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Classificação dos crimes

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1. Qualificação é o nome dado pela doutrina ou pela lei à infração (ou ao fato).
· Qualificação do fato é o nomen juris da infração (ex.: “porte de arma”, LCP, art. 19).
· Qualificação da infração é o nome que recebe a modalidade que pertence o fato (crime ou contravenção). Essas são qualificações legais.
Crimes comuns e especiais
1. Crimes comuns são os descritos no Direito Penal Comum; 
2. Crimes especiais, os definidos no Direito Penal Especial.
Crimes comuns e próprios
1. Crime comum é o que pode ser praticado por qualquer pessoa. Exs.: homicídio, furto, estelionato etc. 
2. Crime próprio é o que só pode ser cometido por determinada categoria de pessoas.
Crimes de mão própria ou de atuação pessoal
1. Crimes de mão própria são os que só podem ser cometidos pelo sujeito em pessoa. Exs.: falso testemunho e prevaricação.
2. Os estranhos, nos crimes de mão própria ou de conduta infungível, podem intervir como partícipes, mas não como autores. Assim, nada obsta que responda por deserção a pessoa não qualificada que induza soldado a fugir.
Crimes de dano e de perigo
1. Crimes de dano são os que só se consumam com a efetiva lesão do bem jurídico. Exs.: homicídio, lesões corporais etc. 
2. Crimes de perigo são os que se consumam tão só com a possibilidade do dano. Exs.: perigo de contágio venéreo (art. 130, caput); rixa (art. 137); incêndio (art. 250), etc. 
· Perigo presumido: é aquele que a lei presume, não precisando ser provado. Ex.: omissão de socorro (art. 135).
· Perigo concreto: o perigo precisa ser investigado e provado. Ex.: exposição ou abandono de recém-nascido (art. 135). 
· Perigo individual: quando se expõe a risco de dano uma só pessoa ou um limitado número de pessoas.
· Perigo comum (ou coletivo) é o que expõe ao risco de dano interesses jurídicos de um número indeterminado de pessoas. Ex.: incêndio (art. 250).
· Perigo atual: é o que está ocorrendo, como no estado de necessidade.
· Perigo iminente: é o que está prestes a desencadear-se. 
· Perigo futuro (ou mediato) e o que, embora não existindo no presente pode advir de ocasião posterior. 
Crimes materiais, formais e de mera conduta
Teoria naturalística e teoria normativa 
1. Teoria naturalística: para essa teoria, resultado é a modificação do mundo exterior. Para ela há crime sem resultado.
2. Teoria normativa: para essa teoria não existe perigo ou dano ao interesse jurídico. Para essa teoria não há crime sem resultado.
Crime material, formal e de mera condutaa
1. Crime material: o tipo menciona a conduta e o resultado, exigindo a consumação.
2. Crime formal: o tipo menciona a conduta e o resultado, mas não exige a produção do resultado para a consumação.
3. Crime de mera conduta: o legislador só descreve o comportamento do agente, são sem resultado. 
4. O crime de extorsão é formal ou material? O tipo menciona a conduta do sujeito e o resultado pretendido (o constrangimento e a obtenção de indevida vantagem econômica – art. 158). Não exige que o agente obtenha a indevida vantagem econômica, pois emprega a expressão “com o intuito de obter”. Trata-se, pois, de crime formal, consumando-se com o ato anterior ao evento pretendido.
5. Hoje, adotada a teoria da imputação objetiva, que concede primazia ao resultado jurídico, perde relevância a classificação de crimes materiais, formais e de mera conduta.
Crimes comissivos e omissivos
1. Crimes comissivos: se dão mediante ação.
2. Comissivos por omissão (ou omissivos impróprios): são aqueles que mediante omissão permite a produção de um resultado posterior. É o exemplo da mãe que deixa de alimentar o filho causando-lhe a morte. A simples omissão, em regra, não constitui crime, deve-se ter o resultado.
3. Crimes omissivos: se perfaz com a simples abstenção da realização do ato. 
4. Crimes de conduta mista: crimes que possuem uma fase inicial positiva e uma omissão final. Ex.: apropriação indébita de coisa achada (art. 169).
