Buscar

ECONOMIA POLITICA 2

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

12/09/22, 17:28 Economia Política
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=L3kNgFfmjYtuJe%2bT6C3TPw%3d%3d&l=N5BDPdeI%2bbIqyNPbvaTPAg%3d%3d&cd=xp… 1/26
ECONOMIA POLÍTICA
CAPÍTULO 2 - COMO SE ENCONTRA A
ECONOMIA BRASILEIRA NO ATUAL
CONTEXTO INTERNACIONAL?
André Abdala
INICIAR 
Introdução
Você sabia que, antes do Regime Militar, a economia brasileira passou por
importantes ganhos institucionais, a exemplo de estatais que assumiriam a
dianteira de um processo de desenvolvimento econômico? (ABREU, 2014). Além
disso, você sabia que a discussão entre a intervenção estatal no mercado versus o
liberalismo econômico teve, nos anos de 1940, um importante debate que até hoje
influi os seus valores nas decisões e opiniões sobre o planejamento econômico
brasileiro? E quanto a insuficiência da política pública no Brasil para unir o
progresso científico-tecnológico entre as instituições públicas e as privadas? Para
compreender todos esses questionamentos, veremos, neste capítulo, alguns
aspectos sobre a Escola Cepalina, que estuda o subdesenvolvimento latino-
americano, além de uma digressão histórica sobre os períodos marcantes da
história econômica brasileira, sem deixar de lado os fatos políticos que tanto
determinaram o processo econômico. Na sequência, continuaremos a estudar a
história econômica do Brasil, mas a partir do Golpe Militar até o fim do governo de
Dilma. Ao longo do capítulo, também aprenderemos sobre dois pensadores da
12/09/22, 17:28 Economia Política
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=L3kNgFfmjYtuJe%2bT6C3TPw%3d%3d&l=N5BDPdeI%2bbIqyNPbvaTPAg%3d%3d&cd=xp… 2/26
década de 1940 que continuam a exercer peso no debate do planejamento
econômico do Brasil, e veremos as diferenças entre o fomento à produção científica
e tecnológica no Brasil e no Estados Unidos. Vamos começar?
2.1  Conjuntura brasileira antiga e
contexto mundial
Você conhece a CEPAL? Trata-se de uma instituição que estuda o
subdesenvolvimento latino-americano. Sendo assim, as ideias dessa organização
influem nas decisões sobre o processo de desenvolvimento econômico brasileiro.
Ao longo do segundo governo de Vargas (1951-1954), estudos foram desenvolvidos
junto à CEPAL para modernizar a estrutura produtiva no Brasil. Em vista disso, o
governo de Juscelino Kubitschek (1956-1961) aplicou o famoso Plano de Metas para
desenvolver a infraestrutura e a indústria brasileira, devido à enorme dependência
da exportação de produtos agrícolas, em especial, o café (ABREU, 2014).
Assim, durante o processo de desenvolvimento da economia brasileira, houve a
preocupação em como modernizar a indústria. Veremos um pouco mais sobre o
assunto a partir de agora.
2.1.1 Desenvolvimento para fora e CEPAL
Em 1949, iniciara o Estudo Econômico da América Latina, que significou o
surgimento dos estudos de Economia Política da Comissão Econômica para a
América Latina e o Caribe (CEPAL) — entidade vinculada à ONU para compreender e
apresentar propostas ao desenvolvimento latino-americano (MELLO, 1986).
Conforme estudo de pensadores cepalinos, a exemplo de Mello (1986), dentro da
divisão internacional do trabalho, as economias nacionais periféricas ou
subdesenvolvidas produzem produtos de baixo valor. Consequentemente, essas
economias são dependentes da exportação de produtos primários (minérios e
agrícolas), e, por isso, possuem um desenvolvimento para fora, visto que as etapas
para os seus respectivos desenvolvimentos econômicos são moldadas pela
dinâmica externa. Isso quer dizer que, tendo em vista que as nações periféricas
exportam quase que exclusivamente produtos primários, as economias são
altamente dependentes da dinâmica da economia internacional.
12/09/22, 17:28 Economia Política
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=L3kNgFfmjYtuJe%2bT6C3TPw%3d%3d&l=N5BDPdeI%2bbIqyNPbvaTPAg%3d%3d&cd=xp… 3/26
Por outro lado, as economias centrais ou desenvolvidas têm um desenvolvimento
para dentro, posto que, apesar de interagirem com o mercado externo, conseguem
se dinamizar pelo investimento do capital industrial. Ou seja, os investimentos da
indústria de bens capitais (máquinas, siderurgia etc.) nucleiam toda a economia, de
modo a intensificar a dinâmica do mercado interno, além de atender ao mercado
externo (MELLO, 1986).
Contudo, a dinâmica da economia internacional está amparada em uma divisão
internacional da produção entre países, na qual os países desenvolvidos produzem
bens industrializados, enquanto que os países pobres produzem produtos primários
(agrícolas, carnes, etc.). Nessa divisão, há uma deterioração nas relações de trocas
internacionais, que tendem a aprofundar as desigualdades entre os países centrais e
periféricos, já que o preço dos produtos industrializados, em relação ao preço dos
produtos primários, aumenta.
Essa deterioração, por sua vez, restringe a quantidade de divisas (moeda
estrangeira, como o dólar estadunidense) em posse das economias periféricas, uma
vez que os gastos com importação crescem mais do que as remunerações das
exportações (PREBISCH, 1949).
Como resultado, a escassez de divisas impede o Processo Substitutivo de
Importações (PSI), que é quando as economias periféricas adquirem maquinários
para determinadas produções manufatureiras ou fabris, a partir das divisas obtidas
nas vendas de produtos primários para o mercado estrangeiro (PREBISCH, 1949;
TAVARES, 1982).
Visto algumas ideias centrais da escola cepalina, vamos ver como se desenvolveu a
economia brasileira. 
2.1.2 O café e o surgimento da produção industrial
A produção do café respondeu pela predominância da exportação brasileira a partir
do século XIX, quando todo o fluxo da renda do país dependia desse produto. Assim,
a renda, expressa nos salários e lucros, gerava demanda por outras mercadorias. Por
conta disso, o comércio gerou produções variadas, como bebidas e roupas (MELLO,
1986; ABREU, 2014).
12/09/22, 17:28 Economia Política
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=L3kNgFfmjYtuJe%2bT6C3TPw%3d%3d&l=N5BDPdeI%2bbIqyNPbvaTPAg%3d%3d&cd=xp… 4/26
A partir de então, surgia uma elite política, que, por concentrar a produção do café
em suas posses, também predominava na política, moldando-a conforme o seu
interesse. Dessa forma, uma vez que a produção do café começava em São Paulo e
seguia para o Rio de Janeiro e Minas Gerais, a elite política nacional também se
concentrava nesses três Estados.
