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RESUMO DIREITOS HUMANOS: CONCEITO: direito inerente a todos os seres humanos. PRINCIPAL FUNDAMENTO: dignidade da pessoa humana. META: igualdade entre todos os seres humanos. TEORIAS: se complementam, não há predomínio. - Jusnaturalista: antes e superior ao direito estatal, divino, desde o nascimento, exclui o nascituro. - Positivista: textos legais, Constituições. - Moralista: direitos subjetivos baseados em princípios, independe de regras prévias. CARACTERÍSTICAS: - Historicidade. - Imprescritibilidade. - Irrenunciabilidade. - Inalienabilidade. - Relatividade. - Universalidade. - Aplicação imediata. QUATRO STATUS DE JELLINECK: - Passivo: indivíduo subordinado/limitado ao poder público, ex.: leis que proíbem algumas condutas. - Ativo: indivíduo exerce seus direitos políticos, adquire cidadania, ex.: voto. - Negativo: liberdade do indivíduo em relação ao Estado, podendo agir livre da atuação do poder público, ex.: direito de expressão. - Positivo: indivíduo exigir do poder público alguma prestação, de forma positiva, ex. saúde. ESTRUTURA DOS DIREITOS HUMANOS DE ANDRÉ RAMOS DE CARVALHO: - Direito-pretensão: ter alguma coisa que é devido pelo Estado ou outro particular, ex.: direito à educação. - Direito-liberdade: abstenção ao Estado ou a terceiros, para não atuarem como agentes limitadores, ex.: liberdade de credo. - Direito–poder: sujeição do Estado ou de outra pessoa para que observe seus direitos, ex.: direito à assistência jurídica. - Direito-imunidade: impede que uma pessoa ou o Estado interfira no direito, ex.: vedação à prisão, salvo hipóteses legais. GERAÇÕES/DIMENSÕES DOS DIREITOS HUMANOS: - Primeira geração: liberdade, direitos civis, políticos e as liberdades clássicas, vida, liberdade, propriedade, liberdade de expressão, resistência, proteção, participação na religião (crença) e na política (voto), entre outros. - Segunda geração: igualdade, direitos econômicos, sociais e culturais. - Terceira geração: fraternidade, direitos difusos, meio ambiente equilibrado, conservação e utilização do patrimônio histórico, progresso, desenvolvimento, paz, comunicação, autodeterminação dos povos e outros direitos sociais (idosos e deficientes). - Quarta geração: progresso tecnológico, direito de informação, biodireito ou bioética, participação democrática, pluralismo político, proteção do patrimônio e engenharia genética. - Quinta geração: direito à paz. PRECEDENTES HISTÓRICOS: direito humanitário e cruz vermelha. SEPARAÇÃO DE PODERES: ou divisão funcional do poder, é uma das garantias previstas na “Bill of Rights”, de 1689. SURGIMENTO DOS DIREITOS DE 2ª GERAÇÃO: após a 1ª Guerra Mundial, com a formação dos direitos internacionais do trabalho. PRIMEIRA CARTA POLÍTICA A RECONHECER OS DIREITOS DE 2ª GERAÇÃO: Constituição Mexicana, em 1917. SURGIMENTO DA ONU: após a 2ª Guerra Mundial, em 1945. LEI OU CARTA INTERNACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS: - Declaração Universal dos Direitos Humanos, em 1948. - Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos, e seus dois protocolos opcionais, em 1966, Brasil o ratificou em 1992. - Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, e seu protocolo especial, em 1966, Brasil o ratificou em 1992, menos o seu protocolo opcional. DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS: - Criada por Eleanor Roosevelt, no pós-Guerra, quando havia muita destruição. - Nasceu para fomentar outros tratados no âmbito internacional, interpretação de preceitos. - Principal instrumento do sistema global de proteção aos Direitos Humanos, e para a sua universalização. - Adotada pela Assembleia Geral da ONU em 10/12/1948, por 48 votos a favor, 0 contra e 8 abstenções, aprovada por consenso. - Consagra diversos direitos, determina o consenso sobre direitos de 1ª Dimensão e causa embate sobre os da 2ª Dimensão. - Do art. 1º ao 21 trata de direitos de 1ª Geração, e do 22 ao 30 dos de 2ª Geração, mas