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APOSTILA 4 - ENSINO DA MATEMÁTICA

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3 
 Núcleo de Pós-Graduação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Extensão 70h 
 
 
 
 
 
NOVAS TENDÊNCIAS 
DO ENSINO 
DA MATEMÁTICA 
 
 
 
 
 
4 
 
SUMÁRIO 
 
 
MÓDULO I – INFORMÁTICA EDUCATIVA NO BRASIL 05 
CONSIDERAÇÕES DO MÓDULO 13 
 
 
MÓDULO II – TENDÊNCIAS EM INFORMÁTICA EDUCATIVA 14 
CONSIDERAÇÕES DO MÓDULO 22 
 
 
MÓDULO III – ENSINO APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA COM USO DA 
TECNOLOGIA 23 
CONSIDERAÇÕES DO MÓDULO 31 
 
 
MÓDULO IV – SOFTWARES EDUCATIVOS E SEU USO EM SALA DE AULA 33 
CONSIDERAÇÕES DO MÓDULO 43 
 
 
MÓDULO V – AVALIAÇÃO DE PROGRAMAS EDUCATIVOS E SEU ENSINO 44 
CONSIDERAÇÕES DO MÓDULO 54 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 55
 
 
 
5 
 
MÓDULO I 
 
 INFORMÁTICA EDUCATIVA NO BRASIL 
 
 
1. HISTÓRIA DA INFORMÁTICA EDUCACIONAL NO BRASIL 
 
 
No Brasil, as primeiras iniciativas datam no início da década de 70 do século XX, quando as 
universidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, mobilizaram ações e 
projetos para pensar o uso do computador na educação. A implantação do programa de 
informática na educação iniciou-se oficialmente na década de 80, através do I e II Seminário 
Nacional de Informática na Educação – 1981 e 1982, respectivamente. (ANDRADE e 
TERUYA, 2008) 
 
NASCIMENTO (2007) afirma que a Universidade Federal do Rio de Janeiro foi a primeira a utilizar 
o computador como ferramenta acadêmica. Segundo consta nos registros, o equipamento era 
utilizado “como objeto de estudo e pesquisa, propiciando uma disciplina voltada para o ensino da 
informática.” 
 
A partir da década de 70 o Brasil, buscando garantir segurança e desenvolvimento da nação, firmou 
políticas públicas que garantissem uma produção própria. O governo criou a CAPRE – Comissão 
Coordenadora das Atividades de processamento Eletrônico, a DIGIBRÁS – Empresa Digital 
Brasileira e a SEI – Secretaria Especial de Informática. (MORAES, 1997) 
“Com a criação da SEI, como órgão responsável pela coordenação e execução da Política 
Nacional de Informática, buscava-se fomentar e estimular a informatização da sociedade 
brasileira, voltada para a capacitação científica e tecnológica capaz de promover a autonomia 
nacional, baseada em princípios e diretrizes fundamentados na realidade brasileira e 
decorrentes das atividades de pesquisas e da consolidação da indústria nacional. Entretanto, 
para o alcance de seus objetivos seria preciso estender as aplicações da informática aos 
diversos setores e atividades da sociedade, no sentido de examinar as diversas possibilidades 
de parceria e solução aos problemas nas diversas áreas intersetoriais, dentre elas educação, 
energia, saúde, agricultura, cultura e defesa nacional.” (MORAES, 1997) 
 
NASCIMENTO (2007) relata que com o intuito de criar propostas que possibilitassem o uso da 
tecnologia na educação e que garantisse o devido respeito à cultura, valores e interesses da população 
brasileira, criou-se uma equipe composta por representantes da SEI, do MEC, do Conselho Nacional 
 
 
 
6 
de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da FINEP (Financiadora de Estudos e 
Projetos). Esse grupo ficou com a responsabilidade de planejar as primeiras ações para o estudo na 
área. 
 “Naquele mesmo ano, foram elaboradas as primeiras diretrizes ministeriais para o setor, 
estabelecidas no III Plano Setorial de Educação e Cultura - III PSEC, referente ao período de 
1980/1985. Essas diretrizes apontavam e davam o devido respaldo ao uso das tecnologias 
educacionais e dos sistemas de computação, enfatizando as possibilidades desses recursos 
colaborarem para a melhoria da qualidade do processo educacional, ratificando a importância 
da atualização de conhecimentos técnico-científicos, cujas necessidades tinham sido 
anteriormente expressas no II Plano Nacional de Desenvolvimento - II PND, referente ao 
período de1975-1979.” (MORAES, 1997) 
 
MORAES (1997) destaca que, para que a equipe pudesse discutir e planejar estratégias que 
viessem de interesse as necessidades da comunidade nacional, eles teriam de estar em contato 
permanente com a área técnico-científica. Desta forma, no período de 25 a 27 de agosto de 1981 
realizou-se o I Seminário Nacional de Informática na Educação, na Universidade de Brasília. O 
seminário contou com a presença de especialistas nacionais e internacionais que visavam defender a 
importância de se pesquisar o uso da tecnologia como uma “ferramenta auxiliar do processo de 
ensino-aprendizagem”. 
 
No seminário “o computador foi reconhecido como um meio de ampliação das funções do 
professor e jamais como ferramenta para substituí-lo.” (MORAES, 1997) 
 
MORAES (2002) apud BADELI e SOUSA (2008) relata que foi nessa primeira edição do 
Seminário Nacional de Informática na Educação que o EDUCOM (Projeto Brasileiro de Informática 
na Educação) foi idealizado e movimentado por outros projetos de pesquisas de universidades 
brasileiras. As ideias estavam voltadas a discussão da possibilidade de informatizar o ensino público 
brasileiro, conhecer outras linguagens de computador e ainda ajustar à informática as necessidades 
da sociedade nacional. 
 
No projeto o computador teria um papel complementar às atividades educativas com o 
objetivo de “possibilitar o desenvolvimento de habilidades intelectuais específicas requeridas pelos 
diferentes conteúdos”. (MORAES, 1997 apud BADELI e SOUSA, 2008) 
 
 
 
 
 
 
7 
Em 1997 foi lançado o PROINFO que deu sequência às atividades na área de informática na 
educação. O projeto foi idealizado pela SEED – Secretaria de Educação à Distância e patrocinado 
pelo BIRD, e teve como objetivo “disseminar o uso pedagógico das tecnologias de informática e 
telecomunicações nas escolas públicas de ensino fundamental e médio pertencentes às redes estadual 
e municipal”. (BRASIL, 1997 apud BADELI e SOUSA, 2008) 
 
Segundo BRASIL (1997) apud BADELI e SOUSA (2008) o objetivo do projeto era 
“estruturar um sistema de formação continuada de professores no uso das novas tecnologias da 
informação, visando o máximo de qualidade e eficiência”. 
 
BRASIL (1997) apud BADELI e SOUSA (2008) ressalta que para se alcançar os objetivos 
previstos tanto os recursos humanos quanto os professores, além de serem capacitados quanto aos 
equipamentos, deveriam também ser inseridos em uma nova cultura de informação e comunicação. 
“Seleção e capacitação de professores oriundos de instituições d e ensino superior e técnico-
profissionalizante, destinados a ministrar a formação dos professores multiplicadores; 
seleção e formação de professores multiplicadores, oriundos da rede pública de ensino de 1º 
e 2º graus e de instituições de ensino superior e técnico-profissionalizante [...]” 
(BRASIL,1997 apud BADELI e SOUSA, 2008). 
 
De acordo com BADELI e SOUSA (2008) o MEC, através da Secretaria de Educação à 
Distância SEED, divulga em 2002 um primeiro relatório Preliminar de Avaliação do PROINFO, 
realizada por representantes da Universidade de Brasília no final de 2001. Mesmo os dados coletados 
indicando satisfação do projeto por parte dos docentes, “a realidade da maioria dos professores da 
rede pública no país revela a precariedade dascondições de trabalho, falta de material de apoio e 
salas superlotadas o que dificulta atividades pedagógicas com o auxílio do computador.” 
“Contudo, no cenário de uma sociedade em que a informação e o conhecimento estão em 
evidência, o professor depara-se com novos desafios dentre eles o acesso aos recursos da 
tecnologia da informação, manuseio do computador e o desenvolvimento de uma prática 
crítica desses recursos modernos.” (BADELI e SOUSA, 2008) 
 
NASCIMENTO (2007) apresenta o PRONINFE – Programa Nacional de Informática 
Educativa aprovado em 1989 sob a Portaria Ministerial de nº 549/GM, programa que tinha como 
objetivo o desenvolvimento da informática educativa no Brasil sob o formato de projetos e atividades 
integrados “apoiados em fundamentação pedagógica sólida e atualizada de modo a assegurar a 
unidade política, técnica e científica imprescindível ao êxito dos esforços e investimentos 
envolvidos.” 
 
