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113 - APOSTILA - FUNDAMENTOS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS DE ESPORTES COLETIVOS

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Fundamentos Teóricos 
e Metodológicos de 
Esportes Coletivos 
Professor Dr. Rafael Octaviano de Souza
Diretor Geral 
Gilmar de Oliveira
Diretor de Ensino e Pós-graduação
Daniel de Lima
Diretor Administrativo 
Eduardo Santini
Coordenador NEAD - Núcleo
de Educação a Distância
Jorge Van Dal
Coordenador do Núcleo de Pesquisa
Victor Biazon
Secretário Acadêmico
Tiago Pereira da Silva
Projeto Gráfico e Editoração
André Oliveira Vaz
Revisão Textual
Kauê Berto
Web Designer
Thiago Azenha
UNIFATECIE Unidade 1
Rua Getúlio Vargas, 333,
Centro, Paranavaí-PR
(44) 3045 9898
UNIFATECIE Unidade 2
Rua Candido Berthier
Fortes, 2177, Centro
Paranavaí-PR
(44) 3045 9898
UNIFATECIE Unidade 3
Rua Pernambuco, 1.169,
Centro, Paranavaí-PR
(44) 3045 9898
UNIFATECIE Unidade 4
BR-376 , km 102, 
Saída para Nova Londrina
Paranavaí-PR
(44) 3045 9898
www.fatecie.edu.br
As imagens utilizadas neste 
livro foram obtidas a partir
do site ShutterStock
FICHA CATALOGRÁFICA
FACULDADE DE TECNOLOGIA E 
CIÊNCIAS DO NORTE DO PARANÁ. 
Núcleo de Educação a Distância;
SOUZA, Rafael Octaviano de.
Fundamentos Teóricos e Metodológicos de Esportes 
Coletivos .
Rafael. Octaviano de Souza.
Paranavaí - PR.: Fatecie, 2020. 153 p.
Ficha catalográfica elaborada pela bibliotecária
Zineide Pereira dos Santos.
AUTOR
Professor Dr. Rafael Octaviano de Souza
• Bacharel em Administração de Empresas (UNESPAR);
• Graduado em Educação Física – Licenciatura Plena (UNESPAR);
• Especialista em Treinamento Desportivo (UEM);
• Especialista em Gestão em Pessoas (UNIFATECIE);
• Especialista em Metodologia e Didática no Ensino Superior (UNIFATECIE);
• Mestre em Exercício Físico na Promoção da Saúde (UNOPAR);
• Doutor em Atividade Física e Saúde (UFPR);
• Ex-docente do curso de Educação Física (UNESPAR);
• Ex-docente do curso de Educação Física (FACINOR);
• Ex-docente do curso de Marketing (UNIFATECIE);
• Ex-docente do curso de Processos Gerais (UNIFATECIE);
• Ex-docente do curso de Marketing (ALFA);
• Ex-coordenador do curso de Educação Física (UNIFATECIE);
• Ex-professor de pós-graduação (UNIFATECIE);
• Professor da disciplina Futebol e Futsal (UNINGÁ - EAD);
• Professor do curso de Educação Física (UNIFATECIE);
• Autor do livro “História do Futsal de Paranavaí”;
• Autor do livro “Burnout em atletas jovens”;
• Prêmio “Orgulho Paranaense de Produção Literária – 2015” “Burnout em atletas 
jovens.
Ampla experiência prática como treinador de futsal em equipes como: São Lucas/
Paranavaí, CAFÉ Futsal/Cianorte, Amafusa/Maringá, Marreco/Francisco Beltrão, CAL 
Noroeste/Loanda, Seleção Paranaense de Futsal; Gestor de Futebol no Atlético Clube de 
Paranavaí – ACP; atual Secretário de Esportes e Lazer do município de Paranavaí.
Para maiores informações, acessar link: http://lattes.cnpq.br/8499275496337473.
http://lattes.cnpq.br/8499275496337473
APRESENTAÇÃO DO MATERIAL
Seja muito bem-vindo (a)!
Prezado (a) aluno (a), se você se interessou pelo assunto desta disciplina, isso já é 
o início de uma grande jornada que vamos trilhar juntos a partir de agora. Proponho, junto 
com você, construir nosso conhecimento sobre os conteúdos que proporcionam ao futuro 
profissional condições de atuar no ensino escolar e técnico nos jogos esportivos coletivos.
Para tanto, há de se destacar o importante papel do professor/treinador em todo 
o processo, dada a necessidade de possuir os conhecimentos e competências requeridas 
para modelar e estruturar as fases constituintes do treino, bem como coordenar as ativida-
des desenvolvidas pelos praticantes.
Por isso, na unidade I, contribuiremos para o entendimento e melhoria na capaci-
dade dos acadêmicos de Educação Física para trabalhar com as modalidades de futebol 
e futsal, apresentando, a seguir, contextos sobre a sua história, seu início no Brasil, os 
fundamentos técnicos e táticos, regras, os princípios metodológicos de ensino, bem como 
os aspectos relevantes do futebol society e futebol de areia.
Já na unidade II, vamos apresentar conteúdos referentes às modalidades de bas-
quetebol e handebol, contribuindo, assim, para a melhoria na capacidade dos acadêmicos de 
Educação Física em trabalhar com essas modalidades em nível educacional, recreacional 
e performance, apresentando os contextos sobre cada história, seus respectivos aspectos 
técnicos e táticos, suas regras, metodologias de ensino e uma breve apresentação sobre 
o handbeach.
Na unidade III, vamos conhecer aspectos relacionados a uma das modalidades es-
portivas que mais cresceu nas últimas décadas: o voleibol. Apresentaremos, nesta etapa, o 
histórico da modalidade, a evolução das regras, seus fundamentos técnicos e táticos, suas 
principais regras atuais e métodos de ensino. Também abordaremos um pouco do voleibol 
de praia, uma modalidade com resultados expressivos para o nosso país em competições 
internacionais.
Na unidade IV, por sua vez, abordaremos os aspectos históricos, fundamentos téc-
nicos, táticos, principais regras, alguns jogos pré-desportivos e processos metodológicos 
de ensino das modalidades de futebol americano, rúgby, hóquei, beisebol/softbol e ultimate 
frisbee. Além disso, apresentaremos diferenças entre o futebol americano e rúgby, bem 
como diferenças e semelhanças entre o beisebol e softbol.
Importante destacar que, em um jogo desportivo coletivo (JDC), evidencia-se a 
predominância da “subjetividade” em detrimento da “objetividade”; é justamente a natureza 
do jogo como atividade. Nesse caso, os jogos esportivos coletivos é que irão garantir o 
desejo do aluno/atleta de ao jogo se entregar, desejo este que sustenta um ambiente de 
aprendizagem.
Por isso, aproveito para reforçar o convite a você para, junto conosco, percorrer esta 
jornada de conhecimento e multiplicar os conhecimentos sobre tantos assuntos abordados 
sobre os jogos desportivos coletivos. Esperamos contribuir para seu crescimento pessoal 
e profissional. 
Muito obrigado e bom estudo!
SUMÁRIO
UNIDADE I ...................................................................................................... 7
Futebol, Futsal, Futebol Society, Futebol de Areia
UNIDADE II ................................................................................................... 50
Basquetebol, Handebol, e Handebol de Areia
UNIDADE III .................................................................................................. 89
Voleibol e Voleibol de Praia
UNIDADE IV ................................................................................................ 122
Futebol Americano, Rúgby, Hóquei, Beisebol/Softbol e Ultimate 
Frisbee
7
Plano de Estudo:
Aspectos históricos do futebol; Fundamentos técnicos do futebol; Sistemas táticos do fute-
bol; Regras oficiais do futebol; Aspectos históricos do futsal; Fundamentos técnicos do fut-
sal; Sistemas táticos do futsal; Regras oficiais do futsal; Metodologia de ensino do futebol/
futsal.
Objetivos da Aprendizagem
• Verificar os aspectos históricos do futebol e futsal;
• Abordar os fundamentos técnicos e táticos do futebol e futsal;
• Analisar as regras oficiais do futebol e futsal;
• Conhecer as metodologias de ensino do futebol, futsal.
UNIDADE I
Futebol, Futsal, Futebol Society, 
Futebol de Areia
Professor Dr. Rafael Octaviano de Souza
8UNIDADE I Futebol, Futsal, Futebol Society, Futebol de Areia
INTRODUÇÃO
Em função da globalização, a preparação desportiva foi um dos campos da ciência 
que mais evoluiu nas últimas décadas. Desde os primeiros jogos olímpicos, e até mesmo, 
ainda no período da Arte (a.C.), estudiosos vem realizando os mais diversos experimentos 
na área da preparação desportiva, mais conhecida como área do treinamento desportivo. O 
treinamento desportivo é considerado um processo que utiliza o exercício físico como meio 
para tentar alcançar um nível mais ou menos elevado (WEINECK, 1999), por meio do uso 
racional de métodos, formas e condições (MATVEEV, 1983), seguindo um planejamento 
definido por objetivosparciais.
O processo de treinamento tem vários objetivos e depende muito dos níveis de de-
senvolvimento (WEINECK, 2003), como o treinamento de alto desempenho para atletas, o 
treinamento de adaptações para aptidão, o treinamento de reabilitação para a recuperação, 
o treinamento técnico para melhorar os fundamentos, o treinamento tático para melhorar as 
ações táticas ofensivas e defensivas em modalidades coletivas e o treinamento de crianças 
e adolescentes, respeitando o processo de crescimento e maturação biológica.
Com relação aos jovens atletas, diversas pesquisas já comprovaram que os trei-
namentos não devem seguir o mesmo modelo dos adultos. Há diferenças peculiares que 
devem ser respeitadas, como os indicadores biológicos responsáveis pela determinação 
do estágio de maturação, os conceitos de crescimento físico, composição corporal e os 
indicadores do comportamento e do desempenho motor do jovem atleta (WEINECK, 2003).
Diante desses apontamentos, a presente unidade tem por objetivo contribuir para 
o entendimento e a melhoria na capacidade dos acadêmicos de Educação Física para 
trabalhar com as modalidades de futebol, futsal, apresentando, a seguir, contextos sobre o 
histórico, fundamentos técnicos e táticos, principais regras e princípios metodológicos de 
ensino dessas modalidades, além de abordagens sobre futebol society e futebol de areia.
9UNIDADE I Futebol, Futsal, Futebol Society, Futebol de Areia
1. Aspectos Históricos do Futebol
Diversas modalidades esportivas atuais surgiram intencionalmente, isto é, foram 
criadas para contemplar objetivos específicos, como ocorreu com o basquete, para fugir 
dos rigorosos invernos, e o voleibol, para minimizar as lesões. Diferentemente, o futebol 
não apresenta uma origem exata, como uma modalidade que viesse a suprir carências 
ou necessidades de uma comunidade específica, tendo sua prática derivado de diversos 
outros jogos que se desenvolveram há milhares de anos (GONÇALVES, 2019).
