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APOSTILA - FUNDAMENTOS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS DE ESPORTES COLETIVOS

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Fundamentos Teóricos 
e Metodológicos de 
Esportes Coletivos 
Professor Dr. Rafael Octaviano de Souza
APRESENTAÇÃO 
Professor Dr. Rafael Octaviano de Souza 
 
● Bacharel em Administração de Empresas (UNESPAR); 
● Graduado em Educação Física – Licenciatura Plena (UNESPAR); 
● Especialista em Treinamento Desportivo (UEM); 
● Especialista em Gestão em Pessoas (UNIFATECIE); 
● Especialista em Metodologia e Didática no Ensino Superior 
(UNIFATECIE); 
● Mestre em Exercício Físico na Promoção da Saúde (UNOPAR); 
● Doutor em Atividade Física e Saúde (UFPR); 
● Ex-docente do curso de Educação Física (UNESPAR); 
● Ex-docente do curso de Educação Física (FACINOR); 
● Ex-docente do curso de Marketing (UNIFATECIE); 
● Ex-docente do curso de Processos Gerais (UNIFATECIE); 
● Ex-docente do curso de Marketing (ALFA); 
● Ex-coordenador do curso de Educação Física (UNIFATECIE); 
● Ex-professor de pós-graduação (UNIFATECIE); 
● Professor da disciplina Futebol e Futsal (UNINGÁ - EAD); 
● Professor do curso de Educação Física (UNIFATECIE); 
● Autor do livro “História do Futsal de Paranavaí”; 
● Autor do livro “Burnout em atletas jovens”; 
● Prêmio “Orgulho Paranaense de Produção Literária – 2015” “Burnout em 
atletas jovens. 
 
Ampla experiência prática como treinador de futsal em equipes como: São 
Lucas/Paranavaí, CAFÉ Futsal/Cianorte, Amafusa/Maringá, Marreco/Francisco 
Beltrão, CAL Noroeste/Loanda, Seleção Paranaense de Futsal; Gestor de 
Futebol no Atlético Clube de Paranavaí – ACP; atual Secretário de Esportes e 
Lazer do município de Paranavaí. 
Para maiores informações, acessar link: 
http://lattes.cnpq.br/8499275496337473. 
 
 
http://lattes.cnpq.br/8499275496337473
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA 
 
Seja muito bem-vindo (a)! 
Prezado (a) aluno (a), se você se interessou pelo assunto desta disciplina, 
isso já é o início de uma grande jornada que vamos trilhar juntos a partir de 
agora. Proponho, junto com você, construir nosso conhecimento sobre os 
conteúdos que proporcionam ao futuro profissional condições de atuar no ensino 
escolar e técnico nos jogos esportivos coletivos. 
 Para tanto, há de se destacar o importante papel do professor/treinador 
em todo o processo, dada a necessidade de possuir os conhecimentos e 
competências requeridas para modelar e estruturar as fases constituintes do 
treino, bem como coordenar as atividades desenvolvidas pelos praticantes. 
Por isso, na unidade I, contribuiremos para o entendimento e melhoria na 
capacidade dos acadêmicos de Educação Física para trabalhar com as 
modalidades de futebol e futsal, apresentando, a seguir, contextos sobre a sua 
história, seu início no Brasil, os fundamentos técnicos e táticos, regras, os 
princípios metodológicos de ensino, bem como os aspectos relevantes do futebol 
society e futebol de areia. 
Já na unidade II, vamos apresentar conteúdos referentes às modalidades 
de basquetebol e handebol, contribuindo, assim, para a melhoria na capacidade 
dos acadêmicos de Educação Física em trabalhar com essas modalidades em 
nível educacional, recreacional e performance, apresentando os contextos sobre 
cada história, seus respectivos aspectos técnicos e táticos, suas regras, 
metodologias de ensino e uma breve apresentação sobre o handbeach. 
Na unidade III, vamos conhecer aspectos relacionados a uma das 
modalidades esportivas que mais cresceu nas últimas décadas: o voleibol. 
Apresentaremos, nesta etapa, o histórico da modalidade, a evolução das regras, 
seus fundamentos técnicos e táticos, suas principais regras atuais e métodos de 
ensino. Também abordaremos um pouco do voleibol de praia, uma modalidade 
com resultados expressivos para o nosso país em competições internacionais. 
Na unidade IV, por sua vez, abordaremos os aspectos históricos, 
fundamentos técnicos, táticos, principais regras, alguns jogos pré-desportivos e 
processos metodológicos de ensino das modalidades de futebol americano, 
rúgby, hóquei, beisebol/softbol e ultimate frisbee. Além disso, apresentaremos 
diferenças entre o futebol americano e rúgby, bem como diferenças e 
semelhanças entre o beisebol e softbol. 
Importante destacar que, em um jogo desportivo coletivo (JDC), 
evidencia-se a predominância da “subjetividade” em detrimento da 
“objetividade”; é justamente a natureza do jogo como atividade. Nesse caso, os 
jogos esportivos coletivos é que irão garantir o desejo do aluno/atleta de ao jogo 
se entregar, desejo este que sustenta um ambiente de aprendizagem. 
Por isso, aproveito para reforçar o convite a você para, junto conosco, 
percorrer esta jornada de conhecimento e multiplicar os conhecimentos sobre 
tantos assuntos abordados sobre os jogos desportivos coletivos. Esperamos 
contribuir para seu crescimento pessoal e profissional. 
 
Muito obrigado e bom estudo! 
 
 
FUNDAMENTOS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS DE ESPORTES 
COLETIVOS 
 
Professor Dr. Rafael Octaviano de Souza 
 
UNIDADE I – FUTEBOL, FUTSAL, FUTEBOL SOCIETY, FUTEBOL DE 
AREIA 
Plano de Estudo: 
● Aspectos históricos do futebol; 
● Fundamentos técnicos do futebol; 
● Sistemas táticos do futebol; 
● Regras oficiais do futebol; 
● Aspectos históricos do futsal; 
● Fundamentos técnicos do futsal; 
● Sistemas táticos do futsal; 
● Regras oficiais do futsal; 
● Metodologia de ensino do futebol/futsal. 
 
Objetivos da Aprendizagem 
● Verificar os aspectos históricos do futebol e futsal; 
● Abordar os fundamentos técnicos e táticos do futebol e futsal; 
● Analisar as regras oficiais do futebol e futsal; 
● Conhecer as metodologias de ensino do futebol, futsal. 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
Em função da globalização, a preparação desportiva foi um dos campos da 
ciência que mais evoluiu nas últimas décadas. Desde os primeiros jogos olímpicos, 
e até mesmo, ainda no período da Arte (a.C.), estudiosos vem realizando os mais 
diversos experimentos na área da preparação desportiva, mais conhecida como 
área do treinamento desportivo. O treinamento desportivo é considerado um 
processo que utiliza o exercício físico como meio para tentar alcançar um nível mais 
ou menos elevado (WEINECK, 1999), por meio do uso racional de métodos, formas 
e condições (MATVEEV, 1983), seguindo um planejamento definido por objetivos 
parciais. 
O processo de treinamento tem vários objetivos e depende muito dos níveis 
de desenvolvimento (WEINECK, 2003), como o treinamento de alto desempenho 
para atletas, o treinamento de adaptações para aptidão, o treinamento de 
reabilitação para a recuperação, o treinamento técnico para melhorar os 
fundamentos, o treinamento tático para melhorar as ações táticas ofensivas e 
defensivas em modalidades coletivas e o treinamento de crianças e adolescentes, 
respeitando o processo de crescimento e maturação biológica. 
 Com relação aos jovens atletas, diversas pesquisas já comprovaram que os 
treinamentos não devem seguir o mesmo modelo dos adultos. Há diferenças 
peculiares que devem ser respeitadas, como os indicadores biológicos 
responsáveis pela determinação do estágio de maturação, os conceitos de 
crescimento físico, composição corporal e os indicadores do comportamento e do 
desempenho motor do jovem atleta (WEINECK, 2003). 
Diante desses apontamentos, a presente unidade tem por objetivo contribuir 
para o entendimento e a melhoria na capacidade dos acadêmicos de Educação 
Física para trabalhar com as modalidades de futebol, futsal, apresentando, a seguir, 
contextos sobre o histórico, fundamentos técnicos e táticos, principais regras e 
princípios metodológicos de ensino dessas modalidades, além de abordagens 
sobre futebol society e futebol de areia. 
 
1 ASPECTOS HISTÓRICOS DO FUTEBOL 
 
Diversas modalidades esportivas atuais surgiram intencionalmente, isto é, 
foram criadas para contemplar objetivos específicos, como ocorreu com o basquete, 
para fugir dos rigorosos invernos, e o voleibol, para minimizar as lesões. 
Diferentemente, o futebolnão apresenta uma origem exata, como uma modalidade 
que viesse a suprir carências ou necessidades de uma comunidade específica, 
tendo sua prática derivado de diversos outros jogos que se desenvolveram há 
milhares de anos (GONÇALVES, 2019). 
Um desses jogos, desenvolvido na China aproximadamente no ano de 2.600 
a.C, levava o nome de Tsu-tsu, fazendo parte de um ritual praticado por algumas 
tribos. Também existiam indícios de que jogos parecidos a esse eram desenvolvidos 
na Grécia e no Japão. Mais recentemente, no século XIV, o cálcio parece ter sido 
fortemente relacionado à origem do futebol como uma prática esportiva: 
desenvolvido na Itália, sua tradução significa “coice” ou “chute”, e compreendia uma 
prática corporal voltada ao lazer da nobreza (GONÇALVES, 2019). 
O esporte passou a ser jogado de maneira formal na Inglaterra, por 
trabalhadores e outras pessoas em seus momentos de lazer, pelas ruas e praças, 
e, da mesma forma, membros da elite econômica da época o praticavam em escolas 
e clubes. Essa difusão entre as diversas classes tão logo originou os primeiros 
campeonatos, fazendo com surgissem jogadores cada vez mais habilidosos. Pelo 
fato de a modalidade esportiva ter se popularizado nas classes menos favorecidas, 
os membros da elite não desejavam a profissionalização, já que corriam o risco de 
ser menos habilidosos, o que acabou adiando a profissionalização do esporte, que 
veio a ocorrer em 1885 (GONÇALVES, 2019). 
Com a profissionalização do esporte, a modalidade também passou a ser 
mais difundida pelo mundo, principalmente em países que pertencem ao continente 
europeu. O jogo, então, começou a ser disputado utilizando-se uniformes, regras e 
a linguagem tal qual disputado na Inglaterra. Essa prática também chamou a 
atenção daqueles que gostavam apenas de assistir às disputas, dando origem aos 
torcedores, que vibravam por determinados clubes. Logo, o futebol voltado ao 
espetáculo se iniciou ao final do século XIX, período em que os primeiros ingressos 
também começaram a ser cobrados. No início do século seguinte, o fluxo migratório 
se intensificou pela presença do Império Britânico em diferentes colônias, fazendo 
com que os ingleses levassem a modalidade para diferentes partes do mundo 
(GONÇALVES, 2019). 
 
