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AV2 ONLINE BACTERIOLOGIA PROF ANA PAULA LOUREIRO

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AV2 ONLINE – BACTERIOLOGIA – PROF. ANA PAULA LOUREIRO 
(NOTA FINAL = 9,5. VALIA 10)
1) Um cão da raça Labrador deu entrada na clínica da Estácio com diagnóstico prévio de otite relatado pelo tutor. Este informou que o animal já havia apresentado tal sintomatologia em por três diferentes episódios e, em todos, foi realizado tratamento com antimicrobianos de amplo espectro. O animal tem acesso a piscina da casa, onde com frequência faz mergulhos. Ao exame microbiológico observou-se bastonetes Gram negativos que não fermentavam nenhum açúcar e a placa de antibiograma apresentou coloração verde. Qual sua suspeita para o agente etiológico? Cite dois fatores de virulência desta bactéria.
Agente etiológico: Pseudomona aeruginosa
Fatores de virulência: Multirresistência à antimicrobianos e resistência à anti-sépticos e desinfetantes.
2) Um cão que havia sido resgatado das ruas cinco dias antes da consulta, deu entrada na clínica veterinária da Estácio com sintomas de febre, prostração, mucosas levemente ictéricas (amareladas) e hematúria (sangue na urina). O responsável pelo animal relatou que não havia histórico de vacinação e que o animal foi encontrado em ambiente completamente alagado. A suspeita foi de leptospirose e o veterinário solicitou a sorologia para leptospirose (MAT). Foram testados os sorotipos: Hardjo e Pomona que deram negativos. Com isso responda: a) O teste realizado foi adequado? Por quê? b) Considerando que a infecção se deu no dia do resgate seria possível detectar altos títulos sorológicos no momento da consulta? Justifique.
Não, pois o teste realizado foi feito para sorotipos que não são compatíveis para contaminação em cães e, sim para bovinos e suínos. O sorotipo adaptado para a espécie de cão doméstico seria a L. interrogans sv Canicola e, a incidental seria a L. interrogans sv Icterohaemorrhagiae, que é o sorotipo adaptado para roedores. 
Não seria possível detectar altos títulos sorológicos no momento da consulta, pois neste período as bactérias estariam disseminadas em todo o organismo do animal, dessa forma dando origem a fase de Leptospiremia, que se caracterizaria pelos primeiros momentos da infecção, a qual há um ataque do sistema imune do hospedeiro à estas bactérias, resultando de grande eliminação destas. Sendo assim, nessa fase só seria possível a detecção do agente, apenas no conteúdo integral de sangue e, não seria possível realizar a sorologia, pois haveria baixa concentração de anticorpos no soro.
As bactérias que não foram eliminadas pelo sistema imune, continuam a se multiplicar lentamente e exacerbadamente, só podendo serem detectadas na fase de Leptospirúria, que se caracterizaria pelo período de eliminação das bactérias pela urina, ou seja a detecção do agente etiológico na urina e, não mais no sangue. Nesta fase sim, a sorologia daria altos títulos de anticorpos no soro. Esta etapa, geralmente, se caracteriza de uma semana em diante pós contaminação. Logo, a metodologia ideal de análise seria: pesquisa de anticorpos no soro + métodos diretos na urina.
3) A tuberculose bovina é uma doença crônica de evolução lenta que causa prejuízos econômicos consideráveis como queda de rendimento de carcaça e produção de leite. Para o diagnóstico oficial da tuberculose, são utilizados testes imunológicos para pesquisa de resposta celular. Porque o diagnóstico direto como cultura, baciloscopia e/ou PCR não são os mais indicados na rotina diagnóstica da tuberculose bovina?
O diagnóstico direto como cultura, baciloscopia e/ou PCR não são os mais indicados na rotina diagnóstica da tuberculose bovina, pois além de terem baixa sensibilidade, tem alto custo e, a obtenção do material deve ser “in vivo” para identificação de sorotipo, já que amostras que não sejam deste tipo, como amostras de feto, placenta etc.. podem identificar apenas se o animal está ou não infectado; também se exige grau de experiencia do profissional que irá realizar as análises, bem como alto nível de segurança laboratorial. 
RESPOSTA CORRETA: Porque as amostras possíveis de serem colhidas de animais vivos para o diagnóstico direto da tuberculose bovina (como secreção nasal ou lavado traqueobrônquico) apresentam baixa concentração de bastonetes, resultando em baixa sensibilidade dos métodos diretos. Para o cultivo bacteriano é necessário um nível de biossegurança 3 tendo assim poucos laboratórios disponíveis para realizar tal diagnóstico, além de tais bactérias apresentarem crescimento muito lento in vitro. Em geral os testes diretos são muto custosos para serem realizados com periodicidade.
4) Qual a diferença observada nas estirpes utilizadas nas vacinas recomendadas pelo PNCEBT, RB51 e B19, que proíbe o uso da B19 em fêmeas adultas, mas permite o uso da RB51?
Ambas vacinas (B19 e RB51) são de cepas contendo bactérias vivas, ou seja, estimulam uma resposta imune celular, que gera uma resposta por células de memória 
A vacina B19 é uma cepa mutante, não é capaz de gerar uma infecção no animal, pois foram retirados os seus fatores de virulência capazes de gerar este fato, apresenta a cadeia lateral O (antígeno O), ou seja, ela possui o mesmo antígeno da cepa selvagem (que gera a infecção). 
Dessa forma, induz a uma resposta imune igual a infecção natural; o que pode reproduzir geração de anticorpos, e levar a um resultado sorológico de falso-positivo, em vacas que foram vacinadas e testadas para Brucella, posteriormente (ou seja, haverá dificuldades em se reconhecer vacas realmente contaminadas, das que foram vacinadas), além de ocasionar riscos de abortamentos, retenção de placenta etc... gerando assim prejuízos econômicos e a saúde do animal; por isso o uso da mesma é proibido em fêmeas adultas pelo PNCEBT, somente em jovens de 3 à 8 meses de idade.
Já a RB51 também são bactérias vivas, atenuadas “in vitro”, não tem a cadeia lateral O, portanto, não induz à infecção natural e, não resulta a geração de anticorpos, portanto não apresenta risco de ocasionar resultado sorológico de falso-positivo.
5) As clostridioses neurotóxicas, tétano e botulismo, são de grande preocupação tanto para saúde humana quando animal devido à gravidade dos sintomas causados por suas toxinas. O principal sintoma observado em aves seria a “cabeça caída” como resultado da ação da toxina na musculatura do pescoço. Com isso, descreva o mecanismo de ação da toxina botulínica que resulte nessa sintomatologia. 
A ação da toxina botulínica que resulta na sintomatologia acima descrita se refere ao fato desta neurotoxina afetar a junção neuromuscular, ou seja, ela bloqueia a liberação de acetilcolina pelo neurônio motor, sendo assim, não há a sensibilização da musculatura, logo, o músculo não recebe a informação para contrair, o que acaba por ocasionar em uma paralisia aguda flácida, ou seja, um relaxamento muscular irreversível.

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