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G393 Ges tão logística da cadeia de suprimentos [recurso eletrônico] / 
Donald J. Bowersox ... [et al.] ; revisão técnica: Alexandre 
Pignanelli ; tradução: Luiz Claudio de Queiroz Faria. – 4. 
ed. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre : AMGH, 2014.
Editado também como livro impresso em 2014.
ISBN 978-85-8055-318-5
1. Logística Empresarial. 2. Administração – Material – 
Logística. I. Bowersox, Donald J.
 CDU 658.7
Catalogação na publicação: Ana Paula M. Magnus – CRB-10/2052
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 Armazenamento CAPÍTULO 9 239
Um depósito pode ser usado para a estocagem estendida por uma série de motivos. Alguns 
produtos, como itens sazonais, exigem estocagem para aguardar a demanda ou para distribuir 
o suprimento ao longo do tempo. Os outros motivos incluem itens de demanda muito irregular, 
necessidade de maturação, compras especulativas e descontos.
O acondicionamento de produtos às vezes exige estocagem estendida, como no caso da 
maturação de bananas. Os depósitos de alimentos normalmente possuem ambientes para ma-
turação com o objetivo de manter os produtos até que eles atinjam a qualidade máxima. A es-
tocagem também pode ser necessária para verificações prolongadas de qualidade.
Os depósitos também podem manter os produtos por um longo tempo quando eles são 
comprados para fins de especulação. A magnitude da compra especulativa depende dos produ-
tos e dos setores específicos envolvidos, mas é muito comum no comércio de commodities e de 
itens sazonais. Por exemplo, se um aumento no preço de um item é esperado, é comum uma 
empresa comprar antecipadamente pelo preço atual e estocar o produto para uso posterior. 
Nesse caso, o desconto ou economia é a compensação pela estocagem estendida e pelo custo de 
manutenção de estoques. Commodities como grãos, petróleo e lenha podem ser compradas e 
estocadas por motivos especulativos.
O depósito também pode ser usado para auxiliar a obtenção de descontos especiais. Descontos 
em compras antecipadas podem justificar a estocagem estendida. O gerente de compras pode 
obter uma substancial redução de preço durante determinada época do ano. Sob tais condições, 
espera -se que o depósito mantenha o estoque em excesso da estocagem ativa. Fabricantes de 
fertilizantes, brinquedos e móveis de jardim muitas vezes tentam repassar o fardo da estocagem 
para os clientes ao oferecerem bonificações pelo armazenamento fora de estação.
CLASSIFICAÇÃO DE PROPRIEDADE DOS DEPÓSITOS
oS DePóSitoS norMalMente são classificados com base na propriedade. Um depósito próprio 
é operado pela empresa que possui o produto manuseado e armazenado nas instalações. Um 
depósito independente, por outro lado, é operado como uma empresa independente que ofe-
rece uma gama de serviços, como armazenamento, manuseio e transporte. Os operadores de 
depósitos independentes normalmente oferecem um conjunto de serviços relativamente padroni-
zados aos clientes. Os depósitos terceirizados, que são uma extensão personalizada dos de-
pósitos independentes, combinam os benefícios dos depósitos terceirizados e próprios. Os 
depósitos terceirizados representam um acordo de negócios de longo prazo que oferece serviços 
logísticos exclusivos ou personalizados a um número limitado de clientes. O cliente e o opera-
dor do depósito normalmente partilham os riscos associados à operação. As diferenças impor-
tantes entre os operadores terceirizados e independentes são a duração do relacionamento, o 
grau de serviços exclusivos ou personalizados e o compartilhamento de benefícios e riscos.
PRÓPRIOS
Um depósito próprio normalmente é operado pela empresa que possui o produto. As instala-
ções físicas, no entanto, podem ser próprias ou alugadas. A decisão relacionada à propriedade 
ou ao aluguel é essencialmente financeira. Às vezes não é possível encontrar um depósito para 
alugar que seja adequado aos requisitos logísticos específicos; por exemplo, a natureza física de 
um prédio disponível pode não ser condizente com o manuseio eficiente de materiais, possuir 
instalações com prateleiras impróprias para o estoque ou com restrições nas docas de carrega-
mento/recebimento e colunas de apoio. A única forma de ação adequada nesse caso pode ser 
projetar e construir um novo local.
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PARTE 2 Operações logísticas da cadeia de suprimentos240
Os principais benefícios do depósito próprio são controle, flexibilidade, custo e mais alguns 
aspectos intangíveis. Eles oferecem controle substancial, visto que a gerência tem autoridade 
para priorizar as atividades. Esse controle facilita a integração das operações do depósito com 
o equilíbrio das operações logísticas de uma empresa.
Depósitos próprios normalmente oferecem maior flexibilidade, já que as políticas operacio-
nais, as horas de serviço e os procedimentos podem ser ajustados para atender os requisitos de 
clientes e produtos específicos. Empresas com clientes ou produtos muito especializados muitas 
vezes têm motivação para possuir e operar depósitos.
Em geral, esses depósitos são considerados menos dispendiosos porque as instalações privadas 
não são operadas com o objetivo de obter lucro. Como resultado, os componentes de custo fixo e 
variável de um depósito próprio podem ser inferiores aos de suas contrapartes contratadas.
Por fim, depósitos próprios podem oferecer benefícios intangíveis; este tipo de depósito 
pode estimular no cliente uma percepção de capacidade de resposta e estabilidade da empresa. 
Essa percepção pode proporcionar um marketing de imagem positivo quando o depósito é 
comparado aos concorrentes.
Apesar dos benefícios citados, o uso de depósitos próprios está diminuindo devido a um 
crescente interesse gerencial de reduzir o capital investido em ativos logísticos. Além disso, o 
benefício do custo percebido do depósito próprio é potencialmente compensado pela capacida-
de de um depósito independente de obter economia operacional de escala e de escopo como 
resultado da combinação de diversos clientes.
INDEPENDENTES
Os depósitos independentes são amplamente utilizados nos sistemas logísticos. Quase qualquer 
combinação de serviços pode ser conseguida por contrato de longo ou curto prazo. Os depósi-
tos independentes tradicionalmente podem ser classificados com base na especialização opera-
cional, como (1) produtos gerais; (2) refrigerados; (3) commodities especiais; (4) alfandegados; e 
(5) equipamentos e móveis residenciais.