 
 
 
 
2 HISTÓRIA DO FUTEBOL NO BRASIL 
O futebol tupiniquim deu sorte assim que nasceu. Embora tenha sido 
introduzido aqui no Brasil no fim do século XIX com um inconfundível sotaque 
britânico, o tipo de jogo adotado possuía em seu DNA características que logo o 
distinguiria do futebol então praticado na Europa. 
Charles Miller, um dos principais introdutores do futebol no Brasil, era adepto 
do “dribbling”, ou do drible, maneira insinuante de superar os zagueiros para chegar 
ao gol. Miller poderia gostar do “passing”, isto é, da troca de passes, que, desde 
aquela época, fazia do futebol europeu essencialmente técnico, eficiente e 
monótono. Se nosso pioneiro tivesse em seu próprio código genético o traço 
brasileiro, talvez tivéssemos sido somente súditos do jogo em que apenas a vitória 
interessava e, provavelmente, não faríamos história como o país que encantou o 
mundo com seus malabarismos e sua arte imprevisível (GUTERMAN, 2009). 
Charles William Miller nasceu em São Paulo, em 24 de novembro de 1874, 
filho do engenheiro escocês John Miller e da brasileira Carlota Alexandrina Fox 
Miller. Carlota, por sua vez, era filha dos ingleses Henry Fox e Harriett Mathilda 
Rudge Fox, ou seja, a família Miller tinha acentuado sotaque britânico, resultado de 
um conjunto de fatores que transformaram São Paulo em centro de atração do 
capital inglês no período derradeiro do século XIX. O pai de Miller viera ao Brasil 
para trabalhar na São Paulo Railway, ou San Paulo (Brazilian) Railway Company 
Limited, como consta nos documentos da empresa na Inglaterra, em meio ao boom 
de construção de ferrovias no Brasil (GUTERMAN, 2009). 
 
Figura 1 - Charles Miller (sentado com a bola) e seus companheiros do São Paulo Athletic 
em 1904: o mais importante pioneiro do futebol brasileiro 
 
Fonte: Guterman (2009). 
 
O futebol chegou ao Brasil com status de esporte de elite. Na Inglaterra, já 
era jogado por operários de fábricas, mas adentrou a terras brasileiras por meio de 
estudantes de classe alta, que voltavam do Reino Unido com bolas e chuteiras na 
bagagem, como foram os casos de Charles Miller e Oscar Cox, os pioneiros da 
modalidade. No entanto, não demorou muito para que o football conquistasse os 
operários e trabalhadores também no Brasil (GELEDÉS, 2019). 
O exemplo mais simbólico é o do Bangu Atlético Clube, time fundado por 
ingleses, mas formado, em grande parte, pelos operários da Fábrica de Tecidos 
Bangu, no subúrbio do Rio de Janeiro. O clube foi o primeiro no estado a escalar 
um atleta negro, Francisco Carregal, em 1905. O feito fez com que, em 1907, a Liga 
Metropolitana de Football (equivalente à atual FERJ) publicasse uma nota proibindo 
o registro de “pessoas de cor” como atletas amadores de futebol. O clube, então, 
optou por abandonar a Liga e não disputar o Campeonato Carioca (GELEDÉS, 
2019). 
Com a massificação, o futebol passou a ter também importância política. 
Exemplo disso foi a briga em 1934 entre a Federação Brasileira de Futebol (FBF), 
a favor da profissionalização, e a Confederação Brasileira de Desportos (CBD), pró-
amadorismo. A seleção brasileira, que não enviou a sua melhor equipe, fez a sua 
pior campanha em Copas, terminando em 14° lugar, com apenas um jogo e uma 
derrota para a Espanha por 3 a 1. A Copa de 34 foi marcada dentro de campo por 
reflexos do poder político-ideológico no auge do fascismo (GLOBO ESPORTE, 
2014). 
Com a globalização, o futebol passou a ser objeto de hegemonia planetária. 
O Brasil passou a perseguir o título como uma obsessão, um projeto de “afirmação 
nacional”. Esse fenômeno ficou claro com a organização e participação na Copa de 
50 no país onde fomos derrotados pelo Uruguai de virada na final. Porém, a 
evidência maior ocorreu em 1970, na Copa do México, onde a Ditadura Militar 
transformou cada vitória brasileira em sintonia das nossas imensas possibilidades. 
 
Figura 2 – Jairzinho passa como quer pela defesa da Tchecoslováquia na estreia da 
seleção na Copa de 1970: vitória com efeitos políticos 
 
Fonte: Guterman (2009). 
 
Na década de 80, paralelo a crises econômicas e desorganização 
administrativa, o futebol brasileiro passou a exportar seus craques na chamada 
“década perdida”. Amantes brasileiros do futebol passaram a acompanhar os 
campeonatos europeus pela TV aberta, a globalização entrou em campo, os times 
da Europa se transformaram em seleções e a seleção brasileira em “seleção 
estrangeira”. 
 
Figura 3 - Na foto oficial, os jogadores da seleção brasileira que disputou a Copa de 1990 
escondendo o patrocínio da Pepsi: o futebol vira um grande negócio 
 
Fonte: Guterman (2009). 
 
A conquista das Copas de 1994 e 2002 mostrou que o Brasil ainda tinha algo 
de diferente entre as principais seleções: a sua imprevisibilidade personificada por 
jogadores como Romário, Rivaldo e Ronaldo dentre outros, além, é claro, da 
afirmação nacional, aliada à confirmação da democracia no país, bem como o 
resgate de séculos de dívida social. 
 
Figura 4 - Cafu ergue a taça após a conquista do penta no Japão, em 2002: homenagem 
ao Jardim Irene lembra a origem miserável dos heróis nacionais 
 
Fonte: Guterman (2009). 
 
 
3 FUNDAMENTOS TÉCNICOS DO FUTEBOL 
 
A técnica requer uma série de destrezas e habilidades para o domínio da 
bola (MORENO, 2003), especialmente em condições de pressão, em que os 
jogadores podem fazer uso da técnica em benefício próprio ou do conjunto. Assim, 
partindo dessa ótica, pode ser classificada em individual, bem como, segundo as 
ações motoras, em “com” ou “sem bola”. 
Em contrapartida, Scaglia (1996) sistematiza os fundamentosem função dos 
conteúdos. São fundamentos básicos: o passe, o domínio, a condução, o drible, o 
chute, o cabeceio e o desarme. Fundamentos derivados são os lançamentos, os 
cruzamentos, a cobrança de falta, o pênalti, a tabelinha, o arremesso lateral e o 
escanteio. Já fundamentos específicos são os que estão relacionados com as 
funções próprias do jogador pela posição de jogo (ARRUDA, 2010). 
 
Figura 5 - Classificação dos fundamentos técnicos do futebol 
 
Fonte: Arruda (2010). 
 
3.1 O Goleiro 
O goleiro é um jogador que pode usar as mãos e os pés para resolver 
situações defensivas e ofensivas em diferentes momentos do jogo. Essa 
capacidade de resolução dependerá das condições externas, caracterizadas por um 
alto nível de incerteza temporal e situacional (quando e o que vai acontecer) e das 
condições internas associadas à competência do sujeito. Por essa razão, o goleiro 
é um elemento da equipe com múltiplas ações, dependendo das funções com ou 
sem bola (ARRUDA, 2010). 
 
Figura 6 - Goleiro Castilho defendendo as cores do Fluminense 
 
 Fundamentos 
 Com Bola 
 
- Pegada da bola; 
- Defesa; 
- Saída de gol; 
Enfrentamento (1:1); 
Reposição de jogo; 
 Sem Bola 
 
- Posição; 
- Colocação; 
- Deslocamento 
 
 Individual 
 
-Condução; 
- Drible; 
- Chute; 
- Cabeceio; 
- Dominio de Bola 
(Controle); 
 Coletivo 
 
- Passe; 
- Arremesso Lateral 
 Goleiros Jogadores de Linha 
 
Fonte: Simon (2010). 
 
3.2 Fundamentos Sem Bola 
É quando o goleiro atua durante o jogo em função de intenções defensivas e 
ofensivas, utilizando suas próprias ações motoras, que lhe permitem relacionar-se 
com as constantes do jogo, como, por exemplo, com um companheiro, adversário, 
espaço, com bola, entre outras. 
A técnica sem bola inclui a posição básica, a colocação e os deslocamentos: 
a) Posição básica 
Refere-se à posição que o goleiro adota quando o adversário tem a posse de 
bola, uma situação ofensiva para o atacante e defensiva para o goleiro. Cada goleiro 
tem seu próprio estilo e desenvolve uma sequência inicial com deslocamentos, 
posição básica, deslocamentos etc., seguindo a trajetória da bola. 
b) Colocação do goleiro 
É quando o goleiro está posicionado no terreno de jogo em relação à bola e 
ao gol, mantendo sempre uma bissetriz, sem descuidar da posição básica e da 
trajetória da bola. 
c) Deslocamentos 
No transcorrer do jogo, cada goleiro tem seu próprio estilo, realizando 
deslocamentos laterais, adiante, atrás, pequenos saltos, entre outras ações 
motoras. Geralmente, essas ações são rápidas e de pequena dimensão. 
 
Figura 7 - Tipos de deslocamentos que executam os goleiros 
 
Fonte: Arruda (2010). 
 
3.3 Fundamentos Com Bola 
O goleiro interage com o jogo, criando um novo sistema dinâmico de 
relações, e atua em função do desenvolvimento de suas habilidades, tentando 
solucionar de uma ou de outra forma, fazendo uso dos fundamentos técnicos, como 
a pegada da bola, a defesa, a saída de gol, a situação de um a um e a reposição de 
jogo. 
a) Pegada da bola 
É a ação técnica que o goleiro executa para segurar a bola com as mãos, às 
vezes com a ajuda do peito, segundo as circunstâncias do jogo. As formas da 
pegada da bola podem ser: alta, meia altura e pegada na altura do peito. 
b) Defesa 
Consiste em segurar, desviar ou bloquear a bola, ou, ainda, de evitar a saída 
da bola do terreno de jogo (a bola não sai do terreno). Esta ação se classifica em 
defesa central (baixa, média e alta) e lateral (esquerda e direita, alta e baixa). 
c) Saída de gol 
É uma ação motora em que o goleiro abandona a meta para pegar, antecipar, 
interceptar a bola. As saídas podem ser de dois tipos: baixa e alta, cada uma delas 
podendo ser frontal e diagonal. 
d) Enfrentamento 
Ocorre quando o atacante se encontra com a bola perto do gol com 
possibilidades de chutar ou realizar um drible. Portanto, a velocidade de reação do 
goleiro deve ser imediata, com o propósito de impedir que o gol seja marcado. 
e) Reposição de jogo 
Este fundamento é importante, uma vez que o goleiro tem a bola em seu 
poder e, logo, decide realizar um lançamento, antes dos seis segundos, com o pé 
 
 Deslocamentos 
 
-Curto; 
- Médio; 
- Longo; 
 
- Frontal; 
- Lateral; 
- De costas; 
 Longitude Direção 
ou a mão. Também pode ser executado como o tiro de meta ou como consequência 
de infrações. 
 