Um desses jogos, desenvolvido na China aproximadamente no ano de 2.600 a.C, 
levava o nome de Tsu-tsu, fazendo parte de um ritual praticado por algumas tribos. Também 
existiam indícios de que jogos parecidos a esse eram desenvolvidos na Grécia e no Japão. 
Mais recentemente, no século XIV, o cálcio parece ter sido fortemente relacionado à origem 
do futebol como uma prática esportiva: desenvolvido na Itália, sua tradução significa “coice” 
ou “chute”, e compreendia uma prática corporal voltada ao lazer da nobreza (GONÇALVES, 
2019).
O esporte passou a ser jogado de maneira formal na Inglaterra, por trabalhado-
res e outras pessoas em seus momentos de lazer, pelas ruas e praças, e, da mesma 
forma, membros da elite econômica da época o praticavam em escolas e clubes. Essa 
difusão entre as diversas classes tão logo originou os primeiros campeonatos, fazendo 
com surgissem jogadores cada vez mais habilidosos. Pelo fato de a modalidade esportiva 
ter se popularizado nas classes menos favorecidas, os membros da elite não desejavam a 
10UNIDADE I Futebol, Futsal, Futebol Society, Futebol de Areia
profissionalização, já que corriam o risco de ser menos habilidosos, o que acabou adiando 
a profissionalização do esporte, que veio a ocorrer em 1885 (GONÇALVES, 2019).
Com a profissionalização do esporte, a modalidade também passou a ser mais 
difundida pelo mundo, principalmente em países que pertencem ao continente europeu. 
O jogo, então, começou a ser disputado utilizando-se uniformes, regras e a linguagem 
tal qual disputado na Inglaterra. Essa prática também chamou a atenção daqueles que 
gostavam apenas de assistir às disputas, dando origem aos torcedores, que vibravam por 
determinados clubes. Logo, o futebol voltado ao espetáculo se iniciou ao final do século 
XIX, período em que os primeiros ingressos também começaram a ser cobrados. No início 
do século seguinte, o fluxo migratório se intensificou pela presença do Império Britânico em 
diferentes colônias, fazendo com que os ingleses levassem a modalidade para diferentes 
partes do mundo (GONÇALVES, 2019).
11UNIDADE I Futebol, Futsal, Futebol Society, Futebol de Areia
2. História do Futebol no Brasil
O futebol tupiniquim deu sorte assim que nasceu. Embora tenha sido introduzido 
aqui no Brasil no fim do século XIX com um inconfundível sotaque britânico, o tipo de 
jogo adotado possuía em seu DNA características que logo o distinguiria do futebol então 
praticado na Europa. 
Charles Miller, um dos principais introdutores do futebol no Brasil, era adepto do 
“dribbling”, ou do drible, maneira insinuante de superar os zagueiros para chegar ao gol. 
Miller poderia gostar do “passing”, isto é, da troca de passes, que, desde aquela época, 
fazia do futebol europeu essencialmente técnico, eficiente e monótono. Se nosso pioneiro 
tivesse em seu próprio código genético o traço brasileiro, talvez tivéssemos sido somente 
súditos do jogo em que apenas a vitória interessava e, provavelmente, não faríamos his-
tória como o país que encantou o mundo com seus malabarismos e sua arte imprevisível 
(GUTERMAN, 2009).
Charles William Miller nasceu em São Paulo, em 24 de novembro de 1874, filho 
do engenheiro escocês John Miller e da brasileira Carlota Alexandrina Fox Miller. Carlota, 
por sua vez, era filha dos ingleses Henry Fox e Harriett Mathilda Rudge Fox, ou seja, a 
família Miller tinha acentuado sotaque britânico, resultado de um conjunto de fatores que 
transformaram São Paulo em centro de atração do capital inglês no período derradeiro do 
século XIX. O pai de Miller viera ao Brasil para trabalhar na São Paulo Railway, ou San 
12UNIDADE I Futebol, Futsal, Futebol Society, Futebol de Areia
Paulo (Brazilian) Railway Company Limited, como consta nos documentos da empresa na 
Inglaterra, em meio ao boom de construção de ferrovias no Brasil (GUTERMAN, 2009).
Figura 1 - Charles Miller (sentado com a bola) e seus companheiros do São Paulo Athletic em 1904: o mais 
importante pioneiro do futebol brasileiro
Fonte: Guterman (2009).
O futebol chegou ao Brasil com status de esporte de elite. Na Inglaterra, já era 
jogado por operários de fábricas, mas adentrou a terras brasileiras por meio de estudantes 
de classe alta, que voltavam do Reino Unido com bolas e chuteiras na bagagem, como 
foram os casos de Charles Miller e Oscar Cox, os pioneiros da modalidade. No entanto, 
não demorou muito para que o football conquistasse os operários e trabalhadores também 
no Brasil (GELEDÉS, 2019). 
O exemplo mais simbólico é o do Bangu Atlético Clube, time fundado por ingleses, 
mas formado, em grande parte, pelos operários da Fábrica de Tecidos Bangu, no subúrbio 
do Rio de Janeiro. O clube foi o primeiro no estado a escalar um atleta negro, Francisco 
Carregal, em 1905. O feito fez com que, em 1907, a Liga Metropolitana de Football (equi-
valente à atual FERJ) publicasse uma nota proibindo o registro de “pessoas de cor” como 
atletas amadores de futebol. O clube, então, optou por abandonar a Liga e não disputar o 
Campeonato Carioca (GELEDÉS, 2019).
Com a massificação, o futebol passou a ter também importância política. Exemplo 
disso foi a briga em 1934 entre a Federação Brasileira de Futebol (FBF), a favor da profis-
sionalização, e a Confederação Brasileira de Desportos (CBD), pró-amadorismo. A seleção 
brasileira, que não enviou a sua melhor equipe, fez a sua pior campanha em Copas, termi-
13UNIDADE I Futebol, Futsal, Futebol Society, Futebol de Areia
nando em 14° lugar, com apenas um jogo e uma derrota para a Espanha por 3 a 1. A Copa 
de 34 foi marcada dentro de campo por reflexos do poder político-ideológico no auge do 
fascismo (GLOBO ESPORTE, 2014).
Com a globalização, o futebol passou a ser objeto de hegemonia planetária. O 
Brasil passou a perseguir o título como uma obsessão, um projeto de “afirmação nacional”. 
Esse fenômeno ficou claro com a organização e participação na Copa de 50 no país onde 
fomos derrotadospelo Uruguai de virada na final. Porém, a evidência maior ocorreu em 
1970, na Copa do México, onde a Ditadura Militar transformou cada vitória brasileira em 
sintonia das nossas imensas possibilidades.
Figura 2 – Jairzinho passa como quer pela defesa da Tchecoslováquia na estreia da seleção na Copa de 
1970: vitória com efeitos políticos
Fonte: Guterman (2009).
Na década de 80, paralelo a crises econômicas e desorganização administrativa, o 
futebol brasileiro passou a exportar seus craques na chamada “década perdida”. Amantes 
brasileiros do futebol passaram a acompanhar os campeonatos europeus pela TV aberta, 
a globalização entrou em campo, os times da Europa se transformaram em seleções e a 
seleção brasileira em “seleção estrangeira”.
14UNIDADE I Futebol, Futsal, Futebol Society, Futebol de Areia
Figura 3 - Na foto oficial, os jogadores da seleção brasileira que disputou a Copa de 1990 escondendo o 
patrocínio da Pepsi: o futebol vira um grande negócio
Fonte: Guterman (2009).
A conquista das Copas de 1994 e 2002 mostrou que o Brasil ainda tinha algo de 
diferente entre as principais seleções: a sua imprevisibilidade personificada por jogadores 
como Romário, Rivaldo e Ronaldo dentre outros, além, é claro, da afirmação nacional, 
aliada à confirmação da democracia no país, bem como o resgate de séculos de dívida 
social.
Figura 4 - Cafu ergue a taça após a conquista do penta no Japão, em 2002: homenagem ao Jardim Irene 
lembra a origem miserável dos heróis nacionais
Fonte: Guterman (2009).
15UNIDADE I Futebol, Futsal, Futebol Society, Futebol de Areia
3. Fundamentos Técnicos do Futebol
A técnica requer uma série de destrezas e habilidades para o domínio da bola 
(MORENO, 2003), especialmente em condições de pressão, em que os jogadores podem 
fazer uso da técnica em benefício próprio ou do conjunto. Assim, partindo dessa ótica, pode 
ser classificada em individual, bem como, segundo as ações motoras, em “com” ou “sem 
bola”.
Em contrapartida, Scaglia (1996) sistematiza os fundamentos em função dos con-
teúdos. São fundamentos básicos: o passe, o domínio, a condução, o drible, o chute, o 
cabeceio e o desarme. Fundamentos derivados são os lançamentos, os cruzamentos, a 
cobrança de falta, o pênalti, a tabelinha, o arremesso lateral e o escanteio. Já fundamentos 
específicos são os que estão relacionados com as funções próprias do jogador pela posição 
de jogo (ARRUDA, 2010).
16UNIDADE I Futebol, Futsal, Futebol Society, Futebol de Areia
Figura 5 - Classificação dos fundamentos técnicos do futebol
Fonte: Arruda (2010).
3.1. O Goleiro
O goleiro é um jogador que pode usar as mãos e os pés para resolver situações 
defensivas e ofensivas em diferentes momentos do jogo. Essa capacidade de resolução 
dependerá das condições externas, caracterizadas por um alto nível de incerteza temporal 
e situacional (quando e o que vai acontecer) e das condições internas associadas à compe-
tência do sujeito. Por essa razão, o goleiro é um elemento da equipe com múltiplas ações, 
dependendo das funções com ou sem bola (ARRUDA, 2010).
Figura 6 - Goleiro Castilho defendendo as cores do Fluminense
Fonte: Simon (2010).
3.2. Fundamentos Sem Bola
É quando o goleiro atua durante o jogo em função de intenções defensivas e 
ofensivas, utilizando suas próprias ações motoras, que lhe permitem relacionar-se com as 
 
17UNIDADE I Futebol, Futsal, Futebol Society, Futebol de Areia
constantes do jogo, como, por exemplo, com um companheiro, adversário, espaço, com 
bola, entre outras. 
