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Procedimentos Contábeis e Orçamentários Aplicados ao Setor Público - Tema 03

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DESCRIÇÃO
Conceituação de contabilidade pública e orçamento público e suas utilizações como ferramentas de apoio
à gestão pública.
PROPÓSITO
Compreender os conceitos de contabilidade pública para fins de conhecimento dos seus métodos e de
suas diferenças e similaridades em relação à contabilidade geral, assim como obter o conhecimento sobre
orçamento público e sua aplicação dentro da contabilidade pública, sendo fundamental entender como
essas ferramentas devem servir de apoio à tomada de decisão dos gestores públicos.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Distinguir contabilidade pública de orçamento público
MÓDULO 2
Reconhecer a estrutura e as normas vigentes que embasam a contabilidade e o orçamento públicos
MÓDULO 3
Descrever as técnicas orçamentárias nos procedimentos relativos aos atos e fatos orçamentários e seu
relacionamento com a contabilidade
MÓDULO 4
Identificar aspectos patrimoniais da contabilidade pública
INTRODUÇÃO
Neste conteúdo, vamos aprender a distinguir os conceitos de contabilidade pública e orçamento público,
que, antes distantes, atualmente, caminham lado a lado para benefício da gestão do patrimônio público.
Para isso, é fundamental conhecer a estrutura conceitual das normas que embasam a administração
financeira pública e a forma de aplicá-las na prática.
Após os módulos iniciais, o texto aprofundará conhecimentos sobre o emprego das técnicas de orçamento
público como ferramenta para o acompanhamento do processo da execução orçamentária e para a
compreensão de como os procedimentos da ciência contábil levam à geração de demonstrações e
relatórios que devem servir de suporte à tomada de decisão na gestão pública.
MÓDULO 1
 Distinguir contabilidade pública de orçamento público
CONTABILIDADE PÚBLICA
ORIGENS E EVOLUÇÃO
Mesmo a despeito de a descrição normativa que eleva a contabilidade aos status de ciência só ter sido
realizada em 1494 por Luca Pacioli, as origens da contabilidade pública remetem à Antiguidade. Por
exemplo, no Império Romano, já se fazia presente o cargo de contador-geral do Estado, pessoa
responsável pelo patrimônio público (SÁ, 1997).
LUCA PACIOLI
Matemático italiano, considerado o pai da contabilidade.
No Brasil, com a chegada da família real em 1808, Portugal trouxe oficialmente todos os procedimentos e
práticas já utilizados na Europa e, segundo Reis e Silva (2007), instituiu um alvará que estabelecia
normas contábeis para o controle da coisa pública e o Erário Régio (CFC, 2016).
Nos períodos que se sucederam ao pós-independência, a preocupação com a situação fiscal e financeira
do país foi crescendo gradativamente.
A contabilidade foi se aperfeiçoando como ciência ao longo dos tempos, sempre fazendo jus à evolução
econômica, social e administrativa do país.
Assim, chegou-se ao ano de 1964 com a edição da Lei nº 4.320, que estabeleceu o regulamento das
normas de Direito Financeiro com o objetivo de elaborar e controlar os orçamentos e balanços públicos.
O contexto da época era demasiadamente delicado, por conta do início da ditadura militar e das
dificuldades econômicas e sociais e, por esse motivo, as medidas tomadas eram essencialmente
financeiras.
ASSIM, A LEI QUE TRATAVA TANTO DO PATRIMÔNIO
PÚBLICO COMO DOS ORÇAMENTOS E BALANÇOS GANHOU
UM VIÉS INTERPRETATIVO RESTRITO, CAMINHANDO PARA
UMA PRECEDÊNCIA DO ASPECTO FINANCEIRO E SEU
CONTROLE MEDIANTE O ORÇAMENTO, DEIXANDO DE LADO
javascript:void(0)
O VERDADEIRO OBJETO DA CONTABILIDADE, QUE SEMPRE
FOI O PATRIMÔNIO.
Crises posteriores a 1964 só alimentaram esse cenário.
CONCEPÇÃO ATUAL - MUDANÇA DE FOCO E
CULTURA DO SERVIÇO PÚBLICO
Do fim dos anos 1980 ao início dos anos 2000, as reformas de reabertura do Estado e o início da
globalização mundial começaram a corrigir os rumos da administração pública. Desse modo, a busca por
informações mais precisas, controle mais efetivo e uma transformação das finanças públicas criaram um
processo de reorganização estatal. Nesse contexto, organismos mundiais, como FMI, OCDE e Banco
Mundial, deram início às ações para que a Contabilidade Aplicada ao Setor Público (CASP) no Brasil e em
diversos outros países convergisse aos padrões internacionais, cujas medidas se tornaram mais efetivas a
partir de meados dos anos 2000 (VEGA et al., 2015).
IMPORTANTE DESTACAR QUE NÃO HOUVE UMA MUDANÇA
LEGISLATIVA, MAS SIM O RECONHECIMENTO, AINDA QUE
TARDIO, DE UMA MUDANÇA INTERPRETATIVA DA
LEGISLAÇÃO, QUE TROUXE DE VOLTA TUDO O QUE
ENVOLVE A APLICAÇÃO DE FINANÇAS PÚBLICAS PARA O
SEU FOCO — A CIÊNCIA CONTÁBIL — E NÃO PARA A
TÉCNICA — O ORÇAMENTO.
Portanto, pode-se dizer que a nova Contabilidade Aplicada ao Setor Público é nova somente no
aspecto relacionado ao uso pelas instituições públicas, uma vez que o objetivo da contabilidade
governamental, antes do início desse processo de convergência, estava atrelado exclusivamente à
garantia do equilíbrio fiscal das contas públicas e, agora, passou a ser o controle do patrimônio público,
sem prejuízo do acompanhamento do orçamento público (SAUERBRONN; SILVA, 2017).
CONCEITO DE CONTABILIDADE PÚBLICA
A contabilidade pública é um ramo ou área de atuação da ciência contábil. Dessa forma, pequenas
nuances desenham o conceito de contabilidade pública para adequá-lo a seus objetivos e ao objeto, que é
o patrimônio público. Uma definição bastante interessante e padronizada foi dada, primeiramente, no ano
de 2008, pela resolução do Conselho Federal de Contabilidade:
CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO É O RAMO
DA CIÊNCIA CONTÁBIL QUE APLICA, NO PROCESSO
GERADOR DE INFORMAÇÕES, OS PRINCÍPIOS DE
CONTABILIDADE E AS NORMAS CONTÁBEIS
DIRECIONADOS AO CONTROLE PATRIMONIAL DE
ENTIDADES DO SETOR PÚBLICO.
(CFC nº 1.128/2008)
CFC Nº 1.128/2008
No ano de 2016, devido à convergência às normas internacionais, a Resolução CFC nº 1.128/2008
foi revogada e incorporada pela NBC TSP Estrutura Conceitual.
OBJETIVOS DA CONTABILIDADE PÚBLICA
A resolução nº 1.128/2008 do CFC também definiu, à época, o objetivo da contabilidade pública, sobre o
qual dizia:
javascript:void(0)
O OBJETIVO DA CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR
PÚBLICO É FORNECER AOS USUÁRIOS INFORMAÇÕES
SOBRE OS RESULTADOS ALCANÇADOS E OS ASPECTOS
DE NATUREZA ORÇAMENTÁRIA, ECONÔMICA, FINANCEIRA
E FÍSICA DO PATRIMÔNIO DA ENTIDADE DO SETOR
PÚBLICO E SUAS MUTAÇÕES, EM APOIO AO PROCESSO DE
TOMADA DE DECISÃO; A ADEQUADA PRESTAÇÃO DE
CONTAS; E O NECESSÁRIO SUPORTE PARA A
INSTRUMENTALIZAÇÃO DO CONTROLE SOCIAL.
(BRASIL, 2008)
Com a evolução das normas e a padronização internacional, passou-se a trabalhar o conceito de aspectos
ligados à Contabilidade Aplicada ao Setor Público. Nesse contexto, os objetivos da CASP, além de
fornecer aos usuários informações úteis para a tomada de decisão, prestação de contas e
responsabilização, passaram a contemplar os aspectos orçamentário, patrimonial e fiscal, o que emergiu
da necessidade de se interpretar corretamente as informações contábeis. Assim, esses aspectos são
definidos:
ASPECTO PATRIMONIAL
Objetiva retratar a composição do patrimônio público por meio de suas normas, seus princípios e as
técnicas de mensuração e evidenciação dos atos e fatos, que serão refletidos nas demonstrações
contábeis.

ASPECTO FISCAL
Objetiva atender às especificações contidas na Lei Complementar nº 101/2000, a Lei de Responsabilidade
Fiscal (LRF), levando as informações a refletirem, por meio dos relatórios fiscais, os indicadores de
resultado fiscal e equilíbrio das contas públicas.