O rendimento esportivo está determinado pela relação ótima entre os 
componentes, como a condição física, tática e técnica, para a melhoria dos 
fundamentos para o jogador de linha (ARRUDA, 2010). 
3.4 Fundamentos Individuais no Futebol 
Estes fundamentos são utilizados pelos jogadores de uma equipe em 
benefício próprio, a fim de executarem uma ação motora sem ajuda de um 
companheiro, ou seja, em forma individual, até onde as regras lhes permitam. 
a) Condução de bola 
É a ação de levar a bola pelo chão com os pés sem perder seu controle. Esse 
fundamento pode se realizar com todas as superfícies de contato, permitindo 
avançar e proteger a bola, em um determinado espaço de jogo. Permite também 
preparar o drible, realizar uma mudança de ritmo, retardar o jogo, dentre outras 
ações, dependendo das circunstâncias do jogo. 
Quanto a superfície de contato: interior do pé, exterior do pé, empine do pé, ponta 
do pé, planta do pé. 
Quanto à trajetória: condução em linha reta, condução em ziguezague, condução 
lateral, condução com mudança de direção, condução com frenagens. 
b) Drible 
É uma ação motora em que o jogador que está com a posse da bola tem a 
clara intenção de superar o adversário. 
Drible simples: com apenas um toque; 
Complexos: finta, vários toques. 
c) Chute 
É a última ação motora que o jogador realiza em direção ao gol. Para 
conseguir o objetivo, é necessário que o jogador disponha de uma situação clara 
que permita o lançamento à meta com suficiente potência, precisão e rapidez. 
Superfície de contato: peito do pé (interior e exterior), ponta do pé, joelho e 
cabeça. 
Altura da bola: baixa, média e alta; 
Direção da bola: linha reta, cruzada ou diagonal, e com efeito. 
d) Controle de bola 
É a habilidade de dominar a bola com qualquer superfície corporal e realizar 
jogadas utilizando um mínimo de esforço e velocidade máxima. Serve para avançar 
com garantia, segurança, mantendo a posse da bola, buscando espaços livre, 
deixando-a em condições ótimas para ser jogada. 
Segundo a execução: controle com orientação e sem orientação; 
Segundo a altura da bola: baixa, média e alta. 
Segundo as superfícies de contato: pé, planta, interior, exterior, ponta e peito do 
pé ou coxa, perna, abdômen, peito e cabeça. 
e) Cabeceio 
É a capacidade de impulsionar a bola, utilizando a cabeça, e seu domínio é 
decisivo em situações defensivas e ofensivas, permitindo em ações defensivas uma 
interceptação por desvio, buscando afastar o perigo ou antecipar a jogada. Uma 
situação ofensiva pode se transformar em passe, como amortecimento ou chute. 
Para a realização do cabeceio antes de ter contato com a bola, são necessárias 
adequadas percepção, decisão e capacidade de execução. 
Superfície de contato: frontal, parietal, occipital; 
Direção: para frente, para lateral e para trás; 
Posição: parado, salto vertical, corridas com e sem salto. 
 
3.5 Fundamentos Coletivos no Futebol 
São aqueles fundamentos que necessitam de dois ou mais jogadores para 
desenvolver uma ação motora e são utilizados pelos jogadores para obter um 
benefício em conjunto ou em equipe (ARRUDA, 2010): 
a) Passe 
É uma ação técnica-tática que relaciona ou comunica dois ou mais 
componentes da mesma equipe, mediante o envio da bola, realizado em distintas 
direções e trajetórias, assim como a utilização sistemática de diversas superfícies 
de contato. 
Distância: curtos, médios e longos; 
Altura: rasteira, média e alta; 
Direção: para frente, para trás, horizontal e diagonal; 
Quantidades:um toque, dois toques, mais de dois toques. 
Superfície de contato: interior e exterior do pé, peito, bico e sola do pé. 
b) Arremesso lateral 
É uma ação motora que permite o uso das mãos desde a linha lateral para 
colocar a bola em jogo. Alguns autores consideram que o arremesso lateral deve 
ser trabalhado como parte da estratégia. A técnica e as regras permitem que o 
arremesso possa ser executado parado ou por meio de uma corrida e não pode ser 
passado às mãos do goleiro. 
 
4 SISTEMAS TÁTICOS DO FUTEBOL 
A tática refere-se à totalidade das ações individuais e coletivas que realizam 
os jogadores de uma equipe, por meio de movimentos, deslocamentos e posições, 
em que as capacidades técnicas, físicas e psicológicas possuem um papel 
importante no transcorrer do jogo e podem influenciar o desempenho tático de uma 
equipe. 
Em contrapartida, é considerada uma arte de pôr em ordem as coisas e de 
desenvolver as tarefas no momento exato e obter uma posição ótima. A tática dos 
jogos apresenta algumas características que podem ser resumidas, como a luta 
pela vitória, lograr o objetivo parcial, as rápidas decisões dos desportistas em função 
das ações dos oponentes (ARRUDA, 2010). 
Com base nesses argumentos, a tática pode se definir como a capacidade 
de direção e utilização racional dos jogadores dentro do campo, para o 
desenvolvimento e a organização de situações ofensivas e defensivas, as quais 
devem ser praticadas com antecipação e devem ser adaptáveis a diversas 
situações do jogo, buscando o resultado ótimo, segundo os objetivos traçados. 
 
4.1 Formas Básicas da Tática 
O futebol é considerado uma das tarefas de máxima complexidade 
perceptiva (CASTILLO et al., 2000) que, ao longo dos anos, têm passado por nítidas 
mudanças na movimentação dos jogadores no campo, mudanças que são, sem 
dúvida, o resultado de cuidadosos esquemas elaborados ante os desafios, mais do 
que improvisações. Porém, é necessário reforçar e enriquecer constantemente 
esses esquemas nos jogadores (CANO, 2001), com o objetivo de promover 
adaptações permanentes durante o jogo. 
A tática engloba, então, duas formas: uma que é estratégica ou organizada 
e outra que é considerada improvisada (sem nenhum tipo de planejamento). 
a) Estratégica 
Esta forma básica refere-se ao uso das capacidades mentais em função de 
um conjunto de antecedentes e do conhecimento sobre os próprios princípios do 
jogo. É a partir desses requisitos que se faz uso do planejamento para a direção 
tática. Esta forma possibilita ao técnico o domínio total do comando da equipe, por 
meio da organização e do planejamento das tarefas, por mínimas que sejam 
(GARCIA, 1982). 
b) Improvisada 
São ações que se desenvolvem durante o jogo e o técnico, pela observação, 
faz uma leitura tentando fazer correções sem nenhum tipo de organização para 
alcançar rapidamente o resultado. Esta forma não decorre de esquemas e, 
basicamente, a improvisação depende do talento do jogador, da leitura do jogo 
realizada pelo técnico e da capacidade de decisão no momento exato (ARRUDA, 
2010). 
 
4.2 Princípios Táticos 
Os princípios táticos, tanto ofensivos como defensivos, permitem ao jogador 
conhecer os conceitos básicos do jogo, a partir de uma sequência de movimentos, 
dividida por Frisselli e Mantovani (1999) em três momentos: movimentos, evoluções, 
e ações conjuntas. Dentro dessa sequência apresentam-se todos os princípios da 
tática, que devem ser de amplo domínio por parte dos jogadores. 
● Movimentos (movimentação): são realizações de movimentos dentro do 
campo sem bola com oposição de uma equipe, tentando automatizar os 
movimentos; 
● Evoluções: são o desenvolvimento dos movimentos ensaiados, usando 
duas equipes e a bola, com evolução passiva; 
● Ações individuais: é a realização das evoluções com bola e uma equipe 
adversária, tendo como objetivo a aproximação à realidade. 
 
4.3 Princípios Defensivos 
Permitem trabalhar em equipe, tendo como objetivo o retardo do jogo, o 
equilíbrio, a concentração e a recuperação da bola (ARRUDA, 2010): 
 
Figura 8 - Princípios de evolução defensiva da tática do futebol 
 
Fonte: Arruda (2010). 
 
4.4 Princípios Ofensivos 
Estes princípios permitem o trabalho em equipe para manter o controle da bola, 
assim como a mobilidade, a penetração e a improvisação durante a posse da bola. 
Seu objetivo final é levar a bola ao gol da equipe adversária. 
 
Figura 9 - Princípios de evolução ofensiva da tática do futebol 
 
Fonte: Arruda (2010). 
 
 
 
 
 Princípios Defensivos 
 
 Retardo 
 
 Equilibrio 
 
 Recuperação 
 
 Concentração 
 
 Controle 
 
 
 Princípios Ofensivos 
 
 Controle 
 
 Amplitude 
 
 Mobilidade 
 
 Penetração 
 
 Improvisação 
5 REGRAS OFICIAIS DO FUTEBOL 
 
5.1 Regra 01 – O CAMPO DE JOGO 
 
5.1 .1 Dimensões 
Tabela 1 - Medidas do campo de jogo 
 Dimensões 
O comprimento das linhas laterais deve ser superior ao das linhas de meta 
Comprimento (linhas laterais) Comprimento (linhas de meta) 
Mínimo 90 m Mínimo 45 m 
Máximo 120 m Máximo 90 m 
Dimensões para jogos internacionais 
Comprimento (linhas laterais) Comprimento (linhas de meta) 
Mínimo 100 m Mínimo 64 m 
Máximo 110 m Máximo 75 m 
Fonte: Confederação Brasileira de Futebol (2018). 
 
5.1.2 Metas 
A distância entre os dois postes é de 7,32m e a distância da borda inferior da 
barra transversal ao chão é de 2,44m (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE 
FUTEBOL, 2018). 
 
5.2 Regra 02 – A BOLA 
● Deverá ser esférica; 
● Ser feita de material adequado; 
● Ter circunferência de 70 cm no máximo e de 68 cm no mínimo; 
● Pesar no máximo 450 g e no mínimo 410 g no começo do jogo; 
● Ter a pressão equivalente a 0,6 – 1,1 atmosferas (600 – 1100 g/cm2) ao nível 
do mar (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE FUTEBOL, 2018). 
 
5.3 Regra 03 – OS JOGADORES 
5.3.1 Número de jogadores 
As partidas são disputadas por duas equipes compostas por, no máximo, 11 
jogadores cada, um dos quais jogará como goleiro. Nenhum jogo começará nem 
continuará se uma ou ambas as equipes tiverem menos de sete jogadores 
(CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE FUTEBOL, 2018). 
 