A técnica sem bola inclui a posição básica, a colocação e os deslocamentos:
a. Posição básica
Refere-se à posição que o goleiro adota quando o adversário tem a posse de bola, 
uma situação ofensiva para o atacante e defensiva para o goleiro. Cada goleiro tem seu 
próprio estilo e desenvolve uma sequência inicial com deslocamentos, posição básica, 
deslocamentos etc., seguindo a trajetória da bola.
b. Colocação do goleiro
É quando o goleiro está posicionado no terreno de jogo em relação à bola e ao gol, 
mantendo sempre uma bissetriz, sem descuidar da posição básica e da trajetória da bola.
c. Deslocamentos
No transcorrer do jogo, cada goleiro tem seu próprio estilo, realizando desloca-
mentos laterais, adiante, atrás, pequenos saltos, entre outras ações motoras. Geralmente, 
essas ações são rápidas e de pequena dimensão.
Figura 7 - Tipos de deslocamentos que executam os goleiros
Fonte: Arruda (2010).
3.3. Fundamentos Com Bola
O goleiro interage com o jogo, criando um novo sistema dinâmico de relações, e 
atua em função do desenvolvimento de suas habilidades, tentando solucionar de uma ou 
de outra forma, fazendo uso dos fundamentos técnicos, como a pegada da bola, a defesa, 
a saída de gol, a situação de um a um e a reposição de jogo.
 
18UNIDADE I Futebol, Futsal, Futebol Society, Futebol de Areia
a. Pegada da bola
É a ação técnica que o goleiro executa para segurar a bola com as mãos, às vezes 
com a ajuda do peito, segundo as circunstâncias do jogo. As formas da pegada da bola 
podem ser: alta, meia altura e pegada na altura do peito.
b. Defesa
Consiste em segurar, desviar ou bloquear a bola, ou, ainda, de evitar a saída da 
bola do terreno de jogo (a bola não sai do terreno). Esta ação se classifica em defesa 
central (baixa, média e alta) e lateral (esquerda e direita, alta e baixa).
c. Saída de gol
É uma ação motora em que o goleiro abandona a meta para pegar, antecipar, 
interceptar a bola. As saídas podem ser de dois tipos: baixa e alta, cada uma delas podendo 
ser frontal e diagonal.
d. Enfrentamento
Ocorre quando o atacante se encontra com a bola perto do gol com possibilidades 
de chutar ou realizar um drible. Portanto, a velocidade de reação do goleiro deve ser ime-
diata, com o propósito de impedir que o gol seja marcado.
e. Reposição de jogo
Este fundamento é importante, uma vez que o goleiro tem a bola em seu poder 
e, logo, decide realizar um lançamento, antes dos seis segundos, com o pé ou a mão. 
Também pode ser executado como o tiro de meta ou como consequência de infrações.
O rendimento esportivo está determinado pela relação ótima entre os componentes, 
como a condição física, tática e técnica, para a melhoria dos fundamentos para o jogador 
de linha (ARRUDA, 2010).
3.4. Fundamentos Individuais no Futebol
Estes fundamentos são utilizados pelos jogadores de uma equipe em benefício 
próprio, a fim de executarem uma ação motora sem ajuda de um companheiro, ou seja, em 
forma individual, até onde as regras lhes permitam.
19UNIDADE I Futebol, Futsal, Futebol Society, Futebol de Areia
a. Condução de bola
É a ação de levar a bola pelo chão com os pés sem perder seu controle. Esse 
fundamento pode se realizar com todas as superfícies de contato, permitindo avançar e 
proteger a bola, em um determinado espaço de jogo. Permite também preparar o drible, 
realizar uma mudança de ritmo, retardar o jogo, dentre outras ações, dependendo das 
circunstâncias do jogo.
Quanto a superfície de contato: interior do pé, exterior do pé, empine do pé, 
ponta do pé, planta do pé.
Quanto à trajetória: condução em linha reta, condução em ziguezague, condução 
lateral, condução com mudança de direção, condução com frenagens.
b. Drible
É uma ação motora em que o jogador que está com a posse da bola tem a clara 
intenção de superar o adversário.
Drible simples: com apenas um toque;
Complexos: finta, vários toques.
c. Chute
É a última ação motora que o jogador realiza em direção ao gol. Para conseguir o 
objetivo, é necessário que o jogador disponha de uma situação clara que permita o lança-
mento à meta com suficiente potência, precisão e rapidez.
Superfície de contato: peito do pé (interior e exterior), ponta do pé, joelho e cabeça.
Altura da bola: baixa, média e alta;
Direção da bola: linha reta, cruzada ou diagonal, e com efeito.
d. Controle de bola
É a habilidade de dominar a bola com qualquer superfície corporale realizar jogadas 
utilizando um mínimo de esforço e velocidade máxima. Serve para avançar com garantia, 
segurança, mantendo a posse da bola, buscando espaços livre, deixando-a em condições 
ótimas para ser jogada.
Segundo a execução: controle com orientação e sem orientação;
Segundo a altura da bola: baixa, média e alta.
Segundo as superfícies de contato: pé, planta, interior, exterior, ponta e peito do 
pé ou coxa, perna, abdômen, peito e cabeça.
20UNIDADE I Futebol, Futsal, Futebol Society, Futebol de Areia
e. Cabeceio
É a capacidade de impulsionar a bola, utilizando a cabeça, e seu domínio é decisivo 
em situações defensivas e ofensivas, permitindo em ações defensivas uma interceptação 
por desvio, buscando afastar o perigo ou antecipar a jogada. Uma situação ofensiva pode 
se transformar em passe, como amortecimento ou chute. Para a realização do cabeceio 
antes de ter contato com a bola, são necessárias adequadas percepção, decisão e capaci-
dade de execução.
Superfície de contato: frontal, parietal, occipital;
Direção: para frente, para lateral e para trás;
Posição: parado, salto vertical, corridas com e sem salto.
3.5. Fundamentos Coletivos no Futebol
São aqueles fundamentos que necessitam de dois ou mais jogadores para de-
senvolver uma ação motora e são utilizados pelos jogadores para obter um benefício em 
conjunto ou em equipe (ARRUDA, 2010):
a. Passe
É uma ação técnica-tática que relaciona ou comunica dois ou mais componentes 
da mesma equipe, mediante o envio da bola, realizado em distintas direções e trajetórias, 
assim como a utilização sistemática de diversas superfícies de contato.
Distância: curtos, médios e longos;
Altura: rasteira, média e alta;
Direção: para frente, para trás, horizontal e diagonal;
Quantidades: um toque, dois toques, mais de dois toques.
Superfície de contato: interior e exterior do pé, peito, bico e sola do pé.
b. Arremesso lateral
É uma ação motora que permite o uso das mãos desde a linha lateral para colocar a 
bola em jogo. Alguns autores consideram que o arremesso lateral deve ser trabalhado como 
parte da estratégia. A técnica e as regras permitem que o arremesso possa ser executado 
parado ou por meio de uma corrida e não pode ser passado às mãos do goleiro.
21UNIDADE I Futebol, Futsal, Futebol Society, Futebol de Areia
4. SISTEMAS TÁTICOS DO FUTEBOL
A tática refere-se à totalidade das ações individuais e coletivas que realizam os 
jogadores de uma equipe, por meio de movimentos, deslocamentos e posições, em que as 
capacidades técnicas, físicas e psicológicas possuem um papel importante no transcorrer 
do jogo e podem influenciar o desempenho tático de uma equipe. 
Em contrapartida, é considerada uma arte de pôr em ordem as coisas e de desen-
volver as tarefas no momento exato e obter uma posição ótima. A tática dos jogos apre-
senta algumas características que podem ser resumidas, como a luta pela vitória, lograr o 
objetivo parcial, as rápidas decisões dos desportistas em função das ações dos oponentes 
(ARRUDA, 2010).
Com base nesses argumentos, a tática pode se definir como a capacidade de 
direção e utilização racional dos jogadores dentro do campo, para o desenvolvimento e 
a organização de situações ofensivas e defensivas, as quais devem ser praticadas com 
antecipação e devem ser adaptáveis a diversas situações do jogo, buscando o resultado 
ótimo, segundo os objetivos traçados.
4.1. Formas Básicas da Tática
O futebol é considerado uma das tarefas de máxima complexidade perceptiva 
(CASTILLO et al., 2000) que, ao longo dos anos, têm passado por nítidas mudanças na 
movimentação dos jogadores no campo, mudanças que são, sem dúvida, o resultado de 
22UNIDADE I Futebol, Futsal, Futebol Society, Futebol de Areia
cuidadosos esquemas elaborados ante os desafios, mais do que improvisações. Porém, é 
necessário reforçar e enriquecer constantemente esses esquemas nos jogadores (CANO, 
2001), com o objetivo de promover adaptações permanentes durante o jogo. 
A tática engloba, então, duas formas: uma que é estratégica ou organizada e outra 
que é considerada improvisada (sem nenhum tipo de planejamento).
a. Estratégica
Esta forma básica refere-se ao uso das capacidades mentais em função de um 
conjunto de antecedentes e do conhecimento sobre os próprios princípios do jogo. É a 
partir desses requisitos que se faz uso do planejamento para a direção tática. Esta forma 
possibilita ao técnico o domínio total do comando da equipe, por meio da organização e do 
planejamento das tarefas, por mínimas que sejam (GARCIA, 1982).
b. Improvisada
São ações que se desenvolvem durante o jogo e o técnico, pela observação, faz 
uma leitura tentando fazer correções sem nenhum tipo de organização para alcançar rapi-
damente o resultado. Esta forma não decorre de esquemas e, basicamente, a improvisação 
depende do talento do jogador, da leitura do jogo realizada pelo técnico e da capacidade de 
decisão no momento exato (ARRUDA, 2010).
4.2. Princípios Táticos
Os princípios táticos, tanto ofensivos como defensivos, permitem ao jogador conhe-
cer os conceitos básicos do jogo, a partir de uma sequência de movimentos, dividida por 
Frisselli e Mantovani (1999) em três momentos: movimentos, evoluções, e ações conjuntas. 
Dentro dessa sequência apresentam-se todos os princípios da tática, que devem ser de 
amplo domínio por parte dos jogadores.
• Movimentos (movimentação): são realizações de movimentos dentro do cam-
po sem bola com oposição de uma equipe, tentando automatizar os movimentos;
• Evoluções: são o desenvolvimento dos movimentos ensaiados, usando duas 
equipes e a bola, com evolução passiva;
• Ações individuais: é a realização das evoluções com bola e uma equipe ad-
versária, tendo como objetivo a aproximação à realidade.
23UNIDADE I Futebol, Futsal, Futebol Society, Futebol de Areia
4.3. Princípios Defensivos
Permitem trabalhar em equipe, tendo como objetivo o retardo do jogo, o equilíbrio, 
a concentração e a recuperação da bola (ARRUDA, 2010):
Figura 8 - Princípios de evolução defensiva da tática do futebol
Fonte: Arruda (2010).
4.4. Princípios Ofensivos
Estes princípios permitem o trabalho em equipe para manter o controle da bola, 
assim como a mobilidade, a penetração e a improvisação durante a posse da bola. Seu 
objetivo final é levar a bola ao gol da equipe adversária.
