras, você utilizará esse conhecimento para cau-
sar diferentes sensações no observador, por exemplo, um desconforto visual, 
quando a imagem não estiver totalmente equilibrada ou harmoniosa. Espera-
mos que, com esse material, você consiga observar os elementos que o cercam, 
no seu dia a dia, porém com outros olhos, agora. Talvez, aquela rua, que você 
sempre percorreu, traga-lhe algo novo. 
Até a próxima unidade!
32
na prática
1. Conforme estudamos no nosso material sobre Segregação da forma, observe a 
imagem, a seguir, e analise as afirmações a seguir:
I - A imagem representa segregação, quando conseguirmos observar o destaque 
da mulher comparado à cidade.
II - Apesar da mulher estar no primeiro plano, nosso olhar, sempre, volta-se para 
a luz alaranjada do lado esquerdo.
III - Podemos perceber três unidades dentro da imagem: a mulher, a cidade e o 
céu. 
Assinale a alternativa correta.
a) Apenas, I está correta.
b) Apenas, I e II estão corretas.
c) Apenas, I e III estão corretas.
d) Apenas, II e III estão corretas.
e) Todas estão corretas.
33
na prática
2. Conforme estudamos, a Unidade “pode ser identificada em um único elemento, 
que se encerra em si mesmo, ou como parte de um todo” (GOMES FILHO, 2009. 
p. 29). Assim, observe a imagem e as afirmações a seguir.
I - Podemos dividir a imagem em quatro unidades, o céu, as montanhas, a estrada 
e o carro.
II - No carro, podemos ter várias unidades, como o farol, a janela, a roda e outras 
unidades que preferir. 
III - A imagem pode ser composta por uma única unidade, a composição como 
um conjunto.
Assinale a alternativa correta.
a) Apenas, I está correta
b) Apenas, I e II estão corretas
c) Apenas, II e III estão corretas.
d) Apenas, I e III estão corretas.
e) Todas as alternativas estão corretas.
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na prática
3. A Harmonia é a disposição dos elementos de forma organizada e proporcional 
no todo ou uma parte dele, sendo possível uma leitura clara e simples de algo 
(GOMES FILHO, 2009). Observe a imagem a seguir e descreva com suas palavras 
sobre a Harmonia contida nela.
4. Toda a forma se inicia pelo ponto e, quando iniciamos um desenho, qualquer forma 
pode ser criada. A partir dos estudos sobre o ponto, assinale Verdadeiro (V) ou Falso (V).
( ) O ponto possui uma dimensão e forma fixa, ele é a menor forma básica.
( ) O ponto pode alterar de tamanho, crescer, tornar-se supereficiente e preencher 
toda a superfície.
( ) Quando colocamos dois pontos a uma certa distância, conseguimos medir um 
espaço.
( ) Podemos utilizar o ponto como um norte para as medidas de algum desenho 
ou esboço.
 Assinale a alternativa correta.
a) F, V, V, V.
b) V, F, V, F.
c) V, F, F, V.
d) F, V, F, V.
e) V, V, V, V.
35
na prática
5. Na simetria, os lados sempre serão iguais ou possuem uma grande semelhança. 
Por ser fácil de visualizar, a simetria pode passar um sentimento de estático, sem 
movimento, e até algo enfadonho. Observe as imagens, a seguir, e indique a ima-
gem que melhor representa a simetria. 
I - II - 
III - IV - 
Assinale a alternativa correta sobre simetria.
a) Apenas, I e II.
b) Apenas, I, III e IV.
c) Apenas, II e IV.
d) Apenas, I, II e IV.
e) Todas as alternativas.
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aprimore-se
PREGNÂNCIA DA FORMA
A pregnância da forma é a Lei Básica da Percepção Visual da Gestalt, assim definida: 
 “ As forças de organização da forma tendem a se dirigir tanto quan-to o permitam as condições dadas, no sentido da harmonia e do equilíbrio visual. Qualquer padrão de estímulo tende a ser visto de 
tal modo que a estrutura resultante é tão simples quanto o permi-
tam as condições dadas. 
Em outras palavras, pode-se afirmar que um objeto com alta pregnância é um 
objeto que tende espontaneamente para uma estrutura mais simples, mais equi-
librada, mais homogênea e mais regular. Apresenta um máximo de harmonia, 
unificação, clareza formal e um mínimo de complicação visual na organização de 
suas partes ou unidades compositivas.
[...].
Continuando, uma melhor pregnância pressupõe que a organização formal 
do objeto, no sentido psicológico, tenderá a ser sempre a melhor possível do 
ponto de vista estrutural. Assim, para efeito desse sistema de leitura visual, po-
de-se afirmar e estabelecer o seguinte critério de qualidade ou julgamento orga-
nizacional da forma: 
37
aprimore-se
1. Quanto melhor ou mais clara for a organização visual da forma do objeto, 
em termos de facilidade de compreensão e rapidez de leitura ou inter-
pretação, maior será o seu grau de pregnância.
2. Naturalmente, quanto pior ou mais complicada e confusa for a organi-
zação visual da forma do objeto, melhor será o seu grau de pregnância.
Para facilitar o julgamento da pregnância, pode-se estabelecer um grau 
ou um índice de pontuação, por exemplo: baixo, médio, alto. Ou uma 
nota de 1 a 10 no sentido da melhor para a pior qualificação.
[...].
É oportuno assinalar que a legibilidade da forma de qualquer objeto, para efeito 
desse sistema de leitura visual, a lei da pregnância da forma funciona efetivamen-
te como uma interpretação analítica conclusiva acerca do objeto como um todo.
Desse modo, trata-se de um juízo definitivo que se faz com relação ao nível de 
qualificação de organização visual da forma do objeto [...].
Fonte: Gomes Filho (2009, p. 36 -39).
38
eu recomendo!