 
 
 
8 
“Simultaneamente à criação do PRONINFE, cuja coordenação passou a ser exercida por uma 
Comissão Geral de Coordenação subordinada à Secretaria-Geral do MEC, foram iniciadas 
gestões junto à Secretaria Especial de Informática (SEI) do Ministério de Ciência e 
Tecnologia (MCT), visando à inclusão de metas e objetivos do programa como parte 
integrante do II PLANIN, Plano Nacional de Informática e Automação, para o período de 
1991 a 1993. O PLANIN foi aprovado pelo Conselho Nacional de Informática e Automação 
(CONIN), um colegiado que era constituído pelos ministros de Estado das diferentes áreas 
setoriais e representantes da indústria nacional e posteriormente transformado em lei.” 
(MORAES, 1997) 
 
 
A autora relata que a inclusão das ações do PRONINFE foi muito relevante para facilitar o 
financiamento de diferentes bolsas de estudos e outros benefícios decorrentes. “A área de 
Informática Educativa passou então a ser um dos destaques do Programa de Capacitação de Recursos 
Humanos em áreas Estratégicas - RHAE, do Ministério de Ciência e Tecnologia.” 
 
Uma das ações que mais se destacou foram às atividades relacionadas com a capacitação dos 
professores e representantes do sistema de ensino, o “desenvolvimento de pesquisa básica e 
aplicada”, a criação de “centros de informática educativa, produção, aquisição, adaptação e avaliação 
de softwares educativos.” (MORAES, 1997) 
 
“O PLANINFE, assim como o PRONINFE, destacava, como não poderia deixar de ser, a 
necessidade de um forte programa de formação de professores, acreditando que as mudanças 
só ocorrem se estiverem amparadas, em profundidade, por um intensivo e competente 
programa de capacitação de recursos humanos, envolvendo universidades, secretarias, 
escolas técnicas e empresas como o SENAI e SENAC.” (MORAES, 1997) 
 
De acordo com a autora, após 1992 foi criada uma assinatura específica no Orçamento da 
União para financiamentos das atividades dessa área. 
 
CRONOLOGIA 
DATAS FATOS 
Agosto/81 Realização do I Seminário de Informática na Educação, Brasília/DF, 
UNB. Promoção MEC/SEI/CNPq. 
Dezembro/81 Aprovação do documento: Subsídios para a implantação do programa 
de Informática na Educação - MEC/SEI/CNPq/FINEP. 
Agosto/82 Realização do II Seminário Nacional de Informática na Educação, 
UFBa/Salvador/Bahia. 
Janeiro/83 Criação da Comissão Especial Nº 11/83- Informática na Educação, 
Portaria SEI/CSN/PR Nº 001 de 12/01/83. 
Julho/83 Publicação do documento: Diretrizes para o estabelecimento da 
Política de Informática no Setor de Educação, Cultura e Desporto, 
 
 
 
9 
aprovado pela Comissão de Coordenação Geral do MEC, em 26/10/82 
Agosto/83 Publicação do Comunicado SEI solicitando a apresentação de projetos 
para a implantação de centros-piloto junto as universidades. 
Março/84 Aprovação do Regimento Interno do Centro de Informática Educativa 
CENIFOR/FUNTEVÊ_, Portaria nº 27, de 29/03/84. 
Julho/84 Assinatura do Protocolo de Intenções MEC/SEI/CNPq/FINEP/ 
FUNTEVÊ_ para a implantação dos centros-piloto e delegação de 
competência ao CENIFOR. 
Julho/84 Expedição do Comunicado SEI/SS nº 19, informando subprojetos 
selecionados: UFRGS, UFRJ, UFMG, UFPe e UNICAMP. 
Agosto/85 Aprovação do novo Regimento Interno do CENIFOR , Portaria 
FUNTEVÊ_ nº246, de 14/08/85. 
Setembro/85 Aprovação Plano Setorial: Educação e Informática pelo CONIN/PR. 
Fevereiro/86 Criação do Comitê Assessor de Informática na Educação de 1º e 2º 
graus - CAIE/SEPS. 
Abril/86 Aprovação do Programa de Ação Imediata em Informática na 
Educação. 
Maio/86 Coordenação e Supervisão Técnica do Projeto EDUCOM é transferida 
para a SEINF/MEC. 
Julho/86 Instituição do I Concurso Nacional de "Software" Educacional e da 
Comissão de Avaliação do Projeto EDUCOM: 
Abril/86 Extinção do CAIE/SEPS e criação do CAIE/MEC. 
Junho/87 Implementação do Projeto FORMAR I, Curso de Especialização em 
Informática na Educação, realizado na UNICAMP. 
Julho/87 Lançamento do II Concurso Nacional de Software Educacional. 
Novembro/87 Realização da Jornada de Trabalho de Informática na Educação: 
Subsídios para políticas, UFSC, Florianópolis/SC. 
Novembro/87 Início da Implantação dos CIEd. 
Setembro/88 Realização do III Concurso Nacional de Software Educacional. 
Janeiro/89 Realização do II Curso de Especialização em Informática na 
Educação - FORMAR II 
Maio/89 Realização da Jornada de Trabalho Luso Latino-Americana de 
Informática na Educação, promovida pela OEA e INEP/MEC, 
PUC/Petrópolis/RJ. 
Outubro/89 Instituição do Programa Nacional de Informática Educativa 
PRONINFE na Secretaria-Geral do MEC. 
Março/90 Aprovação do Regimento Interno do PRONINFE. 
Junho/90 Reestruturação ministerial e transferência do PRONINFE para a 
SENETE/MEC. 
Agosto/90 Aprovação do Plano Trienal de Ação Integrada - 1990/1993. 
Setembro/90 Integração de Metas e objetivos do PRONINFE/MEC no 
PLANIN/MCT. 
Fevereiro/92 Criação de rubrica específica para ações de informática educativa no 
orçamento da União. 
Abril/97 Lançamento do Programa Nacional de Informática na Educação 
PROINFO. 
 
 
 
10 
 
Tabela 1. Cronologia das políticas públicas na área da informática na educação 
Fonte: https://ead.ufrgs.br/rooda/biblioteca/abrirArquivo.php/turmas/5130/materiais/7059.pdf 
 
 
 
2. POSSIBILIDADES E CONTRADIÇÕES DA INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO 
 
De acordo com ANDRADE e TERUYA (2008) tecnologias como o computador e a internet 
infelizmente ainda são ferramentas de uma sociedade capitalista, nem todos tem acesso. Dessa 
forma, possibilitar a informática na educação, principalmente em escolas públicas, é contribuir com o 
processo de democratização, diminuindo com a desigualdade e proporcionando oportunidade 
educacional para todos. “Neste sentido, o uso das tecnologias pode contribuir para a inclusão digital 
dos alunos de ensino básico da rede pública.” 
 
Figura 1. Inclusão digital nas escolas 
Fonte: http://ntecastanhal.blogspot.com.br/2009/03/curso-tecnologia-na-educacao-ensinando.html 
 
É importante que as escolas públicas possibilitem aos alunos o uso dos recursos tecnológicos 
necessários e também, disponibilizem professores capacitados ao uso dessas tecnologias para que o 
desenvolvimento e aprimoramento dos conhecimentos sejam significativos. (ANDRADE e 
TERUYA, 2008) 
 
As autoras ressaltam que: 
“Atualmente, quem não está familiarizado com as tecnologias de informação e comunicação 
é considerado um “analfabeto tecnológico”. Inúmeras publicações em jornais e em revistas 
especializadas tratam o computador como ferramenta indispensável ao processo de ensino e 
de aprendizagem.” 
 
https://ead.ufrgs.br/rooda/biblioteca/abrirArquivo.php/turmas/5130/materiais/7059.pdf
 
 
 
11 
LIBÂNEO (1999) apud ANDRADE e TERUYA (2008) ressalta a importância da formação 
do professor que deve abranger uma vasta linguagem midiática para que o mesmo proporcione aos 
alunos aulas coerentes com o conteúdo, diversificadas e motivadoras. 
“Para inovar a metodologiado professor e superar o analfabetismo tecnológico, é preciso 
investir na formação de educadores para assumir uma postura ética na sociedade e na vida 
profissional. A participação no processo de construção de uma nova sociedade, na qual todos 
possam usufruir os benefícios das conquistas científicas, no âmbito da escola, deve ser uma 
reivindicação da comunidade escolar.” (ANDRADE e TERUYA, 2008) 
 
Segundo as autoras, o uso da tecnologia na educação requer um grande conhecimento do 
educando. Ele tem que saber quais objetivos quer atingir com a proposta e uso do recurso. O 
educando deve lembrar que só o acesso à informação não significa acesso ao conhecimento. Deve 
existir uma integração entre professor e aluno para a construção desse conhecimento articulado com 
o uso correto do recurso tecnológico. Usufruir de forma correta das tecnologias na educação trás 
benefícios tanto ao educador quanto ao educando. 
 
ANDRADE e TERUYA (2008) citam uma série de possibilidades que o uso dos computadores 
pode proporcionar na aquisição do conhecimento: 
 A interação com uma grande quantidade de informações, de maneira atrativa e motivadora, 
que favorece a aprendizagem ativa e cooperativa; 
 Possibilidades de problematizar situações, simular reações de alguns conteúdos, por meio de 
programas específicos; 
 A reflexão sobre o resultado das ações desenvolvidas, aprendendo a criar novas soluções, 
provocando o desenvolvimento de processos metacognitivos; 
 A realização de cálculos complexos e recursos que permitem a construção de objetos virtuais, 
imagens digitalizadas, que favorecem a leitura e construção de representações espaciais; 
 Múltiplas revisões e correções no texto, com inserção de objetos novos e recursos variados em 
um hipertexto. 
 