Crimes instantâneos, permanentes e instantâneos de efeitos permanentes
1. Instantâneos: são os que se completam num só momento. Ex. homicídio. 
2. Permanentes: são os que causam uma situação danosa ou perigosa que se prolonga no tempo. Ex. Sequestro ou cárcere privado.
3. Eventualmente permanentes: o momento consumativo ocorre num dado instante, mas a situação criada pelo agente continua. 
4. Instantâneo de efeito permanente: o crime se consuma, mas os efeitos perduram (ex.: homicídio).
Crime continuado
1. Diz-se que há crime continuado “quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes da mesma espécie e, pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes, devem os subsequentes ser havidos como continuação do primeiro” (CP, art. 71, caput)
Crimes principais e acessórios
1. Principais: existem independentemente de outro.
2. Acessórios: pressupõem outros. Ex.: receptação e favorecimento. 
Crimes condicionados e incondicionados
1. Nos crimes condicionados a punibilidade está condicionada a um exterior e posterior a consumação. Se um brasileiro pratica estelionato no estrangeiro (CP, art. 7°, II, b), a aplicação de pena está condicionada aos requisitos do art. 7°, §2°, b e c.
Crimes simples e complexos
1. Crime simples é o que apresenta tipo penal único.
2. Crime complexo é a fusão de dois ou mais tipos penais.
· Crime complexo em sentido amplo: quando o crime contém um delito menos grave. Como o caso da denunciação caluniosa (art. 339), que integra a calúnia e a denunciação (que não é crime). Não aceitamos o crime em sentido amplo.
· Crime complexo em sentido estrito: este sim é composto por dois ou mais tipos penais. Dois ou mais delitos constituem outro funcionando como elementares: ex.: extorsão mediante sequestro (art. 159), inclui a extorsão (art. 158) e o sequestro (art. 148). Ou um delito integra outro como circunstância qualificadora: é o caso do latrocínio (art. 157, §3°), em que o homicídio intervém como qualificadora do roubo.
Crime progressivo
1. Ocorre o crime progressivo quando o sujeito, para alcançar a produção de um resultado mais grave, passa por outro menos grave. No crime de homicídio, por exemplo, antes da produção do resultado morte há a lesão ou lesões à integridade física da vítima.
Delito putativo
Conceito
1. Ocorre o delito putativo (ou imaginário, ou erroneamente suposto) quando o agente considera erroneamente que a conduta realizada por ele constitui crime, quando, na verdade, é um fato atípico.
Hipóteses
1. Delito putativo por erro de proibição: Ocorre o crime putativo por erro de proibição quando o agente supõe violar uma norma penal que na verdade não existe.
2. Delito putativo por erro de tipo: a errônea suposição do agente não recai sobre a norma, mas sobre os elementos do crime. 
3. Flagrante provocado: Ocorre quando alguém, de forma insidiosa, provoca o agente à prática de um crime, ao mesmo tempo que toma providências para que ele não se consuma. Se ocorrer a efetiva lesão ou ameaça ao bem jurídico, haverá crime autêntico, podendo, inclusive, o próprio agente provocador responder como partícipe ou coautor. Nota: A Súmula 145 do Supremo Tribunal Federal trata do delito putativo por obra de agente provocador: “Não há crime quando a preparação do flagrante pela Polícia torna impossível a sua consumação”.
Crime de flagrante esperado
1. Ocorre quando, por exemplo, o indivíduo sabe que vai ser vítima de um delito e avisa a Polícia, que põe seus agentes de sentinela, os quais apanham o autor no momento da prática ilícita. Não se trata de crime putativo, pois não há provocação, o que difere o caso da hipótese anterior.
2. Em tal caso, se se trata de crime formal ou de perigo, este se integra em todos os elementos de sua definição legal; se se trata de crime material, haverá apenas tentativa.