Ponto e linha sobre plano
Autor: Wassily Kandinsky
Editora: Martins Fontes
Sinopse: nesta obra, Kandinsky tem o intuito de apresentar sua 
teoria das formas, que participa do mesmo rigor e da mesma 
vontade de constituir a linguagem dos meios puros da arte que 
iria além das aparências e falaria da alma humana. Neste texto, 
o autor coloca as bases da futura ciência da arte abstrata, autenticamente, pro-
fética.
livro
Kandinsky - Tudo começa num ponto
Neste vídeo, entendemos um pouco mais sobre Kandinsky, um grande artista 
que teve um papel fundamental nos estudos de ponto, linha e plano. Kandinsky, 
também, foi professor da Bauhaus, escola de arte vanguardista alemã, uma das 
maiores e mais importantes para o Modernismo no design e na arquitetura.
https://www.youtube.com/watch?v=CScnjqV-Oyk
conecte-se
https://www.youtube.com/watch?v=CScnjqV-Oyk
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
anotações
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PSICOLOGIA
DAS CORES
PROFESSORES 
Esp. Ana Claudia Salvadego 
Esp. Diogo Ribeiro Garcia
PLANO DE ESTUDO 
A seguir, apresentam-se as aulas que você estudará nesta unidade: • Círculo das Cores • Uso das Cores 
• Sistemas de Cor.
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM 
Entender como funciona, visualmente, a composição do círculo das cores. Compreender as cores e 
suas diferentes temperaturas bem como o valor de cada cor • Conhecer o conceito que envolve o uso 
das cores • Conhecer os diferentes sistemas de cores.
INTRODUÇÃO
Olá, aluno (a)! Seja bem-vindo(a) à Unidade 2, do seu material de De-
signer Gráfico Aplicado ao Marketing. Será um grande prazer acom-
panhá-lo durante seus estudos. Nessa unidade, entenderemos as co-
res e como elas são utilizadas em nosso dia a dia. Cabe ressaltar, neste 
momento introdutório, que as cores são essenciais à nossa vida, mas 
estamos tão acostumados que, às vezes, esquecemos de olhar e prestar 
atenção a elas. Pare por um momento e observe o ambiente ao seu redor 
bem como as cores que o compõe. Note as composições: cores mais cla-
ras, escuras, opacas ou brilhantes. Agora, tente imaginar esse ambiente, 
apenas, com a cor branca, preto ou com tons de cinza. Estranho, certo? 
Por isso que, nessa unidade, vamos entender a importância de cada cor.
Na primeira aula, contextualizamos você sobre a criação do círculo 
cromático e discutimos a mistura das cores (primário, secundário e 
terciário) e como cada uma delas tem um papel importante para a cons-
trução das composições artísticas. Ainda, nesta aula, você conhecerá 
outras divisões, como as cores análogas e complementares, além das co-
res quentes e frias que vão auxiliá-lo(a) nas suas futuras produções. Na 
aula seguinte, você será apresentado ao significado das principais cores. 
Nesse momento, entenderemos o simbolismo e as emoções expressas 
ao observador, quando é exposto a uma determinada composição ou 
cor. Na última aula dessa unidade, aprofundaremos nos conhecimentos 
sobre os sistemas de cores; entenderemos a dificuldade que a indústria 
passou por causa das novas tecnologias e como ocorreu uma adaptação 
a elas. Além disso, observaremos como nossos olhos conseguem perce-
ber as cores visíveis e aquelas que não conseguimos visualizar. Ainda, 
nessa aula, conheceremos os principais sistemas de cores utilizadas em 
nossas produções, CMYK, RGB e Pantone.
Vamos começar?
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CÍRCULO 
DAS CORES
Olá, aluno(a), quando estudamos a história da humanidade, percebemos que, desde 
os primórdios, as cores fazem parte da vivência do homem, muitas vezes como 
registro de alguma atividade, fatores psicológicos ou identificação de algo. Vamos 
fazer um teste simples, pense em uma cor agora, qualquer cor. A primeira imagem 
que vem a sua mente é a cor pura ou algum objeto que tem essa cor? Azul, a cor do 
céu, verde, da copa das árvores ou aquele gramado verdinho do seu quintal. Como 
nossa mente consegue fazer uma associação assim, rapidamente? Por causa dessa e 
de outras questões que o homem, sempre, buscou entender e conhecer as cores que 
fazem parte do seu cotidiano e, também, é claro, como reproduzi-la. Mas e você? 
Lembra-se de quando, ainda, estava na escola e a sua professora entregava 
potes pequenos de tinta na sua mão para pintar a atividade? Recorda-se da ba-
gunça que fazia? Nesses momentos, você estava, provavelmente, testando as cores 
e criando algo a partir delas. Naquela época, você não tinha todo o conhecimento 
que possui hoje para entender o significado dessas atividades, por isso que vamos 
retomá-la agora, sem tanta bagunça, é claro!
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Para entender as cores, primeiro temos que entender sua origem. Newton, fa-
moso físico inglês, teorizou que a luz branca, quando decomposta, emite radiações 
coloridas e quando uma delas chega aos nossos olhos, podemos ver a cor emitida 
(BAER, 2012), nossos olhos conseguem identificar essa radiação emitida por um 
corpo em formato de cor. Alguns corpos não emitem luz, mas podem refletir ou 
absorver a luz. Caso o corpo reflita toda a luz recebida, enxergaremos, nele, a cor 
branca; caso absorva uma parte e reflita outras, a cor será uma mistura das que são 
refletidas. Mas, e caso o corpo absorva toda a luz? Nesse caso vamos ver a cor preta.
Conforme Baer (2012, p. 80) “um raio de luz branca, de luz solar ou de filamento, atravessan-
do um prisma de cristal, decompõe-se nas cores que constituem o espectro solar: violeta, 
azul-violeta, cyan, verde, amarelo, laranja e vermelho”. Estas são também conhecidas como 
as cores do arco-íris, que nada mais é do que a luz em contato com o prisma da água.
Fonte: os autores.
explorando Ideias
Para entendermos as cores e a sua mistura, precisamos entender o círculo cromático.