ASPECTO ORÇAMENTÁRIO
Objetiva a compreensão e a evidenciação do orçamento público por meio dos instrumentos próprios, que
são o balanço orçamentário e o Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO).
ORÇAMENTO PÚBLICO
ORIGENS E EVOLUÇÃO
De forma correlata à contabilidade pública, o orçamento público remonta à Antiguidade. Contudo, de forma
registrada e documentada na história, dois momentos que podem ser considerados próximos são
destaque:
O conselho de nobres e curadores europeus que assistiam o monarca, conhecido comoCura Régia,
documentado na Espanha e datado do ano de 1091 (BALEEIRO; SEGUNDO, 2015).
A Magna Carta, divulgada pelo Rei John Lackland (Rei João Sem-Terra) em 1215, na Inglaterra
(AFONSO, 2016).
Independentemente da versão adotada, ambas caminham para o mesmo sentido: o controle e as
limitações ao poder de tributar do rei, sendo o orçamento público um dos pilares da democracia
(AFONSO, 2016).
Como referência, temos o seguinte trecho, retirado do artigo 12 da Magna Carta inglesa:
NENHUM TRIBUTO OU AUXÍLIO SERÁ INSTITUÍDO NO
REINO, SENÃO PELO CONSELHO COMUM, EXCETO COM O
FIM DE RESGATAR A PESSOA DO REI, SAGRAR SEU
PRIMOGÊNITO CAVALEIRO E CASAR SUA FILHA MAIS
VELHA UMA VEZ, E OS AUXÍLIOS PARA ESSE FIM DEVERÃO
SER DE VALOR RAZOÁVEL.
(GONTIJO, 2004)
No que se refere ao Brasil, a primeira Constituição, datada de 1824, trouxe a previsão legal do
orçamento.
CONCEPÇÃO ATUAL
No Brasil, as definições gerais e legais atualmente estão presentes na Constituição Federal de 1988, dos
artigos 163 a 169 e, mesmo a despeito de se encontrar defasada pelo tempo e dos inúmeros projetos de
lei pleiteando sua modificação e atualização, a Lei nº 4.320/1964 é o ato legal vigente que trata em
amplo escopo dos assuntos orçamentários. Como sua vigência é anterior à Constituição de 1988,
muito embora seja uma lei ordinária, seu status no ordenamento jurídico brasileiro é de lei complementar.
Outra lei mais relacionada com demonstrativos e controles é a já mencionada Lei Complementar nº
101/2000, LRF.
CONCEITO DE ORÇAMENTO PÚBLICO
O orçamento apresenta dois tipos de conceitos, a saber:
CONCEITO TÉCNICO
Esse conceito, mais voltado à temática técnico-jurídica, afirma que o orçamento público é uma lei ou
conjunto de leis emanadas pelo poder executivo autorizadas pelo poder legislativo e que contempla a
previsão de receitas e a fixação de despesas, programando a vida econômica e financeira do Estado por
certo período (OLIVEIRA, HOVARTH, 2003; BALEEIRO, SEGUNDO, 2015).
CONCEITO MODERNO
Esse conceito remete ao campo da administração financeira e orçamentária como instrumento de gestão
pública, pois é caracterizado por ser uma ferramenta de planejamento das receitas e despesas públicas.
Nas palavras de Pascoal (2019), “é um instrumento dinâmico, que leva em conta aspectos do passado, a
realidade presente e as projeções para o futuro”.
TIPOS DE ORÇAMENTO E SEUS OBJETIVOS
Os objetivos propostos pelo orçamento variam de acordo com o tipo de orçamento a ser utilizado.
Podemos destacar e alinhar os tipos de orçamento no tempo, da seguinte forma:
Tipo de
orçamento
Época Objetivos
Orçamento
tradicional
ou clássico
Antes de
1964
Com foco no passado, a fim de estimar o futuro para a
manutenção do equilíbrio financeiro, era utilizado como
uma peça incremental de receitas e despesas, sem levar
em conta o planejamento.
Orçamento
de
desempenho
Com foco no resultado, indo além do equilíbrio financeiro,
seu objetivo era melhorar a eficácia dos gastos voltados a
programas de trabalho, porém sem uma inter-relação com
o planejamento das ações.
Orçamento
base zero
(OBZ) ou por
estratégia
Baseado em um planejamento de justificativas plausíveis e
estratégias que fomentam as ações e a liberação dos
recursos para a execução dos programas, esse tipo de
orçamento desconsidera o passado e não determina
previamente um crédito orçamentário.
Orçamento-
programa
Posterior
à Lei nº
4.320/1964
Tem ênfase nos objetivos do governo e surgiu nos EUA na
década de 1950. É um plano de trabalho que demonstra
um conjunto de ações a serem realizadas e os recursos
que serão usados durante o exercício, visando à
eficiência, à eficácia e à efetividade dos programas.
Tipo de
orçamento
Época Objetivos
Orçamento
incremental
Baseado nos gastos atuais, apenas propõe o ajuste por
meio de algum índice (aumentou redução), exigindo pouco
tempo para planejá-lo, ignorando correções anuais nas
ações.
 Quadro: Tipos de orçamento e seus objetivos. Elaborado por: Thiago da Silva Telles Constantino
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
Atualmente o Brasil utiliza o orçamento-programa. Vale lembrar que com base na CF/1988 e no inciso I,
parágrafo 1°, artigo 48 da LRF, a participação do cidadão vem ganhando cada vez mais destaque na vida
pública, e um tipo de orçamento que cresce em importância e aplicabilidade é o orçamento participativo.
Vale ressaltar que esse tipo de orçamento está aliado aos tipos relacionados no quadro
apresentado como forma de ampliar a participação popular nas decisões e políticas públicas.
Utilizado principalmente nos municípios, locais onde o contato entre o cidadão e a classe político-
administrativa é mais próximo, o orçamento participativo permite que a população, geralmente em
audiências públicas, faça sugestões, ingerências e estimule suas prioridades de investimentos em
bens e serviços a serem oferecidos pelo governo local, garantindo, assim, a democratização do
exercício da cidadania. Dessa forma, em algum grau, o cidadão, ao se mostrar diretamente interessado,
pode contribuir para que se alcance uma gestão social mais desburocratizada e flexível (DOWBOR, 2014).
Não podemos deixar de destacar que as peculiaridades do setor público refletem na prática contábil e
todos esses detalhes estão traduzidos nas normas que serão estudadas no módulo 2.
 RESUMINDO
Neste módulo, conhecemos as diferenças fundamentais entre contabilidade púbica e orçamento público,
apresentando sua história e a evolução de seus conceitos ao longo do tempo. Ressaltamos a importância
da concepção atual e do foco nos objetivos que devem ser empregados quando do uso da ciência no
âmbito da gestão pública.
INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE DE
ORÇAMENTO PÚBLICO
O especialista Thiago da Silva Telles Constantino fala sobre as definições iniciais da contabilidade pública
e orçamento público, abordando conceitos, origens, evolução e concepção atual dos temas:
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. (IBADE/2020; PREFEITURA DE SÃO FELIPE D´OESTE – RO; CONTROLADOR
INTERNO) O OBJETIVO DA CONTABILIDADE PÚBLICA É:
A) Registrar, armazenar e controlar as contas públicas.
B) Registrar, armazenar e controlar as contas das empresas públicas com ou sem fins lucrativos.
C) Satisfazer as necessidades dos usuários da contabilidade pública.
D) Fornecer aos usuários informações sobre os resultados alcançados e os aspectos de natureza
orçamentária, econômica, financeira e física do patrimônio da entidade do setor público e suas mutações,
em apoio ao processo da tomada de decisões.
E) Fornecer aos usuários informações sobre os resultados alcançados e os aspectos de natureza
orçamentária, econômica, financeira e física do patrimônio da entidade do setor público e suas mutações,
sem se preocupar com o processo da tomada de decisões.
2. (CESPE/2018; TCM-BA; AUDITOR ESTADUAL DE CONTROLE EXTERNO) A
SISTEMÁTICA DE ELABORAÇÃO ORÇAMENTÁRIA QUE EXIGE A JUSTIFICATIVA
DE CADA RECURSO SOLICITADO, SEM FIXAR DE ANTEMÃO UM VALOR
ORÇAMENTÁRIO INICIAL E SEM CONSIDERAR OS VALORES PREVISTOS NO
ORÇAMENTO ANTERIOR, DENOMINA-SE:
A) Orçamento base zero
B) Orçamento participativo
C) Orçamento-programa
D) Orçamento tradicional
E) Orçamento de desempenho
GABARITO
1. (IBADE/2020; Prefeitura de São Felipe D´oeste – RO; Controlador Interno) O objetivo da
contabilidade pública é:
A alternativa "D " está correta.
 
A alternativa D descreve exatamente o que consta na Resolução nº 1.128/2008 do CFC, definindo o
corretamente o objetivo da contabilidade pública.
2. (CESPE/2018; TCM-BA; Auditor Estadual de Controle Externo) A sistemática de elaboração
orçamentária que exige a justificativa de cada recurso solicitado, sem fixar de antemão um valor
orçamentário inicial e sem considerar os valores previstos no orçamento anterior, denomina-se:
A alternativa "A " está correta.
 
O orçamento base zero, como o nome já diz, parte do início, baseando-se em um planejamento detalhado
e justificado doque se pretende gastar, não se prendendo a valores passados.
MÓDULO 2
 Reconhecer a estrutura e as normas vigentes que embasam a contabilidade e o orçamento
públicos
CAMPO DE APLICAÇÃO DA CONTABILIDADE
PÚBLICA
No que concerne ao campo de aplicação, o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (MCASP)
define o alcance da contabilidade pública.
De forma mais detalhada, entende-se por:
Setor público
Entidades do setor público aquelas que atuam direta ou indiretamente nele, por meio dos órgãos, fundos
e demais pessoas jurídicas de direito público (aplicação integral e obrigatória da CASP).