Depósitos de produtos gerais são projetados para manusear produtos embalados como 
eletrônicos, papel, alimentos, eletroportáteis e suprimentos residenciais. Depósitos refrigera-
dos normalmente oferecem capacidade de congelamento ou resfriamento projetada para 
proteger produtos alimentícios, médicos, fotográficos e químicos que exigem temperaturas 
especiais. Depósitos de commodities especiais são projetados para lidar com materiais a gra-
nel ou itens que exigem manuseio especial, como pneus e roupas. Depósitos de produtos al-
fandegados são licenciados pelo governo para armazenar produtos antes do pagamento de 
impostos ou de encargos de importação/exportação. Eles exercem um controle rígido sobre 
as movimentações de entrada e saída das instalações, visto que documentos têm de acompa-
nhar cada movimentação. Por fim, os depósitos de equipamentos ou móveis residenciais são 
especializados no manuseio e armazenamento de itens grandes e volumosos, como eletrodo-
mésticos e móveis. Evidentemente, muitos depósitos oferecem uma combinação de serviços. 
Os depósitos independentes proporcionam flexibilidade e benefícios dos serviços partilhados. 
Têm potencial para oferecer experiência operacional e administrativa, já que armazenar é 
seu negócio principal.
De uma perspectiva financeira, o armazenamento independente pode gerar um custo 
operacional inferior ao de instalações privadas. Esse diferencial no custo variável pode re-
sultar de escalas de salários mais baixos,melhor produtividade e compartilhamento de des-
pesas gerais entre os clientes. Os depósitos independentes normalmente não exigem 
investimento de capital por parte dos clientes, e quando o desempenho é avaliado de acordo 
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 Armazenamento CAPÍTULO 9 241
com o retorno sobre o investimento, podem ser uma alternativa atraente. O armazenamen-
to independente oferece flexibilidade em relação ao tamanho e à quantidade de depósitos, 
permitindo, assim, que os usuários respondam às demandas dos fornecedores, dos clientes e 
sazonais. Em comparação, os depósitos próprios são difíceis de mudar porque as instalações 
tiveram de ser construídas, expandidas ou compradas, e precisam ser vendidas quando não 
forem mais necessárias.
O armazenamento independente também pode apresentar o potencial de partilhar econo-
mias de escala, já que as necessidades combinadas dos usuários podem ser alavancadas. Essa 
alavancagem divide os custos fixos e pode justificar o investimento em equipamentos de manu-
seio de última geração. Um depósito independente também pode alavancar os transportes 
oferecendo a consolidação de cargas de diversos clientes. Por exemplo, em vez de pedir ao 
fornecedor A e ao fornecedor B que entreguem produtos a uma loja a partir de seus próprios 
depósitos, um depósito independente que atende os dois clientes pode combinar a entrega, 
proporcionando, assim, uma redução no custo de transporte para o cliente.
Muitas empresas utilizam depósitos independentes para atender os clientes por causa do 
custo variável, escalabilidade, gama de serviços e flexibilidade. Eles cobram dos clientes uma 
tarifa básica para o manuseio de entrada e saída, além do armazenamento. No caso do manu-
seio, a tarifa é cobrada com base na quantidade de caixas ou quilos movimentada. No caso do 
armazenamento, a tarifa é cobrada com base na quantidade de caixas ou quilos armazenada 
durante determinado período. Serviços especiais ou com valor agregado prestados por depósi-
tos independentes normalmente recebem preços com base em negociação.
TERCEIRIZADOS
Os depósitos terceirizados combinam as características de funcionamento dos próprios e dos 
independentes. Um relacionamento contratual de longo prazo normalmente resultará em um 
custo total inferior ao de um depósito independente. Ao mesmo tempo, as operações de depó-
sitos terceirizados podem oferecer os benefícios de experiência, flexibilidade, escalabilidade e 
economia de escala compartilhando dos recursos administrativos, mão de obra, equipamentos 
e informações entre diversos clientes.
Os depósitos terceirizados normalmente oferecem um conjunto de serviços logísticos como 
gerenciamento de transportes, controle de estoque, processamento de pedidos, serviço ao clien-
te e processamento de devoluções. Empresas terceirizadas de logística, normalmente denomi-
nadas prestadores de serviços integrados, são capazes de assumir toda a responsabilidade 
logística para um empresa.
Por exemplo, a Kraft Foods está utilizando cada vez mais armazenamento terceirizado 
para substituir instalações para alimentos congelados e secos. Desde o final da década de 1990, 
a Kraft trabalha com a AmeriCold Logistics, uma empresa de serviços integrados de armaze-
namento e distribuição, para realizar serviços de armazenamento, manuseio e distribuição. O 
acordo tem diversos benefícios para ambas as partes. O acordo contratual de longo prazo per-
mite que a Kraft expanda sua rede de distribuição sem incorrer no tempo ou custo de construí-
-la. Como a Kraft tem certeza de que sempre haverá espaço para novos produtos, sua rede de 
distribuição está protegida. A AmeriCold não precisa se preocupar em vender espaço à Kraft. 
Além disso, quanto mais a Kraft utiliza os serviços da AmeriCold, melhor a capacidade da 
empresa de armazenamento terceirizado de entender as necessidades do cliente e fornecer 
serviços personalizados.
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PARTE 2 Operações logísticas da cadeia de suprimentos242
DISTRIBUIÇÃO EM REDE
Como seria de esperar, muitas empresas usam uma combinação de instalações próprias, inde-
pendentes e terceirizadas. A utilização completa do depósito ao longo do ano é rara. Como 
regra gerencial, um depósito típico será completamente utilizado por 75 a 85% do tempo; en-
tão, entre 15 e 25% do tempo, o espaço necessário para acomodar produtos em situações de 
pico não será utilizado. Nesses casos, uma estratégia de distribuição pode ser o uso de depósitos 
próprios ou terceirizados para cobrir o requisito de 75% enquanto instalações independentes 
são usadas para atender a demanda de pico.