O círculo e as cores primárias, secundárias e terciárias
Muitos cientistas e artistas fizeram o seu modelo do círculo cromático baseado 
nos estudos de Newton sobre a luz e as cores. Newton criou o primeiro modelo 
do círculo cromático, dividindo as cores por radiação do comprimento de ondas, 
mas, aqui, falaremos dos estudos artísticos das cores. Quando você pesquisar 
sobre o círculo cromático, notará que existem diferentes modelos feitos com 
diferentes materiais, por isso, pode ser um pouco difícil de identificar qual seria 
o “correto” ou ideal para você utilizar nos seus trabalhos. Antes disso, porém, 
entenderemos a composição e as cores dentro do círculo. O círculo cromático 
é composto por cores e suas misturas, podemos dividi-lo pelas cores primárias, 
secundárias e terciárias. Vamos entender cada uma delas?
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 1. Cores Primárias: compostas pelas cores vermelho, amarelo e azul; são 
chamadas de primárias porque não podem ser criadas através de combi-
nações. A partir dessas cores que as demais são criadas dentro do círculo.
 2. Cores Secundárias: são compostas pelas cores verde, roxo e laranja. Cria-
das pela união de duas cores primárias. Por exemplo, quando unimos as 
cores vermelho e amarelo, temos a cor laranja.
 3. Cores Terciárias: compostas pela união de uma cor primária e uma 
secundária, seu nome é a união dessas duas cores. Vermelho-laranja, ama-
relo laranja, vermelho púrpura, azul-violeta, azul-verde e amarelo-verde.
 
Figura 1 - Círculo Cromático
Cores análogas e complementares
Além dessas definições de primárias, secundárias e terciárias, podemos identificar 
dentro do círculo cromáticos outros conjuntos de cores que trazem harmonia, 
ao observarmos uma imagem ou objeto. Nesse momento, porém, abordaremos, 
apenas, as cores que são análogas e complementares.
Análogas: um conjunto de três cores vizinhas dentro do círculo, por exem-
plo: verde, verde-amarelo e amarelo.
Complementares: composto por duas cores opostas dentro do círculo, 
como: azul e laranja.
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Observe na imagem a seguir as cores análogas e complementares.
Figura 2 - Exemplo de cores análogas e complementares
Combinações de cores a partir do círculo cromático é muito utilizada em desig-ner de interiores e na criação de objetos. Observe os modelos a seguir.
Figura 3 - Design com cores complementares e análogas
Cores frias e cores quentes
Outra característica que podemos observar dentro do círculo cromático é a di-
visão de Cores Frias e Cores quentes. Observe, na Figura 4, que o círculo foi 
dividido em duas partes.
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Figura 4 - Cores quentes e cores frias
As Cores Quentes são compostas pelas cores Vermelho, Amarelo e 
suas variantes. As Cores Frias, pelas cores Verde, Azul e Violeta, como 
também as suas variantes. Quando você pesquisar essas cores, notará 
que as cores Amarelo Verde e o Vermelho Violeta podem ser conside-
radas frias e quentes dependendo do diagrama. Isso pode acontecer 
porque elas são a união exata de uma cor fria e uma cor quente.
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Todas as cores possuem a capacidade de “passar” um sentimento ou sensação, seja 
à pessoa que visualiza, seja para quem produz algo. Em diferentes culturas, uma 
cor pode, também, representar símbolos diferentes. Um bom exemplo disso é 
quando nos aproximamos do Ano Novo, a maioria das lojas de roupas colocam na 
vitrine roupas brancas ou, ainda, se olharmos o feed de notícias das nossas redes 
sociais, veremos que alguém compartilhou o significado de cada cor: “Para você 
arrasar nas festas de fim de ano”. Esse simbolismo por trás das cores é de extrema 
importância para qualquer produção que você pretenda fazer no futuro. Por isso 
que, nessa aula, entenderemos melhor o uso das cores e a psicologia por trás delas.
Significado das cores e sua usabilidade 
Quando estudamos história da arte, observamos que, em diferentes épocas, 
muitos artistas utilizaram as cores para trazer sentimentos ou conforto ao 
observador. Mas, apenas, no século XIX que esse simbolismo e significados 
foram estudados a fundo. Cientistas, escritores, artistas, psicólogos, entre ou-
tras áreas buscaram entender como acontece essa transmissão de ideias. De 
acordo com Freitas (2007, p. 1, sic):
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USO DAS 
CORES
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 “ [...] o observador que recebe a comunicação visual, a cor exerce três ações: a de impressionar a retina, a de provocar uma reação e a de construir uma linguagem própria comunicando uma idéia, 
tendo valor de símbolo e capacidade. É tamanha a expressividade 
das cores que ela se torna um transmissor de idéias, tão poderoso 
que ultrapassa fronteiras espaciais e temporais.
Dessa forma, quando observamos uma imagem, ela pode causar sentimentos e 
reações que não percebemos ou controlamos, podendo trazer até mesmo lem-
branças de momentos que essas cores estavam ou foram relevantes na nossa vida. 
Lembra-se, quando estudamos na Unidade 1, como a luz reage a um objeto e, as-
sim, visualizamos a cor? Nesse sentido, Freitas (2007) faz uma comparação entre 
a arte brasileira do Norte e do Sul do país. No Norte, a luz do sol é mais intensa 
e isso é refletido na arte, as cores são mais vibrantes e puras, em que o artista se 
utiliza de cores quentes. Já no Sul, temos menos luminosidade, por isso, as cores 
são menos vibrantes e em tons pastéis, ou seja, cores frias.
Você pode notar essas características em outros países também. Países de 
clima quente, normalmente, possuem uma arte em que utilizam cores vibrantes 
e com muito contraste; já os países de clima frio possuem cores mais neutras e 
com pouco contraste. Agora, entendemos um pouco mais sobre o que cada cor 
pode transmitir.
Vermelho
Podemos associar o vermelho a 
situações como violência, raiva, 
fogo e perigo, como também é a 
cor mais quente do círculo, sen-
do associada à paixão e o intenso 
amor. Muito utilizada em restau-
rantes e lanchonetes. Por causar 
inquietação, essa cor faz com que 
os clientes comam mais rápido e, 
por isso, aumenta-se a rotativida-
de do estabelecimento (FREITAS, 
2007; PAULINO, 2015). Figura 5 - Uso do vermelho em um restaurante
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Laranja
É uma cor que traz energia 
e emoções alegres. Por causa 
disso, é utilizada em restau-
rantes, junto com o vermelho. 