Direito privado
Entidades com personalidade jurídica de direito privado e pessoas físicas que recebam, guardem,
movimentem, gerenciem ou apliquem recursos públicos na execução de suas atividades (aplicação parcial
e obrigatória da CASP).
SETOR PÚBLICO
Seja federal, estadual ou municipal
javascript:void(0)
javascript:void(0)
DIREITO PRIVADO
Empresas privadas, organizações sociais – OS, organizações da sociedade civil de interesse público
– OSCIP etc.
Ainda de acordo com o MCASP, os conselhos profissionais e as demais entidades não compreendidas no
conceito de setor público, incluídas as empresas estatais independentes, também podem fazer uso da
contabilidade pública de maneira facultativa, ou a critério de órgãos reguladores, fiscalizadores e afins.
Nesse ponto, vale ressaltar a diferenciação entre estatais dependentes e independentes.
Estatais
dependentes
Não possuem recursos para se
manter por conta própria,
necessitando de aportes
financeiros do governo oriundos
do orçamento fiscal.
Uso integral da contabilidade
pública.
Estatais
independentes
Possuem recursos para se
manter por conta própria, não
necessitando de aportes
financeiros do governo.
Uso da contabilidade empresarial
ou facultativamente da
contabilidade pública ou a critério
órgãos reguladores,
fiscalizadores e congêneres.
 Elaborado por: Thiago da Silva Telles Constantino
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
NORMAS DE CONTABILIDADE PÚBLICA E
ORÇAMENTO PÚBLICO
Veja a árvore estrutural brasileira das normas de contabilidade pública e do orçamento público:
INSTITUIÇÃO/ÓRGÃO TIPO NORMAS
INSTITUIÇÃO/ÓRGÃO TIPO NORMAS
BRASIL LEIS
CF/1988 arts. 70 a 75 
CF/1988 arts. 163 a 169 
Lei nº 4.320/1964 
DL nº 200/1967 
LC nº 101/2000 
Lei nº 10180/2001 
Decreto nº 6.976/2009 
LC nº 131/2009 
INSTITUIÇÃO/ÓRGÃO TIPO NORMAS
CFC NBC TSP
NBC TSP EC 
NBC TSP 01 
NBC TSP 02 
NBC TSP 03 
NBC TSP 04 
NBC TSP 05 
NBC TSP 06 
NBC TSP 07 
NBC TSP 08 
NBC TSP 09 
NBC TSP 10 
NBC TSP 11 
NBC TSP 12 
NBC TSP 13 
NBC TSP 14 
NBC TSP 15 
NBC TSP 16 
NBC TSP 17 
NBC TSP 18 
NBC TSP 19 
NBC TSP 20 
NBC TSP 21 
NBC TSP 22 
NBC TSP 23 
NBC TSP 24 
NBC TSP 25 
NBC TSP 26 
NBC TSP 27 
NBC TSP 28 
NBC TSP 29 
NBC T 16.11
javascript:void(0)
INSTITUIÇÃO/ÓRGÃO TIPO NORMAS
STN/SOF PORTARIAS
PCASP 
MCASP 
MDF 
MTO 
 Elaborado por: Thiago da Silva Telles Constantino
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
NBC TSP
Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público
PCASP
Plano de Contas Aplicado ao Setor Público
MCASP
Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público
MDF
Manual de Demonstrativos Fiscais
javascript:void(0)
javascript:void(0)
javascript:void(0)
javascript:void(0)
MTO
Manual Técnico Orçamentário
DENTRO DESSA ESTRUTURA NORMATIVA, A LEI Nº
10.180/2001 E O DECRETO Nº 6.976/2009 CONCEDERAM À
SECRETARIA DO TESOURO NACIONAL (STN) O PAPEL DE O
ÓRGÃO CENTRAL DO SISTEMA DE CONTABILIDADE
PÚBLICA E DA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA FEDERAL.
COMO ÓRGÃO CENTRAL DO SISTEMA ORÇAMENTÁRIO
FEDERAL, ESTÁ A SECRETARIA DE ORÇAMENTO FEDERAL
(SOF). AMBOS ATUAM EMITINDO ORIENTAÇÕES E
INSTRUÇÕES TÉCNICAS POR MEIO DE SUAS PORTARIAS.
PROCESSO DE CONVERGÊNCIA ÀS NORMAS
INTERNACIONAIS DE CONTABILIDADE PÚBLICA
As transformações decorrentes da estrutura econômica e social mundial, a partir dos anos 2000, geraram
inúmeros debates de como a contabilidade púbica poderia contribuir com esse desenvolvimento. Nesse
sentido, a convergência para o uso de normas contábeis padronizadas na maioria dos países, capitaneada
pelo International Federation of Accountants (IFAC), que nomeou o International Public Sector Accounting
Standards Board (IPSASB) como responsável e, no Brasil, o CFC como o tradutor oficial, veio como
reflexo de uma visão de futuro pautada na importância que a qualidade da informação contábil pode gerar
para a gestão do patrimônio público.
Apesar de já vigorarem normas e diretrizes de contabilidade pública emanadas pelo CFC, resta claro que
a padronização internacional e sua implementação são fatores que impulsionam uma mudança cultural
tanto da profissão e do profissional contábil como da administração pública e vêm se realizando desde o
ano de 2008.
OS PASSOS MAIS IMPORTANTES FORAM DADOS NOS ANOS
DE 2015 E 2016, QUANDO, RESPECTIVAMENTE, HOUVE A
IMPLANTAÇÃO DE UM PLANO DE CONTAS ÚNICO PARA
TODOS OS ENTES DA FEDERAÇÃO BRASILEIRA E A
CONVERSÃO PARA O BRASIL DA PRIMEIRA NORMA
INTERNACIONAL (IPSA), QUE PROPORCIONA BASE E
ROBUSTEZ AO DESENVOLVIMENTO DA PADRONIZAÇÃO
CONTÁBIL, CONHECIDA COMO NBC TSP ESTRUTURA
CONCEITUAL. ESSE É UM PROCESSO GRADUAL E
CONTINUA A OCORRER ATÉ O MOMENTO, DENTRO DE UM
CRONOGRAMA PREPARADO PELO CFC E PELA STN.
Concluímos, a seguir, com um quadro que demonstra o processo interno de convergência das normas.
Vale ressaltar que nem sempre as normas internacionais serão convertidas literalmente, pois cada
país apresenta suas peculiaridades estruturais, e essas devem ser respeitadas sempre que
possível.
 
Extraído de: GAMA; DUQUE; ALMEIDA, 2014, p. 200.
 Quadro – Processo de convergência das normas brasileiras aos padrões internacionais
O Grupo Técnico de Padronização de Procedimentos Contábeis (GTCON), que promovia discussões
sobre assuntos relativos à padronização contábil, e o Grupo Técnico de Padronização de Relatórios e
Demonstrativos Fiscais (GTREL), sobre gestão fiscal, foram unificados e aprimorados pela edição da
Portaria nº 767, de 15 de setembro de 2017, passando a se chamar Câmara Técnica de Normas
Contábeis e de Demonstrativos Fiscais da Federação (CTCONF), cujo objetivo é propor recomendações
com a finalidade de reduzir divergências e duplicidades, em benefício da transparência da gestão fiscal, da
racionalização de custos nos entes da Federação e do controle social de forma a exercer, em caráter
supletivo, as funções do Conselho de Gestão Fiscal para fins de consolidação das contas públicas (MDF,
2020).
USUÁRIOS DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL
A NBCT, que trata da estrutura conceitual da informação contábil do item 2.3 ao 2.6, define os usuários da
informação contábil com a seguinte amplitude:
USUÁRIOS PRIMÁRIOS
São os usuários dos serviços e seus representantes e os provedores de recursos e seus representantes.
Cidadãos como provedores de recursos e usuários dos serviços públicos.
Bancos, organismos internacionais, outros países como provedores de recursos.
Poder legislativo como usuário das informações com vistas ao controle externo e à prestação de
contas e responsabilização (accountability).
Gestores públicos como suporte na tomada de decisão e apoio à gestão.
DEMAIS USUÁRIOS
Meios de comunicação (mídia) que levam informações ao cidadão.
Agências reguladoras e supervisoras.
Entidades de auditoria.
Comissões do poder legislativo ou de outro órgão do governo, órgãos centrais de orçamento e
controle.
Consultores, analistas e agências que trabalham com estatísticas e classificações de riscos
governamentais.
Algumas entidades emprestadoras de recursos e de fomento.
Gestores e empresas privadas que são afetados direta ou indiretamente pelas políticas públicas e
pelo uso dos recursos públicos.
DESSA FORMA, VOCÊ, SEJA COMO GESTOR PÚBLICO,
GESTOR PRIVADO OU CIDADÃO, DEVE SER CAPAZ DE
COMPREENDER O ORÇAMENTO E SUA APLICAÇÃOPRÁTICA NOS PLANOS E PROGRAMAS DE GOVERNO,
ASSIM COMO COMPREENDER COMO A CONTABILIDADE
PÚBLICA DESENVOLVE SUA MISSÃO DE ELABORAÇÃO DAS
DEMONSTRAÇÕES E RELATÓRIOS. ASSIM, SERÁ CAPAZ DE
REALIZAR UMA ANÁLISE QUALITATIVA E QUANTITATIVA
CRÍTICA DA SITUAÇÃO ECONÔMICO-SOCIAL EMANADA DA
GESTÃO PÚBLICA.
Para isso, os próximos dois módulos trarão os mecanismos, técnicas e procedimentos empregados tanto
no orçamento como na contabilidade pública.
CARACTERÍSTICAS DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL
Emanadas da NBC TSP Estrutura Conceitual e referendadas no MCASP, as características qualitativas da
informação contábil funcionam de maneira integrada e são atributos que tornam a informação útil para os
usuários e dão suporte ao cumprimento dos objetivos de prestação de contas, responsabilização e tomada
de decisão. A seguir, apresentamos o conceito de cada uma das seis características:
RELEVÂNCIA
As informações devem ser capazes de influenciar significativamente o cumprimento dos objetivos,
pautando-se pelo seu valor confirmatório e preditivo.
REPRESENTAÇÃO FIDEDIGNA
As informações devem corresponder à representação fidedigna, ou seja, sem omissões, neutra e livre de
erro material, dos fenômenos econômicos e de outros que se pretenda representar.
COMPREENSIBILIDADE
As informações devem ser capazes de transmitir o seu significado fundamental em linguagem simples e
devem ser apresentadas de maneira que sejam prontamente compreensíveis pelos usuários.
TEMPESTIVIDADE
As informações devem ser capazes de se fazer presentes no tempo adequado a sua utilidade, auxiliando
no processo de prestação de contas e responsabilização e contribuindo para a tomada de decisão e atos
de gestão.
COMPARABILIDADE
As informações devem ser capazes de possibilitar aos usuários identificar semelhanças e diferenças entre
dois conjuntos de fenômenos. Normalmente, utilizamos a comparabilidade para verificar progressos entre
um período e outro, ou entre empresas de mesmo setor ou ramo de atividade.
VERIFICABILIDADE
As informações devem ser capazes de traduzir os métodos utilizados para sua concepção, permitindo aos
usuários realizar a verificação e constatação de sua representação fiel.
 RESUMINDO
Neste módulo, apresentamos as instituições nas quais se aplica a contabilidade e o orçamento públicos,
identificamos os usuários da informação contábil e seus diferentes propósitos e, ainda, conhecemos a
estrutura da legislação vigente, que será aplicada na prática nos módulos seguintes. Mostramos também
um panorama do andamento do processo brasileiro de adaptação das normas contábeis da área pública
ao padrão internacional.
LEGISLAÇÃO ATUAL E ESTRUTURA NORMATIVA
APLICAVEL ÀS FINANÇAS PÚBLICAS
O especialista Thiago da Silva Telles Constantino fala sobre como estruturar a árvore de normas que
permeiam o tema, seu campo de aplicação e os usuários da informação
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. (UNESPAR/2019; INSTITUTO DE TRANSPORTE E TRÂNSITO DE FOZ DO
IGUAÇU FOZTRANS – PR; CONTADOR) A ESTRUTURA CONCEITUAL APLICÁVEL
AO SETOR PÚBLICO (NBC TSP) SEGREGA O ESCOPO DE APLICAÇÃO DAS
NORMAS DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO EM OBRIGATÓRIO
E FACULTATIVO. DAS ENTIDADES A SEGUIR, AS QUE SE ENQUADRAM NO
ESCOPO DE APLICAÇÃO FACULTATIVA SÃO:
A) Autarquias
B) Consórcios públicos
C) Empresas estatais dependentes
D) Fundações públicas
E) Organizações da sociedade civil de interesse público – OSCIP
2. (FCC/2017; DPE-RS; ANALISTA DE CONTABILIDADE) DE ACORDO COM A NBC
TSP ESTRUTURA CONCEITUAL, OS USUÁRIOS PRIMÁRIOS DOS RELATÓRIOS
CONTÁBEIS DE PROPÓSITO GERAL DAS ENTIDADES DO SETOR PÚBLICO SÃO:
A) As agências de classificação de risco.
B) As agências reguladoras e supervisoras.
C) As entidades emprestadoras de recursos e de fomento.
D) As entidades de auditoria.
E) Os cidadãos que são usuários dos serviços e provedores de recursos.
GABARITO
1. (UNESPAR/2019; Instituto de Transporte e Trânsito de Foz do Iguaçu FOZTrans – PR; Contador)
A Estrutura Conceitual Aplicável ao Setor Público (NBC TSP) segrega o escopo de aplicação das
normas de Contabilidade Aplicada ao Setor Público em obrigatório e facultativo. Das entidades a
seguir, as que se enquadram no escopo de aplicação facultativa são:
A alternativa "E " está correta.
 
