Buscar

Aulas de direitos humanos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 68 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 68 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 68 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

DIREITOS HUMANOS
Prof. Me. André Luiz Ache Mansur
Celular: 99219-4898
E-mail: andremansuradv@gmail.com
Bacharel em Direito pela UFPR
Especialista em Direito pela FEMPAR
Mestre em Direitos Humanos pela UFPR
Professor de Direito na FAC/FAPAR
Professor convidado da Pós Graduação na UNICESUMAR nos cursos de especialização e MBA
Servidor Publico Federal
Escritor e pesquisador
Membro do Conselho Editorial da JM Livraria Jurídica.
Ativista na ONG GAAC (Grupo de Apoio Adoção Consciente)
1. Teoria dos Direitos Fundamentais. 
1.1. Caracterização, Conceito, Natureza e Universalidade dos Direitos Fundamentais. 
1.2. Os Direitos Fundamentais de Primeira e Segunda Geração. 
1.3. A Teoria Objetiva dos Direitos Fundamentais.
1.4. Os Direitos Fundamentais de Terceira e Quarta Geração. 
1.5. A Nova Universalidade dos Direitos Fundamentais. 
1.6. A Declaração Universal dos Direitos do Homem.
1.7. A Teoria da Crise Política (Crise Constituinte) e os Direitos Fundamentais.
1.8. A Declaração Universal e a Proteção dos Direitos Sociais no Brasil. 
O Estado Constitucional de Direito (Estados liberais)
O Estado Constitucional de Direito (Estados liberais) nasce, no final do séc. XVIII, de um propósito claro, qual seja, o de evitar o arbítrio dos governantes (típicos dos Estados Absolutistas que se consolidaram em meados do séc. XV).
O Estado Constitucional de Direito significa que o Poder Político está preso e subordinado a um Direito Objetivo, que exprime o justo. E, ademais, esse Poder Político há de comandar os homens por meio de leis que, para merecerem o nome, hão de ter os caracteres de generalidade (aplicar-se a todos os casos iguais) e impessoalidade (sem fazer acepção de pessoas).
A vida em sociedade exige o sacrifício que é a limitação do exercício dos direitos naturais pela lei (crença na existência de direitos naturais).
Os direitos fundamentais constituem limitação ao poder.
A supremacia do Direito espelha-se no primado da Constituição. A Declaração de 1789 exprimi essa ideia no art. 16.
Direito Internacional dos Direitos Humanos
Abordagem a partir das gerações de direitos humanos
1ª GERAÇÃO (direitos civis e políticos)
Magna Carta, Inglaterra (1215)
Tratado de Westphalia (1648). Estabeleceu os requisitos de todo Estado Soberano: povo, território, poder soberano.
Lei do habeas corpus, Inglaterra (1679)
Declaração de Independência dos EUA (1776)
Constituição dos EUA (1787)
Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (1789)
O Estado de Direito como decorrência destes processos históricos
Direito Internacional dos Direitos Humanos
Abordagem a partir das gerações de direitos humanos
2ª GERAÇÃO (direitos econômicos e sociais)
A questão social que envolvia agudamente a luta de classes, como Marx registrou.
Críticas ao liberalismo econômico
A penúria da classe trabalhadora
Doutrina social da Igreja
A declaração de 1848 (Constituição francesa de 1848)
A Constituição Mexicana de 1917
O fim da 1ª Guerra Mundial, o Tratado de Versalhes (1919) e a criação da OIT e o surgimento da Liga das Nações
A Constituição de Weimar (1919)
A Constituição Brasileira de 1934.
Direito Internacional dos Direitos Humanos
Abordagem a partir das gerações de direitos humanos
1ª Geração
2ª Geração
3ª Geração
São os direitos de liberdade lato sensu (direitos civis e políticos). 
Trata-se dos direito que têm por titular o indivíduo, sendo oponíveis erga omnes, isto é, em face do Estado e das pessoas. 
Ex.: direito a vida, a liberdade, propriedade, ao nome, a nacionalidade, etc.
Encontram-se no art. 5º da CF/88.
São os direitos de ordem econômica e social (igualdade lato sensu).
Foram introduzidos no constitucionalismo de do Estado Social.
Tem como titular o indivíduo e são oponíveis em face do Estado.
Ex.: “São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. ” (art. 6º CF/88.)
Os direitos de solidariedade.
São direitos de titularidade coletiva oponíveis em face do Estado e das pessoas.
Ex.: direito a paz, ao desenvolvimento, ao meio ambiente, ao patrimônio comum da humanidade, a autodeterminação dos povos.
Natureza dos direitos humanos?
Direitos subjetivos
1ª dimensão (liberdades / direitos civis e políticos) conferem ao titular um poder de agir.
2ª dimensão (econômico ou sociais) conferem ao titular um poder de exigir do Estado uma determinada prestação.
3ª dimensão
Natureza jurídica
1ª Geração (direitos civil e políticos / liberdades públicas) são direitos subjetivos que garantem poderes de agir, fazer ou não fazer, protegidos pela ordem jurídica.
2ª Geração (direitos econômicos e sociais) são direitos subjetivos de crédito, direitos de exigir do Estado determinada prestação.
A dimensão subjetiva tem foco principal no sujeito, no titular do direito. Sob esse ângulo, os direitos fundamentais geram direitos subjetivos aos seus titulares, permitindo que estes ordenem comportamentos (negativos ou positivos) dos destinatários.
Como dimensão objetiva entende-se a dimensão dos direitos fundamentais cuja compreensão prescinde (não precisa) de seus próprios titulares, vale dizer, dos sujeitos de direito. Os direitos fundamentais integram a essência do Estado democrático, operando como limite do poder e como diretriz para a ação estatal. 
Direito Internacional dos Direitos Humanos
Desde a Segunda Guerra Mundial, em decorrência dos horrores cometidos durante todo este período, os direitos humanos têm constituído um dos temas centrais da agenda internacional contemporânea.
Processo de normatização internacional de proteção dos direitos humanos, consubstanciada em inúmeros documentos internacionais protetivos (tratados e convenções).
Processo de internacionalização e universalização iniciado anteriormente à Segunda Guerra. Pode-se dizer que os precedentes históricos mais concretos do atual sistema internacional de proteção dos direitos humanos são: o direito humanitário (Direito de Genebra); a Liga das Nações; o Organização Internacional do Trabalho.
Direito Internacional dos Direitos Humanos
Rompimento com o conceito de soberania estatal absoluta, pois passou-se a admitir intervenções externas no plano nacional, para assegurar a proteção de direitos humanos violados.