Figura 9 - Princípios de evolução ofensiva da tática do futebol
Fonte: Arruda (2010).
 
 
24UNIDADE I Futebol, Futsal, Futebol Society, Futebol de Areia
5. REGRAS OFICIAIS DO FUTEBOL
5.1. Regra 01 – O CAMPO DE JOGO 
5.1.1. Dimensões
Tabela 1 - Medidas do campo de jogo
 Dimensões
O comprimento das linhas laterais deve ser superior ao das linhas de meta
Comprimento (linhas laterais) Comprimento (linhas de meta)
Mínimo 90 m Mínimo 45 m
Máximo 120 m Máximo 90 m
Dimensões para jogos internacionais
Comprimento (linhas laterais) Comprimento (linhas de meta)
Mínimo 100 m Mínimo 64 m
Máximo 110 m Máximo 75 m
Fonte: Confederação Brasileira de Futebol (2018). 
5.1.2. Metas
A distância entre os dois postes é de 7,32m e a distância da borda inferior da barra 
transversal ao chão é de 2,44m (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE FUTEBOL, 2018).
5.2. Regra 02 – A BOLA 
• Deverá ser esférica;
• Ser feita de material adequado;
• Ter circunferência de 70 cm no máximo e de 68 cm no mínimo;
25UNIDADE I Futebol, Futsal, Futebol Society, Futebol de Areia
• Pesar no máximo 450 g e no mínimo 410 g no começo do jogo;
• Ter a pressão equivalente a 0,6 – 1,1 atmosferas (600 – 1100 g/cm2) ao nível do 
mar (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE FUTEBOL, 2018).
5.3. Regra 03 – OS JOGADORES
5.3.1. Número de jogadores
As partidas são disputadas por duas equipes compostas por, no máximo, 11 joga-
dores cada, um dos quais jogará como goleiro. Nenhum jogo começará nem continuará se 
uma ou ambas as equipes tiverem menos de sete jogadores (CONFEDERAÇÃO BRASI-
LEIRA DE FUTEBOL, 2018).
26UNIDADE I Futebol, Futsal,Futebol Society, Futebol de Areia
5.3.2. Número de substituições
Em uma partida só podem ser feitas no máximo três substituições (CONFEDERA-
ÇÃO BRASILEIRA DE FUTEBOL, 2018).
5.3.3. Troca de goleiro 
Qualquer jogador pode trocar de posição com o goleiro, desde que o árbitro seja 
previamente informado, e a troca aconteça durante a paralisação de jogo (CONFEDERA-
ÇÃO BRASILEIRA DE FUTEBOL, 2018).
5.4. Regra 04 – O EQUIPAMENTO DOS JOGADORES
Os jogadores não podem usar equipamento ou qualquer artigo que seja perigoso, 
sendo obrigatório, os seguintes:
• camiseta com mangas;
• calções;
• meias;
• caneleiras;
• calçado.
O goleiro pode usar calças compridas (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE FUTE-
BOL, 2018).
5.5. Regra 05 – O ÁRBITRO
O jogo é disputado sob o controle de um árbitro, que tem total autoridade para 
cumprir as regras do jogo. Se o árbitro ficar incapacitado momentaneamente, o jogo deve 
continuar sob a direção dos demais oficiais de arbitragem, até que a bola fique fora de jogo.
Os equipamentos obrigatórios são: Apito, relógio, cartões vermelhos e amarelos, 
bloco de notas (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE FUTEBOL, 2018).
5.6. Regra 06 – OS OUTROS PROFISSIONAIS DE ARBITRAGEM
Podem ser nomeados para o jogo outros oficiais de arbitragem (dois árbitros as-
sistentes, quarto árbitro, dois árbitros assistentes adicionais e árbitro assistente reserva). 
Estes oficiais ajudarão o árbitro a controlar o jogo de acordo com as regras, sendo a decisão 
final tomada sempre pelo árbitro. Os oficiais da equipe de arbitragem atuam sob a direção 
do árbitro (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE FUTEBOL, 2018).
27UNIDADE I Futebol, Futsal, Futebol Society, Futebol de Areia
5.7. Regra 07 – A DURAÇÃO DO JOGO
5.7.1. Partes do jogo
O jogo terá duração de dois períodos iguais de 45 minutos cada, que só poderão 
ser reduzidos se houver acordo entre o árbitro e as duas equipes, antes do seu início e 
desde que haja previsão no regulamento da competição (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA 
DE FUTEBOL, 2018).
5.7.2. Intervalo
Os jogadores têm direito a um intervalo entre os dois períodos, que não deve ex-
ceder 15 minutos. O regulamento da competição deve definir claramente a duração desse 
intervalo, que só pode ser modificado com permissão do árbitro (CONFEDERAÇÃO BRA-
SILEIRA DE FUTEBOL, 2018).
5.8. Regra 08 – O INÍCIO E REINÍCIO DO JOGO
O jogo deve começar com um tiro inicial (saída) no início de cada um dos períodos, 
inclusive das prorrogações e depois que um gol for marcado. Os tiros livres (diretos e indi-
retos), penalidades, arremessos laterais, tiros de meta e tiros de canto são também formas 
de reiniciar o jogo. O “bola ao chão” é uma forma de reinício do jogo, quando o árbitro o 
paralisa sem que haja previsão de seu reinício de uma das formas acima (CONFEDERA-
ÇÃO BRASILEIRA DE FUTEBOL, 2018).
A equipe que vencer o sorteio efetuado por meio de uma moeda escolhe a direção 
para onde quer jogar no primeiro período e a outra dá o tiro inicial (saída). A equipe que ga-
nhou o sorteio efetua o tiro de saída para iniciar o segundo período, sendo que as equipes 
trocam de campo. Após a marcação de um gol, a equipe que o sofrer dará o tiro de saída 
(CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE FUTEBOL, 2018).
5.9. Regra 09 – A BOLA EM JOGO E FORA DO JOGO
5.9.1. Bola fora de jogo 
A bola estará fora de jogo quando transpuser completamente uma linha de meta 
ou a linha lateral, quer pelo chão ou pelo alto, e quando o jogo for interrompido pelo árbitro 
(CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE FUTEBOL, 2018).
28UNIDADE I Futebol, Futsal, Futebol Society, Futebol de Areia
5.9.2. Bola em jogo 
A bola estará em jogo em todas as outras situações, inclusive quando tocar em um 
oficial da equipe de arbitragem, nos postes e nos travessões da meta ou nos mastros de 
tiro de canto e desde que permaneça no campo de jogo.
5.10. Regra 10 – DETERMINAÇÃO DE UM RESULTADO DO JOGO
5.10.1. Gol marcado 
Um gol será marcado quando a bola transpuser completamente a linha de meta, 
entre os postes e por baixo do travessão, desde que nenhuma infração às leis do jogo tenha 
sido previamente cometida pela equipe a favor da qual o gol seja marcado.
Quando o árbitro assinalar um gol antes de a bola transpor completamente a linha 
de meta, o jogo deve reiniciar por meio de uma bola ao chão (CONFEDERAÇÃO BRASI-
LEIRA DE FUTEBOL, 2018).
5.10.2. Equipe vencedora 
A equipe que marcar maior número de gols durante a partida será a vencedora. 
Quando as duas equipes marcarem o mesmo número de gols ou não marcarem nenhum, 
o jogo terminará empatado.
Se o regulamento da competição exigir que uma equipe seja declarada vencedora 
após um jogo ou após partidas de ida e volta que terminem empatadas, só são permitidos 
os seguintes critérios de desempate:
• Regra de gols marcados fora de casa;
• Prorrogação;
Tiros livres desde a marca penal (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE FUTEBOL, 
2018).
5.11. Regra 11 – IMPEDIMENTO
5.11.1. Posição de impedimento
Estar em posição de impedimento não constitui infração. Um jogador estará em 
posição de impedimento quando:
• qualquer parte de sua cabeça, corpo ou pés estiver na metade do campo adver-
sário (excluindo a linha de meio de campo);
• qualquer parte de sua cabeça, corpo ou pés estiver mais próximo da linha de 
meta adversária do que a bola e o penúltimo adversário.
29UNIDADE I Futebol, Futsal, Futebol Society, Futebol de Areia
As mãos e os braços dos jogadores, inclusive dos goleiros, não são considerados.
Um jogador não se encontrará em posição de impedimento quando estiver em linha 
com:
• o penúltimo adversário;
• os dois últimos adversários.
5.11.2. Não é infração
Um jogador em posição de impedimento no momento em que a bola for jogada ou 
tocada por um companheiro de equipe só deve ser punido se participar ativamente do jogo 
(CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE FUTEBOL, 2018):
• interferindo no jogo ao jogar ou tocar na bola, passada ou tocada por um com-
panheiro;
• interferindo em um adversário.
5.12. Regra 12 – FALTAS E INCORREÇÕES
Os tiros livres indiretos e diretos e o pênalti só podem ser marcados por faltas e 
infrações cometidas quando a bola estiver em jogo.
5.12.1. Tiro livre direto 
Será concedido um tiro livre direto a favor da equipe adversária do jogador que 
praticar ações consideradas pelo árbitro como imprudente, temerária ou com uso de força 
excessiva.
Tocar a bola com as mãos implica o ato deliberado de um jogador tocar a bola com 
as mãos ou com os braços, devendo ser considerado: 
• O movimento da mão em direção à bola, 
• A distância entre o jogador e a bola, 
• A posição da mão não pressupõe necessariamente uma infração,
• Tocar a bola com um objeto que estiver sendo segurado ou jogado com a mão 
(ex. caneleira) é infração.
Fora da sua própria área penal, o goleiro está sujeito às mesmas restrições que os 
demais jogadores para tocar a bola com as mãos. No interior da sua própria área penal, o 
goleiro não pode ser punido com tiro livre direto por tocar a bola com a mão (CONFEDERA-
ÇÃO BRASILEIRA DE FUTEBOL, 2018).
30UNIDADE I Futebol, Futsal, Futebol Society, Futebol de Areia
5.12.2. Tiro livre indireto 
Um tiro livre indireto será concedido à equipe adversária de um jogador que:
• jogar de maneira perigosa;
• impedir o movimento de um adversário sem qualquer contato;
• impedir o goleiro de jogar ou tentar jogar a bola com as mãos ou com os pés 
quando estiver em processo de colocação da bola em disputa;
• cometer qualquer outra infração não mencionada anteriormente nas regras, 
pela qual o jogo seja interrompido para advertir ou expulsar um jogador.