“Se a informática é uma tecnologia que pode contribuir para ampliar o acesso à informação, a 
tarefa dos professores é conhecer essa ferramenta e utilizá-la para desenvolver no aluno as 
percepções da realidade social.” (ANDRADE e TERUYA, 2008) 
 
 
 
 
12 
Na visão de ANDRADE e TERUYA (2008) o docente deve planejar adequadamente o uso do 
recurso tecnológico nas aulas para que a inclusão digital nas escolas seja significativa e auxilie na 
melhoria da qualidade de ensino-aprendizagem. “A formação de cidadãos críticos, capazes de 
compreender as implicações positivas e negativas das tecnologias de informação e comunicação deve 
ser uma meta de todos os profissionais da educação.” 
 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Este capítulo tinha como objetivo discorrer sobre a história da informática educacional no 
Brasil e as possibilidades e contradições do seu uso educacional. 
 
A informática educativa brasileira hoje se encontra em um nível de consistência adquirido 
através das atividades e ações que nela se desenvolvem. É importante ressaltar que grande parte dos 
resultados obtidos foram decorridos dos Projetos EDUCOM e PROINFO, e também dos esforços 
oriundos dos representantes técnicos das secretarias de educação, que junto com os educadores se 
dedicaram na implementação das atividades junto as escolas públicas. 
 
Viu-se que para que as estratégias fossem implantadas a fim de desenvolver a informática 
educativa no Brasil foram necessários a participação da comunidade acadêmico-científica nacional 
definindo os caminhos necessários para a execução dos projetos; a construção de modelos 
informatizados para educação partindo-se de pesquisa aplicada; e, por último, do Ministério da 
Educação e de especialistas brasileiros de renome que auxiliaram colaborando com suas análises e 
discussões para se definir as estratégias mais relevantes. 
 
Além de políticas educacionais, a formação de professores para a atuação junto as novas 
tecnologias é um assunto de grande importância. Sendo o ambiente escolar um local de formação 
 
 
humana onde, para muitas pessoas, é o único lugar de acesso ao conhecimento, o uso do computador 
e internet de forma crítica e consciente exige um certo preparo do docente. Para que ele atue 
 
 
 
13 
positivamente na construção do conhecimento deve desenvolver uma prática crítica e 
problematizadora buscando a integração da realidade com a tecnologia em questão. 
 
MÓDULO II 
TENDÊNCIAS EM INFORMÁTICA EDUCATIVA 
 
1. PRÁTICA PEDAGÓGICA NA ATUALIDADE 
 
 
“O processo educacional tem sido o foco de debates na educação, o que contribuiu 
plenamente para a sua evolução sob vários ângulos, pode-se citar, por exemplo, os 
procedimentos metodológicos utilizados pelos docentes e o reconhecimento da formação 
educacional dos alunos, como pontos-chaves dessa discussão.” (SILVA, 2011) 
 
Segundo GADOTTI (2000) apud SILVA (2011) o declínio da educação tradicional se deu 
início no movimento renascentista e a educação nova que surgiu a partir da obra de Rousseau, teve 
seu ápice de desenvolvimento nos últimos dois séculos adquirindo muitas conquistas na área das 
ciências da educação e junto às metodologias de ensino. 
 
O ensino tradicional representa a educação centrada no professor que tem a função de 
“vigiar” os alunos, ensinar e corrigir a matéria. Esse tipo de metodologia tem como objetivo a 
transmissão de conhecimento de forma expositiva e sequencial com o destaque na repetição de 
exercícios para a fixação e memorização dos conteúdos. (ZACHARIAS, 2007 apud GRZESIUK, 
2008) 
 
Segundo GRZESIUK (2008) “o aprendizado segue uma sequência estática: o professor fala, o 
aluno ouve e aprende.” Assim sendo, o aluno não tem um papel ativo na aprendizagem e construção 
de seu conhecimento. O professor visto como detentor de conhecimento transmite os conhecimentos 
para a formação do aluno através de uma prática pedagógica conservadora sobrecarregada de 
informação. 
 
 
 
 
14 
 
Figura 2. Esquema simplificado do ensino tradicional. 
Fonte: http://www.cempem.fe.unicamp.br/lapemmec/coordenacao/logo/texto-tesedoutorado-educa-matema.pdf 
 
Na visão de ALENCAR (1996) apud GRZESIUK (2008) o ensino tradicional esta desatualizado 
e longe de atender as necessidades da sociedade moderna. O autor ainda cita algumas características 
do ensino tradicional que atrapalham o desenvolvimento dos alunos: 
 É destacada a incompetência, a ignorância e a incapacidade do aluno, inibindo o surgimento de 
talentos e habilidades de cada um; 
 Um ensino onde se valoriza a repetição e memorização do conhecimento; 
 Desprestigia a imaginação e a fantasia como desenvolvimentos importantes da mente; 
 Exercícios com resposta única onde não se trabalha e analisa o erro e sim cultua o fracasso e o 
medo; 
 Descaso em cultivar uma visão otimista do futuro; 
 As habilidades cognitivas são desenvolvidas de forma precária e limitadas. 
 
SILVA (2011) afirma: 
“A escola contemporânea apresenta dificuldades em acompanhar o desenvolvimento 
acelerado que a cerca, as informações são captadas e atualizadas em questão de segundos, 
trazendo um desconforto e até um comprometimento à prática educativa. Isso desencadeia 
um péssimo sentimento de ineficiência para a sala de aula, que se transforma em um 
ambiente irrelevante para o fortalecimento do conhecimento.” 
 
 
 
 
 
 
15 
Para a autora, a escola deve rever suas práticas pedagógicas com o objetivo de se adequar a 
situações atuais considerando posição social e o aperfeiçoamento do saber. 
 
“O professor da atualidade, que contém uma visão mais aguçada e que almeja um ensino de 
qualidade, já incorpora em suas práticas pedagógicas, itens como a televisão e a internet, contudo, 
muitos ainda trabalham com recursos tradicionais.” (SILVA, 2011) 
 
“Os que defendem a informatização da educação sustentam que é preciso mudar 
profundamente os métodos de ensino para reservar ao cérebro humano o que lhe é peculiar, a 
capacidade de pensar, em vez de desenvolver a memória. Para ele, a função da escola será, 
cada vez mais, a de ensinar a pensar criticamente. Para isso é preciso dominar maismetodologias e linguagens, inclusive a linguagem eletrônica.” (GADOTTI, 2000 apud 
SILVA, 2011) 
 
 
Para LIBÂNEO (2004) apud SILVA (2011), a forma de aprender está ligada a for ma de 
ensinar, portanto o resultado positivo ou negativo da construção do conhecimento do aluno deverá 
ser resultado da formação do próprio professor. 
 
“[...] o educador é um mediador do conhecimento, diante do aluno que é o sujeito da sua 
própria formação. Ele precisa construir conhecimento a partir do que faz e, para isso, 
também precisa ser curioso, buscar sentido para o que faz e apontar novos sentidos para o 
que fazer dos seus alunos.” (GADOTTI, 2000 apud SILVA, 2011) 
 
 
O professor é a ponte de ligação entre o aluno e o conhecimento e este deve proporcionar ao 
educando subsídios para que ele desenvolva suas competências e habilidades de maneira 
significativa, ou seja, “estimular a sua capacidade cognitiva conforme os quatro pilares do 
conhecimento: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a ser.” (SILVA, 
2011) 
 
Para a autora, “os tempos modernos pedem que o desenvolvimento educacional seja 
direcionado à aquisição de competências, objetivando a reflexão do aluno sobre a realidade.” Sendo 
assim, o educador deve buscar novas prática pedagógicas, procurar desenvolver aulas atrativas e 
estimulantes sempre se levando em consideração o respeito pelas diferenças para melhor atender a 
essas necessidades e proporcionar ao aluno um ensino de qualidade. 
 
 
 
 
 
16 
SILVA (2011) indaga que os projetos pedagógicos da escola contemporânea já incluem o uso 
das novas tecnologias como fonte de apoio a construção do conhecimento. 
 
2. TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NA EDUCAÇÃO (TIC) 
 
Segundo SILVA (2011) Tecnologia de Informação e Comunicação “é um conjunto de 
recursos tecnológicos que facilitam a comunicação de vários tipos de processos existentes nas 
atividades profissionais, ou seja, são tecnologias usadas para reunir, distribuir e compartilhar 
informações.” 
 
Para BARBOSA, MOURA e BARBOSA (2004) para compreender o significado e a 
abrangência da TIC, deve-se analisar as diversas formas de apresentação da informação e as funções 
que podem ser aplicadas sobre as elas . “As tecnologias da informação podem ser vistas como os 
recursos tecnológicos para se aplicar às funções da informação em suas diversas formas.” 
 