As OSCIP têm estrutura privada e comumente aplicam a contabilidade geral, contudo, ao realizarem
acordos, convênios e congêneres, podem facultativamente ou por determinação dos respectivos órgãos
reguladores, fiscalizadores e congêneres, aplicar parcialmente a contabilidade pública.
2. (FCC/2017; DPE-RS; Analista de Contabilidade) De acordo com a NBC TSP Estrutura Conceitual,
os usuários primários dos Relatórios Contábeis de Propósito Geral das entidades do setor público
são:
A alternativa "E " está correta.
 
Como bem define a NBC TSP EC, usuários primários são os usuários dos serviços e seus representantes
e os provedores de recursos e seus representantes, dentre eles, os cidadãos.
MÓDULO 3
 Descrever as técnicas orçamentárias nos procedimentos relativos aos atos e fatos
orçamentários e seu relacionamento com a contabilidade
PROCEDIMENTOS CONTÁBEIS
ORÇAMENTÁRIOS
Integrante da parte 1 do MCASP e constante também no Manual Técnico Orçamentário (MTO), este
módulo irá trabalhar os procedimentos que devem ser observados no dia a dia da administração pública
quando da execução do orçamento.
Para isso, antes de mergulharmos no passo a passo propriamente dito, precisamos conhecer os conceitos
básicos que são os pilares do orçamento, como lei, e seu ciclo de formação, desde o projeto até
efetivamente a sanção e promulgação da lei.
PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS
São as diretrizes que conferem ao orçamento (tanto lei como instrumento de planejamento), a
validade necessária para sua concepção. Podem ser normativos ou doutrinários. Vamos analisar cada
um deles e seu impacto na construção de uma peça orçamentária.
LEGALIDADE
Oriundo do artigo 37 e combinado com o artigo 165 da CF/1988, esse princípio reforça a obrigatoriedade
de se existir uma lei formal (Lei Orçamentária Anual – LOA) para que o orçamento seja válido,
determinando também que somente poderá ser realizado o que constar dessa lei.
PUBLICIDADE
Princípio consagrado no artigo 37 da CF/1988, impõe que a LOA seja publicada para o início de execução.
UNIVERSALIDADE
Oriundo dos artigos 2º e 6 º da Lei nº 4.320/1964, esse princípio impõe que todas as receitas e despesas
que o Estado possa planejar para determinado período devem estar contempladas no instrumento formal.
EQUILÍBRIO
Esse princípio impõe que o total da despesa fixada não seja maior do que a receita prevista, com a
intenção de evitar o deficit fiscal. Para a contratação de operações de crédito, é necessária a autorização
legislativa.
PERIODICIDADE/ANUALIDADE
A Lei Orçamentária Anual (LOA), como o próprio nome já contempla, tem a vigência limitada a um ano,
período suficiente para que sejam revistas suas previsões e reavaliados os cumprimentos dos programas
de governo. No caso do Brasil, esse período coincide com o calendário civil, indo de 01/01 até 31/12.
NÃO VINCULAÇÃO/NÃO AFETAÇÃO DA RECEITA DE
IMPOSTOS
Com origem na CF/1988, esse princípio expõe que as receitas com impostos não ficarão vinculadas à
execução de despesas específicas, com exceção daquelas determinadas pela própria CF/1988.
EXCLUSIVIDADE
Esse princípio traz luz ao entendimento de que a LOA só pode tratar de assuntos inerentes à receitas e
despesas, sendo ressalvados dois aspectos que também são de cunho orçamentário: abertura de crédito
suplementar e a contratação de operações de crédito.
ESPECIFICAÇÃO / DISCRIMINAÇÃO / ESPECIALIZAÇÃO
Conforme esse princípio, as receitas e despesas devem aparecer de forma detalhada, especificadas de
maneira que se possa saber suas origens e aplicações, não cabendo dotações genéricas de valor global.
Conforme a Lei nº 4.320/1964, a discriminação irá pelo menos até o nível de elemento de despesa.
ORÇAMENTO BRUTO
Oriundo do artigo 6º da Lei nº4.320/1964, esse princípio reforça a necessidade de que todas as receitas e
despesas sejam informadas pelos seus valores brutos, sendo as deduções cabíveis demonstradas em
item separado. Dessa forma, restarão assegurados o controle e a transparência dos fatos de forma
integral.
UNIDADE
Oriundo do artigo 2º da Lei nº 4.320/1964, estabelece que o orçamento (planejamento e lei) deve
contemplar em um só instrumento todos os aspectos que o formam, existindo apenas um documento por
esfera (União, estados, Distrito Federal e municípios). A divisão do orçamento em três partes (orçamento
fiscal, orçamento da seguridade Social e orçamento de investimentos) não caracteriza uma quebra do
princípio.
TRANSPARÊNCIA
Com origem na LRF, artigos 48, 48-A e 49, esse princípio aborda a divulgação do orçamento e seus
relatórios complementares de forma ampla e irrestrita.
LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL
Também conhecida como LOA, a Lei Orçamentária Anual tem como preceito legal a CF/1988, em seu
artigo 165, § 5º, e a Lei nº 4.320/1964. Seu período de vigência é anual e seus objetivos são prever as
receitas e fixar despesas para o exercício subsequente, funcionando como um planejamento operacional,
didaticamente dividido em três partes:
PARTE I
PARTE II
PARTE III
PARTE I
Orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do
capital social com direito a voto.
Exemplos: Petrobras, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil etc.
São os recursos que serão investidos nas empresas independentes (despesas de capital).
PARTE II
Orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e todos os órgãos a ela vinculados, da
administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo poder
público.
É a garantia de que esses recursos não serão desviados para qualquer fim, como aconteceu durante
muitos anos no Brasil, gerando o deficit na previdência pública.
Exemplos: previdência social, seguridade social, PIS, seguro-desemprego etc.
PARTE III
Orçamento fiscal referente aos poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração
direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público.
Engloba efetivamente os gastos com a administração direta e indireta dependente, incluindo suas
despesas correntes e de capital.
CICLO ORÇAMENTÁRIO
É formado pelo lapso de tempo entre a concepção do projeto de lei orçamentária, ou seja, o planejamento
e esboço da lei, sua execução, acompanhamento e avaliação final.
 
Imagem: Thiago da Silva Telles Constantino
Esse período dura mais de um ano. A fase 1 se inicia por volta do mês de abril do ano X1; a fase 2 é
concluída até o fim do ano X1. No ano X2, é executada a fase 3; a fase 4 ocorre no decorrer do ano X3. O
ciclo orçamentário não se confunde com a execução da lei propriamente dita, que obedece ao princípio da
anualidade e dura apenas um exercício (durante o ano X2 – fase 3).
PRINCÍPIOS E DIRETRIZES BÁSICAS DA LOA
O especialista Thiago da Silva Telles Constantino fala sobre os princípios e diretrizes básicas da LOA
RECEITAS E DESPESAS SOB ENFOQUE
ORÇAMENTÁRIO
RECEITAS
São os ingressos nos cofres públicos que efetivamente poderão ser utilizados para a execução das
despesas e consecução dos programas de governo e suas ações, sendo devolvidos à sociedade em
forma de bens, serviços ou outras operações especiais.
CLASSIFICAÇÃO
De modo acadêmico, podemos classificar as receitas conforme descrito a seguir.
1) QUANTO À PROCEDÊNCIA
 
Imagem: Thiago da Silva Telles Constantino
ORIGINÁRIAS
DERIVADAS
ORIGINÁRIAS
Arrecadadas por meio da exploração de atividades econômicas do Estado.
Exemplos: aluguéis, tarifas, venda de produtos.
DERIVADAS
Arrecadadas por meio da soberania da administração pública (imperatividade estatal).
Exemplos: tributos.
2) QUANTO À NATUREZA
Já sob o enfoque legal e prático, a Lei nº 4.320/1964 define a classificação da receita pela sua natureza,
que tem como objetivo identificar o fato que gerou o ingresso de valores nos cofres públicos.
 
Imagem: Thiago da Silva Telles Constantino
Correntes: Ingressos que aumentam as disponibilidades financeiras e o patrimônio líquido do Estado e
servem de base para o financiamento dos objetivos definidos na LOA, como a execução dos programas e
ações para satisfazer as necessidades da sociedade.
Capital: Ingressos que aumentam as disponibilidades financeiras, porém não aumentam o patrimônio
líquido do Estado e servem de base para o atingimento dos objetivos definidos na LOA, como a execução
dos programas e ações para satisfazer as necessidades da sociedade.
EXEMPLOS RECEITAS CORRENTES
Receitas tributárias (exceto contribuições sociais e parafiscais): receitas derivadas previstas na
Constituição Federal e no Código Tributário Nacional e arrecadadas por meio de impostos, taxas e
contribuições de melhoria.
Receitas de contribuições (contribuições sociais/parafiscais): receitas derivadas previstas na
legislação e arrecadadas pelas contribuições inerentes aos direitos sociais como PIS, COFINS,
previdência social, contribuições profissionais como OAB, CFC, CFM e SESI, SENAI, SENAC etc.,
intervenção econômica CIDE e iluminação pública.
Receitas patrimoniais: receitas originárias provenientes da fruição do patrimônio público, como bens,
aluguel de imóveis, concessões, delegações etc.
Receitas de serviços: receitas originárias provenientes da prestação de serviços públicos como
transportes, serviços portuários e aeroportuários, comumente cobrados por meio de tarifas públicas.
Receitas agropecuárias: receitas originárias provenientes da venda de produtos agrícolas e de
origem pecuária, como grãos, tecnologias, insumos etc.
Receitas industriais: receitas originárias provenientes da atuação pública na extração e no
beneficiamento de produtos industrializados, tais como indústria farmacêutica, química, editorial etc.
Transferências correntes: receitas derivadas de normas, acordos e afins em que os recursos
financeiros são recebidos de outras pessoas de direito público ou privado para atender a despesas
com uma finalidade pública específica, mas que não impliquem uma contraprestação direta em bens
e serviços. Como exemplo, temos os fundos de participação de estados e municípios, royalties do
petróleo repassados aos estados e municípios, doações recebidas de pessoas físicas etc.
Outras receitas correntes: receitas derivadas de indenizações, restituições, ressarcimentos, multas
administrativas, contratuais e judiciais, previstas em legislações específicas etc., desde que não
possam ser classificadas nos itens anteriores.
EXEMPLOS RECEITAS DE CAPITAL
Receitas de operações de crédito: receitas derivadas da colocação de títulos públicos no mercado ou
da obtenção de recursos de entidades públicas ou privadas. De forma mais popular, são
empréstimos tomados pelo Estado para financiar suas atividades.
Receitas de alienação de bens: receitas originárias provenientes da alienação de bens móveis,
imóveis ou intangíveis de propriedade pública, como a venda de um prédio público.
Amortização de empréstimos concedidos: receitas originárias provenientes do retorno dos valores de
empréstimos concedidos pela administração pública.
Transferências de capital: receitas derivadas de normas, acordos e afins em que os recursos
financeiros são recebidos de outras pessoas de direito público ou privado. Os recursos da
transferência ficam vinculados à finalidade pública, e não à pessoa que os enviou. Por isso, nesse
caso, devem ser utilizados para atender a despesas de capital com uma finalidade pública
específica, não implicando uma contraprestação direta em bens e serviços.
Outras receitas de capital: receitas derivadas da integralização de capital social, da remuneração das
disponibilidades do Tesouro Nacional, do resgate de títulos do Tesouro e outras que não possam ser
classificadas nos itens anteriores.
Ao longo dos anos, essa estrutura foi sendo adaptadapara absorver a evolução na gestão pública.
ESTRUTURA ATUAL DE CODIFICAÇÃO DA RECEITA
ORÇAMENTÁRIA
C O E DDDD T
Categoria
econômica
Origem Espécie
Desdobramentos para identificação
de peculiaridades da receita
Tipo
 Extraído de: BRASIL, 2018, p. 37.
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
CATEGORIA ECONÔMICA
Divide-se em receitas correntes e de capital.
ORIGEM
É o detalhamento das categorias econômicas identificando a procedência das receitas.
ESPÉCIE
Permite qualificar com mais detalhes o fato gerador das receitas.
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javascript:void(0)
javascript:void(0)
javascript:void(0)
javascript:void(0)
DESDOBRAMENTO
Identifica as particularidades de cada receita.
TIPO
Tem a finalidade de identificar o tipo de arrecadação a que se refere aquela natureza.
Essa estrutura, representada no exemplo a seguir, é composta por oito dígitos e pode ser encontrada na
íntegra no item 9 do MTO (originário da Portaria Interministerial nº 163 da STN/SOF).
EXEMPLO DA CLASSIFICAÇÃO POR NATUREZA DA RECEITA
 