É nesse cenário que começam a surgir os primeiros contornos do chamado Direito Internacional dos Direitos Humanos com: o afastamento da ideia de soberania absoluta dos Estados em seus domínios reservados; e com o momento em que se atribui aos indivíduos a condição de sujeitos do direito internacional público.
Assim, os indivíduos têm personalidade jurídica internacional e podem, para além de vindicar direitos nas instâncias internacionais, ser ainda responsabilizados criminalmente no âmbito do Tribunal Penal Internacional.
Direito Internacional dos Direitos Humanos
O Direito Internacional dos Direitos Humanos é aquele que visa proteger todos os indivíduos, qualquer que seja a sua nacionalidade e independentemente do lugar onde se encontrem.
Pode-se dizer que o Direito Internacional dos Direitos Humanos é o “direito do pós-guerra”, nascido em decorrência dos horrores cometidos pelos nazistas durante o Holocausto (1939-1945). 
As características dos direitos humanos (Importante frisar que estes direitos são dotados de algumas características):
- Imprescritíveis: não se perdem com o passar dos tempos, pois se prendem a natureza humana (são direitos naturais).
- Inalienáveis: pois ninguém pode abrir mão da própria natureza, da própria dignidade.
- Indivisíveis: o titular é apenas o indivíduo, o ser humano, ente que é perfeito e acabado na sua individualidade.
- Universais: pertencem a todos os homens, não havendo mais razões para existirem apenas para uma parte da sociedade.
- Não são absolutos: estão limitados e podem sucumbir ante a colisão com outros direitos fundamentais (Ex.: legítima defesa da vida).
Características dos direitos humanos
Estrutura normativa do sistema internacionalde proteção do Direito Internacional dos Direitos Humanos
1) Sistema Global (ONU)
2) Sistemas Regionais: 
 - Interamericano (OEA); 
 - Europeu (UE); 
 - Africano.
As Nações Unidas e a Promoção Universal dos Direitos Humanos
- Carta das Nações Unidas (Decreto n. 19841/1945).
- Direitos humanos e reserva de jurisdição interna: art. 2º, §7º, da Carta da ONU
- Carta Internacional dos Direitos Humanos: 
 1) Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948); 
 2) Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos (1966); 
 3) Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais (1966).
Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948)
Estrutura da declaração
Natureza jurídica da declaração
Relativismo versus universalismo cultural
TRATADOS INTERNACIONAIS
A Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados (1969).
Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanas ou Degradantes de 1984. (DECRETO Nº 40, DE 15 DE FEVEREIRO DE 1991.)
Incorporação dos Tratados Internacionais
1- NEGOCIAÇÃO
2 - ASSINATURA
3 - APROVAÇÃO LEGISLATIVA PELO CN
4 – RATIFICAÇÃO (Manifestação pelo Estado signatário da vontade de obrigar-se, de modo definitivo, no plano internacional)
5 – PROMULGAR
6 – PUBLICAR NO D.O.U.
7 – REGISTRO NA ORGANIZAÇÃO DE QUE HOUVE A PROMULGAÇÃO E PUBLICAÇÃO
Controle de Convencionalidade
O controle de convencionalidade das leis, que nada mais é que o processo de compatibilização vertical (sobretudo material) das normas domésticas com os comandos encontrados nas convenções internacionais de direitos humanos. À medida que os tratados de direitos humanos ou são materialmente constitucionais (art. 5º, § 2º) ou material e formalmente constitucionais (art. 5º, § 3º), é lícito entender que o clássico “controle de constitucionalidade” deve agora dividir espaço com esse novo tipo de controle (“de convencionalidade”) da produção e aplicação da normatividade interna.
Poderia se objetar ser verdadeiro controle de constitucionalidade aquele exercido em razão dos tratados de direitos humanos internalizados pela sistemática do art. 5º, § 3º, por ostentarem equivalência de emenda constitucional. Para nós, apenas quando existe afronta à Constituição mesma é que pode haver controle de constitucionalidade propriamente dito. Ainda que os tratados de direitos humanos (material e formalmente constitucionais) sejam equivalentes às emendas constitucionais, tal não autoriza a chamar de controle “de constitucionalidade” o exercício de compatibilidade vertical que se exerce em razão deles, notadamente no caso de o texto constitucional permanecer incólume de qualquer violação legislativa (ou seja, no caso de a lei não violar a Constituição propriamente, mas apenas o tratado de direitos humanos em causa). Em suma, deve-se chamar de controle de constitucionalidade apenas o estrito caso de (in)compatibilidade vertical das leis com a Constituição, e de controle de convencionalidade os casos de (in)compatibilidade legislativa com os tratados de direitos humanos (formalmente constitucionais ou não) em vigor no país.
Controle de convencionalidade em face da Convenção Americana sobre Direitos Humanos (Pacto de São José da Costa Rica)
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988
(...)
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
(...)
LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel;
Convenção Americana sobre Direitos Humanos (Pacto de São José da Costa Rica)
(...)
ARTIGO 7
Direito à Liberdade Pessoal
(...).
7. Ninguém deve ser detido por dívida. Este princípio não limita os mandados de autoridade judiciária competente expedidos em virtude de inadimplemento de obrigação alimentar.
(...)
Código Civil
(...)
Art. 652. Seja o depósito voluntário ou necessário, o depositário que não o restituir quando exigido será compelido a fazê-lo mediante prisão não excedente a um ano, e ressarcir os prejuízos.
HABEAS CORPUS. DEPOSITÁRIO INFIEL. PRISÃO. IMPOSSIBILIDADE.
1. O Supremo Tribunal Federal, por meio de sua Súmula Vinculante 25, assentou a ilicitude da prisão civil de depositário infiel, qualquer que seja a modalidade do depósito.
2. Ordem concedida.
(HC 175.238/MS, Rel. Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI, QUARTA TURMA, julgado em 21/06/2011, DJe 29/06/2011)
Direitos humanos dos refugiados
O instituto do refúgio tem suas normas elaboradas por uma organização de alcance global vinculada à ONU: o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados – ACNUR, que tem oferecido auxílio e proteção a milhares de refugiados ao redor do mundo.
Os direitos dos refugiados, no direito internacional, vêm consagrados na Convenção Relativa ao Estatuto dos Refugiados de 1951 (Promulgada no Brasil pelo Decreto n. 50.215, de 28.01.1961) e no seu Protocolo de 1967 (Promulgada no Brasil pelo Decreto n. 70.946, de 07.08.1972), que são os textos magnos dos refugiados em plano global.