Quadro 1. A convergência da Tecnologia da Informação 
Fonte: http://www.tecnologiadeprojetos.com.br/arts/inclus%C3%A3o%20das%20tecnologias.pdf 
 
 
“A incorporação das TIC´s às aulas está sujeita a questões de ordem econômico política. Por 
isso, conhecer a finalidade de cada uma delas, avaliando suas virtudes e limitações e as 
intenções que verdadeiramente estão por detrás de propostas pedagógicas que as sustentam, 
pode ser um dos melhores caminhos para se evitar, de um lado, uma maior exploração do 
trabalho docente e, de outro, uma maior perda de qualidade da educação.” (OLIVEIRA, 
2007 apud SILVA, 2011) 
 
GRAÇA (2007) apud SILVA (2011) expõe os pontos positivos de se incorporar a TIC na 
educação: 
 Novos objetivos para a educação que emergem uma sociedade de informação e da 
necessidade de exercer uma cidadania participativa, crítica e interveniente; 
 Novas concepções acerca da natureza dos saberes, valorizando o trabalho cooperativo; 
 
 
 
17 
 Novas vivências e práticas escolares, através do desenvolvimento de interfaces entre 
escolas e instituições, tais como bibliotecas, museus, associações de apoio à juventude, 
entre outros; 
 Novas investigações científicas em desenvolvimento no ensino superior, entre outros. 
 
SILVA (2011) acredita que a TIC é capaz de proporcionar uma melhor integração entre 
professor e aluno através dos recursos tecnológicos. 
 
GEAQUINTO (2008) apud SILVA (2011) define recursos tecnológicos: “[...] instrumentos que 
funcionam como mediadores na transmissão e/ou troca de dados entre todos os membros da 
comunidade acadêmica e demais envolvidos e podem ser mais ou menos sofisticados.” É através 
desses recursos que o professor vai motivar e estimular a construção do conhecimento da aluno. 
 
Segundo POCHO, AGUIAR e SAMPAIO (2003) apud SILVA (2011) os recursos tecnológicos 
podem ser classificados em independentes que não precisam de aparelhos eletrônicos para o seu 
acontecimento (exemplo giz, quadro-negro, cartaz, livro etc) e dependentes mais propriamente as 
TICs, que instigam a aprendizagem, pois são modernos e interativos (exemplo retroprojetor, TV, 
projetor de slides, DVD, computadores, software entre outros). 
 
Seguindo essa classificação, vê-se que a tecnologia não se relaciona só com computadores e 
internet, mas também com toda técnica que permite o professor estabelecer uma relação entre o 
conteúdo e a vida real. (SILVA, 2011) 
“Com a propagação da internet, a educação passa a ter mais possibilidades de ampliação do 
processo de aprendizagem. Várias são as ferramentas que podem auxiliar nesse contexto: 
world wide web (www), chats, videoconferências, enquetes fóruns, correio eletrônico (e-
mail) e softwares educacionais. 
Ferramentas como os blogs, mensageiros instantâneos e sites de relacionamento (orkut, my 
space, facebook,etc) também constituem-se em TICs que se utilizadas a favor do processo de 
ensino-aprendizagem, facilitam a interação professor-aluno, contudo, esses instrumentos não 
trarão nenhum tipo de contribuição para o processo se usados de maneira descompromissada 
com a educação.” (SILVA, 2011) 
 
Para a autora, computadores e internet hoje são os instrumentos mais utilizados nas práticas 
pedagógicas através de laboratórios de informática, que muitas vezes faz parte do projeto, mas não 
são utilizados pelos docentes. 
 
 
 
 
18 
BRIGNOL (2004) apud SILVA (2011) relata que o uso do computador conectado a internet 
representa uma poderosa ferramenta que auxilia significativamente na prática pedagógica apoiando o 
processo de ensino e aprendizagem e proporcionando ao aluno chances de formar seus 
conhecimentos de uma maneira “integrada, participativa e cooperativa”. 
 
SILVA (2011) destaca a importância de o profissional rever suas práticas e analisar qual o 
recurso tecnológico mais adequado ao alcance dos seus objetivos. 
 
3. APERFEIÇOAMENTO DO PROCESSO DE ENSINOAPRENDIZAGEM ATRAVÉS DO 
USO DAS TECNOLOGIAS 
 
“O aprimoramento da prática pedagógica por meio de recursos tecnológicos, exige dedicação 
do professor, aumentando-se as horas de trabalho e a busca por materiais inovadores, com a 
finalidade de organizar e planejar aulas mais atrativas e criativas.” (SILVA, 2011) 
 
DEBALD (2007) apud SILVA (2011) relata que o uso das tecnologias em sala de aula 
acontece de forma lenta e gradual. Para que ocorra o uso adequadamente das tecnologias, o professor 
além do domínio dos recursos tecnológicos deve também ter o conhecimento de como usar esses 
recursos para reforçar o processo de ensino e aprendizagem. 
 
O professor deve estruturar o seu planejamento de aula inserindo os novos recursos, 
aperfeiçoando o ensino e aprendizagem e estimulando a construção do conhecimento e capacidade 
de reflexão do aluno. (SILVA, 2011) 
 
RÖRIG e BACKES (2011) apud SILVA (2011) afirmam que: 
 
“Ao estruturar sua proposta pedagógica, utilizando tecnologia digital, o professor precisa 
estabelecer vínculos com os alunos, conhecer seus interesses, saber o que o aluno já sabe, o 
que o aluno não sabe e o que ele gostaria de saber. Motivar o aluno a fazer parte da proposta 
pedagógica, colocando-o a par sobre o que será abordado e convidando-o a contribuir.” 
 
“O emprego das tecnologias de informação e comunicação no sistema escolar instiga a 
curiosidade do educando, desperta seu interesse, vontade de conhecer diferentes fenômenos, 
aumentando sua percepção espacial.” (SILVA, 2011) 
 
 
 
19 
 
Para a autora, o docente deve ser capaz de despertarno aluno interesse e participação 
trazendo para o aluno, inserido nas tecnologias, uma integração de entre conteúdos e sua realidade 
social. 
 
ARAÚJO e YOSHIDA (2010) apud SILVA (2011) afirmam que o professor dever ser um 
profissional criativo buscando planejar sua prática pedagógica visando uma aprendizagem 
satisfatória e significativa. Assim sendo, ele deve buscar novos caminhos, investir em novos projetos 
e transformar a realidade escolar utilizando a tecnologia como ferramenta para melhorar e motivar a 
busca pelo conhecimento. 
 
SILVA (2011) relata que: 
“O aprimoramento das técnicas de ensino através das tecnologias de informação e 
comunicação é uma meta a ser alcançada por estes profissionais, o esmero é algo que se 
consegue com a prática, com o saber fazer, a capacitação precisa ser contínua, tendo em vista 
novas experiências sempre estarem surgindo, originando fatos interessantes a serem 
examinados no âmbito educacional.” 
 
 
Figura 3. Significado da informática aplicada na educação 
Fonte: http://meuartigo.brasilescola.com/educacao/a-informatica-aplicada-na-educacao.htm 
http://meuartigo.brasilescola.com/educacao/a-informatica-aplicada-na-educacao.htm
 
 
 
20 
 
 
 
Para MORAES (1997) apud BARBOSA, MOURA e BARBOSA (2004) “a população 
escolar precisa ter oportunidades de acesso a esses instrumentos e adquirir capacidade para produzir 
e desenvolver conhecimentos utilizando a TIC”. 
 
Uma reforma e ampliação do sistema de produção e difusão do conhecimento possibilita o 
acesso à tecnologia. Mas somente o acesso à tecnologia não é o aspecto tão importante e sim uma 
forma de criar novos ambientes de aprendizagem e de novas dinâmicas sociais a partir do uso dessas 
novas ferramentas (MORAES, 1997). 
 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Viu-se neste capítulo a grande importância que se tem a incorporação de tecnologia na prática 
pedagógica. 
 
Muitos profissionais ainda aplicam técnicas tradicionais e sentem com isso uma maior 
dificuldade de se aproximar dos alunos. Mesmo diante da modernização na área educacional, 
professores ainda persistem em trabalhar com a Pedagogia Tradicional por muitas vezes não 
conseguir fazer a integração entre conteúdo e tecnologia. 
 
O computador como ferramenta de apoio ao processo de ensino e aprendizagem proporciona 
ao educando e educador uma reflexão crítica sobre as situações do seu cotidiano. 
 
O docente para proporcionar um ensino significativo com o uso da tecnologia deve ter 
domínio não só do conteúdo e sim também da ferramenta e principalmente saber fazer a integração 
entre ambos para que a aula não perca o seu objetivo final. 
 
Profissionais devem ter uma capacitação contínua para estar sempre atualizando seus 
conhecimentos e práticas a fim de atender as novas necessidades sociais. Fazer um bom 
 
 
 
 
21 
 
planejamento das aulas também se faz necessário para que o docente possa ter uma ideia dos pontos 
críticos da atividade, onde seus alunos possam a vir ter dificuldades. 
 
O apoio de toda comunidade escolar também é de grande importância para que a nova prática 
tenha resultados positivos. 
 
Enfim, a inclusão de tecnologias na educação surgiu para modificar positivamente o perfil do 
educador que deixa de ser o detentor maior do conhecimento e passa a explorar junto dos alunos o 
que a tecnologia tem a oferecer. Com isso mostra ao aluno que como professor também pode 
aprender. Isso contribui para uma melhor integração entre professor e aluno que passa a ser maior e 
mais real. 
 
Assim sendo, as novas tecnologias trouxeram para educação uma maior qualidade ao 
processo de ensino e aprendizagem aumentando as potencialidades de informação e integração. 
 
