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António Manuel Ramueia Modelagem Matemática como Ferramenta para uma Educação Significativa e Crítica: Uma Análise do Salário Mínimo de Moçambique – Caso de estudo no Instituto Médio Politécnico Armando Guebuza – Chigodole Licenciatura em Ensino de Matemática Universidade Púnguè Chimoio 2022 António Manuel Ramueia Modelagem Matemática como Ferramenta para uma Educação Significativa e Crítica: Uma Análise do Salário Mínimo de Moçambique – Caso de estudo no Instituto Médio Politécnico Armando Guebuza – Chigodole Monografia apresentada à Direcção do Curso de Matemática, Faculdade de Ciências Exactas e Tecnológicas - Sede, para a obtenção do grau académico de Licenciatura em Ensino de Matemática com habilitações em Estatística. Supervisor: Msc. Manuel João Castigo Universidade Púnguè Chimoio 2022 Índice Listas de tabela, gráfico e figuras .............................................................................................. V Declaração .............................................................................................................................. VII Dedicatória............................................................................................................................. VIII Agradecimentos ........................................................................................................................ IX Resumo ...................................................................................................................................... X Abstract ..................................................................................................................................... XI CAPÍTULO I. ........................................................................................................................... 12 1.0. Introdução .......................................................................................................................... 12 1.1. Tema: ................................................................................................................................. 13 1.2. Delimitação do tema ......................................................................................................... 13 1.3. Justificativa ........................................................................................................................ 13 1.4. Enquadramento do tema .................................................................................................... 14 1.5. Problematização................................................................................................................. 14 1.6. Hipóteses ........................................................................................................................... 15 1.7.0. Objetivos ......................................................................................................................... 15 1.7.1. Objetivo Geral ................................................................................................................ 15 1.7.2. Objetivos Específicos ..................................................................................................... 15 CAPÍTULO II. .......................................................................................................................... 16 2.0. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .................................................................................... 16 2.1.0. Modelagem Matemática ................................................................................................. 16 2.1.1. Modelagem Matemática no Ensino ................................................................................ 17 2.2.0. Educação Matemática Crítica ........................................................................................ 18 2.3.0. Salario mínimo em Moçambique ................................................................................... 19 CAPÍTULO III. ........................................................................................................................ 24 3.0. METODOLOGIA .............................................................................................................. 24 3.1.0. Tipo de pesquisa ............................................................................................................. 24 3.1.1. Quanto aos Objectivos .................................................................................................... 24 3.1.2. Quanto a abordagem ....................................................................................................... 24 3.1.3. Quanto aos procedimentos ............................................................................................. 25 3.2. Tratamento de dados .......................................................................................................... 25 3.3.0. Técnica de Recolha de Dados ......................................................................................... 25 3.3.1. Observação directa ......................................................................................................... 25 3.3.2. Questionário ................................................................................................................... 25 3.4.0. População e Amostra ...................................................................................................... 26 3.4.1. População ....................................................................................................................... 26 3.4.2. Tipo de amostragem ....................................................................................................... 26 3.5. Discrição dos Procedimentos da Propostas de Atividade .................................................. 26 CAPITULO IV. ........................................................................................................................ 38 4.0. TRABALHO DO CAMPO .............................................................................................. 38 4.1.0. Caracterização da Instituto onde decorreu a pesquisa .................................................... 38 4.2. Descrição do experimento ................................................................................................. 38 4.3. Questionário inicial ........................................................................................................... 39 4.4. Instalação do Software Microsoft Oficie 2016 nos Computadores ................................... 39 4.5. Execução da proposta de actividade .................................................................................. 40 4.6. Questionário final .............................................................................................................. 41 CAPITULO V. ......................................................................................................................... 42 5.0. ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS ................................................. 42 5.1. Analise e discussão dos resultados .................................................................................... 42 5.1.1. Análise dos resultados do questionário inicial ............................................................... 42 5.1.2. Análise dos resultados do questionário final .................................................................. 44 5.2. Discussão dos resultados ................................................................................................... 46 CAPITULO VI. ........................................................................................................................ 47 6.0. Conclusão ..........................................................................................................................47 6.1. Limitações ......................................................................................................................... 47 6.2. Sugestões ........................................................................................................................... 47 REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 49 APÊNDICES E ANEXOS ....................................................................................................... 51 V Listas de tabela, gráfico e figuras Tabela 1 - Cabaz actualizado de produtos básicos, Março de 2008 ..................................................... 21 Tabela 2 - Evolução salarial 1987 – 2021, elaborada autor pelo .......................................................... 23 Tabela 3 - Ilustração de valores de salario mínimo dos anos 1987-2014 tabelados. ............................ 29 Tabela 4 - Comparação dos valores reais do salário mínimo entre os valores projetados ................... 36 Tabela 5 - horário de aulas do período da manhã ................................................................................. 38 Tabela 6 - Análise dos resultados do questionário inicial .................................................................... 43 Tabela 7 - Análise dos resultados do questionário final ....................................................................... 45 Gráfico 1 - Ilustração clara da Linha de Tendência, Equação no gráfico e valor de R-quadrado no gráfico ............................................................................................................................................................... 33 Gráfico 2 - Média percentual da avaliação do ensino de Matemática nas salas de aulas ..................... 43 Gráfico 3 - Média percentual da avaliação do ensino de Matemática nas salas de aulas ..................... 44 Gráfico 4 - Média percentual da avaliação da abordagem proposta ..................................................... 