No Brasil, a Lei n. 9.474/97 regulamenta os procedimentos relativos ao Estatuto dos Refugiados.
Como órgão nacional responsável por analisar os pedidos de refúgio, bem assim a cessação ou perda da condição de refugiado, a Lei n. 9.474/97 instituiu o Comitê Nacional para os Refugiados – CONARE. Trata-se de um órgão interministerial presidido pelo Ministro da Justiça, responsável pela gestão das políticas públicas relativas aos refugiados no Brasil.
Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental. (...). Objeto: artigos 2º, caput, e 3º, caput, da Lei 3.491, de 28 de agosto de 2015, do município de Ipatinga (MG), que excluem da política municipal de ensino qualquer referência à diversidade de gênero e orientação sexual. (...). 3. (...). 4. Afronta aos princípios e objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil relativos ao pluralismo político e à construção de uma sociedade livre, justa e solidária, sem quaisquer preconceitos. 5. Direito à liberdade de ensino, ao pluralismo de ideais e concepções pedagógicas e ao fomento à liberdade e à tolerância. Diversidade de gênero e orientação sexual. 6. Normas constitucionais e internacionais proibitivas da discriminação: Declaração Universal dos Direitos Humanos, Convenção Americana sobre Direitos Humanos, Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos (...), Constituição Federal. 7. Violação à liberdade de ensinar, aprender, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber. 8. (...). (ADPF 467, Relator(a): GILMAR MENDES, Tribunal Pleno, julgado em 29/05/2020, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-170 DIVULG 06-07-2020 PUBLIC 07-07-2020)
ASSISTÊNCIA SOCIAL – ESTRANGEIROS RESIDENTES NO PAÍS – ARTIGO 203, INCISO V, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL – ALCANCE. A assistência social prevista no artigo 203, inciso V, da Constituição Federal beneficia brasileiros natos, naturalizados e estrangeiros residentes no País, atendidos os requisitos constitucionais e legais. (RE 587970, Relator(a): MARCO AURÉLIO, Tribunal Pleno, julgado em 20/04/2017, ACÓRDÃO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-215 DIVULG 21-09-2017 PUBLIC 22-09-2017)
Observação
(1ªT), Rcl 4374 (TP), RE 567985 (TP). - Legislação estrangeira citada: Art. 2, n. 1, art. 22, da Declaração Universal dos Direitos Humanos, art. 1, art. 2, art. 25, da Declaração Universal dos Direitos do Homem e do Cidadão de 1948. - Decisão estrangeira citada: Caso Benzeno, Industrial Union Department
Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NO HABEAS CORPUS. PROCESSO PENAL. DECISÃO MONOCRÁTICA. EXECUÇÃO PROVISÓRIA DA PENA. POSSIBILIDADE. PRINCÍPIO DA COLEGIALIDADE. PRECEDENTES. TEMA 925 DE REPERCUSSÃO GERAL. AGRAVO REGIMENTAL PROVIDO. 1. A execução provisória de decisão penal condenatória proferida em segundo grau de jurisdição, ainda que sujeita a recurso especial ou extraordinário, não viola o princípio constitucionalda presunção de inocência ou da não culpabilidade. (...). (HC 167265 AgR, Relator(a): RICARDO LEWANDOWSKI, Relator(a) p/ Acórdão: EDSON FACHIN, Segunda Turma, julgado em 12/03/2019, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-110 DIVULG 24-05-2019 PUBLIC 27-05-2019)
Observação
outros tribunais: STJ: HC 366907. TRF3: HC 2017.03.00.002292-3. - Veja Rcl 3126 do STF. - Legislação estrangeira citada: art. 30 da Declaração Universal dos Direitos do Homem, de 1948. Número de páginas: 46. Análise: 07/10/2019, JRS.
EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. MEDIDA CAUTELAR. LEI 13.146/2015. ESTATUTO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA. ENSINO INCLUSIVO. CONVENÇÃO INTERNACIONAL SOBRE OS DIREITOS DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA. (...). CONSTITUCIONALIDADE DA LEI 13.146/2015 (arts. 28, § 1º e 30, caput, da Lei nº 13.146/2015). 1. A Convenção Internacional sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência concretiza o princípio da igualdade como fundamento de uma sociedade democrática que respeita a dignidade humana. 2. À luz da Convenção e, por consequência, da própria Constituição da República, o ensino inclusivo em todos os níveis de educação não é realidade estranha ao ordenamento jurídico pátrio, mas sim imperativo que se põe mediante regra explícita. 3. Nessa toada, a Constituição da República prevê em diversos dispositivos a proteção da pessoa com deficiência, conforme se verifica nos artigos 7º, XXXI, 23, II, 24, XIV, 37, VIII, 40, § 4º, I, 201, § 1º, 203, IV e V, 208, III, 227, § 1º, II, e § 2º, e 244. 4. Pluralidade e igualdade são duas faces da mesma moeda. O respeito à pluralidade não prescinde do respeito ao princípio da igualdade. E na atual quadra histórica, uma leitura focada tão somente em seu aspecto formal não satisfaz a completude que exige o princípio. Assim, a igualdade não se esgota com a previsão normativa de acesso igualitário a bens jurídicos, mas engloba também a previsão normativa de medidas que efetivamente possibilitem tal acesso e sua efetivação concreta. 5. O enclausuramento em face do diferente furta o colorido da vivência cotidiana, privando-nos da estupefação diante do que se coloca como novo, como diferente. 6. É somente com o convívio com a diferença e com o seu necessário acolhimento que pode haver a construção de uma sociedade livre, justa e solidária, em que o bem de todos seja promovido sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação (Art. 3º, I e IV, CRFB). 7. A Lei nº 13.146/2015 indica assumir o compromisso ético de acolhimento e pluralidade democrática adotados pela Constituição ao exigir que não apenas as escolas públicas, mas também as particulares deverão pautar sua atuação educacional a partir de todas as facetas e potencialidades que o direito fundamental à educação possui e que são densificadas em seu Capítulo IV. 8. Medida cautelar indeferida. 9. Conversão do julgamento do referendo do indeferimento da cautelar, por unanimidade, em julgamento definitivo de mérito, julgando, por maioria e nos termos do Voto do Min. Relator Edson Fachin, improcedente a presente ação direta de inconstitucionalidade.