Imagem: BRASIL, 2021, p.17.
3) QUANTO À APURAÇÃO DO RESULTADO
PRIMÁRIO/FISCAL
Outra classificação instituída pelo governo federal, mas não obrigatória, é a classificação para a apuração
do resultado primário, cujo objetivo é identificar quais são as receitas e as despesas que compõem o
resultado primário do governo federal.
 
PRIMÁRIAS
As receitas primárias referem-se, predominantemente, a receitas correntes e receitas de capital primárias,
decorrentes da alienação de bens e transferências de capital.
FINANCEIRAS
Já as financeiras não contribuem para formar o resultado primário, pois, ao serem recebidas, criam
instantaneamente uma obrigação ou extinguem um direito. Um exemplo é um empréstimo obtido ou a
amortização de empréstimos concedidos.
FASES, ESTÁGIOS E REGISTRO DA RECEITA
O MCASP introduziu o conceito de fases ou etapas da receita, que abrange as quatro etapas do
processo/ciclo orçamentário, desde seu planejamento, passando pela aprovação, a execução do
orçamento e, por fim, o controle e a avaliação dos resultados.
Já a Lei nº 4.320/1964 esclarece os estágios da receita orçamentária e o momento do seu registro.
Vale lembrar que esse é o registro puramente orçamentário e de forma alguma deve ser vinculado ao
lançamento contábil (que será estudado no próximo módulo).

FASE PLANEJAMENTO, ESTÁGIO PREVISÃO
É o momento, na fase de elaboração do projeto, visto no ciclo orçamentário, em que se planeja (uma
previsão) o montante que deverá ser arrecadado para fazer jus ao custeio das atividades e programas
voltados a atender os anseios da sociedade. Lembrando que essa previsão segue normas técnicas e
legais e se baseia também no tipo de orçamento (visto no módulo 1).
FASE EXECUÇÃO, ESTÁGIO LANÇAMENTO
É o momento, na fase de execução do ciclo orçamentário, em que se identifica as características do
devedor, verificando-se a possível ocorrência do fato gerador, conforme todas as instruções contidas no
artigo 142 do CTN.


FASE EXECUÇÃO, ESTÁGIO ARRECADAÇÃO
É o momento, na fase de execução do ciclo orçamentário, em que o contribuinte se dirige ao agente
arrecadador e efetua a entrega dos valores devidos. É na arrecadação que se contabiliza a receita
orçamentária.
FASE EXECUÇÃO, ESTÁGIO RECOLHIMENTO
É o momento, na fase de execução do ciclo orçamentário, em que o agente arrecadador recolhe os
valores aos cofres públicos, colocando-os à disposição do Tesouro.
Aqui é muito importante ressaltar o princípio da unidade de caixa ou tesouraria, perpetrado pelo artigo 56
da Lei nº 4.320/1964, que veda a existência de vários caixas, devendo o ente público ter uma conta única.

Aqui é muito importante ressaltar o princípio da unidade de caixa ou tesouraria, perpetrado pelo artigo 56
da Lei nº 4.320/1964, que veda a existência de vários caixas, devendo o ente público ter uma conta única.
DESPESAS
São as saídas de recursos para a manutenção dos programas de governo e de suas ações e o efetivo
funcionamento dos serviços públicos em prol da sociedade. As despesas orçamentárias devem estar
consignadas na Lei Orçamentária Anual.
CLASSIFICAÇÕES DA DESPESA PÚBLICA
1) CLASSIFICAÇÃO INSTITUCIONAL
Identifica quem é o responsável por fazer. Assim, trata da forma como os créditos orçamentários serão
alocados em função do órgão e da unidade orçamentária.
 
Imagem: BRASIL, 2018, p. 72.
2) CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL
Divide em qual área de ação governamental as dotações orçamentárias serão enquadradas no que se
refere a funções e subfunções (agregador de gastos).
 
Imagem: BRASIL, 2018, p. 73.
A função representa o maior nível de agregação das áreas de atuação do setor público, quase sempre
relacionada à missão institucional do órgão, por exemplo, educação.
Já a subfunção atua na identificação da natureza básica das ações que se aglutinam em torno das
funções, como a educação infantil.
3) CLASSIFICAÇÃO POR ESTRUTURA PROGRAMÁTICA
Como o nome já sugere, detalha o orçamento por programas (ações) de governo, com vistas a tornar
realidade a missão institucional, respondendo aos questionamentos sobre o que será feito, sua finalidade,
a maneira como será realizado, a forma de mensuração e onde será feito. As ações são divididas em
projetos, atividades e operações especiais.
OS CÓDIGOS DESSA CLASSIFICAÇÃO
IDENTIFICARÃO O PROGRAMA, A AÇÃO E A
LOCALIZAÇÃO DO GASTO.
PROJETO
ATIVIDADE
OPERAÇÕES ESPECIAIS
PROJETO
É um instrumento de programação para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de
operações que se realizam em um período limitado, das quais resulta um produto que concorre para a
expansão ou o aperfeiçoamento da ação de governo, retornando algo para a sociedade
Exemplo: construção de uma escola.
ATIVIDADE
É um instrumento de programação para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de
operações que se realizam de modo contínuo e permanente, das quais resulta um produto necessário à
manutenção da ação de governo.
Exemplo: pagar as contas mensais da escola (luz, água, telefone, internet, manutenção do prédio,
remuneração dos professores etc.).
OPERAÇÕES ESPECIAIS
São ações que não contribuem para a manutenção das ações de governo, das quais não resulta um
produto e que não geram contraprestação direta sob a forma de bens ou serviços.
Exemplos: transferência de recursos obrigatória, pagamento de juros da dívida e sentenças judiciais.
4) CLASSIFICAÇÃO QUALITATIVA DA DESPESA
O escopo da estrutura orçamentária encontra-se na junção da esfera do orçamento, com a identificação
dos órgãos e adicionado das diversas classificações (institucional, funcional e programática), formando um
conjunto alfanumérico de caracteres que traduz a classificação qualitativa da despesa.
É encontrado no anexo da Lei Orçamentária Anual e segue no exemplo:
5) CLASSIFICAÇÃO POR NATUREZA
É a classificação mais prática e conhecida no dia a dia da execução orçamentária, emanada dos
artigos 12 e 13 da Lei nº 4.320/1964 e encontrada de forma completa no item 9 do MTO (originário da
Portaria Interministerial nº 163 da STN/SOF), estruturada por oito dígitos, como no exemplo a seguir.
Estrutura atual de codificação da despesa orçamentária
 
Imagem: Thiago da Silva Telles Constantino
CATEGORIA ECONÔMICA
Identifica o efeito econômico, que será despesa corrente ou de capital.
GRUPO
Agregador de elementos com as mesmas características quanto ao objeto de gasto.
MODALIDADE DE APLICAÇÃO
Informação gerencial que indica se os recursos são aplicados diretamente pela unidade detentora do
crédito, no âmbito da mesma esfera de governo ou por outro ente, mediante transferência para entidades
públicas ou privadas, sendo usada também para eliminar duplos registros no orçamento.
ELEMENTO
Identifica os objetos de gasto a ser realizado para a consecução da finalidade pública.
SUBELEMENTO
Identifica, de forma detalhada, a que se refere o gasto.
DESPESAS CORRENTES
Dispêndios quenão contribuem diretamente para a formação ou aquisição de um bem de capital.
Pessoal e encargos sociais: dispêndios com pessoal ativo e inativo, pensionistas e com os encargos
sociais decorrentes dessas relações.
Juros da dívida: dispêndios com o pagamento de juros, comissões e outros encargos de operações
de crédito contratadas, bem como da dívida pública mobiliária.
Outras despesas correntes: dispêndios com as atividades diárias da administração pública, tais
como luz, água, telefone, internet, manutenção, diárias etc.
DESPESAS DE CAPITAL
Dispêndios que contribuem diretamente para a formação ou aquisição de um bem de capital.
Investimentos: Dispêndios com bens e serviços tais como softwares, terrenos e instalações novas,
construções e reformas etc.
Inversões financeiras: Aqui, há a troca de recursos por bens e serviços já constituídos, como a
aquisição de imóveis/bens já existentes, aquisição ou aumento de capital em empresas já
constituídas, dentre outras.
Amortização da dívida: Dispêndios com o pagamento e o refinanciamento do principal e da
atualização monetária ou cambial da dívida pública interna e externa, contratual ou mobiliária.
6) CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO IMPACTO NA SITUAÇÃO
LÍQUIDA
Essa classificação possui um aspecto contábil evidenciando como as transações podem impactar
ou não a situação líquida.
 