45 Figura 1 - Diagrama simplificado do processo de Modelagem Matemática (BASSANEZI, et.al, 2014) ............................................................................................................................................................... 16 Figura 2 - Ilustração de planilha de previsão no Microsoft Excel 2016. .............................................. 29 Figura 3 - Ilustração do gráfico de previsão no dos dados do salario mínimo. .................................... 30 Figura 4 - Criação da "Linha de Tendência" ........................................................................................ 31 Figura 5 - Escolha da "Linha de Tendência". ....................................................................................... 31 Figura 6 - Edição da Linha de Tendência. Escolhendo linha "Linear", "Exibir Equação no gráfico" e "Exibir valor de R-quadrado no gráfico" .............................................................................................. 32 Figura 7 - Ilustração da Linha de Tendência, “Exibir Equação no gráfico” e “Exibir valor de R-quadrado no gráfico”. ............................................................................................................................................ 33 Figura 8 - Retratos da projeção do valor do Salário Mínimo, através da equação polinomial............. 35 Figura 9 - O pesquisador instalando o Microsoft office 2016 nos computados da sala de informática 40 Figura 10 - O pesquisador orientando a aula da proposta de actividade .............................................. 41 Figura 11 - Imagens que retratam a estadia do autor em trabalho de Campo. ..................................... 52 Figura 12 - Algumas evidencias dos questionários respondidos pelos inquiridos ............................... 52 file:///G:/VERSAO%20FINAL%20RAMUEIA%20-%20Monografia%20versao%204%20-24-111111111111.docx%23_Toc97805227 file:///G:/VERSAO%20FINAL%20RAMUEIA%20-%20Monografia%20versao%204%20-24-111111111111.docx%23_Toc97805229 file:///G:/VERSAO%20FINAL%20RAMUEIA%20-%20Monografia%20versao%204%20-24-111111111111.docx%23_Toc97805235 file:///G:/VERSAO%20FINAL%20RAMUEIA%20-%20Monografia%20versao%204%20-24-111111111111.docx%23_Toc97805236 file:///G:/VERSAO%20FINAL%20RAMUEIA%20-%20Monografia%20versao%204%20-24-111111111111.docx%23_Toc97805241 file:///G:/VERSAO%20FINAL%20RAMUEIA%20-%20Monografia%20versao%204%20-24-111111111111.docx%23_Toc97805242 file:///G:/VERSAO%20FINAL%20RAMUEIA%20-%20Monografia%20versao%204%20-24-111111111111.docx%23_Toc97805243 file:///G:/VERSAO%20FINAL%20RAMUEIA%20-%20Monografia%20versao%204%20-24-111111111111.docx%23_Toc97805243 file:///G:/VERSAO%20FINAL%20RAMUEIA%20-%20Monografia%20versao%204%20-24-111111111111.docx%23_Toc97805244 file:///G:/VERSAO%20FINAL%20RAMUEIA%20-%20Monografia%20versao%204%20-24-111111111111.docx%23_Toc97805244 file:///G:/VERSAO%20FINAL%20RAMUEIA%20-%20Monografia%20versao%204%20-24-111111111111.docx%23_Toc97805245 file:///G:/VERSAO%20FINAL%20RAMUEIA%20-%20Monografia%20versao%204%20-24-111111111111.docx%23_Toc97805248 file:///G:/VERSAO%20FINAL%20RAMUEIA%20-%20Monografia%20versao%204%20-24-111111111111.docx%23_Toc97805249 VI Listas de abreviatura OIT – Organização Internacional dos Trabalhadores PIB – Produto Interno Bruto Mt – Meticais EM – Edução Matemática EC – Educação Crítica TIC’s – Tecnologias de Informação e Comunicação LEM 2017– Licenciatura em Ensino de Matemática Turma de 2017 PEA – Processo de Ensino e Aprendizagem; INDE – Instituto Nacional de Educação VII Declaração Declaro que esta Monografia é resultado da minha investigação pessoal e das orientações do meu supervisor, o seu conteúdo é original e todas as fontes consultadas estão devidamente mencionadas no texto, nas notas e na bibliografia final. Declaro ainda que este trabalho não foi apresentado em nenhuma instituição para a obtenção de qualquer grau académico. Chimoio, _____ de Março de 2022 _______________________________________________ /António Manuel Ramueia/ VIII Dedicatória Dedico o presente trabalho aas minhas duas maiores e dolorosas perdas que teve no percurso desta formação (meu pai Ramueia e minha sobrinha Ivone), que embora tenham me deixado no meio da minha formação académica, sempre confiaram em mim, ajudaram-me, e colocava fé até aos seus últimos dias, acredito que lá de cima estejam felizes por mais uma conquista do seu único filho masculino e tio respetivamente que as suas almas descansem em paz!; Também dedico a minha mãe Flora, que sempre me apoia em profundas orações e me motiva em seguir em frente; aos meus filhos, que tiveram que sacrificar suas vontades por seu pai; as minhas irmãs Jacinta, Matilde, Maria, Judite; Inês pelo suporte nesta careira académica. IX Agradecimentos Em primeiro lugar agradeço a Deus que mi cuida dia pós dia mesmo que os meus erros me tirem essa dignidade; agradeço ao meu irmão Jamal pelo seu apoio durante a minha estadia no Chimoio; aos colegas da turma LEM2017, Betenia, Faizal, Luís, Delson e mais outros que sempre no estudo em grupo fizeram presente e aos docentes do curso de Matemática principalmente ao meu supervisor Msc Manuel João Castigo pela sua modalidade de demonstrar interesse em apoiar o meu trabalho de obtenção de grau académico de Licenciatura em Ensino de Matemática. X Resumo A presente monografia relata sobre os resultados de uma pesquisa que foi concebida com objectivo principal de analisar a contribuição do Ensino da Modelagem Matemática na Educação Significativa e Crítica no Contexto Social dos Estudantes. Ela foi desenvolvida a partir de uma população constituída por 25 estudantes, dos quais 14 homens e 11 mulheres. Quanto à metodologia, no que diz respeito à forma de abordagem, levou-se a cabouma pesquisa quantitativa e qualitativa. Usaram- se como instrumentos de recolha de dados, a observação directa pelo pesquisador e questionários, e como técnicas de análise de dados foram usados meios estatísticos, com destaque às percentagens, que ajudaram para a descrição e interpretação dos dados das tabelas e gráficos. Os resultados mostraram que com o Ensino da Modelagem Matemática, embala uma Educação mais significativa, que liberta na mente do estudante o pensamento Crítico, culminando na visualização da matemática no Contexto Social do estudante. Palavras-chave: Modelagem Matemática, Salário mínimo, Educação Significativa e Crítica. XI Abstract The present monograph reports on the results of a research that was conceived with the main objective of Analyzing the contribution of the Teaching of Mathematical Modeling in Meaningful and Critical Education in the Social Context of Students. It was developed from a population consisting of 25 students, of which 14 men and 11 women. As for the methodology, regarding the form of approach, a quantitative and qualitative research was carried out. It was used as instruments of data collection, direct observation by the researcher and questionnaires, and as techniques of data analysis statistical means were used, with emphasis on percentages, which helped for the description and interpretation of data in tables and graphs. The results showed that with the Teaching of Mathematical Modeling, it packs a more Meaningful Education, which releases in the student's mind the Critical thinking, culminating in the visualization of mathematics in the Social Context of the student. Key word: Mathematical Modeling, Minimum Wage, Significant and Critical Education. 12 CAPÍTULO I. 1.0. Introdução Nos dias de hoje, debate-se a toda ocasião sobre a necessidade de um melhor salário mínimo, que assegure com que este direito social possa oferecer uma qualidade de vida digna aos trabalhadores. Assuntos sociais como esse, atualmente estão ganhando maior atenção, na confrontação dos vencimentos em relação a demanda da vida actual, o que consequentemente desagua em questões ético-políticas. Aos protagonistas destes debates, destacam-se mais a camada jovem-estudantil, na ansiedade de viver um futuro próximo melhorado, quando relacionam vencimento com a demanda da vida, gerando assim, pensamentos críticos em torno desta questão social, que sinalizam posicionamentos e relevância de se estudar questões sociais, como a ética em ambientes escolares. Contudo, é verificada uma desordem entre o que está disposto nos documentos e o praticado nas rotinas habituais pedagógicas. Nisso, olhando para as disciplinas do ensino geral e achando o vínculo com esta questão social (salario mínimo), destaca-se mais a Matemática. SKOVSMOSE (1999) afirma que a matemática pode assumir um papel de instrumento para uma análise crítica de informações, na qual os alunos abordam os problemas sociais do cotidiano, de uma maneira crítica e com o cuidado necessário, sendo capaz de opinar e interceder por sua realidade. A Educação Matemática Crítica se torna real, esclarecedora e motivadora, propagando a busca por uma conscientização em relação a questões sociais de um modo crítico e consciente. Desse modo, sinalizar a matemática neste instante é como sinalizá- lo com a importância do seu papel social, confrontando o seu poder formatador em toda a sociedade. Neste trabalho de conclusão (monografia), trás a conectividade entre a matemática e a compressão da questão social (salario mínimo), no âmbito crítico através da ferramenta modelagem matemática, com objetivo de conduzir os estudantes a compreender que, com o amparo da matemática, é possível esclarecer questões sociais à uma realidade existente, pretendendo então colaborar para a motivação dos estudantes, formando um sujeito protagonista de suas escolhas para seus posicionamentos. 13 Neste caso, o trabalho apresenta seis (6) capítulos nomeadamente: primeiro capítulo que compõe a parte introdutória que por sua vez faz uma apresentação do trabalho, segundo capítulo que apresenta o desenvolvimento teórico sobre o tema, o terceiro capítulo que retratará aspectos metodológicos e toda a proposta de atividade a fim de assinalar alguns pontos presentes no quadro teórico, o quarto capitulo que abordará contextos de trabalho do campo, o quinto capitulo que descrevera a analise e interpretação de resultados e por fim o sexto capitulo que retrata aspectos pois-textual. 