(ADI 5357 MC-Ref, Relator(a): EDSON FACHIN, Tribunal Pleno, julgado em 09/06/2016, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-240 DIVULG 10-11-2016 PUBLIC 11-11-2016)
2. Direitos Fundamentais e a Constituição de 1988: A Posição e o Significado dos Direitos Fundamentais.
2.1. Os Direitos de Defesa e os Direitos Prestacionais. 
2.2. A Efetividade dos Direitos Fundamentais. 
Dignidade da pessoa humana
A DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA
- conceito multifacetado, que está presente na religião, na filosofia, na política e no direito
- princípio jurídico (norma jurídica) com status constitucional. 
- como princípio exige um compromisso de boa-fé para com a sua realização, na medida em que essa realização seja possível.
Dignidade da pessoa humana
A dignidade da pessoa humana apresenta um conteúdo mínimo representado por: 
1) valor intrínseco. A singularidade da natureza humana é uma combinação de características e traços inerentes que incluem a inteligência, sensibilidade e a capacidade de se comunicar e transmitir conhecimento. No plano jurídico o valor intrínseco está na origem de um conjunto de direitos fundamentais como o direito à vida, a igualdade perante a lei, o direito à integridade física e psíquica;
Dignidade da pessoa humana
2) autonomia. É o fundamento do livre arbítrio dos indivíduos. A noção central aqui é a de autodeterminação. A autonomia pressupõe o preenchimento de determinadas condições, como a razão (capacidade mental de tomar decisões informadas), a independência (ausência de coerção, de manipulação e de privações essenciais) e a escolha (a existência real de alternativas).
3) valor comunitário. Os contornos da dignidade humana são moldados pelas relações do indivíduo com os outros, assim como com o mundo ao seu redor.
Dignidade da pessoa humana
- o primeiro papel de um princípio como a diginidade humana é funcionar como uma fonte de direitos e consequentemente de deveres, incluindo os direitos não expressamente enumerados, que são reconhecidos como parte das sociedades democráticas maduras. Quem já não ouviu um paciente afirmar que estão desrespeitando os direitos dele?
- Outro papel é interpretativo. A dignidade humana é parte do núcleo essencial dos direitos fundamentais. Ajuda a definir o conteúdo e o sentido destes direitos em cada caso concreto.
Dignidade da pessoa humana
Casos problemáticos resolvidos à luz da dignidade da pessoa humana:
- aborto (arts. 124 a 128 do Código Penal);
- planejamento familiar e paternidade responsável;
- transplante de órgãos (Lei 9434/1997 e Lei 10211/2001);
- suicídio assistido (art. 122 do Código Penal);
- Eutanásia (art. 121 do Código Penal).
- internação forçada (Lei 10216/2001 e Lei 11343/2006);
- Engenharia genética - emprego de técnicas científicas preordenadas à modificação da constituição genética de células e organismos, mediante manipulação de genes – (Lei 11105/2005 - Lei de Biossegurança).
- fecundação artificial (inseminação artificial homóloga e heteróloga; fecundação in vitro; barriga de aluguel cujo tema é regido por resoluções do CFM)
Dignidade da pessoa humana
ESTADO – LAICIDADE. O Brasil é uma república laica, surgindo absolutamente neutro quanto às religiões. Considerações. FETO ANENCÉFALO – INTERRUPÇÃO DA GRAVIDEZ – MULHER – LIBERDADE SEXUAL E REPRODUTIVA – SAÚDE – DIGNIDADE – AUTODETERMINAÇÃO – DIREITOS FUNDAMENTAIS – CRIME – INEXISTÊNCIA. Mostra-se inconstitucional interpretação de a interrupção da gravidez de feto anencéfalo ser conduta tipificada nos artigos 124, 126 e 128, incisos I e II, do Código Penal.
(ADPF 54, Relator(a): MARCO AURÉLIO, Tribunal Pleno, julgado em 12/04/2012, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-080 DIVULG 29-04-2013 PUBLIC 30-04-2013 RTJ VOL-00226-01 PP-00011)
Dignidade da pessoa humana
Ementa: Direito processual penal. Habeas corpus. Prisão preventiva. Ausência dos requisitos para sua decretação. inconstitucionalidade da incidência do tipo penal do aborto no caso de interrupção voluntária da gestação no primeiro trimestre. Ordem concedida de ofício. (...). 3. (...) é preciso conferir interpretação conforme a Constituição aos próprios arts. 124 a 126 do Código Penal – que tipificam o crime de aborto – para excluir do seu âmbito de incidência a interrupção voluntária da gestação efetivada no primeiro trimestre. A criminalização, nessa hipótese, viola diversos direitos fundamentais da mulher, bem como o princípio da proporcionalidade. 4. A criminalização é incompatível com os seguintes direitos fundamentais: os direitos sexuais e reprodutivos da mulher, que não pode ser obrigada pelo Estado a manter uma gestação indesejada; a autonomia da mulher, que deve conservar o direito de fazer suas escolhas existenciais; a integridade física e psíquica da gestante, que é quem sofre, no seu corpo e no seu psiquismo, os efeitos da gravidez; e a igualdade da mulher, já que homens não engravidam e, portanto, a equiparação plena de gênero depende de se respeitar a vontade da mulher nessa matéria.5. A tudo isto se acrescenta o impacto da criminalização sobre as mulheres pobres. É que o tratamento como crime, dado pela lei penal brasileira, impede que estas mulheres, que não têm acesso a médicos e clínicas privadas, recorram ao sistema público de saúde para se submeterem aos procedimentos cabíveis. Como consequência, multiplicam-se os casos de automutilação, lesões graves e óbitos. 6. A tipificação penal viola, também, o princípio da proporcionalidade por motivos que se cumulam: (i) ela constitui medida de duvidosa adequação para proteger o bem jurídico que pretende tutelar (vida do nascituro), por não produzir impacto relevante sobre o número de abortos praticados no país, apenas impedindo que sejam feitos de modo seguro; (ii) é possível que o Estado evite a ocorrência de abortos por meios mais eficazes e menos lesivos do que a criminalização, tais como educação sexual, distribuição de contraceptivos e amparo à mulher que deseja ter o filho, mas se encontra em condições adversas; (iii) a medida é desproporcional em sentido estrito, por gerar custos sociais (problemas de saúde pública e mortes) superiores aos seus benefícios. 7. Anote-se, por derradeiro, que praticamente nenhum país democrático e desenvolvido do mundo trata a interrupção da gestação durante o primeiro trimestre como crime, aí incluídos Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido, Canadá, França, Itália, Espanha, Portugal, Holanda e Austrália. 8. Deferimento da ordem de ofício, para afastar a prisão preventiva dos pacientes, estendendo-se a decisão aos corréus.