5.13. Regra 13 – TIROS LIVRES
Os “tiros livres” consistem em direto e indireto e são concedidos a favor da equipe 
adversária do jogador que cometer a falta ou infração. O tiro livre indireto será indicado pelo 
árbitro ao levantar o braço acima da cabeça, que deverá manter o braço nessa posição até 
que o tiro seja executado e até que a bola toque em outro jogador ousaia do jogo. Um tiro 
livre indireto deve ser repetido, se o árbitro não fizer o sinal correspondente e se a bola for 
entrar diretamente na meta adversária (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE FUTEBOL, 
2018).
5.14. Regra 14 – TIRO PENAL (PENALIDADE)
Um tiro penal (pênalti) será marcado se um jogador cometer uma infração punível 
com tiro livre direto dentro de sua própria área ou mesmo fora do campo de jogo, em 
razão de uma saída de campo como parte do jogo, como é indicado nas regras 12 e 13. 
Um gol pode ser marcado diretamente de um pênalti (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE 
FUTEBOL, 2018).
A bola deve estar imóvel na marca penal, o executante deve ser devidamente 
identificado e o goleiro deve permanecer sobre a linha de meta, de frente para o executante 
e entre os postes da meta, até a bola ser tocada. Todos os jogadores, fora o executante 
e o goleiro, devem encontrar-se em pelo menos 9,15 m da marca penal, atrás da marca 
penal, dentro do campo de jogo e fora da área penal (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE 
FUTEBOL, 2018).
31UNIDADE I Futebol, Futsal, Futebol Society, Futebol de Areia
Tabela 2 - Tiro penal
Resultado do tiro penal
Gol Não gol
Invasão por jogador atacante Repete o pênalti Tiro livre indireto
Invasão por jogador defensor Gol Repete o pênalti
Infração do goleiro Gol Repete o pênalti e cartão 
amarelo para o goleiro
Bola tocada para trás Tiro livre indireto Tiro livre indireto
Finta ilegal Tiro livre indireto e cartão 
amarelo para o executante
Tiro livre indireto e cartão 
amarelo para o executante
Executante não identificado Tiro livre indireto e cartão 
amarelo para o executante 
não identificado
Tiro livre indireto e cartão 
amarelo para o executante 
não identificado
Fonte: Confederação Brasileira de Futebol (2018).
5.15. Regra 15 – O ARREMESSO LATERAL 
Um arremesso lateral será concedido a favor da equipe adversária do jogador que 
tocar por último na bola antes de sair totalmente do campo pela linha lateral, pelo chão ou 
pelo alto.
Não pode ser marcado um gol diretamente de um arremesso lateral:
• se a bola entrar na meta adversária – será marcado o tiro de meta;
• se a bola entrar na meta do executante – será marcado tiro de canto (CONFE-
DERAÇÃO BRASILEIRA DE FUTEBOL, 2018).
5.16. Regra 16 – O TIRO DE META 
Um tiro de meta será marcado quando a bola ultrapassar completamente a linha 
de meta, pelo chão ou pelo alto, depois de ser tocada por último em um jogador da equipe 
atacante, sem que um gol haja sido marcado.
Um gol pode ser marcado diretamente de um tiro de meta, mas somente contra 
a equipe adversária. Se a bola tiver saído da área penal e entrar diretamente na meta do 
executante, será marcado um tiro de canto a favor da equipe adversária.
A bola deve estar imóvel e deve ser tocada de qualquer ponto da área de meta por 
um jogador da equipe defensora. Ela estará em jogo assim que sair diretamente da área 
penal e os jogadores da equipe adversária devem encontrar-se fora da área penal até que 
a bola entre em jogo (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE FUTEBOL, 2018).
32UNIDADE I Futebol, Futsal, Futebol Society, Futebol de Areia
5.17. Regra 17 – O TIRO DE CANTO 
Um tiro de canto será marcado quando a bola ultrapassar completamente a linha de 
meta, pelo chão ou pelo alto, e tocada por último em um jogador da equipe defensora, sem 
que um gol haja sido marcado. Um gol pode ser marcado diretamente de um tiro de canto.
A bola deve ser colocada na área de canto mais próxima do local onde saiu pela 
linha de meta, deve estar imóvel e precisa ser tocada por um jogador da equipe atacante. 
Ela entrará em jogo assim que for tocada e se mover claramente. Não necessita de sair 
da área de canto, o poste da bandeira de canto não pode ser removido e os jogadores da 
equipe adversária devem colocar-se, pelo menos, em 9,15m da área de canto, até que a 
bola entre em jogo.
33UNIDADE I Futebol, Futsal, Futebol Society, Futebol de Areia
6. ASPECTOS HISTÓRICOS DO FUTSAL
É polêmica a origem do futebol de salão, pois brasileiros e uruguaios são os 
prováveis fundadores desse esporte. A história brasileira diz que foi criado em 1930, na 
Associação Cristã de Moços em São Paulo, difundindo-se por todo o país posteriormente, 
tendo sido o Brasil o organizador, razão pela qual é considerado o “pai” do Futebol de Salão 
(ANDRADE JUNIOR, 1999).
Em 1930, Roger Graian publica normas e regulamentações sobre o Futebol Salão 
na revista de Educação Física n° 06. Em 1948, é criada a Comissão de Futebol de Salão da 
ACM de São Paulo. Em 1955, foi criada a Federação Paulista de Futebol de Salão (FPFS). 
Em 1956, são criadas as regras dentro do estado de São Paulo. Em 1958, o extinto CND 
oficializa o Futebol de Salão, uniformizando as regras, filiando as primeiras federações 
estaduais e promovendo competições (ANDRADE JUNIOR, 1999).
Em São Paulo, no ano de 1959, a seleção carioca sagra-se campeã do primeiro 
campeonato nacional de seleções estaduais, do qual participaram dez estados. Em 1964, 
em Assunção, o Paraguai torna-se o primeiro campeão sul-americano de Futebol de Salão 
(o Brasil não participou). Em 1969, é criada a Confederação Sul-Americana de Futebol de 
Salão. Em 1971, é criada a FIFUSA (Federação Internacional de Futebol de Salão). Em 
1979, é criada a CBFS (Confederação Brasileira de Futebol de Salão). Atualmente, a CBFS 
está filiada à FIFA (Federação Internacional de Futebol Association), que fez mudanças nas 
regras, criando o Futsal que perdura até hoje (ANDRADE JUNIOR, 1999).
34UNIDADE I Futebol, Futsal, Futebol Society, Futebol de Areia
7. FUNDAMENTOS TÉCNICOS DO FUTSAL
O jogo de futsal, dentro de sua prática globalizada, ocorre mediante realização dos 
seguintes componentes técnicos (FONSECA, 2011):
Tabela 3 - Componentes da técnica individual
Condução de bola
É a maneira pela qual o jogador conduz a bola pela quadra de jogo. Na 
condução, o jogador deve manter sempre a bola o mais próximo possível 
do pé de ação, com toques curtos e contínuos, facilitando possíveis para-
das ou mudança de direção.
Passe
É a movimentação coordenada da bola entre os jogadores da mesma 
equipe. Ele é a forma de transformação da ação individual em ação coleti-
va dos jogadores em quadra, devendo ser preciso e realizado no momen-
to oportuno com o companheiro desmarcado.
Recepção
É a ação utilizada para reduzir a velocidade da bola quando ela vem ao 
encontro do jogador, facilitando dessa forma seu total controle. A recepção 
objetiva facilita a ação seguinte do jogador, permitindo que ele dê prosse-
guimento à sua jogada ofensiva.
Chute
É a ação de impulsionar a bola, estando ela parada ou em movimento, 
procurando direcioná-la ao gol adversário. O chute é o componente técni-
co muito importante e complexo, pois de sua eficácia irá resultar o objetivo 
fundamental do jogo que é a obtenção do gol.
Drible
É o movimento do corpo e/ou da bola, utilizado para superar a marcação 
do adversário. O drible é uma ação individual e consiste numa reunião de 
vários fatores físicos e motores, como o domínio do centro de gravidade 
para manter o equilíbrio do corpo, além do balanço do corpo, da velocida-
de corporal do todo ou das partes e do controle de bola, quando em posse 
da mesma.
Cabeceio
Ação realizada para dar sequência ao deslocamento da bola enquanto es-
tiver no ar. Para realizar um bom cabeceio, o jogador necessita de noção 
de tempo de antecipação e impulsão, que deverá ser com os dois pés, 
para manter o equilíbrio do corpo no ar.
Marcação/desarme
Ação de evitar que o adversário direto receba a bola, ou, quando de 
posse dela, toma-la, evitando sua ação ofensiva. A atenção é funda-
mental para a realização de uma marcação eficaz.
Fonte: Fonseca (2011).
35UNIDADE I Futebol, Futsal, Futebol Society, Futebol de Areia
8. SISTEMAS TÁTICOS NO FUTSAL
Os esportes coletivos, salvo algumas pequenas particularidades, apresentam as 
mesmas estruturas gerais no que diz respeito ao seu funcionamento. Dentro dessa estru-
tura, duassituações chave ocorrem para que o objetivo do jogo seja alcançado e que cada 
participante tenha a possibilidade de colaborar para o intento: atacar e defender. 
Quando a “minha” equipe está com a posse da bola, eu ataco; quando estiver sem, 
eu defendo. Essas duas ações, de acordo com Bayer (1994), podem ser mais esclarecidas 
conforme o esquema a seguir:
Tabela 4 - Componentes táticos
Ataque Defesa
Manutenção da 
posse da bola
Recuperação da bola
Progressão individual e 
coletiva ao gol adversário
Impedimento da ação 
progressiva do adversário
 com e sem a bola
Arremate à goleira adversária 
com o intuito de fazer o gol
Proteção da sua goleira para 
evitar o gol adversário
Fonte: Fonseca (2011).
36UNIDADE I Futebol, Futsal, Futebol Society, Futebol de Areia
Quanto aos aspectos defensivos, é muito importante que o jogador observe e pro-
cure desenvolver as seguintes ações durante o jogo: linha da bola, perseguição, cobertura 
e troca de marcação (FONSECA, 2011).
Tabela 5 - Aspectos defensivos
ASPECTOS DEFENSIVOS
Linha da bola
É uma linha imaginária traçada perpendicularmente à quadra, passando 
sobre a bola, e todos os jogadores de defesa devem ficar atrás dela. A 
linha da bola favorece o posicionamento defensivo da equipe, principal-
mente possibilitando ao atleta, durante a função de marcação, observar 
a boa e o jogador a ser marcado por ele, usando a visão periférica.
Troca de marcação
Tem como objetivo evitar o desgaste desnecessário de energia e pos-
sibilitar uma melhor ocupação do espaço, facilitando a marcação ao 
adversário. Esse tipo de ação acontece quando a marcação é individual 
e ocorre troca de posição clara e previsível, entre atacantes. Nesse mo-
mento os jogadores de defesa não acompanham seu marcador.
Fonte: Fonseca (2011).