1.1. Tema: Modelagem Matemática como Ferramenta para uma Educação Significativa e Crítica: Uma Análise do Salário Mínimo em Moçambique – Caso de estudo no Instituto Politécnico Armando Guebuza 1.2. Delimitação do tema LAKATO & MARCONI (1999) explicam que delimitar uma pesquisa é estabelecer limites para a investigação. A limitação da pesquisa pode ser em relação ao especto, à extensão e a uma série de outros factores. Este trabalho foi realizado na província de Manica, concretamente no Instituto Médio Politécnico Armando Guebuza, localiza no distrito de Vanduze na Localidade de Chigodole à 38 km da cidade de Chimoio. 1.3. Justificativa O interesse pelo tema do estudo surgiu a partir do desejo de querer apresentar aos Estudantes, a possibilidade de enxergarem a matemática em questões sociais, e também aspectos que tange a criação de pensamento crítico, que é um dos maiores objetivos da Educação. Assim, a ideia desaguou-se em trazer a modelagem matemática para que os estudantes visualizem a matemática em questões sociais (a matemática no seu dia-a-dia) para uma educação significativa. Relativo ao salário mínimo, traz-se uma análise crítica para uma discussão livre, fornecendo a liberdade de opinião aos estudantes, satisfazendo assim a criação de pensamento crítico servindo de incentivo para novas pesquisas a respeito. 14 1.4. Enquadramento do tema Este tema enquadra-se na linha de pesquisa científica da disciplina Introdução a Informática (Competências: Uso dos aplicativos do MS Office. Habilidades no uso das TIC’s), e na Econometria Aplicada (Competências: estabelecer a relação entre as teorias económicas e os modelos de séries temporais; modelar dados com base nos vários métodos de modelação de séries temporais e avaliar a validade da modelação; elaborar relatório analítico sobre modelação de séries temporais) 1.5. Problematização Na educação escolar, ainda é notório propostas de um ensino tradicional, no qual o docente expõe um determinado conteúdo em que os discentes precisam reproduzi-los, de forma totalmente teórica e conteudista sem nenhuma relação com a realidade dos estudantes. Esta educação traz um maior enfoque a um ensino mecanizado e condicionado, para a preparação dos discentes a realizarem determinadas provas para a aprovação daquela avaliação específica, podendo então, denominar possivelmente um ensino com poucos significados e descontextualizado. De acordo com (MILENA 2020), “na disciplina de matemática, as orientações de especialistas, indicam ser necessário trabalhar os conteúdos de forma contextualizada, de modo que favoreça o aluno/estudante a aplicar seus conceitos em seu contexto social”, mas, muitos professores sentem dificuldades de executar esse trabalho, mesmo com noção do seu papel no dever de criar o homem novo, como (FREIRE, 2009) diz “… uma educação que levasse o homem a uma nova postura diante dos problemas de seu tempo e de seu espaço”, na qual (SKOVSMOSE, 2001) aponta como educação crítica. Perante esta situação que deixa uma lacuna naquilo que são os objectivos educativos no ensino e aprendizagem de matemática coloca-se a seguinte questão de pesquisa: Que aspectos da matemática contribuem para uma educação significativa e crítica no contexto social dos estudantes? 15 1.6. Hipóteses A criação de modelos matemáticospode satisfazer a educação significativa e crítica no contexto social dos estudantes; A análise do Salário Mínimo por ser um contexto social, pode satisfazer educação significativa e crítica aos estudantes. 1.7.0. Objetivos Segundo PILETTI (2003), objectivo “é a descrição clara do que se pretende alcançar como resultado da actividade. 1.7.1. Objetivo Geral Analisar o Ensino por meio da Modelagem Matemática à Educação Significativa e Crítica no Contexto Social dos Estudantes 1.7.2. Objetivos Específicos Destacar o Salario Mínimo no Contexto Social dos Estudantes; Elaborar uma sequencia de actividades na análise do Salario Mínimo aos Estudantes; Executar a sequência de actividades na criação de Modelo Matemático do salario mínimo aos Estudantes; Questionar aos estudantes sobre a abordagem a ser executada na sequência de actividades. 16 CAPÍTULO II. 2.0. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1.0. Modelagem Matemática O processo de modelagem matemática é tão antigo quanto a própria matemática, dando origem a Matemática Aplicada. Grande parte da matemática se desenvolve na tentativa de se resolver algum tipo de situação-problema. Importa referir que a situação-problema não precisa ser necessariamente de cunho científico. O problema matemático pode então ser resolvido utilizando quaisquer técnicas conhecidas para se obter uma solução matemática. Esta solução é assim, interpretada e traduzida em termos reais. Para perceber-se claramente este termo, começar-se-á por esclarecer-se oque é um modelo matemático, para depois mergulhar-se no termo em questão. A ideia de modelo matemático, segundo FILHO (2008), “vem sendo amplamente usada por engenheiros, físicos, estatísticos e economistas desde 1940”. Um modelo matemático pode ser considerado como uma simplificação ou abstração de um (complexo) problema-situação de mundo real numa forma matemática, convertendo, assim, o problema real em um problema matemático. Com isso, GOMES (2002) afirmara que Modelagem é o processo de criação de modelos onde estão definidas as estratégias de ação sobre a realidade, carregada de interpretações e subjetividades própria de cada modelador. A modelagem matemática, consiste na arte de transformar problemas da realidade em problemas matemáticos e resolvê-los, interpretando suas soluções na linguagem do mundo real. Figura 1 - Diagrama simplificado do processo de Modelagem Matemática (BASSANEZI, et.al, 2014) Situação/ Problema do Mundo Real Problema Matemático Abstrato Solução do Problema Matemático Abstrato Solução da Situação -- Problema Real 17 Assim, observa-se que o objetivo da modelagem matemática é transformar uma situação dada (real) em linguagem matemática. KLÜBER (2016) explica que no processo da Modelagem Matemática, o matemático tende a não limitar o estudo de tal fenômeno, buscando sempre que possível generalizar a situação, na tentativa de descobrir as possíveis estruturas matemáticas que podem, de certa forma, estarem inseridas dentro do problema. “(…) Como Euler fez com o Problema das Pontes de Konigsberg: modelou a situação e a generalizou, dando início a Teoria dos Grafos. É claro que nem sempre é preciso uma nova teoria matemática para se modelar um problema (KLÜBER, 2016, p.46)”. As vantagens de aplicação da modelagem em termos de pesquisa podem ser constatadas nos avanços obtidos em vários campos como a Física, a Química, a Biologia, a Astrofísica, entre outros. Uma das características mais importantes da modelagem é que pressupõe multidisciplinaridade. E, nesse sentido, vai ao encontro das novas tendências que apontam para a remoção de fronteiras entre as diversas áreas de pesquisa. 2.1.1. Modelagem Matemática no Ensino É notório uma grande desvalorização da educação ultimamente, que se convida o professor à uma intervenção activa, que explicitem mais ainda a importância dos conteúdos matemáticos. Uma das formas disso é utilizando a modelagem que tem como objetivo, mostrar na prática de atividades, situações reais que permite o indivíduo a fazer previsões, tomar decisões e construir opiniões conscientes capazes de influenciar mudanças em seu quotidiano. A modelagem matemática pode ser conhecida como uma tendência da educação matemática, que deve ser usada como estratégia no processo de um ensino e aprendizagem de qualidade, que visa correlacionar estudos realizados dentro das aulas com a realidade do dia-a- dia. COSTA (2016) diz que, a modelagem se diferencia do habitual do ensinamento, impulsionando o aluno a ser o actor principal na formação de sua aprendizagem. BASSANEZI (2002), destaca sobre a necessidade de formular novas técnicas e procedimentos para a melhor eficácia do ensino e aprendizagem, sublinhando a modelagem matemática como um método que é capaz de integrar teoria e prática, ajudando a preparar o sujeito para assumir funções na sociedade. 18 “O objetivo fundamental do “uso” de matemática é de fato extrair a parte essencial da situação-problema e formalizá-la em um contexto abstrato onde o pensamento possa ser absorvido com uma extraordinária economia de linguagem. Desta forma, a matemática pode ser vista como um instrumento intelectual capaz de sintetizar ideias concebidas em situações empíricas que estão quase sempre camufladas num emaranhado de variáveis de menor importância.” (BASSANEZI, 2002, p.18). 