Imagem: Thiago da Silva Telles Constantino
EFETIVAS
Reduzem a situação líquida do ente, manifestando um fato contábil diminutivo quando de sua realização.
Como exemplo, temos a despesa com manutenção predial. Em geral, a despesa orçamentária efetiva é
despesa corrente, mas há exceções.
NÃO EFETIVAS
Não reduzem a situação líquida do ente, manifestando um fato contábil permutativo quando de sua
realização. Como exemplo, temos a saída de recursos para devolução de um empréstimo. Em geral, a
despesa orçamentária não efetiva é despesa de capital, mas há exceções.
7) CLASSIFICAÇÃO QUANTITATIVA DA DESPESA
O escopo da estrutura orçamentária tem duas dimensões, uma para identificar as metas físicas e outra
para as metas financeiras.
METAS FÍSICAS
O quanto se pretende entregar
METAS FINANCEIRAS
O quanto se pretende gastar
A dimensão financeira está atrelada aos seguintes itens:
 
Imagem: Thiago da Silva Telles Constantino
IDENTIFICADOR DE DOAÇÃO E DE OPERAÇÃO DE CRÉDITO
(IDOC)
Identifica doações de entidades internacionais ou operações de crédito presentes nas ações
orçamentárias, com ou sem contrapartida de recursos do Estado.
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IDENTIFICADOR DE USO (IDUSO)
Indica se os recursos são destinados a uma contrapartida nacional de empréstimos ou de doações ou
destinam-se a outras aplicações.
FONTE DE RECURSOS
Indica de onde virão os recursos para realizar a despesa.
CLASSIFICAÇÃO POR NATUREZA
Detalhada no item 5.
IDENTIFICADOR DE RESULTADO PRIMÁRIO
Indica o efeito da despesa sobre o resultado primário do Estado.
FASES, ESTÁGIOS E REGISTRO DA DESPESA
Assim como na receita, o MCASP inova utilizando o conceito de fases ou etapas da despesa de forma
ampla, englobando as quatro etapas do processo/ciclo orçamentário desde seu planejamento, passando
pela aprovação e pela execução do orçamento e, por fim, abordando o controle e a avaliação dos
resultados.
A Lei nº 4.320/1964 esclarece somente os estágios básicos da despesa orçamentária, que são a
fixação, o empenho, a liquidação e o pagamento, além do momento do registro da despesa.
Vale lembrar que esse registro é puramente orçamentário e de forma alguma deve ser vinculado ao
lançamento contábil (que será estudado no próximo módulo).

FASE PLANEJAMENTO, ESTÁGIO FIXAÇÃO
É o momento, na fase de elaboração do projeto, em que se fixa as despesas obrigatórias e discricionárias
para fazer jus às atividades e aos programas voltados a atender os anseios da sociedade. São pautadas
na expectativa de arrecadação, além de observar normas técnicas e legais, baseando-se também no tipo
de orçamento (visto no módulo 1).
FASE PLANEJAMENTO, ESTÁGIO DESCENTRALIZAÇÃO DOS
CRÉDITOS ORÇAMENTÁRIOS
É o momento em que, após a aprovação da LOA, é efetuada a distribuição do orçamento para cada
unidade.


FASE PLANEJAMENTO, ESTÁGIO PROGRAMAÇÃO
ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA
É um estudo de fluxo de caixa para a compatibilização do momento entre a efetiva arrecadação e o
momento do pagamento das despesas. Caso haja frustração de receita, um contingenciamento será
efetivado para evitar problemas de falta de recursos financeiros.
FASE PLANEJAMENTO, ESTÁGIO PROCESSO DE LICITAÇÃO
E CONTRATAÇÃO
É o processo baseado no artigo 37 da CF/1988 e na Lei nº 14.133/2021 que disciplina as regras e os
procedimentos administrativos de licitação e contratação de empresas e sua relação jurídico-comercial
com o Estado.


FASE EXECUÇÃO, ESTÁGIO EMPENHO
É o momento, já na fase da execução da lei orçamentária, em que é emanado o ato legal (documento) que
cria a obrigação de pagamento para o Estado, conforme artigo 58 da Lei nº 4.320/1964. É a autorização,
reservando-se a dotação, para que o bem ou serviço possa ser realizado. É no empenho que se
contabiliza a despesa orçamentária.
FASE EXECUÇÃO, ESTÁGIO EM LIQUIDAÇÃO
Fase criada pelo PCASP, que inova e traz sinergia entre a execução do orçamento e o registro contábil
patrimonial, respeitando a tempestividade e oportunidade — é quando o fato gerador da despesa
contábil patrimonial acontece.


FASE EXECUÇÃO, ESTÁGIO LIQUIDAÇÃO
Momento da despesa orçamentária, previsto no artigo 63 da Lei nº 4.320/1964, que consiste na verificação
dos direitos do credor, realizando-se a verificação e análise documental para a liberação do pagamento.
FASE EXECUÇÃO, ESTÁGIO PAGAMENTO
É o momento da entrega dos recursos financeiros ao respectivo credor do empenho, conforme previsto no
artigo 64 da Lei nº 4.320/1964.

MODALIDADES DE EMPENHO
As modalidades de empenho são:
ORDINÁRIO
Valor fixo e pagamento de uma só vez.
ESTIMATIVO
Não se sabe o valor total do gasto e os pagamentos são periódicos.
GLOBAL
O valor total do gasto é conhecido e os pagamentos são periódicos.
 RESUMINDO
Neste módulo, apresentamos toda a estrutura que envolve os procedimentos orçamentários, começando
pelos princípios que norteiam o orçamento e avançando pelos os conceitos, classificações de receitas e
despesas e suas respectivas fases. No próximo módulo, abordaremos os procedimentos patrimoniais e,
por fim, detalharemos, por meio de um quadro-resumo, a relação efetiva entre orçamento e patrimônio sob
o ponto de vista da contabilidade pública.
RECEITAS E DESPESAS SOB O ENFOQUE
ORÇAMENTÁRIO
O especialista Thiago da Silva Telles Constantino fala sobre receitas e despesas sob o enfoque
orçamentário
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. (CESPE/2019; TCE-RO; AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO - ADMINISTRAÇÃO)
HAVERÁ RESPEITO ÀS EXIGÊNCIAS DO PRINCÍPIO ORÇAMENTÁRIO DA
UNIDADE CASO O ORÇAMENTO CONTENHA, EM UM ÚNICO DOCUMENTO,
TODAS AS RECEITAS E DESPESAS DE UM MESMO:
A) Poder republicano
B) Ente da Federação
C) Plano orçamentário
D) Ordenador de despesa
E) Órgão setorial de planejamento
2. (CESPE/2019; TCE-RO; AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO - ADMINISTRAÇÃO)
O ESTÁGIO DE EMPENHO DA DESPESA PÚBLICA TEM POR OBJETIVO:
A) Determinar a origem da despesa e o objeto que se deve pagar.
B) Apurar a importância exata a ser paga.
C) Definir a quem se deve pagar, para extinguir a obrigação.
D) Criar obrigação de pagamento para o Estado.
E) Determinar que a despesa seja paga.
GABARITO
1. (CESPE/2019; TCE-RO; Auditor de Controle Externo - Administração) Haverá respeito às
exigências do princípio orçamentário da unidade caso o orçamento contenha, em um único
documento, todas as receitas e despesas de um mesmo:
A alternativa "B " está correta.
 
O princípio da unidade refere-se a uma única peça orçamentária para cada ente da Federação (união,
estados, distrito federal e municípios) e seus respectivos órgãos.
2. (CESPE/2019; TCE-RO; Auditor de Controle Externo -Administração) O estágio de empenho da
despesa pública tem por objetivo:
A alternativa "D " está correta.
 