Quanto aos componentes táticos de ataque do futsal, alguns aspectos importantes 
presentes no jogo são: a exploração do ponto futuro, a linha do passe e a desmarcação 
(FONSECA, 2011).
Tabela 6 - Aspectos defensivos
ASPECTOS OFENSIVOS
Ponto futuro Local de encontros, num espaço vazio, entre o jogador e a bola oriunda 
de um passe, objetivando criar melhores condições de arremate a gol.
Apoio ao passe É buscar espaço na quadra de jogo para receber a bola do companhei-
ro, não deixando sem opção de passar a bola. Quando a equipe está 
com posse de bola, apenas um jogador a detém e três jogadores estão 
sem ela. Cabe a esses três jogadores proporcionar condições adequa-
das para que o passe do companheiro seja realizado adequadamente.
Desmarcação Quando o jogador está na função ofensiva, deve distanciar-se do mar-
cador, objetivando sair do seu campo visual para melhorar a possibili-
dade de receber um passe do companheiro. O atacante deve procurar 
movimentar-se sempre ultrapassando o defensor sem, entretanto, ficar 
encoberto por seu corpo. Dessa forma, ele estará obrigando o marcador 
a procura-lo em quadra, dificultando a ação defensiva do adversário.
Fonte: Fonseca (2011).
37UNIDADE I Futebol, Futsal, Futebol Society, Futebol de Areia
9. REGRAS OFICIAIS DO FUTSAL
9.1. Regra 01 – A QUADRA DE JOGO 
Os jogos deverão ser disputados em superfícies lisas, livres de asperezas e não ser 
abrasiva. O seu piso será construído de madeira ou material sintético rigorosamente nivela-
do, sem declives ou depressões. Devem ser evitados pisos de cimento (CONFEDERAÇÃO 
BRASILEIRA DE FUTSAL, 2018).
• Para os certames nacionais nas categorias adultos e Sub-20, masculinas, a 
quadra de jogo terá medidas de no mínimo 38 m de comprimento por 18 m de 
largura.
• Para os certames nacionais nas categorias adultos, Sub-20, Sub-17, Sub-15 e 
Sub-13 femininas, bem como nas categorias Sub-17, Sub-15 e Sub-13 masculi-
nas, a quadra de jogo terá medidas de no mínimo 36 m de comprimento por 18 
m de largura.
• Para os certames nacionais na categoria Sub-11, masculina e feminina, a quadra 
de jogo terá medidas de no mínimo 34 m de comprimento por 16m de largura.
• Para as competições estaduais, as dimensões das quadras poderão ser regula-
mentadas pelas federações locais.
• Para as partidas internacionais a quadra de jogo deverá ter um comprimento 
mínimo de 38 m e máximo de 42 m e ter a largura mínima de 20 m e a máxima 
de 25 m.
38UNIDADE I Futebol, Futsal, Futebol Society, Futebol de Areia
Todas as quadras, independentemente da dimensão devem possuir área de escape 
de no mínimo 1,5 metros.Figura 10 - Quadra de futsal
Fonte: Confederação Brasileira de Futsal (2018).
Figura 11 - Baliza de futsal 
Fonte: Confederação Brasileira de Futsal (2018).
9.2. Regra 02 – A BOLA 
A bola será esférica. O invólucro deverá ser de couro macio ou de outro material 
aprovado.
39UNIDADE I Futebol, Futsal, Futebol Society, Futebol de Areia
Tabela 7 - Bolas de futsal por categoria
Categoria Circunferência Peso
Mínima Máxima Mínimo Máximo
Adultas, Sub-20, Sub-17 e Sub-15 
masculinas e femininas
62 cm 64 cm 400 g 440 g
Sub-13 masculina e feminina 55 cm 59 cm 350 g 380 g
Sub-11 e Sub-9 50 cm 55 cm 300 g 330 g
Inferior ao Sub-9 masculinas e femini-
nas
40 cm 43 cm 250 g 280 g
Fonte: Confederação Brasileira de Futsal (2018).
9.3. Regra 03 – NÚMERO DE JOGADORES
A partida será disputada entre duas equipes compostas, cada uma por no máximo 
05 (cinco) jogadores, um dos quais será o goleiro.
É vedado o início de uma partida se uma das equipes tiver menos de três jogadores 
e nem terá continuação ou prosseguimento se uma das equipes, ou ambas, ficar reduzida 
a menos de três jogadores na quadra de jogo.
O número máximo de jogadores reservas para substituições depende do regula-
mento de cada competição, sendo nove o máximo permitido. As substituições são ilimitadas 
desde que respeitadas as disposições legais (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE FUT-
SAL, 2018).
9.4. Regra 04 – EQUIPAMENTO DOS JOGADORES 
Os jogadores não podem utilizar nenhum equipamento ou objeto que ofereça perigo 
a eles ou aos demais jogadores, inclusive qualquer tipo de joias.
Os equipamentos básicos são: camisa de manga curta ou longa (numerada de 01 
a 99), calção curto, meião, tênis e caneleira (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE FUTSAL, 
2018).
9.5. Regra 05 – OS ÁRBITROS 
As partidas serão controladas por dois árbitros, árbitro principal e árbitro auxiliar, 
que terão plenos poderes para fazer cumprir as Regras de Jogo de Futsal.
Eles têm como como função, aplicar as regras de jogo do futsal e decidir sobre 
qualquer divergência oriunda de sua prática, sendo suas decisões, em matéria de fato, 
finais e irrecorríveis desse que se relacione com o resultado da partida.
40UNIDADE I Futebol, Futsal, Futebol Society, Futebol de Areia
Serão, ainda, auxiliados por um árbitro/anotador e um cronometrista (CONFEDE-
RAÇÃO BRASILEIRA DE FUTSAL, 2018).
9.6. Regra 06 – 3° ÁRBITRO ANOTADOR E CRONOMETRISTA
O terceiro árbitro/anotador e o cronometrista exercerão suas funções em uma mesa 
do lado de fora da quadra de jogo, próxima à linha divisória do meio da quadra, junto a zona 
de substituição.
O terceiro árbitro/anotador tem como atribuições principais auxiliar o árbitro princi-
pal, o segundo árbitro e o cronometrista. Preencherá a súmula com todos os jogadores e 
membros da comissão técnica das equipes que vão participar do jogo, bem como todas as 
outras anotações necessárias.
O cronometrista controla o tempo de jogo, bem como anota no placar eletrônico os 
gols, as faltas acumulativas e os períodos, dentre outras funções.
Em partidas internacionais, é obrigatória a presença de um terceiro árbitro e um 
cronometrista, além do uso de placar eletrônico (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE FU-
TSAL, 2018).
9.7. Regra 07 – DURAÇÃO DA PARTIDA 
O tempo de duração de uma partida será cronometrado e dividido em dois períodos 
iguais, tanto no masculino como no feminino. Considerando a menor resistência do orga-
nismo em formação, e não podendo exigir-se de jogadores de reduzida idade um excessivo 
esforço físico, os tempos de duração das partidas serão os seguintes:Tabela 8 - Tempo de jogo de futsal por categoria 
Categoria
Tempo Períodos
Adultas, Sub-20, Sub-17 40 minutos Dois tempos de 20 minutos
Sub-15, Sub-13 e Sub 11 30 minutos Dois tempos de 15 minutos
Sub-9 e Sub-7 26 minutos Dois tempos de 13 minutos
Para outras categorias e faixas etárias Definido pela própria entida-
de federativas.
Fonte: Confederação Brasileira de Futsal (2018).
O intervalo de jogo entre o primeiro e o segundo período poderá ser de até 15 
minutos. O tempo suplementar poderá ser entre três e cinco minutos (CONFEDERAÇÃO 
BRASILEIRA DE FUTSAL, 2018).
41UNIDADE I Futebol, Futsal, Futebol Society, Futebol de Areia
9.8. Regra 08 – BOLA DE SAÍDA 
No início da partida, a escolha de lado ou saída de bola será decidida por meio de 
sorteio procedido pelo árbitro principal. A equipe vencedora do sorteio escolherá a meia 
quadra onde irá iniciar jogando e a equipe perdedora terá o direito à bola de saída do jogo. 
Quando o jogo tiver tempo suplementar deverá ser feito o mesmo procedimento (CONFE-
DERAÇÃO BRASILEIRA DE FUTSAL, 2018).
9.9. Regra 09 – BOLA EM JOGO E FORA DE JOGO
A bola estará fora de jogo quando: atravessar completamente, quer pelo solo ou 
quer pelo alto, as linhas laterais ou de meta; a partida for interrompida; a bola bater no teto 
ou em equipamentos de outros desportos. .
Em todas as outras ocasiões, ela estará em jogo (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA 
DE FUTSAL, 2018).
9.10. Regra 10 – CONTAGEM DE GOLS 
Será válido o gol quando a bola ultrapassar inteiramente a linha de meta entre 
os postes de meta e sob o travessão, contando que não tenha sido cometida nenhuma 
infração por jogador atacante. 
Não será válido o gol originado de qualquer arremesso de meta ou arremesso do 
goleiro, com as mãos, salvo se a bola, em sua trajetória, tocar ou for tocada por qualquer 
jogador, inclusive o goleiro adversário. Se a bola penetrar diretamente o gol não será válido, 
sendo executado arremesso de meta.
9.11. Regra 11 – IMPEDIMENTO
Não existe impedimento no futsal (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE FUTSAL, 
2018).
9.12. Regra 12 – FALTAS E INCORREÇÕES 
Para que seja considerada uma falta, devemos reunir as seguintes condições:
• Ser cometida por um jogador de quadra ou reserva que não tenha cumprido 
corretamente o procedimento de substituições;
• Deverá ocorrer na superfície de jogo;
• Ocorrer quando a bola está em jogo.
As faltas e incorreções serão penalizadas com:
42UNIDADE I Futebol, Futsal, Futebol Society, Futebol de Areia
a. Tiro Livre Direto: ações imprudentes, temerárias ou com uso de força exces-
siva;
b. Tiro Livre Indireto: ações menos graves;
c. Tiro Livre Penal: será concedido sempre que um jogador cometer uma falta 
para tiro livre direto, dentro da sua própria área penal, independentemente de onde se 
encontrava a bola, estando ela em jogo.
d. As sanções disciplinares são:
e. Cartão Amarelo: advertência;
f. Cartão Vermelho: exclusão do jogo, a equipe fica com um jogador a menos 
durante 2 minutos ou até sofrer um gol (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE FUTSAL, 
2018).
9.13. Regra 13 – TIROS LIVRES 
a. Tiro Livre Direto
Através do tiro livre direto pode-se consignar diretamente um gol contra a equipe 
que cometeu a infração.
A cobrança de um tiro penal deve ser feita da marca penal, cobrada obrigatoria-
mente para frente, com a bola entrando em jogo tão logo seja movimentada.