Desenvolver uma estratégia de rede de depósitos exige respostas a duas perguntas fun-
damentais. A primeira é quantos depósitos devem ser instalados. A segunda pergunta se 
concentra em que tipos de depósitos devem ser utilizados em mercados específicos. Para 
muitas empresas, a resposta é a combinação de alternativas de armazenamento, diferencia-
das por produto e por cliente. Especificamente, alguns grupos de clientes serão mais bem 
servidos por um depósito próprio, enquanto depósitos independentes ou terceirizados po-
dem ser adequados para outros. Essa segmentação de depósitos fica cada vez mais popular 
à medida que os clientes estão exigindo maior personalização nas capacidades e nos serviços 
com valor agregado.
DECISÕES RELACIONADAS AO DEPÓSITO
o conceito báSico de que os depósitos funcionam como recinto de armazenamento e ma-
nuseio de materiais exige uma análise acurada antes de se determinar o tamanho, o tipo e o 
formato da instalação física. Esta seção avalia questões de planejamento que estabelecem o 
perfil do depósito, que, por sua vez, determina a eficiência possível no manuseio.
ESCOLHA DO LOCAL
A primeira tarefa é identificar a localização geral e, depois, a específica. A região geral se 
refere à área geográfica onde um depósito ativo é importante pelas perspectivas de serviço, 
economia e estratégia. A questão geral se concentra na área geográfica ampla ilustrada, por 
exemplo, pela necessidade de colocar um depósito no centro -oeste dos Estados Unidos, o que 
geralmente significa ter uma instalação em Illinois, Indiana ou Wisconsin. Por outro lado, 
um varejista como a Target ou a Home Depot normalmente escolhe um local para o depósi-
to que seja central ao número de locais previstos para suas lojas. Portanto, a seleção e a 
quantidade de lojas determinam a localização do depósito de apoio. O projeto da rede é 
discutido no Capítulo 12.
Depois que a localização do depósito geral é determinada, deve -se identificar o local espe-
cífico para construir o prédio. Áreas típicas para instalar depósitos são regiões comerciais e 
áreas distantes ou suburbanas. Os fatores que orientam a escolha do local são disponibilidade 
de serviços e custo. O custo da propriedade é o fator mais importante. Um depósito não preci-
sa estar localizado em uma grande área industrial. Em muitas cidades, eles se situam em insta-
lações industriais e em áreas destinadas a indústrias leves ou pesadas. A maioria dos depósitos 
pode funcionar legalmente sob as restrições impostas a propriedades comerciais em geral.
Além do custo de compra, as despesas de instalação e operação, como acesso de meios de 
transporte, infraestrutura de serviços públicos, impostos e seguros, exigem avaliação. O custo 
dos serviços essenciais pode variar de um local para outro. Por exemplo, uma empresa de dis-
tribuição de alimentos recentemente rejeitou o que parecia ser um local totalmente satisfatório 
para um depósito por causa das tarifas projetadas de seguros. Ele ficava perto do final da tubu-
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 Armazenamento CAPÍTULO 9 243
lação de água. Durante a maior parte do dia, havia disponibilidade de pressão de água adequa-
da para atender os requisitos operacionais e de emergência. No entanto, era possível queum 
problema com a água surgisse durante dois períodos curtos a cada dia. Das 6h30 às 8h30 da 
manhã e das 15h às 17h, a demanda geral por água ao longo da tubulação era tão grande que 
não havia pressão suficiente disponível para lidar com emergências. Devido a essa deficiência, 
seriam necessárias tarifas de seguro mais altas e o local foi rejeitado.
Muitos outros requisitos têm de ser satisfeitos antes da compra de um local. Ele tem de 
oferecer espaço adequado para expansão. Os serviços públicos necessários têm de estar dispo-
níveis. O solo tem de conseguir suportar a estrutura. O local tem de ser suficientemente alto 
para permitir a drenagem adequada de água. Requisitos adicionais podem ser necessários em 
determinadas situações, dependendo da estrutura a ser construída. Por essas e outras razões, a 
escolha final do local tem de ser precedida de extensa análise.
PROJETO
O projeto do depósito tem de considerar as características de movimentação dos produtos. Três 
fatores a serem determinados durante o processo de projeto são a quantidade de andares a in-
cluir na instalação física, um plano de utilização do espaço e o fluxo de produtos.
O projeto ideal de depósito é um prédio de um andar que elimina a necessidade de movi-
mentar os produtos verticalmente. O uso de dispositivos de manuseio vertical, como elevadores 
e esteiras rolantes, para movimentar produtos de um andar para outro requer tempo e energia 
e normalmente gera “gargalos” no manuseio. Sendo assim, embora nem sempre seja possível, 
em especial em distritos comerciais em que o terreno é limitado ou caro, como regra geral, os 
depósitos de distribuição devem ser projetados para ser operações em um único andar para 
facilitar o manuseio de materiais.
O projeto do depósito deve maximizar a utilização do espaço. A maioria dos depósitos é 
projetada com pés-direitos de 7,5 a 9 metros de altura, embora alguns equipamentos de manu-
seio automático possam trabalhar com eficácia em alturas de mais de 30 metros. A altura má-
xima de um depósito é limitada pela habilidade de levantamento seguro de equipamentos de 
FIGURA 9.4
Projeto básico 
de depósito.
Área de recebimento
Área de estocagem 
em prateleiras
Área de separação de pedidos
Área de embalagem ou unitização
Área de espera para carregamento
Fluxo de produtos
Área de 
estocagem 
a granel
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PARTE 2 Operações logísticas da cadeia de suprimentos244
manuseio de materiais, como empilhadeiras, projeto de prateleiras e regulamentos de seguran-
ça contra incêndios impostos pelos sistemas de sprinkler.
O projeto do depósito deve facilitar o fluxo de produtos direto e contínuo por todo o prédio. 
Isso vale se o produto estiver se movimentando para ser armazenado ou estiver em cross‑
‑docking. Em geral, isso significa que o produto deve ser recebido em um lado do prédio, ar-
mazenado conforme necessário no meio e embarcado a partir do outro lado. A Figura 9.4 
ilustra o fluxo de produtos em linha reta que facilita a velocidade ao mesmo tempo que mini-
miza o congestionamento e o manuseio redundante.