Considerando, então, que o Brasil era o principal produtor de café no mundo,
investimentos em infraestrutura foram realizados com suporte financeiro do capital
inglês, a exemplo das ferrovias, que escoavam os grãos. Mello (1986), inclusive,
classificou o período entre 1888 e 1933 como quando o capital industrial brasileiro
nasceu e se consolidou.
Além do fator dinamizador do café na economia nacional, a Crise de 1929 e a
Segunda Guerra Mundial também intensificaram o peso do Estado no
desenvolvimento industrial, tendo em vista que esses eventos criaram
estrangulamentos externos. Isto é, o fluxo comercial no mundo ficou menor e,
consequentemente, a possibilidade de importar para seguir o PSI também
arrefeceu. 
Figura 1 - O café, por ser um elemento dinamizador da economia brasileira, criou condições para o
surgimento da indústria. Fonte: Shutterstock, 2018.
12/09/22, 17:28 Economia Política
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=L3kNgFfmjYtuJe%2bT6C3TPw%3d%3d&l=N5BDPdeI%2bbIqyNPbvaTPAg%3d%3d&cd=xp… 5/26
2.1.3 Industrialização restringida
De acordo com Mello (1986), podemos caracterizar o período entre 1933 e 1955
como o de industrialização restringida, pois, apesar de todo o capital produtivo já
desenvolvido, ele ainda era insuficiente para que se dinamizasse a indústria
nacional. Assim, durante esse intervalo temporal, o capital privado nacional ainda
dispunha das condições técnicas e financeiras insuficientes. Dessa forma, era
necessário que o Estado aportasse os recursos para o desenvolvimento da indústria
de base (petroquímica e siderurgia), cujos investimentos eram vultosose de longo
prazo de maturação.
Com a Crise de 1929, acentuou-se os conflitos no Brasil, em especial nos setores
econômicos não ligados ao segmento cafeeiro, como os industriais e os produtores
de outros Estados, uma vez que eram afetados pela ação governamental de
desvalorizar o câmbio (quando a moeda nacional perde valor perante à moeda
estrangeira) para ajudar na exportação de café, encarecendo os preços dos
importados. Nesse caso, a indústria precisa importar ao investir.
Inclusive, setores urbanos e militares reclamavam que o encarecimento dos
importados elevava o custo de vida, já que muitos alimentos e utensílios eram
comprados do exterior (ABREU, 2014).
Assim, toda uma comunhão de interesses contrários aos grupos dominantes levou
Getúlio Vargas ao poder, em 1930, derrubando, por meio de um golpe, o Presidente
Washington (LIRA NETO, 2012a). 
Figura 2 - A chegada de Getúlio Vargas ao poder nacional envolveu uma aliança com diversos
segmentos econômicos, políticos e militares. Fonte: Elaborada pelo autor, baseada em LIRA NETO,
2012b.
12/09/22, 17:28 Economia Política
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=L3kNgFfmjYtuJe%2bT6C3TPw%3d%3d&l=N5BDPdeI%2bbIqyNPbvaTPAg%3d%3d&cd=xp… 6/26
Durante o Governo Vargas, muitas empresas públicas foram criadas, com destaque
para a indústria de base, a exemplo da mineradora Vale do Rio Doce e a Companhia
Siderúrgica Nacional (ABREU, 2014).
Em 1951, Vargas retorna ao poder após governar de 1930 a 1945, só que, agora, por
meio das eleições. Durante o segundo governo de Vargas, foi criado o Banco
Nacional do Desenvolvimento Econômico (antigo BNDE, hoje conhecido como
BNDES), em 1952; e a Petrobrás e o Banco do Nordeste, em 1953.
Além disso, também fora criada, em 1951, sob o auxílio da CEPAL, a Comissão Mista
Brasil-Estados Unidos (CMBEU) para a elaboração de projetos de infraestrutura,
perante o suporte financeiro do Banco Internacional para Reconstrução e
Desenvolvimento (BIRD) e do Banco de Exportação e Importação (EXIMBANK).
Porém, em 1952, a CMBEU não vai adiante com a parceria pelo interesse do governo
estadunidense em concentrar recursos nas questões políticas-econômicas da
Guerra Fria, quando os Estados Unidos e a União Soviética disputavam a influência
mundial (ABREU, 2014).
Getúlio permanece no poder até 1954. No mesmo ano, o presidente comete suicídio
em razão da pressão de uma crise política, devido à tentativa de assassinato do
opositor Carlos Lacerda, cujo tiro matou o major da aeronáutica, Rubens Vaz, em
vez de Lacerda. Vargas não tinha conhecimento desse plano criminoso. Com isso,
um inquérito militar toma as investigações, no qual setores militares e políticos
exigem a sua destituição da presidência (LIRA NETO, 2012c).
O filme Getúlio, de  João Jardim, produzido em 2013, conta mais a fundo a história de Vargas. A obra
retrata os últimos dias de governo do presidente, em 1954. Com a obra, você poderá compreender
melhor a crise política que inviabilizou o governo e levou Vargas ao suicídio. Vale a pena assistir!
A partir de então, o vice-presidente, Café Filho, passa a governar o Brasil até a
chegada de Juscelino Kubitschek, que assume o poder em 1956, quando se inicia a
fase da industrialização intensiva (ABREU, 2014).
2.1.4 Industrialização intensiva e o Golpe Militar
VOCÊ QUER VER?
12/09/22, 17:28 Economia Política
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=L3kNgFfmjYtuJe%2bT6C3TPw%3d%3d&l=N5BDPdeI%2bbIqyNPbvaTPAg%3d%3d&cd=xp… 7/26
De acordo com Mello (1986), o PSI apresenta duas fases: a primeira diz respeito a
industrialização extensiva, que corresponde desde o surgimento da indústria no
Brasil até o período da industrialização restringida; já a segunda fase é a
industrialização intensiva, a partir de 1956.
Na industrialização extensiva, a substituição de importações se faz pelos bens de
consumo não-duráveis e de baixo valor, como alimentos e calçados. Assim,
gradualmente, reduz-se o peso das importações desses produtos no mercado
interno.
A industrialização intensiva, por sua vez, começa a ganhar força com o governo de
Kubitschek, período em que se abre a economia para o investimento do capital
estrangeiro no setor produtivo, de modo amplo, diferentemente do que ocorreu no
Segundo Governo Vargas, quando ficou estabelecido como estratégia de
desenvolvimento o investimento estatal, juntamente com o capital estrangeiro. Este,
porém, em setores estratégicos, como a mineração e a siderurgia (MELLO, 1986).