(HC 124306, Relator(a): MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: ROBERTO BARROSO, Primeira Turma, julgado em 09/08/2016, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-052 DIVULG 16-03-2017 PUBLIC 17-03-2017)
Dignidade da pessoa humana
AGRAVO REGIMENTAL NO MANDADO DE INJUNÇÃO. DIREITO À MORTE DIGNA. (...). AUSÊNCIA DE LACUNA TÉCNICA. INEXISTÊNCIA DE EFETIVO IMPEDIMENTO DO EXERCÍCIO DO DIREITO ALEGADO. INADMISSIBILIDADE DO WRIT. DESPROVIMENTO DO AGRAVO. (...). 2. In casu, não restando demonstrada a existência de lacuna técnica quanto ao descumprimento de algum dever constitucional pelo legislador no tocante ao direito à morte digna, bem como ante a inexistência da efetiva inviabilidade do gozo do direito pleitado, impõe-se o não conhecimento do mandado de injunção. 3. Agravo regimental desprovido.
(MI 6825 AgR, Relator(a): EDSON FACHIN, Tribunal Pleno, julgado em 11/04/2019, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-110 DIVULG 24-05-2019 PUBLIC 27-05-2019)
A questão que se coloca é em saber quando o médico deve agir para evitar o evento morte mesmo quando o paciente insiste em não se submeter ao tratamento.
Questão que envolve por exemplo as testemunhas de jeová.
Dignidade da pessoa humana
RE 1212272
Relator(a): Min. GILMAR MENDES
Julgamento: 20/08/2019
Publicação: 23/08/2019
Decisão
(…) 26. Apesar do direito à religião ser o pano de fundo da lide, há um componente técnico a ser enfrentado, e esse é o foco do presente feito, eis que precede e prejudica qualquer outro debate. 27. Dessa forma, vê-se que a Autora junta aos autos declarações de diversos médicos, alegando a possibilidade de realização da cirurgia sem o uso de transfusão de sangue homólogo. Contudo, em nenhuma das declarações os médicos afirmam que têm condições ou conhecem método cirúrgico que garanta à Autora a realização da referida cirurgia com todas as garantias técnicas e substitutivas de transfusão sem a utilização de sangue homólogo, caso seja necessário, que é o que pretende a Demandante
Dignidade da pessoa humana
Recurso extraordinário. 2. Direito Administrativo 3. Direito de autodeterminação confessional dos testemunhas de Jeová em submeter-se a tratamento médico realizado sem transfusão de sangue. Matéria constitucional. Tema 1069. 4. Repercussão geral reconhecida.
(RE 1212272 RG, Relator(a): GILMAR MENDES, Tribunal Pleno, julgado em 24/10/2019, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-097 DIVULG 22-04-2020 PUBLIC 23-04-2020)
Eficácia e aplicabilidade das normas Constitucionais
Como regra geral, todas as normas constitucionais apresentam eficácia, algumas jurídica e social e outras apenas jurídica.
A eficácia social se verifica na hipótese de a norma vigente, isto é, com potencialidade para regular determinadas relações, ser efetivamente aplicada a casos concretos.
A eficácia jurídica significa que a norma Produz efeitos jurídicos na medida em que a sua simples edição resulta na revogação de todas as normas anteriores que com ela conflitam.
Eficácia e aplicabilidade das normas Constitucionais
As normas constitucionais, segundo José Afonso da Silva, podem ser de eficácia plena, contida e limitada:
1) Normas constitucionais de eficácia plena;
2) Normas constitucionais de eficácia contida;
3) Normas constitucionais de eficácia limitada.
Normas constitucionais de eficácia plena
Têm aplicabilidade direta, imediata e integral.
São aquelas que no momento em que entram em vigor estão aptas a produzir todos os efeitos, independentemente de norma integrativa infraconstitucional. 
São normas auto-aplicáveis. 
Como regra geral criam órgãos ou atribuem aos entes federativos competências.
São as que receberam do constituinte normatividade suficiente à sua incidência imediata.
Ex.: arts. 2º; 14,§2º; 17,§4º; 19; 20; 21; 22; 24; 28,caput; 30; 37,III; 44,parágrafo único; etc.
Normas constitucionais de eficácia (RESTRINGÍVEL) contida
Têm aplicabilidade direta, imediata e integral.
Podem ter sua eficácia e aplicabilidade limitadas pela legislação infraconstitucional uma vez que a norma infraconstitucional poderá reduzir a sua abrangência. 
Em razão disto são denominadas de normas de eficácia restringível.
Enquanto não materializado o fator de restrição, a norma tem eficácia plena.
Ex.: arts. 5º, VII, VIII, XIII, XV, XXIV, XXV, XXVII e XXXIII; 15, IV; 37, I; 170, parágrafo único; etc. 
Normas constitucionais de eficácia limitada
- Têm aplicabilidade mediata e reduzida.
- Alguns autores falam em aplicabilidade diferida.
- São aquelas normas que no momento em que entram em vigor não têm o condão de produzir todos os seus efeitos, precisando de uma lei integrativa infraconstitucional.
- José Afonso da Silva lembra que estas normas têm ao menos eficácia jurídica.
- José Afonso da Silva divide-as em dois grupos:
1) normas de princípio institutivo ou organizativo (contêm esquemas gerais e iniciais de estruturação de instituições, órgãos ou entidades, como exemplo os arts. 18, §2º; 22, parágrafo único; 25, §3º);
2) normas de princípio programático (veiculam programas a serem implementados pelo Estado, visando a realização de fins sociais, como exemplo os arts. 196; 205; 215; 218; 227).
3. Os Direitos Fundamentais na Constituição de 1988. 
3.1. Diretos e Deveres Individuais e Coletivos. 
3.1.1. Do Direito à Vida e Outros Âmbitos Existenciais.
3.1.2. Dos Direitos de Liberdade.
3.1.3. Dos Direitos de Igualdade.
3.1.4. Dos Direitos de Propriedade
3.2. Direitos Sociais. 
3.2.1. Dos Direitos de Seguridade Social – Saúde, Previdência e Assistência.
3.2.2. Do Direito à Educação.
3.2.3. Dos Direitos dos Trabalhadores.
3.2.4. Da Proteção à Maternidade e à Infância.
3.2.5. Dos Direitos Econômicos.
3.3. Direitos de Nacionalidade e Cidadania.
3.3.1. Da Nacionalidade e dos Direitos de Nacionalidade.
3.3.2. Da Cidadania e dos Direitos Políticos.
4. As Garantias Processuais dos Direitos Fundamentais. 
4. As Garantias Processuais dos Direitos Fundamentais.
Garantias aos direitos fundamentais
Sentido amplíssimo: são as providências que, na CF, se destinam a manter os poderes no jogo harmônico das suas funções. Teoria dos freios e contrapesos.
