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UNINGÁ – CENTRO UNIVERSITÁRIO Curso de Biomedicina EAD e Farmácia EAD PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO ESCOLA E COMUNIDADE - PIESC I CAMPANHA PARA AUMENTO DE DOAÇÕES DE SANGUE Londrina 2021 CARLOS ROBERTO FREITAS FUNGARI RA 21789 FERNANDO HENRIQUE RA 106550-21 FLÁVIO HENRIQUE RA 106209-21 RAFAEL FELISARDO CARDOSO RA 918-21 RONALDO MARCELINO RA 91120-21 PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO ESCOLA E COMUNIDADE - PIESC I CAMPANHA PARA AUMENTO DE DOAÇÕES DE SANGUE Portfólio apresentado aos cursos de Biomedicina EAD e Farmácia EAD da UNINGÁ – Centro Universitário, para avaliação e conclusão da disciplina/projeto de PIESC I. Londrina 2021 1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 1.1 HISTÓRIA DA HEMOTERAPIA NO BRASIL No Brasil, a hemoterapia surgiu na década de 40, com a criação do primeiro Banco de Sangue de Porto Alegre, logo após foi Pernambuco e Rio de Janeiro. Nesse primeiro momento a hemoterapia era feita de forma rudimentar. Já em 1950, os profissionais da área se mobilizaram criando organizações com o propósito buscando contribuir para o desenvolvimento da hematologia e da hemoterapia brasileira, mas, devido à baixa qualidade desses procedimentos laboratoriais e transfusionais, a deficiência da tecnologia e mão de obra técnica qualificado. As doações eram remuneradas, com predominância de doadores de baixa renda; também não havia uniformização nos procedimentos e a produção era insignificante, não atendendo a demanda. À época não havia política governamental, diretrizes e recursos orçamentários (CAIRUTAS, 2001). Associação de Doadores Voluntários de Sangue do Rio de Janeiro, em 1949, contestava a remuneração aos doadores essa prática pelos novos serviços de hemoterapia. Com isso, o sangue passou a ter valor de mercado, que divergia da ideia de sangue doado (SANTOS; MORAES; COELHO, 1991). Mas Junqueira, Rosenblit, e Hamerschlak destacam que na época não havia uma necessidade de criar uma política para esse setor. Em 1964, o governo viu a necessidade de desenvolver uma politica que coordenasse as atividades relacionadas a hemoterapias. Já em 1980, o Programa Nacional de Sangue e Hemoderivados (Pró-sangue), a doação resmunada sempre foi combatida de alguma forma, mas a expansão desse sistema foi baseada na reposição, ou seja, familiares e amigos dos pacientes são convocados a doar para os que necessitam desse sangue (SANTOS; MORAES; COELHO, 1991). Com o Pró-sangue o sistema hemoterápico no brasil se consolidou, e com isso, forma criados os hemocentros, e a doação de sangue passou a ser voluntaria não remunerada, além de buscar medidas para segurança de doadores e receptores (RODRIGUES, 2013). Rodrigues (2013) destaca que o Pró-sangue “transformou-se, posteriormente, em Coordenação de Sangue e Hemoderivados, passou do Ministério da Saúde para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e atualmente voltou a ser um programa ministerial”. Com o surgimento da AIDS houveram mudanças significativas nos procedimentos de doação, tais como: As principais mudanças no sistema hemoterápico brasileiro ocorreram pelo advento da AIDS e por razões econômicas. O surgimento da AIDS introduziu novos procedimentos, tais como: substituição da doação anônima, o incremento dos métodos de autotransfusão e a disciplina do uso do sangue, além da, seus componentes e seus derivados através da avaliação de riscos/custos/benefícios. Já a proibição da remuneração de “doadores de sangue foi estabelecida pela Constituição Federal de 1988, regulamentada pela lei nº 10.205 de 21 de março de 2001 e mantida até hoje” (JUNQUEIRA; ROSENBLIT; HAMERSCHLAK, 2005). 