Crime impossível
1. Art. 17 do CP. Será tema de estudo particular.
Crime consumado e tentado
1. Consumado: diz-se o crime consumado quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal (art. 14, I). Lembre-se que já foi estudado requisitos,elementares e circunstâncias do crime.
2. Tentado: diz-se tentado quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente (art. 14, II).
Crime falho
1. É a denominação que se dá à tentativa perfeita ou acabada, em que o sujeito faz tudo quanto está ao seu alcance para consumar o crime, mas o resultado não ocorre por circunstâncias alheias à sua vontade.
Crimes unissubsistentes e plurissubsistentes
1. Crime unissubsistente: é o que se realiza com um só ato. Ex.: injúria verbal (art. 140). É importante dizer que a distinção não se faz tendo em vista o crime abstrato, mas sim em face do caso concreto. A injúria por escrito, por exemplo, pode ser cindida em fases.
2. Crime plurissubsistente: é o que se perfaz com vários atos. Ex.: estelionato (art. 171).
Crimes de dupla subjetividade passiva
1. São crimes que tem, em razão do tipo, dois sujeitos passivos. Ex.: violação de correspondência (art. 151).
Crime exaurido
1. É aquele que depois de consumado, atinge suas últimas consequências. 
Crimes de concurso necessário
1. Conceito: crimes que exigem mais de um sujeito. 
2. Crimes coletivos ou plurissubjetivos são os que têm como elementar o concurso de várias pessoas para um fim único, como a associação criminosa – atual denominação do delito de quadrilha ou bando (art. 288). 
3. Crimes bilaterais ou de encontro são os que exigem o concurso de duas pessoas, mesmo que uma não seja culpável, como a bigamia (art. 235).
Crimes dolosos, culposos e preterdolosos (ou preterintencionais)
1. Crime doloso: quando o sujeito quer, ou assume o risco de produzir um resultado.
2. Crime culposo: o crime é culposo quando o sujeito dá causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia (art. 18, II). 
3. Crime preterdoloso: o crime preterdoloso ou preterintencional é aquele em que a ação causa um resultado mais grave que o pretendido pelo agente.
Crimes simples, privilegiados ou qualificados
1. Crime simples: crime simples é o descrito em sua forma fundamental.
2. Crime privilegiado: o legislador, às vezes, após a descrição fundamental do crime, acrescenta ao tipo determinadas circunstâncias de natureza objetiva ou subjetiva, com função de diminuição da pena. Diz-se então que o crime é privilegiado. 
3. Crime qualificado: quando o legislador, depois de descrever a figura típica fundamental, agrega circunstâncias que aumentam a pena. 
4. Os crimes podem ser qualificados pelo resultado, nesses casos são preterintencionais (ou preterdolosos). O delito-base é punido a título de dolo; o resultado qualificador, a título de culpa.
5. Há diferença entre crime qualificado pelo resultado e delito preterintencional? Entre nós não há diferença, ressalvando que há crimes qualificados pelo resultado que não são preterdolosos. 
Crimes subsidiários
1. A norma principal exclui a aplicação da secundária.
Crimes vagos
1. Crimes vagos são os que têm por sujeito passivo entidades sem personalidade jurídica, como a família, o público ou a sociedade. Ex.: ato obsceno (CP, art. 233).
Crimes de mera suspeita
1. A mera suspeita não pode levar a punição. Os crimes de mera suspeita não são admitidos pela maioria da doutrina. 
Crimes comuns e políticos
1. Conceito: rimes comuns são os que lesam bens jurídicos do cidadão, da família ou da sociedade, enquanto os políticos atacam a segurança interna ou externa do Estado, ou a sua própria personalidade.
2. Critérios de distinção entre crimes políticos e crimes comuns:
· Critério objetivo: há delito político quando o crime lesa ou ameaça o ordenamento jurídico do país.
· Critério subjetivo: o que importa é o motivo que leva o agente a cometer o fato. Se há motivo de natureza política, existe crime político. Em caso contrário, o crime é comum. 
3. Crimes políticos, classificação:
· Crimes políticos próprios: os que ofendem a organização política do Estado;
· Crimes políticos impróprios: os que ofendem um interesse político do cidadão.