ANÁLISE DO MIX DE PRODUTOS
Uma área importante é a análise dos produtos que serão distribuídos pelo depósito. O projeto 
e a operação de um depósito dependem do mix de produtos. Cada produto tem de ser analisa-
do de acordo com suas vendas anuais, demanda, peso, volume e embalagem. Também é im-
portante determinar o tamanho, o volume e o peso total do pedido médio a ser processado pelo 
depósito. Esses dados fornecem as informações necessárias para a determinação do espaço, do 
projeto e do layout de depósito, dos equipamentos de manuseio de materiais, procedimentos 
operacionais e controles.
EXPANSÃO
Como os depósitos são cada vez mais importantes nas redes de cadeia de suprimentos, sua fu-
tura expansão deve ser considerada durante a fase inicial de planejamento. É comum estabele-
cer planos de expansão de 5 a 10 anos. A expansão potencial pode justificar a compra ou opção 
por um local três a cinco vezes maior que o necessário à construção inicial.
O projeto do prédio também deve prever expansões futuras. Algumas paredes podem ser 
construídas com divisórias para permitir a remoção rápida. As áreas do térreo, projetadas para 
suportar movimentações pesadas, podem ser estendidas durante a construção inicial para faci-
litar a expansão.
MANUSEIO DE MATERIAIS
Um sistema de manuseio de materiais é o principal orientador do projeto do depósito. Como 
observamos anteriormente, a movimentação e a separação de produtos são as principais fun-
ções de um depósito. Consequentemente, o depósito é visto como uma estrutura projetada para 
facilitar o fluxo eficiente de produtos. Vale destacar que o sistema de manuseio de materiais 
tem de ser selecionado no início do processo de desenvolvimento do depósito. Os equipamentos 
e a tecnologia de manuseio de materiais serão discutidos no Capítulo 10.
LAYOUT
O layout das áreas de estocagem de um depósito tem de ser planejado para facilitar o fluxo de 
produtos. O layout e o sistema de manuseio de materiais são integrados. Além disso, deve -se dedi-
car atenção especial à localização, quantidade e projeto das docas de recebimento e carregamento.
É difícil generalizar os layouts de depósitos, já que eles normalmente são personalizados 
para atender os requisitos de manuseio de produtos específicos. Se forem usados paletes, uma 
etapa inicial é determinar o tamanho adequado. Um palete de tamanho não padronizado pode 
ser desejável no caso de produtos especializados. Os tamanhos de palete mais comuns são 1 × 
1,20 metro e 0,80 × 1 metro. Em geral, quanto maior a capacidade de carga de um palete, 
menor o custo de movimentação por quilo ao longo de determinada distância. Um operador 
de empilhadeira pode movimentar uma carga maior no mesmo período e com o mesmo esfor-
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 Armazenamento CAPÍTULO 9 245
ço necessário para movimentar uma carga menor. A análise das caixas do produto, dos padrões 
de empilhamento e das práticas do setor determinará o tamanho de palete mais adequado à 
operação. Independentemente do tamanho selecionado, a gerência deve adotar um tamanho 
de palete para ser usado em todo o depósito.
A segunda etapa no planejamento do layout de depósito envolve o posicionamento dos pa-
letes. A prática mais comum no posicionamento dos paletes é a colocação a 90 graus. O posicio-
namento quadrado é amplamente utilizado devido à facilidade de criar o layout. A colocação a 
90 graus significa que o palete é posicionado perpendicularmente ao corredor. A colocação 
de produtos específicos em locais selecionados em paletes é denominada posicionamento. 
Naturalmente, a chave para um layout eficiente é um plano bem elaborado de posicionamento.
Por fim, os equipamentos de manuseio têm de ser integrados para finalizar o layout. O 
caminho e o tempo de fluxo dos produtos dependem do sistema de manuseio de materiais. Para 
ilustrar a relação entre o manuseio de materiais e o layout, a Figura 9.5 mostra dois sistemas e 
seus respectivos layouts. Esses exemplos representam dois entre muitos layouts possíveis.
O layout A ilustra um sistema de manuseio de materiais que utiliza empilhadeiras para 
movimentações de entrada e de transferência de estoque e unidades de tração com reboques 
para a separação de pedidos. Esse cenário pressupõe que os produtos podem ser paletizados. 
Esse layout está muito simplificado porque os escritórios, áreas especiais e outros detalhes 
foram omitidos.
A planta baixa do layout A é aproximadamente quadrada. Os defensores do layout quadra-
do acreditam que ele proporciona a melhor estrutura para a eficiência operacional geral. Como 
indicamos anteriormente neste capítulo, os produtos devem ser posicionados em uma área es-
pecífica do depósito para a separação de pedidos. Esse é o caso do layout A. Essa área é deno-
minada área de separação. Seu objetivo principal é minimizara distância que os separadores 
de pedidos têm de percorrer para montar um pedido.
A área de separação é apoiada pela área de estocagem. Quando os produtos são recebi-
dos, eles são paletizados e movidos para ela. A área de separação é reabastecida a partir da 
estocagem conforme necessário. Dentro da área de separação, os produtos são posicionados de 
FIGURA 9.5
Layouts A e B.
Descarregamento de caminhões Descarregamento de caminhões
Área de separação Área de estocagem
Carregamento de caminhões Carregamento de caminhões
Layout A Layout B
Armazenamento remoto
Separação de estoque 
ao longo da linha
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PARTE 2 Operações logísticas da cadeia de suprimentos246
acordo com o peso, o volume e a velocidade de reabastecimento com o objetivo de minimizar 
a movimentação de saída. Os pedidos de clientes são montados por um separador de pedidos 
que usa uma unidade de tração para puxar reboques por meio da área de separação. As setas 
no layout A indicam o fluxo de separação de produtos.