No governo de Kubitschek, o capital estrangeiro passa a atuar em bens de consumo
duráveis, além da produção nos bens de capital em geral. Conjuntamente, o Estado
continuou a exercer maior peso nos investimentos em infraestrutura, como rodovias
e hidrelétricas (MELLO, 1986).
A abertura econômica desse período contou com a Lei de Similares Nacionais, que
limitou a entrada de produtos estrangeiros similares aos produzidos internamente,
a fim de garantir uma reserva de mercado como forma de estímulo ao investidor
estrangeiro. Como consequência, desenvolveu-se a indústria (ABREU, 2014).
Além disso, o governo de Kubitschek se destacou pelo Plano de Metas, cujos
investimentos foram planejados em cinco grandes áreas, ultrapassando a
construção da nova capital federal (Brasília). Nesse modelo desenvolvimentista, o
governo trabalhou com uma política de crédito bastante expansiva, ante os recursos
do BNDE e do Banco do Brasil (ABREU, 2014).
Assim, as áreas compreendidas incluíam a indústria de base (aço, maquinaria
pesada etc.), a energia (petróleo, energia elétrica etc.), a alimentação (fertilizantes,
mecanização da agricultura etc.), o transporte (pavimentação de estradas, portos
etc.) e a educação.
Na energia e no transporte, o que predominou foram os recursos públicos; na
indústria de base, sobressaiu-se os recursos privados articulados com o capital
estrangeiro; enquanto que a educação e a alimentação tiveram apenas recursos
12/09/22, 17:28 Economia Política
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=L3kNgFfmjYtuJe%2bT6C3TPw%3d%3d&l=N5BDPdeI%2bbIqyNPbvaTPAg%3d%3d&cd=xp… 8/26
públicos. Salienta-se, contudo, que a educação ficou com a quantia mínima de
recursos.
VOCÊ SABIA?
A política desenvolvimentista no governo de Vargas e de Kubitschek teve forte apoio das forças
armadas, interessadas no reaparelhamento militar. No entanto, de acordo com os militares, o capital
estrangeiro não poderia interferir na segurança dos recursos naturais brasileiros (BENEVIDES, 1979;
ABREU, 2014).
Em 1961, Jânio Quadros assume a presidência do Brasil, mas fica somente oito
meses até a sua renúncia, sob à alegação de “forças ocultas”. Durante esse período,
houve uma tentativa de alinhamento com a União Soviética, fato marcado como
Política Externa Independente (PEI), devido ao não alinhamento automático com os
Estados Unidos (ABREU, 2014).
No ano seguinte, já sob a presidência de João Goulart (vice de Quadros), o Ministro
Extraordinário para Assuntos do Desenvolvimento Econômico, Celso Furtado,
apresenta o Plano Trienal com o objetivo de conter a inflação por meio da
contenção do déficit público e do controle da expansão de crédito. Todavia, o
controle inflacionário não obteve êxito, tendo em vista que a expectativa de
interferência estatal na correção de preços defasados causou uma remarcação forte
no setor privado (ABREU, 2014). 
Celso Furtado foi um economista brasileiro, pensador cepalino e idealizador da Superintendência do
Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE), objetivando a redução das desigualdades regionais no governo
de Kubitschek. Ele também foi Ministro de Assuntos do Desenvolvimento Econômico no governo de João
Goulart (ABREU, 2014).
VOCÊ O CONHECE?
12/09/22, 17:28 Economia Política
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=L3kNgFfmjYtuJe%2bT6C3TPw%3d%3d&l=N5BDPdeI%2bbIqyNPbvaTPAg%3d%3d&cd=xp… 9/26
Como Goulart sofria uma desconfiança sobre o direcionamento das ações
socialistas, uma rebelião de sargentos da Marinha e da Aeronáutica fora atribuída
como uma fraqueza do presidente.Em determinação do governo, foi editado uma
instrução que previa compras obrigatórias de certos títulos públicos em posse de
investidores, sem pagamento de juros, ante o intuito de melhorar a situação fiscal.
Contudo, o setor privado contestou essa medida (ABREU, 2014).
Diante de um quadro de persistência inflacionária, o governo regulamentou limites
de remessas de lucros ao exterior, fato que marcou negativamente o período com
relação ao empresariado. E, para piorar, Goulart compareceu em um comício
organizado por grupos esquerdistas, assinando decretos de encampação (tomada
pelo Estado) de refinarias privadas e a desapropriação de terras beneficiadas por
investimento público (ABREU, 2014).
Em resposta, as forças conservadoras organizaram manifestações, mobilizando a
classe média. Somado à circunstância de fraqueza governamental em reprimir uma
revolta dos marinheiros, em resistência à oficialidade, no dia 31 de março de 1964
uma rebelião militar — com o apoio dos empresários e da classe média, além do
respaldo e omissão, em vários casos, parlamentar — derrubou Goulart do poder,
colocando na presidência o Marechal Castelo Branco (ABREU, 2014).
Assim, iniciou-se a Ditadura Militar, que durou até 1985 (ABREU, 2014).
2.2  Conjuntura brasileira
contemporânea e contexto mundial
Agora que você já foi introduzido na história econômica do Brasil, estudaremos na
sequência os governos militares e a economia brasileira a partir de 1985, quando há
a abertura política e o fim da Ditadura Militar, bem como alguns aspectos
relacionados ao governo de Dilma.
Aliás, você sabia que durante os governos militares uma grande monta de
infraestrutura fora edificada? E que esses investimentos deixaram uma elevada
dívida pública externa? Por acaso, você já leu ou escutou sobre a crise inflacionária
dos Anos de 1980, que só foi superada com a adoção Plano Real, em 1994?
12/09/22, 17:28 Economia Política
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=L3kNgFfmjYtuJe%2bT6C3TPw%3d%3d&l=N5BDPdeI%2bbIqyNPbvaTPAg%3d%3d&cd=x… 10/26
A partir de agora, analisaremos com mais detalhes os governos militares e o Brasil a
partir da abertura política, quando se inicia o processo para a estabilidade de
preços.
2.2.1 Governos militares
Entre 1964 e 1967, o governo brasileiro trabalhou com o Programa de Ação
Econômica do Governo (PAEG), que objetivava o crescimento econômico e o
controle de preços e de déficit público. Durante esse período, buscou-se fortalecer o
sistema bancário e diversificar a pauta exportadora, ainda muito dependente de
produtos primários. Sendo assim, o governo mirou na redução de desequilíbrios
entre setores produtivos e regiões brasileiras.
