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Sistema Esquelético Axial O Sistema Esquelético Axial é formado pelos ossos que formam o crânio, a coluna vertebral e a caixa torácica. 1 - Crânio O crânio, que contém 22 ossos, repousa no topo da coluna vertebral e inclui dois grupos de ossos: os ossos do crânio (neurocrânio) e os ossos da face (viscerocrânio). Os oito ossos do crânio, coletivamente chamados de crânio, formam a cavidade do crânio (neurocrânio), que envolve e protege o encéfalo. Os ossos são o frontal, os dois parietais, os dois temporais, o occipital, o esfenoide e o etmoide. A face é composta por 14 ossos da face: dois ossos nasais, duas maxilas, dois zigomáticos, a mandíbula, dois lacrimais, dois palatinos, duas conchas nasais inferiores e o vômer. Juntos, os ossos do crânio e da face protegem e sustentam os delicados órgãos dos sentidos especiais para visão, gosto, olfato, audição e equilíbrio. Uma sutura é uma articulação imóvel, na maioria dos casos, em um adulto, que mantém os ossos do crânio unidos. Das muitas suturas que são encontradas no crânio, identificaremos apenas quatro suturas proeminentes: 1. A sutura coronal une o frontal e os dois parietais. 2. A sutura sagital une os dois parietais. 3. A sutura lambdóidea (assim nomeada porque sua forma assemelha-se à da letra grega lambda, A) une os parietais ao occipital. 4. A sutura escamosa une os parietais aos temporais. Fontículos ou fontanelas Lembre-se de que o esqueleto de um embrião recém-formado consiste em cartilagem ou lâminas membranáceas de mesênquima dispostas como membranas em forma de ossos. Gradualmente, ocorre a ossificação - o osso substitui a cartilagem ou o mesênquima. Espaços preenchidos com mesênquima, chamados de fontículos ou “moleiras”, são encontrados entre os ossos do crânio ao nascimento. Incluem o fontículo anterior, o fontículo posterior, os fontículos anterolaterais e os fontículos posterolaterais. Essas áreas do mesênquima não ossificado serão finalmente substituídas por osso, a partir de ossificação intramembranácea, e se tomarão suturas. Funcionalmente, os fontículos possibilitam que o crânio do feto seja comprimido quando passa pelo canal do parto e permitem o crescimento rápido do cérebro durante a infância. Vários Seios paranasais Cavidades pares, os seios paranasais estão localizados em determinados ossos do crânio, próximos da cavidade nasal. Os seios paranasais são revestidos por túnicas mucosas que são contínuas com o revestimento da cavidade nasal. Os ossos do crânio que contêm seios paranasais são o frontal (seio frontal), o esfenoide (seio esfenoidal), o etmoide (seios etmoidais) e as maxilas (seios maxilares). Além de produzir muco, os seios paranasais atuam como câmaras de ressonância (eco), produzindo os sons exclusivos de cada uma de nossas vozes na fala e no canto, e aliviam o peso do crânio. Osso hioide O hioide é um componente especial do esqueleto axial, pois não se articula nem se conecta a nenhum outro osso. Em vez disso, está suspenso nos processos estiloides dos temporais por ligamentos e músculos. O hioide está localizado no pescoço, entre a mandíbula e a laringe. Suporta a língua e fornece locais de fixação para alguns músculos da língua e para músculos do pescoço e da faringe. O hioide, assim como a cartilagem da laringe e da traqueia, é fraturado com frequência durante o estrangulamento. Como resultado, essas estruturas são cuidadosamente examinadas em uma necropsia, quando há suspeita de estrangulamento. Coluna Vertebral A coluna vertebral, também chamada de espinha ou coluna espinal, é composta por uma série de ossos chamados vértebras. A coluna vertebral funciona como uma haste flexível e resistente que gira e se move para a frente, para trás e para os lados. Ela envolve e protege a medula espinal, sustenta a cabeça e atua como ponto de fixação para as costelas, para o cíngulo do membro inferior e para os músculos do dorso. O número total de vértebras durante o início do desenvolvimento é 33. Depois, várias vértebras nas regiões sacral e coccígea se fundem. Como resultado, a coluna vertebral adulta contém 26 vértebras. Estas são distribuídas como se segue: - 7 vértebras cervicais na região cervical. - 12 vértebras torácicas posteriores à cavidade torácica. - 5 vértebras lombares, que suportam a parte inferior do dorso. - 1 sacro, que consiste em cinco vértebras sacrais fundidas. - 1 cóccix (porque sua forma se assemelha ao bico de um cuco), que geralmente consiste em quatro vértebras coccígeas fundidas. As