2.2.0. Educação Matemática Crítica SKOVSMOSE (2001), traduz a importância de relacionar a Educação Matemática (EM) com a Educação Crítica (EC), duas disciplinas com ideais opostas. A EM tinha como disposição o estruturalismo que decorria da construção do conhecimento através da definição de conteúdo e estruturas, o pragmatismo, que direcionava a matemática para suas aplicações e por último a orientação ao processo, que valoriza o sentido da matemática nos recursos do pensamento que conduzem as convicções matemáticas. Enquanto a EC, se envolve de aspectos políticos como, a luta contra as questões antidemocráticas e contra as diferenças sociais. Portanto, a Educação Matemática Crítica, surge como uma tendência da Educação Matemática a partir da inquietação na busca de uma nova formação educacional, agora crítica, consciente e cidadã. Para SKOVSMOSE (2001), crítica tem a ver com: 1- Uma investigação de condições para a obtenção do conhecimento; 2- uma identificação dos problemas sociais e sua avaliação; 3- uma reação às situações sociais problemáticas. Em outras palavras, o conceito de crítica indica demanda sobre autorreflexões, reflexões e reações. Desse modo, quanto a Educação Crítica, SKOVSMOSE (2001) compreende que a ideia mais geral é: [...] para que a educação, tanto como prática quanto como pesquisa, seja crítica, ela deve discutir condições básicas para a obtenção do conhecimento, deve estar a par dos problemas sociais, das desigualdades, da supressão etc., e deve tentar fazer da educação uma força social progressivamente ativa. Assim, para ser crítica, a educação não pode estar alheia aos problemas sociais, sob o risco de se tornar um mero prolongamento das relações de poder existentes e de perpetuar as desigualdades que prevalecem na sociedade de maneira mais ampla, como, também, nas comunidades locais, em que as escolas estão inseridas e as contradições sociais estão à vista. Não considerar uma Educação Crítica seria aceitar essa situação de 19 opressão, aceitar que não vivemos numa sociedade envolta em uma grave crise social, ou considerar que não é papel da educação a luta pelos direitos e pela humanização dos homens. A maior preocupação da Educação Matemática Crítica são os aspectos políticos da Educação Matemática, tais como: a quais interesses servem os conhecimentos matemáticos e quais as funções e limitações desses conhecimentos para a sociedade. Os pontos principais desse movimento na relaçãopedagógica são: ensino comprometido com as transformações sociais e a construção da cidadania; participação ativa do aluno no processo de ensino e aprendizagem em um contexto de trabalho em grupo, e não individual; busca de uma Matemática significativa para o aluno, vinculando-a à realidade, utilizando, para isto, recursos específicos e um ambiente que propicie o desenvolvimento de sequências metodológicas que levem o aluno a construir seu próprio conhecimento. 2.3.0. Salario mínimo em Moçambique Sobre a fixação do salário mínimo, a Organização Internacional do Trabalho (OIT), defende que a política de salário mínimo deve ter como objectivo essencial, assegurar aos trabalhadores a protecção social necessária no que respeita aos níveis mínimos admissíveis de salários, de modo a garantir ao trabalhador e seu agregado familiar um salário que seja suficiente para a satisfação das necessidades básicas. Nesta contextualização, traz-se os seguintes pontos de observação: Sistema de Fixação de Salário Mínimo em Moçambique; Critérios de determinação do salário mínimo em Moçambique; Critérios para reajustamento salarial em Moçambique e Sistema de Salário Mínimo Por Sector de Actividade. Existem Cinco (5) Sistemas para a Fixação de Salário Mínimo definidos pela OIT, nomeadamente: i) Taxa Única; ii) Salário Mínimo Regional; iii) Salário Mínimo por Sector de Actividade; iv) Salário Mínimo Juvenil e para Adultos; e v) Sistemas Combinados de Salário Mínimo. 20 No caso específico de Moçambique, de 1987 a 2007, o Governo procurou adoptar o sistema de taxa única, o qual pressupunha o estabelecimento de um salário mínimo único em todas as regiões e sectores da economia do país, incluindo a função pública. Para além do facto de haver sectores muito deficitário e débil do ponto de vista de rendimentos para poder suportar os aumentos propostos pelos sindicatos, este sistema distorcia os factores que influenciam na evolução dos salários em cada um dos sectores, como por exemplo: A evolução dos salários na função pública está vinculada à sustentabilidade fiscal, e, para o caso de Moçambique e de outros países em desenvolvimento, às metas são acordadas com os doadores multilaterais1 sobre a percentagem das despesas com salários no orçamento do Estado e no PIB (BRANCO 2004). Em quanto que a evolução do salário no sector privado está condicionada a outros factores como crescimento do sector, rentabilidade do sector e fundamentalmente na produtividade do factor trabalho. Para Critérios de determinação do salário mínimo em Moçambique, existem quatro (4) categorias distintas de definição do salário mínimo, particularmente utilizados nos países em vias de desenvolvimento, a saber: i) Critério que toma em conta as necessidades dos trabalhadores; ii) Critério que considera a capacidade de pagamento das empresas; iii) critério que fixa os salários e rendimentos dos outros sectores da economia; iv) Critério que fixa o salário mínimo considerando os objectivos do desenvolvimento económico Em Moçambique, os sindicatos propõem aos critérios de determinação do salário mínimo tendo em consideração a um cabaz de produtos essências, constituído basicamente por produtos alimentares para sustentar uma família de cinco pessoas, ignorando outras necessidades vitais, apenas para citar alguns exemplos; como a educação, saúde, vestuário, habitação. A tabela 1, ilustra o cabaz básico proposto pelos sindicatos para o ano de 2008, usado na proposta de reajustamento do salário mínimo nacional em 2004, considerando um agregado familiar de cinco pessoas. 1 Organismos que podem ser governos nacionais, organizações não-governamentais ou instituições internacionais e intergovernamentais, que consistem na ajuda Pública ao Desenvolvimento, procurando a promoção dos indicadores de desenvolvimento e direitos humanos no país de destino. 21 Fonte: Fórum de concertação social de fixação do salário mínimo nominal em 2008 Para o reajuste do Salario Mínimo, que reflete na melhoria das condições de vida do trabalhador, o Governo de Moçambique adotou, de 2002 em diante, a seguinte metodologia de reajustamento salarial. 𝑇𝑟 = [(1 + 𝑇𝑖𝑚) × (1 + 1 2⁄ 𝑃𝐵) − 1)) × ∆𝑋 Onde: Tr = Taxa de Reajustamento Tim = Taxa de inflação média do ano anterior PIB = PIB per-capita do ano anterior ∆𝑋 = Factor negocial A inflação é um indicador que mostra a corrosão do poder de compra do salário do trabalhador, enquanto o PIB per-capita reflecte o contributo do trabalhador no rendimento ou riqueza do país e o que pode ser interpretado como admitindo que o crescimento do PIB é 1/2 do contributo do trabalhador, o factor negocial, designado por Delta, é usado como forma de Tabela 1 - Cabaz actualizado de produtos básicos, Março de 2008 22 compensação pelo não uso da taxa de inflação efectiva, ou seja, o Delta tende a alcançar uma taxa de reajustamento salarial que corrija os defeitos do uso da simples taxa de inflação média. Em abril de 2008, O Governo de Moçambique, adoptou o sistema baseado em sectores de actividades económicas. Neste contexto, o Governo aprovou a seguinte classificação: Sector l: Agricultura, Pecuária, Caça e Silvicultura; Sector 2: Pescas; Sector 3: Indústrias de Extracção de Minerais; Sector 4: Industria Transformadora Sector 5: Produção Distribuição de Electricidade, Gás e Agua; Sector 6: Construção; Sector 7: Actividade dos Serviços não Financeiros; Sector 8: Actividades Financeiras; Sector 9: Administração Pública, Defesa e Segurança. Segundo Ministério da Função Pública, 2010 (Qualificadores Profissionais de Carreiras, Categorias e Funções de Direcção, Chefia e Confiança em vigor no aparelho do Estado), o sector 9, agrega Carreiras de Regime Geral com seguintes grupos salariais: GRUPO SALARIAL 12 - Carreira de Especialista GRUPO SALARIAL 11- Carreira de Técnico Superior de Administração Pública N1 GRUPO SALARIAL 10 - Carreira de Técnico Superior de Administração Pública N2 GRUPO SALARIAL 9 - Carreira de Técnico Especializado GRUPO SALARIAL 8 - Carreira de Técnico Profissional de Administração Pública GRUPO SALARIAL 7 - Carreira de Técnico GRUPO SALARIAL 6 - Carreira de Assistente Técnico GRUPO SALARIAL 5 - Carreira de Agente Técnico GRUPO SALARIAL 4 - Carreira de Auxiliar Administrativo GRUPO SALARIAL 3 - Carreira de Operário GRUPO SALARIAL 2 - Carreira de Agente de Serviço 23 GRUPO SALARIAL 1 - Carreira de Auxiliar É de ressaltar que o foco de estudo, é referente ao GRUPO SALARIAL-1 correspondente a Carreira de Auxiliar que o seu conteúdo de trabalho é realizar trabalhos auxiliares de natureza simples e diversificada que não exigem conhecimentos específicos, para além de prestar apoio na realização de tarefas a que seja chamado e realizar tarefas que forem determinadas. Este grupo, teve a seguinte evolução salarial ilustrada na tabela 2. Tabela 2 - Evolução salarial 1987 – 2021, elaborada autor pelo 1987 – 6.750MTn; 1988 –16.00MTn; 1989 –21.50MTn; 1990 – 25.10MTn; 1991– 40.00MTn; 1992 – 58.80MTn; 1993 – 70.60MTn; 1994 – 117.50MTn; 1995 – 218.65MTn; 1996 – 271.126MTn; 1997 – 311.794MTn; 1998 – 353.886MTn 1999 – 235.00MTn; 2000 – 568.98MTn; 2001 – 665.707MTn; 2002 – 812.163MTn; 2003 – 812.163MTn; 2004 – 1,335.610MTn; 2005 – 1,522.595MTn; 2006 –1,522.59MTn; 2007 – 1,645.60MTn; 2008 – 1,826.00MTn; 2009 – 2,082.00MTn; 2010 – 2,269.00MTn; 2011 – 2,134.00MTn; 2012 – 2,598.00MTn; 2013 – 2,699.00MTn; 2014 – 3,002.00MTn; 2015-------------------;2016 – 3,278.00MTn; 2017 – 3,996.00MTn; 2018 – 4,255. 00MTn; 2019 – 4,468.00MTn; 2020-----------------; 2021 – 4,691.00MTn Fonte: Castel-Branco et al - 2004; SDEJT-Mocuba-2021 24 CAPÍTULO III. 3.0. METODOLOGIA Para a efectivação desta pesquisa recorreu-se algumas metodologias de pesquisa que serviram de norteadores. Segundo GERHARDT E SILVEIRA (2009) “metodologia é o estudo do método, ou seja, é o corpo de regras e procedimentos estabelecidos para realizar uma pesquisa, onde serão discutidos o tipo de pesquisa e procedimentos técnico de pesquisa”. 3.1.0. Tipo de pesquisa GIL (1994) define pesquisa como o processo formal e sistemático de desenvolvimento do método científico. O objetivo fundamental da pesquisa é descobrir respostas para problemas mediante o emprego de procedimentos científicos. O presente trabalho é caracterizado como uma pesquisa de natureza Aplicada, pois trás o intuito de produzir conhecimento, para a utilização na prática destinada a soluções de um determinado problema. A pesquisa aplicada interessa-se pela aplicação, utilização e consequências práticas dos conhecimentos (ASSIS, 2009). Destina-se em aplicar os conhecimentos científicos para a solução dos mais variados problemas individuais e coletivos, concretizando-se por meio de ciências aplicadas e tecnológicas. 