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ECONOMIA REGIONAL I Resumo Texto: Teoria econômica e regiões subdesenvolvidas Autor: Gunnar Myrdal O texto chama atenção para o ciclo que tem sido gerado dentro dos países desenvolvidos e nos países subdesenvolvidos. A médio e a longo prazo, verifica-se que países desenvolvidos não indica sinais de depressão, e quando essas ocorrem é por curto tempo. Entretanto, países subdesenvolvidos apesar de passar por constante aumento da sua população, continuam em baixa renda e pouco investimento em suas áreas. Apesar da situação constante dos países subdesenvolvidos, dentro dos mesmos possuem área que passam por rápido desenvolvimento. Como acontece na América Latina, onde países, embora não consiga um desenvolvimento estável e uniforme, já conseguem demonstrar algum progresso. Fazendo citações a outros autores, como o Prof. C.E.A. Winslow, que identifica o ciclo vicioso na saúde e ao também professor, Ragnar Nurkes, no qual analisa o ciclo vicioso na pobreza, o texto chama atenção para um processo acumulativo de forças que permitem manter uma situação inalterada. Para melhor entendimento, vale citar o que foi verificado pelo Prof. Ragnar Nurkes: “Um homem pobre talvez não tenha o bastante para comer; sendo subnutrido, sua saúde será fraca; sendo fraco, sua capacidade de trabalho será baixa, o que significa que será pobre, o que, por sua vez, implica dizer que não terá o suficiente para comer; e assim por diante.” Dessa forma, pode-se observar que há sempre uma força capaz de fazer que essa situação, acima citada, volte a ocorrer, classificando esse efeito de ciclo vicioso. Vale ressaltar que esse mesmo ciclo se desenvolve quando tomado características positivas. Logo, podendo afirmar que se não controlar esse processo acumulativo, poderá proporcionar crescentes desigualdades. O autor também faz referencia ao equilíbrio estável, assinalando-o como sendo uma falsa analogia. Assim é apontado pelo fato de tomar a realidade social como sendo uma tendência para um estado de equilíbrio entre forças, o que não acontece, visto que o sistema social não tende a um equilíbrio, mas sim se afasta dessa posição. O equilíbrio em um sistema social pode se dar através de modificações exógenas, o que não caracteriza um equilíbrio natural, consistindo também em uma colocação instável. O autor chama atenção para interferências de planejamentos e aplicações políticas sobre o sistema social, para que o mesmo possa conseguir uma condição estável e manter esse movimento, verificando mais uma vez que não há uma tendência natural ao equilíbrio. O autor introduz a analise sobre o problema do negro nos Estados Unidos, possuindo como intuito mostrar a estrutura circular no processo acumulativo das transformações sociais. Com isso, pode averiguar que apesar do negro não viver totalmente isolado nos Estados Unidos, eles compõem um grupo que está congregado em determinada classe social, possuindo destinos comuns e preocupações coletivas. Estando dessa forma participando da discriminação racial dos norte-americanos, o que vem prejudicando os negros, visto que essa situação os coloca como a classe mais baixa, adquirindo os índices econômicos e sociais mais inferiores. Apesar da situação do negro ter melhorado como o passar dos anos, eles continuam tendo problemas em conseguir elevar seu posicionamento social, visto que é uma situação que independe dos procedimentos governamentais e seus programas, mas sim de ideias plantadas na cabeça de cada norte-americano. Através do estudo realizado pelo autor, também pode observar a formação de um ciclo vicioso sobre os negros e os brancos dos Estados Unidos, pois diante do preconceito do branco, os negros não conseguem melhorar seus padrões de vida, e a ignorância e a má condição de habitação, entre outros fatores, faz com que os negros alimentem a hostilidade dos brancos. Obtendo assim, a causa e o efeito do ciclo que se forma, podendo ser mudada se um dos fatores for alterado, já que as variáveis são interlaçadas no processo de causação circular. Diante disso, o autor sugere não procurar um único fator predominante, como o fator econômico, especialmente porque é improvável que a realidade social mude por conta de um fator apenas, e que deixar o negro na situação de pobreza não resultará em ganhos sociais, mas em grandes desperdícios. Ainda é destacada a vinculação da força de mercado com o aumento da desigualdade social, tendo em vista que os centros econômicos se encontram em áreas que os atraem, deixando as áreas que não corresponde aos critérios do crescimento econômico fora dele. Até mesmo a mobilidade de alguns fatores não provoca o equilíbrio desejado, já que diferentes características atraem diferentes efeitos econômicos. Por fim, é definido o efeito propulsor e o efeito regressivo, os quais agem sobre as regiões próximas aos grandes centros.
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