 
MÓDULO III 
ENSINO APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA COM O USO DA TECNOLOGIA 
 
1. INTRODUÇÂO 
 
A relação de ensino entre a matemática e a informática requer uma reflexão para ser 
compreendida. Em muitos anos, o ensino da matemática segue métodos tradicionais, centrados no 
docente, em uma transmissão de conhecimentos e memorização onde o aluno se resume a um papel 
passivo. (COTTA JÚNIOR, 2002) 
 
A substituição de um ensino tradicional por novas tecnologias é o que se espera para área 
educacional. Deve ser feita de modo gradativo por consequência de uma série de obstáculos que 
deverão ser enfrentados tanto pelos docentes como pelos alunos e até mesmo a instituição. 
Problemas estes que vão desde a falta de recursos materiais adequados até a resistência do corpo 
docente com a inclusão na prática pedagógica. A orientação pedagógica se faz presente para que 
 
 
 
22 
 
docentes possam escolher softwares a adequados podendo assim alcançar os objetivos finais 
proporcionando uma melhoria significativa ao aprendizado do aluno. (COTTA JÚNIOR, 2002) 
 
GRAVINA e SANTAROSA (1998) apud COTTA JÚNIOR (2002) acreditam que ambientes 
informatizados proporcionam ao docente a oportunidade de trabalhar conteúdos em uma visão 
construtivista onde o conhecimento é construído a partir de percepções e ações do sujeito aluno 
constantemente mediado pelo docente. 
 
Para as autoras, a aprendizagem da Matemática sob a ótica construtivista: 
 
“[...] depende de ações que caracterizam o fazer Matemática: experimentar, interpretar, 
visualizar, induzir, conjecturar, abstrair, generalizar e enfim demonstrar. É o aluno agindo, 
diferentemente de seu papel passivo frente a uma apresentação formal do conhecimento, 
baseada essencialmente na transmissão ordenada de fatos, geralmente na forma de definições 
e propriedades. Numa tal apresentação formal e discursiva, os alunos não se engajam em 
ações que desafiem suas capacidades cognitivas, sendo-lhes exigido no máximo 
memorização e repetição, e não são autores das construções que dão sentido ao 
conhecimento matemático.” 
 
 
2. A EDUCAÇÂO MATEMÁTICA E A INFORMATIZAÇÃO 
 
D‟AMBROSIO (1990) apud MISKULIN (2000) ressalta a importância do uso de tecnologias 
no contexto educacional independente da classe social. Para o autor, a escola tem obrigação de expor 
a aluno ao contato com a tecnologia, seja ela através de computadores, calculadoras entre outros. 
Para o aluno, a oportunidade dessa vivência será um incentivo não só para a construção do seu 
conhecimento como também para seu caráter como cidadão. O manuseio de tecnologias garante ao 
aluno a oportunidade de concorrer a melhores oportunidades de trabalho e a Educação Matemática 
não pode ignorar o fato de participar dessa construção. 
 
Segundo MISKULIN (2000) a matemática deve ser conduzida por metodologias que 
contribuam para formação do educando. Ele deve vivenciar processos educacionais que façam 
sentido ao seu cotidiano e a sua integração na sociedade. “Sem uma educação matemática, com 
qualidade, a criança ou o jovem talvez não tenham oportunidades de crescerem no saber matemático, 
 
 
 
23 
saber esse importante para sua qualificação em qualquer área.” Dessa forma, vê se a importância da 
construção do saber matemático integrado ao contexto tecnológico. 
“Explorar as possibilidades tecnológicas, no âmbito do contexto ensino/aprendizagem 
deveria constituir necessariamente uma obrigação para a política educacional, um desafio 
para os professores e, por conseguinte, um incentivo para os alunos descobrirem, senão todo 
o universo que permeia a Educação, pelo menos o necessário, nesse processo, para sua 
formação básica, como ser integrante de uma sociedade que se transforma a cada dia.” 
(MISKULIN, 2000) 
 
O professor de matemática deve procurar trabalhar contextos favoráveis à criatividade do 
educando. Com isso, possibilitará novas formas de conhecimento e compreensão ao indivíduo que 
lhe servirão futuramente como ferramenta positiva na integração do mercado de trabalho 
competitivo. (MISKULIN, 2000) 
 
Para MISKULIN (2000) a abordagem da Educação Matemática em um contexto tecnológico 
requer muita reflexão e estudo. Com a disponibilidadedas tecnologias, é inaceitável que a 
matemática seja ensinada de forma tradicional com conteúdos desvinculados e fora da realidade do 
aluno. Os recursos tecnológicos disponíveis como apoio ao ensino e aprendizagem da matemática faz 
com que o currículo tradicional se torne “obsoleto e ultrapassado”. 
 
Na visão de COTTA JÚNIOR (2002) a inclusão da tecnologia deve estar acompanhada de 
“mudanças adequadas na orientação pedagógica da educação” para que o uso das mesmas não seja 
apenas vista como uma sofisticação da instituição. É a oportunidade para que mudanças pedagógicas 
aconteçam favorecendo o ensino e aprendizagem do aluno. Vale ressaltar que as mudanças devem 
ocorrer a nível institucional e principalmente em nível de docência. Só a introdução da tecnologia, do 
computador, por exemplo, não significa qualidade no ensino, precisa existir todo um contexto que 
isso ocorra. 
 
O autor ressalta que é importante o planejamento do uso da tecnologia para que a 
aprendizagem tenha um significado positivo. “O computador é uma máquina que obedece a um 
programa. Esse programa deve ser adequado aos objetivos que se quer alcançar com o uso da 
máquina. Assim, é de fundamental importância, no uso do computador, a escolha do software 
adequado.” 
 
 
 
 
 
24 
 
“Para funcionar, o computador necessita de softwares específicos. O computador, sozinho, 
nada faz. O software é que faz a diferença. Um software adequado torna o computador um 
instrumento precioso para o aprendizado. Assim, a introdução do computador, na escola, 
precisa vir acompanhada de mudanças pedagógicas adequadas, e, junto com a máquina, é 
necessário pesquisar tipos mais adequados de software a serem usados. É, talvez, importante 
salientar este ponto: o computador sem o software adequado de nada serve para a qualidade 
da educação.” (COTTA JÚNIOR, 2002) 
 
O autor destaca que o uso de softwares nas aulas de matemática deve proporcionar tanto ao 
professor quanto ao aluno a oportunidade de vivenciar situações relacionadas com a prática da 
matemática, propiciando o uso de técnicas e estratégias a fim de se alcançar resultados e estimulando 
o raciocínio lógico. Mas para que isso ocorra tanto a escolha quanto o uso do software devem ser 
adequados. Isso requer grande conhecimento por parte do docente para que se tenha uma melhor 
interação entre “aluno-professor-software-professor”, ou seja, é o mínimo para que o ensino e 
aprendizagem da Matemática, com o uso da tecnologia, tragam resultados favoráveis para a escola. 
 
2.1. A INFORMÁTICA EDUCATIVA 
 
De acordo com MERLO e ASSIS (2010) 
“O trabalho com softwares educativos, produzidos especialmente ou não para as atividades 
de ensino pode ser uma alternativa para o uso da informática na educação. Um dos pontos 
mais importantes dessa questão diz respeito aos softwares educativos, uma alternativa da 
informática que vem sendo muito utilizado pelas escolas como ferramenta de auxilio ao 
professor.” 
 
Para os autores, o computador hoje é usado como ferramenta educacional que auxilia no 
desenvolvimento do aprendizado do aluno. A diversidade de programas educacionais de diferentes 
modalidades mostra que a tecnologia hoje se faz como um instrumento muito importante no processo 
de ensino e aprendizado. 
 
MERLO e ASSIS (2010) relatam que a conceituação de informática educativa teve muitos 
sentidos, alguns voltados para temas específicos do currículo, outros para exercícios de fixação que 
mais representavam páginas de livros no monitor, outros ainda se apresentavam em exercícios como 
treinamento criando hábitos repetitivos que pouco contribuía para o desenvolvimento do 
conhecimento. 
 
 
 
 
 
25 
 
“Os softwares de simulação envolvem a criação de modelos dinâmicos e simplificados do 
mundo real permitindo a exploração de progressos reais ou fictícios e os conduzindo a uma situação 
real de aprendizagem.” (MERLO e ASSIS, 2010) 
 
Para os autores a maior vantagem das simulações é o fato do aluno poder alterar dados, 
acrescentar informações e variáveis intervindo na experiência. A simulação é uma forma de 
estimular a busca por respostas analisando os resultados e refinando os conceitos. Mas ainda assim, o 
professor não pode pensar que a informática vai substituir 100% com uma experiência o que o aluno 
pode vivenciar no real. 
 
2.2. A INTERNET EDUCATIVA 
 
“Os diversos recursos disponíveis na Internet podem ser usados como forma de 
complementação ao ensino convencional como, por exemplo, o intercâmbio de professores 
com professores, de alunos com alunos, de professores com alunos através da participação 
em listas de discussão, correio eletrônico ou em chat, mas não podemos esperar da grande 
rede a solução mágica para modificar a relação pedagógica com a matemática.” (MERLO e 
ASSIS, 2010) 
 
Para MERLO e ASSIS (2010) a utilização da internet como ferramenta pedagógica desperta 
nova métodos e estratégias de ensino e aprendizagem renovando processos que já estão 
ultrapassados. “A aula poderá se converter num espaço real de interação, de troca de resultados, de 
comparação de fontes, de enriquecimento de perspectivas, de discussão das contradições, de 
adaptação dos dados à realidade dos alunos.” O professor deixa de ser o detentor de informação e 
passa a ser um coordenador do novo processo de ensino-aprendizagem. 
 