É exatamente na fase do empenho que, ao emitir a nota de empenho, o Estado informa que há uma
obrigação de pagamento, sob a condição de que o serviço seja prestado ou o bem seja entregue, além
dos demais ritos a serem cumpridos.
MÓDULO 4
 Identificar aspectos patrimoniais da contabilidade pública
PROCEDIMENTOS CONTÁBEIS PATRIMONIAIS
A partir de agora, vamos mergulhar nos aspectos patrimoniais da contabilidade pública, que em muito se
assemelha à contabilidade geral.
Integrante da parte 2 do MCASP e estruturada pelas NBC TSP, a contabilidade patrimonial, já prevista
desde 1964 na Lei nº 4.320/1964, mas até pouco tempo ignorada, apresenta os conceitos e
procedimentos que embasam os registros dos fatos e atos patrimoniais e suas variações. Sim, aqui já está
presente um aspecto diferente da contabilidade geral, o registro dos atos administrativos.
DESSA FORMA, A CONTABILIDADE PÚBLICA BUSCA A
PADRONIZAÇÃO EM TODOS SEUS ENTES E ESFERAS E A
HARMONIZAÇÃO COM OS PADRÕES INTERNACIONAIS,
MELHORANDO A QUALIDADE DAS INFORMAÇÕES QUE VÃO
APOIAR A TOMADA DE DECISÕES DOS GESTORES
PÚBLICOS E O MONITORAMENTO PELA SOCIEDADE.
FORMAÇÃO DO PATRIMÔNIO
Assim como na contabilidade geral, o patrimônio que compõe a contabilidade púbica é formado por ativo,
passivo e PL.
ATIVO
São recursos controlados pela entidade no presente, oriundos de resultados de eventos passados, os
quais podem gerar resultados/benefícios econômicos futuros ou potencial de serviços e que apresentam
mensuração confiável.
PASSIVO
São obrigações presentes da entidade, oriundas de eventos passados, cuja liquidação resulte em uma
provável saída de recursos mensurados de forma confiável e que sejam capazes de gerar benefícios
econômicos para a entidade.
É no passivo exigível que há a sintonia com a fase em liquidação da execução da despesa orçamentária.
PATRIMÔNIO LÍQUIDO (PL)
A situação patrimonial líquida é a diferença entre os ativos e os passivos. O PL é formado por capital
social, reservas de capital, ajustes, reservas, ações em tesouraria e resultados acumulados (superavit ou
deficit), devendo o resultado do período atual ser evidenciado separadamente dos exercícios anteriores.
CLASSIFICAÇÃO DE ATIVOS E PASSIVOS CIRCULANTES E
NÃO CIRCULANTES.
Ativo circulante Realização Até 12 meses da data das demonstrações.
Passivo circulante Exigibilidade
Ativo não circulante Realização
Após 12 meses da data das demonstrações.
Passivo não circulante Exigibilidade
 Elaborado por: Thiago da Silva Telles Constantino
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
FORMAÇÃO DO RESULTADO
Na contabilidade pública, as variações patrimoniais quantitativas, ou seja, aquelas que aumentam ou
diminuem o PL, são conhecidas como variações patrimoniais aumentativas (VPA), definindo as receitas, e
variações patrimoniais diminutivas (VPD), caracterizando as despesas.
IMPORTANTE LEMBRAR QUE AS VARIAÇÕES PATRIMONIAIS
QUALITATIVAS CARACTERIZAM APENAS FATOS
PERMUTATIVOS E NÃO AFETAM O PL.
Tanto as VPA como as VPD devem ser registradas de forma tempestiva e podem ou não ter relação direta
com a execução orçamentária, conforme exemplo a seguir.
Resultante da execução orçamentária Independente da execução orçamentária
VPA Arrecadação de tributos Doações recebidas
VPD
Despesas com manutenção da
escola
Doações efetuadas 
Depreciação dos bens
 Elaborado por: Thiago da Silva Telles Constantino
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
Assim, VPA e VPD devem ser reconhecidas, como preconiza a boa prática contábil, pelo princípio da
competência e na ocorrência do fato gerador, não devendo se confundir com o momento do
reconhecimento da despesa e receita orçamentária. Destacamos os momentos de cada uma delas de
acordo com a base normativa no quadro que a seguir.
Registros Contábeis - Contabilidade Aplicada ao Setor Público
Contas de Natureza de Informação
Orçamentária
Contas de Natureza de Informação Patrimonial
Evento Critério
Base
Normativa
Evento Critério
Base
Normativa
Receita
Orçamentária
Arrecadação
Lei nº
4.320/1964
art. 35
Variação
Patrimonial
Aumentativa
Competência
NBC TSP -
Estrutura
Conceitual
Despesa
Orçamentária
Empenho
Lei nº
4.320/1964
art. 35
Variação
Patrimonial
Diminutiva
Competência
NBC TSP -
Estrutura
Conceitual
 Extraído de: BRASIL, 2018, p. 106.
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
Caso haja fatos que não foram registrados tempestivamente, oriundos de anos anteriores (decorrentes de
mudanças de critérios contábeis, omissões e erros de registros), o reconhecimento desses valores deve
impactar diretamente o PL, à conta de ajustes de exercícios anteriores, sendo recomendada sua
evidenciação nas notas explicativas.
MENSURAÇÃO DE ATIVOS E PASSIVOS
Ativos e passivos devem ser avaliados em razão de um julgamento adequado destinado a cada
classe e subclasse a que pertencem. As características da transação necessitam estar fundamentadas
na boa norma e na prática contábil, sempre se traduzindo a razoabilidade na evidenciação dos atos e
fatos.
Para que a mensuração ocorra de forma mais adequada possível, o CFC padronizou as normas
brasileiras às internacionais, conforme podemos analisar no quadro a seguir.
Quadro: Padronização das normas brasileiras às internacionais.
Correlação
NBC
Resolução
CFC
Nome da Norma IFAC
NBC TSP
ESTRUTURA
CONCEITUAL
DOU
04/10/16
Estrutura Conceitual para Elaboração e
Divulgação de Informação Contábil de
Propósito Geral pelas Entidades do Setor
Público
Conceptual
Framework
NBC TSP 01
DOU
28/10/16
Receita de Transação sem
Contraprestação
IPSAS 23
NBC TSP 02
DOU
28/10/16
Receita de Transação com
Contraprestação
IPSAS 9
NBC TSP 03
DOU
28/10/16
Provisões, Passivos Contingentes e
Ativos Contingentes
IPSAS 19
NBC TSP 04
DOU
06/12/16
Estoques IPSAS 12
NBC TSP 05
DOU
06/12/16
Contratos de Concessão de Serviços
Públicos: Concedente
IPSAS 32
NBC TSP 06
DOU
28/9/17
Propriedade para Investimento IPSAS 16
NBC TSP 07 DOU Ativo Imobilizado IPSAS 17
https://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2016/NBCTSPEC&arquivo=NBCTSPEC.doc
https://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2016/NBCTSP01&arquivo=NBCTSP01.doc
https://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2016/NBCTSP02&arquivo=NBCTSP02.doc
https://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2016/NBCTSP03&arquivo=NBCTSP03.doc
https://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2016/NBCTSP04&arquivo=NBCTSP04.doc
https://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2016/NBCTSP05&arquivo=NBCTSP05.doc
https://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2017/NBCTSP06&arquivo=NBCTSP06.docx
https://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2017/NBCTSP07&arquivo=NBCTSP07.docx
28/9/17
NBC TSP 08
DOU
28/9/17
Ativo Intangível IPSAS 31
NBC TSP 09
DOU
28/9/17
Redução ao Valor Recuperável de Ativo
Não Gerador de Caixa
IPSAS 21
NBC TSP 10
DOU
28/9/17
Redução ao Valor Recuperável de Ativo
Gerador de Caixa
IPSAS 26
NBC TSP 11
DOU
31/10/18
Apresentação das Demonstrações
Contábeis
IPSAS 1
NBC TSP 12
DOU
31/10/18
Demonstração dos Fluxos de Caixa IPSAS 2
NBC TSP 13
DOU
31/10/18
Apresentação de Informação
Orçamentária nas Demonstrações
Contábeis
IPSAS 24
NBC TSP 14
DOU
31/10/18
Custos de Empréstimos IPSAS 5
NBC TSP 15
DOU
31/10/18
Benefícios a Empregados IPSAS 39
NBC TSP 16
DOU
31/10/18
Demonstrações Contábeis Separadas IPSAS 34
NBC TSP 17
DOU
31/10/18
Demonstrações Contábeis Consolidadas IPSAS 35
NBC TSP 18 DOU
31/10/18
Investimento em Coligada e em
Empreendimento Controlado em Conjunto
IPSAS 36
https://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2017/NBCTSP08&arquivo=NBCTSP08.docx
https://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2017/NBCTSP09&arquivo=NBCTSP09.docxhttps://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2017/NBCTSP10&arquivo=NBCTSP10.docx
https://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2018/NBCTSP11&arquivo=NBCTSP11.doc
https://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2018/NBCTSP12&arquivo=NBCTSP12.doc
https://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2018/NBCTSP13&arquivo=NBCTSP13.doc
https://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2018/NBCTSP14&arquivo=NBCTSP14.doc
https://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2018/NBCTSP15&arquivo=NBCTSP15.doc
https://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2018/NBCTSP16&arquivo=NBCTSP16.doc
https://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2018/NBCTSP17&arquivo=NBCTSP17.doc
https://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2018/NBCTSP18&arquivo=NBCTSP18.doc
NBC TSP 19
DOU
31/10/18
Acordos em Conjunto IPSAS 37
NBC TSP 20
DOU
31/10/18
Divulgação de Participações em Outras
Entidades
IPSAS 38
NBC TSP 21
DOU
31/10/18
Combinações No Setor Público IPSAS 40
NBC TSP 22
DOU
28/11/19
Divulgação sobre Partes Relacionadas IPSAS 20
NBC TSP 23
DOU
28/11/19
Políticas Contábeis, Mudança de
Estimativa e Retificação de Erro
IPSAS 3
NBC TSP 24
DOU
28/11/19
Efeitos das Mudanças nas Taxas de
Câmbio e Conversão de Demonstrações
Contábeis
IPSAS 4
NBC TSP 25
DOU
28/11/19
Evento Subsequente IPSAS 14
NBC TSP 26 
DOU
26/11/19
Ativo Biológico e Produto Agrícola IPSAS 27
NBC TSP 27
DOU
04/11/20
Informações por Segmento. IPSAS 18
NBC TSP 28
DOU
04/11/20
Divulgação de informação Financeira do
Setor Governo Geral.
IPSAS 22
NBC TSP 29
DOU
04/11/20
Benefícios Sociais. IPSAS 42
https://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2018/NBCTSP19&arquivo=NBCTSP19.doc
https://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2018/NBCTSP20&arquivo=NBCTSP20.doc
https://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2018/NBCTSP21&arquivo=NBCTSP21.doc
https://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2019/NBCTSP22&arquivo=NBCTSP22.doc
https://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2019/NBCTSP23&arquivo=NBCTSP23.doc
https://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2019/NBCTSP24&arquivo=NBCTSP24.doc
https://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2019/NBCTSP25&arquivo=NBCTSP25.doc
https://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2019/NBCTSP26&arquivo=NBCTSP26.doc
https://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2020/NBCTSP27&arquivo=NBCTSP27.doc
https://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2020/NBCTSP28&arquivo=NBCTSP28.doc
https://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2020/NBCTSP29&arquivo=NBCTSP29.doc
NBC T 16.7 1.134/08 Consolidação das Demonstrações
Contábeis (revogada a partir de 1º/1/21)
não há
NBC T 16.11 1.366/11
Sistema de Informação de Custos do Setor
Público
não há
 Extraído de: Site do CFC, 2021.
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
Cada NBC TSP abrange um aspecto das classes contábeis, sendo que todas elas estão hierarquicamente
estruturadas abaixo da NBC TSP Estrutura Conceitual, que traz uma visão completa sobre a contabilidade
pública.
SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS ENTRE A
CONTABILIDADE PÚBLICA E A CONTABILIDADE
GERAL
Com a padronização e adaptação às normas internacionais, a maioria das normas de contabilidade
pública reflete com exatidão o que acontece na contabilidade geral. Contudo, dada as peculiaridades que
envolvem o Estado e a gestão pública, adaptações e ajustes são requeridos. Vamos estudar alguns deles
agora.
REGISTRO DE BENS DE USO COMUM DO POVO
Bens de uso comum do povo são definidos conforme uma classificação jurídica, tratada no Código Civil
Brasileiro, que retrata os bens de domínio público, ou seja, bens naturais ou construídos em que o povo
seja beneficiário de sua fruição.
Podem ser enquadrados em duas categorias: bens do patrimônio cultural e ativos de
infraestrutura.
Segundo a NBC TSP 07, para que se possa reconhecer esse tipo de bem, é necessário que este reflita
benefícios econômicos futuros ou potencial de serviços, além de seu valor cultural. Como bem relatam
Araújo, Souza e Amorim (2013), esses benefícios futuros podem ser enquadrados como melhorias no bem
que contribuam de alguma forma para a sociedade e gerem retorno ao Estado.
https://www.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2008/001134
https://www.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2008/001134
https://www.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2011/001366
https://www.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2011/001366
BENS DO PATRIMÔNIO CULTURAL
São os bens de uso comum do povo que têm valor histórico, cultural ou ambiental, retratando um aspecto
importante da sociedade.
Exemplos: monumentos, prédios históricos, museus, reservas naturais, praias, ilhas, sítios arqueológicos,
locais de conservação etc.
ATIVOS DE INFRAESTRUTURA
São bens de uso comum do povo que são construídos pelo poder público e se destinam a oferecer a
infraestrutura necessária para o bom funcionamento da sociedade.
Exemplos: rodovias, ferrovias, redes de comunicação e tecnologia, pontes, calçadões, sistemas e redes
de água, esgoto, energia elétrica etc.
Os ativos de infraestrutura devem ser registrados seguindo as mesmas instruções de um ativo
imobilizado. Quanto aos bens do patrimônio cultural, seu registro contábil é facultativo, porém,
caso sejam registrados, devem ser detalhados nas notas explicativas.
REGISTRO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS
Diferentemente da iniciativa privada, os atos administrativos que venham a gerar possível impacto
patrimonial nas contas públicas, conhecidos como atos potenciais, devem ser registrados. Nesse caso, o
PCASP criou um grupo de contas, chamado de contas de controle, no qual serão evidenciados esses
registros e será realizado o acompanhamento, dando a verdadeira dimensão do que está envolvido no
ambiente da contabilidade pública.
Vale ressaltar que esses atos potenciais que devem ter registro são tanto ativos como passivos.
 EXEMPLO
Podemos citar o registro dos valores que envolvem um contrato e o acompanhamento de sua execução,
assim como as garantias financeiras que envolvem esse instrumento (caução, fiança, seguro-garantia),
controles de devedores da dívida ativa, arrecadação, disponibilidades comprometidas com futuros
pagamento, ativos e passivos contingentes, dentre outros.
PLANO DE CONTAS
Conhecido no mundo da contabilidade pública como PCASP, o Plano de Contas Aplicado ao Setor Público
reflete as classes de contas patrimoniais, de resultado, de controles orçamentários (aprovação e
execução) e de controles dos atos potenciais (credores e devedores) que servirão para a evidenciação
das demonstrações contábeis.
O PCASP É PADRONIZADO E DE UTILIZAÇÃO OBRIGATÓRIA
PARA TODOS OS ENTES DE TODAS AS ESFERAS DE
GOVERNO. TEM COMO OBJETIVO SER UM MECANISMO DE
CONSOLIDAÇÃO, TRANSPARÊNCIA E COMPARAÇÃO DAS
CONTAS PÚBLICAS NOS DIVERSOS NÍVEIS DE GOVERNO,
MELHORANDO A COMUNICAÇÃO COM OS USUÁRIOS DA
INFORMAÇÃO CONTÁBIL.
A estrutura básica da escrituração contábil é composta de contas que são a expressão qualitativa e
quantitativa do que acontece no dia a dia contábil, representadas em oito classes, conforme o quadro a
seguir:
PCASP
Natureza da
informação
Classes
Patrimonial
1. Ativo 2. Passivo
3. Variações Patrimoniais
Diminutivas
4. Variações Patrimoniais
Aumentativas
Orçamentária
5. Controles da Aprovação do
Planejamento e Orçamento
6. Controles da Execução do
Planejamento e Orçamento
PCASP
Controle 7. Controles Devedores 8. Controles Credores
 BRASIL, 2018, p. 388
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
Os lançamentos devem respeitar o método das partidas dobradas e serão debitados e creditados
de acordo com a natureza da informação. A natureza dos saldos das classes 1, 3, 5 e 7 é devedora; a
das classes 2, 4, 6 e 8 é credora.
Aestrutura dos códigos é detalhada em nove dígitos e é composta por sete níveis, apresentados no
esquema a seguir:
 