O layout B ilustra um sistema de manuseio de materiais que utiliza empilhadeiras para 
movimentar os produtos que chegam e para movimentações de transferência. Uma linha con-
tínua é usada para a separação de pedidos. A planta baixa do layout B é retangular. Em um 
sistema que usa uma linha de movimentação contínua, a compacta área de separação é substi-
tuída pela separação de pedidos diretamente da área de armazenamento. Os produtos são 
movimentados das áreas de recebimento para as posições de armazenamento adjacentes à li-
nha de movimentação. Os pedidos, então, são separados diretamente do armazenamento e 
colocados em carrinhos, que se movimentam por meio do depósito ao longo da linha. Os pro-
dutos são armazenados ou posicionados de modo a minimizar a movimentação de entrada. O 
ponto fraco da linha contínua é que ela facilita a separação de todos os produtos em velocidade 
e frequência iguais e não considera as necessidades especiais dos produtos de alta rotatividade. 
As setas no layout B indicam as principais movimentações de produtos. O percurso no centro 
do layout ilustra o caminho da linha.
Conforme indicamos, tanto o layout A quanto o B estão muito simplificados. O objetivo é 
ilustrar as abordagens extremamente diferentes que os gerentes desenvolvem para conciliar a 
relação entre o manuseio de materiais e o layout do depósito.
DIMENSIONAMENTO
Diversas técnicas estão disponíveis para ajudar na estimativa do tamanho do depósito. Cada 
método começa com uma projeção do volume total que se espera movimentar no depósito por 
determinado período. A projeção é usada para estimar os estoques cíclico e de segurança de 
cada produto a ser estocado no depósito. Algumas técnicas consideram tanto o estoque normal 
quanto o de pico. Não considerar as taxas de utilização pode resultar em um prédio maior que 
o necessário. É importante observar, no entanto, que uma das principais queixas dos gerentes 
de depósito é quanto ao tamanho do depósito, normalmente subestimado. Um bom método 
empírico é permitir um espaço adicional de 10% para acomodar aumentos de volume, novos 
produtos e oportunidades inéditas de negócio.
SISTEMAS DE GERENCIAMENTO DE DEPÓSITOS
O desenvolvimento de procedimentos de trabalho caminha lado a lado com o treinamento dos 
funcionários do depósito. Muitas empresas depende de um Sistema de Gerenciamento de 
Depósitos (WMS – Warehouse Management System) para padronizar procedimentos de tra-
balho e estimular as melhores práticas.
Um dos principais usos de um WMS é coordenar a separação de pedidos, e seus dois mé-
todos básicos são a separação discreta e a separação em ondas, também conhecida como 
separação em lotes. Na seleção discreta, um pedido específico do cliente é separado e prepa-
rado para o carregamento como uma tarefa de trabalho específica. A separação discreta de 
pedidos normalmente é usada quando o conteúdo e o manuseio do pedido são críticos.
A separação em lotes pode ser projetada e operacionalizada de diversas maneiras. Uma 
onda pode ser coordenada por uma área do depósito em que todas as quantidades de todos os 
produtos necessários para completar todos os pedidos dos clientes são separados ao mesmo 
tempo. Usando esse tipo de separação em ondas, os funcionários normalmente se responsabili-
zam por uma parte específica do depósito. As ondas também podem ser planejadas em torno 
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 Armazenamento CAPÍTULO 9 247
de um destino e/ou transportadora, por exemplo, todas as cargas da UPS para a costa leste. 
Como cada funcionário tem um conhecimento profundo da área de separação específica do 
depósito ou do procedimento de carregamento, normalmente ocorrem menos erros de separa-
ção quando se usa a separação em ondas.
O WMS também coordena procedimentos de trabalho que são importantes para o re-
cebimento e o carregamento. É fundamental ter procedimentos para receber e para garan-
tir a entrada dos produtos nos registros de estoque. Se forem usados paletes, os produtos 
devem ser empilhados em padrões apropriados para garantir o máximo de estabilidade da 
carga e uma contagem coerente de caixas. Os funcionários que trabalham no carregamento 
precisam ter conhecimento de práticas de carregamento de carretas. Em tipos específicos de 
operação, sobretudo quando o produto muda de dono, os itens têm de ser verificados du-
rante o carregamento.
Os procedimentos de trabalho não são restritos aos funcionários da operação. Devem ser 
estabelecidos procedimentos para a administração e a manutenção. O reabastecimento do es-
toque do depósito pode gerar problemas operacionais se não houver procedimentos adequados 
para pedidos. Normalmente, há uma interação limitada entre os compradores e os funcionários 
do depósito, embora tal comunicação esteja melhorando em organizações que realizam uma 
gestão integrada da cadeia de suprimentos. Os compradores tendem a comprar em quantida-
des que apresentem o melhor preço, e dão pouca atenção às quantidades compatíveis com o 
palete ou com o espaço disponível no depósito.
O ideal é que os compradores se coordenem com os funcionários do depósito antes de fazer 
pedidos volumosos ou de introduzir novos produtos. A experiência de algumas empresas tem 
forçado os gerentes a exigir que os compradores determinem antecipadamente o espaço de 
depósito necessário antes de fazer um pedido. Outro problema potencial é a quantidade 
de caixas compradas. O objetivo é comprar em quantidades múltiplas de acomodação em pa-
letes. Por exemplo, se um produto é empilhado em paletes em um padrão de 50 caixas, o 
FIGURA 9.6
Funcionamento 
do sistema de 
gerenciamento 
de depósitos.
Sistema de gerenciamento de depósitos
Funções essenciais
Recebimento
Posicionamento
Contagem cíclica
Separação
Gerenciamento de tarefas
Análise de qualidade
Reabastecimento
Embalagem
Cross -docking 
circunstancial
Controle de estoque
Gerenciamento de 
ordens de serviço
Carregamento
Funções avançadas
Gerenciamento de pátio
G erenciamento de mão 
de obra
Otimização de depósitos
S erviços com valor 
agregado
Cross -docking planejado
G erenciamento de 
devoluções
Sistemas de interface (middleware)
ERP – TMS – Manuseio de materiais – 
Sistemas de planejamento da cadeia de suprimentos
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PARTE 2 Operações logísticas da cadeia de suprimentos248
comprador deve comprar em múltiplos de 50. Se for feito um pedido de 120 caixas, quando o 
produto chegar, as caixas preencherão dois paletes e sobrarão 20 para um terceiro palete. As 
20 caixas adicionais exigirão o volume de armazenamento normalmente usado por um palete 
com 50 caixas e o mesmo nível de capacidade de manuseio de materiais.