5.3.2 Número de substituições 
Em uma partida só podem ser feitas no máximo três substituições 
(CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE FUTEBOL, 2018). 
 
5.3.3 Troca de goleiro 
Qualquer jogador pode trocar de posição com o goleiro, desde que o árbitro 
seja previamente informado, e a troca aconteça durante a paralisação de jogo 
(CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE FUTEBOL, 2018). 
 
5.4 Regra 04 – O EQUIPAMENTO DOS JOGADORES 
Os jogadores não podem usar equipamento ou qualquer artigo que seja 
perigoso, sendo obrigatório, os seguintes: 
● camiseta com mangas; 
● calções; 
● meias; 
● caneleiras; 
● calçado. 
O goleiro pode usar calças compridas (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE 
FUTEBOL, 2018). 
 
5.5 Regra 05 – O ÁRBITRO 
O jogo é disputado sob o controle de um árbitro, que tem total autoridade 
para cumprir as regras do jogo. Se o árbitro ficar incapacitado momentaneamente, 
o jogo deve continuar sob a direção dos demais oficiais de arbitragem, até que a 
bola fique fora de jogo. 
Os equipamentos obrigatórios são: Apito, relógio, cartões vermelhos e 
amarelos, bloco de notas (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE FUTEBOL, 2018). 
 
5.6 Regra 06 – OS OUTROS PROFISSIONAIS DE ARBITRAGEM 
Podem ser nomeados para o jogo outros oficiais de arbitragem (dois árbitros 
assistentes, quarto árbitro, dois árbitros assistentes adicionais e árbitro assistente 
reserva). Estes oficiais ajudarão o árbitro a controlar o jogo de acordo com as regras, 
sendo a decisão final tomada sempre pelo árbitro. Os oficiais da equipe de 
arbitragem atuam sob a direção do árbitro (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE 
FUTEBOL, 2018). 
 
 
5.7 Regra 07 – A DURAÇÃO DO JOGO 
5.7.1 Partes do jogo 
O jogo terá duração de dois períodos iguais de 45 minutos cada, que só 
poderão ser reduzidos se houver acordo entre o árbitroe as duas equipes, antes do 
seu início e desde que haja previsão no regulamento da competição 
(CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE FUTEBOL, 2018). 
 
5.7.2 Intervalo 
Os jogadores têm direito a um intervalo entre os dois períodos, que não deve 
exceder 15 minutos. O regulamento da competição deve definir claramente a 
duração desse intervalo, que só pode ser modificado com permissão do árbitro 
(CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE FUTEBOL, 2018). 
 
5.8 Regra 08 – O INÍCIO E REINÍCIO DO JOGO 
O jogo deve começar com um tiro inicial (saída) no início de cada um dos 
períodos, inclusive das prorrogações e depois que um gol for marcado. Os tiros 
livres (diretos e indiretos), penalidades, arremessos laterais, tiros de meta e tiros de 
canto são também formas de reiniciar o jogo. O “bola ao chão” é uma forma de 
reinício do jogo, quando o árbitro o paralisa sem que haja previsão de seu reinício 
de uma das formas acima (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE FUTEBOL, 2018). 
A equipe que vencer o sorteio efetuado por meio de uma moeda escolhe a 
direção para onde quer jogar no primeiro período e a outra dá o tiro inicial (saída). 
A equipe que ganhou o sorteio efetua o tiro de saída para iniciar o segundo período, 
sendo que as equipes trocam de campo. Após a marcação de um gol, a equipe que 
o sofrer dará o tiro de saída (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE FUTEBOL, 2018). 
 
 
5.9 Regra 09 – A BOLA EM JOGO E FORA DO JOGO 
5.9.1 Bola fora de jogo 
A bola estará fora de jogo quando transpuser completamente uma linha de 
meta ou a linha lateral, quer pelo chão ou pelo alto, e quando o jogo for interrompido 
pelo árbitro (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE FUTEBOL, 2018). 
 
5.9.2 Bola em jogo 
A bola estará em jogo em todas as outras situações, inclusive quando tocar 
em um oficial da equipe de arbitragem, nos postes e nos travessões da meta ou nos 
mastros de tiro de canto e desde que permaneça no campo de jogo. 
 
5.10 Regra 10 – DETERMINAÇÃO DE UM RESULTADO DO JOGO 
5.10.1 Gol marcado 
Um gol será marcado quando a bola transpuser completamente a linha de 
meta, entre os postes e por baixo do travessão, desde que nenhuma infração às 
leis do jogo tenha sido previamente cometida pela equipe a favor da qual o gol seja 
marcado. 
Quando o árbitro assinalar um gol antes de a bola transpor completamente a 
linha de meta, o jogo deve reiniciar por meio de uma bola ao chão 
(CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE FUTEBOL, 2018). 
 
5.10.2 Equipe vencedora 
A equipe que marcar maior número de gols durante a partida será a 
vencedora. Quando as duas equipes marcarem o mesmo número de gols ou não 
marcarem nenhum, o jogo terminará empatado. 
Se o regulamento da competição exigir que uma equipe seja declarada 
vencedora após um jogo ou após partidas de ida e volta que terminem empatadas, 
só são permitidos os seguintes critérios de desempate: 
● Regra de gols marcados fora de casa; 
● Prorrogação; 
Tiros livres desde a marca penal (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE 
FUTEBOL, 2018). 
 
5.11 Regra 11 – IMPEDIMENTO 
5.11.1 Posição de impedimento 
Estar em posição de impedimento não constitui infração. Um jogador estará 
em posição de impedimento quando: 
● qualquer parte de sua cabeça, corpo ou pés estiver na metade do campo 
adversário (excluindo a linha de meio de campo); 
● qualquer parte de sua cabeça, corpo ou pés estiver mais próximo da linha de 
meta adversária do que a bola e o penúltimo adversário. 
As mãos e os braços dos jogadores, inclusive dos goleiros, não são considerados. 
Um jogador não se encontrará em posição de impedimento quando estiver 
em linha com: 
● o penúltimo adversário; 
● os dois últimos adversários. 
 
5.11.2 Não é infração 
Um jogador em posição de impedimento no momento em que a bola for jogada 
ou tocada por um companheiro de equipe só deve ser punido se participar 
ativamente do jogo (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE FUTEBOL, 2018): 
● interferindo no jogo ao jogar ou tocar na bola, passada ou tocada por um 
companheiro; 
● interferindo em um adversário. 
 
5.12 Regra 12 – FALTAS E INCORREÇÕES 
Os tiros livres indiretos e diretos e o pênalti só podem ser marcados por faltas 
e infrações cometidas quando a bola estiver em jogo. 
 
5.12.1Tiro livre direto 
Será concedido um tiro livre direto a favor da equipe adversária do jogador 
que praticar ações consideradas pelo árbitro como imprudente, temerária ou com 
uso de força excessiva. 
Tocar a bola com as mãos implica o ato deliberado de um jogador tocar a 
bola com as mãos ou com os braços, devendo ser considerado: 
● O movimento da mão em direção à bola, 
● A distância entre o jogador e a bola, 
● A posição da mão não pressupõe necessariamente uma 
infração, 
● Tocar a bola com um objeto que estiver sendo segurado ou 
jogado com a mão (ex. caneleira) é infração. 
Fora da sua própria área penal, o goleiro está sujeito às mesmas restrições 
que os demais jogadores para tocar a bola com as mãos. No interior da sua própria 
área penal, o goleiro não pode ser punido com tiro livre direto por tocar a bola com 
a mão (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE FUTEBOL, 2018). 
 
5.12.2 Tiro livre indireto 
Um tiro livre indireto será concedido à equipe adversária de um jogador que: 
● jogar de maneira perigosa; 
● impedir o movimento de um adversário sem qualquer contato; 
● impedir o goleiro de jogar ou tentar jogar a bola com as mãos ou com os pés 
quando estiver em processo de colocação da bola em disputa; 
● cometer qualquer outra infração não mencionada anteriormente nas regras, 
pela qual o jogo seja interrompido para advertir ou expulsar um jogador. 
 
5.13 Regra 13 – TIROS LIVRES 
Os “tiros livres” consistem em direto e indireto e são concedidos a favor da 
equipe adversária do jogador que cometer a falta ou infração. O tiro livre indireto 
será indicado pelo árbitro ao levantar o braço acima da cabeça, que deverá manter 
o braço nessa posição até que o tiro seja executado e até que a bola toque em outro 
jogador ou saia do jogo. Um tiro livre indireto deve ser repetido, se o árbitro não fizer 
o sinal correspondente e se a bola for entrar diretamente na meta adversária 
(CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE FUTEBOL, 2018). 
 
5.14 Regra 14 – TIRO PENAL (PENALIDADE) 
Um tiro penal (pênalti) será marcado se um jogador cometer uma infração 
punível com tiro livre direto dentro de sua própria área ou mesmo fora do campo de 
jogo, em razão de uma saída de campo como parte do jogo, como é indicado nas 
regras 12 e 13. Um gol pode ser marcado diretamente de um pênalti 
(CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE FUTEBOL, 2018). 
A bola deve estar imóvel na marca penal, o executante deve ser devidamente 
identificado e o goleiro deve permanecer sobre a linha de meta, de frente para o 
executante e entre os postes da meta, até a bola ser tocada. Todos os jogadores, 
fora o executante e o goleiro, devem encontrar-se em pelo menos 9,15 m da marca 
penal, atrás da marca penal, dentro do campo de jogo e fora da área penal 
(CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE FUTEBOL, 2018). 
 
Tabela 2 - Tiro penal 
Resultado do tiro penal 
 Gol Não gol 
Invasão por jogador atacante Repete o pênalti Tiro livre indireto 
Invasão por jogador defensor Gol Repete o pênalti 
Infração do goleiro Gol Repete o pênalti e cartão 
amarelo para o goleiro 
Bola tocada para trás Tiro livre indireto Tiro livre indireto 
Finta ilegal Tiro livre indireto e cartão 
amarelo para o 
executante 
Tiro livre indireto e cartão 
amarelo para o executante 
Executante não identificado Tiro livre indireto e cartão 
amarelo para o 
executante não 
identificado 
Tiro livre indireto e cartão 
amarelo para o executante 
não identificado 
Fonte: Confederação Brasileira de Futebol (2018). 
 
5.15 Regra 15 – O ARREMESSO LATERAL 
Um arremesso lateral será concedido a favor da equipe adversária do jogador 
que tocar por último na bola antes de sair totalmente do campo pela linha lateral, 
pelo chão ou pelo alto. 
Não pode ser marcado umgol diretamente de um arremesso lateral: 
● se a bola entrar na meta adversária – será marcado o tiro de meta; 
se a bola entrar na meta do executante – será marcado tiro de canto 
(CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE FUTEBOL, 2018). 
 