Crime multitudinário
1. É o praticado por uma multidão em tumulto. Constitui circunstância atenuante (art. 65. III, e).
Crimes de opinião
1. Consistem em abuso da liberdade de pensamento, seja pela palavra, seja pela imprensa. A conduta aqui recai sobre os delitos contra a honra.
Crimes de ação múltipla ou de conteúdo variado
1. São crimes em que o tipo faz referência a várias modalidades da ação. Ex.: art. 122, em que os verbos são “induzir”, “instigar” ou “prestar” auxílio ao suicídio ou à automutilação.
Crimes de forma livre e de forma vinculada
1. Crimes de forma livre: são os que podem ser cometidos por meio de qualquer comportamento que cause determinado resultado. Ex.: homicídio.
2. Crimes e forma vinculada: aqueles em que a lei descreve a atividade de modo particularizado.
· Cumulativa: quando o crime prevê várias ações do sujeito.
· Alternativa: quando o tipo prevê mais de um núcleo, empregando a disjuntiva “ou”.
Crimes de ação penal pública e crimes de ação penal privada
1. Crimes de ação penal privada é quando procedimento penal se inicia mediante queixa do ofendido. A ação é penal privada quando a lei expressamente o declara. Ex.: fraude à execução (Art. 179, parágrafo único).
2. Crimes de ação penal pública: o procedimento penal se inicial mediante denúncia do órgão do Ministério Público. Quando a lei silencia, o crime é de ação penal pública. Os crimes de ação penal pública podem ser:
· De ação penal pública condicionada: se condicionada a representação do ofendido (ex.: art. 147, parágrafo único) ou de requisição do Ministro da Justiça (ex.: art. 7°, §3°, b).
· De ação penal pública incondicionada: a iniciativa do Ministério Público não se condiciona à manifestação de vontade de qualquer pessoa. Ex. homicídio. 
Crime habitual e profissional
1. Crime habitual é a reiteração da mesma conduta reprovável, de forma a constituir um estilo ou hábito de vida. Ex.: curandeirismo (art. 284). Difere do crime continuado, neste cada uma das ações constitui crime; no crime habitual, as ações consideradas em separados não constituem delitos. 
2. Crime profissional: quando o indivíduo pratica as ações com a intenção de lucro fala-se em crime profissional. Ex.: rufianismo (art. 230).
Crimes conexos
1. A conexão pode ser:
· Teleológica ou ideológica: quando o crime é praticado para assegurar a execução de outro.
· Consequencial ou causal: quando um crime é cometido para assegurar a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro. 
· Ocasional: quando um crime é cometido por ocasião da prática de outro. Ex.: subtração de joias da vítima estuprada. Trata-se de concurso de delitos.
2. Ocultação x impunidade. Ocultação: impossibilitar o conhecimento do fato criminoso; Impunidade: impossibilitar o conhecimento do agente que praticou o crime. 
Crime de ímpeto
1. É aquele em que a vontade delituosa é repentina. homicídio cometido sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima (art. 121, § 1°, 3ª figura).
Crimes funcionais
1. Conceito: são crimes próprios que só podem ser praticados por pessoas que exercem funções públicas. 
2. Crimes funcionais próprios: a ausência da qualidade de funcionário público causa uma atipicidade absoluta. Ex.: prevaricação.
3. Crimes funcionais impróprios: a ausência opera uma atipicidade relativa (a conduta recai sobre crime comum). Ex.: peculato. 
Crimes a distância e plurilocais
1. Delitos de espaço mínimo: é o caso do homicídio, cuja morte é instantânea. 
2. Delito a distância (ou de espaço máximo): quando a conduta ocorre num país e o resultado noutro. 
3. Delito plurilocal: aquele que, dentro de um mesmo país, tem a conduta realizada num local e a produção do resultado noutro.
Delito de referência
1. É a denominação dada por Maurach ao fato de o sujeito não denunciar um crime conhecido quando iminente ou em grau de realização, mas ainda não concluído, questão que será analisada no concurso de agentes.