Sentido amplo: são a estrutura institucional organizada que se volta para a defesa de direitos. É o caso no BR do mecanismo judicial.
Sentido restrito: constituem proibições que visam a previnir a violação a direito. É o caso da proibição da censura para proteger a liberdade de expressão do pensamento e de comunicação.
Sentido restritíssimo: são os instrumentos ou meios de defender estes direitos, provocando a atuação das instituições previstaspara a sua proteção. São exemplos o habeas corpus, o mandado de segurança.
5. Direitos Humanos
5.1. Direito humanitário 
5.2. Proteção constitucional
6. Proteção Internacional dos Direitos Humanos
6.1. Carta das Nações Unidas. 
6.2. Declaração Universal dos Diretos Humanos. 
6.3. Convenção de Viena. 
6.4. Tratados Internacionais.
7. Órgãos e Tribunais Internacionais
7.1. ONU e CIJ (DECRETO Nº 19.841, DE 22 DE OUTUBRO DE 1945.)
7.2. OEA e Corte Interamericana (DECRETO Nº 30.544, DE 14 DE FEVEREIRO DE 1952 e DECRETO No 678, DE 6 DE NOVEMBRO DE 1992)
7.3. Corte Europeia.
7.4. Tribunal Penal Internacional (DECRETO Nº 4.388, DE 25 DE SETEMBRO DE 2002.)
Ano: 2016 Banca: Prefeitura de Campinas - SP Órgão: Prefeitura de Campinas - SP Prova: Prefeitura de Campinas - SP - 2016 - Prefeitura de Campinas - SP - Vice-Diretor
A diferença entre direitos humanos e direitos de cidadania é que os
A) direitos de cidadania são sinônimos dos direitos humanos não havendo, portanto, diferenças entre eles.
B) direitos humanos são restritos e os direitos de cidadania são amplos envolvendo todos que convivem num mesmo território.
C) direitos humanos são direitos assegurados aos cidadãos quando estão fora de seu país, enquanto os direitos de cidadania são garantidos dentro do território de nacionalidade de cada indivíduo.
D) direitos humanos pertencem a todos os sujeitos, são universais e naturais, enquanto os direitos de cidadania (direitos fundamentais) são próprios aos naturais de um país.
E) direitos humanos estão garantidos na Constituição Federal, enquanto os direitos de cidadania constam das Constituições dos Estados e das Leis Orgânicas dos Municípios.
Ano: 2018 Banca: IBADE Órgão: SEJUC - SE Prova: IBADE - 2018 - SEJUC - SE - Guarda de Segurança do Sistema Prisional Masculino
Os direitos humanos de primeira dimensão/geração marcam a passagem de um Estado autoritário para um Estado de Direito e, nesse contexto, o respeito às liberdades individuais, em uma verdadeira perspectiva de absenteísmo estatal. Alguns documentos históricos são marcantes para a configuração e emergência desses referidos direitos (séculos XVII, XVIII e XIX), destacando-se os seguintes documentos, EXCETO:
A) Paz de Westfália.
B) Habeas Corpus Act.
C) Constituição de Weimar, da Alemanha
D) Magna Carta, do Rei João Sem Terra.
E) Bill of Rights.
Gabarito: C
Ano: 2019 Banca: FEPESE Órgão: SAP-SC Prova: FEPESE - 2019 - SAP-SC - Agente Penitenciário
A eficácia horizontal dos direitos humanos se caracteriza por ser aquela aplicável nas relações entre:
A) particulares.
B) poderes públicos.
C) Estados soberanos.
D) organizações internacionais.
E) o poder público e os particulares.
Gabarito: A
Ano: 2019 Banca: FEPESE Órgão: SAP-SC Prova: FEPESE - 2019 - SAP-SC - Agente Penitenciário
A teoria das gerações ou dimensões dos direitos humanos expõe perspectivas desses direitos em que se incluem em cada geração ou dimensão determinados direitos e princípios.
Conforme essa divisão clássica da doutrina, é correto afirmar:
A) os direitos de segunda geração ou dimensão se referem aos direitos civis e políticos, compreendendo os direitos de liberdade, englobando as liberdades clássicas, negativas ou formais.
B) os direitos de quinta geração ou dimensão consistem na possibilidade de participação na formação da vontade do Estado, retratando os direitos à democracia e à informação.
C) os direitos de quarta geração ou dimensão se caracterizam por condensar os direitos e liberdades civis, políticas, econômicas, sociais e culturais.
D) os direitos de terceira geração ou dimensão consubstanciam como titulares a coletividade, consagrando o princípio da solidariedade e incluindo direitos como o da paz, ao desenvolvimento, ao meio ambiente equilibrado.
E) os direitos de primeira geração ou dimensão são aqueles relativos aos direitos econômicos, sociais e culturais, em que se acentua o princípio da igualdade.
Ano: 2019 Banca: FEPESE Órgão: SAP-SC Prova: FEPESE - 2019 - SAP-SC - Agente Penitenciário
Analise o texto abaixo:
“Com efeito, não é razoável dar aos tratados de proteção de direitos do ser humano (a começar pelo direito fundamental à vida) o mesmo tratamento dispensado, por exemplo, a um acordo comercial de exportação de laranjas ou sapatos, ou a um acordo de isenção de vistos para turistas estrangeiros. À hierarquia de valores, deve corresponder uma hierarquia de normas, nos planos tanto nacional quanto internacional, a serem interpretadas e aplicadas mediante critérios apropriados”. (CANÇADO TRINDADE, Antônio Augusto. Memorial em prol de uma nova mentalidade quanto à proteção dos direitos humanos nos planos internacional e nacional, In, Os Direitos Humanos e o Direito Internacional, org. Carlos Eduardo de Abreu Boucalt e Nadia de Araújo, Rio de Janeiro: Renovar, 1999, p. 53.)
Considerando o trecho doutrinário e a disciplina da Constituição da República Federativa do Brasil, a respeito dos tratados internacionais sobre direitos humanos, é correto afirmar:
A) os tratados e as convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em três turnos, por dois quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais.
B) os tratados e as convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados no Senado Federal, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais.
C) os tratados internacionais sobre direitos humanos se incorporam no Brasil desde a subscrição pelo Presidente da República em âmbito internacional.
D) prescinde de referendo do Congresso Nacional a celebração de tratados internacionais sobre direitos humanos, para incorporação no ordenamento jurídico brasileiro.