Extraído de: BRASIL, 2018, p. 388.
 ATENÇÃO
Uma particularidade do plano de contas que é de fundamental importância é o 5º nível (subtítulo). Esse
dígito identifica a qual esfera se refere a transação e foi criado para que se possa excluir as transações
entre as partes relacionadas para fins de consolidação das demonstrações em nível nacional, gerando o
Balanço do Setor Público Nacional (BSPN), segundo orientação do artigo 51 da LC nº 101/2000 – LRF.
As contas contábeis também têm um campo chamado atributo, que serve, por exemplo, para atender à Lei
nº 4.320/1964 na identificação do superavit financeiro primário (ISF), oriundo das contas patrimoniais.
Esses atributos são identificados pela letra F, que identifica o ativo e passivo financeiro, e pela letra P, que
identifica o ativo e o passivo permanente.
Já para auxiliar na apuração da dívida pública consolidada líquida (DCL), temos o atributo (0) para soma e
o atributo (1) para exclusão do cálculo da DCL.
 RESUMINDO
Neste módulo, apresentamos toda a estrutura que envolve os procedimentos patrimoniais, começando
pela formação do patrimônio e do resultado e avançando pelas normas de mensuração de ativos e
passivos, contudo, aprofundando os estudos sobre as peculiaridades da contabilidade pública. Vimos
também o mecanismo fundamental de tradução da informação contábil — o PCASP — e sua estrutura,
que auxilia na composição das demonstrações contábeis por meio da natureza da informação patrimonial,
orçamentária e de controle.
PROCEDIMENTOS CONTÁBEIS PATRIMONIAIS
O especialista Thiago da Silva Telles Constantino fala sobre a apresentação dos conceitos e técnicas
básicas da contabilidade pública:
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. (ADAPTADO DE FAFIPA/2018; CÂMARA DE FOZ DO IGUAÇU - PR; CONTADOR)
AS VARIAÇÕES PATRIMONIAIS SÃO TRANSAÇÕES QUE PROMOVEM
ALTERAÇÕES NOS ELEMENTOS PATRIMONIAIS DA ENTIDADE DO SETOR
PÚBLICO, MESMO EM CARÁTER COMPENSATÓRIO, AFETANDO OU NÃO O SEU
RESULTADO. A ESSE RESPEITO, AS VARIAÇÕES PATRIMONIAIS PODEM SER
CLASSIFICADAS EM: 
 
I. QUANTITATIVAS: SÃO AQUELAS DECORRENTES DE TRANSAÇÕES NO SETOR
PÚBLICO QUE ALTERAM A COMPOSIÇÃO DOS ELEMENTOS PATRIMONIAIS SEM
AFETAR O PATRIMÔNIO LÍQUIDO. 
II. QUALITATIVAS: SÃO AQUELAS DECORRENTES DE TRANSAÇÕES NO SETOR
PÚBLICO QUE AUMENTAM OU DIMINUEM O PATRIMÔNIO LÍQUIDO. 
III. QUANTITATIVAS AUMENTATIVAS: QUANDO AUMENTAM O PATRIMÔNIO
LÍQUIDO (RECEITA SOB O ENFOQUE PATRIMONIAL). 
IV. QUANTITATIVAS DIMINUTIVAS: QUANDO DIMINUEM O PATRIMÔNIO LÍQUIDO
(DESPESA SOB O ENFOQUE PATRIMONIAL). 
 
ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA:
A) Apenas as assertivas I e II estão corretas.
B) Apenas as assertivas II, III e IV estão corretas.
C) Apenas as assertivas III e IV estão corretas.
D) Apenas as assertivas II e III estão corretas.
E) Apenas as assertivas I e III estão corretas.
2. (CESPE/2020; TJ – PA; ANALISTA JUDICIÁRIO CONTADOR) RELATIVAMENTE
ÀS CLASSES DE CONTAS, O PLANO DE CONTAS APLICADO AO SETOR PÚBLICO
(PCASP) É DIVIDIDO EM:
A) Duas classes, sendo as contas contábeis classificadas dentro de uma mesma natureza de informação
contábil.
B) Três classes, sendo as contas contábeis classificadas segundo a natureza das informações que
evidenciam: orçamentária, patrimonial e fiscal.
C) Quatro classes, sendo as contas contábeis classificadas segundo a natureza das informações que
evidenciam: contas patrimoniais, contas de resultado, contas de controle orçamentário e contas de
controle de atos potenciais.
D) Seis classes, sendo as contas contábeis classificadas segundo a natureza das informações que
evidenciam: orçamentária, financeira, patrimonial e de compensação.
E) Oito classes, sendo as contas contábeis classificadas segundo a natureza das informações que
evidenciam: patrimonial, orçamentária e de controle.
GABARITO
1. (Adaptado de FAFIPA/2018; Câmara de Foz do Iguaçu - PR; Contador) As variações patrimoniais
são transações que promovem alterações nos elementos patrimoniais da entidade do setor
público, mesmo em caráter compensatório, afetando ou não o seu resultado. A esse respeito, as
variações patrimoniais podem ser classificadas em: 
 
I. Quantitativas: são aquelas decorrentes de transações no setor público que alteram a composição
dos elementos patrimoniais sem afetar o patrimônio líquido. 
II. Qualitativas: são aquelas decorrentes de transações no setor público que aumentam ou
diminuem o patrimônio líquido. 
III. Quantitativas aumentativas: quando aumentam o patrimônio líquido (receita sob o enfoque
patrimonial). 
IV. Quantitativas diminutivas: quando diminuem o patrimônio líquido (despesa sob o enfoque
patrimonial). 
 
Assinale a alternativa CORRETA:
A alternativa "C " está correta.
 
Apenas as variações quantitativas alteram o patrimônio líquido, sempre aumentando-o (VPA/receita) ou
reduzindo-o (VPD/despesa).
2. (CESPE/2020; TJ – PA; Analista Judiciário Contador) Relativamente às classes de contas, o
Plano de Contas Aplicado ao Setor Público (PCASP) é dividido em:
A alternativa "E " está correta.
 
A estrutura básica do PCASP divide-se em oito classes, e sua respectiva natureza da informação, sendo
1, 2, 3 e 4 de natureza patrimonial e de resultado; 5 e 6 de natureza orçamentária; 7 e 8 de natureza de
controle.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste conteúdo, você aprendeu a distinguir a contabilidade pública (ciência) e o orçamento público
(técnica) e conheceu a estrutura normativa que rege ambos. Vimos que, após muito tempo, eles passaram
a caminhar juntos e que empregar as técnicas orçamentárias durante o planejamento e a execução do
orçamento anual auxilia a contabilidade pública em seus procedimentos.
Compreender a contabilidade pública em seus diversos aspectos eleva a ciência ao mais alto nível de
importância para a gestão pública. Você pôde notar que as informações emanadas da contabilidade
pública por meio das demonstrações contábeis contribuem para um melhor processo de tomada de
decisões, possibilitando uma melhor prestação de serviço à sociedade e dando transparência dos
acontecimentos ao usuário da informação contábil.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
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of Law [EJJL], v. 17, n. 1, p. 9-28, 2016.
ARAÚJO, I P.N.; SOUZA, K. C; AMORIM, P. S. Contabilização de bens de uso comum no setor
público. Revista Controle - Tribunal de Contas do Ceará, v. 11, n. 2, p. 11-23, 2013.
BALEEIRO, A.; SEGUNDO, H. B. M. Uma introdução à ciência das finanças. 15. ed. Rio de Janeiro:
Forense, 2015.
BRASIL. Manual de contabilidade aplicada ao setor público. 8. ed. Brasília: Ministério da Economia,
Secretaria do Tesouro Nacional, 2018.
BRASIL. Manual de demonstrativos fiscais. 11. ed. Brasília: Ministério da Economia. Secretaria do
Tesouro Nacional, 2020.
BRASIL. Manual técnico de orçamento MTO. Edição 2021. 9ª versão. Brasília: Ministério da Economia,
Secretaria Especial de Fazenda, Secretaria de Orçamento Federal, 2021.
BRASIL. Portaria Interministerial nº 163, de 4 de maio de 2001. Dispõe sobre normas gerais de
consolidação das Contas Públicas no âmbito da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, e dá outras
providências. Brasília: Ministério da Economia, Secretaria do Tesouro Nacional, 2001.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF: Presidência da
República, 1988.
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. CFC. 70 anos de contabilidade. Brasília: CFC, 2016.
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. CFC. Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas
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