vértebras cervicais, torácicas e lombares são bastante móveis, mas o sacro e o cóccix são menos móveis. Entre as vértebras adjacentes, da segunda vértebra cervical até o sacro, encontram-se os discos intervertebrais. Cada disco possui um anel externo de fibrocartilagem e um interior macio, pulposo e altamente elástico. Os discos formam articulações resistentes, permitem vários movimentos da coluna vertebral e absorvem o choque vertical. Curvaturas normais da coluna vertebral Quando vista de lado, a coluna vertebral mostra quatro leves curvaturas, chamadas de curvaturas normais. Em relação à frente do corpo, as curvaturas cervical e lombar são convexas (abauladas), e as curvaturas torácica e sacral são côncavas (escavadas). As curvaturas da coluna vertebral aumentam sua resistência, auxiliam a manter o equilíbrio na posição ereta, absorvem choques durante a caminhada e a corrida, e ajudam a proteger as vértebras contra fraturas. No feto, existe uma única curvatura côncava em toda a extensão da coluna vertebral. Aproximadamente no terceiro mês após o nascimento, quando o recém-nascido começa a manter sua cabeça ereta, a curvatura cervical se desenvolve. Mais tarde, quando a criança senta, levanta e anda, a curvatura lombar se desenvolve. As curvaturas torácicas e sacrais são consideradas curvaturas primárias e são conhecidas como cifose. Já as curvaturas cervicais e lombares, que mudam de sentido ao longo da vida, são curvaturas secundárias, e conhecidas como lordose. Vértebras As vértebras nas diferentes regiões da coluna espinal variam em tamanho, forma e detalhe, mas são suficientemente semelhantes para que estudemos a estrutura e as funções de uma vértebra típica. O corpo vertebral é a parte frontal discoidal espessa; é a parte de sustentação de peso da vértebra. O arco vertebral se estende posteriormente a partir do corpo da vértebra. É formado por dois processos curtos e espessos, os pedículos do arco vertebral, que se projetam posteriormente a partir do corpo, para se unirem às lâminas. As lâminas do arco vertebral são partes planas do arco e terminam em uma projeção acentuada, fina e simples, chamada processo espinhoso. O orifício entre o arco e o corpo vertebral contém a medula espinal e é conhecido como forame vertebral. Em conjunto, os forames vertebrais de todas as vértebras formam o canal vertebral. Quando as vértebras estão empilhadas, existe uma abertura entre as vértebras adjacentes em ambos os lados da coluna. Cada abertura, chamada de forame intervertebral, permite a passagem de um único nervo espinal. Sete processos se originam do arco vertebral. No ponto em que a lâmina e o pedículo se unem, um processo transverso se estende lateralmente em cada lado. Um processo espinhoso único (espinha) se projeta a partir da junção das lâminas. Esses três processos atuam como pontos de fixação para os músculos. Os quatro processos restantes formam articulações com outras vértebras acima ou abaixo. Os dois processos articulares superiores de uma vértebra se articulam com a vértebra imediatamente acima. Os dois processos articulares inferiores de uma vértebra se articulam com a vértebra imediatamente abaixo. As superfícies articulares lisas dos processos articulares são chamadas de faces, que são recobertas por cartilagem hialina. As vértebras em cada regiãosão numeradas em sequência, de cima para baixo. As sete vértebras cervicais são referidas como C1 até C7. Os processos espinhosos da segunda à sexta vértebras cervicais frequentemente são bífidos, ou divididos em duas partes. Todas as vértebras cervicais têm três forames: um forame vertebral e dois forames transversários. Cada processo transverso cervical contém um forame transversário, pelo qual passam vasos sanguíneos e nervos. As duas primeiras vértebras cervicais diferem consideravelmente das outras. A primeira vértebra cervical (C1), o atlas, suporta a cabeça; ela é assim chamada em homenagem ao mitológico Atlas, que suportava o mundo sobre seus ombros. O atlas não possui corpo nem processo espinhoso. A superfície superior contém as faces articulares superiores, que se articulam com o occipital do crânio. Essa articulação permite a você assentir com a cabeça para indicar “sim”. A superfície inferior contém as faces articulares inferiores, que se articulam com a segunda vértebra cervical. A segunda vértebra cervical (C2), o áxis, possui um corpo e um processo espinhoso. Um processo em forma de dente, chamado de dente do áxis, se projeta através do forame vertebral do atlas. O dente constitui um