3.1.1. Quanto aos Objectivos Esta pesquisa teve tendência Exploratória, com o objetivo de proporcionar uma ligação do problema com propósitos de torná-lo explícitos ou construir hipóteses. “As pesquisas exploratórias têm como principal finalidade desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e ideias, assumindo, em geral, a forma de pesquisas bibliográficas e estudos de caso. GIL (1994, p. 27)”. 3.1.2. Quanto a abordagem O presente trabalho monográfico tem uma abordagem a pesquisa quantitativa, pois o objetivo da pesquisa é analisar fenômenos a partir de quantificações, normalmente através de ferramentas estatísticas. OLIVEIRA (2011): “O pesquisador, nesse caso, é apenas um observador, que não pode analisar os dados de forma subjetiva. A função dele é de simplesmente apresentar os resultados, a partir de uma estrutura, como tabelas e gráficos.” 25 3.1.3. Quanto aos procedimentos Os procedimentos técnicos escolhidos para a elaboração da pesquisa, correspondem como bibliográfico com a contribuição de matéria já publicado. GIL (2007) explica que os exemplos mais característicos desse tipo de pesquisa são: investigações sobre ideologias ou pesquisas que se propõem à análise das diversas posições sobre um problema. E experimental., esta que é conceptualizada como sendo: Aqueles que se realiza de forma controlada, com objectivo de descobrir os factores que produzem ou que por ele são produzidos. São geralmente feitas por amostragem, onde se considera que os resultados validos para uma amostra ou conjunto de amostra serão por indução valido também para universo. (LAKATOS 2005:19). 3.2. Tratamento de dados Neste ponto, tem como o tratamento de dados recolhidos, que foram especificamente quantitativos, por sua vez o tratamento quantitativo consistiu no uso da estatística para ajudar na verificação das validades das hipóteses da pesquisa. 3.3.0. Técnica de Recolha de Dados Em função dos objectivos, a pesquisa foi desenvolvida usando as seguintes técnicas de recolha de dados: observação directa, revisão bibliográfica e questionário. Os instrumentos de recolha dados foram: questionário inicial e questionário final. 3.3.1. Observação directa A observação directa como técnica de pesquisa, permitiu ao pesquisador observar e orientar os estudantes durante execução da proposta de actividade na analise de salario mínimo; também analisar a risca as medidas de prevenção da covid-19 e vários aspectos relacionados com a manifestação de diversos comportamentos dos alunos na sala de informática. 3.3.2. Questionário Neste caso, foi elaborado dois questionários (ver no apêndice I e II) dirigido aos estudantes do primeiro ano do curso de Contabilidade no Instituto Médio Politécnico Armando 26 Guebusa, com objectivo de explorar as experiências e as actividades pedagógicas diárias, e saber o ponto de vista no uso da abordagem dada pelo autor. 3.4.0. População e Amostra 3.4.1. População Segundo MARCONI & LAKATO, (2003:223), o universo ou população alvo é definido sendo: “o conjunto de seres animados ou inanimados que apresentam pelo menos uma característica em comum”. Neste contexto, pelo facto de se tratar de um tema transversal, nota-se que a população para esta pesquisa é muto ampla. Para limitar a pesquisa, destacou-se, todos os estudantes do primeiro ano do Instituto Medio Politécnico Aramando Guebusa do regime actual. 3.4.2. Tipo de amostragem Segundo MARCONI & LAKATOS (2003:223) “a amostragem só ocorre quando a pesquisa não é censitária, isto é, não abrange a totalidade dos componentes do universo, surgindo a necessidade de investigar apenas uma parte dessa população”. Para o decurso desta pesquisa, usou-se uma amostragem não probabilística (amostra por Julgamento e conveniência), pois a diretoria ordenara ao professor de informática no qual faria acompanhamento ao pesquisador, que não pudessem estar envolvidos nesta pesquisa, turmas que se encontram em aulas atrasadas pelo facto de o ensino ser modular e com tempo extremamente curto. Então no universo de quatro (4) cursos de primeiro ano (nível 1), conviu- se trabalhar com os estudantes de contabilidade primeiro ano (nível 1), por ser a única turma que estava com aulas adiantadas. 3.5. Discrição dos Procedimentos da Propostas de Atividade O trabalho tem como objetivo expor uma proposta metodológica de uma Modelagem como alternativa para o ensino e aprendizagem da matemática. Para atender o desejo, o trabalho desenvolve uma proposta de oficina que aborda uma questão social. Como já havíamos descrito, o tema em estudo, desdobra-se na evolução do salário mínimo, por este, tratar-se de um assunto de importância social, pois é dela que cobre as mínimas condições de vida dos trabalhadores. 27 “A fixação do salário mínimo deverá ter como objectivo essencial assegurar aos trabalhadores a protecção social necessária no que respeita aos níveis mínimos admissíveis de salários, de modo a assegurar o direito de todos os trabalhadores a um salário mínimo que seja suficiente para cobrir as mínimas condições de vida. (CARLOS & NELSON, 2004, p. 3)” A estrutura proposta, são um conjunto de atividades com etapas sequenciadas, para produzir a averiguação do tema sugerido. Assim, destina-se a abordar todas as etapas projetadas deste trabalho que utiliza o uso da modelagem como instrumento do processo de ensino e aprendizagem da matemática, oferecendo ao estudante, oportunidade de reconhecer e compreender o poder da matemática na sociedade, abordando uma questão social, para então uma análise crítica e reflexiva, acarretando uma nova experiência, considerada mais proveitosa. Logo, BASSANEZI (2015) completa que: O uso da modelagem no processo de ensino-aprendizagem propicia a oportunidade de exercer a criatividade não somente em relação às aplicações das habilidades matemáticas, mas, principalmente, na formulação de problemas originais uma etapa tão estimulante quanto o da resolução (BASSANEZI, 2015, p.12). Em questão do poder da matemática, SKOVSMOSE (2001), retrata que a matemática assume uma função de grande relevância na sociedade, agindo não só de forma caracterizada, mas também de moldar a sociedade. Oque se acredita que dessa condição, o indivíduo que não tenha os conhecimentos matemáticos, a partir desta, surgiriam problemas em escolher e formular as soluções para tomadas de decisões de sinal crítico. Primeiro Passo: Este passo foi referente a apresentação do pesquisador aos estudantes e a esclarecimento das atividadesque ali seriam executadas e a relevância da participação dos estudantes no estudo. Segundo Passo: Neste passo, num sentido de extrair oque os estudantes trazem sobre a matemática, irá se questionar abertamente se os estudantes enxergam a matemática em questões sociais. Dando-os a liberdade para que eles formulem alguma ideia relativa ao assunto. Deste modo, assume-se que começarão a pensar sobre temas sociais e a matemática; 28 Segundo SILVA (2014), “falar em formação básica para a cidadania, significa refletir sobre as condições humanas de sobrevivência, sobre a inserção das pessoas no mundo do trabalho, das relações sociais e da cultura e sobre o desenvolvimento da crítica e do posicionamento diante das questões sociais.” Terceiro Passo: Traz-se com este passo a exposição da problemática abordada. Nisto, destacar-se-ão o texto introdutório sobre o salário mínimo em Moçambique e sua importância para a sociedade, com o caráter de importância social, e sugerir que eles anotem pontos que acharem relevantes durante o percurso do trabalho; Quarto Passo: Nesta exposição, será apresentado aos discentes, os valores do salário mínimo entre os anos de 1987 a 2021. Para tal, haverá necessidade de uma breve explicação de como é feito o cálculo do valor do salário mínimo. É de se esperar que os estudantes compreendam a ideia de que por mais que o real motivo da criação do salário mínimo visa satisfazer a necessidades vitais dos funcionários, não quer dizer que a evolução do salário mínimo ao longo do tempo, responde este real intuito da sua criação. SOUZA & MOREIRA (2005): “embora o critério para o cálculo do salário mínimo tenha sido baseado no atendimento das necessidades essenciais dos trabalhadores, não se pode dizer que ao longo de sua história seu valor tenha sido reajustado de forma a atender este critério”. É de se esperar que os estudantes compreendam a ideia de que, por mais que o real motivo da criação do salário mínimo visa satisfazer a necessidades vitais dos funcionários, não quer dizer que a evolução do salário mínimo ao longo do tempo, responde este real intuito da sua criação. Quinto passo: Ilustrará a tabela criada na ferramenta digital dos dados 1987-2014; Estima-se que a partir desse passo, os estudantes entendam que a relevância da distribuição dos dados em uma tabela, ajuda na exploração e compreensão mais simples do tema sugerido. Deste modo, será possível que os indivíduos sejam capazes de usar métodos similares durante suas trajetórias no cotidiano, quando encontrar-se por acaso com uma situação da atualidade que o for exigido esse posicionamento. 29 Fonte: autor - 2021 Sexto passo: Criação da previsão dos dados do quarto passo Para criação da previsão dos dados estabelecidos na tabela, clica-se em qualquer célula, vai-se para planilha de ferramentas, clicando em dados e vai-se a planilha de previsão, como ilustra as setas da figura 2: Figura 2 - Ilustração de planilha de previsão no Microsoft Excel 2016. Fonte, autor -2021 Tabela 3 - Ilustração de valores de salario mínimo dos anos 1987-2014 tabelados. 