 
Figura 4. Internet educativa 
Fonte: http://franciscosisimit.blogspot.com.br/ 
 
 
 
 
26 
 
 
“A Internet, além de um vasto repositório de informações sobre os mais variados temas, é 
cada vez mais um espaço virtual para a aprendizagem. Nela, encontram-se diferentes sistemas, sites, 
listas de discussão, fóruns, bibliotecas virtuais, direcionadas para o apoio ao processo educativo.” 
(MERLO e ASSIS, 2010) 
 
Os autores explicam que o estudo da matemática pode se tornar mais significativo quando o 
aluno aprende através da manipulação de variáveis. Os sons, imagens, textos e animações entre 
outros elementos, auxiliam também na qualidade do ensino porque são recursos essenciais para 
alguns conteúdos da matemática. 
 
“O processo de aprendizagem é um processo ativo e interno ao sujeito, com vista a favorecer 
o surgimento do pensamento autônomo e crítico em relação ao objeto de estudo aos outros sujeitos.” 
(MERLO e ASSIS, 2010) 
 
 Baseando se na visão dos autores, tem se que a educação escolar deve ser mediada e 
coordenada pelo professor. Desta forma, muitos sites têm sido desenvolvidos para fornecer suporte, 
primeiramente, aos professores. (MERLO e ASSIS, 2010) 
 
 
3. O PROFESSOR DE MATEMÁTICA E AS NOVAS TECNOLOGIAS 
 
Para desenvolver um trabalho usando a informática no processo educativo, o docente deve ter 
em mente a real importância daquela ação para que a aprendizagem se torne clara, eficaz e 
significativa, principalmente se for destacado o ensino da matemática usando o computador como 
ferramenta lúdica e favorável à aprendizagem do aluno. (MERLO e ASSIS, 2010) 
 
MERLO e ASSIS (2010) alegam que a formação dos educadores muitas vezes não satisfazem 
as necessidades que a nova forma de ensinar exige e assim sendo, professores em alguns momentos 
tentam ensinar algo que nem ele sabem como fazer. Muitos esquecem ou simplesmente desconhecem 
conceitos básicos da matemática, que deveriam ensinar aos alunos no ensino fundamental e médio. 
 
 
 
27 
“O domínio do conteúdo, pedagógico e técnico está muito ligado ao ensino da aprendizagem 
da matemática. Haja vista a necessidade do professor de matemática refletir sobre a 
concepção de escola como instituição que transmite o conhecimento e como local que ajuda 
o aluno a desenvolver seu potencial, que o ensina a pensar, que ajuda a descobrir caminhos 
para transformar a sociedade em que vive.” (MERLO e ASSIS, 2010) 
 
 
4. O IMPACTO DE NOVAS TECNOLOGIAS NO CONTEÚDO DO CURRÍCULO DE 
MATEMÁTICA. 
 
A produção de novas tecnologias como calculadoras eletrônicas,microcomputadores e 
sistemas de vídeos interativos tem causado um impacto muito grande no currículo de matemática 
tanto no conteúdo quanto na forma de se ensinar. (ERNEST, 1991 apud MISKULIN, 2000) 
“O impacto de novas tecnologias no conteúdo do currículo de Matemática, através da adoção 
universal de novos produtos, especialmente da calculadora eletrônica e do computador, faz 
com que a Educação dos tempos modernos exija uma nova dimensão do conhecimento e da 
competência dos alunos na utilização desses recursos, especialmente nas aulas de 
Matemática. As funções desses novos recursos tornam o currículo tradicional de Matemática 
obsoleto e ultrapassado. Com calculadoras eletrônicas e softwares computacionais, números 
inteiros, frações e cálculos decimais não precisam ser „tratados à mão‟.” (MISKULIN, 2000) 
 
Segundo MISKULIN (2000) “as novas tecnologias requerem uma nova ênfase no currículo.” 
O currículo deve ser capaz de oferecer subsídios para que os alunos possam interpretar e analisar 
resultados numéricos, verificar gráficos e tabelas, de pensarem de forma processual e saber “depurar 
programas”. 
 
Outro aspecto a ser considerado é a forma de ensinar e aprender matemática. Com o uso das 
novas tecnologias em sala de aula, “o professor transforma-se em mediador do processo educativo.” 
Esses novos recursos são motivacionais a uma abordagem exploratória para a aprendizagem 
matemática. Softwares e vídeos interativos são desenvolvidos para trabalhar a criatividade e o 
raciocínio, programas do tipo BASIC, LOGO, PROLOG ou outra linguagem computacional, foram 
idealizados para que o aluno crie diferentes estratégias para resolução de problemas. (MISKULIN, 
2000) 
 
De acordo com ERNEST (1991) apud MISKULIN (2000) “a escola, em particular a sala de 
aula de Matemática, é o lugar no qual as crianças precisam ser preparadas para o mundo de amanhã, 
especialmente nos aspectos tecnológicos.” 
 
 
 
 
28 
 
Acompanhando a visão do autor acima, vê se que muitas escolas estão deixando de cumprir o 
seu papel quando ao preparo dos alunos para a realidade social. As escolas deveriam preparar o 
aluno para um mundo tecnológico que hoje é a realidade em que eles vivem. Deveriam estar 
reformulando a forma de ensinar a matemática para que esta se adequasse às exigências de um 
mundo informatizado. É importante que se criem ambientes de aprendizado com recursos 
tecnológicos adequados e com uma proposta pedagógica que seja coerente com a realidade do aluno 
e que venha de encontro positivamente com o uso e avanço das novas tecnologias. Dessa forma, o 
papel do professor passa a ter extrema importância como mediador no processo de ensino e 
aprendizagem dentro de um contexto tecnológico e mais próximo a realidade do aluno. (MISKULIN, 
2000) 
 
“O educador deve atuar como antropólogo. E, como tal, sua tarefa é trabalhar para entender 
que materiais dentre os disponíveis são relevantes para o desenvolvimento intelectual. 
Assim, ele deve identificar que tendências estão ocorrendo no meio em que vivemos. Uma 
intervenção significativa só acontece quando se trabalha de acordo com essas tendências. Em 
meu papel de educador-antropólogo eu vejo novas necessidades sendo geradas pela 
penetração dos computadores na vida das pessoas.” (PAPERT, 1985 apud MISKULIN, 
2000) 
 
O autor ressalta que sem os computadores, poucos eram os pontos envolventes da matemática 
com a vida cotidiana. A inclusão da tecnologia nas aulas traz a tona a realidade do aluno e a ligação 
da sua vida cotidiana com a matemática. “O desafio à educação é descobrir meios de explorá-los.” O 
uso de computadores no ensino da matemática altera fundamentalmente a cultura sobre 
conhecimento e aprendizagem matemática. 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
O presente capítulo abordou o uso da tecnologia no ensino e aprendizagem da matemática. É 
importante lembrar que o uso do computador, assim como os softwares no ensino da matemática, da 
a oportunidade ao aluno de sair de uma zona de conforto em um papel passivo e se transferir ao 
papel ativo contribuindo de uma forma mais significativa a construção de seu próprio conhecimento. 
 
Viu-se que ambientes informatizados auxiliam o professor no ensino de conteúdos em uma 
visão mais construtivista. Além de mediador o professor será coordenador da situação de 
aprendizagem. 
 
 
 
29 
 
 
O ensino da matemática através de tecnologias deve ser planejado e visar uma metodologia 
que contribua para a formação do educando como cidadão. 
 
Os softwares utilizados nas aulas de matemática devem proporcionar a integração entre 
professor, aluno e tecnologia e deve propiciar o desenvolvimento de técnicas e estratégias por parte 
dos alunos. 
 
A informática educativa precisou ser revista por ter vários sentidos e concepções. Ela não é 
somente exercícios de repetição em uma tela de computador, os softwares de simulações 
desenvolvidos para o ensino e aprendizagem permitem que professor e aluno explorem os conceitos 
sob diversos ângulos. 
 
A internet é outra ferramenta hoje muito utilizada entre os professores. Ela tanto auxilia no 
intercâmbio das informações entre os diversos docentes da área, como também transforma uma aula 
em algo muito mais real que um problema exposto em um livro didático. 
 
O docente para trabalhar as diversas ferramentas disponíveis deve ter domínio do conteúdo, 
do computador e do processo de integração conteúdo e tecnologia para que sua aula seja 
significativa. 
 
Enfim, a tecnologia se faz cada vez mais presente na vida particular das pessoas e no 
ambiente escolar não podia ser diferente. O que deve ser repensado é o currículo escolar para que 
todo esse recurso disponível possa ser utilizado de forma correta e que traga benefícios a construção 
do conhecimento do indivíduo durante todo o seu processo de ensino e aprendizagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
MÓDULO IV 
SOFTWARES EDUCATIVOS E SEU USO EM SALA DE AULA 
 
1. O USO DE SOFTWARE NO PROCESSO DE ENSINO 
 
De acordo com SANTANA (2008) apud GRZESIUK (2008) os softwares educacionais 
disponíveis no mercado são considerados muito eficientes no processo de ensino e aprendizagem. A 
interação entre alunos e máquina acontece de forma harmoniosa e facilita a troca de informações, as 
discussões e questionamentos, estimulando para que aconteça a resolução de problemas. O aluno se 
sente mais confiante para criar estratégias e resolver as situações propostas. 
 