deve ser vista como um todo. - Em relação aos direitos de 3ª Geração, é vista como um marco teórico para seu desenvolvimento, já que não os aborda. - Ato de organização internacional, não possui natureza de direito derivado da ONU, e prescinde de incorporação ao direito interno. AFIRMAÇÃO DOS DIREITOS DE 3ª DIMENSÃO: com a Declaração de Estocolmo, em 1972. DIREITO INTERNACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS: não está sujeito ao princípio da reciprocidade. TRATADOS DE DIREITOS HUMANOS: respondem por um regime objetivo, cumprimento de deveres sem contrapartida. CONVENÇÃO CONTRA A TORTURA E OUTROS TRATAMENTOS OU PENAS CRUEIS, DESUMANAS OU DEGRADANTES: - Definição/conceito de tortura: art. 1º, e pode ser ampliado por qualquer outro instrumento internacional ou nacional. - A proteção à tortura, assim como a proteção à escravidão, são os únicos direitos absolutos. - Direito/garantia do torturado: art. 14, e pode acumular indenizações. - Ações brasileiras relativas ao combate à tortura: CF/88, art. 5º, III, adesão à Convenção Contra Tortura das Nações Unidas em 1989, ratificação da Convenção Interamericana para Prevenir e Punir a Tortura em 1989, assinatura do Protocolo Adicional à Convenção contra a Tortura das Nações Unidas em 2007, Lei n. 9.140/1995 e Lei n. 9.455/1997. - Comitê contra a Tortura: o Estado Parte não é obrigado a reconhecer a competência do Comitê para investigações internas. CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FERDERAL DE 1988: - Fundamentos: soberania, cidadania, dignidade da pessoa humana, valores sociais do trabalho e da livre iniciativa e pluralismo político. - Dignidade da Pessoa Humana: qualidade de todo ser humano, envolve dever de respeito, de proteção e de promoção. - Objetivos fundamentais: constituir uma sociedade livre, justa e solidária, garantir o desenvolvimento nacional, erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais e promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. - Princípios internacionais que regem o Brasil: independência nacional, prevalência dos direitos humanos, autodeterminação dos povos, não intervenção, igualdade entre os Estados, defesa da paz, solução pacífica dos conflitos, repúdio ao terrorismo e ao racismo, cooperação entre os povos para o progresso da humanidade e concessão de asilo político. - Aplicação imediata das normas de direitos e garantias fundamentais: não precisam de outras regras. - Rol de direitos e garantias previstos no art. 5º: não exaustivo, pode haver outros em tratados internacionais, p. ex.. - Tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos formalmente constitucionais. - Tribunal Penal Internacional: Brasil aderiu ao Estatuto de Roma, que amplia o rol de crimes imprescritíveis e não admite reservas. - Investigações pelo TPI: se dá por iniciativa do procurador, remessa de um Estado-Parte ou por declaração específica de Estado não parte, e por decisão do Conselho de Segurança. - Direito à moradia: direito social, da 2ª Geração, imprescindível, direito positivo. - Direito à propriedade: pode ser mitigado, direito civil, de 1ª Geração. NATUREZA JURÍDICA DA INCORPORAÇÃO DE NORMAS INTERNACIONAIS SOBRE DIREITOS HUMANOS AO DIREITO INTERNO BRASILEIRO: - Tratados internacionais de direitos humanos aprovados com quórum de emenda constitucional passam a integrar o ordenamento jurídico como norma constitucional. - Quórum para aprovação: 3/5 das duas casas legislativas, em dois turnos. - Teve início com a impossibilidade de prisão de depositário infiel, proibida por convenção e permitida por legislação interna. - Tratados aprovados no quórum de emenda constitucional: Convenção de Nova Iorque e Tratado de Marraqueche. - Tratados internacionais de direitos humanos aprovados com quórum normal integram o ordenamento como norma supralegal. - Demais tratados, que não sejam de direitos humanos, integram o ordenamento como norma geral.
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