Essa cor, também, por ter o 
nome de uma fruta, pode fa-
zer analogia à vida saudável 
e boa alimentação, além de 
lembrar o pôr do sol e o ou-
tono, cansando a sensação 
de conforto. Muito utilizado 
em alguns sites para criar um 
destaque visual em botões de 
“Inscreva-se aqui”, “Compre aqui” ou “Buscar”, fazendo com que o usuário tenha 
interesse em realizar uma ação (FREITAS, 2007; PAULINO, 2015).
Amarelo
Associada ao sol, ve-
rão e algumas flores, 
é uma das cores mais 
brilhantes das cores 
quentes. Ele também 
pode ser associado à 
covardia, você já deve 
ter escutado alguém 
falar “Amarelou” para 
alguém que fugiu de 
algo, por medo ou re-
ceio. Em determinados momentos, podemos utilizar o amarelo para trazer um 
sentimento de alegria e pertencimento. Observe, na Figura 7, que como podemos 
utilizá-la para destacar um trecho específico ou, apenas, um detalhe que pode 
causar movimentação visual (FREITAS, 2007; PAULINO, 2015).
Figura 6 - Botões laranjas como destaque 
Figura 7 - Destaque utilizando amarelo
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Verde
Cor que representa a natu-
reza, ela traz tranquilidade 
e harmonia. Assim como a 
cor laranja, por ser uma cor 
secundária, o verde pode 
trazer a energia do amarelo 
e a calma do azul. Dentro do 
projeto, pode trazer equilíbrio, riqueza, bem-estar, frescor e renovação. Observe 
as Figuras a seguir, o verde mais escuro traz a sensação de riqueza, luxo e elegân-
cia, enquanto o verde claro refresca o ambiente, trazendo calmaria e aliviando o 
estresse (FREITAS, 2007; PAULINO, 2015).
Figura 8 - Designer de Interior utiliza duas tonalidades de verde
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Azul
Transmitindo calmaria e 
frescor, o azul é associa-
do a frio, inverno, mar e 
céu. Muito utilizado para 
representar o infinito e 
a paz. Artistas religiosos 
utilizam o azul claro para 
representar santidades, 
por meio de vestes dessa 
cor; alguns sites de negó-
cios, por sua vez, utilizam 
o azul escuro para trans-
mitir confiança e credibi-
lidade. Algumas marcas 
ficaram muito conhecidas pelo uso dessa cor em seus layouts, são exemplos: 
as redes sociais Facebook e Twitter e as empresas Unicesumar, Wal-Mart, 
Samsung, Ford, entre outras, alterando apenas a tonalidade e o layout (FREI-
TAS, 2007; PAULINO, 2015).
Púrpura
Púrpura ou Roxo é uma cor secun-
dária e, por isso, traz características 
das suas cores de origem, a saber, 
vermelho e azul. Os tons claros po-
dem trazer a sensação de primavera e 
romance; os, tons escuros por sua vez, 
são utilizados para design luxuosos e 
requintados, muitas vezes, associados 
a realezas (PAULINO, 2015). 
Figura 9 - Modelo de site de negócios utilizando azul
Figura 10 - Modelo de poster de evento
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Branco
Muitas vezes, associado à pureza, paz e limpeza e utilizado muito em casamentos, 
hospitais e alguns eventos religiosos. Muito usado, também, como fundo neutro em 
sites, pôster e fotos, justamente por harmonizar-se, facilmente, com qualquer cor, 
causando a sensação de minimalismo e infinito. Caso utilizado em conjunto com 
outra cor, pode incorporar suas características (FREITAS, 2007; PAULINO, 2015).
Figura 11 - Fundo branco no convite de casamento
Preto
O oposto ao branco, o preto pode 
trazer recordações e sentimento 
de tristeza, luto ou algo negativo. 
Mas, também, é uma cor muito 
utilizada para mostrar elegância, 
ousadia e mistério. Utilizado em 
designer modernos e inovadores, 
seja no designer de interiores, seja 
gráfico. Deve, porém, ser utilizado 
com cautela para não passar um 
sentimento equivocado do projeto 
(FREITAS, 2007; PAULINO, 2015). Figura 12 - Logotipo na cor preta
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Cinza
Muito vezes, considerada a cor mais fria, por se uma cor neutra e resultado da 
mistura de Branco e Preto, ela pode ser utilizada para substituir essas cores, como 
o cinza escuro e o cinza claro, além de trazer a sensação de profissionalismo, for-
malidade e modernidade.Ela pode também passar sentimentos como depressão 
e mau humor, por isso muito cuidado quando utilizar em determinados projetos. 
Figura 13 - Portfólio construído a partir do cinza escuro e claro
Como você pode ter notado, cada cor possui um significado, 
mas dependendo da composição organizada por você, elas 
podem unir ou criar novos significados. Sempre, vale 
buscar como os artistas e os designers chegaram a 
uma determinada ideia ou conseguiram causar 
um determinado sentimento no observador. 
Procure saber mais sobre aquela marca 
e o porquê das cores utilizadas. Te-
nho certeza que você vai se 
surpreender. 
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Entre os anos 80 e 90, as tecnologias cresceram de uma forma exorbitante. Assim 
como a internet, a informação começou a ser veiculada de forma mais rápida e 
direta, desse modo, outras mídias, como jornais e revistas, tiveram que se rein-
ventar para continuar no mercado. Nesse sentido, o setor de produção gráfica 
também passou por transformações. As cores em sites eram muito diferentes das 
utilizadas em gráficas, notáveis, principalmente, quando impressas. Consegue 
imaginar a decepção de muitas pessoas, quando comparavam a impressão com 
a imagem que estava na tela do seu computador?
Isso acontece porque existe dois padrões de cores muito utilizados para pro-
duções e que podem causar essa interferência, CMYK e RGB. Mas o que seria, 
exatamente, CMYK e RGB? 