Segundo SANTANA (2008) apud GRZESIUK (2008) a utilização do computador no processo de 
ensino e aprendizagem é justificado por duas abordagens: 
 Instrucionista – Essa abordagem tenta reproduzir o ensino tradicional através do computador, 
os conteúdos são transmitidos ao aluno, cabendo ao computador ensinar o aluno. 
 Construcionista – Nessa abordagem o aluno passa a interagir com o software, criando situações 
e tomando decisões. O aluno constrói o seu conhecimento a partir da elaboração de seus 
interesses e as experimentações são realizadas no computador. 
 
GRZESIUK (2008) afirma que a escolha baseada no paradigma instrucionista para o processo de 
ensino e aprendizado pode levar o aluno a ficar preso ao computador não desenvolvendo o 
conhecimento adequado. 
 
Figura 5. Diagrama do Instrucionismo segundo Valente 
Fonte: http://edealcia.blogspot.com.br/2010_09_01_archive.html 
http://edealcia.blogspot.com.br/2010_09_01_archive.html
 
 
 
31 
 
Já o construcionista, é necessário que tenha um mediador auxiliando no ensino para a 
construção do conhecimento e o papel do aluno é executar uma atividade através da máquina. No 
paradigma construcionista o aluno reproduz a solução do problema para o computador que executa e 
retorna a solução obtida ao aluno que analisa e altera caso seja necessário. Ou seja, todo o processo 
transcreve uma atividade realizada por alunos no computador. (VALENTE, 1993 apud GRZESIUK, 
2008) 
 
Figura 6.Diagrama do Construtivismo 
Fonte: http://edealcia.blogspot.com.br/2010_09_01_archive.html 
 
 
SANTANA (2008) apud GRZESIUK (2008) acredita que não seja possível o aluno seguir 
esse ciclo a risca e neste caso, a presença do professor como mediador é fundamental estimulando 
através de questionamentos e reflexões. 
 
O paradigma do instrucionismo deve ser substituído pelo construcionismo propiciando uma 
nova proposta educacional. O papel do professor deve ser o de mediador e o mesmo deve enfrentar 
os obstáculos que surgirão com o uso das novas tecnologias para que exista uma pratica significativa 
em sala de aula. (GRZESIUK, 2008) 
 
 
 
 
http://edealcia.blogspot.com.br/2010_09_01_archive.html
 
 
 
32 
 
 
2. TIPOS DE SOFTWARES USADOS NA EDUCAÇÃO 
 
BARANAUSKAS (1999) apud GRZESIUK (2008) afirma que a aprendizagem de duas 
formas: ou a informação é memorizada ou processada através de esquemas mentais. No caso do 
processamento, o computador pode ser um instrumento facilitador do processo de construção do 
conhecimento. Mas deve-se ter consciência de que o aprender não deve estar restrito somente ao uso 
do software pelo aluno. 
 
De acordo com NASCIMENTO (2007) na educação estão disponíveis diversos tipos de 
softwares que são utilizados como apoio ao processo de ensino e aprendizagem e no mercado 
também existe diversos softwares que podem ser utilizados na educação. 
 
2.1. TUTORIAIS 
 
Segundo NASCIMENTO (2007) os tutoriais são softwares que apresentam conceitos e 
instruções para que seja realizada as tarefas específicas. É um programa geralmente de baixa 
interatividade. 
 
GRZESIUK (2008) informa que a desvantagem do programa é não ter como saber se a 
informação foi processada pelo aluno porque geralmente os tutoriais possuem apenas uma solução 
para o problema limitando a exploração e compreensão do aluno. 
 
Figura 7. Aprendizagem mediada por softwares tutoriais 
Fonte: http://diorgenes.files.wordpress.com/2009/06/monografia_utfpr_diorgenes.pdf 
http://diorgenes.files.wordpress.com/2009/06/monografia_utfpr_diorgenes.pdf
 
 
 
33 
 
2.2. PROGRAMAÇÃO 
 
A programação tem como objetivo a resolução de problemas onde o aluno processa a informação e a 
transforma em conhecimento. Nesta atividade identifica se uma grande importância na aquisição de 
conhecimentos como a “descrição, execução, reflexão e depuração”. (GRZESIUK, 2008) 
 
De acordo com o autor, este é um ciclo que necessita de um mediador que conheça o processo de 
desenvolvimento do conhecimento e que possa contribuir positivamente ao processo. 
 
Figura 8. Aprendizagem mediada por softwares de programação 
Fonte: http://diorgenes.files.wordpress.com/2009/06/monografia_utfpr_diorgenes.pdf 
 
 
“O aluno se torna consciente de seu conhecimento, transformando seus esquemas mentais em 
interpretações mais complexas, refletindo sobre os resultados de suas ideias e ações.” (GRZESIUK, 
2008) 
 
2.3. PROCESSADOR DE TEXTOS 
 
Segundo GRZESIUK (2008) esse tipo de software colabora de forma simples com o 
aprendizado do aluno através de expressões escritas. As ações do aluno fazem parte do ciclo de 
descrição, execução, reflexão e depuração onde os dois últimos itens não são facilitados pela 
execução do computador. 
http://diorgenes.files.wordpress.com/2009/06/monografia_utfpr_diorgenes.pdf
 
 
 
34 
 
Figura 9. Aprendizagem mediada por software de processamento de texto 
Fonte: http://diorgenes.files.wordpress.com/2009/06/monografia_utfpr_diorgenes.pdf 
 
Nesse contexto o computador não libera toda informação para o aluno entender o seu nível de 
conhecimento, somente a reflexão e depuração são possíveis. O processador não dispõe de 
informação para compreensão da construção do conhecimento. (GRZESIUK, 2008) 
 
2.4. MULTIMÍDIA 
 
BARANAUSKAS (1999) apud GRZESIUK (2008) classifica software de multimídia aqueles 
que possuem textos, imagens, animações e sons e que possuem recursos que facilitam a expressão da 
ideia. Nesse contexto o aluno não descreve nada, apenas decide sua ação baseado nos fatos já 
apresentados. 
 
 
Figura 10. Aprendizagem mediada por softwares de multimídia 
Fonte: http://diorgenes.files.wordpress.com/2009/06/monografia_utfpr_diorgenes.pdf 
http://diorgenes.files.wordpress.com/2009/06/monografia_utfpr_diorgenes.pdf
http://diorgenes.files.wordpress.com/2009/06/monografia_utfpr_diorgenes.pdf
 
 
 
35 
 
 
 
GRZESIUK (2008) afirma que esse tipo de programa ajuda o aluno a adquirir a informação, 
mas não dá subsídios para compreender ou construir o conhecimento com a informação obtida. Aí 
vem o papel do professor como remediador para constução do conhecimento. 
 
2.5. SIMULAÇÃO 
 
Para NASCIMENTO (2007) esses softwares são considerados significativos por 
apresentarem situações que simulam a realidade. “Ajudam a estabelecer a comunicação entre teoria e 
prática”. Exemplos desse tipo de software são os simuladores de voo, gerenciamento de cidades entre 
outros. 
 
VALENTE (1993) apud GRZESIUK (2008) observa: 
 
“[...] a simulação ou modelagem não cria a melhor situação de aprendizado. Para que a 
aprendizagem ocorra é necessário criar condições para que o aprendiz se envolva com o 
fenômeno e essa experiência seja complementada com elaboração de hipóteses, leituras, 
discussões e uso do computador para validar essa compreensão do fenômeno. Nesse caso, o 
professor tem o papel de auxiliar o aprendiz a não formar uma visão distorcida a respeito do 
mundo [...] e criar condições para o aprendiz fazer a transição entre a simulação e o 
fenômeno no mundo real.” 
 
2.6. JOGOS 
 
São conhecidos como programas de entretenimento e apresentam elevada interatividade e 
recursos. Podem ser utilizados em aulas para que as mesmas fiquem mais divertidas e atraentes. Os 
jogos podem ser utilizados de forma educativa com muita eficiência pois trabalham leitura, escrita, 
raciocínio lógico de forma lúdica. Dessa forma auxiliam no processo de ensino e aprendizagem. 
(NASCIMENTO, 2007) 
 
Para GRZESIUK (2008) os jogos têm características de competição e trabalham o ciclo de 
descrição, execução, reflexão e depuração. 
 
 
 
 
 
36 
 
2.7. AUTORIA 
 
Software que permite que o aluno construa sua animação multimídia selecionando 
informações, refletindo sobre a situação e resultados obtidos, “depurando-os em termo de qualidade, 
profundidade e do significado da informação apresentada”. (GRZESIUK, 2008) 
 
NASCIMENTO (2007) descreve de forma resumida como deve ser a análise lógica de 
apresentação do software: 
 Escolha um tema para a produção da aula. 
 Monte a sequência de apresentações que pode conter fotos, animações, textos, desenhos, sons 
etc. 
 Elabore perguntas e possíveis respostas sobre o assunto da aula. 
 Selecione gravações sonoras que podem ser obtidas a partir de sons previamente gravados em 
softwares musicais e/ou gravações com as vozes dos alunos e de outras pessoas. 
 Efetue as produções antes citadas: desenhos, textos, animações, capturas de imagens e sons a 
partir de aplicativos. 
 Utilize o software de autoria para aglutinar todas as suas produções conforme a sequência pre-
definida. 
 Insira as atividades de exercitação. 
 Exiba a aula. 
 