E) desde que o Brasil seja parte, se aplicam no ordenamento jurídico brasileiro os tratados internacionais de direitos humanos de forma imediata.
Gabarito: E
Ano: 2018 Banca: Quadrix Órgão: CREF - 20ª Região (SE)
A respeito dos direitos fundamentais na Constituição Federal de 1988, julgue o item.
A dimensão subjetiva dos direitos fundamentais corresponde à sua característica ambivalente de um dever de tolerância e de abstenção, mas, também, de atuação positiva por parte do Estado.
(		) Certo
(		) Errado
Direitos fundamentais possuem 2 dimensões: tais dimensão se dividem em subjetiva e objetiva:
Subjetiva: se refere à possibilidade que tem o seu titular de fazer valer judicialmente os poderes, as liberdades ou mesmo o direito à ação ou às ações negativas ou positivas que lhe foram outorgadas pela norma consagradora do direito fundamental em questão. Se reflete em 3 deveres em relação a esse direito, sendo esses o (1) respeito, (2) a proteção e (3) a promoção.
Objetiva: Trata-se do reconhecimento de que os direitos fundamentais podem ser considerados independentemente da perspectiva individualista contida na noção de sujeito de direito, a qual foi importada do direito civil. Mais do que isso, os direitos fundamentais consagram os valores mais importantes em uma comunidade política, que são as bases fundamentais da ordem jurídica, não sendo de interesse meramente individual, mas sim de toda a comunidade, convertendo-se em norte de atuação tanto do Estado quanto da sociedade civil.
Ano: 2020 Banca: MPT Órgão: MPT Prova: MPT - 2020 - MPT - Procurador do Trabalho
Assinale a alternativa INCORRETA:
A) A concepção contemporânea dos direitos fundamentais da pessoa humana imbrica a liberdade (direitos civis e políticos), a igualdade (direitos sociais, econômicos e culturais) e a solidariedade (direitos ou interesses metaindividuais) como valores indissociáveis que se complementam entre si, tanto no âmbito internacional como no ordenamento jurídico. VERDADEIRA
B) A Convenção de Viena sobre Direitos dos Tratados de 1969 traz o regramento básico no Direito Internacional sobre a interpretação dos tratados, servindo de orientação para os intérpretes. De acordo com a referida Convenção, um tratado deve ser interpretado de boa-fé segundo osentido comum atribuível aos termos do tratado em seu contexto e à luz de seu objetivo e finalidade. VERDADEIRA
C) Embora não haja previsão expressa pela Convenção de Viena no sentido de que será levada em consideração, juntamente com o contexto, qualquer prática seguida posteriormente na aplicação do tratado, pela qual se estabeleça o acordo das partes relativo à sua interpretação, as práticas adotadas têm sido arroladas, pela jurisprudência internacional, como um dos princípios vetores de interpretação dos tratados. FALSA
D) Entre os princípios que regem a interpretação dos Direitos Humanos, podem ser citados os da máxima efetividade e da primazia da norma mais favorável ao indivíduo. VERDADEIRA
Gabarito - Letra C. O erro é simples: existe sim previsão expressa na Convenção de Viena. Ela está no artigo 31, 3, b. 
Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: Câmara de São Roque - SP Prova: VUNESP - 2019 - Câmara de São Roque - SP - Procurador Jurídico
Em Direitos Humanos, é correto afirmar que o critério da máxima efetividade
(	V	) exige que a interpretação de determinado direito conduza ao maior proveito do seu titular, com o menor sacrifício imposto aos titulares dos demais direitos em colisão.
Gabarito: V
Ano: 2019 Banca: MPE-SP Órgão: MPE-SP Prova: MPE-SP - 2019 - MPE-SP - Promotor de Justiça Substituto
Em relação aos direitos humanos, é correto afirmar:
A) São aqueles previstos no plano interno dos Estados pelas Cartas Constitucionais.
B) São aqueles que ainda não estão expressamente previstos no direito interno ou no direito internacional.
C) São menos amplos que os direitos fundamentais quanto à proteção dos direitos individuais.
D) São aqueles protegidos pela ordem internacional.
E) Podem sofrer limitações em razão de interesse dos Estados.
Gabarito: D
Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: DPE-DF Prova: CESPE - 2019 - DPE-DF - Defensor Público
Com fundamento nas teorias sobre direitos humanos e na Declaração Universal dos Direitos Humanos, julgue o item que se segue.
Os direitos humanos visam garantir que todas as pessoas sejam sujeitos de direitos em qualquer lugar onde estiverem, o que, todavia, não significa a existência de uma cidadania global no mundo contemporâneo.
(	x	) Certo
(		) Errado
Gabarito: certo
Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-PR Prova: CESPE - 2019 - TJ-PR - Juiz Substituto
Considerando-se o surgimento e a evolução dos direitos fundamentais em gerações, é correto afirmar que o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado é considerado, pela doutrina, direito de
A) primeira geração.
B) segunda geração.
C) terceira geração.
D) quarta geração.
Gabarito: C
XXXI EXAME DE ORDEM UNIFICADO – TIPO 1 – BRANCA
18
Recentemente assumiu a presidência da Câmara dos Deputados um parlamentar que afirma que o Brasil é um país soberano e não deve ter nenhum compromisso com os Direitos Humanos na ordem internacional. Afirma que, apesar de ter sido internamente ratificado, o Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos não se caracteriza como norma vigente, e os direitos ali previstos podem ser suspensos ou não precisam ser aplicados.
Por ser atuante na área dos Direitos Humanos, você foi convidado(a) pela Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados para prestar mais esclarecimentos sobre o assunto. Com base no que dispõe o próprio Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos - PIDCP, assinale a opção que apresenta o esclarecimento dado à Comissão.
A) Caso situações excepcionais ameacem a existência da nação e sejam proclamadas oficialmente, os Estados partes podem adotar, na estrita medida exigida pela situação, medidas que suspendam as obrigações decorrentes do PIDCP, desde que tais medidas não acarretem discriminação por motivo de raça, cor, sexo, língua, religião ou origem social.
B) É admissível a suspensão das obrigações decorrentes do PIDCP quando houver, no âmbito do Estado-parte, um ato formal do Poder Legislativo e do Poder Executivo declarando o efeito suspensivo, desde que tal ato declare um prazo para essa suspensão, que, em nenhuma hipótese, pode exceder o período de 2 anos.
C) Em nenhuma hipótese ou situação os Estados-partes do PIDCP podem adotar medidas que suspendam as obrigações decorrentes do Pacto, uma vez que, ratificado o Pacto, todos os seus direitos vigoram de forma efetiva, não sendo admitida nenhuma possibilidade de suspensão ou exceção.