Newton e o espectro visual
Antes de entendermos CMYK e RGB, precisamos entender como nossos olhos 
identificam as cores. Lembra, na primeira aula, dessa unidade, quando falamos 
sobre a luz e como ela é transmitida pelos objetos? Quando a luz chega aos nossos 
olhos não é muito diferente. Conforme Rocha (2011, p. 2):
3 
SISTEMAS 
DE COR
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 “ Nossos olhos possuem na retina 2 tipos de sensores: os cones e os bastonetes; os cones permitem a percepção das cores e os bastonetes a percepção dos tons de cinza. Nós herdamos de 
nossos antepassados a visão tricrômica, ou seja, vemos todas as 
cores baseadas em apenas três: o vermelho, o azul e o verde. Os 
bastonetes nos permitem “ver” à noite, ou seja, podemos per-
ceber silhuetas com algum grau de precisão, sem, no entanto, 
notarmos os detalhes.
A luz é composta por um conjunto de vibrações eletromagnéticas, que viajam por 
ondas que podem ser medidas. Nossos olhos conseguem enxergar, apenas, uma 
parcela da luz visível, a qual chamamos de “espectro visual”. Na Figura, a seguir, 
podemos ter uma visão melhor das cores.
 
Figura 14 - Espectro visual
Observe que antes do vermelho, existe o infravermelho e, depois do violeta, 
temos o ultravioleta, são comprimentos e frequências que nossos olhos não 
conseguem ver, mas alguns animais conseguem (ROCHA, 2011). O Espectro 
visual, desse modo, é composto por sete cores, vermelho, laranja, amarelo, 
verde, ciano, azul e violeta. Mas você deve notar que, no espectro visual, está 
“faltando” algumas cores certo? 
Newton também se questionou sobre isso. Primeiro, ele tentou, novamen-
te, criar a cor branca, para isso, “pintou as sete cores num disco (como fatias 
de uma pizza) que girou por meio de uma manivela, porém obteve somente 
as cores vermelha, verde e azul” (ROCHA, 2011, p. 4). Como não obteve o 
resultado esperado, ele continuou seus testes, “pintou num outro disco as 
cores vermelha, verde e azul e obteve algo próximo do branco, na verdade, 
um branco amarelado” (ROCHA, 2011, p. 4).
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Naquela época, não se tinha o conhecimento que temos hoje sobre a fisiolo-
gia do olho humano, por isso, Newton não conseguiu chegar a cor branca. Hoje, 
sabemos que, para isso, ele não poderia colocar as cores com a quantidade igual, 
mas precisava colocar uma quantidade diferente de cada cor no círculo, para ser 
exato “30% de vermelho, 59% de verde e 11% de azul”, esse resultado só foi obtido 
no século XIX (ROCHA, 2011, p. 5). Nesse período, as cores, também, protago-
nizaram outras preocupações.
3.2 CMYK e RGB
Com o início da Revolução Industrial, as fábricas de tecido perceberam que não 
tinham um padrão para as cores dos seus tecidos. Por exemplo, você queria comprar 
um tecido roxo para levar em uma costureira, quando chegava na loja e pedia um 
tecido dessa cor, a vendedora lhe entregava um tecido que se assemelhava mais ao 
azul ou ao vermelho. Por causa disso, foi necessário criar uma categorização das 
cores. Nesse momento, começaram os estudos sobre a quantidade de pigmento 
necessária criar cada cor (ROCHA, 2011). Perceberam, então, que existiam dois 
meios possíveis para isso e, desse modo, surgem dois sistemas, a saber, RGB e CMY:
 ■ RGB - Red (Vermelho), Green (Verde) e Blue (Azul).
 ■ CMY - Cyan (Ciano), Magenta (Roxo ou púrpura) e Yellow (Amarelo).
Esses sistemas trabalham com adição e subtração de suas cores. Rocha (2011, 
p. 8) explica:
 “ O RGB é também conhecido como sistema de Cor Luz, e trabalha por adição, ou seja, se somarmos as três cores básicas, nas propor-ções corretas, obteremos a cor branca.
Já o CMY é conhecido o sistema de Cor Pigmento, e trabalha por 
subtração, ou seja, se somarmos as três cores nas proporções cor-
retas obteremos preto (desde que se use pigmentos apropriados 
e de boa qualidade).
A “versão” industrial do CMY é o CMYK, no qual o Preto é adicio-
nado e não obtido por meio de mistura [...].
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Observe que utilizamos a letra 
“K”, em vez de “B” para Black, 
para não confundir com o Blue 
do RGB. O “K” também pode ser 
identificado como “Key” (chave), 
já que era utilizado na indústria 
para auxiliar em alguns detalhes. 
Ainda, conforme Rocha (2011), o 
CMY ou CMYK foi muito utiliza-
do em produções mais baratas, por não precisar do pigmento puro, este mais 
caro. Ideal, também, para produções em larga escala. Com isso, o RGB começou 
a ser utilizado em televisão, cinema, fotografia e outros.
Figura 15 - RGB e CMYK
No sistema RGB, a luz (ou seja, o “branco”) se encarrega de levar a cor; no sistema CMY 
a base (ou seja, o papel, ou tela) tem de ser branca para refletir a luz. No CMY, deve-se 
levar em conta mais um detalhe: a tinta tem que ter uma densidade própria de modo a 
criar uma espécie de trama, que deixe vazar o fundo branco onde a tinta foi aplicada, para 
que possa haver reflexão da luz e assim enxergarmos o brilho apropriadamente. Por este 
motivo, a impressão é sempre feita em papel branco, caso contrário, as cores sairiam 
alteradas.
Fonte: Rocha (2011, p. 9).
explorando Ideias
Quando olhamos os dois sistemas, CMYK e RGB, podemos perceber que 
são muito parecidos. Ambos possuem as mesmas cores e as mesmas com-
binações, mas porque temos, então, uma alteração, quando imprimimos ou 
convertemos de um para outro? Não se deixe enganar por essas similaridades. 
