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TICS 4 - Exames indutores de isquemia

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Centro Universitário de Pato Branco, 29 de Agosto de 2022. 
Aluna: Bruna Melnik Bellandi 
 RA:0063620 
Curso: Medicina Período: 3 
 
TICS – TAREFA DA SEMANA 4: 
Exames indutores de isquemia: qual o motivo da utilização destes procedimentos na 
prática clínica? Cite alguns exemplos. 
É comum empregar a eletrocardiografia de esforço (“teste de esforço”) para completar a 
estratificação do risco de pacientes submetidos a uma avaliação inicial que não revelou uma 
causa específica de dor torácica e os identificou como de risco baixo ou seletivamente 
intermediário de SCA. As diretrizes de sociedades profissionais identificam a dor torácica em 
andamento como uma contraindicação para o teste de esforço. Em pacientes selecionados com 
dor persistente e ECG e biomarcadores não diagnósticos, podem ser obtidas imagens da 
perfusão miocárdica em repouso; a ausência de qualquer anormalidade da perfusão reduz 
bastante a probabilidade de coronariopatia. Em alguns centros, a imagem da perfusão 
miocárdica é realizada como parte de uma estratégia rotineira para avaliar pacientes de risco 
baixo ou intermediário de SCA, simultaneamente com outros exames. O tratamento de 
pacientes com imagens de perfusão normais pode ser instituído com a liberação hospitalar mais 
precoce e um teste de esforço em ambulatório, se indicado. Aqueles com imagens de perfusão 
anormais em repouso, nos quais não se pode discriminar entre danos miocárdicos antigos ou 
novos, geralmente precisam de avaliação hospitalar adicional. 
Outros exames de imagem não invasivos do tórax podem ser usados de maneira seletiva para se 
obter informação diagnóstica e prognóstica adicional sobre pacientes com dor torácica. 
O eletrocardiograma é crucial na avaliação do dor torácica não traumática. O ECG é 
fundamental para identificar pacientes com isquemia em curso como a razão principal de sua 
queixa, bem como complicações cardíacas secundárias a outros distúrbios. As diretrizes de 
sociedades de especialidade recomendam a realização de um ECG até 10 minutos após a 
chegada do paciente, com o objetivo principal de identificar aqueles com elevação do segmento 
ST diagnóstica de IAM que sejam candidatos a intervenções imediatas para o restabelecimento 
do fluxo sanguíneo na artéria coronária ocluída. 
A ecocardiografia não é um exame necessariamente rotineiro em pacientes com dor torácica. No 
entanto, em pacientes com um diagnóstico incerto, em particular aqueles com elevação não 
diagnóstica do segmento ST, sintomas em andamento ou instabilidade hemodinâmica, a 
detecção de um movimento anormal segmentar da parede é evidência de possível disfunção 
isquêmica. A ecocardiografia é diagnóstica em pacientes com complicações mecânicas do IAM 
ou naqueles com tamponamento pericárdico. A ecocardiografia transtorácica é pouco sensível 
para dissecção aórtica, embora um flap da íntima às vezes possa ser detectado na aorta 
ascendente. 
A angiotomografia está emergindo como uma modalidade para a avaliação de pacientes com 
dor torácica aguda. A angiotomografia coronariana é uma técnica sensível para a detecção de 
coronariopatia obstrutiva, em particular no terço proximal das coronárias epicárdicas principais. 
A TC parece melhorar a velocidade de distribuição de pacientes com probabilidade entre baixa e 
intermediária para SCA, sendo sua maior força o valor preditivo negativo como um achado de 
doença não significativa. Além disso, a TC realçada por contraste pode detectar áreas focais de 
lesão miocárdica no contexto agudo. Ao mesmo tempo, a angiotomografia pode excluir 
dissecção aórtica, derrame pericárdico e embolia pulmonar. 
 A ressonância magnética cardíaca (RMC) é uma técnica versátil em evolução para a avaliação 
estrutural e funcional do coração e da vasculatura torácica. A RMC pode ser realizada como 
modalidade de exame de imagem com perfusão de estresse farmacológico. A RMC realçada por 
gadolínio pode detectar IAM precocemente, definindo com acurácia áreas de necrose 
miocárdica, além de delinear padrões de doença miocárdica que geralmente são úteis para 
discriminar lesão miocárdica isquêmica de não isquêmica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências: 
Jameson, J., L. et al. Medicina interna de Harrison - 2 volumes. Disponível em: Minha 
Biblioteca, (20ª edição). Grupo A, 2019. 
Norris, Tommie L. Porth - Fisiopatologia. Disponível em: Minha Biblioteca, (10ª edição). 
Grupo GEN, 2021.

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