30 Assim, estabeleceu-se o gráfico de previsão ilustrado a baixo. A planilha de previsão traz a valores de previsão normal, valores de limite de confiança inferior da previsão, e valores de limite de confiança superior. Figura 3 - Ilustração do gráfico de previsão no dos dados do salario mínimo. Fonte, autor – 2021 Sétimo passo: Criação do modelo pelo meio de linha de tendência A criação de modelo foi feita na escolha independente dos estudantes na melhor reta que se adequa mais aos pontos. Neste instante, é o passo para propor o tratamento das informações, buscando mais compreensão da problemática abordada, e colaborar para a construção de reflexões pertinentes a realidade sugerida, neste caso, o trabalhador Moçambicano. Ao final da secção de escolha, a representação gráfica desses dados de sugestão do autor foi o gráfico de dispersão, que é geralmente utilizado para mostrar relações entre conjuntos de valores. Exibido no Microsoft Excel, de acordo com a figura 4. 31 Clicando em mais opções leva aos dados que pretendesse criar a linha de tendência, na qual é salario mínimo em meticais (mt). De seguida, abre uma janela como ilustra a imagem a esquerda, na qual os estudantes tiveram a liberdade de escolher a linha de tendência na qual havia-se referenciado acima. Figura 5 - Escolha da "Linha de Tendência" Fonte: Elaborado pelo autor – 2021. Figura 4 - Criação da "Linha de Tendência" Fonte: Elaborado pelo autor – 2021 32 Para essa circunstância particular, as opções de escolha da melhor função, foi garantida, acrescentando a opção “Exibir Equação no gráfico” e “Exibir valor de R-quadrado no gráfico”. O R-quadrado exibido no gráfico, é o coeficiente de correlação, estatisticamente é o que mede a relação entre as duas variáveis analisadas, a sua variação fica entre 0 e 1, quanto mais próximo de 1, melhor a função estará ajustada. Até este momento, a pesquisa esta adequadamente estudada, considerando que os estudantes alçassem uma análise mais completa da questão abordada, todavia ainda podendo ser aperfeiçoada. Neste instante, sugeriu-se, a Modelagem Matemática para a caracterização de um exemplar de umas funções na ferramenta digital que está sendo utilizada, com o objetivo de promover uma melhor compreensão da problemática estudada e o alcance de respostas. BASSANEZI (2002), enfatiza a suma importância da utilização da modelagem matemática intitulado um processo que alia a teoria à prática que estimula o indivíduo na busca do entendimento de questões reais do seu cotidiano na procura de artifícios para como agir, compreender ou até mudá-los. Assim, após várias verificações entermos de qual equações satisfaz os nossos dados e em que ordem é melhor aos dados do salario Mínimo meticais, chegou-se a um ponto satisfatório: uma equação polinomial de ordem 5, na qual o R2 foi de 0,9904, e a equação da curva obtida foi: 𝒚 = 𝟎, 𝟎𝟎𝟏𝟓𝒙𝟓 − 𝟎, 𝟏𝟏𝟖𝟖𝒙𝟒 + 𝟑, 𝟑𝟐𝟔𝒙𝟑 − 𝟑𝟒, 𝟎𝟓𝟑𝒙𝟐 + 𝟏𝟒𝟒, 𝟖𝟕𝒙 − 𝟏𝟓𝟏, 𝟖𝟖 Figura 6 - Edição da Linha de Tendência. Escolhendo linha "Linear", "Exibir Equação no gráfico" e "Exibir valor de R-quadrado no gráfico". Fonte: elaborado pelo autor – 2021. 33 Figura 7 - Ilustração da Linha de Tendência, “Exibir Equação no gráfico” e “Exibir valor de R- quadrado no gráfico”. Fonte: elaborado pelo autor – 2021 Gráfico 1 - Ilustração clara da Linha de Tendência, Equação no gráfico e valor de R-quadrado no gráfico. Fonte: elaborado pelo autor – 2021 Com o auxílio desses resultados, cita-se uma fala de BURAK (1962) que diz, “a capacidade humana de pensar, questionar e criar, aliada ao espírito de investigação e da ferramenta matemática já desenvolvida, permitiu o homem explorar seu meio ambiente, modelando-o para melhor conhecê-lo” (BURAK, 1962, p,62). y = 0,0015x5 - 0,1188x4 + 3,326x3 - 34,053x2 + 144,87x - 151,88 R² = 0,9904 0,00 500,00 1 000,00 1 500,00 2 000,00 2 500,00 3 000,00 3 500,00 4 000,00 4 500,00 5 000,00 5 500,00 V A LO R ES D O S A LA R IO M IN IM O ANOS Previsão de 2014 - 2021 Salário min. em MTN Previsão(Salário min. em MTN) Limite de Confiança Inferior(Salário min. em MTN) Limite de Confiança Superior(Salário min. em MTN) Polinomial (Salário min. em MTN) 34 Para terminar este passo, propôs-se a projeção dos valores do salário mínimo até o ano de 2021 com a função eleita (a função polinomial do quito grau), a fim de obter o resultado a partir do “modelo” o comportamento dos valores modelados de 1987 a 2014 e, assim, comparar aos valores reais do salário mínimo dos últimos anos. Sétimo Passo: Propôs-se a projeção dosvalores do salário mínimo para os próximos anos (até 2021), na da linha de tendência que os pontos mais se adequam (a função quadrática) e ainda na ferramenta digital construir uma extensão na tabela já formulado. Neste passo, através do gráfico, a função encontra-se modelada, podem surgir variadas alternativas para a averiguação da problemática estudada. Á partida, respeitará a hipótese da projeção dos valores do salário mínimo dos anos posteriores já disponibilizados. Com o objetivo de conduzir os estudantes a compreender que, com o amparo da matemática, é possível esclarecer questões essenciais a uma realidade existente. Pretende-se então colaborar para a motivação da discente, formando um sujeito protagonista de suas escolhas críticas para seus posicionamentos. Com o propósito de formar e problematizar, projetar os valores do salário mínimo até 2021, conforme a seguinte tendência escolhida: “Linha de Tendência – Polinomial quinta ordem”, importa organizar e referenciar os anos em função de ordem ou posições: 1987 - - 1; 1988 - - 2; 1989 - - 3, até 2014 - - 28. Os anos posteriores serão em função a esta ordem. Assim, verifica-se que na equação modelada: 𝒚 = 𝟎, 𝟎𝟎𝟏𝟓𝒙𝟓 − 𝟎, 𝟏𝟏𝟖𝟖𝒙𝟒 + 𝟑, 𝟑𝟐𝟔𝒙𝟑 − 𝟑𝟒, 𝟎𝟓𝟑𝒙𝟐 + 𝟏𝟒𝟒, 𝟖𝟕𝒙 − 𝟏𝟓𝟏, 𝟖𝟖. O “x” representa o ano que que será representado pela sua ordem ou posição, e o “y” representa o valor do salario mínimo que se pretende saber na ordem ou posição solicitada. Posteriormente, teve-se os seguintes processos: (1) copiar a equação polinomial que reflete a linha de tendência escolhida; (2) colar a equação na célula D30, que atribuiu o ano de 2015 no qual se planeja projetar o valor do salário mínimo; (3) trocar a incógnita “x” pela célula C30, tendo-se a equação = 0,0015*C30^5 - 0,1188*C30^4 + 3,326*C30^3 - 34,053*C30^2 + 144,87*C30 - 151,88; (4) colar a equação na célula D31, que atribui o ano de 2016 no qual se planeja projetar o valor do salário mínimo; (5) trocar a incógnita “x” pela célula C31, tendo-se a equação = 0,0015*C31^5 - 0,1188*C31^4 + 3,326*C31^3 - 34,053*C31^2 + 144,87*C31 - 151,88; (6) o mesmo processo para os próximo anos, 2017, 2018, 2019, 2020 e 2021. Esses processos podem ser observados na figura 8: 35 Figura 8 - Retratos da projeção do valor do Salário Mínimo no ano de 2015 ate 2021, através da equação polinomial. Fonte: elaborado pelo autor – 2021 Oitavo Passo: Analisar e comparar, criticamente as projeções futuras a partir dos padrões matemáticos utilizados e, compará-los com os valores reais aplicados pelo governo, até o ano de 2021, onde foi de sugestão que os estudantes posicionem suas opiniões sobre o tema; Neste momento, dando continuidade aos debates críticos em relação ao tema abordado, oportunou-se a questioná-los a fazerem a comparação da projeção que foi construída com os valores que temos na sociedade dos anos atuais, que são: . 36 Tabela 4 - Comparação dos valores reais do salário mínimo entre os valores projetados Fonte: autor – 2021 Foi objetivado para que os estudantes compreendessem que, durante os anos de 1987 a 2014 havia um crescimento real do salário mínimo e a partir do ano de 2015 isso não prosseguiu, por conta de questões sociais que eles devem se questionar e refletir. A partir deste instante, pressupôs-se que a turma tenha assimilado um conhecimento aceitável sobre a relação matemática com questões sociais. Acredita-se que se tenha tornado claro o grau de importância, quanto cidadãos conscientes, do aprendizado da matemática para questões de relevância social, a partir do entendimento e de reflexões de temas cotidianos essenciais, que na atividade abordada foi o valor do salário mínimo. Dessa forma, levando aos alunos a análise sobre que tipo de indivíduos eles estão se tornando. Colabora ainda MUZZI (2004): Daí a importância de se saber bem a matemática e olhar criticamente suas formas de uso em nossa sociedade. A capacidade de compreender e criticar os argumentos matemáticos empregados nos debates pode potencializar a intervenção das pessoas na tomada de decisões coletivas, fortalecendo o exercício da cidadania. (MUZZI, 2004, p. 36) Nono Passo: A partir de todo trabalho construído, debateu-se com a turma de um modo crítico e abrangente a importância desse tipo de abordagem de atividade utilizando questões sociais. 37 Para a conclusão desta etapa da atividade, considerou-se a grande relevância de saber dos discentes a opinião deles sobre esse tipo de abordagem utilizada durante todo esse processo de ensino e aprendizagem, na maioria das vezes não frequentes em sala de aula, com o intuito que o pesquisador possa compreender, quais foram as maiores dificuldades e facilidades ligados a esse tipo de perspectiva de ensino, em que eles se tornam o papel protagonista do processo. CAPITULO IV. 4.0. TRABALHO DO CAMPO 4.1.0. Caracterização da Instituto onde decorreu a pesquisa O local de aplicação da proposta metodológica, contém uma secretária, um (1) sector pedagógico, um (1) internato, onze (11) salas de aulas com estrutura física em óptimo estado de conservação e uma (1) sala de informática apetrechados de vinte e seis (26) computadores dos quais doze (12) estavam operacionais. As aulas normais são frequentadas apenas no período da manhã (07:00H – 12:05H), reservando-se o período da tarde para aulas práticas (actividades) no campo (agropecuária). O período de aulas normais está dividido em seis (6) tempos de 45min para cada tempo, separados de 5min, que é reservado para o recreio, exceto de terceiro tempo para quarto, que tem uma separação especial de 15min. Tabela 5 - horário de aulas do período da manhã tempos Horas Aula I 07:00 – 07:45 Primeira aula II 07:50 – 08:35 Segunda aula III 08:40 – 09:25 Terceira aula IV 09:40 – 10:25 Quarta aula V 10:30 – 11:15 Quinta aula VI 11:20 – 12:05 Sexta aula Fonte: autor,2022 Importa referir que as aulas neste período, são de três (3) aulas a cada disciplina, o que indica que os estudantes têm tido duas disciplinas diariamente. 