Lembre-se que seu uso é diferente e, por isso, observe, sempre, com atenção, o 
padrão você utiliza nas suas produções. Conforme Rocha (2011, p. 16), “existe 
uma limitação física que impede que as cores de uma imagem em RGB saiam 
idênticas quando impressas”. Assim, quando você for imprimir uma imagem 
que, originalmente, segue o sistema RGB, ela é convertida para CMYK e, por 
isso, pode ficar mais escura, perdendo o brilho. O mesmo acontece com o 
inverso, quando filmamos ou fotografamos uma imagem impressa padrão 
CMYK, as cores podem ficar mais luminosas.
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RYB
Apesar de não ser parecida com 
CMYK e RGB, o RYB, ou Red (ver-
melho), Yellow (amarelo) e Blue 
(azul), é outro sistema de cor muito 
utilizado, mas nas artes plásticas e 
na produção de tintas, domésticas 
e industriais. A principal diferença 
que vemos entre eles, além das co-
res, é o uso do branco e preto, que, 
nesse caso, é utilizado para criar 
tons mais claros e mais escuros na 
mistura. Um bom exemplo é quan-
do compramos alguma tinta para pintar uma parede ou um cômodo da nossa 
casa. Então, vamos à loja e olhamos o catálogo de infinitas cores. Depois que 
escolhemos a cor e a quantidade que queremos, o vendedor pegauma lata de 
tinta branca e a coloca em uma máquina. Nessa máquina, a lata é aberta e um 
código é colocado, que informa a ela a quantidade de cada pigmento que precisa 
ser colocado para criar a cor desejada. Em seguida, a lata é fechada e a máquina 
começa a misturar os pigmentos, até chegar na cor escolhida.
Em alguns casos, pode ter alteração da cor pintada na sua parede em relação 
à cor do catálogo. Isso acontece, justamente, porque a cor do catálogo utiliza o 
sistema de cor CMYK e a tinta, por sua vez, utiliza o sistema RYB. Como o siste-
ma RYB não contém um sistema similar que podemos converter, seu catálogo é 
criado por aproximação (ROCHA, 2011).
Pantone
Você, provavelmente, ouviu falar de uma das maiores autoridades do mundo 
em cores, a Pantone. Conhecida por ser uma linguagem padrão para qualquer 
processo de comunicação, a Pantone foi criada para ser um sistema de identifica-
ção e combinação, utilizada em produções precisas e específicas, cada indivíduo 
nas suas produções pode observar e interpretar de maneira diferente cada cor. 
Segundo Baer (2012, p. 111), as escalas de cores:
Figura 16 - RYB
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 “ PMS – Pantone Matching System (Sistema Pantone de Igualação), [...] concebida sob a forma de leque para facilitar seu uso, são completadas por números de códigos Pantone que identificam cada cor, bem como 
pelas fórmulas necessárias para a obtenção de cada matiz.
A partir disso, a Pantone continuou 
desenvolvendo e aprimorando seu 
sistema de cores para se adaptar a 
outras indústrias, até os dias de hoje. 
Além disso, foi criada a Pantone Co
lor Institute, que tem por objetivo 
analisar questões comportamentais 
da sociedade, ao longo dos anos an
teriores, e, desse modo, definir as “co
res do ano”, que, conforme Agostini 
(2019, p. 11), “são tons selecionados 
anualmente como uma expressão da 
tendência que está por vir”. 
Figura 18 - Cor do ano de 2020
Agora que você já conhece o círculo cromático, conjunto de cores, seu significado 
e os principais sistemas, você pode começar a testar esses conhecimentos, em 
seus próximos trabalhos. 
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Olá, aluno(a)! Chegamos ao final de mais uma unidade do nosso material. 
Aqui, percorremos um longo trajeto histórico sobre as cores. Como foi para 
você, visitar cada um desses momentos? Vamos relembrar?
Em nossa primeira aula, nos familiarizamos com Newton e sua busca por 
entender a cor e sua origem. Vimos como a luz branca, refletida em um prisma, 
poderia criar uma incrível paleta de cores que é utilizada, até hoje. Também 
vimos que as cores, quando misturadas, podem criar novas cores e, assim, 
têm-se as cores primarias, secundarias e terciarias. Estudamos, ainda, que o 
círculo possui divisões por cores análogas e complementares, quentes e frias.
Na aula seguinte, você relembrou alguns sentimentos e sensações que as 
cores podem transmitir. Nesse sentido, percorremos cada uma delas, identi-
ficando e entendendo seu uso em diferentes projetos, gráfico, arquitetônico e 
plástico, pensando, sempre, no observador e aquilo que queremos passar a ele.
Por fim, contextualizamos as mudanças que aconteceram nas indústrias 
têxteis para a criação do sistema de cores por causa da falta de um padrão de 
cores. Para isso, estudamos a fisiologia dos nossos olhos e os limites de cor que 
conseguimos enxergar. A partir desses conhecimentos, surgem os principais 
sistemas de cores, utilizados até hoje, CMYK e RGB. Além disso, entendemos 
um pouco mais sobre a Pantone e como ela se tornou um modelo para as 
produções gráficas atuais.
Esperamos, agora, que ao finalizar seus estudos nesta unidade, você possa 
utilizar os conhecimentos adquiridos para a criação de diferentes produções 
gráficas. Também esperamos que você consiga observar as manifestações ao 
seu redor, naturais ou não, percebendo as cores e as composições, para servir 
de inspiração em novos projetos.
Bons estudos, até a próxima unidade!
61
na prática
1. Durante nosso material você foi apresentado aos principais sistemas de cores 
utilizados. Relembrando seus conhecimentos, analise as afirmações a seguir.
I - CMYK é o sistema utilizado em produções impressas em larga escala, por utili-
zar pigmentos puros, deixando suas cores vivas e iguais aos digitais.
II - CMYK e RGB possuem as mesmas combinações de cores. Suas diferenças 
aparecem, apenas, quando impresso.
III - Outro sistema muito parecido com o CMYK e RGB é o RYB, que pode ser utili-
zado tanto para produções gráficas quanto para as artes plásticas.