pivô no qual o atlas e a cabeça se movem, como no movimento da cabeça de um lado a outro, indicando “não”. A terceira até a sexta vértebras cervicais (C3 a C6) correspondem ao padrão estrutural de uma vértebra cervical típica descrita anteriormente. A sétima vértebra cervical (C7), chamada de vértebra proeminente, é um pouco diferente. É marcada por um único e grande processo espinhoso que é visto e palpado na base do pescoço. As vértebras torácicas (T1 a T12) são consideravelmente maiores e mais resistentes do que as vértebras cervicais. As características distintivas das vértebras torácicas são suas fóveas costais, para articulação com as costelas. Os movimentos da região torácica são limitados pela fixação das costelas ao esterno. As vértebras lombares (L1 a L5) são os maiores e mais resistentes ossos não fundidos da coluna vertebral. Suas várias projeções são curtas e espessas, e os processos espinhosos são bem adaptados para a fixação dos grandes músculos do dorso. O sacro é um osso triangular formado pela fusão das cinco vértebras sacrais, indicadas como S1 a S5. A fusão das vértebras sacrais começa entre 16 e 18 anos de idade e geralmente está completa em torno dos 30 anos. O sacro atua como uma fundação sólida para o cíngulo do membro inferior. Está posicionado posteriormente à cavidade pélvica, na qual suas faces laterais se unem aos dois ossos do quadril. Os lados anterior e posterior do sacro contêm quatro pares de forames sacrais. Nervos e vasos sanguíneos passam pelos forames. O canal sacral é a continuação do canal vertebral. A entrada inferior do canal é chamada de hiato sacral. A margem anterossuperior do sacro possui uma projeção, chamada promontório da base do sacro, usada como um ponto de referência para medir a pelve antes do parto. O cóccix, como o sacro, tem formato triangular e é formado pela fusão de quatro vértebras coccígeas. Estas são indicadas como Co1 a Co4. A parte superior do cóccix se articula com o sacro. Forma uma superfície de fixação para diversos ligamentos e inserção para músculo que constringe a abertura do canal anal. Tórax O termo tórax se refere a todo o peito. A parte esquelética do tórax, a caixa torácica, é uma caixa óssea formada pelo esterno, pelas cartilagens costais, pelas costelas e pelos corpos das vértebras torácicas. A caixa torácica envolve e protege os órgãos na cavidade torácica e na parte superior da cavidade abdominal. Além disso, fornece suporte aos ossos dos cíngulos dos membros superiores e aos membros superiores. Esterno O esterno é um osso estreito plano, localizado no centro da parede torácica anterior, consistindo em três partes que geralmente se fundem em tomo dos 25 anos de idade. A parte superior é o manúbrio do esterno; a parte média e maior é o corpo do esterno; e a parte inferior e menor é o processo xifoide. O manúbrio se articula com as clavículas, com a primeira costela e com parte da segunda costela. O corpo do esterno se articula direta ou indiretamente com parte da segunda costela e com a terceira até a décima costelas. O processo xifoide consiste em cartilagem hialina durante a lactância e a infância, e não se ossifica completamente até em torno dos 40 anos. Não possui costelas ligadas a ele, mas fornece fixações para alguns músculos abdominais. Costelas Doze pares de costelas compõem os lados da cavidade torácica. As costelas aumentam em comprimento da primeira à sétima costela, depois diminuem em comprimento até a décima segunda costela. Cada costela se articula posteriormente com a sua vértebra torácica correspondente. Do primeiro até o sétimo par de costelas, todos têm uma fixação anterior direta com o esterno por meio de uma faixa de cartilagem hialina, chamada cartilagem costal. Essas costelas são chamadas de costelas verdadeiras. Os cinco pares de costelas restantes são denominados costelas falsas, porque suas cartilagens costais se fixam indiretamente ou não se fixam ao esterno. As cartilagens do oitavo, nono e décimo pares de costelas se fixam umas às outras e, em seguida, às cartilagens do sétimo par de costelas. A décima primeira e a décima segunda costelas falsas são também conhecidas como costelas flutuantes, porque a cartilagem costal de suas extremidades anteriores não se fixa ao esterno de modo algum. As costelas flutuantes se fixam apenas posteriormente às vértebras torácicas. Os espaços entre as costelas, chamados espaços intercostais, são ocupados por músculos, vasos sanguíneos e nervos intercostais.
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