A Figura 9.6 ilustra a gama de atividades coordenadas por um WMS avançado. As funções 
históricas de um sistema de depósito se concentravam em receber carregamentos, guardar o 
estoquee separar pedidos. Atividades padrão tradicionais são listadas sob funções essenciais. A 
Figura 9.6 mostra outras atividades-padrão tradicionais na categoria de nome funções essen‑
ciais. Os depósitos de hoje têm de oferecer uma gama mais ampla de serviços, já que frequen-
temente realizam postponement de manufatura ou de forma. Eles também gerenciam mais 
estoque com base em just ‑in ‑time. A Figura 9.6 ilustra algumas dessas atividades indicadas 
como funções avançadas. O gerenciamento de pátio, às vezes função do Sistema de 
Gerenciamento de Transportes (TMS – Transportation Management System) de uma em-
presa, refere -se ao processo de gerenciar os veículos e o estoque dentro deles enquanto estão no 
pátio do depósito. Um giro de estoque mais rápido exige maior visibilidade do estoque, mesmo 
quando está dentro dos veículos de transporte. O gerenciamento de mão de obra diz respeito à 
maximização do uso da mão de obra do depósito. Historicamente, ela é bastante especializada, 
permitindo um planejamento relativamente fácil. Hoje, no entanto, espera -se que a mão de 
obra do depósito realize uma gama maior de atividades para reduzir a quantidade de funcio-
nários necessários. A otimização do depósito se refere à escolha do melhor local interno para 
armazenar e separar os produtos com o objetivo de minimizar o tempo e a movimentação. 
Serviços com valor agregado dizem respeito à coordenação das atividades do depósito para 
personalizar produtos, como embalagem, rotulagem e montagem de kits e mostruários. 
Cross ‑docking planejado é a integração de duas ou mais partes do pedido de um clien-
te fornecidas por fontes diferentes sem mantê-las no estoque. Essa estratégia às vezes é 
TABELA 9.2
Funções do 
WMS e apoio 
à decisão.
Função selecionada Benefícios de apoio à decisão
Armazenamento Aumento da produtividade e da utilização do espaço.
Intercalação de tarefas Roteirização de empilhadeiras por demanda, em vez de por tarefas, áreas 
ou sequência predeterminadas.
Separação/reabastecimento Separação direta a partir de um ou mais locais, incluindo separação de 
produtos de acordo com a data de validade. Facilita o reabastecimento dos 
estoques nos locais de separação, quando apropriado.
Posicionamento Posicionamento variável ou fixo para melhorar a utilização do espaço.
Cross -docking Facilita o recebimento direto para o fluxo de carregamento.
Visibilidade do estoque Rastreamento de lotes específicos no depósito, bem como a visibilidade 
diária dos recebimentos. Controle de lotes específicos por data.
Solução para filas em tarefas Identificação de formas alternativas de resolver de modo rápido ou 
eficiente os “gargalos” ou filas nas tarefas.
Estratégia de separação Procedimentos para execução de estratégias selecionadas de separação.
Correção de erros Capacidade de identificar, resolver e corrigir erros de dados em tempo real.
Capacidade de identificar e resolver diferenças em pedidos de compra ou 
avisos antecipados de carregamento e nas quantidades ou produtos 
recebidos de modo eficaz.
Simulações Apresentação de cenários de apoio à decisão em tempo real para ajudar a 
tomada de decisões operacionais.
Produtos devolvidos Facilita o processamento e a realização de auditoria em programas de 
logística reversa.
Contagem cíclica Capacidade de conduzir e conciliar contagens de estoque em tempo real.
Fonte: Reimpresso com permissão de Bowersox et al., “RFID Applications Within the Four Walls of a Consumer Package Goods 
Warehouse,” from Marketing and Supply Chain Working Paper, Michigan State University, 2005.
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 Armazenamento CAPÍTULO 9 249
usada no setor de computadores para unir uma unidade de processamento e um monitor 
no depósito um pouco antes de entregar o conjunto para o cliente final. Uma vez que não 
há estoque de qualquer peça no depósito, a atividade de cross ‑docking exige planejamento 
e coordenação precisos. 
Por fim, uma outra função avançada é a capacidade de gerenciar as atividades de logística 
reversa, como devoluções, reparos e reciclagem. Tanto os interesses dos clientes quanto os am-
bientais estão aumentando a demanda de que as cadeias de suprimentos possam atender os 
requisitos de logística reversa. A Tabela 9.2 resume as funções e os benefícios de apoio à decisão 
de um WMS.
SISTEMA DE GERENCIAMENTO DE PÁTIOS
Uma parte importante da tecnologia de informação relacionada ao armazenamento é o 
Sistema de Gerenciamento de Pátio (YMS – Yard Management System). Em essência, o 
YMS interliga o depósito com os veículos de transporte de entrada e saída. Essa coordenação 
assume a forma de organização das docas para receber os produtos pedidos e os veículos para 
os transportes de saída. Pela perspectiva de desempenho, o YMS é o programador. Para o alto 
nível de eficiência no transporte e armazenamento, é essencial sequenciar de maneira conve-
niente a atividade de entrada e saída do depósito. Também é importante manter um controle 
preciso de quais produtos e veículos de transporte se encontram no pátio do depósito ou da 
fábrica. Existem muitas histórias que ilustram, por exemplo, o esforço de um fornecedor em 
acelerar uma entrega para cumprir o combinado com o cliente e ver seu caminhão ficar retido 
no pátio por falta de disponibilidade das docas de recebimento. Uma maneira adequada de 
interpretar o YMS é como um software que vincula e coordena o transporte (TMS) com o 
depóstio (WMS).