De acordo com as afirmações, assinale a alternativa correta.
a) Apenas, I está correta.
b) Apenas, I e II estão corretas.
c) Apenas, II está correta.
d) Apenas, I e III estão corretas.
e) Todas as estão corretas.
2. A luz é composta por um conjunto de vibrações eletromagnéticas, que viajam por 
ondas que podem ser medidas. Nossos olhos conseguem enxergar, apenas, uma 
parcela da luz visível, a qual chamamos de “espectro visual”. Sobre o as cores do 
espectro visual e a nossa visão, assinale Verdadeiro (V) ou Falso (F) para as afirma-
ções, a seguir.
( ) Espectro visual é composto por seis cores: vermelho, laranja, amarelo, verde, 
ciano e violeta.
( ) O infravermelho e ultravioleta são comprimentos e frequências que nossos 
olhos não conseguem ver, mas alguns animais conseguem.
( ) A cor Branca não estava presente no espectro visual, mas podem ser obtidas 
por meio de uma porcentagem específica de algumas cores, em um círculo 
girando.
62
na prática
Assinale a alternativa correta.
a) F, V, V.
b) F, F, V.
c) V, V, F
d) V, F, V.
e) V, V, V.
3. Conforme estudamos na unidade, a luz possui um papel essencial quando falamos 
de cor. A partir dos nossos estudos sobre a luz, analise as afirmações a seguir.
I - Locais com climas muito diferentes, como o Norte e o Sul do Brasil, podem 
sofrer mudanças na tonalidade.
II - Caso o corpo reflita toda a luz recebida, enxergaremos a cor branca, caso 
absorva todas as cores, enxergaremos a cor preta.
III - A luz branca quando decomposta emite radiações coloridas, nossos olhos 
conseguem identificar essa radiação formando a cor.
Assinale a alternativa correta.
a) Apenas, I está correta.
b) Apenas, I e II estão corretas.
c) Apenas, II está correta.
d) Apenas, I e III estão corretas.
e) Todas as estão corretas.
4. Em nossos estudos sobre o círculo cromático, observamos que ele possui divisões, 
essas podem auxiliar-nos, nas nossas produções. Sobre essas divisões, assinale 
Verdadeiro (V) ou Falso (F).
( ) Podemos obter uma cor secundaria quando misturamos uma cor primaria e 
uma terciaria.
( ) As cores Amarelo Verde e o Vermelho Violeta, muitas vezes, podem percorrer 
as cores frias e quentes, isso ocorre porque elas são a união exata de cada 
uma delas.
63
na prática
( ) Vermelho Laranja e Verde são cores análogas por estarem no lado oposto do 
círculo cromático.
( ) As cores primarias possuem esse nome porque não podem ser criadas a partir 
de combinações.
Assinale a alternativa correta.
a) V, V, F, F.
b) F, V, V, F.
c) V, F, F, V.
d) F, V, F, V.
e) F, F, V, F.
5. Durante todo o material você pode notar diferentes classificações para as cores. 
Utilizando seus conhecimentos adquiridos, observe a imagem e descreva com suas 
palavras os principais elementos que você identifica:
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aprimore-se
UM OLHAR SOBRE A NOIVA CADÁVER
No início do filme, são dedicados alguns minutos em prol de uma caracterização 
do Mundo dos Vivos: sobre tons cinzentos ligeiramente azulados, constrói-se uma 
atmosfera sombria e fria que transmite ao espectador, a partir de sua capacida-
de de criar associações relacionando cores, uma sensação de solidão e tristeza. Os 
cenários são compostos, primordialmente, por linhas verticais e horizontais e há 
uma intensa projeção de sombras que colaboram com a construção de um espaço 
melancólico. Na apresentação do vilarejo, a câmera é guiada por uma borboleta 
azul – item de destaque na sequência,devido a suas cores saturadas que geram um 
intenso contraste com o lugarejo dessaturado – que percorre as ruas repletas de 
monotonia, evidenciando o cotidiano maçante e repetitivo daquelas pessoas.
[...]
As cores surgem, portanto, como um dos principais cúmplices narrativos de Bur-
ton. Carregadas de forte expressividade, os efeitos que promovem nos indivíduos 
são diretos e espontâneos, além de essencialmente visuais, o que potencializa o 
processo de identificação do espectador com os personagens e elimina a necessi-
dade de explicar certas coisas por meio das palavras – que nem sempre conseguem 
alcançar o âmago das sensações. As cores aplicadas na sequência em questão, es-
curas e com pouca saturação, evidenciam a falta de emoção envolvida no cotidiano 
daqueles suburbanos, bem como estabelecem um padrão na composição dos per-
sonagens: com formas exageradas e pontiagudas, são sempre pálidos e apresen-
tam profundas olheiras ao redor dos olhos grandes.
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aprimore-se
[...] 
Em linhas gerais, um universo melancólico é concebido a partir de uma paleta 
de cores escura e sem vida para que, em contrapartida, seja apresentada a uma 
atmosfera completamente oposta à primeira, cuja composição cromática per-
passa os extremos da intensidade da cor, gerando um grande impacto a partir de 
uma comparação que é feita espontaneamente pelo espectador. A partir da in-
trodução dos dois mundos, o desenvolvimento da narrativa tem como alicerce o 
contraste criado, sempre reafirmando e evidenciando as características das duas 
realidades através do uso da cor. Dentre os atributos cromáticos existentes, des-
taca-se, no filme em questão, um vasto uso da saturação, artifício indispensável 
na construção dos universos opostos. O mundo com pouca saturação aparece 
associado à languidez e à melancolia, ao passo que aqueles com cores bastante 
saturadas se relacionam com um estado de bom humor – curiosamente, num 
mundo que deveria sugerir exatamente o contrário, mas assim proposto pela 
visão singular de Burton. 
Fonte: Abreu e Andrade (2016, p. 6-8). 
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eu recomendo!