Além da meta de redução do déficit público para impedir a subida dos preços, o
governou também aplicou um controle de reajuste salarial, em que os salários
seriam ajustados anualmente pela média do salário mínimo real (eliminando os
efeitos da inflação), acrescidos de metade da inflação esperada para o ano seguinte.
Já o período entre 1967 e 1973, que começa com o Presidente Costa e Silva e segue
com o Presidente Médici, foi classificado como “milagre econômico”, pois a
economia crescia a taxas em torno de 10% ou mais.
Considerando, então, que o crescimento econômico implica em aumento nos
preços, nesse período, já não havia tanta preocupação com a inflação. Assim, o
desenvolvimento do mercado de crédito estimulou o consumo da classe média, e o
Sistema Nacional de Habitação se vinculou ao Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço (FGTS) no financiamento do Banco Nacional de Habitação, o que,
consequentemente, permitiu o crescimento da construção civil.
Além disso, o estímulo à exportação e a ocupação da capacidade ociosa pela
indústria também ajudaram com o alto crescimento econômico no período.
Durante o “milagre econômico”, o governo estimulou a concentração do setor
bancário, de maneira que se formasse uma estrutura oligopolista, ocasionando uma
redução nos custos de operação bancárias, já que os bancos teriam ganhos com
economia de escala. Essa economia acontece quando o aumento do retorno
produtivo é maior do que o aumento nos custos (ABREU, 2014).
Entre os fatos marcantes do notório crescimento no “milagre econômico”, cita-se o I
Plano Nacional de Desenvolvimento (PND), que objetivou a redução das
desigualdades regionais por meio de investimentos em infraestrutura, a exemplo da
12/09/22, 17:28 Economia Política
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=L3kNgFfmjYtuJe%2bT6C3TPw%3d%3d&l=N5BDPdeI%2bbIqyNPbvaTPAg%3d%3d&cd=x… 11/26
rodovia Transamazônica. Também foram criadas estatais, como a Telebrás e a
Eletrobrás, que ficaram encarregadas de obter financiamentos externos, causando,
posteriormente, uma crise da dívida externa (ABREU, 2014).
Mais tarde, entre 1974 e 1980, o governo de Geisel aplica o II PND, que mira na
substituição de importação de bens de capital via subsídios e diversificação da
matriz energética, como a construção de hidrelétricas (ABREU, 2014).
Com relação ao crescimento econômico do II PND, houve uma piora acentuada na
dívida externa. Assim, ao tentar controlar o passivo externo, o governo de
Figueiredo, entre 1979 e 1985, sofreu com um aumento das taxas de juros nos
refinanciamentos, principalmente devido a menor liquidez mundial (menor fluxo
monetário no mundo).
A menor liquidez ocorreu porque a economia internacional ressentiu o choque do
petróleo praticado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP),
que reduziu a oferta do produto para elevar os preços (ABREU, 2014).
Já em 1985, o governo de Sarney marca o início da abertura política. Tancredo
Neves foi eleito presidente pelo Congresso Nacional por meio das eleições indiretas
(as eleições diretas são realizadas pelo povo), mas falece devido a um adoecimento.
Assim, o então seu vice assume o poder. 
2.2.2 Abertura política e econômica
O principal fato marcante no governo de Sarney foi a busca para a superação da
inflação. Portanto, tentou-se diversos planos econômicos para conter os preços,
como o congelamento praticado no Plano Cruzado, em 1986. Entretanto, nenhum
deles obteve sucesso em segurar o quadro hiperinflacionário (elevação acelerada e
persistente da inflação), o que só veio a ser conquistado com a introdução do Plano
Real, em 1994, durante o Governo de Itamar Franco (1992-1994).
12/09/22, 17:28 Economia Política
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=L3kNgFfmjYtuJe%2bT6C3TPw%3d%3d&l=N5BDPdeI%2bbIqyNPbvaTPAg%3d%3d&cd=x… 12/26
Com o governo de Fernando Collor, em 1990, iniciou-se uma reorganização da
administração pública federal, das privatizações e da abertura comercial, as quais
foram seguidas no governo de Fernando Henrique Cardoso, em 1995. Porém, o
descontentamento popular pela prática do congelamento das poupanças para
aliviar o consumo e, com isso, a inflação, que, aliás, falhou, criou condições para o
seu impeachment, sob acusações de corrupção (ABREU, 2014).
Já em 2003, o governo de Lula ficou caracterizado por um período de crescimento
econômico, geração de empregos, além de inflação e dívida pública (% PIB)
controlada. Não obstante, em 2005, o governo sofre a Crise do Mensalão, em que
diversos parlamentares foram acusados de receber propina para votar a favor do
então presidente (ABREU, 2014).
Durante o governo de Lula, a economia internacional gozava de um cenário
favorável, em que as commodities (produtos primários negociados no mercado
internacional) estavam com os preços valorizados, aliadas ao forte fluxo de capital,
substanciando, assim, o acúmulo de reservas de moeda estrangeira e o crescimento
do país. Além disso, vale destacar que, quando entra muita divisa, a moeda nacional
Figura 3 - O Real simboliza a superação da alta inflação e a estabilidade de preços. Desde a sua
introdução, a economia brasileira não sofre com a hiperinflação. Fonte: Catarina Belova, Shutterstock,
2018.
12/09/22, 17:28 Economia Política
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=L3kNgFfmjYtuJe%2bT6C3TPw%3d%3d&l=N5BDPdeI%2bbIqyNPbvaTPAg%3d%3d&cd=x…13/26
se fortalece perante a estrangeira, como o dólar e o euro. Dessa forma, com a
valorização na taxa de câmbio, os importados ficam menos custosos e há menor
pressão altista nos preços domésticos.
Por fim, após a saída de Lula e a entrada de Dilma Rousseff, o governo passou por
dificuldades com o controle inflacionário, tendo em vista que sofreu declínio de
credibilidade junto ao mercado; e também com o controle do déficit público, devido
à queda da arrecadação com redução da atividade econômica ensejada pela Crise
do Subprime. 
O artigo “Impedindo Dilma”, escrito por Fernando Limongi, apresenta alguns fatos que determinaram a
decisão final do impeachment da Presidente Dilma Rousseff, diferentemente daqueles que oficialmente
são justificados, no qual é apresentado algumas razões que levaram certos políticos a se indisporem com
o governo. Leia o texto completo no link: <http://novosestudos.uol.com.br/wp-
content/uploads/2017/06/IMPEDINDO-DILMA-Fernando-Limongi.pdf
(http://novosestudos.uol.com.br/wp-content/uploads/2017/06/IMPEDINDO-DILMA-Fernando-
Limongi.pdf)>.  