3.2 IMPORTANCIA DA DOAÇÃO DE SANGUE O ato de doar sangue é um gesto de solidariedade, pois, a cada doação pode salvar até quatro pessoas. Anualmente no mundo são realizadas aproximadamente 81 milhões de doações, e apenas 45% ocorrem em países em desenvolvimento e em transição, onde vivem 81% da população mundial. Porém, em países da América do Sul a taxa de doação não ultrapassa 2% (PESSONI; AQUINO; ALCANTARA, 2021). Atualmente no Brasil, são coletadas aproximadamente 3,6 milhões de bolas/ano que corresponde a 1,8% da população. Mesmo esteja dentro dos parâmetros da Organização Mundial de Saúde (OMS), o Ministério da Saúde trabalha para aumentar este índice. O Ministério da Saúde reduziu a idade mínima de 18 para 16 anos (com autorização do responsável) e aumentou de 67 para 69 anos a idade máxima para doação de sangue no País. Portanto, para fazer a doação de sangue o doador deve: 1) estar em boas condições de saúde; 2) ter entre 16 e 69 anos. Caso o doador tenha entre 16 e 18 anos incompletos, a doação só poderá ser realizada mediante consentimento dos pais ou responsáveis legais e ao preenchimento dos documentos necessários e formulário de autorização; 3) ter peso igual ou superior a 50 quilogramas; 4) estar descansado (ter dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas); 5) estar alimentado (evitar alimentação gordurosa nas 4 horas que antecedem a doação); 6) apresentar documento original com foto emitido por órgão oficial (LEMES; ORTEGA, s.d). Como consequência da pandemia de Covid-19 é a queda nas doações de sangue, pois, as doenças continuam existindo apesar da pandemia. O uso do sangue doado é “imprescindível em diversas situações clínicas, principalmente nas urgências e emergências hemorrágicas e no suporte ao paciente com doenças onco-hematológicas” (NETO, 2016). Dessa forma, os pacientes continuam a internar com câncer, cirurgias ortopédicas, pacientes crônicos, bebês prematuros nas Unidades de Terapias Intensivas (UTIs), gestantes que precisam de suporte para hemorragia durante o parto, pessoas com anemia falciforme, entre outras doenças que continuam demandando cuidados médicos. 2 DESCRIÇÃO DA FORMA DE EXECUÇÃO DA CAMPANHA PARA A COMUNIDADE E LOCAL ESCOLHIDO PARA EXECUÇÃO; A campanha de doação será realizada através da divulgação de um folder explicativo, que será postado na internet através do Instagram, Facebook, Whatsapp e Telegram. A divulgação consiste em postar o folder no feed e os stories das redes sociais, além de encaminhar via mensagem pelo Whatsapp e Telegram. Com o distanciamento social devido a pandemia de Covid-19, encaminhar esse material pelas redes sociais é uma forma de atingir um numero mais de pessoas. Além de divulgação online, haverá a distribuição do folder impresso em farmácias e drogarias, com o intuito de divulgar a campanha para farmacêuticos e equipe de colaboradores e com isso conscientizar da importância de se doar sangue e ajudar a quem precisa. Acredita-se que ao realizar essa campanha de conscientização irá além das farmácias e drogarias, pois, o colaborador também levará essa ideia para familiares e amigos, e com isso, aumentar a quantidade de pessoas alcançadas pela campanha. A pandemia de Covid-19 parou o mundo, mas a necessidade de transfusão de sangue não, por isso, é de suma importância realizar essa campanha para conscientizar as pessoas e que com isso aumente o número de doações. Além disso, cirurgias de urgência, em casos graves, cirurgias cardíacas, transplantes, ou em casos de doenças degenerativas, como o câncer, entre outras, precisam que o estoque de sangue sempre esteja abastecido. As imagens abaixo são do material que será utilizado na campanha. 3 DESCRIÇÃO DA FORMA DE EXECUÇÃO DA CAMPANHA PARA A COMUNIDADE E LOCAL ESCOLHIDO PARA EXECUÇÃO; A campanha foi realizada em farmácias de dispensação, com a divulgação de matérias elaborados com foco no esclarecimento de dúvidas relacionadas a doação de sangue. Nesse processo, foi utilizado uma linguagem acessível, para alcançar todos os públicos.Foi produzido pelo grupo material para a divulgação de materiais educativos referentes a doação de sangue. Nesse processo o grupo também realizou uma doação de sangue coletiva no Hemocentro do HU de Londrina, como uma forma de mobilizar todos do grupo e com isso incentivar um maior número de doadores. Pereira et al (2016) destaca que, as campanhas em grupo influenciam no comportamento