4.2. Descrição do experimento O experimento teve lugar no Instituto Medio Armando Guebuza que se localiza na localidade de Chigodole, distrito de Vanduze, com os alunos da Iº ano do curso de contabilidade. O experimento foi dado em quatro fases: Primeira fase foi de questionar aos estudantes com o objectivo de perceber a visão que eles têm sobre a educação da matemática em salas de aulas e o seu reflexo no contexto social deles. 39 Segunda fase foi de instalar o software Microsoft oficie 2016 em todos computadores disponíveis para uso na sala de informática. Terceira fase foi execução da proposta de actividade na qual o pesquisador havia elaborado descrito na metodologia. A Quarta fase foi de questionar então aos estuantes, com o objectivo de saber deles como acharam da abordagem no âmbito da matemática e da analise do salario mínimo em destaque. 4.3. Questionário inicial O questionário inicial, foi dirigindo aos estudantes (pode ser visto no apêndice I), este questionário tinha como objectivo de explorar nas opiniões dos estudantes a avaliação do ensino da matemática na actualidade e também de incitar a curiosidade das estudantes aas actividades posteriores, servindo-se deste para a analise de dados e conclusão dos resultados com a abordagem que irá se dada pelo autor. O pesquisador constatou a cooperação dos estudantes na resposta deste questionário. Uma vez que se estabeleceu-se a liberdade de expressão, foi possível ver a liberdade emocional, afetivo e interação positiva em todo processo respeitando todas as medidas de prevenção da Covid-19. 4.4. Instalação do Software Microsoft Oficie 2016 nos Computadores Partindo do pressuposto que a sugestão das actividades do pesquisadorrequeria essencialmente da exploração da planilha de previsão existente no pacote Excel, exclusivamente a versão 2016 à diante, houve a necessidade de verificar as versões do Microsoft Oficie instaladas naqueles monitores. Onde o pesquisador notou que todos os computadores disponíveis na sala de informática daquela instituição eram de versões menores às que o pesquisador necessitava. Nisso, o pesquisador teve que ser portador do software Microsoft Oficie 2016 que sucedeu a instalação nos Computadores disponíveis na sala de informática daquela instituição com a ajuda do engenheiro informático daquela instituição. 40 Figura 9 - O pesquisador instalando o Microsoft office 2016 nos computados da sala de informática 4.5. Execução da proposta de actividade Para a execução das actividades proposta pelo pesquisador, foram necessários dois tempos de aulas de informática moderados pelo docente de informática engenheiro Atílio José Salamo na orientação dos estudantes. Nesta fase, o autor começou por explicar a noção de salario mínimo onde os alunos mostraram interesse pois houve muita contribuição em forma da conversa ao respeito, seguiu-se a exploração do pacote Excel, onde os alunos tiveram bom empenho no uso do mesmo seguindo as orientações do pesquisador. A proposta de actividade consistia em expor os dados do salario mínimo, criar um modelo matemático a partir de planilha de previsão e da linha de tendência. A execução não teve grandes dificuldades, uma vez que os estudantes se encontravam no segundo e ultimo Modulo das aulas de Informática (MODULO 41 II - Usar o Computador para Aplicação de Interface Gráfica para a Produção de Documentos e Folhas de Cálculos Simples). A proposta foi bem-recebida e acatada ate com o engenheiro informático, oque reflete o poder desta abordagem sobre a educação. Figura 10 - O pesquisador orientando a aula da proposta de actividade 4.6. Questionário final O questionário final que foi dirigindo aos estudantes (pode ser visto no apêndice II), após execução da proposta de actividade, este questionário tinha como objectivo de explorar o aproveitamento dos estudantes sobre a abordagem dada, que serviu para a analise de dados e conclusão sobre a abordagem dada pelo autor. O pesquisador constatou a cooperação dos estudantes na resposta deste questionário. Uma vez que se dava a liberdade de expressão, foi possível ver a liberdade emocional e afetivo e interação positiva em todo processo respeitando todas as medidas de prevenção da Covid-19. 42 CAPITULO V. 5.0. ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS 5.1. Analise e discussão dos resultados Neste capítulo faz-se a análise e a interpretação dos resultados obtidos na pesquisa feita no Instituto Medio Armado Guebuza. De referir que na pesquisa foram envolvidos estudantes de uma única turma de primeiro ano do curso de contabilidade compostos por 25 alunos. Como foi referenciado nas metodologias, para a colecta de dados, usou-se dois questionários (inicial e final). Sendo assim o questionário inicial tinha como objectivo saber como é que os estudantes avaliam o ensino de matemática em salas de aulas, e de incitar curiosidade dos estudantes a possibilidade de uma visão diferente do habitual. E o questionário final tinha como objectivo de avaliar a abordagem dada através das sugestões dos estudantes. Daqui em diante passa-se a apresentar os resultados obtidos pela pesquisa. 5.1.1. Análise dos resultados do questionário inicial O questionário inicial estava constituído por um total de cinco (5) perguntas (pode ser visto no apêndice 2), sendo que as primeiras três perguntas (1;2;3) teve como propósito querer saber como é que os estudantes avaliam o ensino de matemática em salas de aulas, e as ultimas duas perguntas (4;5), teve o propósito de incitar curiosidade dos estudantes a possibilidade de uma visão diferente do habitual e familiarizar-lhes às atividades subsequentes. O questionário foi de perguntas fechada, onde a cada pergunta tinha duas opções (uma positiva e a outra negativa). Nisso, foram inqueridos 25 estudantes do primeiro ano no curso de contabilidade. A primeira pergunta deste questionário: “Consegue enxergar a Matemática em questões sociais (no dia-dia)?” Que tinha o objectivo de saber até que ponto os estudantes reconhecem a matemática no dia-dia deles, notou-se que 16 estudantes, não reconhecem a matemática no dia- dia deles Assim, a segunda pergunta. “As aulas de Matemática têm sido satisfatórias?” tinha o objectivo de saber a satisfação dos estudantes em aulas de matemática. Os resultados indicam que a maioria dos inqueridos, cerca de 19 apontam ser insatisfatório as aulas de matemática. Na terceira pergunta: “Que frequência os professores abordam questões socias (aplicação) em aulas de matemática?” Que tinha o objectivo de saber até que ponto os professores 43 contextualizam as suas aulas aos estudantes, 20 dos estudantes inqueridos, afirmaram ser baixa a frequência na qual os professores de matemática abordam questões socias nas salas de aulas. A quarta pergunta: “Oque acharia falar-se de salario mínimo numa aula de matemática?” tinha como objectivo avaliar o interesse dos alunos ás atividades que pretendia-se executar. Nisso, 19 estudantes acharam interessante e sentiram-se curiosos e interessados em participar das actividas que se subsequência-iriam. Na quinta pergunta: “Falando em salario mínimo, acha que o valor proposto pelo governo é generoso, olhando para o custo de vida actual?” teve como objectivo, convidar o/a estudante a uma reflexão sobre a situação do salario mínimo, que 22 dos estudantes inqueridos, opinaram não ser satisfatório o salario mínimo proposto pelo governo, olhando para o custo de vida actual. O autor optou em representar os resultados por meio de tabela abaixo. Tabela 6 - Análise dos resultados do questionário inicial Perguntas 1 2 3 4 5 Respostas positivas 9 36% 6 24% 5 20% 19 76% 15 60% Respostas negativas 16 64% 19 76% 20 80% 6 24% 10 40% Fonte: autor (2022) Assim, separando as perguntas quanto a natureza ao seu propósito, pode-se entender que em média, 73% dos inqueridos avaliam negativamente o ensino de matemática em salas de aulas, como ilustra o gráfico 2. 27%73% Media persentual (1;2;3) Respostas positivas Respostas negativas Gráfico 2 - Média percentual da avaliação do ensino de Matemática nas salas de aulas 44 E quanto as perguntas que teve o propósito de incitar curiosidade dos estudantes a possibilidade de uma visão diferente do habitual e familiarizar-lhes às atividades subsequentes, tiveram aderência a uma média de 68% dos estudantes, como pode ser vista no gráfico 3: 5.1.2. Análise dos resultados do questionário final Depois da execução das atividades proposta pelo pesquisador, foi-se submetido aos estudantes o questionário final (vide em anexo II). Este questionário estava constituído por um total de cinco (5) perguntas, onde todas perguntas tinham o propósito exclusivo de avaliar a proposta dada. O questionário foi de perguntas fechadas, onde a cada pergunta tinha duas opções (uma positiva e a outra negativa). Com o Nisso, foram inqueridos 25 estudantes do primeiro ano no curso de contabilidade. A primeira pergunta deste questionário: “Na sua opinião, oque achou deste tipo de abordagem utilizada durante a aula?” Que tinha o objectivo de avaliar o nível de atracão/motivação que a aula teve sobre os estudantes, onde notou-se que 23 estudantes, acharam a abordagem da aula, uma abordagem motivadora. Assim, a segunda pergunta. “Quais benefícios este tipo de abordagem traria no ensino da Matemática?” tinha o objectivo de estimar os resultados da implementação activa das questões socias no ensino da Matemática, notou-se que dos inqueridos, cerca de 22 apontaram que esta a implementação deste tipo de abordagem trariamelhorias no ensino da matemática. Gráfico 3 - Média percentual da avaliação do ensino de Matemática nas salas de aulas 68% 32% Media persentual (4;5) Respostas positivas Respostas negativas 45 Na terceira pergunta: “Considera a aula dada significante/interessante?” Que tinha o objectivo de avaliar o nível de satisfação