O Fabuloso Destino de Amélie Poulain
Ano: 2001
Sinopse: Após deixar a vida de subúrbio que levava com a fa-
mília, a inocente Amélie (Audrey Tautou) muda-se para o bair-
ro parisiense de Montmartre, onde começa a trabalhar como 
garçonete. Certo dia, encontra uma caixa escondida no banhei-
ro de sua casa e, pensando que pertencesse ao antigo mora-
dor, decide procurá-lo e, assim, encontra Dominique (Mauri-
ce Bénichou). Ao ver que ele chora de alegria ao reaver o seu objeto, a moça 
fica impressionada e adquire uma nova visão do mundo. Então, a partir de pe-
quenos gestos, ela passa a ajudar as pessoas que a rodeiam, vendo nisto um 
novo sentido para sua existência. Ainda, porém, sente falta de um grande amor. 
Comentário: Nesse filme, podemos observar como o diretor utiliza as cores para 
mostrar uma França lúdica e diferente da realidade. Composições com as cores 
verde e vermelho, ou azul e laranja, criando uma atmosfera agradável e positiva. 
Muitos filmes utilizam a cor para criar diferentes composições que podem trazer 
diferentes sentimentos ao observador. 
filme
O Grande Hotel Budapeste
Ano: 2015
Sinopse: No período entre as duas guerras mundiais, o famoso 
gerente de um hotel europeu conhece um jovem empregado e 
os dois tornam-se melhores amigos. Entre as aventuras vividas 
pelos dois, constam o roubo de um famoso quadro do Renasci-
mento, a batalha pela grande fortuna de uma família e as trans-
formações históricas durante a primeira metade do século XX.
filme
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
anotações
3
FUNDAMENTOS DE
COMPOSIÇÃO
da ilustração digital
PROFESSORES 
Esp. Ana Claudia Salvadego
Esp. Diogo Ribeiro Garcia
PLANO DE ESTUDO 
A seguir, apresentam-se as aulas que você estudará nesta unidade: • Formato • Layout e Grid • Tipografia.
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM 
Compreender os diferentes formatos. • Conhecer o conceito que envolve layout e grid. • Conhecer o 
conceito de tipografia.
INTRODUÇÃO
Olá aluno(a), seja bem-vindo(a) à Unidade 3, do material Designer 
Gráfico Aplicado ao Marketing, será um grande prazer acompanhá-lo 
durante seus estudos. Nessa unidade, discutiremos o Formato, Layout, 
Grid e a Tipografia. Já observou que, no cotidiano, tudo que consumi-
mos tem um formato, por exemplo, uma garrafa de água ou o seu smar-
tphone? Reparou que as formas são diferentes, na proporção, espessura 
ou, até mesmo, cor? Isso porque a escolha correta do formato, por exem-
plo, poderá auxiliar o empilhamento maior de caixas no transporte do 
produto ou, até mesmo, em seu manuseio. 
A disposição de elementos na prateleira de um supermercado obe-
dece a um modelo de layout e grid, assim como a posição da logomarca 
em uma revista, um site ou os aplicativos em seu smartphone. Tudo isso 
está dentro de um grid, pensado para o ponto de atenção do seu olhar, 
por isso, a escolha correta do layout e grid podem contribuir, e muito, 
para qualquer produção gráfica. Temos grids diferentes para a mesma 
campanha, uma capa, um post em rede social, um e-mail marketing 
e um outdoor. Em cada um desses exemplos, a disposição precisa ser 
pensada dentro de um grid específico para atender os diferentes níveis 
de proporção e, assim, conquistar a atenção do público-alvo.
Quando falamos de tipografia, temos uma infinidade de possibilida-
de, mas não podemos utilizá-las sem, antes, pensar no formato adequa-
do, o layout e grid. Saber, também, nos lugares em que será visto para 
que a escolha seja a mais assertiva possível. Desse modo, aproveite ao 
máximo as dicas que iremos apresentar nesta unidade, pois elas podem 
auxiliá-lo(a) em seus projetos futuros, repare as marcas que você conso-
me, em seu dia a dia; veja todos esses conceitos aplicados, marcas que se 
utilizam apenas de tipos, e pesquise a evolução dessa marca; perceberá, 
então, que a atualização acontece, sempre, de forma sutil, mas a escolha 
do tipo pode trazer seriedade e descontração. 
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3
70
1 FORMATO
Você já observou a quantidade de formatos que temos, hoje, nos diversos 
produtos que consumimos, em nosso dia a dia? O processo de construção de 
todos esses formatos partiu da ideia e conceitualização de design, seja ele uma 
embalagem, uma garrafa, um eletrodoméstico, seja, até mesmo, o formato de 
uma revista ou livro. O formato, portanto, é a forma e medida de um produto 
final, como um livro, revista, um site ou, ainda, a roupa que vestimos, cada 
uma delas, por exemplo, segue um padrão de tamanho, corte, costura e cor. 
A escolha do formato correto para a elaboração de um projeto, vale ressaltar, 
depende do olhar e da experiência do projetista e designer. Este considera seus 
conhecimentos e experiências práticas, sempre pensando onde e como será 
utilizado; a qual público se destina e para quem será o orçamento destinado, 
pois somente, assim, as definições de formato serão analisadas.
Você se lembra de quando comprava o seu material escolar? A experiên-
cia de entrar em uma loja e se deparar com diversos formatos de cadernos, 
capas com diferentes imagens, uma mais colorida que a outra, imagens que 
chamam a atenção. Esse é o papel fundamental da escolha correta do formato 
para qualquer produto que irá produzir, isto é, pensar no impacto visual que 
se objetiva transmitir.
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Formato de página
Teoricamente, a escolha da página, em cada projeto, pode seguir uma escolha específi-
ca, porém precisa sempre pensar no impacto e o público a ser atendido. A construção 
de uma página pode seguir alguns passos, precisa ser fácil de trabalhar, agradável ao 
olhar, proporções bem estabelecidas e distribuição correta da informação.
Formato de papel
Formatos de papel orientam os profissionais na escolha correta, para evitar desper-
dício. Estamos em um momento de conscientização no uso sustentável, e evitar o 
desperdício é necessário. A origem dos

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