Diante de acentuada queda de popularidade e falta de apoio do Congresso
Nacional, a presidente sofreu impeachment, sob a acusação do crime de
responsabilidade fiscal, devido à prática das “pedaladas fiscais”. Isso significa que
houve retardamento de repasses aos bancos federais, referentes a subsídios e
benefícios socais, bem como a utilização de crédito suplementar para o Plano Safra,
sem a autorização do Congresso, por meio de decreto.
Assim como no governo de Lula, o governo de Dilma estimula o papel do BNDES no
desenvolvimento econômico, liberando crédito à indústria. Na política externa,
busca-se a ampliação das trocas comerciais no Mercosul e o acordo de abertura
comercial entre a União Europeia. 
VOCÊ QUER LER?
http://novosestudos.uol.com.br/wp-content/uploads/2017/06/IMPEDINDO-DILMA-Fernando-Limongi.pdf
12/09/22, 17:28 Economia Política
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=L3kNgFfmjYtuJe%2bT6C3TPw%3d%3d&l=N5BDPdeI%2bbIqyNPbvaTPAg%3d%3d&cd=x… 14/26
2.3  Economia política e planejamento
econômico
A década de 1940 encarou um relevante debate entre dois pensadores: Roberto
Simonsen e Eugenio Gudin, em relação ao planejamento econômico brasileiro, que
transparece até hoje toda uma influência de valores e estudos da economia política
no Brasil.
Aliás, você conhece Roberto Simonsen? Ele foi um defensor da intervenção do
Estado na economia, como forma de suprir os vácuos ou lacunas mal preenchidas
pelo setor privado.
Mas e quanto a Eugenio Gudin? Ele, por sua vez, foi opositor das ideias de Simonsen,
colocando fundamentos das deficiências da intervenção estatal no mercado.
A partir de agora, estudaremos o planejamento econômico e a economia política,
com enfoque para como o Estado pode atuar, visando o desenvolvimento de uma
economia. 
2.3.1 Pensamento de Simonsen
O industrial Roberto Simonsen, em 1944, apresenta um artigo ao Conselho Nacional
de Política Industrial e Comercial chamado “A planificação da economia brasileira”.
No documento, ele justifica a necessidade da intervenção estatal na economia no
estágio em que se encontrara o desenvolvimento da economia nacional (TEIXEIRA;
MARINGONI; GENTIL, 2010).
Em sua explanação, o industrial detalha a avaliação da economia brasileira feita por
uma missão técnica estadunidense, em 1942, em que observa que o
desenvolvimento industrial brasileiro estava atrasado e necessitava de importação
de recursos produtivos essenciais, como o petróleo (TEIXEIRA; MARINGONI; GENTIL,
2010).
A missão ainda propôs a criação de bancos industriais destinados ao financiamento
da infraestrutura e das estruturas produtivas, além da promoção de assistência
técnica (TEIXEIRA; MARINGONI; GENTIL, 2010).
Em 1952, foi criado o BNDE e, no ano seguinte, o Banco do Nordeste. Ambos para
financiar o desenvolvimento da produção nacional. Aliás, até hoje, podemos
observar industriais pressionarem por mais liberações de crédito no BNDES, uma
12/09/22, 17:28 Economia Política
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=L3kNgFfmjYtuJe%2bT6C3TPw%3d%3d&l=N5BDPdeI%2bbIqyNPbvaTPAg%3d%3d&cd=x… 15/26
vez que a taxa de juros do mercado para financiamento de longo prazo é mais
elevada (ABREU, 2014).
Após a apresentação do artigo, Simonsen também fez uma breve análise da
economia brasileira, na qual apontou que, no período vigente da Segunda Guerra
Mundial, a economia do país obteve um considerável progresso. Entretanto, ainda
faltavam indústrias fundamentais para o desenvolvimento da produção nacional,
além do déficit de infraestrutura, carência de progresso técnico na produção e mão
de obra qualificada, fatores que obstam o progresso industrial (TEIXEIRA;
MARINGONI; GENTIL, 2010).
Como consequência, Simonsen conclui a necessidade da intervenção
governamental na economia para proporcionar o progresso econômico, tal como
ocorrera na Rússia e nos Estados Unidos (TEIXEIRA; MARINGONI; GENTIL, 2010).
Com tudo isso, o industrial ainda ponderou que o Estado deveria planejar o
desenvolvimento das indústrias-chaves para o progresso produtivo nacional, sob a
criação de bancos industriais para o investimento produtivo. Além disso, também
Figura 4 - Simonsen considerava a intervenção estatal um meio de alocação de recursos produtivos
para o desenvolvimento da estrutura produtiva nacional. Fonte: Andrey_Popov, Shutterstock, 2018.
12/09/22, 17:28 Economia Política
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=L3kNgFfmjYtuJe%2bT6C3TPw%3d%3d&l=N5BDPdeI%2bbIqyNPbvaTPAg%3d%3d&cd=x… 16/26
deveria haver investimento técnico-científico, como a criação de institutos de
pesquisa tecnológica, industrial e agrícola, bem como educação profissionalizante.
Simonsen também menciona que o grau de intervencionismo deveria ser discutido
entre as entidades de classe, de modo a não impedir a dinâmica do setor privado.
Assim, é possível proporcionar, ao mesmo, o aparelhamento do país. Para o
industrial, enquanto a economia se desenvolve, o capital produtivo deve ser
protegido contra a concorrência estrangeira (TEIXEIRA; MARINGONI; GENTIL, 2010).
Contudo, Simonsen não foi o único a deixar registros sobre a economia. Gudin
também teve seu papel na história, o qual veremos na sequência.
2.3.2 Pensamento de Gudin
Eugenio Gudin, Ministro da Fazendo durante o governo de Café Filho, vai contra as
afirmações de Simonsen, enxergando o plano de intervenção do governo na
economia como a solução de todos os problemas econômicos (TEIXEIRA;
MARINGONI; GENTIL, 2010).
Gudin reverbera a doutrina do livre-comércio de Adam Smith ao apontar que ela é a
negação da interferência estatal, partindo do princípio de que a riqueza da nação
representa o total das riquezas dos indivíduos, guiados pelo interesse próprio e com
liberdade de alocar seus recursos como bem entendem.
De acordo o pensador, até 1914, a economia liberal conduziu muito bem a
humanidade, aumentando o bem-estar social e o padrão de vida das pessoas. No
entanto, com a eclosão da Primeira Guerra Mundial, os alicerces da estrutura liberal
foram abalados, uma vez que desorganizaram ou destruíram os sistemas
econômicos dos países (TEIXEIRA; MARINGONI; GENTIL, 2010).