D) Mesmo ratificado, o Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos e os direitos nele contidos não podem ser caracterizados como normas vigentes, uma vez que se trata de direitos em sentido fraco, de forma que apenas os direitos fundamentais, previstos na Constituição, são direitos em sentido forte. 
Gabarito: A
XXXI EXAME DE ORDEM UNIFICADO – TIPO 1 – BRANCA
19
Recentemente houve grande polêmica na cidade de Piraporanga, porque o Prefeito proibiu o museu local de realizar uma exposição, sob a alegação de que as obras de arte misturavam temas religiosos com conteúdos sexuais, além de haver quadros e esculturas obscenas.
Você é contratada(o) para atuar no caso pelos autores das obras de arte e por intelectuais. Com base na Convenção Americana de Direitos Humanos e na Constituição Federal de 1988, assinale a opção que apresenta o argumento que você, como advogada(o), deveria adotar.
A) A censura prévia por autoridades administrativas competentes, como mecanismo eficaz para assegurar o respeito à reputação de pessoas e como forma de garantir a moralidade pública, deve ser admitida.
B) O exercício da liberdade de expressão e o da criação artística estão sujeitos à censura prévia, mas apenas por força de lei devidamente justificada, como forma de proteção da honra individual e da moral pública.
C) A liberdade de expressão e de criação artística estão sujeitas à censura prévia pelas autoridades competentes quando elas ocorrem por meio de exposições em museus, tendo em vista a proteção da memória nacional e da ordem pública.
D) A lei pode regular o acesso a diversões e espetáculos públicos, tendo em vista a proteção moral da infância e da adolescência, sendo vedada, porém, toda e qualquer censura prévia de natureza política, ideológica e artística. 
Gabarito: D
Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: DPE-RJ Prova: FGV - 2019 - DPE-RJ - Técnico Superior Jurídico
A Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo foram aprovados em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos de seus respectivos membros, no ano de 2008.
No âmbito da hierarquia das leis no Brasil, a Convenção de Direitos Humanos tem o status de:
A) decreto legislativo;
B) Lei ordinária;
C) norma supralegal, mas infraconstitucional;
D) norma constitucional;
E) norma supraconstitucional.
Gabarito d
Ano: 2017 Banca: FAPEMS Órgão: PC-MS Prova: FAPEMS - 2017 - PC-MS - Delegado de Polícia
Com a promulgação da Emenda Constitucional n° 45/2004, os tratados internacionais sobre direitos humanos são equivalentes às emendas constitucionais quando
A) aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por dois terços dos votos dos respectivos membros.
B) aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em turno único, por três quintos dos votos dos respectivos membros.
C) aprovados, na Câmara dos Deputados, em dois turnos, por dois terços dos votos dos respectivos membros.
D) aprovados, no Senado Federal, em dois turnos, por dois terços dos votos dos respectivos membros.
E) aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros (art. 5º, §3º CF).
Gabarito E
Ano: 2019 Banca: TJ-PR Órgão: TJ-PR Prova: TJ-PR - 2019 - TJ-PR - Comarca de Tibaji - Juiz Leigo
Ainda acerca dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos previstos na Constituição Federal do Brasil:
I) No caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, mesmo que não haja dano;
II) Ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecerassociado;
III) É livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer;
IV) É livre a manifestação do pensamento, sendo permitido o anonimato.
Estão CORRETAS as seguintes alternativas
A) I e III, apenas
B) II e III, apenas
C) II III e IV, apenas
D) Todas estão corretas
Gabarito B
Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-SC Prova: CESPE - 2019 - TJ-SC - Juiz Substituto
A respeito da eficácia mediata dos direitos fundamentais, assinale a opção correta segundo a doutrina e a jurisprudência do STF.
A) A eficácia mediata dos direitos fundamentais independe da atuação do Estado.
B) De acordo com o STF, as normas de direitos fundamentais que instituem procedimentos têm eficácia mediata.
C) Nas relações privadas, a eficácia dos direitos fundamentais é necessariamente mediata.
D) A eficácia mediata desobriga o juiz de observar o efeito irradiante dos direitos fundamentais no caso concreto.
E) A eficácia mediata dos direitos fundamentais dirige-se, primeiramente, ao legislador.
(A) INCORRETA. De acordo com a eficácia mediata, os direitos fundamentais são aplicados de maneira reflexa, tanto em uma dimensão proibitiva e voltada para o legislador, que não poderá editar lei que viole direitos fundamentais, como, ainda, positiva, voltada para que o legislador implemente os direitos fundamentais, ponderando quais devam aplicar-se às relações privadas. (Pedro Lenza, 2019, p. 1165) Portanto, a eficácia mediata dos direitos fundamentais depende de uma atuação do Estado, especificamente do legislador.
(B) INCORRETA. Segundo o STF, as normas de direitos fundamentais que instituem procedimentos têm eficácia imediata. No julgamento do MI 107-QO, o STF adotou entendimento que o art. 5º, LXXI, da CF é autoaplicável, não dependendo de norma jurídica que o regulamente.
(C) INCORRETA. Eficácia direta ou imediata: alguns direitos fundamentais podem ser aplicados às relações privadas sem que haja necessidade de "intermediação legislativa" para sua concretização. (Pedro Lenza, 2019, p. 1165)
(D) INCORRETA. Podemos afirmar que importante consequência da dimensão objetiva dos direitos fundamentais é a sua "eficácia irradiante" (Daniel Sarmento), seja para o Legislativo ao elaborar a lei, seja para a Administração Pública ao "governar", seja para o Judiciário ao resolver eventuais conflitos. (Pedro Lenza, 2019, p. 1165)
(E) CORRETA. De acordo com a eficácia mediata, os direitos fundamentais são aplicados de maneira reflexa, tanto em uma dimensão proibitiva e voltada para o legislador, que não poderá editar lei que viole direitos fundamentais, como, ainda, positiva, voltada para que o legislador implemente os direitos fundamentais, ponderando quais devam aplicar-se às relações privadas. (Pedro Lenza, 2019, p. 1165)
DISSERTAÇÃO
Dissertação é o tipo de texto próprio para a exposição de ideias a respeito de determinado tema.
Gramaticalmente, empregam-se os verbos na terceira pessoa.
Estrutura da dissertação
1) Introdução: apresentação do tema e dos argumentos
2) Desenvolver os argumentos, sendo que para cada argumento se faz necessário um parágrafo distinto
3) Conclusão.

Continue navegando

Outros materiais