5.16 Regra 16 – O TIRO DE META 
Um tiro de meta será marcado quando a bola ultrapassar completamente a 
linha de meta, pelo chão ou pelo alto, depois de ser tocada por último em um jogador 
da equipe atacante, sem que um gol haja sido marcado. 
Um gol pode ser marcado diretamente de um tiro de meta, mas somente 
contra a equipe adversária. Se a bola tiver saído da área penal e entrar diretamente 
na meta do executante, será marcado um tiro de canto a favor da equipe adversária. 
A bola deve estar imóvel e deve ser tocada de qualquer ponto da área de meta 
por um jogador da equipe defensora. Ela estará em jogo assim que sair diretamente 
da área penal e os jogadores da equipe adversária devem encontrar-se fora da área 
penal até que a bola entre em jogo (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE FUTEBOL, 
2018). 
 
5.17 Regra 17 – O TIRO DE CANTO 
Um tiro de canto será marcado quando a bola ultrapassar completamente a 
linha de meta, pelo chão ou pelo alto, e tocada por último em um jogador da equipe 
defensora, sem que um gol haja sido marcado. Um gol pode ser marcado 
diretamente de um tiro de canto. 
A bola deve ser colocada na área de canto mais próxima do local onde saiu 
pela linha de meta, deve estar imóvel e precisa ser tocada por um jogador da equipe 
atacante. Ela entrará em jogo assim que for tocada e se mover claramente. Não 
necessita de sair da área de canto, o poste da bandeira de canto não pode ser 
removido e os jogadores da equipe adversária devem colocar-se, pelo menos, em 
9,15m da área de canto, até que a bola entre em jogo. 
 
 
 
6 ASPECTOS HISTÓRICOS DO FUTSAL 
 
É polêmica a origem do futebol de salão, pois brasileiros e uruguaios são os 
prováveis fundadores desse esporte. A história brasileira diz que foi criado em 1930, 
na Associação Cristã de Moços em São Paulo, difundindo-se por todo o país 
posteriormente, tendo sido o Brasil o organizador, razão pela qual é considerado o 
“pai” do Futebol de Salão (ANDRADE JUNIOR, 1999). 
Em 1930, Roger Graian publica normas e regulamentações sobre o Futebol 
Salão na revista de Educação Física n° 06. Em 1948, é criada a Comissão de 
Futebol de Salão da ACM de São Paulo. Em 1955, foi criada a Federação Paulista 
de Futebol de Salão (FPFS). Em 1956, são criadas as regras dentro do estado de 
São Paulo. Em 1958, o extinto CND oficializa o Futebol de Salão, uniformizando as 
regras, filiando as primeiras federações estaduais e promovendo competições 
(ANDRADE JUNIOR, 1999). 
Em São Paulo, no ano de 1959, a seleção carioca sagra-se campeã do 
primeiro campeonato nacional de seleções estaduais, do qual participaram dez 
estados. Em 1964, em Assunção, o Paraguai torna-se o primeiro campeão sul-
americano de Futebol de Salão (o Brasil não participou). Em 1969, é criada a 
Confederação Sul-Americana de Futebol de Salão. Em 1971, é criada a FIFUSA 
(Federação Internacional de Futebol de Salão). Em 1979, é criada a CBFS 
(Confederação Brasileira de Futebol de Salão). Atualmente, a CBFS está filiada à 
FIFA (Federação Internacional de Futebol Association), que fez mudanças nas 
regras, criando o Futsal que perdura até hoje (ANDRADE JUNIOR, 1999). 
 
 
7 FUNDAMENTOS TÉCNICOS DO FUTSAL 
O jogo de futsal, dentro de sua prática globalizada, ocorre mediante 
realização dos seguintes componentes técnicos (FONSECA, 2011): 
 
Tabela 3 - Componentes da técnica individual 
Condução de bola É a maneira pela qual o jogador conduz a bola pela quadra de jogo. Na 
condução, o jogador deve manter sempre a bola o mais próximo 
possível do pé de ação, com toques curtos e contínuos, facilitando 
possíveis paradas ou mudança de direção. 
Passe É a movimentação coordenada da bola entre os jogadores da mesma 
equipe. Ele é a forma de transformação da ação individual em ação 
coletiva dos jogadores em quadra, devendo ser preciso e realizado no 
momento oportuno com o companheiro desmarcado. 
Recepção É a ação utilizada para reduzir a velocidade da bola quando ela vem 
ao encontro do jogador, facilitando dessa forma seu total controle. A 
recepção objetiva facilita a ação seguinte do jogador, permitindo que 
ele dê prosseguimento à sua jogada ofensiva. 
Chute É a ação de impulsionar a bola, estando ela parada ou em movimento, 
procurando direcioná-la ao gol adversário. O chute é o componente 
técnico muito importante e complexo, pois de sua eficácia irá resultar o 
objetivo fundamental do jogo que é a obtenção do gol. 
Drible É o movimento do corpo e/ou da bola, utilizado para superar a 
marcação do adversário. O drible é uma ação individual e consiste 
numa reunião de vários fatores físicos e motores, como o domínio do 
centro de gravidade para manter o equilíbrio do corpo, além do balanço 
do corpo, da velocidade corporal do todo ou das partes e do controle 
de bola, quando em posse da mesma. 
Cabeceio Ação realizada para dar sequência ao deslocamento da bola enquanto 
estiver no ar. Para realizar um bom cabeceio, o jogador necessita de 
noção de tempo de antecipação e impulsão, que deverá ser com os 
dois pés, para manter o equilíbrio do corpo no ar. 
Marcação/desarm
e 
Ação de evitar que o adversário direto receba a bola, ou, quando de 
posse dela, toma-la, evitando sua ação ofensiva. A atenção é 
fundamental para a realização de uma marcação eficaz. 
Fonte: Fonseca (2011). 
 
 
8 SISTEMAS TÁTICOS NO FUTSAL 
Os esportes coletivos, salvo algumas pequenas particularidades, 
apresentam as mesmas estruturas gerais no que diz respeito ao seu funcionamento. 
Dentro dessa estrutura, duas situações chave ocorrem para que o objetivo do jogo 
seja alcançado e que cada participante tenha a possibilidade de colaborar para o 
intento: atacar e defender. 
Quando a “minha” equipe está com a posse da bola, eu ataco; quando estiver 
sem, eu defendo. Essas duas ações, de acordo com Bayer (1994), podem ser mais 
esclarecidas conforme o esquema a seguir: 
 
Tabela 4 - Componentes táticos 
Ataque 
 
Defesa 
Manutenção da 
posse da bola 
 
Recuperação da bola 
Progressão individual e 
coletiva ao gol adversário 
Impedimento da ação 
progressiva do adversário 
 com e sem a bola 
 
Arremate à goleira adversária 
com o intuito de fazer o gol 
Proteção da sua goleira para 
evitar o gol adversário 
 
Fonte: Fonseca (2011). 
 
Quanto aos aspectos defensivos, é muito importante que o jogador observe 
e procure desenvolver as seguintes ações durante o jogo: linha da bola, 
perseguição, cobertura e troca de marcação (FONSECA, 2011). 
 
Tabela 5 - Aspectos defensivos 
ASPECTOS DEFENSIVOS 
Linha da bola É uma linha imaginária traçada perpendicularmente à quadra, 
passando sobre a bola, e todos os jogadores de defesa devem 
ficar atrás dela. A linha da bola favorece o posicionamento 
defensivo da equipe, principalmente possibilitando ao atleta, 
durante a função de marcação, observar a boa e o jogador a ser 
marcado por ele, usando a visão periférica. 
Troca de 
marcação 
Tem como objetivo evitar o desgaste desnecessário de energia e 
possibilitar uma melhor ocupação do espaço, facilitando a marcação 
ao adversário. Esse tipo de ação acontece quando a marcação é 
individual e ocorre troca de posição clara e previsível, entre atacantes. 
Nesse momento os jogadores de defesa não acompanham seu 
marcador. 
Fonte: Fonseca (2011). 
 
Quanto aos componentes táticos de ataque do futsal, alguns aspectos 
importantes presentes no jogo são: a exploração do ponto futuro, a linha do passe 
e a desmarcação (FONSECA, 2011). 
 
Tabela 6 - Aspectos defensivos 
ASPECTOS OFENSIVOS 
Ponto futuro Local de encontros, num espaço vazio, entre o jogador e a bola oriunda 
de um passe, objetivando criar melhores condições de arremate a gol.Apoio ao passe É buscar espaço na quadra de jogo para receber a bola do 
companheiro, não deixando sem opção de passar a bola. Quando a 
equipe está com posse de bola, apenas um jogador a detém e três 
jogadores estão sem ela. Cabe a esses três jogadores proporcionar 
condições adequadas para que o passe do companheiro seja realizado 
adequadamente. 
Desmarcação Quando o jogador está na função ofensiva, deve distanciar-se do 
marcador, objetivando sair do seu campo visual para melhorar a 
possibilidade de receber um passe do companheiro. O atacante deve 
procurar movimentar-se sempre ultrapassando o defensor sem, 
entretanto, ficar encoberto por seu corpo. Dessa forma, ele estará 
obrigando o marcador a procura-lo em quadra, dificultando a ação 
defensiva do adversário. 
Fonte: Fonseca (2011). 
 
 
9 REGRAS OFICIAIS DO FUTSAL 
9.1 Regra 01 – A QUADRA DE JOGO 
Os jogos deverão ser disputados em superfícies lisas, livres de asperezas e 
não ser abrasiva. O seu piso será construído de madeira ou material sintético 
rigorosamente nivelado, sem declives ou depressões. Devem ser evitados pisos de 
cimento (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE FUTSAL, 2018). 
● Para os certames nacionais nas categorias adultos e Sub-20, masculinas, a 
quadra de jogo terá medidas de no mínimo 38 m de comprimento por 18 m de 
largura. 
● Para os certames nacionais nas categorias adultos, Sub-20, Sub-17, Sub-15 
e Sub-13 femininas, bem como nas categorias Sub-17, Sub-15 e Sub-13 
masculinas, a quadra de jogo terá medidas de no mínimo 36 m de comprimento por 
18 m de largura. 
● Para os certames nacionais na categoria Sub-11, masculina e feminina, a 
quadra de jogo terá medidas de no mínimo 34 m de comprimento por 16m de 
largura. 
● Para as competições estaduais, as dimensões das quadras poderão ser 
regulamentadas pelas federações locais. 
● Para as partidas internacionais a quadra de jogo deverá ter um comprimento 
mínimo de 38 m e máximo de 42 m e ter a largura mínima de 20 m e a máxima de 
25 m. 
Todas as quadras, independentemente da dimensão devem possuir área de 
escape de no mínimo 1,5 metros. 
 
Figura 10 - Quadra de futsal 
 
 
Fonte: Confederação Brasileira de Futsal (2018). 
 