Para Gudin, os interessados na planificação são os socialistas, que querem a
eliminação da propriedade privada; a burocracia, interessada na concentração de
poder; e certos empresários, que miram no plano de intervenção do governo na
economia um excelente meio de eliminação da concorrência e consolidação das
posições garantidas, sob a tutela estatal (TEIXEIRA; MARINGONI; GENTIL, 2010).
Inclusive, Gudin afirmava que o único argumento favorável à proteção
governamental contra a concorrência estrangeira é a indústria nascente. Assim, à
medida que essa indústria for se desenvolvendo, retira-se aos poucos a proteção
para que a concorrência estimule a inovação.
12/09/22, 17:28 Economia Política
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=L3kNgFfmjYtuJe%2bT6C3TPw%3d%3d&l=N5BDPdeI%2bbIqyNPbvaTPAg%3d%3d&cd=x…17/26
Ainda conforme o pensador, a ideia de que um país industrializado é rico, enquanto
que um país de produção primária é pobre, vai contra suas crenças. Ele considerava
que, quando se dispõe de conhecimentos técnicos, um país se desenvolve com
ganhos de produtividade. Portanto, uma nação de riquezas naturais pode obter
vantagens no comércio exterior ao investir na produtividade agrícola. Assim, se o
governo continuar a proteger a indústria com tarifas alfandegárias, manterá o país
na pobreza.
Gudin também defendia que a cooperação estatal com a iniciativa privada deveria
se dar por meio de medidas administrativas e legislativas — como o monopólio —,
aos cartéis e outras formas que inibam a concorrência, pois é a livre concorrência
que promove o progresso econômico. 
CASO
Figura 5 - Gudin defendia que a concorrência deve ser estimulada, pois é indispensável ao incentivo à
inovação e ao progresso econômico de uma nação. Fonte: Pressmaster, Shutterstock, 2018.
12/09/22, 17:28 Economia Política
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=L3kNgFfmjYtuJe%2bT6C3TPw%3d%3d&l=N5BDPdeI%2bbIqyNPbvaTPAg%3d%3d&cd=x… 18/26
Os defensores da intervenção governamental são favoráveis aos financiamentos do BNDES em
razão, justamente, da condição de subdesenvolvimento na economia brasileira. Já os que são
contrários a essa ideia consideram o BNDES um canal de elevação das contas públicas.
Temos o exemplo da JBS, que, durante os governos de Dilma e Lula, obteve seus créditos aprovados
no BNDES. Como resultado, a empresa se tornou a maior produtora de carne bovina do mundo,
investindo na compra da concorrente estadunidense Swi�, entre outras empresas do segmento de
carnes.
Em meio a essa discussão, você pode decidir o que é mais favorável para a sua empresa: o maior
gasto do governo, via BNDES, que pode gerar aumento dos impostos e da taxa de juros; ou optar por
financiamentos do BNDES para gerar mais renda na economia. 
Esses tipos de afirmações levaram Simonsen a caracterizar Gudin como um
“partidário convicto da agricultura” (TEIXEIRA; MARINGONI; GENTIL, 2010).
A convergência entre Gudin e Simonsen está no incentivo ao investimento público
em centros ou institutos de pesquisa técnico-científico. Quanto ao crédito, Gudin
recomenda que ele seja expandido na recessão econômica e reduzido no
crescimento, assim como as obras públicas podem ser estimuladas na recessão e
inibidas no crescimento (TEIXEIRA; MARINGONI; GENTIL, 2010).
Visto as diferenças entre o pensamento favorável ao livre comércio e o adepto da
interferência governamental, analisaremos, agora, como as políticas públicas
promovem a ciência e a tecnologia.
2.4  Políticas públicas de incentivo à
inovação tecnológica
Você sabia que o Brasil não permite que instituições privadas operem instituições
públicas-científicas? Aliás, você já tinha ouvido falar na relação entre Estado e setor
privado para realizar pesquisas tecnológicas? E quanto as razões do atraso em
ciência e tecnologia no Brasil?
Para responder esses questionamentos, a partir de agora, você estudará as políticas
em ciência e tecnologia no Brasil e nos Estados Unidos, o que ternará perceptível a
relevância tanto do Estado quando do ente privado no progresso tecnológico.
12/09/22, 17:28 Economia Política
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=L3kNgFfmjYtuJe%2bT6C3TPw%3d%3d&l=N5BDPdeI%2bbIqyNPbvaTPAg%3d%3d&cd=x… 19/26
Também iremos estudar o Modelo de Solow, que é um modelo tradicional para
avaliar o crescimento econômico; e veremos com mais detalhes alguns aspectos
referentes ao progresso tecnológico.
2.4.1 Modelo de Solow e progresso tecnológico
De acordo com o Modelo de Solow, o crescimento econômico está em função do
nível de capital e mão de obra. Sendo assim, a acumulação de capital determina o
nível de investimento e, consequentemente, o nível do produto.
Então, quando o nível de poupança cresce, o nível de capital (K) se eleva e, por
consequência, sobe o investimento e o produto (Y). Dessa forma, ao aumentar o
capital por trabalhador (K/N), o produto por trabalhador (Y/N) cresce.
O Modelo de Solow poder ser ampliado ao avaliar que a infraestrutura, a educação e
o progresso tecnológico afetam positivamente o crescimento.
Se o governo é perdulário, sobra menos poupança pública para investir em
infraestrutura, assim como em educação e tecnologia. Com isso, o investimento em
educação, dito capital humano, eleva o produto por trabalhador (Y/N) (DORNBUSCH;
FISHER, 1991). 
12/09/22, 17:28 Economia Política
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=L3kNgFfmjYtuJe%2bT6C3TPw%3d%3d&l=N5BDPdeI%2bbIqyNPbvaTPAg%3d%3d&cd=x… 20/26
Quanto à tecnologia, por reduzir o número de trabalhador na produção, eleva-se o
capital por produto (K/N). Isso significa que o progresso tecnológico aumenta a
produtividade. Aliás, mesmo com a tecnologia estando associada à perda de
emprego, a experiência em muitos países mostra o oposto (BLANCHARD, 2007).
2.4.2 Incentivo à tecnologia no Brasil e nos Estados Unidos
A criação do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
(CNPQ) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
(CAPES), em 1951, marcaram um princípio das ações governamentais voltadas às
Figura 6 - O progresso tecnológico eleva o nível do crescimento econômico em longo prazo, pois torna
maior a produtividade. Fonte: Shutterstock, 2018.
12/09/22, 17:28 Economia Política
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=L3kNgFfmjYtuJe%2bT6C3TPw%3d%3d&l=N5BDPdeI%2bbIqyNPbvaTPAg%3d%3d&cd=x… 21/26
políticas de ciência, tecnologia e inovação (CT&I) no Brasil (CAVALCANTE, 2009).