relacionado ao incentivo á doação de sangue, ou seja, grupo mobilizam de forma mais eficaz a população qualificada para a doação. A campanha foi realizada na farmácia Drogamais do Cafezal no dia 16 de dezembro de 2021 no período da manhã, onde todos os integrantes do grupo participaram do processo, demostrando à importância da doação de sangue para funcionários, clientes, e também pessoas que passavam na rua e que gostariam de sanar as suas dúvidas com relação ao tema. Nessa campanha foi utilizado o material produzido pelo grupo, sendo banner, folders e também o Hemocentro disponibilizou alguns folders informativos que auxiliaram nesse processo. Algumas das pessoas atendidas na campanha, disseram que sempre quiseram doar sangue, mas tinham suas dúvidas e que após sanarem as dúvidas iriam procurar o Hemocentro para realizar a doação de sangue. 4 FEEDBACK DO QUE GRUPO ACHOU EM RELAÇÃO A SUA PARTICIPAÇÃO NA CAMPANHA A campanha “Doe sangue e salve vidas” foi super interessante ver a participação de todos do nosso grupo, todos envolvidos em buscar maneiras de divulgar, formas de chegar na população e auxiliar a aumentar o número de doadores regulares de sangue. Gostaríamos de parabenizar o atendimento dos colaboradores do Hemocentro HU, desde o momento do cadastro, até o momento da coleta fomos todos bem atendidos, sempre cuidando do bem estar durante o processo de doação. Acreditamos que essa campanha tenha ajudado varias pessoas a sanar dúvidas que tinham sobre a doação de sangue e também de destacar a importância do ato de doar sangue e de como essa ação pode ajudar a salvar vidas de pessoas com doenças crônicas, passam por cirurgia de grande porte, etc. Esse projeto foi de suma importância para o nosso crescimento pessoal e principalmente profissional, pois ao ver como um ato de doar sangue pode ajudar diversas pessoas. 5 REGISTRO FOTOGRÁFICO DE CADA ETAPA E DA AÇÃO EXECUTADA. 5.1 Doação de Sangue Hemocentro HU A doação de sangue foi realizada no Hemocentro do Hospital Universitário de Londrina – HU – UEL. A doação foi realizada no dia 16 de dezembro de 2021. Ao realizar a doação de sangue todos receberam a declaração de doação, infelizmente por motivos técnicos o Rafael não pode doar sangue, mas mesmo assim foi fornecida uma declaração para ele. 5. 2 CAMPANHA DE CONSCIENTIZAÇÃO DA DOAÇÃO DE SANGUE A campanha foi realizada em farmácias de dispensação, distribuindo folders, panfletos cedidos pelo Hemocentro para auxiliar na campanha. O intuito foi de conscientizar funcionários, clientes das farmácias sobre a importância da doação de sangue, e que doar sangue faz toda a diferença na vida das pessoas que necessitam de doação. 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS Podemos concluir que o objetivo do projeto foi realizado. Foi realizado a divulgação de informações e sanadas dúvidas relacionadas a doação de sangue, como uma forma de ampliar o índice quantitativo de doações. Acreditamos que esse projeto foi de suma importância nesse processo, pois infelizmente as pessoas possuem medo de doar sangue. A campanha proporcionou uma experiência única para crescimento e desenvolvimento pessoal e profissional, pois, esse projeto pode auxiliar outros discentes em projetos relacionados a organização de futuras campanhas de doação de sangue. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS CAIRUTAS, C. M. O que corre em nossas veias fragmentos de sua história. Recife: EBGE, 2001. SANTOS, L. A. C.; MORAES, C.; COELHO, V. S. P. A hemoterapia no Brasil de 64 a 80. Physis: Rio de Janeiro, v.1, n.1, p.161-182, 1991. JUNQUEIRA, P.C.; ROSENBLIT, J.; HAMERSCHLAK, N. História da Hemoterapia no Brasil. Rev. bras. hematol. hemoter. São Paulo, v.27, n.3, p. 201-207, set. 2005. NETO, T. Avaliação Externa da Qualidade em Imuno-hematologia de Serviços Transfusionais da Área de Abrangência da Grande São Paulo. 2016. 66 f. Dissertação (Mestrado em Biotecnologia Médica) – Faculdade de Medicina de Botucatu, Universidade Estadual Paulista, Botucatu, 2016.
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