Um tiro livre direto sem barreira deve ser cobrado para frente, com intenção de 
chutar em direção à meta, não podendo a bola em sua trajetória ser tocada por outro 
jogador da sua equipe – anotada após a sexta falta (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE 
FUTSAL, 2018).
b. Tiro Livre Indireto
A bola deve ser tocada por um segundo jogador, sendo companheiro ou adversário.
9.14. Regra 14 – TIRO PENAL 
• A bola deverá ser colocada no ponto penal;
• O executor deverá ser devidamente identificado;
• O goleiro deverá estar sobre a linha de meta, de frente para o executor e entre 
os postes de meta até que a bola esteja em jogo, poderá movimentar-se late-
ralmente;
43UNIDADE I Futebol, Futsal, Futebol Society, Futebol de Areia
• Os jogadores, exceto o executor devem estar na superfície de jogo, fora da 
área penal, atrás do ponto penal e a uma distância mínima de 5 metros da bola 
(CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE FUTSAL, 2018).
9.15. Regra 15 – TIRO LATERAL 
O tiro lateral será cobrado sempre que a bola atravessar inteiramente as linhas 
laterais, quer pelo solo, quer pelo alto ou tocar o teto. O retorno da bola à quadra de jogo 
se dará com a sua movimentação, com o uso dos pés, sendo a bola colocada no local de 
onde saiu, podendo ser jogada em qualquer direção, movimento executado por um jogador 
adversário daquela equipe que tocou a bola por último (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA 
DE FUTSAL, 2018).
9.16. Regra 16 – ARREMESSO DE META
Será arremesso de meta sempre que a bola atravessar inteiramente a linha de meta 
pelo alto ou pelo solo, excluída a parte compreendida entre os postes e sob o travessão de 
meta, após ter sido tocada ou jogada pela última vez por jogador da equipe atacante.
A execução do arremesso de meta será realizada exclusivamente pelo goleiro, 
com o uso das mãos, de qualquer ponto da área penal. A bola somente estará em jogo 
quando ultrapassar inteiramente a linha demarcatória da área penal (CONFEDERAÇÃO 
BRASILEIRA DE FUTSAL, 2018).
9.17. Regra 17 – TIRO DE CANTO 
O tiro de canto se dará sempre que a bola ultrapassar inteiramente a linha de meta, 
excluída a parte compreendida entre os postes e sob o travessão de meta, quer pelo solo, 
quer pelo alto, após ter sido jogada ou tocada pela última vez por um jogador defensor. O 
tiro de canto deverá ser executado sempre do canto mais próximo de onde saiu à bola pela 
linha de meta.
Para a cobrança do tiro de canto, a bola deve ser colocada dentro do quadrante. 
Será executado por um jogador da equipe adversária, com o uso dos pés. O executor do 
tiro de canto pode ter o pé de apoio em cima da linha lateral, de meta, do lado de fora ou 
dentro da quadra (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE FUTSAL, 2018).
44UNIDADE I Futebol, Futsal, Futebol Society, Futebol de Areia
10. Metodologia do Ensino do Futebol/Futsal
O ato de ensinar uma habilidade esportiva pressupõe uma organização mínima que 
proporcione o atingimento dos objetivos traçados inicialmente. Essa atitude é considerada 
como o método de ensino aplicado pelo professor para a aprendizagem da atividade por 
parte do aluno (FONSECA, 2011). Definir o método é a forma de organização e utilização 
dos meios selecionados, com o fim de realizar os objetivos de um sistema ou a concepção 
de ensino. A definição do método mais adequado para o desenvolvimento do processo de 
ensino e aprendizagem é uma tarefa muito importante para o professor (FONSECA, 2011).
Fonseca (1997) lembra que todos os métodos de ensino apresentam aspectos que 
podem ser considerados vantajosos, como também outros desvantajosos. Por isso, nenhum 
deles deve ser desprezado imediatamente. O professor, ao escolher e definir seu método 
de trabalho, deve ter consciência da capacidade do seu aluno, bem como ter clareza dos 
objetivos a serem atingidos, sem esquecer o contexto.
No processo de ensino/aprendizagem no futebol/futsal, são utilizados mais usual-
mente três métodos: o método parcial chamado – também de método analítico –, o método 
global e o método global-recreativo ou método misto (FONSECA, 2011).
No método parcial ou analítico, o ensino dessa modalidade baseia-se no desenvol-
vimento das habilidades do jogo através de exercícios técnicos, para, a partir da aprendiza-
gem por parte do aluno, introduzir sua prática. O método global preconiza o ensino do jogo 
desde cedo, pela aplicação de séries de jogos, partindo de formas jogadas, pequenos jogos 
45UNIDADE I Futebol, Futsal, Futebol Society, Futebol de Areia
e jogos simplificados até chegar ao grande jogo. Já o método misto, ou global-recreativo 
defende a utilização da série dejogos, como no global, mas associada à prática paralela de 
exercícios técnicos para reforço ou aprimoramento do gesto técnico do esporte (FONSECA, 
2011).
Tradicionalmente, o ensino do futebol/futsal tem se baseado na aplicação do 
método parcial, que é muito utilizado nas escolinhas esportivas. Nesses locais, as aulas 
compõem-se essencialmente de exercícios de aquecimento, com ou sem a bola, seguidos 
de exercícios técnicos dos mais diversos tipos e, no final, a utilização do grande jogo, 
cinco contra cinco, com as regras oficiais para ajustes técnicos. Nas escolas formais, com 
o futebol/futsal cada vez mais fazendo parte do currículo escolar, esse método também é 
utilizado, quando não é trocado pelo método de confrontação, que é a realização do grande 
jogo pura e simplesmente (FONSECA, 2011).
Acredita-se que a utilização do jogo, nas suas mais diversas formas, deve fazer 
parte da metodologia utilizada para o ensino e aprendizagem do futebol/futsal. Se o uso dos 
exercícios específicos apresenta como grande vantagem o desenvolvimento das habilidades 
técnicas, por sua vez, a utilização do jogo, proporciona o desenvolvimento rápido e eficaz 
da técnica motora e permite que o aluno desenvolva sua capacidade cognitiva associada 
a sua condição motora. De acordo com Garganta (1995), a utilização de exercícios ensina 
o que fazer (técnica) e não como fazer (tática). Essa é a grande vantagem do jogo como 
meio para a aprendizagem, pois ele permite o desenvolvimento do raciocínio tático do aluno 
associado ao desenvolvimento técnico (FONSECA, 2011).
A utilização de jogos no processo de aprendizagem permite que a técnica e tática 
estejam sempre juntos. Como essas modalidades são consideradas esportes coletivos, 
dependendo de uma relação direta entre as partes componentes, como a técnica e a tática 
principalmente, acredita-se que é ilógico proporcionar o desenvolvimento isolado dessas 
partes durante o processo de aprendizagem e também de treinamento. Por isso, afirma-se 
que a tática é fundamental para a obtenção de sucesso no desenvolvimento do jogo. Gar-
ganta (1995) salienta que o uso de jogos de forma gradual proporciona a correta aplicação 
e interpretação dos princípios do jogo, viabilizando o uso da técnica e da criatividade.
O desenvolvimento de diversas formas de praticar essas modalidades por meio de 
jogos adaptados possibilita ao aluno a experimentação de posturas táticas diferentes. O 
que para alguns autores é uma desvantagem, para nós é algo positivo pois a construção 
da compreensão tática do jogo deve ser vivenciada com o maior número possível de estí-
mulos, sendo apresentados logicamente de forma gradual. O conhecimento que um aluno 
46UNIDADE I Futebol, Futsal, Futebol Society, Futebol de Areia
constrói, na realização de um jogo, será aproveitado na participação em outro e na sua 
realização, desenvolvendo, assim, sua ação dentro de cada jogo (FONSECA, 2011).
Futebol e futsal são considerados como jogos situacionais, pois o contexto onde ele 
são praticados modifica-se a cada momento. Esse ponto não obrigatoriamente determina a 
ação do jogador na partida, pois ele pode não tomar qualquer tipo de atitude em situações 
de demarcação, auxílio na marcação, contra-ataque e em outras. Por outro lado, pode, de 
forma consciente, obter uma melhor ação frente ao adversário, de acordo com as novas e 
variadas situações que o jogo vai criando (FONSECA, 2011).
A ação individual do aluno, na realização da técnica do jogo, como a realização de 
passe, chute, condução da bola e outras, também é estimulada, na medida em que ele se 
preocupa com a melhor forma de execução do gesto técnico, para obter êxito durante o jogo. 
Fica impossível dissociar a técnica da tática. Portanto, acredita-se que os métodos a serem 
utilizados para o ensino e aprendizagem dessas modalidades não podem desconsiderar a 
utilização do jogo, por meio de suas formas jogadas e de jogos adaptados, como parte de 
suas estratégias (FONSECA, 2011).
SAIBA MAIS
Futebol de Areia
Quanto ao equipamento dos jogadores, o uniforme consiste em camisas e calções e o 
goleiro utiliza as luvas para a proteção de toda a mão. Autorizado pelo árbitro, pode-se 
usar meias e/ou tornozeleiras. A bola tem circunferência entre 68 cm e 70 cm e o peso 
de 400g a 440g (CBBS, 2020).
O árbitro tem dois cartões: o amarelo para quando, no seu entendimento, o jogador 
comete uma infração leve, e o vermelho para quando, em seu entendimento, o jogador 
comete uma infração grave, sendo ele expulso da partida. O time que tiver um jogador 
expulso ficará dois minutos com um jogador a menos ou até um gol do time adversário, 
podendo, assim, entrar outro jogador para manter o número igual de jogadores em cam-
po. É importante ressaltar que dois cartões amarelos para o mesmo jogador tem o peso 
de um cartão vermelho, ficando ele fora da partida (CBBS, 2020).
Futebol Society
Essa modalidade foi criada em nosso país como Futebol Suíço, Futebol de Areia, Fu-
47UNIDADE I Futebol, Futsal, Futebol Society, Futebol de Areia
tebol Sete, Futebol Social, por volta de 1895. Os primeiros campos de grama natural 
foram construídos dentro das mansões do Morumbi, onde executivos encontravam-se 
para jogar futebol. Os campos para prática extra-oficial em grama natural e de areia 
surgiram por volta de 1988, sendo o campo “Futebol Society”, localizado no bairro do 
Itaim Bibi, um dos primeiros e mais conhecidos campos para locação. Naquela época 
não havia muita organização, jogando-se com um número variável entre 6 e 10 atletas 
e com bola de futebol de campo.
Para saber um pouco mais sobre essa modalidade, acesse: https://www.portalsaofran-
cisco.com.br/esportes/futebol-society.