 
 
 
37 
 
Figura 11. Aprendizagem mediada por softwares de autoria 
Fonte: http://diorgenes.files.wordpress.com/2009/06/monografia_utfpr_diorgenes.pdf 
 
 
 
2.8. EXERCÍCIO E PRÁTICA 
 
Segundo GRZESIUK (2008) os programas de exercício e prática são muito utilizados para 
revisão de conteúdos que envolvem a repetição e memorização. É feita através de uma lista de 
exercícios onde 
o software coleta os dados do desempenho dos alunos possibilitando o professor a analisar o quanto 
o conteúdo ensinado foi absorvido pelos alunos. 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Neste capítulo viu-se a importância de se abordar o uso da tecnologia educacional sob a ótica 
tanto construtivista como interacionista.Vale ressaltar que a tecnologia deve ser usada como 
 
http://diorgenes.files.wordpress.com/2009/06/monografia_utfpr_diorgenes.pdf
 
 
 
38 
 
ferramenta de apoio ao processo de ensino e aprendizagem onde o aluno passa a ser ativo na 
construção do seu conhecimento. 
Pesquisas revelam que os alunos apresentam mais rendimento e absorvem melhor os 
conteúdos quando estudam sob práticas de ensino que envolva o uso da informática. 
 
Muitos são os softwares disponíveis para a prática educativa que resultam em um melhor 
rendimento escolar, ajudam no desenvolvimento cognitivo, de relacionamento e proporciona uma 
maior autonomia no educando. 
 
MÓDULO IV 
AVALIAÇÃO DE PROGRAMAS EDUCATIVOS E SEU ENSINO 
 
1. AVALIAÇÃO DOS PROGRAMAS 
 
De acordo com SILVA (1998) apud GRZESIUK (2008) a eficiência de um software 
educacional está relacionada a configuração didático-pedagógica do produto. Para se garantir a 
qualidade, muitos estudos são realizados a fim de que tenha coerência com o assunto abordado, seja 
realizável e garanta a produtividade dos alunos no apoio ao ensino e aprendizagem. 
 
O autor afirma que para se avaliar esse tipo de programa é necessário considerar questões 
como: padronizações e técnicas, elementos de natureza pedagógica de múltiplas dimensões, aspectos 
ideológicos e psicológicos, complexidade, multidimensionalidade. 
 
GRZESIUK (2008) relata que para se escolher um software educacional deve levar se em 
conta quais objetivos o docente quer alcançar. Cabe ao professor fazer a escolha baseado nos 
fundamentos educativos: 
 Paradigma instrucional – este formato assume que o ensino é uma transmissão de 
conteúdos através de um conjunto de metodologias, onde o programa é o centro 
da atenção e o aluno é visto como somente um receptor de mensagens. 
 
 
 
 
39 
 Paradigma da descoberta – este assume formato de que a aprendizagem é uma 
descoberta. Proporciona ao aluno subsídios para desenvolver sua intuição, onde o 
centro da atenção são os próprios alunos e o programa procura criar ambientes 
onde possam ser explorados e descobertas as informações. 
 
 Paradigma de hipóteses construtivas – formato que assume uma posição onde o 
saber é essencialmente uma construção. Os alunos tem a oportunidade de evoluir 
na aprendizagem construindo seus saberes através da manipulação de ideias e 
conceitos. 
 Paradigma utilitarista – formato que assume a visão de utilização da máquina 
como ferramenta e não como método repetitivo. 
 
VALENTE (1998) apud NASCIMENTO (2007) discorre sobre a importância do uso do 
computador como recurso educacional no apoio a passagem de informação ao aluno. E ainda ressalta 
que a escolha do software para ser usado no processo de ensino e aprendizagem deve ser feita pelo 
professor e que este programa não deve estar restrito somente ao uso dele, mas deve proporcionar 
uma interação entre professor-aluno e software. 
 
O autor ainda afirma que muitos softwares apresentam características que beneficiam a 
atuação do professor e outros que possuem características restritas e que para o aluno poder alcançar 
os objetivos propostos, o professor deve ter um maior envolvimento no processo. 
 
NASCIMENTO (2007) apresenta algumas fichas de avaliação dos softwares que auxiliam na 
identificação do software e avaliação qualitativa do mesmo: 
 
 1º modelo – ficha de avaliação desenvolvida por TJARA (2000) juntamente com as professoras 
Miriam Melamed e Lúcia Chibante. 
 
 
 
40 
 
 
Fonte: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/profunc/infor_aplic_educ.pdf 
 
 
 
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/profunc/infor_aplic_educ.pdf
 
 
 
41 
 
Fonte: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/profunc/infor_aplic_educ.pdf 
 
 
 
 
 
42 
 
 2º modelo – ficha de avaliação desenvolvida por NIQUINI (1996) 
 
Fonte: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/profunc/infor_aplic_educ.pdf 
 
 
 
 
43 
 
Fonte: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/profunc/infor_aplic_educ.pdf 
 
 
 
 
 
 
 
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/profunc/infor_aplic_educ.pdf
 
 
 
44 
 
 
2. AVALIAÇÃO DO PROJETO PEDAGÓGICO COM O USO DA 
INFORMÁTICA EDUCATIVA 
 
 
De acordo com NASCIMENTO (2007) a implementação ou reformulação de um projeto pedagógico 
com o uso da informática educativa deve ser feito sob um planejamento levando se em consideração 
alguns elementos importantes que garantem um melhor resultado na execução do projeto. 
O autor descreve abaixo algumas etapas a serem seguidas: 
 
 Diagnóstico do aluno – o primeiro passo para elaboração do projeto é fazer um diagnóstico do 
contato do aluno com o computador. 
 
Fonte: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/profunc/infor_aplic_educ.pdf 
 
 
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/profunc/infor_aplic_educ.pdf
 
 
 
45 
 
 Plano de ação – depois da coleta de dados do diagnóstico, fazer um plano de ação definindo as 
atividades que serão desenvolvidas, os responsáveis pelo projeto, prazo de execução, e custos 
envolvidos. 
 Capacitação dos profissionais da educação – funcionários e professores envolvidos no projeto 
devem estar devidamente capacitados antes do início da execução do projeto. 
 Conhecimento e pesquisa em software- definição do software a ser utilizado conforme a 
modalidade de utilização da informática escolhida pela instituição. Profissionais devem optar 
pelo software que melhor atender as necessidades. 
 Elaboração do projeto pedagógico com o uso da informática educativa – deve ser definida a linha 
mestra da informática educativa e deve ser discutida por todos os interessados. A informática 
poderá ser utilizada como fim (baseado no estudo das ferramentas disponíveis nos programas, 
sem nenhuma relação com os assuntos e temas estudados na escola); como apoio para as atuais 
disciplinas (se limita, em muitos casos, à utilização dos softwares educacionais de forma isolada 
para as produções específicas de cada disciplina) ou para os projetos educacionais (prevalecem as 
visões integradas e sistêmicas). 
 Implementação – é a execução das atividades previamente planejadas, momento no qual os 
alunos e professores colocarão em prática as atividades propostas com o uso do computador e das 
ferramentas de informática. 
 Avaliação - reunião dos alunos, professores, orientadores educacionais, coordenadores e todos os 
envolvidos no projeto para avaliar os resultados das ações da informática educativa. 
 
 
Fonte: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/profunc/infor_aplic_educ.pdf 
 
 
 
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/profunc/infor_aplic_educ.pdf
 
 
 
46 
 
 
 
Fonte: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/profunc/infor_aplic_educ.pdf 
 
 
 
 
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/profunc/infor_aplic_educ.pdf
 
 
 
47 
 
Fonte: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/profunc/infor_aplic_educ.pdf 
 
 
 Replanejamento – de acordo com a demanda da realidade da escola é eito o replanejamento onde devem ser 
feitas sugestões de ações que possam ser postas em prática e que beneficiarão o processo de ensino e 
aprendizagem. 
 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Viu-se no decorrer do capítulo que o uso da informática educativa no processo de ensino e 
aprendizagem juntamente com os objetivos pedagógicos visa contribuir tanto com a prática docente 
como também com a construção do conhecimento do aluno. 
 
A escolha do software deve ser feita pelo profissional a fim de se ter a melhor ferramenta no 
processo de ensino. O professor deve ter conhecimento não só do conteúdo mas também da 
ferramenta tecnológica para que o programa escolhido realmente atenda as necessidades pré 
estabelecidas. 
Vale lembrar também que a avaliação sobre o planejamento pedagógico com o uso da 
informática educativa deve ser constantemente revisto para que se possa dar oportunidade de novas 
ações pedagógicas.48 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
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Acessado em 22 de ago. 
 
 
 
Apostila Elaborada por: 
Profª. Fabiana Regina de Souza 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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