ACURÁCIA E AUDITORIAS
As funções de um WMS exigem a verificação constante do estoque para manter a efetividade 
operacional. A acurácia do estoque normalmente é mantida por contagens físicas anuais ou 
pela contagem de partes específicas do estoque de modo planejado. A contagem cíclica é a 
auditoria do estoque selecionado em uma programação cíclica. A seleção de itens individuais a 
serem contados e verificados pode se basear em uma área específica do depósito, na frequência 
de movimentação ou no giro de estoque. Depois da contagem, as discrepâncias entre os esto-
ques físico e do WMS são conciliadas para garantir a contínua validade do sistema.
As auditorias sobre a acurácia do estoque são apenas um tipo de auditoria, normalmente 
usada para manter e melhorar a eficiência operacional do depósito. As auditorias também são 
usadas para manter a segurança, garantir o cumprimento de regulamentações, orientar melho-
rias em procedimentos e facilitar mudanças em processos.
SEGURANÇA
De modo geral, a segurança em um depósito envolve a proteção contra furtos e roubos, dete-
rioração e qualquer forma de interrupção operacional. Todas as formas de segurança exigem 
atenção gerencial.
Furtos e Roubos
Nas operações em depósitos, é necessário se proteger contra furtos, que podem ser realizados 
por funcionários ou ladrões, bem como de tumultos e distúrbios relacionados a atos terroristas. 
Procedimentos de segurança típicos devem ser estritamente cumpridos em todos os depósitos. 
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PARTE 2 Operações logísticas da cadeia de suprimentos250
A segurança começa na porta de entrada. Como procedimento padrão, apenas funcionários 
autorizados devem ter permissão para entrar nas instalações e permanecer na área. A entrada 
no pátio do depósito deve ser controlada por um único portão. Sem exceção, nenhum automó-
vel particular, independentemente do cargo administrativo ou do status do cliente, deve ter 
permissão para entrar no pátio ou na área adjacente ao depósito.
Para ilustrar a importância de regras de segurança, a experiência a seguir pode ser útil. 
Uma empresa determinou que nenhum veículo particular teria permissão de entrar no pátio do 
depósito. Foram feitas exceções a dois empregados do escritório com necessidades especiais. 
Certa noite, depois do trabalho, um desses empregados descobriu um pacote colado com fita 
debaixo de um dos para -lamas de seu carro. Uma verificação posterior revelou que seu carro 
era praticamente umcaminhão de entregas. O acontecido foi prontamente relatado ao depar-
tamento de segurança, que pediu ao funcionário que não alterasse nenhum pacote colado ao 
carro e para continuar a estacionar dentro do pátio. Ao longo dos dias seguintes, a situação foi 
completamente revelada, com a prisão e condenação de sete funcionários do depósito que con-
fessaram ter roubado milhares de dólares em produtos da empresa. A empresa teria se saído 
bem melhor se tivesse fornecido um transporte aos dois empregados com necessidades especiais 
do estacionamento normal até seus locais de trabalho.
A falta de estoque é sempre uma grande preocupação nas operações. Muitas ocorrências 
acontecem devido a erros durante a separação de pedidos e o carregamento, mas o objetivo do 
departamento de segurança é restringir os furtos por todos os ângulos. A maioria dos furtos 
ocorre durante as horas normais de trabalho.
Sistemas de controle de estoque e processamento de pedidos ajudam a proteger os pro-
dutos de ser carregados para fora do depósito a menos que estejam acompanhadas de um 
documento de liberação. Se forem autorizadas amostras para uso de vendedores, esses produ-
tos devem ser mantidos em um estoque separado. Nem todos os furtos ocorrem de modo in-
dividual. Esquemas organizados entre funcionários do depósito e motoristas podem resultar 
em separação em excesso ou na substituição de produtos de baixo valor por produtos de alto 
valor com o objetivo de retirar produtos não autorizados do depósito. A rotatividade de em-
pregados nas funções, a contagem total de volumes e ocasionais verificações completas da 
carga podem reduzir a vulnerabilidade a esse tipo de esquema.
Uma preocupação logística é a crescente incidência de roubo de cargas de caminhões 
carregados em pátios ou estradas. Sua prevenção é, em essência, um assunto da polícia, mas 
os roubos dentro de pátios podem ser eliminados por rígidos controles de segurança. Os rou-
bos nas estradas é um sério problema em países em desenvolvimento. O gerente de uma em-
presa de bebidas relatou que incluía nos orçamentos a perda de um caminhão por semana em 
suas operações na América do Sul. Ele instruiu os motoristas a simplesmente desligar o cami-
nhão e sair, em vez de arriscar suas vidas. Procedimentos e tecnologias relacionadas a proble-
mas referentes a terrorismo serão discutidos no Capítulo 16.
Danos
Dentro do depósito, inúmeros fatores podem estragar um produto. A forma mais evidente de 
deterioração é o dano derivado do manuseio descuidado de materiais. Por exemplo, quando 
paletes são empilhados em grandes alturas, uma alteração notável na umidade ou na tempera-
tura pode fazer que as caixas na parte de baixo da pilha entrem em colapso. O ambiente do 
depósito deve ser cuidadosamente controlado e medido para proporcionar proteção adequada 
aos produtos. O descuido de funcionários do depósito é uma grande preocupação. Nesse caso, 
a empilhadeira pode ser a pior inimiga. Independentemente da frequência com que os opera-
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 Armazenamento CAPÍTULO 9 251
dores de empilhadeiras são alertados quanto ao excesso de carga, alguns ainda exageram no 
volume quando não são bem supervisionados. Em dada situação, uma pilha de quatro paletes 
foi derrubada de uma empilhadeira na doca de recebimento de um depósito de alimentos. O 
procedimento padrão era movimentar dois paletes de cada vez. O custo dos produtos danifica-
dos ficou acima do lucro médio diário de dois supermercados. A deterioração de produtos ad-
vinda do manuseio descuidado dentro do depósito é uma forma de perda contra a qual não 
existe seguro ou compensação de receita.
Outra importante forma de deterioração é a incompatibilidade de produtos armazenados 
ou transportados em conjunto. Por exemplo, deve -se tomar cuidado ao armazenar ou transpor-
tar chocolate para garantir que ele não absorva os odores dos produtos com os quais está sendo 
transportado, como certos produtos de limpeza.