dos estudantes sobre a aula dada, 24 dos estudantes inqueridos, responderam que “sim” ser significante a abordagem da aula dada. A quarta pergunta: “Sugeria assuntos sociais como estes tratassem-se em salas de aulas?” tinha como objectivo avaliar os estudantes, a ansiedade de partilha da experiencia obtida sobre a aula. Nisso, 23 estudantes optaram “sim” de que, sugeriam que assuntos sociais como estes tratassem-se em salas de aulas. Na quinta pergunta: “Oque acha da diferença dos valores do modelo e os reias?” teve como objectivo, estimar o impacto significativo do modelo criado, sobre os valores. Nisso, 18 dos estudantes inqueridos, opinaram ser significativo a diferença dos valores do salario mínimo proposto em comparação dos valores do modelo. Referente a esses dados, a autor optou em representar os resultados por meio de tabela 7. Tabela 7 - Análise dos resultados do questionário final Perguntas 1 2 3 4 5 Respostas positivas 23 92% 22 88% 24 96% 21 92% 18 84% Respostas negativas 2 8% 3 12% 1 4% 4 8% 7 16% Fonte: autor (2022) Assim, de acordo a separação das respostas nos resultados tabelados, determina-se que em média 90% dos inqueridos optaram nas respostas positivas e 10% em média optaram nas respostas negativas como ilustra-se no gráfico 4. Gráfico 4 - Média percentual da avaliação da abordagem proposta 90% 10% Média percentual da avaliação da abordagem proposta Respostas positivas 46 5.2. Discussão dos resultados Como se referiu na metodologia e técnicas de recolha de dados, sob o ponto de vista de abordagem do problema e quanto ao tratamento de dados a pesquisa é quantitativa. Entre os questionários (inicial e final) submetidos aos estudantes, de acordo com os propósitos do inquérito, nota-se uma avaliação negativa ao ensino da Matemática na actualidade na percentagem de 73% uma nas questões que referenciam o questionário inicial. Notou-se também que a maior parte dos inquiridos se colocaram na curiosidade de participar na proposta das atividades que o pesquisador tinha a efetuar na percentagem de 68%, o que indica que os restantes 36% apenas estavam por acompanhar na participação. Mas no final das actividades e colocados o questionário final, viu-se uma subida dos que avaliaram positivamente a abordagem proposta para 90%. Dos resultados do questionário inicial que tinha como objectivo “saber a avaliação do ensino de matica pelos estudantes” que se obteve uma avaliação de 27%, comparando com o questionário final que teve como objectivo a “avaliação da abordagem proposta pelo pesquisador” que se obteve 90%, nota-se uma diferença de 63%. Com esta diferença das médias percentual na óptica do autor é significativa. Ainda pode se afirmar que a média percentual do questionário final, nos leva a refletir que com a abordagem proposta pelo autor, pode melhorar subponto de significância das aulas aos estudantes no ensino de matemática. 47 CAPITULO VI. 6.0. Conclusão Mostrou-se aqui a utilização da modelagem matemática como uma ferramenta para obter uma educação significativa e crítica. Ao longo desse trabalho, nota-se que, de um modo natural e mais significativo, essa metodologia pode diminuir a distância entre o conteúdo e a prática, contribuindo para a eficácia do ensino, sendo incorporada na realidade dos estudantes. Com situações/problemas que são propostas através desta ferramenta, é possível representar a realidade e retratar situações vivenciadas que fazem parte da rotina de toda população. Nisso, modelar tais conceitos dentro de conteúdos matemáticos, levam a despertar a curiosidade do aluno/estudante, gerando um melhor incentivo para a participação e para a cooperação das tarefas sugeridas, atingindo-se assim os objetivos propostos. Com a utilização destas ferramentas, os alunos/estudantes poderão compreender a importância da utilização da matemática, em problemas sociais cotidianos e, é a partir disto, que eles possam construir e ponderar suas próprias opiniões mais conscientes, críticas e reflexivas. Em síntese, com o amparo desses recursos tecnológicos e matemáticos chega-se ao ponto que é de suma importância que os alunos/estudantes, professores e equipe pedagógica de um modo geral, repensem em uma sala de aula mais significativa, uma educação mais apreciável, palpável e humana. 6.1. Limitações Como qualquer pesquisa cientifica tem suas limitações, este não é excepção; Teve como limitações no facto de que a versão do Excel que pode ser possível toda manipulação, começar na versão 2016 à diante; uma vez que a equação foi concebida da previsão dos dados ate 2014, então os valores achados tornam-se mais significativos a partir de 2015 à diante. 6.2. Sugestões Os professores/docentes de Matemática devem abordar sempre que necessário a aplicação da matemática em questões socias para uma aula mais significativa; Sugere-se aos professores/docentes que actuem frequentemente na instrução dos seus alunos/estudantes como forma de motiva-los na resolução de exercício, incentivar a trabalhar em grupo; 48 Fazer perceber os alunos/estudantes que a modelagem matemática traz muitas informações que eles conhecem na sua vida quotidiano, e que não precisa viver a decorar as informações, mas sim percebe-la; Sugere-se aos fazedores do currículo a darem melhores sugestões metodológicas nos programas de ensino de matemática na abordagem significativa e não abstrata. 49 REFERÊNCIAS ASSIS. Metodologia da Pesquisa Pura: 2009 BASSANEZI, R. C. Ensino-aprendizagem com modelagem matemática. São Paulo: Contexto, 2002. BASSANEZI, R. C. Modelagem matemática: teoria e prática. São Paulo: Contexto, 2015. BORBA, M. C. SKOVSMOSE, Educação matemática crítica: a questão da democracia. Trad. Jussara Loiola Araújo. Campinas: Papirus, 2001. Cap. 5. BRANCO, C. Evolução do Salario Mínimo Nacional. 2004 BURAK, D. Modelagem matemática: ações e interações no processo ensino aprendizagem. Campinas, 1992. CARLOS, et al. Teoria Salarial, 1ª ed. 2004 CHAGAS, M. Modelagem matemática como sugestão a uma educação contextualizada. Rio de janeiro, 2020 COSTA, F. A. Ensino Matemática por meio da Modelagem Matemática. Universidade Católica de São Paulo, v. 3, p. 58-69, 2016. DDEJH- Mocuba, base de dados, 2021. FILHO, L. Modelos matemáticos nas ciências não exatas. São Paulo: Blucher, (2008). FREIRE, Paulo, educação libertadora. São Paulo, 2009. GERHARDT et al. Metodos de Pesquisa. 1ª edição: 2009 GIL, A. C. Como elaborar trabalhos de pesquisa. 4ª ed. São paulo Atlas, 2007 GIL, A.C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 4 ed. São Paulo: Atlas, 1994. GOMES, C. K. C. Alternativa metodológica à luz da modelagem Matemática para uma disciplina. Dissertação (mestrado em educação). Universidade estadual de Ponta Grossa, Ponta Grossa: 2002. 50 KLÜBER, T. E. Modelagem matemática uma prespectiva para a educação Básica. Ponta Grossa: Editora UEPG, 2016 LAKATOS, E. M. MARCONI, M. A. Fundamentos metodologia científica. Atlas, São Paulo: 2001. LAKATOS, E. M. MARCONI, M. A. Fundamentos metodologia científica. São Paulo: 2003 MUZZI, M. Etnomatemática, Modelagem e Matemática Crítica: NOVOC caminhos. Presença Pedagógica. Minas Gerais, v.10, n.56, p.32-39, mar./abr. 2004. OLIVEIRA. Metodologia cientifica: (2011) PILETTI, Claudino. Didática geral. 23ª ed. São Paulo: Ática 2003. SILVA et al. Formação para a cidadania reflexões a partir do estagio supervisionado. 2014 SKOVSMOSE, O. Educação critica: incerteza, matemática, responsabilidade.trad. Maria Aparecida Viggiani Bicudo. São Paulo: Cortez, 2007, encontros e cenários. In: Educação Matemática em Revista. v. 24, n. 64, p. 16-32, set./dez. 2019. SKOVSMOSE, O. Educação Matemática Crítica: questão da democracia. 1ºedição. Campinas: Papirus,2001. SKOVSMOSE, O. Inclusões, encontros e cenários. In: Educação Matemática em Revista. v. 24, n. 64, p. 16-32, set./dez. 2019. SOUZA, at al. Critério de criscso de salario aaminimo. 2005 APÊNDICES E ANEXOS APÊNDICE I. QUESTIONÁRIO INICIAL Questionário 2 Caro Estudante! Este questionário faz parte de um projecto de pesquisa para aquisição do grau de Licenciatura em ensino de Matemática na Universidade Púnguè com o tema Uso da Modelagem Matemática para Educação Significativa e Crítica: Uma análise de salario mínimo em Moçambique Lê atentamente e marque a opção que lhe for favorável em cada questão. Sua opinião é muito importante. Solicita-se a sua colaboração no preenchimento individual do questionário, garantindo-se que os dados serão tratados de forma totalmente confidencial. Bom trabalho! 1 – Como avalias o ensino de matemática na actualidade, em salas de aulas? Positivo Negativo 2 – Consegue enxergar a Matemática em questões sociais (no dia-dia)? Sim Não 3 – Que frequência os professores abordam questões socias (aplicação) em aulas de matemática? Alta Baixa 4 – Oque acharia falar-se de salario mínimo numa aula de matemática? Interessante Tedioso 5 – Falando em salario mínimo, acha que o valor proposto pelo governo é generoso, olhando para o custo de vida actual? Sim Não Obrigado! c APÊNDICE II. QUESTIONÁRIO FINAL Questionário 2 Após a participação das actividades executadas pelo pesquisador, lê atentamente e escolhe a opção que lhe for favorável em cada questão. Sua opinião é muito importante. Solicita-se a sua colaboração no preenchimento individual do questionário, garantindo-se que os dados serão tratados de forma totalmente confidencial. Bom trabalho! 1 – Na sua opinião, oque achaste deste tipo de abordagem utilizada durante a aula? Motivador Desmotivador 2 – Quais benefícios este tipo de abordagem traria no ensino da Matemática? Melhoria Indiferença 3 – Considera a aula dada significante/interessante? Sim Não 4 – Sugeria assuntos sociais como estes tratassem-se em salas de aulas? Sim Não 5 – Oque acha da diferença dos valores do modelo e os reias? Significante Indiferente Obrigado Figura 11 - Imagens que retratam a estadia do autor em trabalho de Campo. Figura 12 - Algumas evidencias dos questionários respondidos pelos inquiridos