Figura 11 - Baliza de futsal 
 
Fonte: Confederação Brasileira de Futsal (2018). 
 
9.2 Regra 02 – A BOLA 
A bola será esférica. O invólucro deverá ser de couro macio ou de outro 
material aprovado. 
 
Tabela 7 - Bolas de futsal por categoria 
Categoria Circunferência Peso 
Mínima Máxima Mínimo Máximo 
Adultas, Sub-20, Sub-17 e Sub-15 
masculinas e femininas 
62 cm 64 cm 400 g 440 g 
Sub-13 masculina e feminina 55 cm 59 cm 350 g 380 g 
Sub-11 e Sub-9 50 cm 55 cm 300 g 330 g 
Inferior ao Sub-9 masculinas e 
femininas 
40 cm 43 cm 250 g 280 g 
Fonte: Confederação Brasileira de Futsal (2018). 
 
9.3 Regra 03 – NÚMERO DE JOGADORES 
A partida será disputada entre duas equipes compostas, cada uma por no 
máximo 05 (cinco) jogadores, um dos quais será o goleiro. 
É vedado o início de uma partida se uma das equipes tiver menos de três 
jogadores e nem terá continuação ou prosseguimento se uma das equipes, ou 
ambas, ficar reduzida a menos de três jogadores na quadra de jogo. 
O número máximo de jogadores reservas para substituições depende do 
regulamento de cada competição, sendo nove o máximo permitido. As substituições 
são ilimitadas desde que respeitadas as disposições legais (CONFEDERAÇÃO 
BRASILEIRA DE FUTSAL, 2018). 
 
9.4 Regra 04 – EQUIPAMENTO DOS JOGADORES 
Os jogadores não podem utilizar nenhum equipamento ou objeto que ofereça 
perigo a eles ou aos demais jogadores, inclusive qualquer tipo de joias. 
Os equipamentos básicos são: camisa de manga curta ou longa (numerada 
de 01 a 99), calção curto, meião, tênis e caneleira (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA 
DE FUTSAL, 2018). 
 
9.5 Regra 05 – OS ÁRBITROS 
As partidas serão controladas por dois árbitros, árbitro principal e árbitro 
auxiliar, que terão plenos poderes para fazer cumprir as Regras de Jogo de Futsal. 
Eles têm como como função, aplicar as regras de jogo do futsal e decidir 
sobre qualquer divergência oriunda de sua prática, sendo suas decisões, em 
matéria de fato, finais e irrecorríveis desse que se relacione com o resultado da 
partida. 
Serão, ainda, auxiliados por um árbitro/anotador e um cronometrista 
(CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE FUTSAL, 2018). 
 
9.6 Regra 06 – 3° ÁRBITRO ANOTADOR E CRONOMETRISTA 
O terceiro árbitro/anotador e o cronometrista exercerão suas funções em uma 
mesa do lado de fora da quadra de jogo, próxima à linha divisória do meio da quadra, 
junto a zona de substituição. 
O terceiro árbitro/anotador tem como atribuições principais auxiliar o árbitro 
principal, o segundo árbitro e o cronometrista. Preencherá a súmula com todos os 
jogadores e membros da comissão técnica das equipes que vão participar do jogo, 
bem como todas as outras anotações necessárias. 
O cronometrista controla o tempo de jogo, bem como anota no placar 
eletrônico os gols, as faltas acumulativas e os períodos, dentre outras funções. 
Em partidas internacionais, é obrigatória a presença de um terceiro árbitro e um 
cronometrista, além do uso de placar eletrônico (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA 
DE FUTSAL, 2018). 
 
9.7 Regra 07 – DURAÇÃO DA PARTIDA 
O tempo de duração de uma partida será cronometrado e dividido em dois 
períodos iguais, tanto no masculino como no feminino. Considerando a menor 
resistência do organismo em formação, e não podendo exigir-se de jogadores de 
reduzida idade um excessivo esforço físico, os tempos de duração das partidas 
serão os seguintes: 
 
Tabela 8 - Tempo de jogo de futsal por categoria 
Categoria 
Tempo Períodos 
Adultas, Sub-20, Sub-17 40 minutos Dois tempos de 20 minutos 
Sub-15, Sub-13 e Sub 11 30 minutos Dois tempos de 15 minutos 
Sub-9 e Sub-7 26 minutos Dois tempos de 13 minutos 
Para outras categorias e faixas 
etárias 
 Definido pela própria 
entidade federativas. 
Fonte: Confederação Brasileira de Futsal (2018). 
 
O intervalo de jogo entre o primeiro e o segundo período poderá ser de até 
15 minutos. O tempo suplementar poderá ser entre três e cinco minutos 
(CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE FUTSAL, 2018). 
 
9.8 Regra 08 – BOLA DE SAÍDA 
No início da partida, a escolha de lado ou saída de bola será decidida por 
meio de sorteio procedido pelo árbitro principal. A equipe vencedora do sorteio 
escolherá a meia quadra onde irá iniciar jogando e a equipe perdedora terá o direito 
à bola de saída do jogo. Quando o jogo tiver tempo suplementar deverá ser feito o 
mesmo procedimento (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE FUTSAL, 2018). 
 
9.9 Regra 09 – BOLA EM JOGO E FORA DE JOGO 
A bola estará fora de jogo quando: atravessar completamente, quer pelo solo 
ou quer pelo alto, as linhas laterais ou de meta; a partida for interrompida; a bola 
bater no teto ou em equipamentos de outros desportos. . 
Em todas as outras ocasiões, ela estará em jogo (CONFEDERAÇÃO 
BRASILEIRA DE FUTSAL, 2018). 
 
9.10 Regra 10 – CONTAGEM DE GOLS 
Será válido o gol quando a bola ultrapassar inteiramente a linha de meta 
entre os postes de meta e sob o travessão, contando que não tenha sido cometida 
nenhuma infração por jogador atacante. 
Não será válido o gol originado de qualquer arremesso de meta ou arremesso 
do goleiro, com as mãos, salvo se a bola, em sua trajetória, tocar ou for tocada por 
qualquer jogador, inclusive o goleiro adversário. Se a bola penetrar diretamente o 
gol não será válido, sendo executado arremesso de meta. 
 
9.11 Regra 11 – IMPEDIMENTO 
Não existe impedimento no futsal (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE 
FUTSAL, 2018). 
 
9.12 Regra 12 – FALTAS E INCORREÇÕES 
Para que seja considerada uma falta, devemos reunir as seguintes 
condições: 
● Ser cometida por um jogador de quadra ou reserva que não tenha cumprido 
corretamente o procedimento de substituições; 
● Deverá ocorrer na superfície de jogo; 
● Ocorrerquando a bola está em jogo. 
As faltas e incorreções serão penalizadas com: 
a) Tiro Livre Direto: ações imprudentes, temerárias ou com uso de força 
excessiva; 
b) Tiro Livre Indireto: ações menos graves; 
c) Tiro Livre Penal: será concedido sempre que um jogador cometer uma falta 
para tiro livre direto, dentro da sua própria área penal, independentemente de onde 
se encontrava a bola, estando ela em jogo. 
As sanções disciplinares são: 
a) Cartão Amarelo: advertência; 
b) Cartão Vermelho: exclusão do jogo, a equipe fica com um jogador a menos 
durante 2 minutos ou até sofrer um gol (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE 
FUTSAL, 2018). 
 
9.13 Regra 13 – TIROS LIVRES 
a) Tiro Livre Direto 
Através do tiro livre direto pode-se consignar diretamente um gol contra a 
equipe que cometeu a infração. 
A cobrança de um tiro penal deve ser feita da marca penal, cobrada 
obrigatoriamente para frente, com a bola entrando em jogo tão logo seja 
movimentada. 
Um tiro livre direto sem barreira deve ser cobrado para frente, com intenção 
de chutar em direção à meta, não podendo a bola em sua trajetória ser tocada por 
outro jogador da sua equipe – anotada após a sexta falta (CONFEDERAÇÃO 
BRASILEIRA DE FUTSAL, 2018). 
b) Tiro Livre Indireto 
A bola deve ser tocada por um segundo jogador, sendo companheiro ou 
adversário. 
 
9.14 Regra 14 – TIRO PENAL 
● A bola deverá ser colocada no ponto penal; 
● O executor deverá ser devidamente identificado; 
● O goleiro deverá estar sobre a linha de meta, de frente para o executor e 
entre os postes de meta até que a bola esteja em jogo, poderá movimentar-se 
lateralmente; 
● Os jogadores, exceto o executor devem estar na superfície de jogo, fora da 
área penal, atrás do ponto penal e a uma distância mínima de 5 metros da bola 
(CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE FUTSAL, 2018). 
 
9.15 Regra 15 – TIRO LATERAL 
O tiro lateral será cobrado sempre que a bola atravessar inteiramente as 
linhas laterais, quer pelo solo, quer pelo alto ou tocar o teto. O retorno da bola à 
quadra de jogo se dará com a sua movimentação, com o uso dos pés, sendo a bola 
colocada no local de onde saiu, podendo ser jogada em qualquer direção, 
movimento executado por um jogador adversário daquela equipe que tocou a bola 
por último (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE FUTSAL, 2018). 
 
9.16 Regra 16 – ARREMESSO DE META 
Será arremesso de meta sempre que a bola atravessar inteiramente a linha 
de meta pelo alto ou pelo solo, excluída a parte compreendida entre os postes e sob 
o travessão de meta, após ter sido tocada ou jogada pela última vez por jogador da 
equipe atacante. 
A execução do arremesso de meta será realizada exclusivamente pelo 
goleiro, com o uso das mãos, de qualquer ponto da área penal. A bola somente 
estará em jogo quando ultrapassar inteiramente a linha demarcatória da área penal 
(CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE FUTSAL, 2018). 
 
9.17 Regra 17 – TIRO DE CANTO 
O tiro de canto se dará sempre que a bola ultrapassar inteiramente a linha 
de meta, excluída a parte compreendida entre os postes e sob o travessão de meta, 
quer pelo solo, quer pelo alto, após ter sido jogada ou tocada pela última vez por 
um jogador defensor. O tiro de canto deverá ser executado sempre do canto mais 
próximo de onde saiu à bola pela linha de meta. 
Para a cobrança do tiro de canto, a bola deve ser colocada dentro do 
quadrante. Será executado por um jogador da equipe adversária, com o uso dos 
pés. O executor do tiro de canto pode ter o pé de apoio em cima da linha lateral, de 
meta, do lado de fora ou dentro da quadra (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE 
FUTSAL, 2018). 
 