PREVENÇÃO DE ACIDENTES E MANUTENÇÃO
A prevenção de acidentes é uma preocupação da gerência de um depósito. Um programa 
abrangente de prevenção de acidentes exige avaliação constante dos procedimentos de trabalho 
e dos equipamentos para localizar e tomar medidas corretivas para eliminar condições insegu-
ras antes que aconteçam acidentes. Os acidentes ocorrem quando os trabalhadores são descui-
dados ou expostos a perigos mecânicos ou físicos. O piso de um depósito pode causar acidentes 
se não estiver adequadamente limpo. Durante as operações normais, depósitos de borracha e 
vidro se acumulam nos corredores e, de tempos em tempos, embalagens violadas podem fazer 
que os produtos sejam derramados no chão. Nesses casos, procedimentos de limpeza adequa-
dos podem reduzir o risco de acidentes. A proteção ambiental se tornou uma grande preocu-
pação de órgãos governamentais e não pode ser negligenciada pela gerência.
Um programa de manutenção preventiva é necessário para equipamentos de manuseio de 
materiais. Diferentemente das máquinas de produção, equipamentos de movimentação não 
são estacionários, então é mais difícil fazer uma manutenção adequada. Um programa de ma-
nutenção preventiva com verificações periódicas dos equipamentos de manuseio deve ser apli-
cado em todos os depósitos.
resuMo
Os depósitos existem para contribuir para a eficiência da produção e da distribuição. 
Embora o papel tradicional dos depósitos tenha sido o armazenamento de estoque, hoje eles 
apresentam uma proposta de valor mais ampla em termo de benefícios econômicos e de servi-
ço. Os benefícios econômicos incluem consolidação e fracionamento de carga, reconfiguração, 
armazenamento sazonal e logística reversa. Os benefícios de serviço incluem estoque ocasional, 
estoque de linhas completas e serviços com valor agregado. A perspectiva do armazenamento 
está mudando de uma missão tradicional de estocagem para uma função caracterizada por 
customização, velocidade e movimentação.
Centros de distribuição e depósitos são projetados para realizar as principais atividades 
de manuseio e armazenamento de estoque. O manuseio inclui recebimento de cargas de entrada; 
manuseio dentro do depósito para realizar a movimentação entre diferentes tipos de armaze-
namento – como de longo prazo, a granel e para separação –; e embalagem e envio aos clien-
tes. A estocagem ativa facilita o cross ‑docking, a consolidação, o fracionamento de carga e o 
postponement. As atividades de estocagem estendida facilitam o equilíbrio entre oferta, a de-
manda e a especulação.
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PARTE 2 Operações logísticas da cadeia de suprimentos252
Os depósitos normalmente são classificados com base na propriedade. Um depósito próprio 
é operado pela empresa que possui os produtos armazenados nas instalações. Um depósito inde-
pendente é operado de modo independente e oferece diversos serviços com valor agregado. Um 
depósito terceirizado é um acordo empresarial de longo prazo que oferece serviços personalizados 
a um número limitado de clientes. Uma estratégia de armazenamento integrada muitas vezes 
incorpora uma combinação de opções de propriedade de depósitos.
Existem diversas decisões gerenciais no planejamento e início das operações de depósitos, 
incluindo escolha do local, projeto, análise do mix de produtos, expansão, manuseio de mate-
riais, layout, dimensionamento, WMS, acurácia e auditorias, segurança, prevenção de aciden-
tes e manutenção. Cada uma dessas atividades exige esforço gerencial considerável para 
garantir que as instalações sejam inauguradas e administradas de modo tranquilo e possam 
acomodar mudanças rapidamente e com sucesso, sempre que necessário, para atender as de-
mandas empresariais do momento.
Questões para revisão
1 Discuta e ilustre a justificativa econômica para o estabelecimento de um depósito.
2 Por que um depósito poderia ser descrito como um “mal necessário”?
3 Sob que condições seriainteressante combinar depósitos próprios e independentes em um 
sistema logístico?
4 Qual papel os operadores de depósitos desempenham em estratégias de postponement?
5 Discuta e ilustre o papel dos depósitos na logística reversa.
6 Explique a seguinte afirmativa: “Um depósito deveria consistir apenas de paredes para 
proteger um sistema de manuseio eficiente”.
Desafios
1 O que você considera como os principais benefícios do processo de cross‑docking da Meijer? 
Com quais aspectos do cross‑docking você se preocuparia? Como faria uma análise de 
custo-benefício da operação de cross‑docking?
2 Suponha que você seja o responsável pela produção industrial na instalação de Honda em 
Marysville. Em um determinado dia, o fornecedor de primeira camada que conduz a ope-
ração de montagem de roda-pneu adjacente à instalação fornece a combinação errada de 
roda-pneu para a linha de montagem, resultando em um carro azul com rodas projetadas 
para um carro branco. Como você solucionaria esse problema?
3 Suponha que você trabalhe em uma empresa do ramo farmacêutico e que enfrente um 
recall em nível nacional sem precedentes. O produto em questão não é considerado uma 
ameaça à saúde, mas o recall tem uma alta visibilidade na mídia. Como você agiria? Seja 
252 PARTE 2 Operações logísticas da cadeia de suprimentos
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 Armazenamento CAPÍTULO 9 253
específico no que diz respeito à sua sequência de ações, ao racional utilizado e às iniciativas 
de relações públicas.
4 A Canadian Tire é uma das maiores empresas do Canadá. Eles controlam quatro grandes 
centros de distribuição, que atendem mais de 470 lojas de pneus. Recentemente, eles insta-
laram um YMS, que foi integrado aos seus sistemas WMS e TMS. Sua expectativa era a 
melhoria do desempenho na utilização dos transportes rodoviários, na produtividade dos 
motoristas e na utilização das docas dos depósitos. Como um funcionário relativamente 
novo em logística, lhe pediram para desenvolver um sistema de avaliação destinado a medir 
a melhoria da produtividade na operação. Embora a gestão não queira uma avaliação do 
impacto financeiro, ela está interessada em desenvolver benchmarks para medir a melhoria 
inicial e sustentável da produtividade. A tarefa é sua – o que você faria?
 Armazenamento CAPÍTULO 9 253
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	Gestão Logística da Cadeia de Suprimentos

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