REFLITA
Futebol de Areia
O aprendizado é universal. Não importa o que você esteja tentando aprender e o modo 
como você aborda, o problema é o mesmo; o que varia, quando varia, são especificida-
des relacionadas aos tópicos.
Aprendendo a jogar futebol de areia, primeiro defina qual é o problema e qual será a 
solução. No futebol de areia, a meta pode ser jogar uma partida numa praia mais perto, 
conseguir passar um conhecimento para alguém, participar de um campeonato de areia 
e se destacar ou somente conhecer esse tipo de futebol.
Com um objetivo específico e que contenha algo que queira alcançar, devemos dividir 
habilidades em sub-habilidades, uma divisão que ajuda a definir as posições de cada 
jogador, de acordo com suas características: fixo, alas, pivô e goleiro (MOTTA, 2002).
Futebol Society
O Futebol Society é uma variação do futebol (soccer), jogado em campos menores e 
usualmente com grama sintética (ou outros materiais artificiais). 
Disputado por sete atletas de cada lado, tem regras próprias, criadas por um brasileiro, 
Milton Mattani. Foi difundido em todo o mundo, principalmente na América do Sul.
Para saber um pouco mais sobre essa modalidade, acesse: https://www.portalsaofran-
cisco.com.br/esportes/futebol-society.
https://www.portalsaofrancisco.com.br/esportes/futebol-society
https://www.portalsaofrancisco.com.br/esportes/futebol-society
https://www.portalsaofrancisco.com.br/esportes/futebol-society
https://www.portalsaofrancisco.com.br/esportes/futebol-society
48UNIDADE I Futebol, Futsal, Futebol Society, Futebol de Areia
MATERIAL COMPLEMENTAR 
LIVRO
Para conhecer sobre a origem, a história, as regras e o desenvol-
vimento do futebol society.
Acesse o link: https://www.portalsaofrancisco.com.br/esportes/
futebol-society.
Título: Metodologia do futebol e do futsal
Autor: Patrick da Silveira Gonçalves
Sinopse: para saber mais sobre a abordagem histórico-evolutiva, 
aprendizagem motora aplicada, métodos de ensino, aspectos táti-
cos e técnicos, princípios de ataque, defesa e transição, sistemas 
e manobras, noções de planejamento e periodização, regulamen-
tação básica do futebol e futsal (GONÇALVES, 2019).
LIVRO 2
Título: Futebol Society - História e origem no Brasil
Autor:Telmo Vaz
Sinopse: aborda a história e origem do esporte no Brasil, sistemas, 
esquemas táticos e fundamentos do futebol society.
FILME/VÍDEO
Título: Semifinal Futebol Society - Corinthians vs. São Paulo
Ano: 2015
Sinopse: para entender um pouco mais sobre a modalidade de 
futebol society, assista ao jogo Corinthians x São Paulo através do 
link https://www.youtube.com/watch?v=XS_k28vJi8U.
FILME/VÍDEO 2
Título: Vocês sabem quais são os benefícios do futebol de areia?
Ano: 2016
Link: Entenda um pouco mais dos benefícios do futebol de areia 
acessando o link https://www.youtube.com/watch?v=PVCLuB7e-
NEQ.
https://www.portalsaofrancisco.com.br/esportes/futebol-society
https://www.portalsaofrancisco.com.br/esportes/futebol-society
https://www.youtube.com/watch?v=XS_k28vJi8U
49UNIDADE I Futebol, Futsal, Futebol Society, Futebol de Areia
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Se a aprendizagem do futebol/futsal e suas variações forem feitas em uma escola 
de ensino regular, do fundamental ao ensino médio, não faz sentido falar em classificação 
dos alunos por níveis de desenvolvimento. 
Na escola, o futebol deve ser um conteúdo dentre os demais presente no pla-
nejamento do professor. Os alunos devem aprender futebol como aprendem Matemática, 
Ciências, Português etc. 
Tanto no contexto educacional como nas escolinhas que se proliferam, há um nú-
mero muito grande de meninos e meninas que necessitam de orientação segura e oportuni-
dades para desenvolver suas habilidades. Essa orientação deve ser coerente, respeitando 
o desenvolvimento biológico, psicológico e social dos alunos.
Ensinando na escola regular ou na escola específica, o futebol deve contribuir para 
que o indivíduo que o aprende possa usufruir a modalidade de forma autónoma na sua 
vida como cidadão. Não importa o que a criança venha a ser quando adulta, ela tem que 
adquirir recursos para viver com dignidade. Isso supõe oportunidades para desenvolver a 
inteligência prática, a inteligência conceitual, as relações com os outros, os sentimentos, a 
motricidade.
50
Plano de Estudo:
Aspectos históricos do basquetebol; Fundamentos técnicos do basquetebol; Sistemas táti-
cos do basquetebol; Regras oficiais do basquetebol; Metodologia de ensino do basquete-
bol; Aspectos históricos do handebol; Fundamentos técnicos do handebol; Sistemas táticos 
do handebol; Regras oficiais do handebol; Metodologia de ensino do handebol; Abordagens 
sobre o handebol de areia.
Objetivos da Aprendizagem
• Verificar os aspectos históricos do basquetebol e handebol;
• Abordar os fundamentos técnicos e táticos do basquetebol e handebol;
• Analisar as regras oficiais do basquetebol e handebol;
• Conhecer as metodologias de ensino do basquetebol e handebol;
• Conhecer aspectos voltados ao handebol de areia.
UNIDADE II
Basquetebol, Handebol, e Handebol de 
Areia
Professor Dr. Rafael Octaviano de Souza
51UNIDADE II Basquetebol, Handebol, e Handebol de Areia
INTRODUÇÃO
As modalidades esportivas coletivas são caracterizadas por ações de caráter 
aleatório, imprevisível e variável (SILVA; JUNIOR, 2005). O contexto esportivo pode ser 
entendido como um complexo de atividades, situações, rotinas, interações, estratégias e 
táticas que, uma vez entendidas, facilitam a descrição e a prestação do comportamento dos 
atletas e equipes nos jogos coletivos (PRUDENTE et al., 2004).
Dentro dessa perspectiva, além do futebol, outras modalidades coletivas vêm se 
destacando nas últimas décadas, dentre elas o basquetebol e o handebol. No basquetebol, 
é possível encontrar as formas básicas de movimento do ser humano: corridas, saltos e 
lançamentos. Elas estão presentes na execução dos diferentes fundamentos do jogo ou na 
sua combinação. Outra característica importante do basquetebol é a variabilidade de ritmo 
e intensidade na execução das ações. Por fim, o basquetebol exige o desenvolvimento de 
três capacidades motoras condicionais básicas: força, resistência e velocidade (DE ROSE 
JUNIOR; TRICOLI, 2005).
O handebol é um esporte coletivo com bola, também jogado com as mãos, cujo 
objetivo é marcar mais gols que o adversário numa baliza de 3 x 2 metros defendida por 
goleiros. De acordo com Teixeira (2003), o handebol é muito parecido com o futebol, porém 
é jogado com as mãos e, por isso, recebe este nome em inglês (handball): hand = mão 
e ball = bola. É um esporte bastante dinâmico, divertido para quem joga e interessante 
para quem assiste devido, principalmente, à velocidade das jogadas, ao contato físico e às 
ações dos goleiros (CLANTON; DWIGHT, 1997).
Atualmente, o handebol pode ser praticado como handebol de quadra, handebol de 
areia, mini handebol, handebol para terceira idade, handebol em cadeira de rodas e han-
debol de campo. Porém, a Federação Internacional de Handebol (Internacional Handball 
Federation – IHF) reconhece oficialmente apenas o handebol de quadra (indoor handball ou 
team handball) e o handebol de areia (beach handball), realizando atividades voltadas para 
a prática e o desenvolvimento dessas duas modalidades (INTERNATIONAL HANDBALL 
FEDERATION, 2010).
Ao final desta unidade, você deverá conhecer a história e o desenvolvimento dessas 
duas modalidades coletivas, bem como seus fundamentos técnicos, sistemas táticos, as re-
gras oficiais e suas respectivas metodologias de ensino, assim como conhecer abordagens 
do basquete 3 x 3 e do handbeach.
52UNIDADE II Basquetebol, Handebol, e Handebol de Areia
1. Aspectos Históricos Do Basquetebol
O basquetebol, ou basquete, como é mais conhecido, é um jogo em que duas 
equipes, compostas cada uma por cinco jogadores, devem arremessar a bola em uma 
cesta suspensa. Cada cesta realizada é convertida em pontos, que definem, ao final de 
uma partida, a equipe que mais marcou como a vencedora (GONÇALVES, 2019).
De acordo com Gonçalves (2019), sua origem data do final do século XIX, quando 
o professor de Educação Física, James Naismith, em 1891, propôs um novo jogo frente às 
dificuldades encontradas à época. Naismith nasceu na cidade de Almonte, no Canadá, em 
1861, e sua primeira atividade profissional exercida foi como instrutor de atividades físicas 
na Escola Internacional de Treinamento da Associação Cristã de Moços (ACM), que veio 
a ser chamada, mais tarde, de Springfield College, localizada na cidade de Springfield, no 
estado de Massachusetts, na Região Nordeste dos Estados Unidos.
Ao assumir o Departamento de Educação Física do colégio norte-americano, em 
1891, Naismith se deparou com algumas situações conflitantes. Os jovens daquela institui-
ção eram ávidos por esportes e jogos que tinham como elementos principais a competição 
e a recreação. No entanto, a localização geográfica de Springfield fazia com que a cidade 
sofresse com invernos rigorosos, com temperaturas negativas e incidências recorrentes 
de neve. Nessa época, eram comuns alguns esportes praticados em ambientes abertos, 
como, por exemplo: Futebol americano, futebol (soccer), lacrosse e rúgbi (GONÇALVES, 
2019). Na impossibilidade de prática dessas modalidades, esse período ficou marcado pelas 
53UNIDADE II Basquetebol, Handebol, e Handebol de Areia
práticas corporais que se resumiam a exercícios calistênicos, que proporcionavam pouca 
motivação. Assim, o diretor da ACM, Luther Gullick lançou o desafio ao professor Naismith 
de desenvolver uma nova proposta de jogo que fosse capaz de motivar alguns adultos 
pouco engajados nas práticas corporais durante esse período (GONÇALVES, 2019).
Inicialmente, Naismith tentou adaptar as regras do futebol americano, do futebol 
e do lacrosse para as condições físicas de que dispunha. No entanto, percebeu que os 
alunos ainda demonstravam certa insatisfação. Ao fracassar recorrentemente na tentativa 
de adaptar os esportes existentes, Naismith decidiu fazer uma análise sobre os aspectos 
comuns nos esportes que faziam parte do contexto histórico que estava vivendo. Nesse 
sentido, Naismith identificou que as bolas maiores geralmente eram manipuladas

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