 
10 METODOLOGIA DO ENSINO DO FUTEBOL/FUTSAL 
O ato de ensinar uma habilidade esportiva pressupõe uma organização 
mínima que proporcione o atingimento dos objetivos traçados inicialmente. Essa 
atitude é considerada como o método de ensino aplicado pelo professor para a 
aprendizagem da atividade por parte do aluno (FONSECA, 2011). Definir o método 
é a forma de organização e utilização dos meios selecionados, com o fim de realizar 
os objetivos de um sistema ou a concepção de ensino. A definição do método mais 
adequado para o desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem é uma 
tarefa muito importante para o professor (FONSECA, 2011). 
Fonseca (1997) lembra que todos os métodos de ensino apresentam 
aspectos que podem ser considerados vantajosos, como também outros 
desvantajosos. Por isso, nenhum deles deve ser desprezado imediatamente. O 
professor, ao escolher e definir seu método de trabalho, deve ter consciência da 
capacidade do seu aluno, bem como ter clareza dos objetivos a serem atingidos, 
sem esquecer o contexto. 
No processo de ensino/aprendizagem no futebol/futsal, são utilizados mais 
usualmente três métodos: o método parcial chamado – também de método analítico 
–, o método global e o método global-recreativo ou método misto (FONSECA, 
2011). 
No método parcial ou analítico, o ensino dessa modalidade baseia-se no 
desenvolvimento das habilidades do jogo através de exercícios técnicos, para, a 
partir da aprendizagem por parte do aluno, introduzir sua prática. O método global 
preconiza o ensino do jogo desde cedo, pela aplicação de séries de jogos, partindo 
de formas jogadas, pequenos jogos e jogos simplificados até chegar ao grande jogo. 
Já o método misto, ou global-recreativo defende a utilização da série de jogos, como 
no global, mas associada à prática paralela de exercícios técnicos para reforço ou 
aprimoramento do gesto técnico do esporte (FONSECA, 2011). 
Tradicionalmente, o ensino do futebol/futsal tem se baseado na aplicação do 
método parcial, que é muito utilizado nas escolinhas esportivas. Nesses locais, as 
aulas compõem-se essencialmente de exercícios de aquecimento, com ou sem a 
bola, seguidos de exercícios técnicos dos mais diversos tipos e, no final, a utilização 
do grande jogo, cinco contra cinco, com as regras oficiais para ajustes técnicos. Nas 
escolas formais, com o futebol/futsal cada vez mais fazendo parte do currículo 
escolar, esse método também é utilizado, quando não é trocado pelo método de 
confrontação, que é a realização do grande jogo pura e simplesmente (FONSECA, 
2011). 
Acredita-se que a utilização do jogo, nas suas mais diversas formas, deve 
fazer parte da metodologia utilizada para o ensino e aprendizagem do futebol/futsal. 
Se o uso dos exercícios específicos apresenta como grande vantagem o 
desenvolvimento das habilidades técnicas, por sua vez, a utilização do jogo, 
proporciona o desenvolvimento rápido e eficaz da técnica motora e permite que o 
aluno desenvolva sua capacidade cognitiva associada a sua condição motora. De 
acordo com Garganta (1995), a utilização de exercícios ensina o que fazer (técnica) 
e não como fazer (tática). Essa é a grande vantagem do jogo como meio para a 
aprendizagem, pois ele permite o desenvolvimento do raciocínio tático do aluno 
associado ao desenvolvimento técnico (FONSECA, 2011). 
A utilização de jogos no processo de aprendizagem permite que a técnica e 
tática estejam sempre juntos. Como essas modalidades são consideradas esportes 
coletivos, dependendo de uma relação direta entre as partes componentes, como a 
técnica e a tática principalmente, acredita-se que é ilógico proporcionar o 
desenvolvimento isolado dessas partes durante o processo de aprendizagem e 
também de treinamento. Por isso, afirma-se que a tática é fundamental para a 
obtenção de sucesso no desenvolvimento do jogo. Garganta (1995) salienta que o 
uso de jogos de forma gradual proporciona a correta aplicação e interpretação dos 
princípios do jogo, viabilizando o uso da técnica e da criatividade. 
O desenvolvimento de diversas formas de praticar essas modalidades por 
meio de jogos adaptados possibilita ao aluno a experimentação de posturas táticas 
diferentes. O que para alguns autores é uma desvantagem, para nós é algo positivo 
pois a construção da compreensãotática do jogo deve ser vivenciada com o maior 
número possível de estímulos, sendo apresentados logicamente de forma gradual. 
O conhecimento que um aluno constrói, na realização de um jogo, será aproveitado 
na participação em outro e na sua realização, desenvolvendo, assim, sua ação 
dentro de cada jogo (FONSECA, 2011). 
Futebol e futsal são considerados como jogos situacionais, pois o contexto 
onde ele são praticados modifica-se a cada momento. Esse ponto não 
obrigatoriamente determina a ação do jogador na partida, pois ele pode não tomar 
qualquer tipo de atitude em situações de demarcação, auxílio na marcação, contra-
ataque e em outras. Por outro lado, pode, de forma consciente, obter uma melhor 
ação frente ao adversário, de acordo com as novas e variadas situações que o jogo 
vai criando (FONSECA, 2011). 
A ação individual do aluno, na realização da técnica do jogo, como a 
realização de passe, chute, condução da bola e outras, também é estimulada, na 
medida em que ele se preocupa com a melhor forma de execução do gesto técnico, 
para obter êxito durante o jogo. Fica impossível dissociar a técnica da tática. 
Portanto, acredita-se que os métodos a serem utilizados para o ensino e 
aprendizagem dessas modalidades não podem desconsiderar a utilização do jogo, 
por meio de suas formas jogadas e de jogos adaptados, como parte de suas 
estratégias (FONSECA, 2011). 
 
 
SAIBA MAIS 
 
Futebol de Areia 
Quanto ao equipamento dos jogadores, o uniforme consiste em camisas e 
calções e o goleiro utiliza as luvas para a proteção de toda a mão. Autorizado pelo 
árbitro, pode-se usar meias e/ou tornozeleiras. A bola tem circunferência entre 68 
cm e 70 cm e o peso de 400g a 440g (CBBS, 2020). 
O árbitro tem dois cartões: o amarelo para quando, no seu entendimento, o 
jogador comete uma infração leve, e o vermelho para quando, em seu 
entendimento, o jogador comete uma infração grave, sendo ele expulso da partida. 
O time que tiver um jogador expulso ficará dois minutos com um jogador a menos 
ou até um gol do time adversário, podendo, assim, entrar outro jogador para manter 
o número igual de jogadores em campo. É importante ressaltar que dois cartões 
amarelos para o mesmo jogador tem o peso de um cartão vermelho, ficando ele fora 
da partida (CBBS, 2020). 
 
Futebol Society 
Essa modalidade foi criada em nosso país como Futebol Suíço, Futebol de 
Areia, Futebol Sete, Futebol Social, por volta de 1895. Os primeiros campos de 
grama natural foram construídos dentro das mansões do Morumbi, onde executivos 
encontravam-se para jogar futebol. Os campos para prática extra-oficial em grama 
natural e de areia surgiram por volta de 1988, sendo o campo “Futebol Society”, 
localizado no bairro do Itaim Bibi, um dos primeiros e mais conhecidos campos para 
locação. Naquela época não havia muita organização, jogando-se com um número 
variável entre 6 e 10 atletas e com bola de futebol de campo. 
Para saber um pouco mais sobre essa modalidade, acesse: 
https://www.portalsaofrancisco.com.br/esportes/futebol-society. 
 
#SAIBA MAIS# 
 
REFLITA 
Futebol de Areia 
O aprendizado é universal. Não importa o que você esteja tentando aprender 
e o modo como você aborda, o problema é o mesmo; o que varia, quando varia, são 
especificidades relacionadas aos tópicos. 
Aprendendo a jogar futebol de areia, primeiro defina qual é o problema e qual 
será a solução. No futebol de areia, a meta pode ser jogar uma partida numa praia 
mais perto, conseguir passar um conhecimento para alguém, participar de um 
campeonato de areia e se destacar ou somente conhecer esse tipo de futebol. 
Com um objetivo específico e que contenha algo que queira alcançar, 
devemos dividir habilidades em sub-habilidades, uma divisão que ajuda a definir as 
posições de cada jogador, de acordo com suas características: fixo, alas, pivô e 
goleiro (MOTTA, 2002). 
 
Futebol Society 
O Futebol Society é uma variação do futebol (soccer), jogado em campos 
menores e usualmente com grama sintética (ou outros materiais artificiais). 
Disputado por sete atletas de cada lado, tem regras próprias, criadas por um 
brasileiro, Milton Mattani. Foi difundido em todo o mundo, principalmente na América 
do Sul. 
Para saber um pouco mais sobre essa modalidade, acesse: 
https://www.portalsaofrancisco.com.br/esportes/futebol-society. 
 
#REFLITA# 
 
https://www.portalsaofrancisco.com.br/esportes/futebol-society
https://www.portalsaofrancisco.com.br/esportes/futebol-society
 
LIVRO 
Para conhecer sobre a origem, a história, as regras e o desenvolvimento do 
futebol society acesse o link: 
https://www.portalsaofrancisco.com.br/esportes/futebol-society. 
https://www.portalsaofrancisco.com.br/esportes/futebol-society
 
● Título: Metodologia do futebol e do futsal 
● Autor: Patrick da Silveira Gonçalves 
● Sinopse: para saber mais sobre a abordagem histórico-evolutiva, 
aprendizagem motora aplicada, métodos de ensino, aspectos táticos e 
técnicos, princípios de ataque, defesa e transição, sistemas e manobras, 
noções de planejamento e periodização, regulamentação básica do futebol e 
futsal (GONÇALVES, 2019). 
 
LIVRO 2 
 
● Título: Futebol Society - História e origem no Brasil 
● Autor: Telmo Vaz 
● Sinopse: aborda a história e origem do esporte no Brasil, sistemas, 
esquemas táticos e fundamentos do futebol society.
FILME/VÍDEO 
 
● Título: Semifinal Futebol Society - Corinthians vs. São Paulo 
● Ano: 2015 
● Sinopse: para entender um pouco mais sobre a modalidade de futebol 
society, assista ao jogo Corinthians x São Paulo através do link 
https://www.youtube.com/watch?v=XS_k28vJi8U. 
 
