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FIGURAS HÍBRIDAS. CONCEITO: constituem figuras com traços de direito pessoal patrimonial e traços de direito real. Encontram-se em zona fronteiriça, não se podendo afirmar a natureza exclusiva num ou noutro sentido. Obrigação propter rem, ob rem, ambulatória, ou real. • É a que recai sobre uma pessoa, por força de determinado direito real. Só existe a partir do momento em que a pessoa passa a ser titular de domínio ou detentor de determinada coisa. – Ex.: direitos de vizinhança (art. 1.277, CC); obrigação do condômino (art.1.315, CC); Outros (arts. 1.336, III, 1.234, 1.297, 1.219, CC) – A aquisição e a transmissão da obrigação propter rem se dá de forma automática. ÔNUS REAIS. • Podemos conceituar ônus reais como sendo os gravames que limitam a fruição e a disposição da propriedade. • Ex.: segundo Maria Helena Diniz, a servidão predial, a enfiteuse, o usufruto, o uso, a habitação, a superfície, a hipoteca, o penhor e a anticrese. • A responsabilidade pelo ônus real é limitada ao bem onerado, não respondendo o proprietário além dos limites do respectivo valor, pois é a coisa que se encontra gravada; na propter rem, responde o devedor com todos os seus bens. Obrigação com eficácia real. • São as que, sem perder o caráter obrigacional, transmitem-se e são oponíveis a terceiro que adquira direito sobre determinado bem. • Ex.: Locação. Art. 576, CC. Da obrigação de DAR COISA CERTA. • Conceito e conteúdo - constitui a obrigação de entregar ou de restituir coisa certa ou incerta. - O objeto, portanto, será coisa certa, determinada, individualizada, ou coisa incerta, apenas indicado o seu gênero e sua quantidade. - Ao devedor não é dado entregar coisa diversa da pactuada, se a obrigação for de dar coisa certa. Art. 313, CC. • Tradição é o meio pelo qual o devedor transfere a propriedade de coisa móvel ao credor (art. 1.226, CC); o REGISTRO, por sua vez, é o instrumento hábil à transferência da propriedade imobiliária. (Art. 1227, CC) – Modalidades de tradição: real, simbólica (Ex. chaves) e ficta (ex.: constituto possessório) • Melhoramentos e acrescidos. Art. 237, CC. • Princípio da Gravitação Jurídica. Art. 233 – O acessório segue a mesma sorte do principal, salvo estipulação em contrário. – Não se aplicam às pertenças, pois não são partes integrantes. (Art. 93,94, CC) Ex.: piano, obra de arte. • Perecimento da coisa. Perda total. Res perit domino. Art. 234, CC. – Sem culpa do devedor. Extinção da obrigação. Devolução de eventual valor recebido. Sem perdas e danos. Art. 492, CC. – Com culpa do devedor. Restituição do valor recebido (equivalente) mais perdas e danos (ART. 402: dano emergente + lucro cessante). • Deterioração da coisa. Perda parcial. Res perit domino. Art. 235, CC. – Sem culpa : extinção da obrigação ou manutenção com abatimento do preço, a critério do credor. – Com culpa: extinção com restituição do equivalente, mais perdas e danos; ou, manutenção, aceitando a coisa deteriorada, mais perdas e danos. • Obrigação de restituir: é a obrigação de devolver algo a seu dono. Art. 238, CC. – Perecimento sem culpa do devedor: extinção da obrigação, com perda da coisa por parte do credor, dono da coisa, salvo se estiver em mora (art. 399). Ex.: fim da locação. – O credor tem os direitos até o dia da perda. Art. 238, parte final. – Perecimento com culpa do devedor. Art. 239, CC. Deve restituir o valor equivalente do bem, mais os prejuízos causados.
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