Mais tarde, no final da década de 1960, o Governo Federal criou a Financiadora de
Estudos e Projetos (FINEP), que privilegiou a pesquisa científica e se voltou para o
financiamento da implantação de cursos de pós-graduação.
Já a partir da década de 1970, o governou passou a produzir os Planos Básico de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico (PBDCT) para articular metas e ações de
CT&I junto aos Planos Nacionais de Desenvolvimento (PND).
Na década de 1980, devido ao foco do governo no combate à hiperinflação, as
políticas de CT&I foram deixadas de lado.
O processo de abertura comercial — que levou a exposição das empresas brasileiras
à concorrência estrangeira — fez com que o governo desse relevo ao fomento à
inovação como mecanismo de competitividade, em vez de subsidiar a indústria.
Assim, as análises setoriais passaram a observar ações para ganhos de
competitividade em uma dimensão sistêmica, que envolve o setor privado e o
público. Contudo, a insuficiência de gastos públicos e privados é um problema para
essa articulação.
De maneira gradual, as ações voltadas a incentivar a pesquisa e o desenvolvimento
(P&D) no setor privado e de articulação deste com as instituições de Ensino Superior
só acontecem no início da década de 1990. Entretanto, esses instrumentos se
tornaram pouco efetivos, em razão das restrições fiscais (CAVALCANTE, 2009).
Em 1999, passou a haver uma preocupação em criar fundos setoriais, a fim de ter a
CT&I em um formato sistêmico de cooperação entre o governo e o setor privado,
envolvendo o incentivo empresarial e um novo padrão de financiamento. Com isso,
em 2004, foi criada a Lei da Inovação, e, no ano seguinte, a Lei do Bem para
incentivos fiscais à inovação (CAVALCANTE, 2009).
Dessa forma, houve um crescimento do envolvimento privado em P&D, em virtude
da maior concorrência externa; além da introdução de políticas públicas de fomento
à inovação. Todavia, comparações internacionais demonstram que os gastos em
P&D são feitos em sua maioria pelo setor público.
Além disso, a elevada participação do Ministério da Educação e Cultura (MEC) nos
gastos em P&D aponta um favorecimento da pesquisa científica. Os critérios de
avaliação de desempenho da CNPQ tendem a privilegiar a pesquisa científica em
12/09/22, 17:28 Economia Política
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=L3kNgFfmjYtuJe%2bT6C3TPw%3d%3d&l=N5BDPdeI%2bbIqyNPbvaTPAg%3d%3d&cd=x…22/26
relação ao depósito de patentes (pesquisa tecnológica). Isso evidencia a fragilidade
do caráter sistêmico da CT&I no Brasil, pesando na persistência do modelo linear de
inovação.
O modelo linear, adotado no mundo a partir da década de 1940, compreende que a
inovação deve seguir etapas, começando pela pesquisa básica e aplicada, passando
pela pesquisa experimental, até chegar na atividade econômica (CAVALCANTE,
2009).
Em 1990, a participação brasileira no total de artigos em periódicos internacionais
era de 0,6%. Já em 2007, ela passa para 2,5%. Enquanto isso, a participação no total
de concessões de patentes é de 0,1%, em 2004 (CAVALCANTE, 2009).
O artigo “Revoluções tecnológicas, finanças internacionais e estratégias de desenvolvimento: um
Approach Neo-Schumpeteriano”, de Marcelo Arend, traz uma análise do subdesenvolvimento econômico
brasileiro, no qual a economia não se inseriu na última revolução tecnológica (Microeletrônica), iniciada
na década de 1970. Isso resultou na ampliação da fronteira tecnológica entre o Brasil e os países
desenvolvidos. Leia o artigo em: <https://revistas.fee.tche.br/index.php/ensaios/article/view/2393
(https://revistas.fee.tche.br/index.php/ensaios/article/view/2393)>.
Já nos Estados Unidos, houve um forte crescimento do investimento governamental
em pesquisa, entre o final de 1950 e início da década de 1970, no contexto da Guerra
Fria, o qual ocasionou elevados investimentos em P&D voltados para a indústria
bélica.
Assim, em 2013, os Estados Unidos investiram por volta de 2,8% do PIB em P&D,
sendo que, desse total, 0,8% foram investimentos públicos, nos quais a metade
foram para a Defesa (NEGRI; SQUEFF, 2014).
VOCÊ SABIA?
VOCÊ QUER LER?
https://revistas.fee.tche.br/index.php/ensaios/article/view/2393
12/09/22, 17:28 Economia Política
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=L3kNgFfmjYtuJe%2bT6C3TPw%3d%3d&l=N5BDPdeI%2bbIqyNPbvaTPAg%3d%3d&cd=x… 23/26
Que o crescimento chinês é resultado da ação estatal? A política chinesa para ciência e tecnologia
tem uma ótica sistêmica. Assim, na década de 1980, a Lenovo foi criada pela legislação, permitindo
que universidades e institutos possuíssem empresas de alta tecnologia. Para se aprofundar no
assunto, você pode acessar o link:
<http://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/3928/1/BEPI_n13_politicas.pdf
(http://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/3928/1/BEPI_n13_politicas.pdf)>.
De acordo com Negri e Squeff (2014), os Estados Unidos apresentam uma variedade
de instituições executoras dos recursos de P&D, as quais incluem: 
institutos de pesquisa e laboratórios federais vinculados aos Departamentos
de Estado (conhecido como Ministérios no Brasil), como laboratórios ligados à
NASA;
laboratórios federais operados privadamente por empresas, universidades,
instituições sem fins lucrativos ou consórcio dessas instituições, como a
Embrapa e a Fiocruz;
concessão de subvenções para pessoas e empresas;
acordos de cooperação;
contratos de P&D, nos quais o governo contrata o desenvolvimento
tecnológico de produtos e serviços, sendo que essa contratação é claramente
prevista na legislação de compras públicas dos Estados Unidos, atividade que
é menos desenvolvida no Brasil. 
Vale destacar, ainda, que os Departamentos de Estado têm como missão principal
desenvolver a ciência e a tecnologia em suas áreas ao alocar os recursos. Isso
porque a ciência e a tecnologia são meios para alcançar os objetivos de cada missão
institucional.