 
FILME/VÍDEO 2 
 
● Título: Vocês sabem quais são os benefícios do futebol de areia? 
● Ano: 2016 
● Link: Entenda um pouco mais dos benefícios do futebol de areia acessando 
o link https://www.youtube.com/watch?v=PVCLuB7eNEQ.
https://www.youtube.com/watch?v=XS_k28vJi8U
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Se a aprendizagem do futebol/futsal e suas variações forem feitas em uma 
escola de ensino regular, do fundamental ao ensino médio, não faz sentido falar em 
classificação dos alunos por níveis de desenvolvimento. 
Na escola, o futebol deve ser um conteúdo dentre os demais presente no 
planejamento do professor. Os alunos devem aprender futebol como aprendem 
Matemática, Ciências, Português etc. 
Tanto no contexto educacional como nas escolinhas que se proliferam, há 
um número muito grande de meninos e meninas que necessitam de orientação 
segura e oportunidades para desenvolver suas habilidades. Essa orientação deve 
ser coerente, respeitando o desenvolvimento biológico, psicológico e social dos 
alunos. 
Ensinando na escola regular ou na escola específica, o futebol deve 
contribuir para que o indivíduo que o aprende possa usufruir a modalidade de forma 
autónoma na sua vida como cidadão. Não importa o que a criança venha a ser 
quando adulta, ela tem que adquirir recursos para viver com dignidade. Isso supõe 
oportunidades para desenvolver a inteligência prática, a inteligência conceitual, as 
relações com os outros, os sentimentos, a motricidade. 
REFERÊNCIAS 
 
 
ADAMO, KB, GRAHAM, T.E. Comparasion of traditional measurements with 
macroglycogen and proglycogen analysis of muscle glycogen. J Appl Physiol 
1998: 84 (3): 908-13. 
 
ANDRADE JR, J. R. Futsal – Aquisição, iniciação e especialização. Curitiba: 
Japurá, 2007. 
 
ANDRADE JR, J. R. O jogo de futsal técnico e tático na teoria e na prática. 
Curitiba: Editora Gráfica Expoente, 1999. 
 
ANDRADE, M. X. Futsal – Início, Meio e Finalidade. Noções sobre preparação 
física, tática e técnica. Marechal Cândido Rondon. Gráfica Líder, 2010. 
 
ARRUDA, M. Treinamento para jovens futebolistas. São Paulo: Phorte, 2010. 
 
BAYER, C. O ensino dos desportos colectivos. Lisboa: Dinalivros, 1994. 
 
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v. 50, p. 8-15, 2000.CBBS – Confederação Brasileira de Beach Soccer. Histórico do Beach Soccer. 
Disponível em: https://www.cbsb.com.br/beach-soccer/historia-do-beach-soccer/ 
Acesso em: 30 mai. 2020. 
 
CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE FUTEBOL. Regras de Futebol 2016/17. 
Disponível em: https://conteudo.cbf.com.br/cdn/201612/20161220181822_0.pdf. 
Acesso em: 17 abr. 2019. 
 
CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE FUTSAL. Livro Nacional de regras 2018. 
Disponível em: https://www.cbfs.com.br/arbitragem Acesso em: 17 abr. 2019. 
 
FONSECA, G. Jogos de futsal: da aprendizagem ao treinamento. 2. ed. Caxias 
do Sul: Educs, 2011. 
 
FONSECA, G. M. Futsal: metodologia de ensino. Caxias do Sul: EDUC, 1997. 
 
FRISSELLI, A.; MANTOVANI, M. Futebol: teoria e prática. São Paulo: Phorte, 
1999. 
 
GARCIA VALDES, L. Entrenamiento táctico. Rev. Ed. Fis. Y Dep, Medellin, 1982. 
 
GARGANTA, J. Para uma teoria dos jogos desportivos coletivos. In. GARCIA, A.; 
OLIVEIRA, J. (Org). O ensino dos jogos desportivos. Porto: Centro de Estudos 
dos Jogos Desportivos, 1995. P. 11-25. 
 
https://www.cbsb.com.br/beach-soccer/historia-do-beach-soccer/
https://conteudo.cbf.com.br/cdn/201612/20161220181822_0.pdf
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https://observatorioracialfutebol.com.br/historias/a-insercao-do-negro-no-futebol-
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GLOBO ESPORTE. Copa do Mundo – Itália. 2014. Disponível em: 
http://globoesporte.globo.com/futebol/copa-do-mundo/historia/copa-de-1934-
italia.html. Acesso em: 15 jun. 2019. 
 
GONÇALVES, P. S. Esporte I (futebol de campo) [recurso eletrônico] / Patrick 
da Silveira Gonçalves, Rodrigo de Azevedo Franke : [revisão técnica: Marcelo 
Guimarães Silva], - Porto Alegre : SAGAH, 2019. 
 
GUTERMAN, M. O futebol explica o Brasil: uma história da maior expressão 
popular do país. São Paulo: Contexto, 2009. 
 
KERDNA. História do Futebol no Brasil. s.d. Disponível em: http://historia-do-
futebol.info/futebol-do-brasil.html. Acesso em: 13 de abril, 2019. 
 
KERDNA. História do Futebol. s.d. Disponível em: http://historia-do-futebol.info/. 
Acesso em: 13 de abril. 2019. 
 
 
MATVEEV, L. Fundamentos de la preparacion de los jovenes desportistas. 
Moscou: Moscú, 1983. 
 
MORENO, M. Técnica Individual y Colectiva. Madrid: Escuela Nacional de 
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MORENO, O. C. Fútbol: Entrenamento Global Baseado en la Interpretación del 
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MOTTA, F. B. O processo de esportivização do futebol de praia: do Furingo ao 
Beach Soccer. Vitória, 2002. 
 
SCAGLIA, A. J. Escolinha de futebol: uma questão pedagógica. Motriz, v. 2, p. 36-
42, jul. 1996. 
 
WEINECK, J. O treinamento ideal. São Paulo: Manole, 1999. 
 
 
 
https://observatorioracialfutebol.com.br/historias/a-insercao-do-negro-no-futebol-brasileiro/
https://observatorioracialfutebol.com.br/historias/a-insercao-do-negro-no-futebol-brasileiro/
http://globoesporte.globo.com/futebol/copa-do-mundo/historia/copa-de-1934-italia.html
http://globoesporte.globo.com/futebol/copa-do-mundo/historia/copa-de-1934-italia.html
FUNDAMENTOS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS DE ESPORTES 
COLETIVOS 
 
Professor Dr. Rafael Octaviano de Souza 
 
UNIDADE II – BASQUETEBOL, HANDEBOL, E HANDEBOL DE AREIA 
 
Plano de Estudo: 
● Aspectos históricos do basquetebol; 
● Fundamentos técnicos do basquetebol; 
● Sistemas táticos do basquetebol; 
● Regras oficiais do basquetebol; 
● Metodologia de ensino do basquetebol; 
● Aspectos históricos do handebol; 
● Fundamentos técnicos do handebol; 
● Sistemas táticos do handebol; 
● Regras oficiais do handebol; 
● Metodologia de ensino do handebol; 
● Abordagens sobre o handebol de areia. 
 
Objetivos da Aprendizagem 
● Verificar os aspectos históricos do basquetebol e handebol; 
● Abordar os fundamentos técnicos e táticos do basquetebol e handebol; 
● Analisar as regras oficiais do basquetebol e handebol; 
● Conhecer as metodologias de ensino do basquetebol e handebol; 
● Conhecer aspectos voltados ao handebol de areia. 
 
INTRODUÇÃO 
 
As modalidades esportivas coletivas são caracterizadas por ações de caráter 
aleatório, imprevisível e variável (SILVA; JUNIOR, 2005). O contexto esportivo pode 
ser entendido como um complexo de atividades, situações, rotinas, interações, 
estratégias e táticas que, uma vez entendidas, facilitam a descrição e a prestação 
do comportamento dos atletas e equipes nos jogos coletivos (PRUDENTE et al., 
2004). 
Dentro dessa perspectiva, além do futebol, outras modalidades coletivas vêm 
se destacando nas últimas décadas, dentre elas o basquetebol e o handebol. No 
basquetebol, é possível encontrar as formas básicas de movimento do ser humano: 
corridas, saltos e lançamentos. Elas estão presentes na execução dos diferentes 
fundamentos do jogo ou na sua combinação. Outra característica importante do 
basquetebol é a variabilidade de ritmo e intensidade na execução das ações. Por 
fim, o basquetebol exige o desenvolvimento de três capacidades motoras 
condicionais básicas: força, resistência e velocidade (DE ROSE JUNIOR; TRICOLI, 
2005). 
O handebol é um esporte coletivo com bola, também jogado com as mãos, 
cujo objetivo é marcar mais gols que o adversário numa baliza de 3 x 2 metros 
defendida por goleiros. De acordo com Teixeira (2003), o handebol é muito parecido 
com o futebol, porém é jogado com as mãos e, por isso, recebe este nome em inglês 
(handball): hand = mão e ball = bola. É um esporte bastante dinâmico, divertido para 
quem joga e interessante para quem assiste devido, principalmente, à velocidade 
das jogadas, ao contato físico e às ações dos goleiros (CLANTON; DWIGHT, 1997). 
Atualmente, o handebol pode ser praticado como handebol de quadra, 
handebol de areia, mini handebol, handebol para terceira idade, handebol em 
cadeira de rodas e handebol de campo. Porém, a Federação Internacional de 
Handebol (Internacional Handball Federation – IHF) reconhece oficialmente apenas 
o handebol de quadra (indoor handball ou team handball) e o handebol de areia 
(beach handball), realizando atividades voltadas para a prática e o desenvolvimento 
dessas duas modalidades (INTERNATIONAL HANDBALL FEDERATION, 2010). 
Ao final desta unidade, você deverá conhecer a história e o desenvolvimento 
dessas duas modalidades coletivas, bem como seus fundamentos técnicos, 
sistemas táticos, as regras oficiais e suas respectivas metodologias de ensino, 
assim como conhecer abordagens do basquete 3 x 3 e do handbeach. 
 
 
1 ASPECTOS HISTÓRICOS DO BASQUETEBOL 
 
O basquetebol, ou basquete, como é mais conhecido, é um jogo em que duas 
equipes, compostas cada uma por cinco jogadores, devem arremessar a bola em 
uma cesta suspensa. Cada cesta realizada é convertida em pontos, que definem, 
ao final de uma partida, a equipe que mais marcou como a vencedora 
(GONÇALVES, 2019). 
De acordo com Gonçalves (2019), sua origem data do final do século XIX, 
quando o professor de Educação Física, James Naismith, em 1891, propôs um novo 
jogo frente às dificuldades encontradas à época. Naismith nasceu na cidade de 
Almonte, no Canadá, em 1861, e sua primeira atividade profissional exercida foi 
como instrutor de atividades físicas na Escola Internacional de Treinamento da 
Associação Cristã de Moços (ACM), que veio a ser chamada, mais tarde, de 
Springfield College, localizada na cidade de Springfield, no estado de 
Massachusetts, na Região Nordeste dos Estados Unidos. 
Ao assumir o Departamento de Educação Física do colégio norte-americano, 
em 1891, Naismith se deparou com algumas situações conflitantes. Os jovens 
daquela instituição eram ávidos por esportes e jogos que tinham como elementos 
principais a competição e a recreação. No entanto, a localização geográfica de 
Springfield fazia com que a cidade sofresse com invernos rigorosos, com 
temperaturas negativas e incidências recorrentes de neve. Nessa época, eram 
comuns alguns esportes praticados em ambientes

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