Delitos de tendência
1. São crimes que condicionam sua existência a intenção do sujeito. Ex.: somente a verificaçãoda ocorrência de intenção lasciva permite discernir se o toque nas partes genitais de uma criança constitui ou não comportamento antijurídico.
Delitos de impressão
1. Causam determinado estado anímico na vítima. Dividem-se em: a) delitos de inteligência: os que se realizam com o engano, como o estelionato; b) delitos de sentimento: incidem sobre as faculdades emocionais, como a injúria; c) delitos de vontade: incidem sobre a vontade, como o constrangimento ilegal.
Crimes de simples desobediência
1. A simples desobediência ao comando geral, advinda da prática do fato, enseja a presunção do perigo de dano ao bem jurídico. Ex.: crime do art. 268 do CP (infração de medida sanitária preventiva).
Crimes pluriofensivos
1. São os que lesam ou expõem a perigo de dano mais de um bem jurídico. Ex.: latrocínio (CP, art. 157, § 3°).
Crimes falimentares
1. Os delitos falimentares – previstos na Lei n. 11.101/2005 – podem ser: 1º) próprios: os que só podem ser cometidos pelo devedor ou falido, ressalvada a hipótese de participação de terceiro; 2º) impróprios: os que só podem ser cometidos por pessoa diversa do devedor ou falido, tendo o fato relação com a falência; 3º) antefalimentares: praticados antes da quebra; 4°) pós-falimentares: cometidos depois da declaração da falência.
Crimes a prazo
1. Ocorre nas hipóteses em que a qualificadora depende de determinado lapso de tempo. Exs.: CP, arts. 129, § 1º
Crime gratuito
1. É o delito praticado sem motivo.
Delito de circulação
1. É o crime praticado por intermédio do automóvel.
Delito transeunte e não transeunte
1. Crime transeunte é o que não deixa vestígios; não transeunte, o que deixa.
Crime de atentado ou de empreendimento
1. É o delito em que o legislador prevê à tentativa a mesma pena do crime consumado, sem atenuação. Exs.: CP, arts. 352 e 358.
Crime em trânsito
1. É aquele em que o sujeito desenvolve a atividade em um país sem atingir qualquer bem jurídico de seus cidadãos. Ex.: uma carta injuriosa que, enviada de Paris para Buenos Aires, passa pelo nosso território.
Crimes internacionais
1. São os referidos no art. 7º, II, a, do CP como tráfico de pessoas.
Quase crime
1. Ocorre o denominado quase crime nas hipóteses dos arts. 17 e 31 do CP, respectivamente, crime impossível e participação impunível.
Crimes de tipo fechado e de tipo aberto
1. Delitos de tipo fechado: São aqueles que apresentam a definição completa, como o homicídio.
2. Delitos do tipo aberto: O mandamento proibitivo não observado pelo sujeito não surge de forma clara, necessitando ser pesquisado pelo julgador no caso concreto. 
· Delitos culposos: neles, é preciso estabelecer qual o cuidado objetivo necessário descumprido pelo sujeito;
· Crimes omissivos impróprios: dependem do descumprimento do dever jurídico de agir
· Delitos cuja descrição apresenta elementos normativos (“sem justa causa”, “indevidamente”, “sem as formalidades legais” etc.). Ou seja, é preciso investigar: o agente agiu indevidamente? Agiu sem justa causa?
Tentativa branca
1. Ocorre quando o objeto material não sofre lesão. 
Crimes consunto e consuntivo
1. É a denominação que recebem os delitos, no conflito aparente de normas, quando aplicável o princípio da consunção. Crime consunto é o absorvido; consuntivo, o que absorve.
Nota: também existem os crimes de responsabilidade, estudado em direito constitucional; e crimes hediondos estudado na legislação especial. 
Referências: 
JESUS, Damásio de. Parte geral – arts. 1 ao 120 do CP. Vol 1. Atualizador: André Estefam. 37 ed. – São Paulo: Saraiva Educação, 2020.

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