Quadro 1 - Podemos comparar as políticas brasileira e estadunidense, assim, vemos o desempenho dos
Estados Unidos sendo superior em ciência e tecnologia. Fonte: Elaborada pelo autor, baseado em
CAVALCANTE, 2009 e NEGRI; SQUEFF, 2014.
http://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/3928/1/BEPI_n13_politicas.pdf
12/09/22, 17:28 Economia Política
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=L3kNgFfmjYtuJe%2bT6C3TPw%3d%3d&l=N5BDPdeI%2bbIqyNPbvaTPAg%3d%3d&cd=x… 24/26
Menos de 5% do investimento público em P&D é realizado por uma agência
governamental voltada para o fomento científico. Além disso, conforme menciona
Negri e Squeff (2014), a maior dos recursos de P&D são voltados para o
desenvolvimento e engenharia (pesquisa tecnológica).
Síntese
Concluímos a unidade relativa à posição da economia brasileira no atual contexto
mundial. Agora, você já conhece as fases da economia brasileira, os diferentes
fundamentos do planejamento econômico, os fatores que afetam o
desenvolvimento da economia, entre outros pontos relevantes.
Neste capítulo, você teve a oportunidade de:
entender que as economias periféricas têm desenvolvimento para fora;
compreender a produção industrial brasileira, que nasce graças à renda do
café na economia;
analisar o ano de 1956, quando se inicia a fase da industrialização intensiva;
absorver quanto ao decênio de 1980, que é célebre pela alta inflação,
superada pelo Plano Real;
assimilar que Gudin defende o liberalismo, enquanto que Simonsen defende a
intervenção governamental;
perceber que o modelo sistêmico de inovação oportuniza o progresso
tecnológico.
Referências bibliográficas
ABREU, M. de P. (Org.). A Ordem do Progresso: dois séculos de política econômica
no Brasil. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014.
AREND, M. Revoluções tecnológicas, finanças internacionais e estratégias de
desenvolvimento: um approach neo-schumpeteriano. Ensaios FEE, n. 33, v. 2, nov.
2012. Disponível em:
12/09/22, 17:28 Economia Política
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=L3kNgFfmjYtuJe%2bT6C3TPw%3d%3d&l=N5BDPdeI%2bbIqyNPbvaTPAg%3d%3d&cd=x… 25/26
<https://revistas.fee.tche.br/index.php/ensaios/article/view/2393
(https://revistas.fee.tche.br/index.php/ensaios/article/view/2393)> Acesso em:
29/12/2017.
BENEVIDES, M. V. de M. O Governo Kubitschek: Desenvolvimento Econômico e
Estabilidade Política. 3. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979.
BLANCHARD, O. Macroeconomia. 4. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.
CASSIOLATO, J. E. As Políticas de Ciência, Tecnologia e Inovação na China. Boletim
de Economia e Política Internacional, 2013. Disponível em:
<http://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/3928/1/BEPI_n13_politicas.pdf
(http://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/3928/1/BEPI_n13_politicas.pdf)>.
Acesso em: 30/12/2017. 
CAVALCANTE, L. R. Políticas de Ciência, Tecnologia e Inovação no Brasil: Uma Análise
Com Base nos Indicadores Agregados. IPEA, Rio de Janeiro, 2009. Disponível em:
<http://www.ipea.gov.br/portal/index.php?
option=com_content&view=article&id=5001
(http://www.ipea.gov.br/portal/index.php?
option=com_content&view=article&id=5001)>. Acesso em: 30 de dez. 2017. 
DORNBUSCH, R.; FISHER, S. Macroeconomia. 5. ed. São Paulo: Makron, 1991.
FERREIRA, P. V. Análise de cenários econômicos. Curitiba: InterSaberes, 2015.
GETÚLIO. Direção: João Jardim. Brasil: Copacabana Filmes, 2013. 100 min. Color.
IZIDORO, C. Economia e Política. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2014.
Disponível em:
<https://eadÂnima.bv3.digitalpages.com.br/users/publications/9788543009902/pag
es/-12
(https://eadÂnima.bv3.digitalpages.com.br/users/publications/9788543009902/pag
es/-12)>. Acesso em: 14/01/2018.
LIMONGI, F. Impedindo Dilma. Novos estudos, São Paulo, jun. 2017. Disponível em:
<http://novosestudos.uol.com.br/wp-content/uploads/2017/06/IMPEDINDO-DILMA-
Fernando-Limongi.pdf (http://novosestudos.uol.com.br/wp-
content/uploads/2017/06/IMPEDINDO-DILMA-Fernando-Limongi.pdf)>. Acesso em:
29/12/2017. 
LIRA NETO.  Getúlio 1882-1930: dos anos de formação à conquista do poder.  São
Paulo: Companhia das Letras, 2012a.
https://revistas.fee.tche.br/index.php/ensaios/article/view/2393
http://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/3928/1/BEPI_n13_politicas.pdf
http://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=5001
https://xn--eadnima-rwa.bv3.digitalpages.com.br/users/publications/9788543009902/pages/-12
http://novosestudos.uol.com.br/wp-content/uploads/2017/06/IMPEDINDO-DILMA-Fernando-Limongi.pdf
12/09/22, 17:28 Economia Políticahttps://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=L3kNgFfmjYtuJe%2bT6C3TPw%3d%3d&l=N5BDPdeI%2bbIqyNPbvaTPAg%3d%3d&cd=x… 26/26
______. Getúlio 1930-1945: do governo provisório à ditadura do Estado Novo. São
Paulo: Companhia das Letras, 2012b.
______.  Getúlio 1945-1954: de volta pela consagração popular ao suicídio.  São
Paulo: Companhia das Letras, 2012c.
MATIAS-PEREIRA, J. Curso de economia política: foco na política macroeconômica
e nas estruturas de governança. São Paulo: Atlas, 2015.
MELLO, J. M. C. de. O Capitalismo Tardio. 4. ed. São Paulo: Editora Brasiliense, 1986.
NEGRI, F. de; SQUEFF, F. de H. S. Investimentos em P&D do Governo Norte-
Americano: Evolução e Principais Características. IPEA, Brasília, n. 36, cap. 2, p. 9-16,
dez. 2014. Disponível em:
<http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/radar/radar_36_11122014.pdf
(http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/radar/radar_36_11122014.pdf)
>. Acesso em: 30/12/2017.
PREBISCH, R. O desenvolvimento econômico da América Latina e seus principais
problemas. Revista Brasileira de Economia, p. 47-111, 1949. Disponível em:
<http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/rbe/article/view/2443/1767
(http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/rbe/article/view/2443/1767)>. Acesso
em: 10/12/ 2017.
TAVARES, M. da C. de A. Da substituição de importações ao capitalismo
financeiro. 10. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1982.
TEIXEIRA, A.; MARINGONI, G.; GENTIL, D. L. Desenvolvimento: o debate pioneiro de
1944-1945. Brasília: Ipea, 2010.
http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/radar/radar_36_11122014.pdf
http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/rbe/article/view/2443/1767

Outros materiais